Comércio Exterior, Exportação, Importação, Industria, Informação

Exportações de Minas Gerais até outubro batem recorde

As exportações de Minas Gerais no acumulado de janeiro a outubro bateram recorde. Foram US$ 35,2 bilhões em embarques, o maior valor registrado para o período na série histórica – iniciada em 1997 – da plataforma Comex Stat, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Em comparação ao mesmo intervalo de 2023, o patamar alcançado representou um crescimento de 5,5%.

De acordo com a Fundação João Pinheiro (FJP), que monitora os dados desde 2020, o minério de ferro e o café corresponderam a aproximadamente metade da pauta do Estado.

O pesquisador da instituição, Lúcio Barbosa, explica que os preços favoráveis no mercado internacional, provavelmente influenciados por um choque de oferta em algum país exportador, têm contribuído para os embarques do setor cafeeiro de Minas Gerais. As remessas da commodity agrícola aumentaram 39% em valor e 25% em quantidade.

Quanto ao minério de ferro, ele ressalta que, apesar do avanço de 11,6% no que se refere ao volume embarcado, em valor o incremento foi menor, de 3,2%, por consequência de quedas nos preços da commodity mineral no mercado internacional frente ao exercício passado.

Assim como as exportações, as importações do Estado atingiram um nível histórico no acumulado de dez meses. Foram US$ 14,1 bilhões em valor importado, o que representa alta de 7,8% ante igual época do último ano e equivale ao segundo maior valor registrado para o período no levantamento do Comex Stat, atrás apenas de 2022 (US$ 14,8 bilhões).

Segundo análise da FJP, o crescimento das importações decorreu, principalmente, do aumento das compras de máquinas e equipamentos mecânicos, de máquinas e equipamentos elétricos e de veículos automóveis, que cresceram 21,3%, 2,7% e 3%, respectivamente. Os produtos desses segmentos, juntos, corresponderam a cerca de 40% da pauta mineira.

Barbosa esclarece que itens de maior valor agregado estão geralmente entre as aquisições de Minas Gerais e esses três segmentos sempre figuram na lista de maiores importações do Estado, que também incluem combustíveis, como o coque mineral, e adubo.

 

Saldo acumulado da balança comercial e perspectivas para o fechamento do ano em Minas Gerais

Com as altas das exportações e importações, o saldo da balança comercial mineira, entre janeiro e outubro, foi de US$ 21 bilhões, o que equivale a um avanço de 4% ante o mesmo intervalo de 2023 e representa o segundo maior valor desde 2021 (US$ 22,3 bilhões).

Conforme o pesquisador da FJP, a perspectiva é que Minas Gerais mantenha um saldo favorável nos próximos dois meses e que encerre 2024 com superávit próximo de US$ 25 bilhões. Contudo, a tendência é que o valor não seja maior e não atinja recorde em razão de uma elevação acelerada das importações.

Neste caso, é válido dizer que, na comparação entre outubro deste ano e o de 2023, as exportações mineiras subiram 3,7%, para US$ 3,5 bilhões. Porém, as importações aumentaram ainda mais, com alta de 15,8%, para US$ 1,7 bilhão.

“Este ano tem mostrado uma característica de aumento das exportações, um resultado muito bom, mas com as importações também crescendo em um ritmo forte, algo que não vinha acontecendo nos últimos anos, quando estavam subindo em ritmo mais lento”, diz Barbosa.

“De modo geral, o que observamos é que tem havido um crescimento de investimentos neste ano e o aumento dos investimentos tem sido traduzido em parte pelas importações de máquinas e equipamentos mecânicos e elétricos”, salienta.

FONTE: Diário do Comercio
Exportações de Minas Gerais até outubro batem recorde

Ler Mais
Economia, Importação, Informação, Investimento, Mercado Internacional, Negócios, Notícias

Vitória de Trump nos EUA faz dólar cair abaixo dos R$ 5,70 no Brasil

O principal índice de ações da bolsa de valores, encerrou em alta de 0,11%, aos 130.661 pontos.

O resultado da eleição presidencial nos Estados Unidos reverberou na cotação do dólar e também nas bolsas de valores em todo o mundo nesta quarta-feira (6). No Brasil, ele caiu para pouco abaixo dos R$ 5,70. Além disso, o início das negociações teve forte alta, o que acompanha uma valorização da moeda americana. No entanto, o movimento perdeu força ainda pela manhã.
A vitória de Trump provocou um aumento expressivo nos juros futuros americanos. Em decorrência disso, o dólar também disparou frente a outras moedas no mundo todo. Em outras palavras, a política econômica protecionista que o presidente eleito defende pode prejudicar o controle da inflação americana. E também aumentar o endividamento do país.

Taxas de juros mais altas, por mais tempo, ajudam a valorizar a moeda americana. Com isso, o índice DXY — que mostra qual a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas de outros países (como euro, iene, libra esterlina e dólar canadense) — tinha alta de cerca 1,5% durante a tarde.

No Brasil, o dólar comercial chegou a bater os R$ 5,86 no começo da manhã. No entanto, recuou no início da tarde, quando esteve em negociação perto dos R$ 5,70. Além disso, o dólar turismo, que é a moeda utilizada para quem vai viajar ou fazer compras internacionais em dólar, é vendido acima dos R$ 6.

Emergentes

“O real já era uma das moedas que mais acumulava perda dentre os emergentes nos últimos dias em função de questões domésticas. Dessa forma, o espaço para desvalorização foi bem menor do que outros casos, como o peso mexicano e o chileno”, explicou o economista Matheus Pizzani, da CM Capital.

Também está no radar do mercado a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC). O colegiado deve promover uma nova alta na Selic, taxa básica de juros, hoje em 10,75% ao ano, e isso ajuda a segurar um pouco o preço do dólar.

Por sua vez, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em baixa.

O dia é de alta generalizada no dólar pelo mundo, com investidores esperando por um fortalecimento da moeda norte-americana nos anos de governos de Donald Trump. Isso porque o republicano defende uma política protecionista com a economia dos EUA, diminuindo o comércio com a China e aumentando as tarifas de importações para outros países, como o Brasil.

Sanção indireta pelo dólar

“Trump tem batido muito mais forte contra a China e tem atuado para restringir, principalmente, exportações de tecnologia acessível para o país asiático. Ele também tem ameaçado punir países que comecem a operar na moeda chinesa”, explicou Welber Barral, consultor especializado em comércio internacional.

“Então, com Trump, podemos ter uma sanção indireta — ou seja, uma sanção contra a China e que possa afetar as exportações brasileiras”, salientou.

FONTE: Guararema News
Vitória de Trump nos EUA faz dólar cair abaixo dos R$ 5,70 no Brasil – Guararema News

Dólar passou dos R$ 6 após a vitória de Trump? Entenda a cotação e a confusão nas redes

Na manhã desta quarta-feira, 6, com o resultado das eleições nos Estados Unidos tendo Donald Trump como vencedor, o dólar iniciou as negociações do dia em alta. Nesse cenário, plataformas de cotações passaram exibir a moeda norte-americana negociada a mais de R$ 6.
Contudo, a divisa teve como pico a cotação de R$ 5,86, logo nas primeiras horas de negociação, patamar próximo da máxima histórica de R$ 5,90, registrada em meados de maio de 2020, com uma valorização de cerca de 2% no intradia.
Logo depois a alta arrefeceu e, na parte da tarde, virou para queda. Às 13h20 a moeda americana recua 0,37% a R$ 5,73.

O que aconteceu?

Não demorou para que as redes sociais e outros meios repercutissem o dólar acima de R$ 6. Isso se deu por conta da base de dados da Morningstar, que é justamente a plataforma que alimenta o Google e outras casas de cotação.
Durante todo o dia os dados da plataforma mostram um dólar acima de R$ 6. Por volta das 13h30 a plataforma exibia a cotação da moeda a R$ 6,17.
O que também contribuiu para aumentar a confusão foi que o dólar turismo, esse, sim, é negociado na casa dos R$ 6 nesta quarta-feira.
Procurado, o Google informou que as cotações têm como fonte dados de terceiros e que remove informações em caso de imprecisões. “Recursos da Busca como o ‘câmbio de moeda’ são baseados em dados de terceiros e, em caso de imprecisões, nós removemos as informações da Busca e trabalhamos com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível. Mais informações sobre nossas fontes de dados podem ser encontradas aqui”, diz a nota.

O IstoÉ Dinheiro também tenta contato com a plataforma Morningstar.

Mercado já via vitória de Trump

O dólar negocia hoje em patamares próximos do dos últimos pregões, pois a vitória de Trump não é necessariamente uma surpresa. Nas últimas semanas o mercado já precificava uma vitória do republicano, com a moeda americana chegando a R$ 5,87 na última sexta-feira, 1º.

A tese é de que, com seu governo, tarifas seriam menores e produtos importados seriam taxados, o que funcionaria como um componente inflacionário e demandaria jutos mais altos – conjunto de fatores que deve pressionar o dólar.

“A apreciação do dólar frente ao real se deve, na maior parte, às expectativas de maiores juros na gestão Trump, especialmente pelo lado fiscal expansionista de seu governo, com os ambiciosos cortes de impostos. O plano de Trump tem um viés bastante inflacionário, que deve ser combatido com maiores taxas de juros, aumentando a atratividade do dólar e dos ativos norte americanos frente aos pares emergentes”, comenta José Alfaix, economista da Rio Bravo.

“As políticas protecionistas, a expulsão dos imigrantes ilegais e os cortes significativos de impostos, são medidas que devem trazer maiores pressões nos preços ao longo do mandato. Ainda, com o senado garantido, e a câmara também encaminhando para maioria republicana, o cenário de “republican-sweep” proporciona a Trump maior poder de aprovação de suas medidas”, completa.

Dólar pode chegar a R$ 6 ainda em 2024?

Jefferson Laatus, chefe-estrategista da Laatus, comenta que é possível um câmbio a R$ 6, mas que isso dependeria de uma combinação de fatores internos e externos.
“No cenário doméstico, a trajetória do câmbio está fortemente ligada à situação fiscal e à capacidade do governo em implementação medidas para controlar o crescimento das despesas obrigatórias. Caso não haja avanços significativos no ajuste das contas públicas e os riscos fiscais continuem a aumentar, o real pode sofrer uma desvalorização acentuada, levando o dólar a níveis mais elevados”, destaca.

Fonte: IstoÉ Dinheiro
https://istoedinheiro.com.br/dolar-cotacao-vitoria-trump-entenda-6/ 

Ler Mais
Comércio Exterior, Economia, Gestão, Informação, Inovação, Mercado Internacional, Notícias, Oportunidade de Mercado

BYD reclama de máquinas paradas em porto na Bahia e diz que pode atrasar produção

A BYD está com máquinas para sua fábrica de automóveis híbridos e elétricos em Camaçari (BA) paradas no Porto de Salvador há cerca de dois meses, o que pode atrasar o início da operação da unidade esperado para o primeiro semestre de 2025, disse à Reuters o vice-presidente sênior da montadora chinesa no Brasil, Alexandre Baldy.

A companhia aguarda o processamento de um pedido para regime de exceção tarifária uma vez que, de acordo com o executivo, as máquinas importadas não têm fabricação local equivalente e por isso se enquadram no regime de incentivo fiscal.

“Desde maio a gente aguarda com o pedido que foi feito à Câmara de Comércio Exterior para que a gente pudesse ter então esse regime de Ex-Tarifário”, disse Baldy à Reuters.

Segundo ele, em julho o governo pediu mais informações sobre os itens e componentes importados, o que foi atendido pela empresa. Desde então, a BYD aguarda deliberação do Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) sobre a reconsideração do pedido de isenção tarifária.

As máquinas, que começaram a chegar no porto em 28 de agosto, serão usadas no sistema de movimentação e transferência de carrocerias na linha de montagem da fábrica de carros, afirmou a empresa.

Questionado se a demora pode atrasar o início das operações da fábrica em Camaçari, Baldy disse: “Certamente… Eu não tenho precisamente o prazo, mas hoje eu digo que pelo menos 60 dias de atraso isso pode ocorrer”. Atualmente, a BYD tem como objetivo começar a montagem de seus carros na fábrica em dezembro deste ano e a produção completa dos modelos no primeiro semestre de 2025, segundo o executivo.

Procurada, a Gecex disse que não há nada, da parte do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), impedindo a liberação da carga e que a empresa pode retira-la “se avaliar que não pode aguardar o processo legal de consulta sobre o Ex-Tarifário, pagando os devidos impostos de importação – ou aguardar pela decisão sobre seu pedido, após mandar as informações solicitadas”. A montadora, por sua vez, disse que “já prestou todos os esclarecimentos necessários ao MDIC e está avançando para uma solução em conjunto”.

As máquinas paradas no porto baiano representam cerca de 15% da capacidade total que será implantada em Camaçari. A BYD disse que a ausência das máquinas inviabiliza totalmente o início da produção na unidade, uma vez que “todos esses equipamentos são essenciais para o começo da produção em Camaçari”.

A fábrica de carros da BYD na Bahia terá capacidade estimada em 150 mil unidades ao ano na primeira fase, com a previsão de chegar a 300 mil unidades/ano até 2028, segundo o executivo.

A BYD ainda têm outras duas fábricas para construir no complexo, uma dedicada à produção de baterias, com expectativa de início das obras para o começo de 2025 – e outra de caminhões leves – com início esperado ao longo do próximo ano, disse Baldy. “A gente espera que esse cronograma não se atrase em virtude desse aguardo pela liberação desses equipamentos…mas tem muita obra pela frente”, afirmou.

A empresa também considera fazer o desembaraço sem o regime de isenção de impostos, já que os custos de armazenagem alfandegária por um período prolongado podem acabar “não compensando” os incentivos fiscais. Baldy não soube precisar o custo, mas disse ser um “volume na casa dos milhões”.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento de campanha do candidato a prefeito de Camaçari (BA) Luiz Caetano (PT), comentou sobre a situação das máquinas da montadora chinesa paradas no porto e disse que trabalharia para liberá-las.

“Porque eu quero emprego em Camaçari, quero salário em Camaçari, e além do que a empresa está construindo 4 mil casas para os trabalhadores aqui em Camaçari. Então ninguém, a não ser Deus, pode dizer que a gente não vai ter essa fábrica funcionando a todo vapor, produzindo carro elétrico, bateria, ônibus e o que quiser”, afirmou Lula.

Fonte: Terra
https://www.terra.com.br/economia/byd-reclama-de-maquinas-paradas-em-porto-na-bahia-e-diz-que-pode-atrasar-producao,682f08c9c14b42d419c6941c7ef8565e4fdvdv03.html?utm_source=clipboard

Ler Mais
Comércio Exterior

Balança comercial 1: EUA, Oriente Médio e África puxam alta do saldo comercial

Houve um aumento nas exportações para os Estados Unidos, mas o fluxo de comércio caiu. Assim como em relação à União Europeia.

O saldo comercial brasileiro aumentou em US$ 692 milhões nos 12  meses até setembro de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado.
Estados Unidos, Oriente Médio e África lideraram as altas, enquanto as maiores quedas vieram da Rússia e do Mercosul.

China continua o maior destino das exportações brasileiras, seguida pela União Europeia e Estados Unidos.

Já as maiores importações são dos três países.

E o saldo comercial maior é da Ásia e do Oriente Médio.

A cada mês, mais aumenta a participação da China nas exportações, importações e no fluxo de comércio.

Houve um aumento nas exportações para os Estados Unidos, mas o fluxo de comércio caiu.

Assim como em relação à União Europeia.

EUA, Oriente Médio e África puxam alta do saldo comercial (jornalggn.com.br)

Ler Mais
Comércio Exterior, Exportação, Importação, Logística, Portos

Conselho apura suposto cartel no Porto de Santos

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investiga denúncia de possível formação de cartel pelos práticos do Porto de Santos. Segundo o Cade, a apuração gira em torno de supostos “ilícitos concorrenciais”.

Essa prestação de serviço de manobra de navios teria condutas anticompetitivas e “indícios de infração à ordem econômica”. A Praticagem nega irregularidades e diz colaborar com as autoridades ao fornecer documentos e fazer esclarecimentos.
O procedimento do Cade cita como representados o Sindicato dos Práticos dos Portos do Estado de São Paulo (Sindipráticos) e a Coordenação Geral da Zona de Praticagem 16 (Praticos ZP16), que abrange Baixada Santista e São Sebastião.

Embora a instauração do inquérito tenha sido autorizada em 28 de agosto, a apuração do Cade começou no ano passado, com uma investigação preliminar para apurar os indícios de irregularidades (procedimento preparatório).

Foram feitas busca de informações, coleta de dados, requisição de documentos, perícias e colhidos depoimentos. Em janeiro deste ano, as duas entidades acionadas juntaram ao procedimento diversos documentos relacionados ao exercício da Praticagem no complexo portuário santista.

“Em análise a tais documentos, verifica-se a existência de um contrato intitulado ‘Acordo de valores, serviços e condições de praticagem – 2022-2027’, o qual tem como um de seus objetos o estabelecimento de valores mínimos referenciais a serem cobrados por parte dos associados da Praticos ZP16 na prestação de serviços de praticagem na zona portuária de Santos”, afirma o Cade, na nota técnica que A Tribuna teve acesso.

O conselho também destacou que o trabalho é oferecido por profissionais liberais que, após habilitação, prestam os serviços por meio de contratação direta da Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) de cada um pelos clientes. A SLU é um tipo de empresa formada apenas pelo próprio empreendedor.

“Trata-se de um mercado de prestação de serviço em que há a contratação direta do prestador pelo tomador para que seja realizado um serviço específico. Portanto, essa negociação conjunta apresenta indícios de conduta concertada (uniforme) para convergência de preços entre prestadores potencialmente concorrentes, fato esse a ser melhor investigado”, analisa.

O Cade lembra ainda que o serviço de praticagem é um mercado que está amparado pelos ditames da livre iniciativa e livre concorrência, mas que as normas setoriais não dispensam os agentes do mercado “de competirem entre si na prestação de um serviço mais eficiente e/ou econômico, tão menos tais normas autorizam o tabelamento de preços por estes mesmos agentes ou por qualquer entidade sindical ou associativa”.

Consulte o gráfico abaixo para uma comparação das exportações e importações de contêineres registradas em Santos entre janeiro de 2021 e julho de 2024. As informações foram derivadas do DataLiner, plataforma de dados marítimos da Datamar.

Outro lado

O Sindipráticos e a PraticosZP16 afirmam, em nota, que o acordo de valores, serviços e condições de praticagem não configura formação de cartel ou tabelamento de preços por entidades sindicais ou associativas.

As entidades dizem que os parâmetros de formação de preços informados no documento foram negociados livremente com os tomadores de serviços(armadores) de forma direta ou por meio de suas organizações representativas.

Ressaltam que, desde o início do procedimento do Cade, têm colaborado proativamente com as autoridades, fornecendo todos os documentos e esclarecimentos solicitados. E reafirmam a legitimidade e a legalidade de suas ações, “sempre pautadas pelo compromisso com a excelência na prestação dos serviços de praticagem aos seus contratantes”.

Por fim, as entidades informam que permanecem à disposição para esclarecimentos adicionais e “confiam na elucidação dos fatos em favor da verdade e da justiça”.

Padrão internacional

A Praticagem do Brasil afirma, em nota, que o modelo de atendimento no País segue padrão mundial em razão da segurança da navegação. “Países que implantaram a concorrência na atividade viram a disputa comercial entre práticos diminuir a qualidade do serviço e recuaram após acidentes graves”, argumenta.

Apesar de ser um serviço prestado em regime de exclusividade no mundo inteiro, a nova Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (Lei 14.813/24), sancionada no início do ano, assegura instrumentos regulatórios eficientes sobre as partes técnica e econômica, explica a Praticagem do Brasil.

“O preço do serviço é livremente negociado entre praticagem e armadores, com praticamente 100% de acordos comerciais. Mediante provocação das partes, seja por defasagem do preço ou abuso de poder econômico, o valor pode ser fixado em caráter extraordinário, excepcional e temporário pela Autoridade Marítima (ente regulador). A Marinha pode, inclusive, formar comissão para emitir parecer sobre o preço, consultando a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)”, afirma.

A Praticagem do Brasil lembra que o texto da nova lei foi aprovado após processo de quatro anos de fiscalização do arranjo institucional da praticagem pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O TCU concluiu que “a regulamentação técnica exercida pela Autoridade Marítima, com a consequente instituição da escala de rodízio única (de atendimento), não caracteriza infração à ordem econômica, tendo em vista ser decorrência da ordem jurídica vigente”.

“A matéria foi ainda fruto de ampla discussão técnica e jurídica tanto na Câmara quanto no Senado, no período de abril de 2022 a dezembro de 2023. Dezenas de entidades foram ouvidas pelos parlamentares”.

Nova lei

A Praticagem cita a Lei 14.813/24, sancionada este ano, com instrumentos regulatórios sobre as partes técnica e econômica do serviço. Diz que ela fruto de ampla discussão técnica e jurídica, tanto na Câmara quanto no Senado. “Dezenas de entidades foram ouvidas pelos parlamentares, sendo o texto aprovado por unanimidade nas duas casas”.

FONTE: Conselho apura suposto cartel no Porto de Santos – DatamarNews

 

Ler Mais
Agronegócio, Importação, Industria, Notícias

77% dos produtos exportados pelo agronegócio são industrializados

Dos 1.929 itens analisados em 2023, 1.491 eram agroindustriais, como carnes processadas, açúcar, álcool e celulose.

A maior parte dos produtos exportados pelo agronegócio brasileiro em 2023 foi industrializado: 77% do total. O levantamento é do Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que desenvolveu o Painel das Cadeias Agroindustriais. O sistema mapeia o cenário nacional da produção agropecuária e identifica vulnerabilidades e oportunidades para o mercado.

O levantamento mostra também que 50,7% do valor das exportações feitas pelo setor agropecuário em 2023 foi de produtos industrializados. A cada US$ 100 exportados pelo agronegócio, US$ 50,7 foram de produtos da indústria de transformação.

O agronegócio também depende da indústria na produção. Para cada R$ 1 gasto em insumos na cadeia produtiva do setor agropecuário, R$ 0,83 foram fornecidos pela indústria de transformação.

Por outro lado, para cada R$ 1 gasto na produção de bens manufaturados, a agropecuária contribuiu com R$ 0,08. No conjunto da economia, a cada R$ 1 adquirido em bens e serviços enquanto insumos produtivos, a agropecuária contribuiu com R$ 0,05, a indústria de transformação com R$ 0,43 e a indústria total com R$ 0,50.

Importações

Na esfera das compras externas, os fertilizantes são os insumos mais importados pelo agronegócio em 2023. Cerca de US$ 14,6 bilhões foram gastos com o insumo. Na sequência vêm os defensivos agrícolas (US$ 4,8 bi); máquinas, equipamentos e acessórios (US$ 2,5 bi) e sementes (US$ 146,4 mi). Foram gastos cerca de US$ 22,16 bilhões na importação de bens e insumos industrializados para o agronegócio, o que indica a dependência do setor com a indústria externa.

O especialista em políticas e indústria da CNI, Danilo Severian, explica que o Brasil está desperdiçando um mercado de dezenas de bilhões de dólares em importações de manufaturados voltados ao agronegócio e que, em boa medida, poderiam ser produzidos internamente.

“A indústria está no coração do agronegócio do Brasil e do mundo e é crucial para o seu sucesso. Se quisermos protagonizar de fato uma agenda verde e de baixo carbono, precisamos agregar mais valor ao agro. Mais indústria no agronegócio é mais emprego, renda, preservação ambiental e tecnologia no Brasil e mais Brasil no mundo”, completa Severian.

FONTE: 77% dos produtos exportados pelo agronegócio são industrializados – Agência de Notícias da Indústria (portaldaindustria.com.br)

Ler Mais
Conversar pelo WhatsApp!
1