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Internacional, Mercado Internacional

FT: Guerra comercial faz empresas estrangeiras na China sofrerem dupla taxação

Muitos fabricantes estão tendo que pagar tarifas sobre importação de insumos dos EUA e depois sobre a exportação de bens aos EUA

Algumas empresas estrangeiras na China vêm sendo ainda mais afetadas pela guerra comercial de Trump, pois precisam pagar uma tarifa de 125% sobre a importação de componentes e, depois, outra de 145% sobre a exportação de seus produtos aos EUA.

Empresas estrangeiras e empreendimentos conjuntos com capital externo são responsáveis por quase 30% do comércio total da China, segundo dados oficiais que colocam em evidência a dimensão de sua exposição às tarifas.

Grandes empresas americanas, como Apple e Tesla, assim como muitos produtores menores, dependem da China como base de fabricação. É comum essas empresas importarem matérias-primas ou componentes dos EUA para a montagem de produtos que depois são exportados.

Isso as deixa expostas ao risco de pagar tarifas tanto dos EUA quanto da China sobre as mesmas mercadorias, segundo economistas, após Trump ter elevado as tarifas sobre todas as exportações chinesas para 145% e levado Pequim a retaliar.

“Empresas estrangeiras estão realmente sendo espremidas no mercado chinês”, disse Heiwai Tang, diretor do Asia Global Institute, da Universidade de Hong Kong. “Se elas importam, pagam as tarifas chinesas. Quando exportam de volta para os EUA, pagam as tarifas americanas. Elas são impactadas duas vezes.”

Empresas de propriedade estrangeira integral ou parcial no país exportaram US$ 980 bilhões de suas bases na China em 2024, mais de 25% do total, e importaram US$ 820 bilhões, cerca de 35% do total, segundo dados da Administração Geral de Alfândega da China e cálculos do “Financial Times”. A China registrou um superávit comercial recorde de quase US$ 1 trilhão em 2024.

A máquina de exportação chinesa foi construída com base em empresas de propriedade integral ou parcial estrangeira, incluindo algumas em Hong Kong e Macau, que tentaram aproveitar o mercado de trabalho do país, enorme e de baixo custo, para fabricar produtos.

As empresas com investimento estrangeiro, como são chamadas na China, representavam 55% do comércio total do país em 2008. Essa participação caiu ao longo dos anos, com a China adotando uma política mais firme de autossuficiência industrial. Mesmo assim, as empresas com investimento estrangeiro ainda representavam 29,6% do comércio, em dólares, em 2024, de acordo com os números do governo.

No quadro geral, elas geraram apenas 16% do superávit comercial total da China em 2024, já que o volume de exportações das empresas estrangeiras foi contrabalançado por sua fatia ainda maior nas importações totais.

“Há várias empresas estrangeiras operando na China que não são americanas, mas que dependem de insumos americanos e, portanto, também vêm sendo afetadas”, disse Michael Hart, presidente da Câmara de Comércio Americana. O Ministério do Comércio chinês estuda conceder isenções de tarifas a alguns setores, segundo Hart.

A China concede algumas isenções de tarifas a empresas que importam componentes e matérias-primas para fabricar produtos que serão reexportados, no que é conhecido como “comércio de processamento”. Algumas grandes fabricantes americanas, como as de celulares e outros aparelhos eletrônicos, também conseguiram isenções temporárias de Trump.

No entanto, em meio à guerra comercial, muitas empresas estrangeiras ainda podem considerar proibitivo exportar da China, em especial, as de menor escala.

Jacob Rothman, CEO da Velong Enterprises, que tem sede na China e fabrica utensílios de cozinha e produtos domésticos vendidos por varejistas americanos como o Walmart, disse que importa Tritan, uma forma de plástico, de uma empresa americana, a Eastman.

“Somos atingidos com tarifas duplas nos produtos com esse material”, disse Rothman. “Uma vez ao importar o material e outra ao exportar os produtos acabados.”

Segundo Rothman, a China concede uma isenção de tarifa quando o produto final é exportado de volta aos EUA dentro de um determinado período. A China, porém, não concede a isenção se o produto for exportado a outros países.

Economistas advertem que a guerra comercial pode provocar novas quedas nos fluxos de investimentos estrangeiros diretos na China. Em 2024, já houve um recuo de 27,1% em comparação ao ano anterior, em yuans, segundo dados do Ministério do Comércio.

“Para aqueles que entram na China para atender ao mercado interno, eles ainda podem [querer] vir. Mas se o objetivo é atender a outros mercados, especialmente os EUA, você será muito impactado”, disse Qiu Dongxiao, chefe do departamento de economia da Universidade Lingnan, em Hong Kong. “Então, você precisa reconsiderar sua estratégia global.”

Fonte: Valor


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Comércio, Economia, Importação, Internacional, Notícias

Governo Lula prepara resposta emergencial contra invasão de produtos chineses

Empresários brasileiros cobram cotas de importação e adoção de salvaguardas

Em meio ao temor de uma inundação de produtos chineses, com o Brasil como eventual vítima do fogo cruzado das tarifas do presidente americano, Donald Trump, a Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), estuda a adoção de mecanismos emergenciais de proteção comercial da indústria brasileira.

O órgão vem estudando opções desde o ano passado, no contexto da disparada das importações de produtos industriais da China, mas o Liberation Day, como foi apelidado o tarifaço de Trump, acelerou o processo.

A avaliação da indústria é que apenas as tradicionais e demoradas medidas antidumping – punições para quando os produtos importados chegam no mercado interno a preços mais baixos do que os praticados na origem – não darão conta de evitar estragos no curto prazo se a China redirecionar parte dos manufaturados dos EUA para o Brasil.

Em um cenário indefinido de guerra comercial, muitos setores vêm defendendo junto ao governo a adoção de medidas mais rápidas e amplas, como cotas de importação ou salvaguardas, que são ações temporárias (de duração de um ano) aplicadas a todos os países, e não apenas a casos individuais.

Camex estuda salvaguarda simplificada

Uma das opções em estudo na Camex é a adoção de uma espécie de salvaguarda simplificada, cujo processo seria muito menos burocrático e rápido do que todas as especificações necessárias para uma decisão de antidumping, por exemplo. A partir da conclusão dessa avaliação agilizada, seriam aplicadas medidas de proteção provisórias nos casos em que forem constatadas importações desleais.

O Mdic afirmou que “não fala de previsões” e que as “decisões são tomadas em colegiado”.

O movimento de intensificação do recurso a medidas de proteção comercial já vinha acontecendo nos últimos anos, na esteira do salto nas importações brasileiras de manufaturados.

“A indústria brasileira já vinha em um processo de ver o volume de importações, em especial da China, aumentando”, avalia Rene Medrado, sócio e especialista em comércio internacional e direito aduaneiro do escritório Pinheiro Neto. “Neste ano, em meio às incertezas das tarifas de Trump, poderemos alcançar um patamar recorde de pedidos”, completa ele, que é presidente do Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (Ibrac).

Pedidos de medidas de proteção crescem

No ano passado, o Departamento de Defesa Comercial (Decom), do Mdic, recebeu 106 petições de adoção de medidas de proteção, aumento de 140% em relação a 2023, segundo os dados mais recentes da pasta. Em 2025, até agora, foram 17 petições, a maior parte de antidumping.

“Há dois anos há uma movimentação bem grande na defesa comercial brasileira, com destaque para 2024”, aponta Fernando Benjamim Bueno, sócio da área de comércio internacional da Demarest. “A principal causa foi o desvio comercial [quando países redirecionam seus produtos ao encontrarem barreiras comerciais]. O mundo se tornou mais protecionista, da União Europeia a países do próprio Sudeste Asiático”, resume.

Atualmente, o Decom possui 73 investigações em curso, 34 delas envolvendo a China. Os setores com maior número de investigações são metais (11 casos), têxteis (5 casos) e plásticos e químicos (4 casos cada). Hoje há 126 medidas em vigor, a maior parte contra produtos chineses, segundo o departamento.

Salto nas importações chinesas

O aumento no número de pedidos de investigação casa com a aceleração na taxa de crescimento das importações com origem na indústria de transformação, em especial da China. Em cinco anos, as compras de produtos industriais chineses saltaram 78%.

O movimento vem ganhando tração: entre janeiro e março deste ano, a alta no desembarque dos produtos chineses foi de 36% na comparação com mesmo período do ano passado. Em 2024, essa expansão havia sido de 29% ante 2023.

“Desde dezembro do ano passado, o mundo inteiro viu uma forte aceleração nos embarques da China, possivelmente em antecipação às mudanças tarifárias prometidas por Trump”, afirma o economista Livio Ribeiro, sócio da BRCG consultoria e pesquisador associado da FGV.

Incerteza sobre impactos do tarifaço

Na avaliação de Ribeiro, ainda não está claro o que acontecerá com o comércio mundial no segundo mandato de Trump.
“Será necessário para ver qual será o novo normal para discutir qual o reequilíbrio do fluxo comercial entre os países”, diz Ribeiro. “Isso posto, o fato é que vai sobrar produto. É difícil o mercado interno chinês absorver no curto prazo, e esse excedente vai vazar para outros países”, avalia.

José Augusto de Castro, presidente da Associação do Comércio Exterior do Brasil (AEB), tem uma avaliação distinta, e acredita que a China deve continuar ampliando as exportações de manufaturados ao Brasil em 2025, mas em menor escala.
“Isso porque a capacidade do Brasil de absorver produtos da China será menor, já que o país crescerá menos. Além disso a China quer agradar ao Brasil, já que precisa de grandes parceiros no mundo em momento de guerra comercial com os Estados Unidos”, afirma.

Fonte: O Tempo



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Economia, Internacional, Notícias

É difícil conter a ascensão da China

O país caminha para assumir a ponta da economia global em 2030.

O tarifaço de Donald Trump tem como objetivo explícito — e estúpido — eliminar os déficits comerciais dos Estados Unidos, que seriam consequência, segundo ele diz, do tratamento injusto imposto por parceiros. Seu propósito oculto parece ser o de conter a ascensão da China. Daí a recente proibição de exportar microprocessadores avançados da Nvidia para empresas chinesas.

Desde o Império Romano, países se sucedem na posição de maior economia. No século XV, quando os portugueses deram início à navegação de longo alcance, a China era a líder, representando um terço do PIB mundial. Os grandes descobrimentos mudaram o panorama e asseguraram à Espanha, no século XVII, a posição de maior economia.

No século seguinte, o XVIII, foi a vez de a Holanda ocupar esse posto, aproveitando-se da elevação dos fluxos comerciais decorrentes daqueles descobrimentos e das transformações derivadas do progresso científico e de realizações culturais. Amsterdã criara sua bolsa de valores em 1602, o que foi a base para se tornar o maior centro financeiro do planeta.

“Com sua capacidade de inovação, a nação tem tudo para evitar a armadilha da renda média”

No século XIX, o Reino Unido virou a nação número 1. Sua ascensão decorreu das transformações institucionais da Revolução Gloriosa (1688), que encerrou a monarquia absoluta e propiciou o ambiente de segurança jurídica e previsibilidade que, ao lado da anterior lei de patentes (1624), criou a onda de inovações que desaguaram na máquina a vapor, a grande fonte da Revolução Industrial.

Os Estados Unidos iniciaram sua trajetória rumo à hegemonia após a Guerra Civil (1861-1865). A Convenção da Filadélfia (1787) criara o ambiente institucional propício a um sistema de livre mercado. As ferrovias baratearam os custos de transporte e incorporaram partes remotas ao mercado nacional. O sistema foi reforçado com o clima de competição favorável à inovação. Os ganhos de produtividade derivados dessas transformações e da imigração completaram o quadro que conduziu o país, no alvorecer do século XX, à posição de líder da economia mundial, em que se mantém até agora.

A China caminha para assumir o posto. O gatilho da arrancada foram as reformas econômicas de Deng Xiaoping, iniciadas em 1978. Hoje, 80% da economia está sob comando do setor privado. O país tem tudo para evitar a armadilha da renda média, o que será possível por sua capacidade de inovação, produto em grande parte da qualidade de suas universidades e de estímulos governamentais. A China já é a líder em pesquisas em química e a segunda em ciências biológicas e de saúde. É a maior produtora de artigos científicos. Assombrou o mundo com a DeepSeek, o modelo de inteligência artificial que se mostrou superior a outros, como o Chat­GPT da americana OpenAI, e de menor custo de treinamento: 6 milhões de dólares diante de 100 milhões de dólares do concorrente.

A menos que ocorra uma catástrofe, parece difícil bloquear a ascensão da China à posição de maior economia mundial — o que se estima deva ser alcançado em 2030 — até ser substituída por outro país. Essa parece ser a marcha inevitável da história.

Fonte: Veja

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Comércio, Comércio Exterior, Economia, Internacional, Notícias

China retira sobretaxa de 125% sobre determinados produtos dos EUA

A China isentou algumas mercadorias dos Estados Unidos da sobretaxa de importação de 125%. A informação é da agência de notícias Reuters, que cita fontes do meio empresarial chinês. Segundo a Reuters, Pequim não anunciou oficialmente a lista de itens isentos, mas notificou individualmente a decisão a diversas empresas. O governo também solicitou que encaminhem uma relação dos produtos importados mais estratégicos para suas operações, a fim de avaliar a ampliação das isenções. As sugestões serão avaliadas por uma força-tarefa criada pelo ministério do Comércio.

Ainda de acordo com a agência de notícias, entre os artigos contemplados com a retirada das sobretaxas, estão medicamentos e peças e equipamentos para a indústria aérea. A Reuters lembra, ainda, que a medida se alinha a um comunicado emitido pelo governo chinês na sexta-feira 18 de que estava comprometido em manter a estabilidade econômica e apoiar as empresas e os trabalhadores mais afetados pela guerra tarifária travada com os Estados Unidos.

Trata-se do gesto mais claro até o momento de que Pequim pretende reduzir as tensões com Washington, após o tarifaço lançado pelo presidente Donald Trump no início do mês. A escalada protecionista culminou na imposição de uma tarifa mínima de 145% contra as importações de produtos chineses. Em alguns casos, contudo, a alíquota chega a 245%. A reação do presidente chinês, Xi Jinping, foi sobretaxar os americanos em 125%.

Em público, as duas maiores economias do mundo mantêm também uma guerra de versões com o objetivo de demonstrar força. Na quarta-feira 23, Trump afirmou a jornalistas que os Estados Unidos estão negociando “ativamente” com a China uma solução que encerre a questão. “Todos querem participar do que estamos fazendo”, declarou.

O governo chinês, no entanto, negou que mantenha qualquer negociação. Segundo He Yadong, porta-voz do ministério de Relações Exteriores, “quaisquer alegações sobre o progressos nas negociações econômicas e comerciais entre China e Estados Unidos são rumores infundados e sem evidências factuais”.

Outro representante da chancelaria chinesa, Guo Jiakun, foi ainda mais contundente ao afirmar que os americanos devem “parar de extorquir” a China, se quiserem algum avanço. “Se os Estados Unidos realmente desejam resolver as questões tarifárias por meio de negociações, devem parar de extorquir e conduzir o diálogo com base em benefícios recíprocos.”

Fonte: Diário do Brasil


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Exportação, Internacional, Mercado Internacional, Negócios, Notícias, Tributação

Tarifas entre EUA e China podem ampliar exportações brasileiras

A crescente tensão comercial entre as duas maiores economias mundiais ─ Estados Unidos e China ─ pode criar oportunidades para o Brasil expandir suas exportações, principalmente de produtos agropecuários. A opinião é do secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Luis Rua.

“Não só soja, como qualquer outro produto agregado”, comentou o secretário durante a entrevista coletiva que concedeu nesta terça-feira (22), e na qual fez um balanço das ações ministeriais para promover as exportações agropecuárias nacionais.

Questionado sobre as eventuais oportunidades da guerra tarifária deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Rua lembrou que cerca de 30% de toda a carne de aves que a China importa vem dos Estados Unidos, que também respondem por algo entre 16% e 18% da carne suína e 8% da carne bovina que os chineses consomem anualmente.

“Óbvio que, com os EUA saindo deste mercado [chinês], o Brasil se coloca à disposição. Lógico, existem outros players [concorrentes] mas, talvez, nem todos tenham a escala que o Brasil possui para poder apoiar [a China]”, comentou Rua, alegando que o resultado final, para os exportadores, “dependerá do apetite chinês” pelos produtos brasileiros.

“Nos dias atuais, com tudo o que estamos vendo, poucas geografias do mundo têm a condição de entregar o que o Brasil entrega com os mesmos atributos. Porque o Brasil consegue ter um produto com qualidade, competitividade, sustentabilidade e sanidade, já que é livre de todas as doenças de notificação obrigatória para qualquer produto de origem animal e tem uma situação fitossanitária muito privilegiada”, acrescentou o secretário.

Rua ainda assegurou que, apesar de China e Estados Unidos ameaçarem impor sanções às nações que negociarem unilateralmente com o oponente comercial, o Brasil seguirá “falando com todos os países”.

“Temos dito que, nesta disputa entre duas grandes superpotências, cabe-nos o papel de sermos um promotor da geopolítica da paz. E é isso que faremos. Seja [negociando] com os EUA, com a China ou com qualquer outro país. O Brasil fala com todos os países e continuará falando. Não alteramos nossa estratégia”, concluiu o secretário, afirmando ainda ser cedo para mensurar o impacto das tarifas adicionais que os Estados Unidos impuseram aos produtos brasileiros.

Fonte: Agência Brasil

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Comércio, Comércio Exterior, Internacional, Mercado Internacional, Notícias

China abre mercado para venda de pescados do Brasil

Abertura é só para a modalidade extrativista, em que os peixes são capturados na natureza e não em cativeiro

A China abriu seu mercado de pesca extrativista para o Brasil. O anúncio foi feito na 3ª feira (22.abr.2025) depois de uma reunião bilateral do secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, com a vice-ministra da Gacc (sigla em inglês para Administração Geral de Alfândegas Chinesa), Lyu Weihong, em Brasília.

O mercado chinês de pescados é de cerca de US$ 17,9 bilhões. A partir da abertura, o Brasil poderá competir e abocanhar parte desse setor, mas os efeitos devem ser de médio a longo prazo. A expectativa do governo é que o país ganhe cerca de US$ 1 bilhão em receitas no médio prazo. O encontro entre Rua e Weihong abordou cerca de 50 temas.

A pesca extrativista é aquela na qual os peixes são capturados da natureza, diferente da modalidade de aquicultura, em que são cultivados em cativeiro.

O governo brasileiro costurava o acordo há mais de 1 ano e tinha a expectativa de concluir a negociação em novembro de 2024, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o presidente Xi Jinping no Brasil. Porém, as tratativas para o certificado sanitário que autoriza as exportações só foram finalizadas agora, na reunião bilateral.

No encontro do ano passado, o governo brasileiro fechou 37 acordos com a China. Destes, 6 envolveram o Ministério da Agricultura e Pecuária, com a abertura de mercado para:

  • uvas frescas;
  • gergelim;
  • sorgo;
  • farinha de peixe;
  • óleo de peixe;
  • outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal.

O encontro de Rua com Weihong faz parte da agenda de trabalhos do Brics –grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Indonésia.

O Brasil sediará a cúpula do bloco neste ano, que será realizada no Rio de Janeiro de 6 a 7 de julho.

Fonte: Poder 360

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Internacional, Mercado Internacional, Notícias

Trump recua em guerra contra China e Fed; mercados reagem

Donald Trump disse ontem que não pretende tentar demitir o presidente do banco central americano e que haverá uma redução “substancial” nas tarifas contra a China.

O presidente americano disse que a taxa de 145% imposta aos produtos chineses é “muito elevada”. “Não ficará nem perto desse número, mas também não será zero.”

Sobre o presidente do Fed, Jerome Powell, Trump declarou não ter interesse em demiti-lo. “Gostaria de vê-lo um pouco mais ativo” na redução dos juros porque “é o momento perfeito para isso”.

As falas de Trump ocorreram um dia após os mercados americanos terem despencado por temor de uma crise entre Trump e o Fed.

Ontem, as ações voltaram a subir após o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, terem antecipado o recuo de Trump na guerra comercial com a China.

Hoje, o porta-voz do governo chinês Guo Jiakun afirmou que “a porta para conversar (com os Estados Unidos) está escancarada.”

A reação dos mercados foi imediata. As principais Bolsas da Ásia, com exceção de Xangai, fecharam em alta; e as europeias abriram com valorização. Os índices futuros também apontam para ganhos nos EUA.

Fonte: UOL

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Comércio, Comércio Exterior, Internacional, Mercado Internacional, Negócios

Controles de exportação da China reduzem envio de minerais críticos

Para qualquer item da lista de controle, exportadores devem solicitar licenças, processo pouco transparente que permite que Pequim domine a situação

Os controles de exportação da China sobre três metais importantes para os setores de defesa e de chips estão mantendo os embarques em níveis historicamente baixos apesar dos preços elevados no mercado global, à medida que Pequim flexibiliza seu controle sobre a cadeia de suprimentos de minerais.

A China é o maior produtor mundial de antimônio, germânio e gálio, que desempenham papéis nichados mas vitais nos segmentos de energia limpa, fabricação de chips e defesa.

Desde 2023, Pequim tem gradualmente adicionado os metais à sua lista de controles de exportação. Em dezembro, proibiu as exportações para os Estados Unidos.

Para qualquer item da lista de controle, os exportadores devem solicitar licenças, um processo pouco transparente que permite que Pequim exerça o domínio que construiu durante anos sobre a mineração e o processamento de minerais importantes.

Novos dados alfandegários divulgados no domingo (20) reforçaram um padrão que vem se formando desde que os controles foram impostos: as exportações caíram e alguns compradores, especialmente na Europa, foram excluídos da cadeia de suprimentos.

As exportações de produtos de antimônio e germânio no primeiro trimestre caíram 57% e 39%, respectivamente, em comparação com o ano anterior.

As exportações de gálio em março atingiram o nível mais baixo desde outubro de 2023. As remessas trimestrais aumentaram em relação ao ano passado, mas a tendência atual ainda está bem abaixo de 2022, o último ano completo antes das restrições.

Os minerais que são exportados, no caso do antimônio, estão indo para um conjunto menor de países.

Após um hiato de cinco meses, pequenas remessas de antimônio foram enviadas para a Bélgica e a Alemanha em março, mas as exportações ficaram bem abaixo dos níveis históricos. Compradores grandes e antigos, como a Holanda, não recebem remessas desde setembro.

O padrão observado para os três metais levanta questões sobre quantas licenças de exportação a China aprovará para os sete elementos de terras raras que adicionou à lista de controle este mês — e com que rapidez.

Exportadores dizem prever uma espera de meses pelas licenças e até mais tempo se estiverem vendendo para os Estados Unidos.

Não houve exportações de antimônio para os Estados Unidos desde setembro do ano passado e nenhuma desde 2023 para germânio e gálio.

A redução das exportações da China fez com que consumidores estrangeiros se esforçassem para obter os materiais, elevando os preços, o que, por sua vez, sustentou os preços na China.

Fonte: CNN Brasil

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Comércio, Comércio Exterior, Internacional, Mercado Internacional, Negócios

China vai retaliar países que priorizem acordo com os EUA

Porta-voz do ministério do Comércio chinês afirmou que o país está “não aceitará” negociações às custas dos interesses do país

O porta-voz do Ministério do Comércio da China declarou nesta 2ª feira (21.abr.2025) que o governo chinês vai retaliar países que cheguem a acordos comerciais com os Estados Unidos “às custas dos interesses chineses”. A declaração foi em resposta a um jornalista que perguntou como a China reagiria se a Casa Branca pressionasse outros países a retirar investimentos na China para garantir tarifas mais baixas. Recentemente, diversos líderes globais têm se reunido com Donald Trump (Republicano) para discutir as medidas fiscais.

O representante do Ministério do Comércio disse que é legítimo os países buscarem acordos com os EUA, mas que se essas negociações envolverem o enfraquecimento de relações com a China, o país “jamais aceitará” e está preparado para defender seus interesses.

“A China se opõe firmemente a qualquer parte que chegue a um acordo às custas dos interesses chineses. Se isso acontecer, a China jamais aceitará e tomará resolutamente contramedidas de forma recíproca. A China está determinada e é capaz de salvaguardar seus próprios direitos e interesses”, disse o porta-voz. Eis a íntegra do comunicado do Ministério do Comércio da China (PDF – 40 kB, em inglês).

O porta-voz do governo chinês afirmou que os EUA transformaram o comércio internacional em uma “lei da selva” e que os países devem se unir para resistir ao bullying econômico norte-americano.

“Trata-se da busca por políticas hegemônicas e intimidação unilateral nos campos econômico e comercial sob o pretexto de “reciprocidade”. O apaziguamento não traz paz, e o compromisso não pode ser respeitado”, declarou.

Os EUA e a China estão em uma guerra comercial desde o início de abril, quando Trump anunciou o “liberation day”. A Casa Branca aplicou tarifas comerciais contra todos os seus parceiros, em especial a China, que foi penalizada em 145%. Os chineses retaliaram os norte-americanos com tarifas de 125% sobre os produtos dos EUA.

Fonte: Poder 360

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Comércio, Comércio Exterior, Logística, Mercado Internacional, Negócios

China importou mais soja dos EUA do que do Brasil em março

Dados referem-se à quantidade do grão que atracou nos portos chineses no mês

China importou mais soja dos Estados Unidos do que do Brasil em março, apesar de ter sido o mês em que a guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo começou a escalar. O volume importado refere-se ao que efetivamente entrou nos portos do país, e não ao volume contratado para chegar aos portos nos próximos meses.

O país comandado por Xi Jinping importou 2,44 milhões de toneladas de soja americana, um aumento de 12% na comparação anual, de acordo com dados levantados junto à autoridade alfandegária chinesa e pela agência Reuters. O volume representou um terço de toda a importação de soja do mês pela China.

Importações do Brasil

Em março, o volume importado de soja brasileira pela China ficou em cerca de 950 mil toneladas, uma queda de 69%, o que representou 27% de todas as importações chinesas do grão.

No total, a China importou 40% menos soja em março deste ano do que no mesmo mês do ano passado.

Apesar do volume de soja que chegou aos portos cineses ter diminuído em março, principalmente de origem brasileira, a China aumentou as contratações e de soja do Brasil para chegar aos seus portos nos próximos meses.

Analistas consultados pela Reuters indicaram que a China deve importar 31,3 milhões de toneladas de soja entre abril e junho, com a recente colheita do Brasil.

Cronologia das tarifas

Os produtos agrícolas americanos começaram a ser taxados pela China em 10 de fevereiro em 10%, após as primeiras tarifas anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump.

Em 4 de março, Pequim anunciou mais taxa de 15% sobre os produtos agrícolas americanos, em resposta à rodada anterior de novas tarifas do republicano. Já as “tarifas recíprocas” anunciadas por Trump contra diversos países, incluindo a China, ocorreu em abril.

Fonte: Globo Rural









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