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Economia, Gestão, Informação, Negócios, Notícias, Tributação

BTG alerta para aumento de tarifas dos EUA se Brasil mantiver barreiras comerciais ocultas

Restrições não tarifárias aumentam riscos sob o esforço de reciprocidade de Washington

 

Os Estados Unidos podem acabar impondo tarifas acima da média sobre as importações brasileiras se buscarem neutralizar as barreiras comerciais regulatórias do Brasil, alertou o BTG Pactual. A tarifa média ponderada do Brasil sobre produtos dos EUA é de cerca de 5,8%, em comparação com apenas 1,3% cobrada pelos EUA sobre produtos brasileiros, de acordo com o banco. A disparidade é ainda maior quando se trata de barreiras não tarifárias: 86,4% dos produtos que entram no Brasil enfrentam algum tipo de exigência regulatória, em comparação com 77% nos EUA e 72% globalmente. Os dados vêm da World Integrated Trade Solution (WITS), uma plataforma do Banco Mundial que analisa 75 países.

“O protecionismo brasileiro decorre principalmente de barreiras não tarifárias, e não de tarifas reais”, escreveram os economistas do BTG Iana Ferrão e Pedro Oliveira em um relatório. Na América Latina, apenas a Argentina aplica regras comerciais não tarifárias mais rigorosas do que o Brasil.

As barreiras não tarifárias são restrições comerciais que não envolvem impostos diretos sobre mercadorias. Isso inclui cotas de importação, requisitos de licenciamento, regulamentos técnicos, medidas sanitárias e fitossanitárias, procedimentos alfandegários complexos e subsídios.

De acordo com Ferrão e Oliveira, a maioria dos produtos importados no Brasil está sujeita a algum tipo de restrição, como licenciamento prévio, inspeções sanitárias rigorosas ou conformidade com normas técnicas estabelecidas por órgãos como o INMETRO e a ANVISA. “Várias indústrias domésticas são protegidas por regulamentações que tornam a concorrência estrangeira significativamente mais difícil, mesmo quando as tarifas são relativamente baixas”, escreveram.

Essas barreiras representam um “custo oculto” para as empresas que tentam exportar para o Brasil, segundo os economistas. Eles citam estudos que sugerem que as regulamentações sanitárias e fitossanitárias do Brasil são equivalentes a tarifas que variam de 20% a 40%, dependendo do setor.

“Nas últimas décadas, à medida que as tarifas globais diminuíram, o Brasil permaneceu relativamente fechado por meio de barreiras não tarifárias. A pesquisa mostra que, após a liberalização do comércio na década de 1990, a proteção por meio da regulamentação aumentou nos últimos 15 anos”, escreveram eles.

A preocupação, observaram Ferrão e Oliveira, é que o governo dos EUA enfatizou que considerará não apenas tarifas diretas, mas também outros obstáculos comerciais ao decidir sobre medidas retaliatórias. “O próprio presidente Trump solicitou uma investigação sobre barreiras tarifárias e não tarifárias. Não sabemos se isso vai acontecer – há uma grande incerteza em torno das políticas comerciais de Trump – mas como a questão está sob revisão, há um risco real de tarifas mais altas”, disse Ferrão.

Combinando as tarifas do Brasil e as restrições não tarifárias sobre produtos dos EUA, o país surge como um dos mais protecionistas em relação aos produtos americanos, diz o relatório. Isso poderia reforçar a visão de Trump de que o Brasil emprega práticas comerciais desleais que bloqueiam o acesso dos EUA ao seu mercado – potencialmente justificando medidas retaliatórias sob a lógica da “reciprocidade tarifária”.

“Isso também sugere que quaisquer futuras negociações comerciais com os EUA provavelmente exigirão que o Brasil reduza gradualmente algumas de suas barreiras como ferramenta de barganha para limitar o impacto negativo em setores específicos e na balança comercial do país”, acrescentaram os economistas. O Brasil poderia seguir uma abordagem estratégica, dizem eles, oferecendo concessões em áreas menos sensíveis para evitar retaliações em áreas mais críticas.

Caso o Brasil seja forçado a reduzir suas barreiras não tarifárias, a pressão recairá sobre indústrias que dependem fortemente de insumos básicos – como metalurgia – e setores como vestuário, máquinas e semimanufaturados. Os metais (incluindo produtos siderúrgicos e siderúrgicos) respondem por cerca de 21% de todas as barreiras não tarifárias no Brasil, observa o relatório. Em segmentos como motores não elétricos e aeronaves, praticamente todas as importações estão sujeitas a algum tipo de restrição ou exigência.

Se os EUA impusessem uma tarifa média de 5,8% – equivalente ao que o Brasil cobra dos produtos americanos – muitos produtos brasileiros atualmente isentos ou com tarifas mínimas enfrentariam o que o BTG classifica como uma barreira tarifária “moderada” no mercado americano. Nesse cenário, o BTG estima que as exportações brasileiras para os EUA podem cair US$ 2 bilhões em 2025 e US$ 3 bilhões em 2026, em comparação com a previsão atual do banco, que já considera a tarifa de importação de aço dos EUA de 25%.

Se, no entanto, os EUA aumentassem as tarifas médias para 25% – para refletir o impacto das barreiras não tarifárias do Brasil – muitas exportações brasileiras que atualmente são competitivas se tornariam comercialmente inviáveis no mercado dos EUA, a menos que os exportadores reduzissem significativamente seus preços, alertaram Ferrão e Oliveira.

O conceito de “equivalente tarifário” procura quantificar o quão alta uma tarifa precisaria ser para produzir o mesmo efeito de redução do comércio que uma barreira não tarifária. Embora 25% represente o “pior cenário”, observaram os economistas, estudos sugerem que o equivalente tarifário médio dos EUA para barreiras não tarifárias varia de 10% a 15%. Isso implicaria que, sob um princípio de reciprocidade, qualquer tarifa equivalente dos EUA no Brasil provavelmente seria inferior a 25%.

Ainda assim, os economistas dizem que o objetivo da simulação é modelar um cenário de retaliação mais severo – um em linha com as tarifas que os EUA impuseram no passado a parceiros como México e Canadá. Nesse cenário, o superávit comercial do Brasil pode encolher R$ 10 bilhões em 2025 e R$ 13 bilhões em 2026, estimam.

“O impacto direto das tarifas dos EUA na balança comercial geral e na atividade econômica do Brasil tende a ser limitado, uma vez que o Brasil é uma economia relativamente fechada”, disse Ferrão. “No entanto, os efeitos específicos do setor podem ser significativos, já que várias indústrias dependem fortemente do mercado dos EUA. O alto nível de barreiras não tarifárias do país pode exigir negociação.

FONTE: Valor Internacional
BTG alerta para aumento de tarifas nos EUA se o Brasil mantiver barreiras comerciais ocultas | Relações Exteriores | valorinternational

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Comércio Exterior, Exportação, Industria, Informação, Negócios, Notícias

Exportação de carne bovina cresce 22% na TCP

A exportação de carne bovina pela TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, cresceu 22% no primeiro bimestre de 2025, totalizando 123 mil toneladas embarcadas em 4.483 contêineres.

Esse desempenho supera o crescimento nacional da categoria, que, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), registrou aumento de 4,7% em volume para o período. Ao todo, o Brasil embarcou 428 mil toneladas de carne bovina, gerando uma alta 13,9% no faturamento, que chegou a R$ 2,045 bilhões.

Segundo Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e atendimento da TCP, o aumento expressivo do volume embarcado reforça a confiabilidade operacional do Terminal e ressalta que esse desempenho está diretamente ligado à infraestrutura oferecida. “A TCP é referência em atendimento e serviços especializados para os exportadores de carne. Com a conclusão das obras do maior pátio para armazenagem de contêineres refrigerados da América do Sul, aliados a fatores como uma taxa de ocupação de pátio normalizada, e um sistema eficiente para agendamento de entrega e retirada de cargas, o Terminal inicia 2025 convertendo novos clientes e ampliando sua participação de mercado no segmento de carnes e congelados”, comenta.

Além da alta nos embarques de carne bovina, a TCP segue como o maior corredor de exportação de carne congelada de frango do mundo e, no primeiro bimestre de 2025, o Terminal movimentou um total de 382 mil toneladas do produto, o que representa 42% de todo o volume embarcado pelo país. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil exportou 911 mil toneladas de carne de frango no primeiro bimestre, gerando uma receita de US$ 1,696 bilhão, crescimento de 22% em relação ao ano anterior.

Somente o estado do Paraná, maior produtor nacional de carne de frango, foi responsável por embarcar 186 mil toneladas do produto no primeiro bimestre deste ano. Guidolim explica que “o Terminal possui uma parceria de longa data com as indústrias do nosso estado, e essa sinergia garante eficiência máxima para o exportador que opera pela TCP. Com um ramal ferroviário que conecta as regiões norte e oeste do estado diretamente a área alfandegada dentro do pátio de operações do Terminal, este também acaba sendo um modal estrategicamente utilizado pelos exportadores dessas regiões, que buscam maior confiabilidade operacional na hora de exportar a carne de frango”.

Entre janeiro e fevereiro, as exportações de carne bovina, de frango, suína, entre outras, representaram um total de 545 mil toneladas em exportações na TCP, volume embarcado em 20.035 contêineres. Com isso, o Terminal tem uma participação de mercado de 40,1% no segmento de carnes e congelados, se comparado aos terminais portuários de estados vizinhos, como São Paulo e Santa Catarina.

Em junho de 2024, a TCP concluiu as obras de expansão do seu pátio reefer, área destinada ao armazenamento de contêineres refrigerados, como os utilizados no transporte de carnes e congelados. Com um aumento de 45% no número de tomadas, de 3.624 para 5.268, o Terminal de Contêineres de Paranaguá possui o maior pátio reefer da América do Sul.

O gráfico abaixo mostra a trajetória ascendente das exportações de carne bovina registradas no Porto de Paranaguá, no sul do Brasil, de janeiro de 2021 a janeiro de 2025, de acordo com dados do DataLiner.

Exportações de carne bovina | Porto de Paranaguá | Janeiro de 2021 – Janeiro de 2025 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Abertura de novos mercados impulsiona setor de carnes e congelados

O setor brasileiro de carnes e congelados vive um momento de expansão no mercado internacional, impulsionado pela conquista de novos mercados internacionais. Em fevereiro de 2025, o México se destacou ao aumentar em 41% suas importações de carne bovina brasileira, quando comparado ao volume registrado em janeiro, alcançando 4.421 toneladas. Esse crescimento é apenas um exemplo do cenário positivo, que inclui a abertura de mais de 20 novos mercados para a carne brasileira desde 2023.

Para acompanhar esse ritmo de crescimento, a TCP oferece oito serviços diretos para a Ásia e ampla cobertura na América Central e no Caribe. Já a infraestrutura do Terminal favorece conexões eficientes para mercados estratégicos como Japão, Singapura e México.

“Somos o Terminal com a maior concentração de linhas marítimas do Brasil. Essa diversificação de destinos e a nossa alta frequência de escalas, com 25 serviços semanais, garantem que nossos clientes tenham flexibilidade logística e previsibilidade nos embarques, um fator essencial para que exportadoras atendam os prazos estabelecidos pelos importadores”, explica Carolina Merkle Brown, gerente comercial de armadores da TCP.

O avanço nas exportações também reflete a ampliação do acesso a países que historicamente possuíam barreiras sanitárias rigorosas. Em 2023, por exemplo, o Japão autorizou a importação de carne enlatada bovina, enquanto Israel abriu seu mercado para carne de aves. Já em 2024, países como Panamá e El Salvador passaram a importar carnes e miúdos de aves, ampliando ainda mais o alcance da proteína brasileira. Enquanto os surtos de Influenza Aviária (H5N1) em países como os Estados Unidos têm impactado o abastecimento no mercado global de carne de frango, o Brasil vive um momento de expansão e que pode impulsionar a demanda pela proteína brasileira nos próximos meses.

Diante desse cenário, a expectativa é que os embarques de carnes e congelados com origem no país superem as projeções para 2025. “Nosso atendimento especializado, somado às facilidades oferecidas, como a franquia gratuita de armazenagem por sete dias para os exportadores, posiciona a TCP como o parceiro estratégico do setor”, finaliza Guidolim.

FONTE: Datamar News
Exportação de carne bovina cresce 22% na TCP – DatamarNews

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Economia, Industria, Inovação, Sustentabilidade, Tecnologia

Brasil e Japão celebram cooperação na área de transição energética e integração industrial

Secretário executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, participou da cerimônia de anúncio de memorandos que visam fortalecer a parceria entre os dois países

Na Missão presidencial do Brasil ao Japão, os dois países anunciaram, entre vários acordos, o fortalecimento da cooperação técnica e política na área de transição energética e de integração industrial. Em cerimônia realizada em Tóquio, nesta quarta-feira (26/3), o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, acompanhou o anúncio da assinatura de dois memorandos que estabelecem a Iniciativa para Combustíveis Sustentáveis e Mobilidade (ISFM) e a expansão da colaboração industrial entre os dois países.

Representando o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, Márcio Elias Rosa destacou as oportunidades a serem criadas diante do potencial da parceria para intensificar iniciativas relacionadas a economia verde e tecnologias sustentáveis. “Além de se destacar na expansão de sua matriz energética renovável, o Brasil conta com uma política industrial que fomenta a sustentabilidade com foco em bioeconomia, descarbonização e segurança energética”, disse, referindo-se à Nova Indústria Brasil (NIB). “O Japão, por sua vez, é referência mundial em inovação e tecnologia, especialmente em setores como robótica, automação industrial e inteligência artificial”, afirmou, destacando a força da atuação conjunta dos dois países mencionada no memorando da ISFM.

Integrante da delegação brasileira que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o secretário se referiu à Iniciativa para Combustíveis Sustentáveis e Mobilidade que conta com um plano de ação para fomentar o uso global e integrado de combustíveis renováveis – como biocombustíveis, biogás, hidrogênio verde e seus derivados – em equipamentos de mobilidade e alto desempenho – como motores híbridos e flex. O avanço nas negociações dessa parceria contou com o envolvimento do MDIC, além dos Ministérios de Portos e Aeroportos (Mpor), de Minas e Energia (MME), das Relações Exteriores (MRE), além do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão (METI).

Em relação ao memorando sobre a Iniciativa de Integração Industrial Brasil-Japão, Márcio Elias Rosa destacou a importância da cooperação industrial em áreas estratégicas como descarbonização e transição energética, economia circular, economia digital, cadeias globais de valor, mobilidade verde, bioeconomia, manufatura avançada, negócios de conteúdo e saúde. “Além de fortalecer os laços de amizade, confiança e respeito mútuo, hoje demos mais um passo rumo ao entendimento mútuo por meio da cooperação no comércio, investimento e fortalecimento da capacidade industrial e integração”, afirmou.

Essa iniciativa, cujas negociações contaram com esforços do MDIC e METI, também possui plano de ação no qual estão previstas atividades destinadas, por exemplo, ao compartilhamento de informações, à capacitação e ao diálogo regulatório. 

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Economia, Informação, Investimento, Negócios, Notícias, Tributação

Por que forte entrada de capital estrangeiro no país surpreende analistas

O Brasil teve em fevereiro uma entrada de investimentos estrangeiros diretos bem acima do esperado por analistas, enquanto o déficit em transações correntes do país registrou alta, informou o Banco Central nesta quarta-feira, 26.

Os investimentos diretos no país (IDP) alcançaram US$9,3 bilhões no mês passado, acima dos US$5,5 bilhões projetados em pesquisa da Reuters e dos US$5,332 observados em fevereiro do ano passado.

O indicador — importante sinalizador de fluxo de recursos destinados a investimentos de longo prazo, além de ajudar a compensar rombos na conta corrente do país– somou o equivalente a 3,38% do Produto Interno Bruto (PIB) em 12 meses, ante 3,18% no mês anterior e 2,89% em fevereiro de 2024.

No mês passado, foi observado saldo negativo nas transações correntes de US$8,758 bilhões, ante rombo de US$3,903 bilhões no mesmo período do ano anterior, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 3,28% do Produto Interno Bruto (PIB).

O resultado veio ligeiramente melhor do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de US$9,104 bilhões em fevereiro.

Mesmo com o resultado forte do investimento direto até o momento, a economista da XP Luiza Pinese avaliou que o déficit em conta corrente pode superar o IDP em 2025, sob pressão de dados de importações mais persistentes do que o esperado.

“No entanto, nosso cenário base não prevê deterioração da conta corrente em 2026. Além disso, o Brasil continua se beneficiando de um sólido estoque de reservas internacionais e de uma baixa dívida em moeda estrangeira”, disse em relatório.

Ela acrescentou que o déficit do balanço de pagamentos observado em fevereiro deve ser visto com cautela tendo em vista a importação de uma plataforma de petróleo da China, avaliada em US$2,7 bilhões, e um atraso em exportações agrícolas.

Ainda assim, Pinese avaliou que as importações foram mais persistentes do que o previsto. Ela disse esperar que essa dinâmica seja mantida no primeiro semestre, aliviando apenas com a desaceleração da atividade e impactos da taxa de câmbio.

Em fevereiro, a balança comercial teve saldo negativo de US$979 milhões, contra superávit de US$4,387 bilhões no mesmo mês de 2024.

Já o rombo na conta de serviços ficou em US$3,889 bilhões, contra saldo negativo de US$3,849 bilhões em fevereiro do ano anterior.

A conta de renda primária, por sua vez, apresentou déficit de US$4,104 bilhões, ante saldo negativo de US$4,630 bilhões no mesmo período do ano anterior.

FONTE: Isto É Dinheiro
Brasil tem investimento estrangeiro muito acima do esperado em fevereiro – ISTOÉ DINHEIRO

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Economia, Gestão, Informação, Investimento, Negócios, Tributação

Déficit nas contas externas do Brasil sobe para US$ 8,8 bilhões

O resultado é quase o dobro do registrado no mesmo mês de 2024

As contas externas do Brasil apresentaram um déficit de US$ 8,8 bilhões em fevereiro de 2025, quase o dobro do registrado no mesmo mês de 2024, quando o saldo negativo foi de US$ 3,9 bilhões.

Os dados, divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Banco Central (BC), refletem a diferença entre as exportações e importações de bens, serviços contratados e despesas de brasileiros no exterior, além do envio de lucros para o exterior.

O superávit da balança comercial – que registra as exportações menos as importações – diminuiu US$ 5,4 bilhões em relação ao ano passado. O déficit em serviços manteve-se estável, enquanto o déficit em renda primária apresentou uma redução de US$ 526 milhões.

No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit em transações correntes atingiu US$ 70,2 bilhões, o equivalente a 3,28% do PIB, mostrando um aumento em relação aos US$ 65,3 bilhões (3,03% do PIB) registrados em janeiro. Em comparação com fevereiro de 2024, o déficit foi de US$ 23,9 bilhões (1,07% do PIB).

Em fevereiro de 2025, a balança comercial de bens registrou um déficit de US$ 979 milhões, em contraste com o superávit de US$ 4,4 bilhões observado no mesmo mês de 2024. As exportações de bens somaram US$ 23,2 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 24,1 bilhões, impulsionadas pela compra de uma plataforma de petróleo de US$ 2,7 bilhões. As exportações tiveram uma queda de 1,8%, enquanto as importações aumentaram 25,7%.

Quanto aos investimentos diretos no Brasil (IDP), o país recebeu US$ 9,3 bilhões em fevereiro de 2025, representando um crescimento de 75% em relação aos US$ 5,3 bilhões registrados no mesmo mês de 2024. No acumulado de 12 meses, o valor de IDP chegou a US$ 72,5 bilhões (3,38% do PIB), superando os US$ 68,5 bilhões (3,18% do PIB) de janeiro.

As reservas internacionais também tiveram um aumento, somando US$ 332,5 bilhões em fevereiro de 2025, um crescimento de US$ 4,2 bilhões em relação ao mês anterior. Esse aumento foi impulsionado por variações de preços, desembolsos de organismos internacionais e receitas de juros.

FONTE: Meon
Déficit nas contas externas do Brasil sobe para US$ 8,8 bilhões

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Industria, Informação, Internacional, Notícias

Estados Unidos quase dobram compra de ovos do Brasil e passam a permitir seu consumo por humanos

O crescimento das compras pelos norte-americanos acontece em meio a um surto de gripe aviária que limita a oferta do alimento no país.

As importações de ovos do Brasil pelos EUA em fevereiro aumentaram 93% em relação mesmo mês no ano anterior, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O crescimento das compras pelos norte-americanos acontece em meio a um surto de gripe aviária que limita a oferta do alimento no país.

Até janeiro deste ano, os ovos brasileiros eram usados apenas para ração no país. Atualmente, eles podem ser usados em alimentos processados, como misturas para bolo ou sorvete, mas não podem ser vendidos in natura nos supermercados.

Além disso, os Estados Unidos estão considerando flexibilizar regulamentações para consumo de ovos postos para a indústria local de frangos de corte, ou seja, ovos fecundados.

Mas alguns especialistas em segurança alimentar advertiram que isso poderia contaminar os produtos alimentícios com bactérias nocivas.

Mais ovos brasileiros

Em janeiro, o governo Trump permitiu a importação de ovos brasileiros para processamento em produtos alimentícios para consumo humano, depois de terem sido permitidos anteriormente apenas para uso em alimentos para animais de estimação, de acordo com a ABPA.

As autoridades brasileiras já haviam comprovado que o Brasil atende aos requisitos dos EUA para exportar ovos a serem processados para consumo humano, disse a associação.

No entanto, o Brasil é afetado pela doença de Newcastle, um vírus que frequentemente mata aves, segundo o Departamento de Agricultura norte-americano, e o país não pode fornecer aos EUA ovos para venda em supermercados ou ovos líquidos pasteurizados para consumo humano.

Estados como Nevada e Arizona suspenderam as políticas de bem-estar animal que exigiam que os ovos viessem de galinhas livres de gaiolas, em um esforço para lidar com a escassez de suprimentos e os altos preços.

As 503 toneladas de ovos exportadas pelo Brasil aos EUA em fevereiro, representam menos de 1% do total produzido pelo país, informou a ABPA. Ao todo, o Brasil exporta 2,5 mil toneladas por mês.

FONTE: O Sul
Estados Unidos quase dobram compra de ovos do Brasil e passam a permitir seu consumo por humanos – Jornal O Sul

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Comércio Exterior, Exportação, Gestão, Industria, Informação, Negócios, Notícias

Comex: autocertificação digital reduz custos e burocracia para o exportador

Válido desde 1º de março, documento que atesta a origem das mercadorias pode ser feito pelo próprio exportador, mas é preciso ficar atento para evitar multas e até perda de licença para operar no comércio exterior. Serviço da SP Chamber, da ACSP, ajuda a evitar problemas do tipo.

Desde 1º de março, está em vigor a Autocertificação de Origem, para as empresas brasileiras que exportam para a Argentina, Paraguai e Uruguai. O documento, que comprova e valida a origem dos produtos brasileiros em acordos comerciais que permitam a modalidade, garante que os exportadores daqui tenham acesso a benefícios tarifários nos países-destino.

A nova medida, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), permite que o próprio exportador emita a Declaração de Origem, com o objetivo de desburocratizar processos, reduzir custos para as empresas e alinhar as operações de comex do Brasil às melhores práticas internacionais.

Essa autodeclaração, prevista pela Portaria 373/2024, também estabelece mecanismos internos de controle em casos de suspeita de fraude de origem e reforça mecanismos de verificação e controle que já existem nos acordos comerciais. A implementação só se deu pela adoção do novo Regime de Origem do Mercosul, aprovado pelos países do bloco no ano passado.

“Como o próprio nome diz, é uma autodeclaração que irá atestar a origem da mercadoria, substituindo o Certificado Preferencial de Origem do Mercosul”, explica Ângela Garcia, coordenadora de comércio exterior da SP Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Anualmente, são emitidos cerca de 600 mil certificados de origem no país, sendo que 35% do total são endereçados ao Mercosul, segundo a Secex. A especialista da SP Chamber lembra que o modelo de autocertificação já funciona na União Europeia, e no acordo comercial que deve ser fechado entre Brasil e UE, a modalidade entrará de forma híbrida, ou seja, com certificado de origem e com autocertificação. Porém, a previsão é que após cinco anos, o certificado de origem para este acordo seja extinto.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Com 84 anos ‘de janela’ emitindo certificados de origem do comércio exterior, a ACSP emite o documento oficial com a chancela da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Em 2024, o serviço, que garante que produtos comercializados para o exterior atendam aos critérios de origem, facilitando o comércio entre países, cresceu 15,89% no estado de São Paulo, com destaque para a Capital paulista, segundo levantamento da SP Chamber.

De acordo com a câmara de comércio, os benefícios são redução ou isenção do imposto de importação de acordo com a aplicação de tarifas preferenciais previstas no acordo, além de oferecer transparência e controle no comércio internacional.

Com a autocertificação, o processo promete ser mais ágil devido a critérios já citados, como redução de burocracia e sem necessidade de intermediários, com menor custo e mais facilidade para os exportadores, explica Ângela Garcia. As trocas comerciais também serão facilitadas, com entrada rápida no mercado-destino por serem responsabilidade exclusiva do exportador, que terá autonomia nos controles internos e nos processos de certificação.

Mas, como toda novidade, ainda há alguns poréns. Primeiro: essa certificação funciona apenas no envio de produtos do Brasil para outros países. Também há alguns riscos potenciais na autocertificação, como a não-conformidade (por possíveis avaliações internas subjetivas e propensas a erros), e a credibilidade do exportador pode até ser questionada, pois ele passa a assumir toda a responsabilidade pela veracidade ou não das informações.

Também há necessidade de manter os documentos arquivados por cinco anos, para apresentá-los ao Secex em caso de inconformidades ou uma possível detecção de irregularidades no processo. Na Facesp, a guarda desses documentos é feita na sede da entidade por um período de dez anos para maior controle e segurança.

Há ainda riscos legais, em caso de fraude, que podem levar a multas e até perda de licença por não seguir as regras oficiais das operações de comércio exterior. Isso porque há empresas que fazem o certificado de origem, e às vezes erram ou emitem informações sobre a mercadoria ser importada ou não, ou estar com limite acima do estabelecido pela regra. Até um despachante que assinar esse documento pode sofrer responsabilidade solidária em caso de inconformidade.

Se a própria empresa faz a declaração, podem surgir inconsistências nos controles, além de que algumas podem declarar ‘o que querem’ – como mandar um produto chinês para a Argentina declarando ser totalmente nacional. “A empresa precisa manter um controle rigoroso do processo para evitar essas inconsistências na declaração de origem para prevenir penalidades ou complicações”, orienta Ângela. “Isso é essencial para garantir que todas as informações sejam precisas e conformes de acordo com a legislação, evitando situações em que o produto declarado como nacional não seja compatível – o que poderia resultar em multas e sanções.”

Mesmo com a nova funcionalidade, alguns motivos apontam a importância de uma empresa certificadora homologada pelo Secex, como a ACSP, emitir o documento que atesta a origem dos produtos no comex em até 24 horas.

Na autocertificação, por exemplo, são eliminadas etapas como conferência e avaliação da equipe técnica, trazendo mais agilidade ao processo. Porém, a falta de validação e possíveis erros ou constatação de fraudes, que podem levar as empresas a uma perda de credibilidade.

Ao fazer com uma certificadora, os riscos legais e regulatórios serão compartilhados entre a empresa exportadora e a certificadora e, optar por este serviço também oferece garantia de conformidade e compliance de acordo com as regras do Mercosul.

Os custos também não são altos, pois os certificados emitidos custam entre R$ 20 (comuns) e R$ 35 (com acordos comerciais). Se na autocertificação não há custos, vale lembrar que é preciso manter controles internos rigorosos para evitar problemas, reforça Ângela Garcia.

Caso o exportador descumpra qualquer conformidade, ele pode ficar inabilitado de emitir a autocertificação por um ano, e precisa voltar a fazer com a entidade certificadora, explica Ângela. “Mas, se ele não cumprir as exigências formais de acordos comerciais, ou for constatada a atestação indevida de origem de um produto, essa inabilitação pode chegar a cinco anos.”

Para facilitar esse processo, a partir de abril a SP Chamber vai oferecer também uma plataforma para associados e não-associados, a CTRL+A, para que o exportador possa fazer o gerenciamento de informações necessárias ao processo de importação e exportação em um só lugar, mesmo que existam diversas operação acontecendo simultaneamente.

Nesta nova plataforma, a empresa conseguirá não só emitir a autodeclaração, mas também fazer controle de documentos, ter infomações sobre as classificações atualizadas além de acesso à biblioteca de documentos já emitidos.

Segundo a especialista da SP Chamber, o CTRL+A oferece planos personalizados, com valor médio de R$ 400, e acesso a serviços como declaração de produto (Declaração Juramentada de Origem) ilimitada; dashboard para visualização de processos; calendário de atividades, pagamentos e prazos; biblioteca de documentos com gerador de Invoice, Packing list e carta de instrução de embarque; pesquisa de NCM (impostos e órgãos anuentes); lista de contatos (clientes, fornecedores e prestadores de serviços); cláusula de Câmara de Mediação e Arbitragem; vinculação de processo a despachantes e o marketplace, além da plataforma 100% atualizada de acordo com o novo ROM-MERCOSUL (ou Regime de Origem Mercosul).

Para Ângela, o entendimento geral é que tudo caminha para o certificado de origem acabar. “Mas as empresas vão continuar exportando, vão precisar ainda de suporte, de consultoria e de tecnologia que assegurem o bom andamento das suas exportações e importações. Ainda há um longo processo, mas estamos habilitados e preparados para emitir qualquer documentação.”

A Secex também criou um Guia da Autocertificação, com 16 perguntas e respostas sobre o tema, para que o exportador possa entender como certificar seu produto.

FONTE: Diário do comercio
Diário do Comércio

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Comércio Exterior, Exportação, Industria, Informação, Investimento, Logística, Marketing

Jorge Viana faz história na Apex com a aprovação do novo plano de cargos e salários

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, anunciou nesta quinta-feira (20), a aprovação do Plano de Desenvolvimento Profissional (cargos e salários) para os funcionários e colaboradores da instituição.

O instrumento, que não era atualizado há uma década, foi apresentado ao lado dos diretores de Gestão Corporativa, Floriano Pesaro, e de Negócios da ApexBrasil, Ana Repezza, durante reunião do Conselho Deliberativo, presidido pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.

A ApexBrasil tem papel central na promoção das exportações e atração de investimentos estrangeiros para o Brasil, teve avanços significativos sob a gestão de Viana. Durante os dois primeiros anos do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Agência contribuiu para um saldo comercial de US$ 160 bilhões.

Valorizando os profissionais da Apex

O novo Plano de Desenvolvimento Profissional da ApexBrasil traz melhorias estruturais, incluindo a reformulação das tabelas salariais e a criação de novos incentivos para os colaboradores. Segundo Jorge Viana, a medida garante não apenas a satisfação e valorização dos trabalhadores, mas também melhora a qualidade dos serviços prestados pela instituição.

A primeira iniciativa de Viana na Apex foi a melhoria salarial dos funcionários terceirizados. Em seguida, ele implementou ajustes nos vencimentos dos colaboradores alocados nos 12 escritórios da ApexBrasil no exterior. Agora, com a aprovação do novo plano, os trabalhadores da sede também serão beneficiados.

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O plano foi recebido com entusiasmo pelos colaboradores e aprovado, por unanimidade, pelo Conselho de Administração da Apex, presidido pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. A medida será implementada em breve.

Nova sede e participação internacional

Além da reestruturação salarial, Jorge Viana está conduzindo a obra de construção da nova sede da ApexBrasil, prevista para ser inaugurada neste semestre. Outra iniciativa relevante sob sua liderança é a participação brasileira na Expo Universal de Osaka, no Japão. No próximo dia 13 de abril, será inaugurado o Pavilhão do Brasil, construído sob a coordenação da ApexBrasil, reforçando a presença do país no cenário global.

Gestão marcada por transformações

Jorge Viana destacou que sua gestão à frente da ApexBrasil segue a mesma linha de suas atuações anteriores na Prefeitura de Rio Branco, no governo do Acre e no Senado Federal: valorizar os profissionais, promover mudanças estruturais e trazer resultados concretos.

“Hoje foi um dia histórico meu trabalho na ApexBrasil, junto com a diretora Ana Repezza, o diretor Floriano Pesaro e a chefe do RH, Celene Boaventura, apresentamos aos colegas o Plano de Desenvolvimento Profissional, que traz a maior mudança em suas vidas profissionais — estou falando de cargos e salários. Há 10 anos, não havia mudanças, e este plano de valorização dos profissionais vai mudar suas vidas e certamente ajudará a fortalecer essa organização tão importante e que trabalha com competência e eficiência”, afirmou Viana.

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O presidente da ApexBrasil também ressaltou que a agência segue contribuindo para a economia nacional. “Em dois anos à frente da Apex, já entregaremos uma nova sede, entregamos hoje um plano de carreira e estamos fazendo história com o governo do presidente Lula. O mais importante: foram US$ 160 bilhões de saldo na balança comercial nesses dois primeiros anos, e essa história de sucesso está só começando”, completou.

Com a implementação do novo plano, a ApexBrasil reforça seu papel estratégico no desenvolvimento econômico do Brasil, valorizando seus profissionais e garantindo condições mais justas e competitivas para a promoção do comércio exterior e atração de investimentos ao país.

FONTE: AC24horas
Jorge Viana faz história na Apex com a aprovação do novo plano de cargos e salários | ac24horas | Notícias do Acre

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Corte sobre impostos de importação pode baratear 11 alimentos; veja quais

O corte sobre impostos de importação é tentativa do governo brasileiro de deixar os preços dos alimentos mais baratos

O corte sobre impostos de importação, que está em vigor desde 14 de março, é uma tentativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar reduzir o preço dos alimentos, pressionados pela inflação.

Assim, o impacto da alíquota zero para impostos de importação deve ser sentido no bolso dos brasileiros de forma gradual. Entre os itens com a tarifa zerada pelo corte sobre impostos de importação estão carnes, sardinha, café torrado, café em grão, azeite de oliva, açúcar, óleo de palma, óleo de girassol, milho, massas e biscoitos.

Corte sobre impostos de importação

Alguns especialistas dizem que fixar um prazo para a queda do custo da comida é complicado, pois o preço depende de valores variados, como a variação no câmbio e investimentos em logística.

Apesar da dificuldade em apontar uma data, a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) acredita que o impacto deve ser sentido em 60 dias, já que o corte sobre impostos de importação tem efeitos a médio prazo.

“Realmente, pode ajudar na redução dos preços para o consumidor, mas é uma medida de médio, não de curto prazo. É um pouco diferente, talvez para biscoitos, massas e azeites, [casos] em que já existe uma tradição de importação e um fluxo logístico”, afirmou o vice-presidente da Abras, Márcio Milan, em coletiva de imprensa na quinta (20).

Valores sobre o corte sobre impostos de importação

De acordo com o advogado tributarista Eduardo Natal, há outros  componentes em jogo na equação do preço dos alimentos, além da questão tributária.

Esses são fatores como custos logísticos, variação cambial e margens de revenda que podem afetar o resultado.

na foto aparece azeite de oliva que é um dos produtos que teve corte sobre impostos de importação Azeite de oliva teve tarifa zerada de importação pelo governo brasileiro – Foto: Canva/Divulgação/ND

“Os empresários que importam esses produtos trabalham normalmente com estoques adquiridos anteriormente, com custos já definidos, o que significa que o impacto da alíquota zero será sentido de forma gradual, à medida que os novos lotes importados com o benefício fiscal começarem a compor o preço médio praticado no mercado”, analisa Natal, que é presidente do Comitê de Transação Tributária da ABAT (Associação Brasileira da Advocacia Tributária).

Já na avaliação do ex-secretário de comércio exterior do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) Welber Barral, o corte sobre impostos de importação não será o mesmo para todos os itens contemplados pelo imposto zero.

“Muitos produtos, como café e açúcar, o Brasil é o maior produtor do mundo. Então, é muito difícil pensar que algum outro país possa ter produtos abaixo do preço brasileiro, a não ser, claro, que suba muito o preço no Brasil. Mas ter a possibilidade de importar acaba tendo um impacto sobre a expectativa futura de preços, que é o que o governo está querendo fazer, ou seja, não pode elevar muito o preço no Brasil porque senão os importadores vão começar a trazer de fora”, observa Barral, que atualmente é conselheiro da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e presidente do IBCI (Instituto Brasileiro de Comércio Exterior e Investimentos).

“Vai ter impacto rápido? Provavelmente não. Vai ter o mesmo impacto para todos os produtos? Também não”, completa.

Ainda segundo Barral, é necessário “fazer uma regressão para tentar calcular qual poderia ser o eventual impacto, a depender da oferta e do preço lá fora de cada um desses produtos”.

Itens já comprados pelos fornecedores

O advogado Eduardo Natal explica que empresas com importações feitas antes da vigência da alíquota zero vão manter os custos anteriores embutidos no preço das mercadorias em estoque.

“Em um primeiro momento, esses empresários podem optar por manter o preço atual para preservar a margem de lucro, ou ajustar eventualmente os preços conforme a dinâmica competitiva do mercado. Com o tempo, à medida que novas importações forem realizadas com alíquota zero, o preço médio dos produtos tende a se ajustar, refletindo a redução nos custos de importação”, acredita o advogado.

Pagamento do imposto de importação

Welber Barral acrescenta que, no Brasil, o pagamento do imposto de importação ocorre no processo de liberação feito pela alfândega para a entrada das mercadorias no país.

“Ou seja, quem já fez o desembaraço aduaneiro, já pagou o imposto. Os navios que ainda não desembarcaram no Brasil é que vão se beneficiar da redução da alíquota”, completa.

FONTE: ND+
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Biodiesel tem menor preço em quase 5 meses no Brasil com pressão do mercado de óleo de soja

Os preços do biodiesel no mercado brasileiro cederam quase 7% no acumulado do ano até o início de março, segundo dados da agência reguladora ANP, e têm possibilidade de cair mais, considerando a entrada da safra recorde de soja e a queda das cotações internacionais do óleo de soja, principal matéria-prima do biocombustível.

Especialistas no mercado também citam a própria manutenção da mistura de 14% no biodiesel no diesel no Brasil, que deveria ter subido para 15% a partir do início de março –algo que não aconteceu por preocupações inflacionárias, conforme decisão do governo brasileiro.

Com o recuo nos preços do biodiesel para 5,797 reais por litro na média do país, de acordo com levantamento da ANP divulgado nesta semana, o biocombustível passou ao menor nível desde o final de outubro de 2024, após ter oscilado no ano passado nos maiores patamares em quase três anos.

“Temos visto essas correções nos preços do óleo de soja, já demonstrado uma queda pela postergação da mistura (de biodiesel). Obviamente, menor demanda de biodiesel significa menor demanda por óleo”, disse o analista de inteligência de mercado da StoneX Leonardo Rossetti.

Nos cálculos da consultoria, o óleo de soja responde por entre 82% e 85% da matéria-prima do biodiesel, considerando também uma parcela incluída em “outros materiais graxos” em dados compilados da ANP.

Na avaliação de Rossetti, apesar da mistura menor, deve haver algum crescimento da demanda por biodiesel no país pelo aumento do mercado de diesel, “mas muito menor” do que as expectativas iniciais.

Mas a safra recorde no Brasil, com produção próxima de 170 milhões de toneladas, o que significaria um aumento de cerca de 10% ante a temporada passada, um processamento de soja também recorde no país e uma queda na bolsa de Chicago –por incertezas sobre a demanda nos EUA — trazem uma perspectiva de alívio de custos.

“Visto este cenário e preços internacionais em queda, existe espaço para o óleo ceder um pouco e o biodiesel seguir”, disse o especialista da StoneX.

Desde o pico do ano, o preço do óleo de soja na bolsa de contratos futuros de Chicago recuou mais de 10%, para 42,60 centavos de dólar por libra-peso.

A conjuntura pode beneficiar empresas como Oleoplan, Be8, Potencial, Olfar, JBS e Três Tentos, que juntos representaram cerca de 50% das vendas totais de biocombustível em 2024, conforme dados de relatório da Moody’s divulgado nesta quinta-feira.

A agência ressaltou ainda a importância da mistura obrigatória para o crescimento da produção de biodiesel no Brasil, que mais do que dobrou desde 2017 para 9,1 bilhões de litros em 2024.

CHANCE PARA A MISTURA MAIOR?

Uma queda no preço do petróleo e do dólar em relação ao real também são fatores que colaboram para pressionar os combustíveis, o que na visão do sócio-diretor da Raion Consultoria, Eduardo Oliveira de Melo, poderia ser uma conjuntura favorável para um corte do preço do diesel, pela Petrobras, e a retomada pelo governo dos planos da mistura de 15%.

“Alterando de B14 para B15, nos atuais custos, traria um impacto de 2 centavos, média Brasil, sobre o preço do diesel B (com a mistura de biodiesel). É claro que a gente tem que entender que não é um impacto muito significativo”, disse Melo, lembrando que o diesel fóssil é mais barato que o biocombustível. Mas ele avalia que o governo poderia também aproveitar esse momento.

“Caso… quisesse amenizar (o impacto de um eventual aumento da mistura para B15), seria uma excelente oportunidade, de repente, fazer um corte no diesel A, porque as referências internacionais, ainda mais com a apreciação do câmbio, favorecem para esse movimento. E é uma redução que já é esperada. A gente tem aí uma expectativa que aconteça, não sabemos quando”, afirmou.

Na avaliação da Raion, haveria espaço para o diesel da Petrobras ser reduzido em 40 centavos de real por litro nas refinarias, após a Petrobras ter aumentado o preço do combustível em mais de 6% ao final de janeiro e o petróleo Brent ter recuado cerca de 6% desde então.

“Então, o que o governo poderia fazer? Poderia, de repente, utilizar isso como oportunidade para poder fazer um corte do diesel A, concomitante à entrada do B15, porque aí ele poderia amenizar esse impacto ainda que ele não fosse tão relevante”, argumentou.

Uma fonte do governo que acompanha o setor avalia que o raciocínio faz sentido. “Se a tendência se mostrar de queda (do biodiesel), melhora bastante a situação deles (dos produtores)”, afirmou, na condição de anonimato.

Melo defendeu ainda que o Brasil deveria regulamentar a importação de biodiesel para “criar um ambiente mais competitivo no mercado, traduzindo em menores custos do biocombustível para o consumidor”. Ele lembrou que várias entidades do mercado já se posicionaram a favor de possível regulamentação.

(Por Roberto Samora e Marta Nogueira)

FONTE: Reuters
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