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Economia, Industria, Informação, Internacional, Negócios, Tributação

Tarifas de Trump podem levar a maior abertura do Brasil, diz Pessôa ao WW

Pesquisador da FGV e da Julius Baer Brasil destacou simplificação promovida pela reforma tributária como potencial para país apostar em abertura comercial

Samuel Pessôa, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) e chefe de pesquisa da Julius Baer Brasil, avaliou a política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como imprevisível e, consequentemente, prejudicial para o investidor que busca planejar investimentos.

Para o Brasil, porém, Pessôa viu uma oportunidade: a de o País trabalhar sua abertura comercial.

“As tarifas brasileiras são maiores. […] Tem um cenário positivo, que é esse discurso de reciprocidade ensejar uma redução generalizada do Brasil. Esse seria o melhor dos mundos, seria bom para o Brasil”, argumentou ao WW.

Trump deve anunciar no começo de abril uma série de tarifas recíprocas aos seus parceiros comerciais. O princípio da reciprocidade é simples: os países que cobram alíquotas das importações vindas dos EUA serão taxados de volta pelos norte-americanos.

Repetidas vezes o republicano já apontou para o que taxou como “injustiças” nas tarifas aplicadas por aqui em relação aos produtos dos EUA. Segundo o Banco Mundial, o Brasil cobra uma taxa média de 12,4% sobre importações, ante tarifa de 2,7% dos Estados Unidos.

Economistas ouvidos pela CNN afirmam que uma maior abertura comercial pode ajudar o país a mitigar os impactos da política comercial trumpista.

“Dado que vamos reduzir para os Estados Unidos, vamos reduzir para todo mundo, abrir a economia. […] Talvez, um efeito colateral positivo da sanha maluca do Trump seja estimular que nós caminhemos [para uma maior abertura comercial]”, defendeu Pessôa.

O economista ainda ressaltou como a reforma tributária pode ajudar nesse processo, sobretudo ao facilitar e simplificar a vida da indústria de transformação.

“Essa economia fechada existe para defender a indústria manufatureira. […] Mas agora, com a simplificação tributária, a gente pode caminhar para uma abertura maior”, pontuou.

FONTE: CNN Brasil
Tarifas de Trump podem levar a maior abertura do Brasil, diz Pessôa ao WW | CNN Brasil

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Agronegócio, Economia, Industria, Informação, Internacional

Seca encolhe safra de soja e tira R$ 13 bi da economia gaúcha

Calor e falta de chuvas prejudicam produtividade de soja no estado

A seca atingiu duramente os campos de Marcos Pedrotti. Produtor de grãos em Sarandi, no Rio Grande do Sul, ele deve começar a colher sua safra de soja de 85 hectares na próxima semana, mas suas perspectivas são sombrias. Pedrotti espera perder entre 35% e 40% de seu rendimento. “Em um ano normal, eu colhia entre 65 e 70 sacas por hectare”, disse ele. “Mas nesta temporada, provavelmente teremos 25 sacolas a menos.”

Sua frustração reflete a realidade mais ampla do estado. Menos de um ano depois de enfrentar inundações sem precedentes, o Rio Grande do Sul agora contabiliza suas perdas devido à seca.

Durante a feira agrícola Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, na terça-feira, a estatal Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS) informou que a seca reduziria a produção de soja do estado em 30% em relação às estimativas iniciais de 21,6 milhões de toneladas. Apesar de quase a mesma área de plantio do ciclo anterior – 6,7 milhões de hectares –, a produção deve chegar a apenas 15 milhões de toneladas.

Na safra 2023/24, a produção de soja totalizou 18,2 milhões de toneladas. Se as últimas projeções da Emater se mantiverem, a safra desta temporada será 17,4% menor do que a do ano passado, que já havia sofrido uma queda de quase 3 milhões de toneladas devido às inundações.

A seca atrofiou as plantas de soja, especialmente no centro e norte do Rio Grande do Sul, onde estão localizadas cidades como Passo Fundo, Carazinho, Sarandi e Não-Me-Toque. Em áreas que não chovem, as plantas parecem murchas em vez de “pernas altas”, conforme descrito no jargão agrícola local. Sem água suficiente, as vagens inferiores se desenvolveram mais perto do solo, em vez de serem espaçadas mais acima no caule.

De acordo com agrônomos consultados pelo Valor na Expodireto, essas plantas mais curtas dificultam a colheita. A distância reduzida entre o solo e as vagens mais baixas impede que os agricultores ajustem adequadamente suas colheitadeiras, levando a uma perda significativa de grãos.

A falta de chuvas também significa soja de qualidade inferior. Sem água suficiente, os grãos não se desenvolvem totalmente, e as vagens que normalmente contêm quatro grãos em média agora contêm três ou, no pior dos casos, apenas dois.

“Além da falta de chuva, as lavouras também sofreram com o calor intenso, principalmente nas últimas duas semanas”, disse André Debastiani, sócio-diretor da Agroconsult, durante apresentação na Expodireto organizada pela BASF.

No mês passado, a Agroconsult previu que as fazendas de soja do Rio Grande do Sul terminariam a safra com um rendimento médio de 39 sacas por hectare – de longe o menor do país. O segundo pior rendimento é esperado no Mato Grosso do Sul, onde a consultoria projetou 49,5 sacas por hectare. No entanto, a Agroconsult deve revisar suas estimativas para baixo no final deste mês.

“Serão 39 sacas por hectare ou menos”, disse Debastiani. A Emater, em seu último relatório, projetou uma média estadual ainda menor de 37,3 sacas por hectare.

As áreas mais atingidas estão no oeste e sul do estado, disse Claudinei Baldissera, diretor técnico da Emater-RS. “No leste, onde as chuvas foram mais consistentes, algumas áreas terão rendimentos acima da média. Mas no oeste, a colheita em muitos campos tornou-se inviável “, disse ele.

Como a cultura agrícola mais importante do estado, a soja é um dos principais impulsionadores da economia do Rio Grande do Sul. O déficit induzido pela seca pode resultar em perdas de R$ 13,5 bilhões, de acordo com Baldissera. “Se incluirmos outras culturas, esse valor pode subir para R$ 14 bilhões”, acrescentou.

Em todas as safras de verão – incluindo milho, arroz e feijão – a Emater espera que a produção total de grãos na temporada 2024/25 atinja 28 milhões de toneladas, uma queda de 6,6% em relação aos 30 milhões de toneladas colhidas em 2023/24.

O período de seca também está sobrecarregando o abastecimento de água. Em algumas comunidades rurais, a água potável agora depende da entrega por caminhões-pipa. De acordo com a Defesa Civil, 211 municípios do estado já decretaram situação de emergência devido à seca.

As dificuldades econômicas enfrentadas pelos agricultores gaúchos dominaram as discussões na cerimônia de abertura da 25ª Expodireto Cotrijal, nesta segunda-feira (10). Autoridades e líderes do setor ressaltaram a necessidade urgente de reestruturar a dívida de crédito rural para agricultores e pecuaristas afetados por condições climáticas adversas.

Nei César Manica, presidente da Cotrijal, cooperativa que organiza a feira em Não-Me-Toque, lembrou aos participantes que os agricultores do estado sofreram três secas consecutivas, inundações devastadoras e agora outro período de seca nos últimos cinco anos.

“Precisamos estender os prazos de pagamento e encontrar uma solução de longo prazo para esse problema”, disse ele. “Embora o Brasil deva ter uma de suas melhores safras da história este ano, o Rio Grande do Sul enfrenta uma de suas piores.”

FONTE: Valor Internacional
Seca encolhe safras de soja e tira R$ 13 bi da economia gaúcha | Agronegócio | valorinternational

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Economia, Exportação, Informação, Internacional, Tributação

Trump impõe tarifas sobre o aço que afetam o Brasil

Tarifas de importação de 25% sobre metais para os EUA entram em vigor, “sem isenções”, para todos os parceiros comerciais

 

Em meio a mais um dia turbulento em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta terça-feira (11) que uma tarifa de 25% sobre todas as importações de alumínio e aço para o país entraria em vigor nesta quarta-feira (12). Embora as sobretaxas se apliquem a produtores de metal em todo o mundo, a medida terá um impacto direto no Brasil.

Os EUA são o destino de quase 50% das exportações de aço do Brasil. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) disse nesta terça-feira (11) que não fará declarações imediatas sobre o assunto.

Abordando a disputa com o Canadá – que se intensificou no dia anterior – o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, afirmou que a “tarifa de 25% sobre aço e alumínio entrará em vigor à meia-noite de 12 de março para o Canadá e todos os outros parceiros comerciais, sem exceções ou isenções”.

A menção de isenções não foi coincidência. Ele confirmou que a nova medida revoga efetivamente o acordo de 2018 entre o Brasil e os EUA sobre produtos siderúrgicos.

O acordo, que estava em vigor até agora, estabeleceu cotas de exportação (hard quotas) para o mercado dos EUA, permitindo 3,5 milhões de toneladas de placas e produtos semiacabados e 687.000 toneladas de aço laminado. Este acordo foi negociado depois que os EUA inicialmente impuseram uma tarifa de importação de 25%.

De acordo com o Instituto Aço Brasil, representante das siderúrgicas que atuam no país, as exportações brasileiras têm cumprido integralmente as condições estabelecidas no sistema de cotas rígidas.

Em 2024, os EUA importaram 5,6 milhões de toneladas de placas de aço para atender a demanda interna, já que o país não é autossuficiente nesse tipo de produto. Desse volume, 3,4 milhões de toneladas vieram do Brasil. Enquanto isso, no ano passado, os EUA responderam por aproximadamente 45% das exportações brasileiras de produtos siderúrgicos.

Para o alumínio, uma tarifa de 10% já estava em vigor nas remessas para os EUA. Com o anúncio, a taxa subiu para 25%, afetando o setor. Embora os produtos brasileiros representem menos de 1% do total das importações de alumínio dos EUA, os EUA respondem por cerca de 17% das exportações de alumínio do Brasil, totalizando US$ 267 milhões em 2024. Em volume, o mercado norte-americano absorveu 13,5% de todo o alumínio embarcado para o exterior.

Em relação a outros parceiros comerciais sujeitos às novas tarifas, Trump retirou seu plano de dobrar as tarifas sobre as importações canadenses de aço e outros metais para 50% poucas horas depois de fazer a ameaça. O anúncio inicial abalou os investidores ao intensificar a guerra comercial da América do Norte.

A reversão ocorreu depois que a província canadense de Ontário suspendeu sua própria tarifa de 25% sobre as exportações de energia para os EUA, que Trump citou como uma das razões para aumentar as tarifas sobre os produtos canadenses.

A reviravolta marcou uma rápida mudança em um conflito comercial sem precedentes entre a maior economia do mundo e um de seus três maiores parceiros comerciais. Foi também a segunda semana consecutiva em que Trump suavizou sua posição sobre as tarifas contra o Canadá.

Em comunicado divulgado na noite de terça-feira (11), horas depois de anunciar as tarifas de 50% sobre os metais canadenses, a Casa Branca disse que o presidente mais uma vez usou a economia dos EUA para entregar uma vitória ao povo americano.

O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, disse no início da tarde que suspenderia a sobretaxa de 25% após uma conversa “produtiva” com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.

Ford acrescentou que planeja se encontrar com Lutnick e o representante comercial dos EUA (USTR), Jamieson Greer, em Washington no final desta semana para discutir as tensões comerciais.

A decisão do primeiro-ministro veio apenas um dia depois que Ontário impôs a tarifa e apenas algumas horas após o anúncio de Trump de que os EUA aumentariam as tarifas para 50% sobre o aço e o alumínio canadenses.

“Instruí meu secretário de Comércio a adicionar uma tarifa ADICIONAL de 25%, a 50%, sobre todos os AÇOS E ALUMÍNIO QUE ENTRAM NOS ESTADOS UNIDOS VINDOS DO CANADÁ, UMA DAS NAÇÕES COM TARIFAS MAIS ALTAS EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO”, ESCREVEU Trump em sua plataforma Truth Social na manhã de terça-feira (11).

A mais recente disputa comercial desencadeou outro surto de volatilidade em Wall Street, levando brevemente o S&P 500 a um declínio acentuado após uma grande liquidação no dia anterior. O índice fechou em queda de 0,8%, embora bem acima das mínimas da sessão.

Pouco depois de assumir o cargo, Trump disse que imporia tarifas de 25% ao Canadá e ao México. No entanto, na semana passada, ele concedeu uma extensão de um mês para produtos cobertos pelo acordo de livre comércio de 2020.

FONTE: Valor Internacional
Trump impõe tarifas sobre o aço que afetam o Brasil | Relações Exteriores | valorinternational

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Economia, Gestão, Industria, Informação, Internacional, Mercado Internacional, Notícias, Saúde, Tecnologia

As empresas farmacêuticas estão entre as muitas que pausam os programas de diversidade e prometem investimentos domésticos

A ordem executiva do presidente dos EUA, Donald Trump, suspendendo o financiamento de todos os programas e atividades de diversidade, equidade e inclusão (DEI) causou estragos entre as instituições financiadas pelo governo federal às quais se aplica.

No entanto, também levou uma ampla gama de empresas, incluindo a multinacional farmacêutica GSK, a anunciar revisões, pausas e revisões de seus próprios compromissos de DEI. Algumas mudanças são mais sutis – a Pfizer, por exemplo, agora se refere à diversidade, equidade e inclusão “baseadas no mérito”, em um aparente aceno à retórica do governo em torno dos programas de DEI.

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Superficialmente, essas empresas não têm obrigação de se conformar aos caprichos políticos de Trump. A GSK é uma empresa sediada no Reino Unido e, embora a Pfizer tenha sua sede nos EUA, é uma corporação, não uma agência federal. Mas fica claro pela linguagem em torno dos vários anúncios que esses movimentos são, pelo menos em parte, motivados pela importância do mercado dos EUA e pela prudência de evitar possíveis conflitos com sua nova administração.

A GSK afirma que continua fortemente comprometida em ser um local de trabalho inclusivo e que seus programas de DEI existentes não serão necessariamente interrompidos completamente, mas podem ser modificados após revisões e consultas com a equipe.

Em outros lugares, há outros sinais de que as outras políticas de Trump – como suas extensas tarifas comerciais, também estão influenciando a tomada de decisões das empresas. A Eli Lilly revelou um plano para investir US$ 27 bilhões em quatro novas fábricas nos EUA, por exemplo. Três deles produzirão ingredientes ativos, enquanto o quarto produzirá medicamentos injetáveis. Esses planos estão em desenvolvimento há algum tempo – a indústria farmacêutica vem reduzindo sua dependência da China e da Índia para a fabricação de medicamentos há vários anos, e o aumento da produção doméstica de medicamentos nos EUA tem desfrutado de apoio político em vários mandatos presidenciais.

Ainda assim, é provável que as tarifas de Trump sobre produtos da China, Canadá e México, e as ameaças de tarifas contra a UE e outros lugares, possam ter inclinado ainda mais a balança a favor do compromisso com as fábricas dos EUA. Na mesma linha, a Pfizer disse que procurará reconfigurar parte de sua extensa rede de fabricação para diminuir o efeito das tarifas comerciais – transferindo a produção de alguns medicamentos atualmente fabricados no exterior para suas fábricas nos EUA.

Até certo ponto, as empresas naturalmente se dobrarão aos ventos políticos predominantes, como parte de seu imperativo de gerar lucros. Às vezes, isso significa aproveitar as vantagens que se alinham com os objetivos de longo prazo. Mas às vezes traz o risco de corroer mercadorias intangíveis como confiança e orgulho, que são fáceis de perder e muito mais difíceis de recuperar.

FONTE:
Por que as empresas estão correndo para bajular Trump | Opinião | Mundo da Química

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Gestão, Industria, Informação, Internacional, Tributação

Governo brasileiro tenta ampliar cota de carne para EUA em negociação sobre tarifas

A exportação de carne brasileira para os Estados Unidos foi parar na mesa de negociações com o governo Donald Trump, como forma de equilibrar o jogo sobre a ameaça de taxação do etanol que o Brasil vende aos EUA.

O governo brasileiro planeja tentar emplacar um possível aumento da cota da carne que vende aos EUA sem a incidência de tarifas. A ideia seria, com isso, tentar compensar eventuais perdas com a imposição de sobretaxas sobre o etanol brasileiro —uma das ameaças feitas pelo governo Donald Trump.

A relação bilateral com o governo Trump diante da ameaça de tarifaço pelo republicano foi discutida em uma conversa realizada na quinta-feira (6) com membros do governo americano e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Nesta segunda-feira (10), Alckmin falou com empresários especificamente sobre a possibilidade de envolver a carne nas tratativas.

Atualmente, o Brasil possui uma cota anual de 65 mil toneladas para exportar carne bovina in natura aos Estados Unidos. Dentro desse volume, não há cobrança de imposto pelos americanos. Acontece que essa cota tem sido rapidamente preenchida. Em janeiro deste ano, por exemplo, ela já tinha sido totalmente utilizada. Acima desse patamar, as exportações brasileiras de carne bovina para os EUA estão sujeitas a uma tarifa de 26,4%.

O governo brasileiro quer ampliar essa cota atual para 150 mil toneladas, permitindo que um volume maior de carne bovina brasileira entre no mercado americano sem a aplicação da tarifa. Em 2024, os Estados Unidos importaram aproximadamente 229 mil toneladas desse produto brasileiro, movimentando US$ 1,35 bilhão, segundo dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) compilados pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes).

A proposta partiu dos produtores e do governo brasileiro, sob a justificativa de que a ampliação da cota favorece o mercado de consumo dos americanos. A questão não é tão simples, porém, uma vez que os produtores de carne dos EUA podem ver uma maior ameaça em seu próprio mercado.

A demanda americana por carne bovina está associada à redução do rebanho local, afetado por condições climáticas adversas, como secas prolongadas. Essa diminuição levou os EUA a aumentarem suas importações para suprir a demanda doméstica.

No mês passado, Trump ameaçou impor tarifas adicionais sobre o etanol brasileiro. A Casa Branca se queixou de que os EUA aplicam uma tarifa de 2,5% sobre o etanol importado do Brasil, enquanto o país impõe uma taxa de 18% sobre o álcool combustível americano.

A redução da tarifa para a carne nacional seria mais uma forma de equilibrar o tabuleiro tarifário. Na quinta, Alckmin e técnicos de Lula tiveram conversas com os principais auxiliares de Trump na área comercial, com o objetivo de tentar evitar a imposição de tarifas prometidas pelo republicano em produtos como aço, alumínio e etanol.

Para aceitar maior abertura para o etanol americano, o governo Lula também tenta colocar na negociação o açúcar exportado para os americanos. Os EUA têm uma cota de 146,6 mil toneladas de açúcar brasileiro isenta de imposto de importação. Acima disso, o que entra no mercado americano é taxado em 80%.

No ano passado, o Brasil vendeu 1,12 milhão de toneladas de açúcar aos EUA —de um total global exportado de 38,2 milhões de toneladas.

Conquistar melhores condições para o açúcar é visto pelo governo Lula como uma forma de equilibrar eventuais perdas que as usinas brasileiras possam ter com a entrada de maior volume de etanol americano no país. As usinas de etanol também têm capacidade para produzir açúcar e, assim, poderiam se beneficiar do ganho de mercado nos EUA.

PRECEDENTES

No passado, o Brasil já flexibilizou sua política de importação de etanol com os EUA, em troca de concessões na exportação de carne bovina para os Estados Unidos. Em 2019, os EUA reabriram seu mercado para a carne bovina in natura do Brasil, após um bloqueio sanitário imposto desde 2017.

Em paralelo, o Brasil renovou uma cota anual de 750 milhões de litros de etanol dos EUA com isenção tarifária, beneficiando os produtores americanos, especialmente do etanol de milho.

Em 2020, o Brasil suspendeu temporariamente a tarifa de 20% sobre o etanol americano por 90 dias. A decisão ocorreu em meio à tentativa de garantir melhores condições para a exportação de carne bovina brasileira para os EUA.

Já em 2021, houve o fim da cota de etanol, o que gerou tensão comercial. O Brasil decidiu não renovar a cota de etanol importado sem tarifas, voltando a aplicar a taxa de 20% sobre os produtos dos EUA. Como retaliação, os EUA mantiveram a cota limitada de 65 mil toneladas para a carne bovina brasileira sem tarifas, frustrando tentativas do Brasil de ampliar esse volume. É a situação que prevalece até o momento.

Fonte: Folha de S. Paulo.
Governo brasileiro tenta ampliar cota de carne para EUA – 10/03/2025 – Mercado – Folha

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Economia, Finanças, Informação, Internacional, Negócios, Notícias, Tributação

Risco de recessão nos EUA derruba mercados; entenda se há sinais de crise

No fim de semana, Donald Trump disse aceitar “dor no curto prazo” e não descartou possibilidade de recessão em virtude de ajustes

Os mercados globais recuaram nesta segunda-feira (10), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter afirmado no domingo (9) que não descarta a possibilidade de um cenário de recessão no país em virtude de suas políticas econômicas.

Economistas ouvidos pela CNN apontam que, no momento, o movimento se deve de fato mais a temores do que a sinais concretos em si — apesar de afirmarem que há sinais de desaceleração da maior economia do globo.

Indicadores que medem o temor do mercado deterioraram neste pregão. Por exemplo, o “Índice de Medo e Ganância” elaborado pela CNN Internacional recuou de 18 pontos no pregão de sexta-feira (7) para 15 neste.

O indicador aponta que os investidores dos EUA são pautados por “medo extremo” desde o final de fevereiro.

O temor também se refletiu em perdas nas principais bolsas de Wall Steet: Dow Jones perdeu 2,08%, enquanto S&P 500 caiu 2,69% e Nadasq recuou 4%.

No domingo (9), Trump minimizou a reviravolta no mercado de ações nas últimas semanas, decorrente de ajustes fiscais e tarifários, e defendeu a estratégia de seu gabinete.

O que chamou atenção, porém, foi a fala do republicano em não descartar risco de recessão nos EUA.

“Eu odeio prever coisas assim. Há um período de transição, porque o que estamos fazendo é muito grande. Estamos trazendo riqueza de volta para a América. Isso é uma grande coisa. […] Leva um pouco de tempo, mas acho que deve ser ótimo para nós”, disse ao programa “Sunday Morning Futures”, da Fox News.

Desaceleração no radar

Analistas ouvidos pela CNN afirmam que ainda é cedo apontar para riscos de recessão, apesar de que sinais apontam para a perda de fôlego da economia norte-americana.

Paula Zogbi, gerente de research da Nomad, observa que a atividade econômica norte-americana começa a dar alguns sinais de desaceleração, como recuo na confiança do consumidor e abertura de vagas de emprego abaixo do esperado.

Zogbi destaca, sobretudo, a incerteza que gira em torno dos caminhos escolhidos para a política econômica norte-americana.

“A bolsa [norte-americana], que passou por um período de euforia após a vitória de Trump, na expectativa de medidas de grande estímulo à economia americana, devolveu todo esse ganho desde a posse”, pontuou a analista da Nomad.

“As ameaças de tarifas de importação geram incerteza em relação ao ambiente inflacionário e ao crescimento da atividade americana. Mais significativo que isso: a administração Trump deixou bem claro que, desta vez, não tem como prioridade manter o mercado sob controle no curto prazo”.

Além do temor com as tarifas, Tony Volpon, ex-diretor para Assuntos Internacionais do Banco Central (BC) e colunista do CNN Money, chama atenção para receios no mercado norte-americano com:

  • A política de corte de gastos do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE);
  • O fenômeno “DeepSeek” que tirou o brilho do setor de inteligência artificial norte-americano;
  • A reação europeia de gastar mais em resposta à postura de Trump com a Ucrânia, aumentando a expectativa de crescimento europeu.

“Assim, dois mercados acionários bem mais baratos e com pouca alocação ficaram mais atrativos: agora os investidores globais têm razões para diversificar”, escreveu Volpon na rede social X.

Os juros altos nos EUA também podem ser uma pressão adicional para a atividade econômica. Porém, Volpon avaliou que todas essas questões podem ser mitigadas, destacando que a economia norte-americana é continental, voltada para serviços e relativamente fechada.

“O Fed tem muita bala na agulha para cortar juros. Powell pode segurar um pouco, mas se o risco recessivo realmente realizar, não duvidem que eles vão agir, e rápido”, afirmou.

“Sem saber a extensão da correção, ainda acredito que a probabilidade de uma recessão é pequena; que a volatilidade vai moderar a agressividade da agenda de Trump; e que fatores exógenos (Fed+crescimento global) vão ajudar”, concluiu.

Desse modo, por enquanto, a avaliação é de que a economia ainda segue indo bem nos EUA.

Destaca-se, sobretudo, o desemprego que segue baixo no país. Apesar de leve alta em fevereiro, a taxa de desemprego nos EUA está em 4,1%. As demais, medida pelo seu Produto Interno Bruto (PIB), a própria economia norte-americana avançou em 2024, fechando o ano em alta de 2,8%, segundo o Departamento de Análise Econômica dos EUA (BEA).

Desse modo, a conclusão de Andressa Durão, economista do ASA, é de que, até o momento, os principais indicadores macroeconômicos que geralmente antecedem recessão não mostram indícios claros de fraqueza, apenas uma desaceleração.

“O que se observa até agora é um cenário de alta incerteza, que tem impactado tanto os mercados quanto os indicadores macro qualitativos. Algumas pesquisas qualitativas podem ser bons indicadores dos ciclos econômicos, mas, desde a pandemia, essas pesquisas não anteciparam com precisão os movimentos da economia”, ponderou.

“Por isso, ficaremos atentos aos próximos dados quantitativos, como os de vendas no varejo e produção industrial, que serão divulgados na próxima semana, para avaliar se há reflexos dessa incerteza na economia real.”

 

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Dólar fecha em forte alta e Bolsa cai com temores de recessão nos EUA e incertezas sobre tarifas

De um lado, há temores sobre os impactos da política tarifária do presidente Donald Trump, marcada, até agora, por constantes idas e vindas. De outro, dados fracos indicam que a economia dos EUA está perdendo fôlego, com investidores atentos a sinais de recessão.

 

O dólar disparou 1,13% nesta segunda-feira (10) e encerrou o dia cotado a R$ 5,854, com a aversão ao risco tomando os mercados globais em meio a incertezas em relação à economia dos Estados Unidos.

De um lado, há temores sobre os impactos da política tarifária do presidente Donald Trump, marcada, até agora, por constantes idas e vindas. De outro, dados fracos indicam que a economia dos EUA está perdendo fôlego, com investidores atentos a sinais de recessão.

A confluência de fatores levou a um forte movimento de vendas em Wall Street. Por lá, os principais índices acionários tombaram de forma generalizada. O S&P 500 caiu 2,70%, a 5.614 pontos, estendendo as perdas de 3,1% na semana passada -o pior desempenho semanal em seis meses.

O Nasdaq Composite afundou 4%, a 17.468 pontos, no que foi o pior dia de negociações em dois anos e meio. Já o Dow Jones perdeu 2,08%, a 41.911 pontos.

Por aqui, a Bolsa registrou queda de 0,41%, a 124.519 pontos.

O movimento desta sessão foi desencadeado por falas de Trump no domingo, em entrevista à Fox News.

Ele se recusou a responder se a maior economia do mundo entrará ou não em recessão ainda em 2025. “Detesto fazer previsões como essas”, disse.

“Há um período de transição, porque o que estamos fazendo é muito grande. Estamos trazendo riqueza de volta para a América. Isso é algo grande, e sempre há períodos, leva um pouco de tempo.”

A falta de uma resposta que descartasse esse cenário acirrou preocupações entre os investidores, já temorosos sobre os efeitos da política comercial do republicano. Na terça-feira passada (4), o presidente impôs tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México, mas fez dois grandes recuos já nos dias seguintes.

Na quarta, concedeu isenção para fabricantes de automóveis e, na quinta, para todos os produtos que atendiam às regras do acordo comercial USMCA de 2020. Tarifas separadas de 25% sobre as importações de aço e alumínio devem entrar em vigor esta semana.

Na análise de Alison Correia, analista de investimentos e sócio-fundador da Dom Investimentos, as expectativas do mercado em relação a Trump estão se esgotando.

“Ano passado teve aquela corrida toda sobre a política de Trump, mas, de tanto bater, ameaçar e voltar atrás, o mercado cansou. Em qualquer tipo de exposição e aumento de tarifas, as empresas, sabendo que também terá contra-ataque por parte dos países, precisam se antecipar sobre quando vai rolar, se vai rolar, e reprecificar os seus balanços. E isso ninguém está conseguindo fazer, porque não há clareza sobre as tarifas. Trump está até perdendo credibilidade.”

O dólar disparou no final do ano passado sob a sombra das ameaças tarifárias. Isso porque o aumento de tarifas, além de estimular uma guerra comercial ampla, tem o potencial de encarecer o custo de vida dos norte-americanos, o que pode comprometer a briga do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) contra a inflação e forçar a manutenção da taxa de juros em patamares elevados.

Quanto maiores os juros por lá, mais atrativos ficam os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, os chamados treasuries, o que fortalece o dólar globalmente.

Questionado se as tarifas poderiam novamente gerar inflação, Trump respondeu: “Você pode ver isso acontecendo. Enquanto isso, adivinhe? As taxas de juros estão baixas.”

Os recuos de Trump fortalecem a tese de que as tarifas têm sido usadas como ferramenta de barganha, mas ainda inspiram cautela.

“O mercado não tem medo de notícias ruins; o mercado tem medo do escuro. Os anúncios das tarifas lembram o conto do ‘Menino que Gritava Lobo’, onde o menino mentia sobre um lobo que comia as ovelhas e, quando ele de fato comeu, ninguém acreditava mais no menino”, diz Davi Lelis, especialista e sócio da Valor Investimentos.

“Trump anuncia tarifas, depois suspende. Anuncia e suspende. Depois de várias vezes nessa dança, essa estratégia começa a perder a elasticidade e a não ter o mesmo impacto no mercado. Perde a eficácia. Há muita volatilidade, especialmente no câmbio, mas os anúncios de tarifas não têm atingido o mercado com tanta contundência quanto nas primeiras vezes.”

Segundo economistas, o vai-e-vem do “tarifaço” está dificultando o planejamento futuro dos empregadores. Sinal disso é a deterioração da confiança das empresas e dos consumidores desde janeiro, que apagou todos os ganhos obtidos após a vitória eleitoral de Trump em novembro.

Além disso, o apelidado “índice do medo” disparou às máximas do ano. O VIX (Volatility Index, na sigla em inglês) leva essa alcunha por mensurar o sobe e desce da carteira teórica do S&P 500, que reúne as 500 ações mais relevantes listadas na Bolsa de Nova York. O indicador subiu quase 20%, a 28,01 pontos, nível mais alto de 2025.

O VIX tem avançado desde o dia 20 de fevereiro, após dados sobre a atividade econômica dos Estados Unidos terem vindo mais fracos do que o esperado.

“PMI, atividade industrial relatório de emprego ADP, ‘payroll’. Muitos dados abaixo do esperado demonstram um desaquecimento da economia norte-americana e um contexto interno preocupante”, diz Alison Correia, da Dom Investimentos.

Em discurso na sexta, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que os principais indicadores econômicos permanecem “sólidos”, com “progresso contínuo”, e que banco central dos Estados Unidos não terá pressa em reduzir a taxa de juros enquanto aguarda mais clareza sobre como as políticas de Trump afetam a economia.

“O novo governo está em processo de implementação de mudanças significativas em quatro áreas distintas: comércio, imigração, política fiscal e regulamentação. A incerteza sobre as mudanças e seus prováveis efeitos continua alta”, disse.

As atenções estão voltadas agora ao CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) na quarta-feira, indicador oficial da inflação norte-americana.

FONTE: Jornal de Brasilia
Dólar fecha em forte alta e Bolsa cai com temores de recessão nos EUA e incertezas sobre tarifas | Jornal de Brasília

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Com compra de plataforma de petróleo da China, balança comercial fica negativa em US$ 324 milhões em fevereiro

Déficit se deveu à compra de uma plataforma de petróleo da China

A balança comercial brasileira registrou um déficit de US$ 324 milhões, ante um superávit de US$ 5,1 bilhões no mesmo mês de 2024. O saldo negativo se deveu à importação de uma plataforma de petróleo de China.

O último déficit mensal ocorreu em janeiro de 2022, quando houve déficit de US$ 59 milhões. Também é o pior resultado para meses de fevereiro desde 2015, quando foi contabilizado um saldo negativo de US$ 3,05 bilhões.

O resultado mensal é a diferença entre US$ 22,929 bilhões em exportações e US$ 23,253 bilhões em importações. Enquanto as vendas ao exterior caíram 1,8% em relação a fevereiro de 2024, as compras externas subiram 27,6%.

Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No mês passado, um dos destaques foi o ingresso de plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes, com um aumento de 16.220,6% e valor de US$ 2,66 bilhões. As compras de automóveis se destacaram em fevereiro, com um acréscimo de 84%.

O diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Herlon Brandão, disse que a compra da plataforma é algo “esporádico”. Não fosse isso, a balança teria ficado positiva.

— São investimentos de grande vulto e esporádicos — afirmou.

Ele ressaltou não acreditar que a redução de tarifas de importações de alimentos, anunciada na quinta-feira pelo governo, fará com que o saldo comercial fique negativo. Disse, ainda, que só será possível saber se o aumento das tarifas de importação nos Estados Unidos em meados deste ano.

Já as exportações apresentaram redução de itens importantes da pauta, como minério de ferro (36,6%) e petróleo (21,6%). Houve alta de 1,8% de produtos agropecuários e um acréscimo de 8,1% em bens da indústria de transformação.

Em fevereiro, as exportações para a Argentina cresceram 54% e das vendas para os EUA aumentaram 22,9%. Já os embarques para China, Hong Kong e Macau caíram 21,1%.

FONTE: O Globo
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PIB: Desaceleração de indústria e serviços no fim do ano surpreende Fazenda

Crescimento do PIB divulgado pelo IBGE ficO crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, de 3,4%, ficou marginalmente abaixo daquele projetado pelo Ministério da Fazenda (3,5%).

Segundo a pasta, este movimento se deve à surpresa com a desaceleração dos setores de serviços e indústria no quarto trimestre do ano. Nota divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da Fazenda destaca que no último trimestre do ano o PIB cresceu 0,2%, ficando abaixo da mediana de suas estimativas (0,4%), mas também inferior à expectativa do mercado (0,4%). “Em relação à projeção da SPE, surpreendeu a desaceleração da indústria e serviços .

O PIB agropecuário, por sua vez, veio em linha com as projeções da SPE”, escreve a secretaria. Na indústria, a surpresa negativa repercute menor crescimento da indústria extrativa e de transformação, em relação ao projetado, além da retração em eletricidade e gás, água e esgoto. Em serviços, a expansão inferior ao esperado é atribuída a quedas em serviços de informação e comunicação e atividades financeiras. Na leitura geral do crescimento em 2024, o Ministério indica que o avanço forte se deve a “impulsos positivos vindos do mercado de trabalho e crédito, além de políticas de estímulo ao desenvolvimento produtivo e sustentável”. Perspectivas Para o primeiro trimestre de 2025, a SPE prevê avanço no ritmo de crescimento.

O destaque positivo deve ser a agropecuária, repercutindo principalmente a colheita recorde de soja. Serviços também devem acelerar, com o reajuste do salário mínimo e avanço de atividades relacionadas à agropecuária, como os transportes e o comércio. A partir do segundo trimestre de 2025, a contribuição do setor agropecuário para o crescimento deverá se tornar negativa. Para a segunda metade do ano, a perspectiva é de que o ritmo de crescimento se mantenha próximo à estabilidade, refletindo menores impulsos vindos dos mercados de crédito e de trabalho em função do patamar contracionista da política monetária. Para o PIB de 2025, a SPE projeta atualmente expansão de 2,3%.

FONTE: CNN BRASIL
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Dólar fecha estável e Bolsa sobe com tarifas de Trump e dados dos EUA no radar

A sessão foi de volatilidade. A moeda norte-americana chegou à mínima de R$ 5,732 pela manhã e à máxima de R$ 5,780 à tarde, conforme os investidores repercutiam novas informações sobre os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e dados da maior economia do mundo

O dólar fechou próximo à estabilidade nesta quinta-feira (6), com leve alta de 0,06%, a R$ 5,759. A sessão foi de volatilidade. A moeda norte-americana chegou à mínima de R$ 5,732 pela manhã e à máxima de R$ 5,780 à tarde, conforme os investidores repercutiam novas informações sobre os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e dados da maior economia do mundo.

Na cena doméstica, o anúncio de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderá detalhar medidas para conter a alta no preço dos alimentos gerou ruídos.

Na Bolsa brasileira, o pregão também foi volátil. O Ibovespa fechou em alta de 0,25%, a 123.357 pontos, tendo alternado de sinal em diversos momentos do dia.

Depois de adiar a implementação de tarifas de importação a montadoras do Canadá e México em um mês, Trump fez mais um grande recuo na política comercial nesta quinta.

Agora, produtos mexicanos em conformidade com as regras do Acordo EUA-México-Canadá (USMCA), de 2020, estarão isentos de tarifas por mais um mês, até 2 de abril. É a mesma exceção aberta na véspera aos veículos importados, requerida pelos CEOs das montadoras General Motors, Ford e Stellantis em ligação com o republicano.

A legislação USMCA impõe regras de conteúdo de toda a América do Norte para acesso livre de tarifas ao mercado dos EUA.

“Tivemos uma ligação excelente e respeitosa na qual concordamos que nosso trabalho e colaboração produziram resultados sem precedentes, dentro da estrutura de respeito às nossas soberanias”, disse a presidente do México, Claudia Sheinbaum, em postagem no X.

Ela afirmou que os dois países continuarão trabalhando juntos para conter o fluxo do opioide fentanil do México para os Estados Unidos, um ponto-chave de discórdia nas negociações sobre as tarifas de 25% que entraram em vigor no início desta semana.

Ela afirmou que os dois países continuarão trabalhando juntos para conter o fluxo do opioide fentanil do México para os Estados Unidos, um ponto-chave de discórdia nas negociações sobre as tarifas de 25% que entraram em vigor no início desta semana.

Para o Canadá, o decreto também exclui os impostos sobre o potássio, um fertilizante essencial para os agricultores dos EUA, mas não cobre totalmente os produtos energéticos, sobre os quais Trump impôs um imposto separado de 10%. Uma autoridade da Casa Branca disse que isso se deve ao fato de que nem todos os produtos de energia importados do Canadá estão cobertos pelo Acordo EUA-México-Canadá sobre comércio que Trump negociou em seu primeiro mandato como presidente.

Trump impôs as tarifas depois de declarar uma emergência nacional devido às mortes por overdose de fentanil, afirmando que o opioide mortal e seus precursores químicos passam da China para os EUA via Canadá e México. Como resultado, Trump também impôs tarifas de 20% sobre todas as importações da China.

“Espero que México e Canadá façam um trabalho bom o suficiente em relação ao fentanil para que essa questão não interfira em novas tarifas”, afirmou o Secretário de Comércio Howard Lutnick em um comunicado.

As isenções expirarão em 2 de abril, quando Trump tem ameaçado impor um regime global de tarifas recíprocas a todos os parceiros comerciais dos EUA.

Os recuos parciais de Trump fortalecem a tese de que a política tarifária do republicano tem sido usada como ferramenta de barganha, enfraquecendo o dólar em relação às demais divisas globais.

A divisa disparou no final do ano passado sob a sombra das ameaças tarifárias. Isso porque o aumento de tarifas, além de estimular uma guerra comercial ampla, tem o potencial de encarecer o custo de vida dos norte-americanos, o que pode comprometer a briga do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) contra a inflação e forçar a manutenção da taxa de juros em patamares elevados.

Quanto maiores os juros por lá, mais atrativos ficam os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, os chamados treasuries, o que fortalece o dólar globalmente.

Com os recuos, os investidores estão reavaliando as posições compradas em dólar. A moeda derreteu 2,70% na quarta-feira, a R$ 5,755, no que foi a maior queda diária desde as eleições de 2022.

“[O vai-e-vém] tem trazido incerteza e insegurança aos investidores, porque eles não conseguem antecipar qual vai ser o grau de elevação das barreiras comerciais e em qual ritmo. Isso tem diminuído a atração pelo dólar neste momento”, diz Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

“Além disso, a interpretação de que os Estados Unidos serão mais seletivos sobre as tarifas tende a beneficiar os ativos de maior risco, indicando que o impacto sobre eles não vai ser tão rápido, tão importante, no curto prazo.”

A percepção de desaceleração da atividade no país também tem enfraquecido a divisa americana.

“Ainda vemos um dólar mais forte por conta da tese de que as tarifas dos EUA serão inflacionárias. O que está mudando no cenário é que estamos vendo uma desaceleração da economia norte-americana”, afirmou Nicolas Gomes, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

O relatório ADP mostrou que a criação de vagas no setor privado dos EUA aumentou no menor ritmo em sete meses em fevereiro. Foram criados apenas 77 mil novos postos de trabalho, bem abaixo da expectativa do mercado, de 141 mil.

Já nesta quinta, os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caíram para 221 mil na semana passada, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 235 mil pedidos. O foco está voltado para sexta-feira, quando serão conhecidos os números do payroll.

“Várias medidas de atividade econômica estão apontando para uma desaceleração muito forte nos EUA. Isso vai bater inclusive no dólar, com a visão de que eventualmente o Fed vai cortar juros este ano”, diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

O desempenho do câmbio internamente, porém, tem sido afetado pela notícia de que o presidente Lula poderá anunciar, ainda nesta quinta, medidas para conter a alta nos preços dos alimentos. A afirmação foi dada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

“Esse anúncio pode causar mal-estar no mercado cambial. Investidores ainda não conhecem os detalhes das medidas, mas tendem a se preocupar com a possibilidade de maior expansão fiscal e com as consequências na trajetória da dívida pública brasileira”, diz Leonel Mattos, da StoneX.

Outro destaque da sessão é a decisão de juros do BCE (Banco Central Europeu). Como esperado, a autoridade monetária cortou a taxa de referência para 2,5%, em um aceno à desaceleração da inflação e à fraqueza do crescimento.

O BCE manteve a porta aberta para mais reduções, mesmo com a iminente guerra comercial com os Estados Unidos e os planos para aumentar os gastos militares que podem provocar a maior reviravolta na política econômica da Europa em décadas.

FONTE: Jornal de Brasilia
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