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Comércio, Comércio Exterior, Economia, Internacional, Mercado Internacional, Negócios

Milei anuncia fim da redução de impostos sobre exportação de grãos na Argentina

A decisão pode influenciar os preços internacionais de commodities como soja, trigo e milho

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou nesta segunda-feira (14/4) que a redução temporária das chamadas retenciones — impostos sobre exportações de produtos agropecuários — será encerrada no final de junho.

A medida, em vigor desde o fim de janeiro, foi implementada para estimular a entrada de divisas no país, por meio da antecipação da liquidação de dólares pelo setor agroindustrial, em um momento de valorização do peso argentino.

“Reduzimos temporariamente as retenciones sobre as exportações tradicionais, elas voltam em junho, porque dissemos que eram temporárias, então avisem ao campo que, se tiver que liquidar, que liquide agora, porque elas voltam em junho”, afirmou Milei em entrevista à rádio local El Observador.

Na ocasião do anúncio, em janeiro, as alíquotas de exportação foram significativamente reduzidas. O imposto sobre a soja em grão caiu de 33% para 26%. Para o farelo e o óleo de soja, a taxa foi reduzida de 31% para 24,5%. Já as retenciones sobre o trigo e o milho passaram de 12% para 9,5%.

A decisão pode influenciar os preços internacionais de commodities como soja, trigo e milho, considerando o papel estratégico da Argentina no comércio global de grãos. O país é o maior exportador mundial de farelo de soja, principal fornecedor de trigo para o Brasil e o terceiro maior exportador de milho globalmente.

As declarações de Milei ocorreram junto com o anúncio do início de um novo regime cambial, que inclui o fim das restrições ao acesso ao dólar para pessoas físicas e a adoção de uma banda de flutuação com limites para a taxa de câmbio.

Fonte: Globo Rural

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Comércio, Comércio Exterior, Economia, Internacional, Logística, Mercado Internacional, Negócios, Portos

Porto de Imbituba recebe licença ambiental para obras de ampliação do Cais 1

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, e a presidente do Instituto do Meio Ambiente do estado, Sheila Meirelles, entregaram na última quinta-feira (10) a Licença Ambiental de Instalação (LAI) para a obra de derrocagem (retirada de rochas submersas) e dragagem do início do Cais 1 do Porto de Imbituba.

O investimento de R$ 10,4 milhões será totalmente custeado pela SCPAR Porto de Imbituba, Autoridade Portuária, e está previsto para ser entregue até o fim deste ano. O objetivo é ampliar a área de acostagem e qualificar o local para alcançar 15 metros de profundidade, permitindo o recebimento de navios maiores. Em conjunto com a construção do dolfim de amarração na ponta do Berço 2, obra prevista para iniciar em breve, a Autoridade Portuária irá aumentar a linha de atracação entre os Cais 1 e 2, dos atuais 660 metros para 710 metros, permitindo o recebimento de até três navios simultâneos com maior frequência.

Para o diretor-presidente do Porto, Christiano Lopes, a ampliação do Cais 1 é parte fundamental do pacote de investimentos projetado para o aumento da competitividade e eficiência do Complexo Portuário de Imbituba nos próximos anos. “Nossos esforços atuais envolvem ações simultâneas em áreas como infraestrutura, acessos, otimização de espaços, automatização de processos e gestão comercial, visando expandir a capacidade operacional do Porto de forma estratégica e sustentável”, afirma o gestor.

A entrega da Licença Ambiental para a SCPAR ocorreu durante a 2ª edição do Programa Santa Catarina Levada a Sério, realizada na cidade de Tubarão. O evento contou com a apresentação do balanço de ações e investimentos do Estado de SC para as 18 cidades que compõem a região da Amurel (Associação dos Municípios da Região de Laguna). A LAI da obra de ampliação do Cais 1 foi recebida em mãos pelo presidente do Porto, em ato prestigiado pelo secretário estadual de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, e pelo prefeito de Imbituba, Michell Peninha, além da presença de demais autoridades.

Foto: Eduardo Valente/GovSC

Fonte: Portal AHora

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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Internacional, Mercado Internacional, Negócios

Indústria de soja prevê margem menor no Brasil com guerra comercial

A guerra comercial entre Estados Unidos e China já eleva a demanda do país asiático por soja do Brasil, e deve comprimir as margens da indústria processadora ao longo deste ano, estima André Nassar, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Após a eleição do presidente americano, Donald Trump, as processadoras anteciparam compras de soja e fixaram o que foi possível de preços, mas não conseguiram adquirir toda a necessidade anual. Assim, uma parcela entre 30% e 40% da safra, ainda não comprada, deve gerar margens menores, já que tem preços mais elevados.

“O que está acontecendo agora é um pouco parecido com o que aconteceu em 2018, quando a China fechou a importação de soja americana e comprou mais do Brasil. Isso gera uma valorização da soja brasileira”, disse Nassar, ontem, durante o seminário “A Lei Combustível do Futuro e as Perspectivas para os Biocombustíveis”.

“Olhando o preço no porto, já vemos há uma semana ou dez dias o prêmio subindo. Ele sinaliza que a soja está sendo valorizada. Essa soja que ainda não foi comprada vai ficar mais cara para a indústria, não acho que vá ter impacto grande (no volume) de esmagamento, mas isso reduz a margem da indústria”, acrescentou.

Segundo dados da Sin Consult, os prêmios da soja, base porto de Santos (SP) estão entre US$ 0,52 e US$ 0,55 o bushel para maio e US$ 0,60 a US$ 0,65 o bushel para junho, fruto de uma demanda acelerada da China pela soja brasileira. “A China está comprando tudo o que pode do Brasil. Nos últimos dez dias, foram 75 navios enviados para lá. Temos o produto para entregar, e nessa disputa comercial a procura cresceu ainda mais”, disse João Birkhan, CEO da Sin Consult.

A perspectiva do presidente da Abiove de que o custo de processamento será maior, mas os volumes vão se manter tem como base os cenários positivos para os mercados de óleo de farelo de soja no país. No caso do óleo, ele disse que há demanda oriunda dos mandatos de mistura do biodiesel ao diesel. O óleo de soja é a principal matéria-prima do biodiesel no Brasil.

Já para o farelo de soja, a expectativa é promissora porque o insumo é utilizado como ração animal e a produção de carnes é crescente no país, com recordes de exportação e consumo interno aquecido.

A projeção mais recente da Abiove, divulgada no mês passado, indicava o esmagamento de 57,5 milhões de toneladas neste ano. A perspectiva para a produção de farelo e óleo de soja permaneceu estável, na projeção mensal, em 44,1 milhões de toneladas e 11,4 milhões de toneladas, respectivamente.

Para a produção do grão, a Abiove estimou um volume de 170,9 milhões de toneladas, levemente abaixo dos 171,7 milhões de toneladas projetados em fevereiro, mas ainda uma safra cheia.

“Essa foi uma safra com muita compra antecipada, a maior em compras antecipadas comparada há duas ou três safras anteriores, mas a indústria não consegue adquirir uma safra de 170 milhões de toneladas”, ressaltou Nassar.

Ele acredita que, na ponta da demanda, a China pode estar tentando antecipar o máximo que consegue as compras de soja na América do Sul, com Brasil e Argentina como fornecedores, mas no segundo semestre “haverá um incentivo muito grande para EUA e China conversarem, por preocupação de abastecimento da China”, disse.

Assim, a retração nas margens da indústria nacional deve ser um fenômeno de curto prazo, enquanto não houver nenhuma mudança na conjuntura envolvendo Washington e Pequim. Outro efeito de curto prazo que contribui para a compressão das margens das processadoras é a queda dos preços domésticos do óleo de soja, acrescentou.

Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado, vê um cenário negativo para as esmagadoras este ano em decorrência do recuo de até 30% nos valores do biodiesel no mercado brasileiro e do congelamento da mistura em 14%. Tudo isso num momento em que a demanda chinesa fortalece os preços domésticos da soja.

O analista ressaltou que sazonalmente os preços do biodiesel são mais baixos no primeiro trimestre do ano, marcado por um período de demanda menor. No entanto, “para o segundo e terceiro trimestres era esperado uma reação nos valores [do biodiesel] que compensaria o recuo no início no ano, mas que foi neutralizada com a decisão de manter a mistura em 14%”.

Fonte: Datamar News

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Comércio Exterior, Economia, Internacional, Mercado Internacional, Negócios

Ministro anuncia consulta pública para dobrar área do Porto de Santos para mais de 20 milhões de m²

O Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou nesta segunda-feira (14) o início da consulta pública para o Projeto de Expansão da Poligonal do Porto Organizado de Santos, no litoral de São Paulo. Trata-se de uma iniciativa que pode fazer a área do cais saltar de 7,8 milhões de m² para mais de 20 milhões de m².

Segundo Costa Filho, a medida pode fazer com que agentes econômicos e municípios da Baixada Santista realizem um “planejamento a longo prazo”. A declaração foi dada durante a 1ª edição do encontro ‘Porto & Mar’ deste ano, organizado pelo Grupo Tribuna, em Santos.

O evento realizado na Câmara Municipal contou com a presença de autoridades, como deputados e prefeitos.

Expansão da área
De acordo com a Autoridade Portuária de Santos (APS), o projeto de expansão prevê um aumento de até 164% da área portuária nas próximas décadas, passando a incluir áreas em Cubatão, São Vicente e Bertioga, além de Santos e Guarujá.

“A iniciativa tem o objetivo de preparar o crescimento do Porto de Santos para as próximas décadas, de forma a atender o crescente aumento do gráfico de movimentação de cargas e ao próprio desenvolvimento do Brasil”, afirmou o presidente da APS, Anderson Pomini, em conteúdo divulgado à imprensa.

Pomini acrescentou ter a expectativa de que o decreto com a nova Poligonal do Porto de Santos seja publicado ainda neste semestre. “Uma ação que mostra a preocupação desta gestão com o futuro do Porto de Santos e do Brasil. Temos que pensar grande. O ritmo da economia do país exige coragem e uma boa dose de ousadia”, disse.

Confira abaixo um histórico da movimentação de cargas de longo curso via Porto de Santos. Os dados são do DataLiner:

Movimentação de Cargas de longo curso no Porto de Santos | JAN 2022 – FEV 2025 TEUs

Ainda segundo a APS, a proposta de expansão trará mais investimentos, empregos e competitividade para o Brasil. O prazo para contribuir é até o próximo dia 13 de maio.

Mais cedo, Sílvio Costa Filho participou da entrega das obras da primeira fase do Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá ao lado do prefeito Farid Madi (Podemos).

Segundo a Prefeitura de Guarujá, o destaque é a nova pista de pousos e decolagens, que tem 1.390 metros de comprimento por 45 metros de largura, ou seja, maior do que a do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

O ministro e o prefeito também oficializaram o lançamento da ordem de serviço para início das obras da segunda fase do aeroporto. De acordo com o município, trata-se da implantação do terminal de passageiros, que deve ser concluída ainda neste ano.

“É uma antiga reivindicação não só de Guarujá, mas de toda a Baixada Santista. O nosso aeroporto será um divisor de águas para o desenvolvimento de toda a região. Somando com o advento do túnel imerso Santos-Guarujá, mais o retroporto, vamos criar condições bastante propícias para Guarujá alcançar desenvolvimento social de forma sustentável”, disse Madi, em conteúdo do município.

Fonte: Datamar News

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Exportação, Industria, Internacional, Notícias

Estratégia inédita de exportador madeireiro de SC encurta em 45 dias tempo de transporte de carga para os EUA

Uma estratégia inédita desenvolvida pela Frameport, exportador madeireiro catarinense, em parceria com o Grupo Allog, empresa especializada em transporte internacional de cargas, conseguiu driblar a demora gerada pela alta demanda de carga nos portos do Sul e reduziu em 45 dias o embarque de uma carga de Santa Catarina para os Estados Unidos. A solução: transportar a carga por meio de rodovias até o Porto de San Antonio, no Chile, para então embarcar em navios com destino à costa oeste americana.

A mudança na rota da carga foi motivada após a Frameport constatar, no final de 2024, que apenas 20% das cargas estavam chegando dentro do prazo previsto ao importador. Neste momento, a empresa chamou o agente de cargas para traçar uma nova estratégia que driblasse os diferentes fatores que vêm afetando o lead time (tempo total de transporte) entre o Brasil e os Estados Unidos, que chegou a atingir 100 dias, mais que o dobro do tempo considerado normal.

Nos embarques realizados até o momento, a média do tempo de entrega da carga ficou em apenas 39 dias. A implementação da estratégia, segundo Wellynton Ozório, gerente de exportação da Frameport, exigiu um trabalho minucioso de planejamento. Foram necessários 30 dias de pesquisas, avaliação de transportadoras e negociação com o porto chileno, sempre com o apoio do Grupo Allog.

“A nova rota logística representa um avanço significativo para a Frameport garantindo maior eficiência e competitividade no mercado internacional. A redução do tempo de trânsito permite que a empresa fortaleça sua presença nos Estados Unidos e abra novas potenciais negociações em solo americano”, completa o gerente.

Planejamento da rota

A nova rota de transporte prevê um transbordo de carga no México, com destino final no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Apesar da distância rodoviária de mais de 2 mil quilômetros, a solução manteve o preço do frete estável, sem impactar custos ao exportador, visto que o frete marítimo a partir do Chile é mais barato do que partindo do Brasil.

Para implementar a solução, a Frameport e a Allog estudaram detalhadamente a rota alternativa via Chile, onde a linha marítima apresenta menor tempo de trânsito. As empresas também desenvolveram uma parceria com uma transportadora para o transporte rodoviário internacional e alinhou o processo de desembaraço da carga com um despachante especializado.

O porto chileno de San Antonio, o maior do país em movimentação de contêineres e carga geral, foi escolhido como ponto de embarque. O porto está em processo de expansão para se tornar o maior hub portuário do Pacífico Sul, possui capacidade estática atual de 60% de ocupação e baixos índices de omissões.

Nova perspectiva para o segundo semestre

A nova rota logística poderá aumentar a capacidade de exportação da Frameport, que já prevê embarcar pelo menos 60% de suas cargas com destino à costa Oeste dos Estados Unidos via porto do Chile a partir do segundo semestre deste ano. “A solução representa um avanço significativo para o setor exportador brasileiro, que busca alternativas para otimizar o tempo de transporte de cargas e reduzir custos”, explica Rodrigo Portes, gerente de contas do Grupo Allog. “A parceria com o exportador catarinense demonstra a importância da colaboração e da busca por soluções criativas para enfrentar os desafios do comércio internacional”, completa.

Fonte: Frameport Allog

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Comércio Exterior, Economia, Inovação, Internacional, Notícias, Portos

TCP celebra 27 anos com recordes operacionais, investimentos e impacto social

Em 13 de abril de 2025, a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, celebra seus 27 anos de operações com um histórico de conquistas que reforça sua importância estratégica para o comércio exterior brasileiro. Às vésperas do aniversário, em março deste ano, o Terminal teve o melhor desempenho mensal de 2025, superando quatro recordes operacionais, com destaque para a movimentação de contêineres refrigerados 38% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (13.890 TEUs), além de uma movimentação total de 401.131 TEUs no trimestre, alta de 7%. Com investimentos em tecnologia, serviços, sustentabilidade e pessoas, a TCP tem pavimentado o caminho para ampliar seu protagonismo como um hub portuário global.

Os recordes operacionais são reflexo dos constantes investimentos realizados pela TCP. Em 2024, a empresa concluiu a expansão de seu pátio de contêineres refrigerados, aumentando em 45% o número de tomadas, que passou de 3.624 para 5.268 — a maior capacidade da América do Sul. A medida foi estratégica para consolidar o terminal como o principal corredor de exportação de carnes do país, com 266.246 TEUs movimentados apenas em contêineres reefer no último ano. No três primeiros meses de 2025, as exportações de carne de frango bateram recorde para o primeiro trimestre, com 610 mil toneladas, o equivalente a 44% do market share nacional no segmento.

“Já ocupávamos o posto de maior corredor de exportação de carne de frango congelada do mundo. Com a expansão do nosso pátio reefer, além de mantermos sempre a estratégia no atendimento com a maior qualidade de serviço do mercado, flexibilidade, e satisfação de nossos clientes que atuam na avicultura, aumentamos nossa capacidade para ampliar e atender também outros mercados, como o de carne bovina, que cresce expressivamente no Terminal. Só nos três primeiros meses deste ano, foram embarcadas 217 mil toneladas de carne bovina — alta de 53% em relação ao mesmo período de 2024, bem acima da média nacional”, comenta Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e de atendimento da TCP.

A estrutura logística da TCP também impulsionou o salto nas exportações de madeira (1,4 milhão de toneladas, alta de 47%) e papel e celulose (974 mil toneladas, aumento de 54%), no ano de 2024. Do lado das importações, os segmentos químico/petroquímico e automotivo lideraram, com 648 mil e 562 mil toneladas, respectivamente.

Outro marco foi o aumento do calado operacional, de 12,10 metros para 12,80 metros a maré zero, permitindo operações mais ágeis e o recebimento de navios de maior porte, como de porta-contêineres com até 368 metros de comprimento e 52 metros de largura. No ano passado, foram 992 atracações e um volume histórico de 1.558.453 TEUs movimentados, crescimento de 24% em relação a 2023.

Segundo Carolina Brown, gerente de armadores da TCP, a gama de serviços marítimos oferecidos aos clientes é outro grande diferencial do terminal, que hoje conta com 24 escalas semanais regulares. “Estamos sempre em busca de novas rotas e parcerias com armadores que possibilitem maior flexibilidade e garantias aos exportadores e importadores que optam pela TCP para movimentar seus produtos. O aumento de calado é essencial para mantermos nossa posição de liderança assim como para otimizar a utilização dos navios em nosso porto”, diz Brown.

Impacto social e geração de empregos

Com mais de 1.700 colaboradores e previsão de ultrapassar os 1.800 em 2025, a TCP é a maior empregadora privada do litoral do Paraná. “Com investimentos contínuos em infraestrutura, equipamento e pessoal, o Terminal de Contêineres de Paranaguá vem se expandindo ano após ano, e isso também vai se refletir no aumento de empregabilidade na companhia”, afirma Washington Renan Bohnn, gerente de recursos humanos e qualidade da empresa.

Além de fomentar o desenvolvimento econômico, a TCP também investe em responsabilidade social e, desde 2007, o Terminal já apoiou mais de 130 projetos por meio de leis de incentivo fiscal. Para 2025, serão realizadas quatro novas rodadas de aportes realizadas até o fim do ano em projetos na áreas de saúde, cultura, esporte e inclusão que contemplem as populações de Paranaguá e Curitiba.

Além dos aportes, a empresa possui mais de 30 ações socioambientais em andamento, as quais visam beneficiar a comunidade parnanguara e o meio ambiente em sua região de influência, na Baía de Paranaguá. Um dos projetos é a Troca Solidária, que completa 10 anos em 2025 e proporciona aos moradores a troca de materiais recicláveis por produtos da cesta básica e higiene pessoal. Desde 2015, o projeto já coletou mais de 500 toneladas de resíduos recicláveis e beneficiou mais de 700 famílias.

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Ações da Embraer disparam com veto da China contra jatos da Boeing

A proibição da compra de jatos faz parte de medidas de Pequim contra o tarifaço de Trump.

Nessa terça-feira (15) as ações da Embraer dispararam na Bolsa brasileira (B3), depois da decisão do governo da China de proibir a compra de jatos e peças da Boeing por parte de empresas aéreas chinesas.

A proibição da compra de jatos feita pelo governo chinês faz parte de medidas adotadas por Pequim contra o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na guerra comercial entre as duas potências econômicas.

Reflexo das medidas adotadas pelo governo chinês, por volta das 12 horas, os papéis da Embraer registravam valorização de 3,75%, cotados a R$ 65.07. A tendência de alta desenhou-se desde o início do pregão, às 10 horas.

Pela manhã, as ações ordinárias (ON), que dão direito a voto em assembleias da Embraer chegaram a subir mais de 4%. Com isso, os papéis da empresa tornaram-se o principal propulsor da alta da Bolsa brasileira (B3) naquele período.

Com represália contra a Boeing, mas cujo alvo é o governo americano, os investidores passaram a acreditar que a companhia brasileira possa suprir parte da demanda chinesa com a venda de aeronaves.

Fonte: Guararema News

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Economia, Internacional, Mercado Internacional, Negócios

Rumo ao fim do SWIFT? A Rússia anuncia uma expansão global do BRICS Pay

Enquanto as tensões geopolíticas redesenham os equilíbrios globais, os BRICS aceleram a implementação de sua própria rede de pagamento. Liderada pela Rússia, essa infraestrutura visa emancipar-se do SWIFT e abrir um caminho financeiro fora do controle ocidental. O anúncio de sua acessibilidade a países não-membros marca uma ruptura estratégica. Além de uma ferramenta regional, o BRICS Pay torna-se uma alavanca de influência global e um sinal forte a favor de uma ordem monetária multipolar.

A rede BRICS Pay se abre para o mundo

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, confirmou que a futura rede de pagamento dos BRICS, ainda em fase de finalização, será acessível a países terceiros.

De fato, em uma declaração oficial, ele afirmou que “países que não são membros dos BRICS terão a possibilidade de usar esse sistema de pagamento assim que ele for lançado“.

Essa abertura representa uma expansão estratégica significativa para uma infraestrutura inicialmente pensada como uma ferramenta de integração regional.

Um sistema como esse visa fortalecer a autonomia das economias emergentes diante da hegemonia do sistema SWIFT, frequentemente percebido como uma alavanca de influência ocidental. Várias características conferem ao sistema BRICS Pay um potencial de atratividade :

  • A interoperabilidade regional: a rede visa conectar os sistemas de pagamento nacionais dos membros dos BRICS, como MIR (Rússia), RuPay (Índia) ou ainda o CIPS (China);
  • Uma abertura a países não-membros: a arquitetura do sistema é pensada para integrar estados terceiros assim que for implementado;
  • O contorno das sanções: ao se desvincular dos canais dominados pelos Estados Unidos e pela Europa, as trocas comerciais podem prosseguir sem obstáculos;
  • Uma promoção das moedas nacionais: o pagamento das transações seria feito sem o uso do dólar, utilizando diretamente as moedas dos países participantes.

Essa iniciativa poderia deste modo atrair nações que desejam garantir seus fluxos financeiros internacionais fora da influência ocidental. Resta validar sua robustez técnica e sua capacidade de se integrar aos padrões internacionais existentes.

Uma estratégia de dedolarização com contornos ainda nebulosos

Além da parte tecnológica, a questão do BRICS Pay também é monetária. A extensão do sistema a países terceiros se insere em um movimento global para reduzir a dependência do dólar americano.

Nesse sentido, as discussões em torno da criação de um mecanismo unificado de pagamento baseado em uma cesta de moedas nacionais refletem a ambição de construir uma forma de soberania financeira. Durante sua intervenção, Serguei Lavrov mencionou a necessidade de “desenvolver um sistema de pagamento independente, baseado no uso de moedas nacionais e fora do controle das estruturas ocidentais“.

No entanto, se a vontade política é evidente, a implementação se mostra mais complexa. As divergências internas entre os membros da aliança dos BRICS, especialmente entre a China e a Índia, complicam a perspectiva de uma moeda comum.

No estado atual, as soluções consideradas dependem mais da interconexão dos sistemas de pagamento nacionais existentes do que da criação de um único instrumento monetário. Paralelamente, a supremacia atual do dólar, que ainda representa a maior parte das reservas de câmbio globais, constitui um obstáculo estrutural difícil de contornar a curto prazo.

Essa estratégia de dedolarização progressiva, embora coerente com as dinâmicas multipolares atuais, pode, no entanto, gerar fricções, tanto dentro do bloco quanto com parceiros externos.

A credibilidade do sistema BRICS Pay internacionalmente dependerá de sua capacidade de demonstrar sua confiabilidade, segurança e compatibilidade com as necessidades das economias que considerariam adotá-lo. A médio prazo, essa iniciativa promovida pela Rússia poderia acelerar a fragmentação do sistema financeiro mundial em blocos regionais ou políticos, cada um com suas próprias infraestruturas de liquidação. Resta saber se essa tendência se traduzirá em uma real mudança de equilíbrio ou se apenas reforçará a diversificação sem desafiar a ordem monetária atual.

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Fonte: Revista O Contribuinte

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Internacional, Negócios, Oportunidade de Mercado

Da descrença nos EUA à recessão mundial: 5 prejuízos do tarifaço de Trump

A guerra tarifária desencadeada pelo presidente americano, Donald Trump, já causou estragos na indústria automobilística e prejuízos bilionários às empresas de alta tecnologia, as big techs. A disputa comercial com a China arranhou a imagem da economia americana, deve render prejuízo de R$ 28 bilhões ao Brasil e mergulhar o mundo em uma recessão.

O que aconteceu?

Trump iniciou uma guerra tarifária sob a justificativa de criar empregos. A instalação de indústrias americanas em outros países criou empregos no exterior, mas um aumento nas tarifas reduziria a competitividade dessas nações, abrindo a possibilidade de que novos empregos nos EUA. “É isso que eu chamo de visão romântica, um ideário de reindustrialização que não vai acontecer com os Estados Unidos, que virou a sociedade de serviços”, afirmou Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior.

Outra justificativa é a redução do déficit comercial. Em 2024, os Estados Unidos compraram US$ 918,4 bilhões a mais do que venderam para o mundo. Só para os chineses, o rombo foi de US$ 255 bilhões.

Assim, Trump elevou a 145% as tarifas para as importações da China e 10% aos demais países. A tarifação de 10% foi congelada por 90 dias, enquanto a China subiu para 125% as tarifas para importações de produtos americanos.

Conheça cinco consequências dessa guerra tarifária:

1 – Recessão mundial
O mundo pode entrar em estagflação e até recessão em 2025. “O impacto global da guerra tarifária representaria queda de -0,25% no PIB global, equivalente a uma perda de US$ 205 bilhões”, indica estudo publicado ontem (14) pela Universidade Federal de Minas Gerais (Nemea-Cedeplar-UFMG).”A modificação das tarifas de importação teria impactos relevantes mundialmente.”

As economias da China e Estados Unidos também seriam afetadas. O PIB americano reduziria -0,7% e o chinês -0,6%. O comércio diminuiria -2,38% no mundo, “perdas na ordem de US$ 500 bilhões”, diz o estudo.

A estagnação econômica deve se somar à alta da inflação. “A gente está num cenário de disputa política, geopolítica, uma disputa pesada. Não tem nenhuma consideração econômica nessas decisões, e isso deve conduzir o mundo a um quadro de estagflação, menos crescimento com mais inflação”, diz o economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani.

Como a cadeia global de produção está muito mais integrada, quando você impõe barreiras, gera um choque de oferta, mesmo com a economia desacelerando, o que gera inflação.
Roberto Padovani, economista

2 – Big Techs perdem bilhões

Desde o início da guerra tarifária, as ações das big techs desvalorizaram. As “Sete Magníficas” —Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla— perderam US$ 973 bilhões entre 2 e 10 de abril. Só a Apple derreteu US$ 502 bilhões naqueles dias, já que 80% dos iPhones comercializados nos EUA são produzidos na China.

Diante dos prejuízos, os EUA isentaram das tarifas recíprocas uma lista de produtos de alta tecnologia. A isenção, no entanto, deve ser temporária, segundo a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.
Mesmo que a Apple seja isenta das tarifas atuais, precisará acelerar seus esforços de diversificação da cadeia de suprimentos e pagar melhor seus fornecedores.
Consultoria americana Jefferies, em nota.

3 – Tarifas abalam setor automotivo
As tarifas de 25% sobre a importação de carros prejudicam montadoras. A Stellantis paralisou a fabricação de veículos Chrysler e Jeep no Canadá e no México e demitiu 900 trabalhadores americanos que, dos Estados Unidos, forneciam motores e peças para essas fábricas.
Montadoras europeias reduziram exportações para o mercado americano. A Audi, na Alemanha, e a Jaguar Land Rover, na Grã-Bretanha, reduziram suas exportações. A decisão deve mexer com a indústria americana, que importa quase metade de seus veículos e 60% das peças usadas no carros montados no país.

Os veículos devem ficar 13,5% mais caros, em média, naquele mercado. O reajuste deixaria o carro US$ 6.400 mais caro, em média, na comparação com o preço de 2024, segundo estimativa da Yale Budget Lab.

Após o anúncio das tarifas de 15% sobre carros importados, em março, as ações de gigantes do setor despencaram. As da Porsche e da Mercedes caíram até 5,7%, a BMW recuou 4,9%, as da Volkswagen (dona Audi e Lamborghini) caíram 4,3%.

Ontem (14), Trump anunciou que avalia isenção tarifária temporária. “Estou buscando algo para ajudar algumas montadoras que estão migrando para peças fabricadas no Canadá, México e outros lugares e precisam de um pouco mais de tempo”, disse.

4 – Confiança nos EUA é abalada
Pela primeira vez, mercado perdeu a confiança nos títulos do Tesouro americano (tresuries). Graças à pujança da economia americana, investidores, bancos e países inteiros compram esses papéis como porto seguro para vendê-los facilmente em emergências. Muitos investidores, porém, liquidaram seus títulos recentemente. “O mercado perdeu a fé nos ativos dos EUA”, escreveram analistas do Deutsche Bank em nota na semana passada.

Dona de muitos tresuries, a China pode retaliar o rival liquidando esses títulos. “Os mercados estão preocupados que a China e outros países possam se desfazer desses títulos como forma de retaliação”, disse na semana passada Grace Tam, consultora-chefe de investimentos do BNP Paribas Wealth Management, em Hong Kong.

Diante da perda de confiança, Trump adiou em 90 dias a cobrança das tarifas recíprocas. “Nesse cenário, o investidor costuma comprar treasuries, e a taxa cai. Mas [nos últimos dias] tinha gente se desfazendo de treasuries em Wall Street, o que fez as taxas dispararem. Isso é falta de confiança do americano no próprio país”, disse em palestra na quinta-feira (10) Cristiano Oliveira, diretor de pesquisa econômica do banco Pine e ex-economista-chefe do banco Safra.

Tarifaço pode levar os EUA à recessão. “A inflação já está perigosa nos EUA, perto de 3%. Com as tarifas, há expectativa de chegar a 6% e aí as pessoas param de comprar, o que vai levar a um quadro de recessão”, diz Leonardo Trevisan, professor de relações internacionais da ESPM.

O banco JPMorgan reafirmou uma previsão pessimista. Para o grupo, os EUA têm 60% de chance de entrarem em recessão.

Para o bilionário americano Ray Dalio, os EUA estão “muito próximos de uma recessão”. “Estamos tendo mudanças profundas na ordem mundial. Se você considerar tarifas, dívidas, [e] uma potência emergente desafiando o poder existente… A maneira como isso for tratado pode produzir algo muito pior do que uma recessão”, afirmou à rede de televisão NBC.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) fez alerta semelhante. Jerome Powell disse que as tarifas podem aumentar a inflação e desacelerar o crescimento da economia americana no longo prazo.

5 – Brasil terá prejuízos de R$ 28 bilhões

A pesquisa da UFMG também estima o prejuízo do tarifaço para o Brasil em 2025: US$ 4,9 bilhões, ou R$ 28,6 bilhões em valores atualizados. Beneficiado pelo aumento das exportações para a China, o setor agrícola teria ganhos de US$ 5,5 bilhões, mas a indústria perderia US$ 8,8 bilhões, enquanto serviços pode encolher US$ 1,6 bilhão.

A região Sudeste será a mais prejudicada. “Em São Paulo o impacto corresponderia a uma perda de cerca de R$ 4 bilhões, e em Minas Gerais de R$ 1,16 bilhão”, diz o estudo.

A possível recessão global, no entanto, pode frear o aumento dos juros no Brasil. O risco de recessão deve levar o Banco Central a esperar os efeitos da crise antes de continuar a subir os juros para conter a inflação. A JPMorgan agora projeta só mais uma alta da Taxa Selic este ano —de 0,5 ponto para 14,75% na reunião de maio. A redução da taxa começaria em novembro, fechado o ano a 13,75%, contra 15,25% de sua projeção anterior.

Fonte: UOL Economia
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2025/04/15/tarifaco-china-estados-unidos-recessao-big-techs-automoveis-brasil.htm


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Internacional, Navegação, Oportunidade de Mercado

Após pressão de Trump, Panamá cede em acordo sobre canal

Os navios de guerra dos Estados Unidos poderão em breve usar o Canal do Panamá de graça e com prioridade, depois de uma reunião entre os dois países nesta semana. Mas a decisão levanta questionamentos sobre o quanto a soberania panamenha está em jogo com a concessão à pressão americana para minar a influência chinesa na América Latina.

O anúncio ocorreu na quarta-feira (09/04) após um encontro entre o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, e o presidente do Panamá, José Raul Mulino, num contexto de alta tensão desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca em janeiro.

A hidrovia de 82 quilômetros é estratégica para os EUA e vários outros países porque permite aos navios passar facilmente entre os oceanos Pacífico e Atlântico sem serem descarregados ou navegar pela América do Sul.

O republicano sempre rotulou as taxas de uso do canal como “mau negócio”. De acordo com o tratado de neutralidade do canal, todas as nações pagam o mesmo valor.

Marcando sua oposição à crescente influência da China na região, o presidente também já falou várias vezes em “recuperar” o canal, que os EUA cederam ao Panamá em 1999. Ele não descartou uma invasão militar para atingir o objetivo.

“Soberania” em telefone sem fio
Mulino já vinha trabalhando para apaziguar o governo Trump. Após uma visita em fevereiro do Secretário de Estado americano, Marco Rubio, o Panamá confirmou que sairia da iniciativa chinesa Cinturão e Rota, ou Nova Rota da Seda. O seu governo ainda pressionou os conglomerados chineses que possuem portos panamenhos a saírem do país.

Além disso, o Panamá e os EUA concordaram que tropas americanas poderão ser destacadas em áreas de acesso e adjacentes ao canal do Panamá, segundo um acordo assinado entre os dois países divulgado pela agência AFP.

O governo panamenho descarta que sejam bases militares, um assunto delicado no país centro-americano. Em vez disso, Militares os EUA poderão utilizar as instalações e áreas autorizadas para treinamento, exercícios e outras atividades.

O pacto, que vigorará inicialmente por três anos, prevê que as instalações serão propriedade do Estado panamenho e serão de “uso conjunto” pelas forças de ambos os países.

O Panamá proíbe por lei o estabelecimento de bases militares, e desmantelou o Exército após a invasão dos Estados Unidos, em 1989, para capturar o ex-ditador Manuel Antonio Noriega, acusado de tráfico de drogas.

Mas ainda há um ponto de discórdia. A versão em espanhol da declaração conjunta desta semana, divulgada pelo Panamá, dizia que “Hegseth reconheceu a liderança e a soberania inalienável do Panamá sobre o Canal do Panamá e suas áreas adjacentes”. A frase não apareceu na versão em inglês divulgada pelo Pentágono.

“Acredito que tenha sido proposital não colocar isso na versão em inglês, para fazer com que o Panamá se sentisse inseguro e que a situação não foi resolvida,” afirma Natasha Lindstaed, cientista política da Universidade de Essex, no Reino Unido.

Influência chinesa
Ao contrário do que afirma Trump, o canal não foi presenteado aos panamenhos, nem é controlado pela China.

Os EUA construíram o Canal do Panamá entre 1904 e 1914. As negociações para devolver o controle ao país da América Central começaram no governo do democrata John F. Kennedy, no início da década de 1960, e se estenderam até 1977.

O Panamá assumiu o controle do canal na véspera do Ano Novo de 1999, sob a condição de que fosse operado de forma neutra.

Mas a China exerce influência no canal. O país é o segundo maior usuário da hidrovia, atrás dos EUA, e empresas chinesas operam portos em cada extremidade.

Intervenção militar em pauta
Enquanto Trump trabalha para minar a influência da China ao redor do mundo — por exemplo, com a sua guerra comercial —, uma intervenção militar representaria uma reviravolta dramática na política externa americana.

No Panamá, protestos acontecem regularmente desde que Trump falou pela primeira vez em retomar o canal. Nesta semana, cerca de 200 pessoas protestaram contra a visita de Hegseth na Cidade do Panamá, e um manifestante queimou uma bandeira dos EUA.

“Isso basicamente dominou as manchetes no Panamá, com total perplexidade e medo”, diz Lindstaed. “Os EUA não são muito populares no Panamá no momento.”

No entanto, Jorge Heine, ex-embaixador chileno na China e especialista em Relações Internacionais da Universidade de Boston, acredita que é improvável que os EUA avancem com uma intervenção militar.

“O presidente Trump combina uma retórica que, às vezes, pode soar extremamente agressiva”, disse à DW. “Mas, ao mesmo tempo, ele demonstrou que realmente não está muito interessado em ser um fomentador de guerras e em empregar a força militar dos EUA de forma tão agressiva quanto alguns de seus antecessores.”

Fonte: DW

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