Evento, Gestão, Informação, Inovação, Investimento, Tecnologia

Alfândega da Receita Federal em Santos celebra 90 anos de seu edifício-sede e inaugura novo museu

Comemorações incluíram ainda três noites de projeções na fachada do prédio.

No mês de novembro, a Alfândega de Santos celebrou os 90 anos de seu edifício-sede. Como parte das comemorações, foi feita, no dia 28 de novembro, a inauguração solene do novo Museu da Alfândega de Santos (Malf). Foram realizadas também três noites de projeções na fachada do prédio, entre os dias 28 e 30.

As festividades do dia 28 contaram com a presença do secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. “A comemoração dos 90 anos desse prédio lindíssimo da Alfândega de Santos, que tem agora um novo museu, é uma oportunidade de aproximação da Receita Federal com a população em diversos níveis”, destacou ele.

“Hoje a gente entrega esse museu para a sociedade e, com ele, mais uma oportunidade para o santista e o turista conhecerem esse prédio e um pouco do trabalho da Receita Federal como administração aduaneira”, complementou o delegado da Alfândega de Santos, auditor-fiscal Richard Fernando Amoedo Neubarth.

Malf

Instalado em área de 263 m2 no térreo do edifício, incluindo espaço expositivo dentro de um contêiner de 89 m2, o Museu da Alfândega de Santos é um equipamento público de caráter educativo. Utilizando recursos tecnológicos e interativos, ele busca conscientizar a população sobre os malefícios da pirataria e o importante trabalho de Controle Aduaneiro e Cidadania Fiscal realizado pela Receita Federal.

Estão expostos no museu diversos tipos de produtos falsificados apreendidos pela Receita Federal no porto santista, acompanhados de informações sobre os danos que eles causam à sociedade e os riscos a que expõem seus usuários. Em textos e vídeos, também são apresentados fatos, dados, depoimentos e imagens que demonstram os desafios enfrentados pela Receita Federal no Porto de Santos no monitoramento de mais de 11,6 mil contêineres movimentados por dia.

Logo na entrada do contêiner expositivo, estão as grandes apreensões de 2024 de peças automotivas e de rolamentos, produtos que colocariam em perigo a segurança de motoristas, passageiros e pedestres caso não tivessem sido apreendidos pela Receita Federal. Seguindo o corredor, são exibidos cigarros eletrônicos, mochilas infantis, camisetas esportivas, tênis, óculos, celulares, baterias, brinquedos e diversas outras mercadorias. O final da exposição mostra como esses e outros itens apreendidos retornam para a sociedade com novas funções e usos após passarem por diferentes tipos de transformação.

A ambientação lúdica do contêiner simula o fundo do mar, com escotilhas na parede e peixes nadando sob os pés dos visitantes. Óculos de realidade virtual permitem uma imersão completa em uma atividade de campo junto aos servidores da Alfândega. E, ao final do percurso, um quiz eletrônico testa os conhecimentos adquiridos ao longo da visita.

A construção do Malf foi uma parceria da Alfândega de Santos com o Instituto Sociocultural Brasil-China (Ibrachina) e a Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras (Apecc). O museu já está recebendo agendamento de visitas de escolas e deve estar aberto ao público em geral a partir do começo de 2025.

Projeções

Realizadas ao longo de três noites, as projeções comemorativas na fachada do edifício-sede ajudaram a destacar as características arquitetônicas do prédio, como suas mais de 90 janelas. Com cerca de cinco minutos de duração, o vídeo recordou a história de Santos, da Alfândega e da Receita Federal e a imprescindível contribuição de seus servidores para o bem-estar econômico e social do País. O espetáculo de luz e som contou com muitas cores e movimento, além de belos desenhos e fotos, emocionando todos os presentes.

As projeções foram viabilizadas pela Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra) e seus associados.

Prédio

Inaugurado em 19 de novembro de 1934, o edifício-sede da Alfândega de Santos está localizado na Praça da República, no centro da cidade, e possui área de 12.350 m², divididos em cinco pavimentos. Trata-se de patrimônio histórico, tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa).

Prédio de linhas clássicas, com arquitetura eclética e influência art-déco, seu exterior é revestido em granito e cimento brusco e conta com portas, portais e grades em ferro com motivos que imitam folhas e frutos de café. Já no interior, deslumbrantes pisos, pilastras e escadarias em mármores importados dividem espaço com belos lustres, afrescos e vitrais.

Além de estar vinculado historicamente às atividades aduaneiras, o edifício tem ocupação e localização estratégicas para as atividades da Receita Federal. Fica na área portuária, próximo ao canal do Porto, e permite acesso por mar aos vários terminais sob jurisdição e responsabilidade da Alfândega. A localização também facilita o embarque e desembarque de tripulação das lanchas patrulha da Receita Federal, viabilizando as ações ágeis de vigilância e repressão aduaneiras.

FONTE: Receita Federal gov.br
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/noticias/2024/dezembro/alfandega-da-receita-federal-em-santos-celebra-90-anos-de-seu-edificio-sede-e-inaugura-novo-museu

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Revolução nos céus: aeroporto árabe promete transformar a aviação mundial

A Arábia Saudita embarcou em um projeto monumental: o desenvolvimento do Aeroporto Internacional King Salman na capital, Riad.

Previsto para ser concluído em 2030, este projeto aspira a revolucionar a aviação não apenas em termos de logística, mas também como um motor de crescimento econômico para a região. Esse aeroporto visa aumentar a conectividade global da cidade, com a capacidade de atender dezenas de milhões de passageiros anualmente. A expectativa é que ele seja um marco na geração de novos empregos e no estímulo ao comércio e turismo locais, consolidando sua importância para a economia saudita.

O Diferencial Arquitetônico e Cultural

O design do aeroporto, criado pelo conceituado Foster + Partners, pretende unir modernidade e tradição, refletindo a rica herança cultural da Arábia Saudita em sua infraestrutura. A proposta é criar um ambiente que ofereça conforto e eficiência, sem deixar de homenagear o patrimônio do país.

A vasta área de implementação também prevê elementos residenciais e comerciais, transformando o local em mais do que um aeroporto, mas uma cidade dentro da cidade, ideal para estimular o desenvolvimento urbano sustentável.

Impactos Económicos e Sociais Esperados para Riad

A construção do Aeroporto Internacional King Salman promete ser um facilitador crucial do crescimento econômico. A expectativa é que ele atraia investimentos, gere milhares de empregos e sustente o crescimento demográfico esperado para Riad nas próximas décadas, aumentando a relevância da cidade no cenário global.

Além disso, ao melhorar a infraestrutura de transporte, o aeroporto garantirá que Riad esteja bem equipada para lidar com o aumento no fluxo de turistas e negócios internacionais, estimulando um ambiente propício para novas oportunidades econômicas.

Iniciativas Semelhantes no Cenário Mundial

Globalmente, a transformação dos aeroportos em complexos multifacetados é uma tendência crescente. Exemplos notáveis incluem o Aeroporto Internacional do Mar Vermelho e o novo hub aeroportuário na Polônia, ambos projetados para atender a demandas além do transporte, incorporando aspectos culturais e comerciais.

Essas iniciativas refletem uma mudança na funcionalidade dos aeroportos, agora vistos como plataformas para inovação e intercâmbio cultural, tendência esta que o novo aeroporto em Riad também adota.

A Importância dos Aeroportos na Aviação Moderna

No atual cenário, os aeroportos evoluíram de ser meros pontos de chegada e partida para se tornarem centros de negócios e cultura. Projetos como o Aeroporto Internacional King Salman exemplificam essa nova era, onde a infraestrutura aeroportuária tem papel vital na transformação urbana e na conexão entre economias mundiais.

FONTE: Terra Brasil Noticia

Revolução nos céus: aeroporto árabe promete transformar a aviação mundial

 

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GH Solucionador Logístico investe 12 milhões e oferece estrutura completa e expande para o setor automobilístico, máquinas e equipamentos

A GH Solucionador Logístico, um dos principais operadores de Santa Catarina, está realizando um serviço pioneiro no estado denominado PDI (Pre-Delivery Inspection Checklist).

Um serviço logístico completo que atende desde a chegada dos veículos, máquinas e equipamentos nos portos brasileiros, até a entrega nas concessionárias, após a emissão de nota fiscal de venda. Está em operação desde o segundo semestre de 2024 para atender a operação de uma importante montadora chinesa do setor automobilístico.

Segundo o diretor comercial, José Roberto Neves Filho, já existem projetos em andamento que entrarão em operação nos próximos meses para atender também o setor de máquinas. “O PDI é a terceira divisão de negócios da GH, que prevê reduzir em até 25%, os custos de serviços das concessionárias e de armazenagem para os importadores.

Com a criação do PDI, a GH disponibiliza uma estrutura completa que atende todas às necessidades logísticas de grandes importadores do País. “Com investimentos de R$ 12 milhões na estrutura de armazenagem localizada próxima ao Porto de Itajaí, contamos com um espaço de 15 mil metros quadrados”, explica Neves.

Como funciona?

Após a chegada de caminhões, veículos e máquinas nos Portos de Santa Catarina, a equipe de operação da GH retira a carga e a traz para o galpão localizado nas proximidades. “A partir disso, descarregamos, armazenamos, montamos, pintamos, deixando-os prontos para serem enviados às concessionárias.

“Os caminhões chegam desmontados em contêineres e precisam ir para um showroom da loja, que muitas vezes não tem estrutura logística. “Então, colocamos em prática toda a estrutura de testes e checagens. Depois, os caminhões só vão para as concessionárias, após a emissão de nota fiscal da venda para o cliente”.

Hoje, atendemos o setor de caminhões e veículos importados e a intenção é atender o setor de maquinários. Inicialmente, a estrutura física é localizada próxima ao Porto de Itajaí e, futuramente, a empresa terá novas estruturas em Garuva (SC) e no estado de São Paulo”, explica o diretor comercial.

Benefícios e diferenciais

  1. Equipe treinada para atender cada tipo de negócio;
  2. Elimina custos com locação de espaço para armazenagem e oficinas;
  3. Gestão completa via sistema WMS, com checklist fotográfico, proporciona rastreabilidade e transparência em cada etapa.
  4. Garantia a qualidade dos veículos, desde a descarga até a montagem de peças desmontadas de origem.
  5. Equipe especializada realiza uma inspeção rigorosa e monta itens como retrovisores, para-choques e extintores, assegurando que cada veículo esteja pronto para entrega.
  6. Checklist fotográfico, garantindo máxima eficiência e qualidade no transporte automotivo.
  7. Serviço PDI é pioneiro em Santa Catarina;
  8. Conferência de modelos e chassis e verificação possíveis avarias;
  9. Garantia da conformidade com a documentação, marcação do número do chassi nos vidros;
  10. Aumento da rastreabilidade e da segurança.

Saiba mais sobre a GH Solucionador Logístico

Em 2011, a GH Solucionador Logístico nasceu em Itajaí (SC) com forte atuação no transporte rodoviário de cargas (lotação). Em 2019, conquistou vários clientes para serviços logísticos. A empresa possui três sócios-fundadores que somam 50 anos de experiência na logística brasileira.

Com 10 filiais estrategicamente localizadas em diferentes estados brasileiros, a GH está em constante expansão no setor de operações logísticas. Das 10 filiais, 8 são especializadas em transporte rodoviário, oferecendo eficiência e agilidade no deslocamento de cargas por todo o país. Além disso, 2 filiais se destacam como Operadores Logísticos de alta performance, integrando armazenagem, distribuição e gestão de mercadorias, os números refletem a grandeza da operação: em 2023, a GH realizou 12 mil entregas e movimentou 300 mil toneladas de cargas. Para 2024, a expectativa é de superar 20 mil entregas e 450 mil toneladas movimentadas. 

A GH desenvolve cerca de 20 ações e projetos com base em conceitos em ESG, assim como compensação dos gases poluentes das operações logística, ações sociais para o benefício das comunidades e segue requisitos de qualidade e segurança.

No quesito ambiental, hoje segue diretrizes do Programa de Logística Verde Brasil que reúne empresas que desenvolvem iniciativas para reduzir o impacto ambiental de suas operações. Investe em tecnologias de motorização que utilizam GNV e biometano que emitem menor quantidade de poluentes no meio ambiente.
Em relação à qualidade dos serviços prestados ao mercado, possui as certificações SASSMAQ (transporte de produtos perigosos), ISO 9001 (qualidade), ISO 14000 (Gestão Ambiental) e 45001 (Saúde e Segurança).

 

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Sindimec-Joinville é terceiro colocado em premiação da CNI

Sindicato inscreveu o case do Programa Selo Confiança SINDIMEC, que tem como objetivo formalizar mais indústrias do setor metalmecânico; prêmio foi entregue nesta quarta-feira, 27, durante o Encontro Nacional da Indústria, em Brasília.

O programa Selo Confiança, do Sindicato Patronal da Indústria Mecânica de Joinville e Região (Sindimec), foi reconhecido nacionalmente no Prêmio de Excelência Sindical, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) entregou na quarta-feira, 27.

O projeto do Sindimec ficou em terceiro lugar na premiação que ocorreu em Brasília, durante a programação do Encontro Nacional da Indústria, o ENAI. O Selo de Confiança é uma ação de apoio às empresas do setor para obtenção da certificação de três selos, de categoria bronze, prata e ouro, na modalidade Ambiental, Administrativa e de Prevenção de Incêndio. O objetivo é destacar as empresas legalizadas junto aos órgãos: Prefeitura, Corpo de Bombeiros e SAMA/IBAMA; estimular a continuidade e manutenção da conformidade legal e dar suporte com profissionais específicos da área.

O presidente do Sindimec, Márcio Plácido Constantino, recebeu a premiação das mãos do presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. “Essa vitória é reflexo do comprometimento, da inovação e da paixão que todos os envolvidos colocaram neste projeto, que foi criado para fortalecer as empresas do setor, contribuindo para a conformidade legal e a sustentabilidade”, explica Constantino.

Para Danusa Costa Lima, chefe de gabinete da presidência da CNI, o prêmio celebra a conquista e o compromisso dessas entidades com o fortalecimento do associativismo. “Ficamos muito animados com o expressivo número de participantes, especialmente com a qualidade e a diversidade das iniciativas. Esse sucesso demonstra a capacidade dessas entidades de buscar soluções para os desafios do mundo moderno”, afirmou.

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau (SIMMMEB SC), também esteve entre os finalistas da categoria Sindicatos para concorrer ao prêmio, com o case SIMMMEB Digital. O projeto BI de Gestão Sindical, da Federação das Indústrias de SC (FIESC), também foi um dos 12 finalistas, na categoria Federações.

Conheça os vencedores 
Categoria Federação: 
1º lugar: Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) – Redes
2º lugar: Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIBRA) – Hub da Indústria
3º lugar: Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) – Indústria Sustentável: Programa de Certificação – Selo ESG-FIEC

Categoria Sindicato 
1º lugar: Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Paraná Norte) – ConstruHub
2º lugar: Sindicato das Empresas de Extração de Areia do Estado de Goiás (Sindiareia) – Projeto Peso Certo, Preço Justo
3º lugar: Sindicato Patronal da Indústria Mecânica de Joinville e Região (Sindimec) – Programa Selo Confiança SINDIMEC

Com informações da CNI 

FONTE: FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/sindimec-joinville-e-terceiro-colocado-em-premiacao-da-cni

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Diálogos regulatórios internacionais: webinar aborda harmonização de requisitos técnicos para produtos farmacêuticos

Encontro será no dia 2 de dezembro, às 15h. Participe!

Anvisa irá realizar um webinar para apresentar os avanços alcançados pelos Grupos de Trabalho do Conselho Internacional de Harmonização de Requisitos Técnicos para Produtos Farmacêuticos de Uso Humano (International Council for Harmonisation of Technical Requirements for Pharmaceuticals for Human Use – ICH).

O encontro virtual será na próxima segunda-feira (2/12), às 15h. Para participar, basta clicar no link abaixo, no dia e horário agendados. Não é preciso fazer cadastro prévio.

Dia 2/12, às 15h – Webinar: Diálogos regulatórios internacionais

Webinar

É um seminário virtual que tem como objetivo fortalecer as iniciativas de transparência da Anvisa, levando conteúdo e conhecimento atualizado ao público. A transmissão é via web e a interação com os usuários é feita em tempo real, por um chat realizado durante o evento.

Confira a página específica de webinares realizados pela Agência.

FONTE: ANVISA
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2024/dialogos-regulatorios-internacionais-webinar-aborda-harmonizacao-de-requisitos-tecnicos-para-produtos-farmaceuticos

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Acordo Mercosul-União Europeia será ganha-ganha, diz Alckmin

Em evento sobre desenvolvimento industrial, ministro afirmou que programa Depreciação Acelerada será ampliado para contemplar mais setores

Em debate sobre política industrial, nesta terça-feira (26), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se mostrou otimista com as negociações para o acordo entre Mercosul e União Europeia, reforçando o impacto positivo esperado para o comércio exterior.

“Estamos muito otimistas. Esse será um acordo ganha-ganha, importante para a União Europeia, Mercosul e para o Brasil. Ele trará um impulso estratégico para o multilateralismo e para a inserção competitiva do Brasil no mercado global”, disse Alckmin. Ele destacou que a Bolívia se tornou membro do bloco sul-americano e o acordo comercial com Singapura.

No evento promovido pelo BNDES e a Folha de São Paulo, que reuniu lideranças do setor, acadêmicos e empresários para discutir desafios e perspectivas para o crescimento industrial no Brasil, o ministro também destacou avanços estratégicos em diferentes áreas da indústria brasileira, impulsionados pela Nova Indústria Brasil (NIB), lançada pelo governo federal no início do ano.

“Não há como ter um país de renda mais alta sem uma indústria forte, consolidada e inovadora. Então, a primeira tarefa foi estabelecer a Nova Indústria Brasil, com seis missões”, afirmou o ministro, ao apresentar os temas das missões, que definem diretrizes para posicionar a indústria brasileira como uma força global, sustentável e competitiva.

Modernização de máquinas

O vice-presidente também informou que o programa de renovação de máquinas Depreciação Acelerada será ampliado, com a inclusão de novos setores. O programa permite que empresas depreciem bens de capital em dois anos, reduzindo custos e incentivando a modernização industrial.

“Isso reduz o custo das máquinas e equipamentos, estimula a competitividade e eleva a produtividade. A boa notícia é que estamos ampliando o alcance do programa para mais setores, com valores maiores, e o presidente Lula deve assinar o decreto nos próximos dias”, afirmou.

O vice-presidente mencionou, ainda, iniciativas para descarbonização, como o fortalecimento da bioeconomia, o aumento na mistura de biodiesel e a promoção de combustíveis sustentáveis para aviação (SAF). Ele também destacou esforços para tornar o Brasil mais competitivo no comércio exterior, como o Portal Único, que promete reduzir o custo Brasil em R$ 40 bilhões por ano.

“O Brasil vive um bom momento. Reforma tributária aprovada, agora sendo regulamentada, o arcabouço fiscal vai ser cumprido, nós teremos o lançamento das medidas de contenção de gastos, medidas de melhor eficiência na área da despesa, para poder cumprir rigorosamente o arcabouço fiscal”, ressaltou o ministro.

Ele frisou, ainda, que os investimentos anunciados por diferentes setores produtivos brasileiro. “Chegamos a quase R$ 1,5 trilhão o que mostra confiança no Brasil, geração de emprego, geração de renda”, concluiu.

FONTE: MDIC.gov
https://www.gov.br/mdic/pt-br/assuntos/noticias/2024/novembro/acordo-mercosul-uniao-europeia-sera-ganha-ganha-diz-alckmin

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Presidente chinês troca cartas e elogios com projeto social do RJ

Antes das cartas, jovens da Orquestra Forte de Copacabana tinham se apresentado em Pequim, para o vice-presidente

O presidente chinês Xi Jinping respondeu à carta recebida da Orquestra Forte de Copacabana, projeto social que atende 28 jovens periféricos no Rio de Janeiro.
Márcia Melchior, diretora da Orquestra, havia entregado a primeira correspondência em mãos, em Pequim, ao embaixador brasileiro na China, Marcos Galvão. Não tinha esperança de receber resposta.

A carta de uma página foi entregue durante as comemorações dos 50 anos de relações comerciais entre Brasil e China, em setembro. Os jovens da Orquestra Forte de Copacabana estavam na cidade chinesa para três apresentações. Desde 2019, eles são patrocinados pela China National Offshore Oil Corporation (CNOOC), petrolífera do governo chinês.

Comemorações dos 50 anos das relações China-Brasil. No centro, vice-presidente chinês; à esquerda, embaixador brasileiro; ao seu lado, diretora da Orquestra Forte de Copacabana.

“Comecei a agradecer, o que eu ia falar?”
Durante as apresentações em Pequim, a diretora da Orquestra Forte de Copacabana foi chamada para conversar com o vice-presidente do país, Han Zheng.

“Fui pega de surpresa. Era para discursar para ele, imagina. Passaram a palavra para mim, não estava preparada. Comecei a agradecer, o que eu ia falar?”.

Segundo Márcia Melchior, o vice-presidente “ficou muito feliz de saber que uma empresa chinesa estava investindo em responsabilidade social, o quanto era importante a ajuda para as crianças do Brasil, que cultura é a base da educação”.

Han Zheng assistiu a uma das apresentações da Orquestra Forte de Copacabana acompanhado de diplomatas e ministros no Diaoyutai State Guest House, “um lugar luxuosíssimo, onde só o governo recebe”, conta a diretora.
Resposta do presidente chinês veio antes do G20. Após quinze dias em Pequim, a Orquestra Forte de Copacabana voltou ao Rio de Janeiro, no final de setembro. Em outubro, foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Nesse período, a República Popular da China recebeu centenas de cartas do Brasil, conforme informou o próprio Xi Jinping, em texto assinado na Folha de S. Paulo, em 16 de novembro, um dia antes de desembarcar para o G20 no Rio de Janeiro.

Na longa narrativa, ele menciona de passagem a carta da Orquestra do Forte de Copacabana, mas não informa que a respondeu. A resposta havia chegado para a diretora do projeto social dois dias antes, em 14 de novembro. Foi uma das quatro cartas respondidas por Xi Jinping, entre as centenas de mensagens recebidas do Brasil pelos 50 anos de relações comerciais com a China, e por causa do G20.

O que diz a carta?
O governo chinês não autoriza a divulgação da carta. Segundo a diretora da Orquestra, a mensagem curta e formal de Xi Jinping lembra da viagem que fez ao Brasil em 1996, agradece pelas décadas de relações comerciais e culturais, compara as grandezas naturais dos dois países e convida a passear mais na China. Antes da dar a resposta à carta, o presidente chinês havia citado a Orquestra Forte de Copacabana em uma entrevista coletiva em seu país.

“Aí os jornalistas da China inteira ficaram me ligando direto, fazendo entrevistas de madrugada, por causa do fuso horário”, conta Márcia Melchior.

Quando chegaram para o G20, “passou a ser de manhã, de tarde, de noite e de madrugada. Foram dez dias atendendo a imprensa chinesa”, diz a diretora da Orquestra, que concedeu mais de 40 entrevistas.

Serviço:
Próxima apresentação da Orquestra Forte de Copacabana

Comemoração pelo título de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro e pelo Mês da Consciência Negra

Data: 30 de novembro de 2024, sábado

Horário: 18h

Local: Alameda do Forte de Copacabana – Praça Cel. Eugênio Franco, 1, Posto 6.

60 minutos. Grátis. Livre.

Fonte: Terra
https://www.terra.com.br/visao-do-corre/pega-a-visao/presidente-chines-troca-cartas-e-elogios-com-projeto-social-do-rj,95efb1b302fb20fdff2c07f3892fcdacofg3lhl7.html

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Alta demanda na temporada de verão faz Aeroporto de Navegantes operar 24h

Aeroporto de Navegantes confirma que vai operar 24h durante a temporada de verão, a fim de suprir alta demanda

O Aeroporto Internacional de Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, vai operar 24 horas entre os dias 17 de dezembro de 2024 e 2 de fevereiro de 2025. De acordo com a CCR Aeroportos, que administra o terminal, a medida será necessária para absorver a alta demanda de voos extras. O total de pousos e decolagens de voos comerciais neste período deve passar de 2,5 mil.
A concessionária espera cerca de 360 mil embarques e desembarques nessas datas, 20% a mais que na alta temporada de verão anterior, quando foram registrados aproximadamente 300 mil.

“O número que registramos entre o fim de 2023 e o início de 2024 já tinha sido muito bom. Superar essa marca é uma demonstração do bom trabalho desenvolvido pelo trade turístico da região e de uma estratégia bem-sucedida da administradora do aeroporto junto às companhias aéreas”, avalia Graziella Delicato, Gerente Executiva de Negócios Aéreos da CCR Aeroportos.

As três grandes companhias aéreas que operam no mercado doméstico brasileiro vão incrementar e criar rotas para Navegantes neste período. A Latam aumentará o número de voos partindo dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas (São Paulo).
Já a Gol, do Galeão (Rio de Janeiro) e de Congonhas e a Azul, além de ampliar a frequência partindo de Campinas (Viracopos), implementará rotas temporárias partindo de Recife, Vitória, Confins (Belo Horizonte) e Galeão. Com a alta demanda prevista, o Aeroporto de Navegantes vai implementar uma operação especial para funcionar 24 horas durante o período de 17 de dezembro a 2 de fevereiro.

Força-tarefa faz aeroporto de Navegantes operar 24h

Ela será possível graças aos esforços da própria concessionária e de órgãos anuentes. “São muitas áreas envolvidas para garantir esse funcionamento em horário especial. A NAV Brasil, por exemplo, mobilizou equipes de outras localidades para atender esta demanda e construímos juntos com os demais órgãos, lojistas e município um bom planejamento para assegurar a melhor experiência possível para o passageiro”, explica Sadi Peixoto, Gerente do Aeroporto de Navegantes.

Litoral Norte em festa na temporada de verão

A operação especial do Aeroporto de Navegantes para absorver a alta demanda de voos extras e passageiros durante a alta temporada anima o trade turístico da região, que conta com atrações desejadas por brasileiros de todas as partes do país, como o Beto Carrero World, Balneário Camboriú, Bombinhas e Itapema.

“A ampliação do funcionamento do Aeroporto de Navegantes para 24 horas será fundamental para atender ao crescimento da demanda de turistas, especialmente com a nova rota que ligará o Nordeste ao nosso litoral. A proximidade e a eficiência desse aeroporto como porta de entrada são essenciais para o desenvolvimento do turismo local e fortalece nosso destino como uma das principais escolhas para as férias, impulsionando o turismo e movimentando a economia de toda a Costa Verde & Mar”, comenta Andrezza Negrini, presidente do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau.

FONTE: Nd mais
Temporada de verão faz Aeroporto de Navegantes operar 24h

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Balanço da força-tarefa do B20 sobre transformação digital é positivo

Fernando de Rizzo, executivo da Tupy que liderou o grupo temático, explica que o G20 adotou boa parte das recomendações do setor produtivo para esse pilar

Com o desafio de inserir 2,6 bilhões de pessoas no universo digital, a força-tarefa do pilar transformação digital do B20 conseguiu aprovar com o G20 boa parte das recomendações do grupo para políticas públicas. A afirmação é do CEO da Tupy, Fernando de Rizzo, que liderou a força-tarefa composta por 165 lideranças do setor privado, representando 23 países e 13 setores da economia mundial.

“Temos um problema fundamental quando o tema é a transformação digital: o acesso é muito desigual e limitado, o que favorece o aprofundamento de desigualdades”, explicou Rizzo na última sexta-feira, 22, quando apresentou um balanço da iniciativa aos membros da diretoria da Federação das Indústrias de SC (FIESC).

Após 15 reuniões e muita conversa para alcançar consenso, a força-tarefa definiu três tendências para focar suas recomendações e propostas. A primeira delas foi atingir conectividade universal para indivíduos e empresas. Para isso, o grupo do B20 propôs aos governos dos 20 países mais ricos do mundo acelerar os investimentos em infraestrutura de conexão, reduzir as disparidades nas habilidades digitais, investindo na capacitação, e ainda promover a transformação digital em micro, pequenas e médias empresas. As duas primeiras foram aceitas e incorporadas ao documento final do G20 Brasil.

Cibersegurança é uma das preocupações da força-tarefa do B20 Brasil e rendeu 2 recomendações. (Foto: Filipe Scotti)

A segunda tendência escolhida como prioridade foi proteger indivíduos e organizações e promover confiança digital. Segundo ele, leva 277 dias para que se identifique e resolva um ataque digital, ao custo de US$ 4,5 milhões por ataque. Assim, a força-tarefa colocou a cibersegurança como destaque nas propostas, que incluíram melhorar a ação cibernética internacional e avançar no fluxo livre de informações com segurança, esta aceita pelo G20.

Como terceira prioridade, a força-tarefa escolheu explorar de maneira responsável o potencial transformador da inteligência artificial, com a proposta de fortalecer a colaboração internacional e escalar frameworks pró-inovação baseados em gestão de risco para o desenvolvimento, implantação e governança responsáveis da IA. “Hoje, as discussões governamentais em torno da IA estão focadas em nos defender da inteligência artificial, o que pode limitar as possibilidades de uso. O objetivo da recomendação, que foi aceita, era unir forças e harmonizar essas políticas”, afirmou Rizzo.

O B20 é composto por representantes do setor produtivo, que se reúne em forças-tarefas temáticas para propor políticas públicas para os governantes do G20.

FONTE: FIESC Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
Balanço da força-tarefa do B20 sobre transformação digital é positivo | FIESC

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Brasil quer ‘futuro compartilhado’ com China, mas sem a Nova Rota da Seda

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping firmaram ontem uma declaração conjunta em que elevam o status da relação entre os dois países a uma “Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável”.

Os dois líderes assinaram 37 tratados em diferentes áreas. Entretanto, Xi não conseguiu de Lula a adesão total do Brasil ao projeto que ele pretende deixar como legado: a chamada “Nova Rota da Seda”, ou “Cinturão e Rota”. A adesão integral brasileira poderia causar mal-estar com os Estados Unidos.

Na prática, o Planalto pretende mudar o perfil de sua relação com a China, passando de mero exportador de commodities a um parceiro com integração financeira e a participação de suas indústrias nas cadeias de produção industriais chinesas. O fato de Xi ter firmado um comunicado que diz que o status da parceria foi elevado sinaliza, ao menos em tese, uma boa vontade dos chineses. O nome escolhido mescla o “Futuro Compartilhado”, usado por Xi Jinping para definir parcerias estratégicas com nações amigas, com um “tempero brasileiro”, formado por políticas relacionadas à liderança que Lula pretende exercer no palco global.

Lula recebeu Xi ontem em Brasília em uma visita de Estado – mais pomposa que as visitas oficiais. Eles tiveram reuniões no Palácio da Alvorada e, depois, jantaram no Palácio Itamaraty, sede da diplomacia brasileira.

“Estou confiante de que a parceria que o presidente Xi e eu firmamos hoje excederá expectativas e pavimentará o caminho para uma nova etapa do relacionamento bilateral”, disse Lula em declaração à imprensa no Alvorada.

Xi, por sua vez, afirmou que a relação bilateral está “em seu melhor momento”. E que“a China está disposta a trabalhar com o Brasil para substanciar constantemente a comunidade de futuro compartilhado China-Brasil e defender firmemente o verdadeiro multilateralismo”.

“Juntos vamos emitir a voz alta da nova era de buscar desenvolvimento, cooperação e justiça, em vez de pobreza, confrontação e hegemonia, e vamos construir  um mundo melhor”, afirmou.

Diferentemente do que desejavam os chineses, o Brasil decidiu não aderir à iniciativa conhecida como “Nova Rota da Seda”, ou “Cinturão e Rota”. Em vez disso, concordou em usar na declaração conjunta o termo “sinergia”, para integrar a iniciativa chinesa a programas de infraestrutura como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Plano Nova Indústria Brasil.

Com a elevação das relações “a um novo patamar”, diz o texto, “as partes concordaram em estabelecer sinergias estratégicas entre a Iniciativa Cinturão e Rota e as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como o Programa de Aceleração do Crescimento, o Plano Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana”.

Isso servirá “para impulsionar a atualização e o melhoramento da qualidade da cooperação entre os dois países, promover os processos de modernização do Brasil e da China, e contribuir positivamente para a interconectividade e desenvolvimento sustentável regionais”.

Marca do governo Xi, a “Nova Rota da Seda” foi criada em 2013 com o objetivo de aproximar a China do resto do mundo com investimentos em infraestrutura. Mas vem ganhando contornos militares e geopolíticos nos últimos anos, sobretudo com iniciativas em áreas disputadas, como o mar do Sul da China. Segundo fontes do Planalto, a não adesão do Brasil tem caráter simbólico, evitando enviar sinais ruin spara os EUA, parceiro considerado importante.

O comunicado diz ainda que “o Brasil apoia a China a transformar-se em um grande país moderno em todos os aspectos e promover a revitalização da nação chinesa em todas as frentes através do caminho chinês para a modernização”. Em contrapartida,“a China apoia o Brasil a trilhar seu caminho de desenvolvimento justo, inclusivo, sustentável e livre da fome e da pobreza, e faz votos de novos êxitos de desenvolvimento econômico e social para o Brasil”.

“No processo de estabelecimento de sinergias estratégicas entre o Brasil e a China, as duas partes promoverão prioritariamente a cooperação estratégica em áreas como finanças, infraestrutura, desenvolvimento de cadeias produtivas, investimentos, transformação ecológica, ciência, e tecnologia e inovação”, diz o texto.

Lula e Xi assinaram ainda 37 novos atos bilaterais. Foram firmadas cooperações em diversas áreas como agricultura, tecnologia nuclear, captação de recursos em bancos estatais, troca de experiências entre TVs públicas, bioeconomia, regulação de pesticidas, satélites e regras de normatização.

No âmbito financeiro, os países assinaram um contrato de captação entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o China Development Bank (CDB). Na área de ciência e inovação, foram firmados memorandos de cooperação em bioeconomia, indústria fotovoltaica, tecnologia nuclear e telecomunicações via satélite. Sobre desenvolvimento sustentável foram firmados memorandos sobre transformação ecológica e desenvolvimento sustentável na mineração.

A área agrícola teve o maior número de atos firmados. Foram estabelecidos protocolos fitossanitários para exportação de uvas, requisitos para a inspeção e quarentena para a exportação de gergelim, regras para a importação de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado, e normas para exportação de sorgo do Brasil para a China.

Foram assinadas também uma carta de intenções para promover a cooperação técnica, científica e comercial no setor agrícola e um memorando de entendimento sobre tecnologia e regulação de pesticidas.

E foi firmado um plano de ação na área de saúde para os anos de 2024 a 2026, e um memorando de fortalecimento do turismo. Ainda foram assinados atos de cooperação audiovisual e um acordo de cooperação técnica entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a China Media Group (CMG), conglomerado de mídia estatal do país asiático.

Os países assinaram também um acordo de Cooperação entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Administração Estatal para Regulação do Mercado (Administração Nacional de Normalização) da China (SAMR/SAC).

A China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil. Entre 2003, primeiro ano do mandato Lula 1, e o ano passado, as trocas entre os dois países subiram de US$ 6,6 bilhões para US$ 157,5 bilhões. As exportações brasileiras para a China são, atualmente, quase o triplo dos embarques para os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do país.

O gráfico abaixo revela o progresso das importações de contêineres provenientes da China nos portos brasileiros entre janeiro de 2021 e setembro de 2024. Os dados são do DataLiner.

Importações de contêineres provenientes da China | Jan 2021 – Set 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Na avaliação do professor de Relações Internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e da Fundação Getulio Vargas (FGV) Vinícius Rodrigues Vieira, esse é, de fato, o melhor momento das relações entre Brasil e China.

“Parece que o Brasil conseguiu uma certa horizontalidade nas relações [bilaterais]”,afirma.

Vieira acredita que existem hoje mais chances de os laços entre os dois países prosperarem, mas pondera que as promessas de investimento chineses no Brasil vêm desde o primeiro governo Lula.

“Vejo, no contexto atual, mais chances. Mas não algo que está dado. É porque o Brasil é um grande mercado consumidor, e a China precisa fazer a roda da sua economia girar, e está tendo dificuldades domesticamente”, argumenta.

Para Vieira, a estratégia do Brasil de não aderir à Rota da Seda, mas assinar dezenas de acordos, também indica uma posição de barganha do Brasil com o Ocidente, como outras potências intermediárias, a exemplo de Turquia e Nigéria, têm feito.

“Vale muito mais a aposta de o Brasil se aproximar da China para ver o que o Ocidente tem a lhe oferecer em troca”, diz, acrescentando que já houve movimentação semelhante quando Lula foi à China e a Europa buscou aproximação. “Aderir à Rota mostraria um alinhamento político explícito [com a China].”

Fonte: Valor Econômico
Brasil quer ‘futuro compartilhado’ com China, mas sem a Nova Rota da Seda | Brasil | Valor Econômico

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