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DeepSeek provoca fortes perdas em ações de empresas vinculadas à IA

Desde o lançamento, os modelos R1 e V3 conquistaram uma onda de consumidores que levaram a DeepSeek ao topo da Apple App Store no fim de semana

A startup chinesa DeepSeek lançou na semana passada um chatbot de inteligência artificial (IA) generativa comparável aos modelos da OpenAI – ou até superior em algumas performances – e com recursos menores, utilizando chips menos avançados. Desde o lançamento, os modelos R1 e V3 conquistaram uma onda de consumidores que levaram a DeepSeek ao topo da Apple App Store no fim de semana, além de alcançarem o topo em rankings de chatbots IA.

A rápida ascensão do novo modelo de IA chinês de poucos recursos, mas alta performance, assustou o setor de tecnologia em escala global nesta segunda-feira (27). Na Ásia, o tombo de 8% do SoftBank – banco japonês que integra o projeto Stargate dos EUA – pesou sobre a Bolsa de Tóquio, que encerrou em perda de quase 1%.

Na Europa, os índices acionários são pressionados pelas ações de tecnologia e, em Wall Street, o futuro do Nasdaq perde mais de 4%, com salto de 47% do índice de volatilidade VIX – uma espécie de termômetro do medo. Analistas consultados pelo Wall Street Journal apontam que essa ascensão rápida levanta questões sobre os gastos elevados de big techs americanas para financiar seus modelos de IA e coloca em xeque a valorização elevada de ações de fabricantes de chips.

Segundo a empresa, treinar o R1 custou US$ 5,6 milhões, valor que exclui gastos com pesquisa e desenvolvimento, mas que é significativamente menor em comparação com a faixa de US$ 100 milhões a US$ 1 bilhão citada no ano passado pelo CEO da rival americana Anthropic para criar um modelo parecido.

Na semana passada, a OpenAI e a Oracle também se comprometeram a investir bilhões de dólares na iniciativa Stargate para impulsionar o setor de IA nos EUA.

A DeepSeek também disse em um relatório técnico que usou um cluster de mais de 2 mil chips Nvidia para treinar seu modelo V3, em comparação com dezenas de milhares de chips que normalmente são usados para treinar modelos de tamanho semelhante.

Os chips também são menos avançados do que os de concorrentes, frente ao aumento de sanções dos EUA sobre exportações de semicondutores para a China.

FONTE: CNN Brasil
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Energia granulada e concentrada

Produção de pellets de madeira cresceu em Santa Catarina por causa da demanda europeia e o apelo ambiental. Indústrias agora buscam desenvolver mais o mercado interno.

Uma nova fonte energética aqueceu o mercado europeu nos últimos anos. Utilizados na indústria para geração de energia térmica ou elétrica, em substituição ao carvão, lenha e combustíveis fósseis, e também em lareiras ou fogões nas residências, os pellets de madeira ganharam a simpatia do Velho Mundo por suas qualidades ambientais e custo mais baixo que outras fontes energéticas. Feitos com biomassa vegetal seca, triturada e compactada, possuem aspecto granulado, assemelhando-se à ração animal, mas alimentam mesmo é o fogo, com bastante eficiência.

Por terem baixa umidade, possuem o dobro da densidade energética da madeira bruta. Emitem menos gases de efeito estufa na combustão, na comparação com combustíveis fósseis, e ainda podem ser considerados neutros em carbono, porque os gases emitidos na queima são capturados durante o crescimento das árvores. Devido a essas qualidades os pellets se tornaram uma commodity energética que pode ser transportada por longas distâncias, uma vez que a quantidade de combustíveis fósseis necessários para o transporte é bem inferior ao seu próprio conteúdo energético.

Na Europa, o consumo duplicou nos últimos anos, chegando a um ápice de 35 milhões de toneladas em 2021, de acordo com a organização Bioenergy Europe. Como a produção no continente não consegue suprir a demanda, indústrias do setor de madeira de Santa Catarina vislumbraram uma excelente oportunidade de negócios. Não apenas pelo novo mercado, mas pelo aproveitamento de resíduos do processo produtivo. “O pellet é uma forma inteligente de uso de subprodutos florestais”, diz Mauro Murara Júnior, diretor executivo da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR). “Porém, sua produção só se viabiliza onde há concentração de indústrias que geram resíduos como serragem e pedaços de madeira de pequenas dimensões”, afirma.

É o caso de Santa Catarina, onde se concentra um terço da área plantada com árvores de pinus no Brasil, que por sua vez alimentam grande número de indústrias dedicadas à fabricação de móveis, portas e molduras de madeira, entre outros produtos. Antes, os resíduos eram utilizados nas próprias fábricas, nas caldeiras, para geração de energia térmica. Mas passou a ser mais interessante secar e compactar o material na forma de pellets, caminho tomado pelas principais indústrias do setor de Santa Catarina. Em todo o Brasil, entre 2012 e 2021 a produção saltou de 57 mil para 700 mil toneladas, de acordo com o Anuário ACR 2022. Os estados da Região Sul concentram a maior parte da produção e também das exportações.

As vendas para países europeus cresceram a uma média de 76% ao ano, atingindo seu auge em 2021, o que coincidiu com a invasão da Ucrânia pela Rússia. Algumas das consequências da guerra foram a interrupção do fornecimento de gás natural da Rússia para a Europa e o aumento generalizado dos preços da energia. O cenário fez disparar a procura por pellets de madeira, levando o preço para os exportadores brasileiros ser multiplicado ao longo do ano. A alta demanda fez surgir novos empreendimentos pelo Brasil, elevando a oferta da mercadoria.

Desde então, entretanto, o que se viu foi uma queda consistente no consumo de pellets na Europa, devido a uma combinação de fatores que incluiu temperaturas mais altas, mudança de hábitos dos consumidores, que reduziram o consumo de energia, e o maior uso de combustíveis fósseis pela indústria. Entre 2021 e 2023 o consumo de pellets foi reduzido em cerca de 15%, para 30 milhões de toneladas, interrompendo um movimento de crescimento ininterrupto de duas décadas. “O mercado aprecia a sigla ESG e o marketing relacionado à sustentabilidade dos combustíveis renováveis, mas, na prática, não está disposto a pagar mais por isso. A sensibilidade aos preços ainda se sobrepõe ao apelo ambiental dos pellets de madeira”, explica Henrique Klaumann, diretor da Koala Energy, de Rio Negrinho.

Klaumann: sensibilidade aos preços se sobrepõe a apelo ambiental dos pellets – Foto: Divulgação

Granjas | A Koala Energy, que an­teriormente produzia molduras de madeira para o mercado norte-ame­ricano, iniciou a fabricação de pellets em 2005. Desde então, sua dedicação aos pellets como carro-che­fe dos negócios, em vez de tratá-los como um mero subproduto, se destacou. Atualmente possui capacidade para produzir 100 mil toneladas anuais. Para enfrentar as flutuações do mercado internacional, a Koala busca desenvolver novas soluções para o mercado interno, que consome atualmente 30% do volume produzido.

No Brasil, uma das aplicações mais comuns dos pellets de madeira é nas granjas vinculadas às agroindústrias, onde são utilizados para aquecer aviários, substituindo a lenha. Esta alternativa gera economia e proporciona conforto e eficiência aos produtores, uma vez que a lenha não mantém temperaturas constantes, exigindo atenção integral. Para atender a este e a outros mercados, como indústrias, hotéis, hospitais e clubes, a Koala passou a oferecer sistemas completos de aquecimento, incluindo a fabricação própria de trocadores de calor e lareiras, além do desenvolvimento de projetos personalizados para os clientes.

Sistema de aquecimento da Koala: soluções customizadas para mercado interno – Foto: Divulgação

“No mercado interno, raramente fornecemos apenas os pellets. Quase todo o nosso volume é garantido por soluções customizadas que desenvolvemos ao longo dos anos”, afirma Klaumann. Um exemplo é o projeto criado para o Oceanic Aquarium, em Balneário Camboriú, que abriga mais de 100 espécies de animais marinhos em 25 recintos diferentes. A água precisa ser aquecida à temperatura exata em cada ambiente. Além de garantir uma maior precisão térmica, a solução da Koala resultou em uma economia de energia de cerca de 30% em comparação ao sistema anteriormente utilizado, segundo o empresário.

Combustão mais limpa

Principais características dos pellets de madeira

Alta densidade energética | liberam grande quantidade de energia por unidade de massa quando queimados, sendo eficientes para geração de calor e energia elétrica.

Baixo teor de umidade | resulta em combustão mais limpa e eficiente, com pouca produção de fumaça e cinzas.

Baixo teor de enxofre | emissões de óxidos de enxofre reduzidas, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar.

Homogeneidade | possuem tamanho e forma padronizados, resultando em combustão uniforme e eficiente.

Sustentabilidade | utilizam resíduos da indústria madeireira e podem ser considerados neutros em carbono, que é capturado com o crescimento das árvores.

Logística | são compactos e podem ser facilmente armazenados e transportados em grandes quantidades.

FONTE:  FIESC
Energia granulada e concentrada | FIESC

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Houthis do Iêmen mirarão apenas navios ligados a Israel após acordo sobre Gaza

Os Houthis do Iêmen limitarão seus ataques a navios comerciais vinculados a Israel, desde que o cessar-fogo em Gaza seja plenamente implementado, afirmou o Centro de Coordenação de Operações Humanitárias (HOOC).

O HOOC, com sede em Sanaa, que atua como intermediário entre as forças Houthi e operadores de transporte marítimo comercial, e é associado ao comando militar Houthi, declarou que está suspendendo as “sanções” contra navios de propriedade de indivíduos ou entidades dos Estados Unidos ou Reino Unido, bem como navios que naveguem sob suas bandeiras.

“Reiteramos que, em caso de qualquer agressão contra a República do Iêmen pelos Estados Unidos da América, pelo Reino Unido ou pela entidade israelense usurpadora, as sanções serão restabelecidas contra o agressor”, afirmou o grupo em um e-mail enviado a autoridades da indústria de transporte marítimo em 19 de janeiro.

“Vocês serão informados prontamente sobre tais medidas caso sejam implementadas.”

O HOOC declarou que os Houthis interromperão os ataques a navios vinculados a Israel “após a implementação total de todas as fases do acordo”.

Muitas das maiores empresas de transporte marítimo do mundo suspenderam viagens pelo Mar Vermelho e desviaram seus navios para o sul da África para evitar ataques.

Os Houthis, apoiados pelo Irã, realizaram mais de 100 ataques a navios desde novembro de 2023, afundaram dois, apreenderam outro e mataram pelo menos quatro marinheiros.

Eles têm como alvo o sul do Mar Vermelho e o Golfo de Áden, conectados pelo estreito Bab al-Mandab, um ponto estratégico entre o Chifre da África e o Oriente Médio.

O Hamas libertou três reféns israelenses em Gaza, enquanto Israel libertou 90 prisioneiros palestinos no domingo, primeiro dia de um cessar-fogo que suspendeu uma guerra de 15 meses.

CAUTELA

Executivos das indústrias de transporte marítimo, seguros e varejo disseram à Reuters na semana passada que não estavam prontos para retornar à rota comercial do Mar Vermelho devido à incerteza sobre a continuidade dos ataques dos Houthis.

Um porta-voz do grupo alemão de transporte marítimo Hapag-Lloyd afirmou na segunda-feira que a empresa ainda está monitorando a situação, acrescentando: “Retornaremos ao Mar Vermelho quando for seguro fazê-lo.”

Os Houthis têm atacado navios nos últimos meses com base em informações desatualizadas, disse Jakob Larsen, diretor de segurança da associação de transporte marítimo BIMCO.

“Nos últimos meses, eles fizeram várias reivindicações falsas sobre ataques bem-sucedidos, o que prejudicou um pouco sua credibilidade”, afirmou ele na segunda-feira.

“Supondo que o cessar-fogo se mantenha e que os EUA também se abstenham de usar a força, espera-se que as empresas de transporte marítimo gradualmente retomem as operações pelo Mar Vermelho.”

Os seguradores também aguardam viagens-teste para determinar se os prêmios de risco de guerra irão diminuir, disseram fontes de mercado na segunda-feira, pedindo anonimato.

Os prêmios mais altos de seguro de risco de guerra, pagos quando navios navegam pelo Mar Vermelho, resultaram em custos adicionais de centenas de milhares de dólares para uma viagem de sete dias para qualquer navio que ainda navegue pela área.

Os Houthis mantêm o navio Galaxy Leader, com bandeira das Bahamas, e seus 25 tripulantes, que foram capturados por comandos da milícia em águas internacionais em novembro de 2023.

“Os filipinos, mexicanos, romenos, búlgaros e ucranianos que estavam a bordo estão desesperados para sair do Iêmen”, afirmaram o proprietário do navio, Galaxy Maritime Ltd, e o gerente STAMCO Ship Management na segunda-feira.

“Alguns foram hospitalizados com malária e só se pode imaginar o estado mental em que se encontram.”

Reportagem de Jonathan Saul em Londres, reportagem adicional de Elke Ahlswede em Düsseldorf; edição de Gareth Jones, Mark Heinrich e Barbara Lewis

Fonte: Reuters
Houthis do Iêmen mirarão apenas navios ligados a Israel após acordo sobre Gaza – DatamarNews

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Fórum Econômico começa em Davos: veja os temas que devem dominar o evento que reúne a elite da economia global

O Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), tem início nesta segunda-feira, 20, com a reunião da elite econômica mundial na cidade de Davos, nos Alpes Suíços.

O evento é considerado o mais importante para debater o futuro da economia global e do desenvolvimento dos países, com a expectativa de receber quase 3.000 líderes de mais de 130 países, incluindo 60 chefes de Estado e de governo.

Em 2024, o Brasil foi representando pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Este ano, uma comitiva ministerial iria representar o governo, porém houve uma desistência de última hora após a convocação da primeira reunião interministerial do ano. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, será, então, a principal autoridade brasileira presente.

Outras autoridades confirmadas incluem a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a do Banco Central Europeu, Christine Lagarde; o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres; e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que discursará virtualmente.

O Fórum mais badalado para se tratar da economia mundial não é, no entanto, um espaço deliberativo. Criado em 1971 como uma organização sem fins lucrativos pelo economista alemão Klaus Schwab, o evento pretende antes reunir políticos, empresários e acadêmicos para discutir soluções para os principais problemas globais.

“O evento acaba ocorrendo em um momento de incertezas econômicas globais, com destaque para as tensões geopolíticas e as estratégias monetárias de potências como os EUA, que podem afetar o comércio e o câmbio global”, afirma o analista da Ouro Preto Investimentos, Sidney Lima. ” Para o Brasil, o foco será em como o país pode se adaptar às novas realidades do mercado financeiro e suas relações comerciais.”

Confira alguns temas em pauta em 2025:

Custos humanos e financeiros das guerras

Pesquisa divulgada pela própria organização na semana passada indicou que os conflitos armados são o principal risco em 2025 e devem ocupar boa parte dos debates. A informação foi divulgada pela Reuters, segundo a qual o estudo ouviu 900 especialistas, entre acadêmicos, formuladores de política e empresários.

Em seu site oficial, o Fórum de Davos reuniu dados de diferentes institutos sobre os impactos das guerras: mortes de civis cresceram 30% entre 2023 e 2024. Mais de 200 mil pessoas foram mortas e 120 milhões foram forçadas a se deslocar devido a conflitos. Os gastos militares dispararam neste contexto para mais de US$ 2,4 trilhões.

O presidente ucraniano Volodimir Zelenski deverá participar presencialmente do encontro, segundo informações do Deutsche Welle. O jornal destacou ainda os eventos organizados pela fundação Ukraine House. ““Se a Ucrânia cair, os perigos chegarão até você rapidamente. Sua segurança será prejudicada, sua economia, sua prosperidade e suas chances de viver a vida que deseja – tudo isso será posto em risco”, escreveu a fundação em comunicado.

Outro conflito relevante envolve a situação da faixa de Gaza que, apesar de ter chegado a um acordo de cessar-fogo no último final de semana, deixou para trás uma catástrofe humanitária cujos custos ainda não estão totalmente calculados. Em maio do ano passado, a ONU já falava em US$ 40 bilhões.

O aguardado choque de Donald Trump

O encontro será ainda um dos primeiros compromissos políticos de Donald Trump após tomar posse como presidente dos Estados Unidos pelo seu segundo mandato nesta segunda-feira, 20. O recém-empossado chefe de estado, no entanto, já confirmou que fará sua participação apenas de forma online em uma reunião na quarta-feira, 23.

O retorno de Donald Trump é outro dos tópicos que devem dominar as discussões em Davos, devido às ameaças do novo presidente de ampliar sua guerra comercial e impor sanções a diferentes países. Entre os alvos mencionados por ele em discursos estão a China, União Europeia, México, Índia e até mesmo o Brasil.

Pobreza global

Confederação formada por 21 organizações não governamentais (ONGs) de combate à pobreza, a Oxfam publica anualmente relatórios sobre a questão da desigualdade na véspera de Davos. Os dados em 2025 seguem alarmantes.

De acordo com a Oxfam, o 1% mais rico da população mundial detém atualmente 45% da riqueza global, enquanto 44% da humanidade vive com menos de 6,85 dólares (R$ 41,5) por dia. Além disso, o relatório aponta que as taxas de pobreza global praticamente não sofreram alterações desde 1990.

FONTE: Isto é dinheiro
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Puxadas pela celulose, exportações cresceram 25% em MS

As exportações da indústria de transformação de Mato Grosso do Sul cresceram 25% de janeiro a novembro de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, totalizando um aumento de US$ 4,74 bilhões para US$ 5,93 bilhões em valor e de 7,66 milhões de toneladas para 8,54 milhões de toneladas em volume.

Os principais produtos exportados incluem celulose, carne bovina, farelos de soja e açúcares.

Em novembro de 2024, houve um aumento de 21,34% no valor total exportado, apesar de uma queda de 3,2% na produção industrial em relação ao mesmo mês do ano anterior. O setor de transformação, responsável por grande parte da movimentação econômica do estado, registrou um crescimento acumulado de 7,4% no ano, enquanto as indústrias extrativas enfrentaram uma retração significativa.

Entre os destaques, a fabricação de celulose, papel e produtos de papel apresentou alta de 5,8% no acumulado do ano. Já o segmento de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis registrou crescimento de 4,8% no acumulado anual e 5,4% nos últimos 12 meses.

Os dados são da Carta de Conjuntura da Indústria de janeiro de 2025, divulgada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), com base na PIM-PF (Pesquisa Industrial Mensal) do IBGE.

O bom desempenho está alinhado à liderança de produtos como celulose, carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, farelos de soja, açúcares e melaços, e gorduras e óleos vegetais.

Somente em novembro de 2024, a indústria sul-mato-grossense, na totalização de seus setores, registrou alta de 21,34% no valor total exportado, saindo de US$ 5,09 bilhões para US$ 6,17 bilhões. Já a produção industrial no período teve queda de 3,2% em comparação ao mesmo mês de 2023.

O setor de transformação é responsável por boa parte da movimentação econômica de Mato Grosso do Sul e registrou crescimento de 7,4% no acumulado do ano.

As indústrias extrativas tiveram retração de 23% no acumulado do ano e de 22,6% nos últimos 12 meses.

Fonte: Aconteceu MS
Puxadas pela celulose, exportações cresceram 25% em MS — AconteceuMS

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Regimes aduaneiros especiais: quais são e como ajudam a reduzir custos no comércio exterior

No mundo do comércio exterior, a redução de custos é um objetivo comum entre todas as empresas. Assim, os regimes aduaneiros especiais surgem como ferramentas essenciais para otimizar operações de importação e exportação.

Esses regimes proporcionam vantagens fiscais e condições diferenciadas, fortalecendo a competitividade das empresas brasileiras no cenário global. Além de permitirem, também, a maior previsibilidade financeira, o que é essencial para um planejamento estratégico eficiente.

Neste artigo, vamos explorar os principais regimes aduaneiros especiais disponíveis no Brasil, como o Drawback e o Recof, além de destacar suas principais vantagens e como podem ajudar sua empresa.

O que são regimes aduaneiros especiais?
Os regimes aduaneiros especiais são instrumentos legais que permitem uma flexibilização no pagamento de tributos em operações no comércio exterior. Eles incluem isenções, suspensões ou reduções de impostos para empresas que atendam a determinados requisitos e regras estabelecidas pela legislação.

Essa medida tem como principal objetivo estimular a competitividade das empresas, dispensando a taxa tributária das operações de importação e exportação além de promover a integração das empresas brasileiras no mercado internacional.

Dentre os principais benefícios dos regimes aduaneiros especiais estão a possibilidade de adiamento do pagamento de tributos e a redução da carga tributária sobre insumos importados e exportados. Esse é um diferencial estratégico para empresas que atuam no comércio global.

Principais regimes aduaneiros disponíveis no Brasil

No Brasil, existem diversos regimes aduaneiros especiais que atendem às necessidades de diferentes segmentos de negócios e tipos de operações. Vamos explorar alguns dos mais relevantes aqui.

Drawback
O Drawback é um dos regimes aduaneiros especiais mais utilizados no Brasil. Ele permite a isenção ou a suspensão da taxa tributária, como o Imposto de Importação, IPI, PIS, entre outros, sobre os insumos importados que serão utilizados na produção de bens destinados à exportação.

Especialmente vantajosa para indústrias que trabalham com grande volume de importação de insumos, essa modalidade ajuda a reduzir os custos tributários e aumenta a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Recof e Recof-Sped
O Recof (Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado) e o Recof-Sped são regimes voltados para empresas industriais. Eles permitem a importação e a aquisição no mercado interno de insumos com suspensão de tributos, desde que sejam destinados à industrialização de produtos que serão exportados.

Eles são ideais para as empresas que buscam maior flexibilidade e controle sobre suas operações tributárias. Além disso, oferecem integração com sistemas digitais, simplificando muito os processos de controle e auditoria.

Admissão Temporária
A Admissão Temporária permite a importação de bens com suspensão total ou parcial de tributos, desde que retornem ao exterior após um período determinado.

Muito utilizado por empresas que necessitam de equipamentos ou materiais para eventos, feiras, congressos ou para a realização de projetos temporários no Brasil, já que ele elimina o custo tributário de importação para bens que não permanecerão no país.

Entreposto Aduaneiro
O Entreposto Aduaneiro é um regime que permite o armazenamento de mercadorias em recintos alfandegados com suspensão de tributos. Essas mercadorias podem ser manipuladas, divididas ou reembaladas antes de serem destinadas ao mercado interno ou exportadas.

Ele é ideal para aquelas empresas que trabalham com grandes volumes de importação e exportação, oferecendo maior flexibilidade na gestão de estoques e de logística internacional.

Como esses regimes ajudam a reduzir custos no comércio exterior
A adoção de regimes aduaneiros especiais se torna eficaz para reduzir os custos tributários e aumentar a competitividade da sua empresa no comércio exterior, além de aumentar os seus lucros.Com eles é possível evitar o pagamento antecipado de tributos, reduzir a carga tributária sobre insumos e otimizar o fluxo de caixa. Com isso o preço final dos produtos também sofre influência, tornando-os mais competitivos no mercado.
Os regimes aduaneiros especiais permitem, também, uma maior previsibilidade e gestão sobre os custos operacionais, além de garantir o cumprimento das obrigações legais com maior facilidade. São essenciais para empresas que buscam expandir suas operações no comércio internacional. Além disso, o despacho aduaneiro é fundamental para a aplicação eficaz desses regimes, pois garantem que as mercadorias sejam adequadamente liberadas e que todas as etapas sejam realizadas conforme as normas vigentes.
Por fim, os regimes aduaneiros especiais podem ser grandes aliados estratégicos para as empresas que desejam crescer no cenário internacional. Entender suas especificidades e, assim, aplicar as soluções adequadas pode ser o diferencial que sua empresa precisa para reduzir custos e ganhar competitividade.

FONTE: advanced Corretora
Regimes aduaneiros especiais: quais são e como ajudam

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Atualizações regulatórias e seus impactos na cadeia de suprimentos para o setor da saúde

A Unia, empresa especializada em logística integrada para a indústria farmacêutica, oferece soluções que garantam segurança, conformidade e eficiência na cadeia de suprimentos para o setor da saúde.

Atuando desde 1998, a Unia busca atender às necessidades específicas de importadores e exportadores em um mercado altamente regulado e em constante transformação. 

Alexandre Alencar, CFO e Sócio-Diretor da Unia, ressalta a relevância da logística integrada para o transporte de produtos farmacêuticos.
“Nosso compromisso é assegurar a conformidade regulatória, a rastreabilidade e a agilidade em todas as etapas da operação logística, reduzindo riscos e maximizando resultados para nossos clientes”, afirma. 

Um dos principais diferenciais da Unia é a visibilidade aduaneira, que reduz riscos e eleva a eficiência nas operações de importação. A empresa oferece monitoramento em tempo real, assegurando visibilidade completa em todas as etapas do processo — do embarque à entrega final ao cliente — com total conformidade às exigências dos órgãos reguladores. 

Outro ponto essencial da atuação da Unia é o acompanhamento contínuo das atualizações regulatórias, que impactam diretamente a cadeia de suprimentos de produtos para saúde. Essas mudanças, muitas vezes complexas, demandam soluções personalizadas e alinhadas às necessidades do setor, oferecendo aos clientes uma resposta ágil e adaptada às novas exigências. 

Citação: Com uma trajetória sólida, a Unia reforça sua posição como parceira estratégica para empresas da indústria farmacêutica e de produtos para saúde, enfrentando os desafios regulatórios e operacionais com inovação e expertise. 

Resumo:
“Nosso compromisso é garantir conformidade regulatória, rastreabilidade e agilidade, reduzindo riscos e potencializando resultados.” destaca Alencar. 

 

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Chile promove avanços no Corredor Rodoviário Bioceânico

O Governo do Chile realizou a segunda sessão da Comissão de Alto Nível para o Desenvolvimento do Corredor Rodoviário Bioceânico.

Este projeto busca fortalecer a conexão comercial entre Chile, Paraguai, Argentina e Brasil; posicionar os portos de Antofagasta e Tarapacá como pontos-chave para o fluxo de mercados entre o Pacífico e o Atlântico.

O Corredor Rodoviário Bioceânico visa consolidar a infraestrutura logística; facilitando o comércio não apenas com os países da América do Sul, mas também com as economias da Ásia-Pacífico. Durante a reunião, liderada pelo ministro da Economia, Nicolás Grau, e com a participação de ministros, governadores e autoridades, foram definidos avanços e um plano de ação para acelerar o desenvolvimento do projeto.

Entre os temas discutidos, destacam-se a coordenação transfronteiriça, o fornecimento de infraestrutura portuária e rodoviária e oportunidades de negócios para as regiões do norte do Chile. O ministro das Relações Exteriores, Alberto Van Klaveren, destacou a importância de uma coordenação efetiva com Brasil, Paraguai e Argentina; Já o ministro dos Transportes, Juan Carlos Muñoz, destacou o potencial do Chile como porto estratégico para a alimentação no Brasil.

Este projeto representa uma oportunidade para aumentar a competitividade do Chile no comércio internacional; consolidando o seu papel como parceiro confiável na região.

FONTE: Todo Logística News
Chile promove avanços no Corredor Rodoviário Bioceânico – TodoLOGISTICA NEWS

 

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Política Industrial vai alavancar R$ 2,2 trilhões em investimentos

Plano Mais Produção passa de R$ 300 bi para R$ 507 bi com aportes de novas instituições; BNDES aprovou R$ 7,9 bilhões para empresas catarinenses em 2024 até novembro

Florianópolis, 15.01.25 – Os financiamentos aprovados dentro do Plano Mais Produção – que concentra as linhas de crédito da política industrial brasileira – e do programa Mover, vão alavancar R$ 2,2 trilhões em investimentos das empresas financiadas até 2029. A estimativa é da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o BNDES, principal fonte de recursos do Plano, foram aprovados R$ 171,1 bilhões em 133,5 mil projetos no acumulado de 2024 até novembro. Desse montante, R$ 7,9 bilhões foram aprovados para empresas de SC, em 8,9 mil projetos. No estado, os financiamentos atenderam empresas de todos os portes, com R$ 4,1 bilhões para grandes, R$ 2,7 bilhões para médias e R$ 755,1 milhões para pequenas e R$ 328,5 milhões para microempresas.

Somam-se a esses números os R$ 19,9 bilhões aprovados pela Finep para 1,8 mil projetos de inovação em todo o Brasil. O programa Mover propiciou R$ 19,3 bilhões em créditos financeiros no período.

“Os investimentos vieram na esteira do impulso pelo consumo, mas foram turbinados pela política industrial. No entanto, para 2025, as taxas de juros altas representam um desafio hercúleo à política industrial”, afirma o economista-chefe da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Pablo Bittencourt. De acordo com ele, até o terceiro trimestre de 2024, os investimentos avançaram 6,6% em relação ao mesmo período de 2023, impulsionando a economia.

Além do BNDES, Finep e Embrapii, instituições como BNB, BASA, Caixa Econômica e Banco do Brasil também vão disponibilizar recursos ao Plano Mais Produção, elevando o volume de crédito dos iniciais R$ 300 bilhões anunciados pelo governo para US$ 507 bilhões.

FONTE: FIESC
Política Industrial vai alavancar R$ 2,2 trilhões em investimentos | FIESC

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Com foco na indústria de móveis, FIESC lança o SC Day USA

Missão será de 23 de abril a 1° de maio, na cidade de High Point, localizada no estado da Carolina do Norte, onde é realizada a maior feira de móveis do mundo
Florianópolis, 15.01.25 – Com foco na indústria moveleira, a Federação das Indústrias de SC (FIESC) lançou o SC Day USA, que será realizado de 23 de abril a 1° de maio, na cidade de High Point, no estado da Carolina do Norte. A iniciativa é promovida em parceria com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (AMCHAM) e prevê a participação na High Point Market, a maior feira de móveis do mundo. Além disso, estão programadas rodadas de negócios estrategicamente articuladas, participação em seminários técnicos na Universidade de High Point, visitas técnicas a indústrias locais e capacitação setorial.

“O principal destino das exportações catarinenses são os Estados Unidos, mas podemos ampliar a nossa participação no comércio internacional. Dada a qualidade que a nossa indústria moveleira possui, há um grande potencial para expandir as vendas internacionais”, disse o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, lembrando que os Estados Unidos são o maior mercado consumidor do mundo e o principal mercado importador de móveis de Santa Catarina.

Em sua apresentação, a diretora de negócios internacionais da AMCHAM, Camila Moura, explicou que High Point é a capital mundial dos móveis e sedia a High Point Market — maior evento do setor no mundo, com a participação de 75 mil visitantes de 100 países. “O Brasil tem um grande potencial no setor moveleiro e os Estados Unidos são o maior comprador do mundo na área. Existe um espaço e ele pode ser ocupado por empresas brasileiras e catarinenses”, afirmou.

“Estamos muito animados com o lançamento da missão. Essa é uma ação concreta de promoção comercial num setor em que Santa Catarina é muito competitiva”, disse o CEO da AMCHAM, Abrão Neto.

“O mercado norte-americano tem uma particularidade: compra produtos de alto valor agregado”, afirmou a presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, salientando que a imersão à High Point vai promover a interação entre os fabricantes catarinenses e os fabricantes locais, além da aproximação com os compradores internacionais.

As inscrições para participar da missão estão abertas, mas as vagas são limitadas. Acesse fiesc.com.br/scday, confira os detalhes da programação e inscreva-se.

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