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Internacional, Mercado Internacional

Tarifaço de Trump pode influenciar em acordo entre União Europeia e Mercosul

Avaliação é do economista Ricardo Amorim, diante da entrada em vigor das novas tarifas impostas pelo presidente americano

Os conflitos econômicos entre Estados Unidose a China, bem como outros países, à exemplo da Rússia e Ucrânia, têm beneficiado o Brasil e a América Latina. Segundo análise do economista Ricardo Amorim, o acordo entre União Europeia e Mercosul pode sair após 25 anos de tratativas entre o segundo semestre de 2025 e o primeiro semestre de 2026.

Palestrante do primeiro dia da Feira Brasileira de Sementes (Febrasem), em Rondonópolis, nesta quarta-feira (11), a perspectiva da assinatura do acordo decorre da possibilidade de no próximo dia 9 de julho novas tarifas impostas pelos Estados Unidos entrarem em vigor para a União Europeia entrar em vigor.

“O que bloqueia esse acordo até hoje é o protecionismo do produtor na Europa, mas, fundamentalmente, em três países: Áustria, Polônia e França”.

De acordo com Ricardo Amorim, a Áustria já teria se posicionado que “pode aprovar isso amanhã”, assim como a Polônia.

“O último é a França, mas vai acontecer. A França é um barril de pólvoras, particularmente, em volta de Paris. Se de fato no dia 9 de julho a tarifa que o Trump prometeu que colocaria entrar em vigor e o preço dos alimentos começarem a subir pesadamente na Europa, a popularidade dos governos lá vai despencar”.

Ainda segundo a análise do especialista, “na hora em que o Macron falar entre o pescoço dele e o produtor francês vai ter: ‘agricultor sinto muito, eu vou proteger o meu pescoço nessa brincadeira’”.

Brasil grande país emergente de risco zero

Atualmente existem 165 países emergentes e o Brasil nos últimos meses se tornou o único com risco geopolítico perto de risco zero no mundo.

Outro fator diante dos conflitos econômicos e geopolíticos vividos hoje, uma vez que há cerca de um ano investidores começaram a retirar dinheiro da China em eminência da reeleição do presidente Donald Trump e a promessa de endurecer as questões comerciais com a gigante da Ásia.

“A Rússia já estava em guerra e a Índia entrou há cerca de duas semanas. Só sobrou o Brasil. O resumo da ópera é simples. Vai entrar investimento no Brasil, que por sua vez vai gerar emprego, porque estamos ganhando de WO. ‘Ah, está tudo as mil maravilhas no Brasil’. Muito longe disso. É só que não está pior”, pontuou Ricardo Amorim.

Conforme o economista, entender o Brasil, entender a economia brasileira hoje, requer entender o conceito do “é o que temos para hoje”.

Diante do cenário atual brasileiro e mundial, Ricardo Amorim conclui que o “agro vai crescer em volume e receita mais do que se imagina”, uma vez que diversos países estão mirando os olhos para o Brasil, bem como a economia nacional vai crescer, “apesar dos muitos problemas que o país tem, lembrando que existem fases, então vamos aproveitar a boa fase”.

Além disso, ressaltou a importância do uso da tecnologia para as tomadas de decisões. “Da mesma forma que a tecnologia de sementes faz toda a diferença, a tecnologia geral também faz”.

Fonte: CNN Brasil

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Comércio Exterior, Internacional

Secretária do MDIC reafirma compromisso com assinatura do Acordo Mercosul-União Europeia

Em Bruxelas, Tatiana Prazeres aprofunda diálogo comercial e reitera caráter mutuamente benéfico do acordo

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), Tatiana Prazeres, cumpre agenda nesta semana em Bruxelas com o objetivo de reafirmar o compromisso do Brasil a favor da assinatura do acordo comercial com a União Europeia e ampliar o diálogo em temas estratégicos para o comércio exterior brasileiro.

No encontro desta quinta-feira (12/6) com a diretora-geral da Direção-Geral do Comércio (DG Trade) da Comissão Europeia, Sabine Weyand, a secretária destacou a importância da assinatura do acordo de parceria Mercosul–União Europeia ainda neste ano.

Também foram abordados temas regulatórios de grande relevância para o setor produtivo brasileiro, como a Regulação Europeia Antidesmatamento (EUDR), entre outros assuntos da agenda bilateral.  Participou também do encontro o embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, Representante Permanente do Brasil junto à União Europeia.

Segundo Tatiana Prazeres, esta é uma janela de oportunidade que precisa ser aproveitada. “O acordo com a União Europeia é estratégico para todos os países envolvidos e representa um passo importante na diversificação de mercados e na valorização do comércio baseado em regras claras e previsíveis”, afirmou.

Fórum

A agenda institucional foi complementada pela participação da secretária no Brussels Forum 2025, principal conferência anual promovida pelo German Marshall Fund of the United States (GMF).

No painel “Guerras Comerciais e uma Nova Ordem Econômica Americana: Implicações para a Europa e o Mundo?”, realizado na quarta-feira (11/6), Tatiana Prazeres dividiu o palco com autoridades e lideranças empresariais para debater os impactos das tensões geoeconômicas e suas repercussões para o comércio internacional, aproveitando para reforçar a importância do acordo entre os dois blocos no atual cenário externo. 

Ela também participou de evento paralelo voltado à competitividade econômica e à construção de estratégias para enfrentar os desafios impostos pelas transformações tecnológicas e geopolíticas.

Fonte: GOV – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Comércio Exterior, Exportação, Investimento, Negócios, Portos

Movimento de veículos cresce 7% nos portos secos de fronteira da Multilog

Responsável pela operação de cinco portos secos de fronteira e por uma parcela significativa do fluxo rodoviário de importação e exportação do Brasil com o Mercosul, a Multilog registrou em maio o recorde mensal do ano, com 37.839 movimentações de veículos, um crescimento de 7% em relação ao mês anterior e de 22% em relação a maio de 2024.

O Porto Seco de Dionísio Cerqueira contabilizou a melhor marca mensal da unidade e do ano, com 2.427 saídas de veículos em maio, número 6% acima de abril. Em relação a maio de 2024, o aumento foi de 36%. A nova infraestrutura construída e inaugurada pela Multilog em dezembro de 2023, bem como as inúmeras melhorias realizadas na unidade alfandegada, contribuíram para os resultados obtidos, que foram impactados também pela regra estadual (TTD – Tratamento de Tributo Diferenciado) que incentiva o ingresso de mercadorias por Dionísio Cerqueira.

Outras três unidades registraram recorde no ingresso de veículos este ano. O Porto Seco de Jaguarão (RS), com 2.958 saídas de veículos em maio, cresceu 13% em comparação ao mês anterior e 25% sobre maio do ano passado. A unidade de Uruguaiana, também no Rio Grande do Sul, teve movimentação de 14.090 caminhões, 11% acima de abril e 33% superior a maio do ano passado. No Porto Seco de Foz do Iguaçu (PR), o maior da América Latina, o aumento foi de 4% no mês, com 17.476 saídas de caminhões e 14% superior a maio de 2024.

Já o Porto Seco de Santana do Livramento (RS), teve movimentação de 888 caminhões em maio, uma queda de apenas 2% em relação a abril e de 13% em relação a maio de 2024.

“Conquistamos em maio os melhores resultados do ano, e isto evidencia que os constantes investimentos em nossa operação têm permitido oferecer mais e melhores serviços aos nossos clientes, além de contribuir para o crescimento do comércio exterior entre os países do Mercosul”, finaliza Francisco Damilano, gerente geral de Operações das Fronteiras da Multilog.

Fonte: DatamarNews

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Comércio Exterior, Internacional, Mercado Internacional

As ameaças comerciais de Trump impulsionam o avanço do acordo entre o Mercosul e a EFTA

Ministra das Relações Exteriores da Noruega diz ao Valor que o aumento do protecionismo global acelera negociações com o bloco sul-americano, enquanto o Brasil mira anúncio em julho.

Enquanto o governo do presidente Lula busca acelerar a ratificação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, outro tratado de livre comércio pode avançar nas próximas semanas. Trata-se das negociações entre o bloco sul-americano e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), composta por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, iniciadas em janeiro de 2017.

Com governo Lula acelerando acordo com a UE, tratado entre Mercosul e EFTA pode avançar até julho

Enquanto o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha para acelerar a ratificação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, outro tratado de livre comércio pode avançar nas próximas semanas: o acordo entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), composta por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, cujas negociações começaram em janeiro de 2017.

Em entrevista ao Valor em Oslo, o ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, afirmou que as negociações devem ser concluídas até o verão europeu. Segundo ele, a Noruega apoia fortemente o acordo com os países sul-americanos.

“Somos entusiastas desse acordo, realmente esperamos consegui-lo. Estamos trabalhando muito para finalizá-lo neste verão, junto com nossos parceiros da EFTA”, disse Eide.

O diplomata norueguês e cientista político falou com o Valor na última sexta-feira (6), antes de apresentar a nova estratégia climática da Noruega para o período de 2025 a 2030. De acordo com ele, as ameaças comerciais do ex-presidente dos EUA Donald Trump têm impulsionado acordos bilaterais como os entre Mercosul, EFTA e União Europeia. Segundo Eide, as medidas de Trump desafiam a igualdade de condições estabelecida pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

“Sempre quisemos esse acordo, mas agora queremos ainda mais por causa da ameaça de guerras comerciais e do que Trump está fazendo com o comércio global. Isso desafia as regras estabelecidas pela OMC. Por isso, precisamos de mais acordos bilaterais ou inter-regionais”, afirmou.

No Brasil, diplomatas envolvidos nas negociações esperam que o acordo Mercosul–EFTA esteja pronto para ser anunciado na próxima cúpula do Mercosul, marcada para os dias 2 e 3 de julho, em Buenos Aires.

Mesmo que as negociações terminem no próximo mês, o processo para que o acordo entre em vigor ainda será longo: o texto precisa passar por revisão legal, aprovação parlamentar em todos os países-membros e ratificação pelos respectivos chefes de Estado. Esse é o estágio atual do acordo Mercosul–UE, cujas negociações foram encerradas em dezembro de 2024.

Suíça e Noruega são as principais economias da EFTA. O bloco tem um PIB combinado de US$ 1,4 trilhão e população de 14,3 milhões. A EFTA já assinou 29 acordos comerciais com países ao redor do mundo e iniciou as tratativas com o Mercosul em 2017. Em 2019, os dois blocos chegaram a um acordo preliminar não vinculante, mas as conversas estagnaram. As negociações foram retomadas em abril de 2024, em um processo semelhante ao que ocorreu com a UE.

Segundo fontes do Itamaraty, o acordo ganhou importância estratégica após a pandemia, além de refletir as novas restrições comerciais globais e a guerra tarifária iniciada por Trump. “É um cenário em que o Mercosul se torna um mercado mais atrativo para parcerias”, disse um diplomata brasileiro sob condição de anonimato.

Desde então, os países discutem compromissos climáticos—sobretudo exigências ambientais europeias—bem como regras sobre compras governamentais e outros temas. Segundo o Valor apurou, esses pontos já estão em grande parte resolvidos.

Dois temas seguem em negociação. O mais complexo envolve as chamadas regras de origem—um conjunto de normas que determinam se um produto pode ser considerado originário de um país-membro. “Acredito que são questões solucionáveis. E o momento político é favorável porque os benefícios são muitos”, afirmou Eide.

Fontes diplomáticas em Brasília disseram que o Mercosul apresentou uma nova proposta sobre o tema, que está sendo analisada pela EFTA e deverá receber resposta em breve.

A questão é especialmente sensível para a EFTA, dada a proximidade geográfica e os fluxos produtivos entre países vizinhos. Produtos fabricados na Suíça ou na Noruega podem passar por etapas de produção em países vizinhos, o que pode comprometer sua elegibilidade sob as regras tradicionais de origem.

Outra negociação em andamento, envolvendo Brasil e Suíça, trata de direitos de propriedade intelectual. “É uma questão de propriedade intelectual—patentes, direitos sobre padrões. Ainda está pendente, mas está sendo tratada diretamente entre Brasil e Suíça”, explicou Eide.

Os dois países discutem desde patentes farmacêuticas—uma indústria-chave na Suíça—até a proteção do queijo gruyère, originário da cidade suíça homônima, mas produzido por diversas empresas brasileiras.

De acordo com Eide, a Noruega concorda com o texto atual e está confiante de que os demais países resolverão os pontos pendentes. “Estamos de acordo com o texto. Agora esperamos pela Suíça, mas também incentivamos tanto a Suíça quanto nossos parceiros do Mercosul a avançarem”, disse.

Outro possível obstáculo é que a Suíça pode realizar um referendo interno para ratificar o acordo, como já fez em outros casos. A questão do desmatamento na Amazônia pode pesar contra o Brasil, especialmente porque alguns países da UE tentaram barrar o acordo Mercosul–UE vinculando a agricultura brasileira à degradação ambiental.

Ainda assim, fontes diplomáticas no Brasil e na Europa veem sinais de avanço. Um exemplo foi a visita da secretária de Estado para Assuntos Econômicos da Suíça, Helene Budliger Artieda, ao Brasil no mês passado, quando se reuniu com o assessor especial de Lula para relações exteriores, Celso Amorim, entre outros.

O objetivo do acordo é ampliar o comércio entre os blocos. Em 2024, o comércio entre o Brasil e os países da EFTA somou US$ 7,1 bilhões. As exportações brasileiras foram de US$ 3 bilhões—principalmente ouro, produtos químicos como óxido de alumínio, café, soja, carnes e alimentos processados.

As importações chegaram a US$ 4 bilhões, compostas sobretudo por produtos farmacêuticos e químicos orgânicos, máquinas e equipamentos, petróleo e gás, além de pescados. As exportações do Brasil são voltadas principalmente para Suíça e Noruega; as importações vêm, em sua maioria, da Suíça.

O chanceler norueguês ressaltou que o acordo também beneficiará o Brasil com a importação de fertilizantes do país nórdico, reduzindo a dependência da Europa Oriental. A Noruega é um dos principais produtores mundiais do insumo.

“Acho que, para o Brasil, o benefício específico é que a Noruega é uma grande produtora de fertilizantes, e fertilizante é importante para o Brasil. E a maior parte do que vocês usam é importada. Um acordo de livre comércio com a EFTA facilitaria o acesso ao nosso produto, reduzindo a dependência da Rússia e da Bielorrússia hoje”, afirmou Eide.

Ex-ministro do Meio Ambiente da Noruega (2021–2023), Eide também comentou suas expectativas para a COP30, que será realizada em Belém, especialmente diante da saída dos EUA do Acordo de Paris.

“É muito triste que os EUA estejam saindo do Acordo de Paris”, disse. “Mas também devemos reconhecer que, com Trump lá dentro, eles tentariam bloquear todas as decisões. Estando fora, ao menos não têm poder sobre os resultados.”

O ministro ressaltou que estados norte-americanos como Califórnia e Illinois continuam comprometidos com o acordo climático, mesmo sem apoio federal. “Não devemos superestimar a importância de Trump aqui. Ele causa estragos em instituições internacionais. Mas, ao deixá-las, também perde essa capacidade”, afirmou.

Ao mesmo tempo, enfatizou que países comprometidos com o clima, como Brasil e Noruega, “precisam fazer mais” enquanto os EUA “fazem menos temporariamente”. A Noruega é o principal parceiro do Brasil no Fundo Amazônia, reativado em 2023 após o congelamento no governo Bolsonaro.

Segundo Eide, a COP30 “fechará o ciclo” iniciado com a Eco-92 no Rio, reunindo os temas de biodiversidade e clima em uma única conferência. O ministro, que já esteve no Brasil quatro vezes, destacou que Belém enfrentará grandes desafios até o evento em novembro.

“Estive em Belém há alguns anos. É uma cidade linda, mas não havia muitos hotéis modernos, por exemplo. Há um grande desafio de infraestrutura. Estou curioso para ver como isso será resolvido”, comentou. E acrescentou uma preocupação: “Preços de hotéis não são um problema para nós, noruegueses, mas são relevantes para ONGs e países menos desenvolvidos”.

Fonte: Valor International










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Comércio Exterior, Negócios

Mercosul e UE finalizam revisão jurídica e acordo comercial dá novo passo

Secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres acredita que, mantido o ritmo dos trabalhos, acordo pode entrar em vigor em 2026

A revisão jurídica do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE) foi concluída nos últimos dias, marcando mais um passo para a negociação da parceria entre os blocos. Esta etapa está voltada a assegurar a consistência, harmonia e correção linguística e estrutural aos textos.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), Tatiana Prazeres, afirmou em entrevista à CNN que a revisão legal bem-sucedida e no prazo previsto é um “novo sinal de compromisso entre as partes”.

Este é o primeiro avanço do acordo de livre-comércio desde sua conclusão, anunciada pelos blocos em dezembro do ano passado. O próximo passo é traduzir o acordo da língua inglesa para as 23 línguas oficiais da UE e as duas línguas oficiais do Mercosul, entre as quais a portuguesa.

“A conclusão da revisão é um passo essencial. E a tradução já havia sido iniciada nos capítulos que foram revisados mais cedo”, disse Tatiana Prazeres à CNN.

Depois da tradução, há a assinatura do acordo e o início do processo de internalização — o principal desafio para a parceria. Neste momento, o Conselho Europeu e a

Comissão Europeia, órgãos do Executivo e Legislativo da UE, além dos governos e parlamentos sul-americanos, precisam chancelá-lo.

Segundo Tatiana, o contexto geopolítico atual joga a favor do avanço do acordo, enquanto o fortalecimento da relação poderia proteger os blocos de danos causados pelas tarifas do presidente norte-americano, Donald Trump. Este aspecto se soma aos ganhos econômicos de lado a lado, argumenta.

Para a secretária, mantido o ritmo atual de trabalhos, o acordo de livre comércio pode entrar em vigor em 2026, ainda no governo Lula.

Fonte: CNN Brasil


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Internacional, Mercado Internacional

Acordo Mercosul-UE representa mudança histórica nas relações comerciais com a Europa

Instrumento consolida parceria baseada em valores, regras e visão de futuro compartilhada, avalia secretária do MDIC

O acordo Mercosul-União Europeia representa uma mudança histórica de patamar nas relações comerciais entre os blocos e, especialmente, do Brasil com os países da União Europeia.

A avaliação é da secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, que participou nesta quinta-feira (29/5) do 1º Fórum de Investimentos Brasil-União Europeia – Moldando um futuro sustentável e forte, realizado em São Paulo. O evento é organizado pela Delegação da União Europeia no Brasil, em parceria com a ApexBrasil e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

A secretária participou do painel “Desbloqueando Comércio e Investimento para o Desenvolvimento Sustentável”, no qual também esteve o negociador chefe da Comissão Europeia para o Acordo Mercosul-UE, Rupert Schlegelmilch.

“Trata-se de um acordo estratégico, que se torna ainda mais relevante diante de um mundo onde crescem as incertezas e as barreiras ao comércio. É importante não apenas para o fortalecimento econômico, mas também para a consolidação de uma parceria baseada em valores, regras e visão de futuro compartilhada” comentou Tatiana.

Em sua avaliação, o acordo valoriza a previsibilidade, a estabilidade e a segurança jurídica, itens fundamentais para a tomada de decisões de investimento e expansão de negócios.

Também estavam no painel representantes do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); da Casa Civil da Presidência da República e do Banco Europeu de Investimento (BEI).

Oportunidades setor privado

Ao falar para uma plateia de empresários brasileiros e europeus e líderes políticos, a secretária do MDIC destacou que o acordo cria uma série de oportunidades, a partir de um marco regulatório claro e moderno para a cooperação econômica.

 “Em nossa visão, é positivo para os dois lados, mas essas oportunidades só se traduzirão em negócios se o setor privado conhecer os benefícios do acordo, as regras negociadas e buscar conhecer a realidade das oportunidades de um lado e do outro”, disse.

Juntos, Mercosul e União Europeia reúnem cerca de 718 milhões de pessoas e Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente US$ 22 trilhões.  “Esse é um acordo que constrói pontes num mundo onde crescem barreiras”, finalizou.

Enfrentando desafios globais

Mais cedo, Tatiana participou de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, em que destacou a importância do fortalecimento da política comercial brasileira para lidar com um cenário internacional marcado por incertezas, tensões geopolíticas e transformações estruturais nas dinâmicas de comércio.

Ela ressaltou que o comércio internacional passa por uma reconfiguração profunda, com o enfraquecimento do multilateralismo, a ascensão do protecionismo e a crescente instrumentalização do comércio para fins geopolíticos.

A secretária observou que a lógica da eficiência, que durante décadas orientou a integração comercial global, vem sendo substituída por uma lógica de resiliência, na qual países buscam se proteger contra riscos econômicos e políticos.

Ela também apontou, como vetores adicionais das transformações observadas, o retorno das políticas industriais, a aceleração da transformação digital e a crescente conexão entre as agendas de comércio e sustentabilidade.

Diante desse cenário, a secretária destacou quatro pontos que considera centrais na estratégia brasileira para fortalecer o comércio exterior:

  • Acordos comerciais com base em regras claras e previsibilidade jurídica, destacando o acordo assinado com Singapura em 2023 e o acordo concluído com a União Europeia em 2024;
  • Facilitação de comércio e desburocratização, com foco na redução de custos que permite maior competitividade aos produtos brasileiros – esforços concretizados, entre outros, pela implantação do Portal Único de Comércio Exterior;
  • Reforma tributária, que eliminará a cumulatividade de tributos sobre a exportação no modelo atual; e
  • Aprovação da Lei de Reciprocidade, instrumento adicional ao Brasil para negociar em melhores condições com parceiros comerciais e defender os interesses das empresas e dos trabalhadores brasileiros.

Tatiana também destacou que o Brasil está relativamente distante dos principais focos de tensão geopolítica e tem atuado com equilíbrio, com foco nos interesses do país. Além da secretária, participaram da audiência, presidida pelo senador Nelsinho Trad, autoridades como os embaixadores Philip Fox-Drummond Gough, Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto, Rubens Barbosa e Roberto Azevêdo.

Fonte: Governo Federal – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Internacional, Negócios

Presidente do Conselho Europeu diz que UE e Mercosul esperam assinar ratificação do acordo em dezembro

Previsão é que tratado seja ratificado durante a cúpula do Mercosul em dezembro, no Rio de Janeiro.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que a União Europeia e o Mercosul trabalham nos últimos ajustes técnicos para que o acordo entre os dois blocos seja ratificado ainda este ano, em dezembro, durante Cúpula do bloco sulamericano, no Brasil.

O Conselho Europeu reúne os chefes de estado dos países que compõem a União Europeia e é o órgão responsável por guiar as direções políticas do bloco.

“Eu diria que é mais necessário do que nunca para todos”, afirmou Costa.

Em entrevista exclusiva à TV Globo, durante visita ao Brasil nesta semana, Costa afirmou que o momento de guerra tarifária, impulsionado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumenta a necessidade de celeridade para que novos acordos comerciais sejam firmados, diminuindo a tensão internacional.

“Temos uma oportunidade para todas as outras regiões econômicas do mundo”, disse.

“Estamos com uma ação externa muito intensa, porque é fundamental em termos de mercado e de economia”, afirmou.

Ex-primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa está em visita ao Brasil até esta quinta-feira (29).

O objetivo da vinda é discutir o Fórum de Investimento UE-Brasil, além de trabalhar questões prioritárias nas relações bilaterais entre Brasil e União Europeia, como o tratado que pretende criar a maior zona de livre comércio do mundo, caso seja ratificado.

Aproximação com o Brasil

Costa afirmou que a União Europeia pretende “contribuir ativamente com objetivos ambiciosos para os compromissos que vamos ter na COP”, em referência à 30ª Conferência do Clima — marcada para ocorrer em Belém, no Pará, no fim deste ano.

O interesse do bloco europeu no Brasil em meio a tensões junto aos Estados Unidos fica claro nas demonstrações de intenção de cooperação da União Europeia com iniciativas encabeçadas pelo governo brasileiro.

“Já decidimos aderir ao novo fundo que o Brasil criou para a proteção das florestas na escala Global e somos grandes apoiadores, como o Brasil, do pacto para o futuro para a reforma das Organização das Nações Unidas e organizações financeiras internacionais.”

Fonte: G1


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Internacional, Negócios

Alckmin diz esperar assinatura de acordo Mercosul-UE até final do ano

Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento também defendeu que o Brasil deve buscar abrir novos mercados para suas exportações

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (26) que espera que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia seja assinado até o final deste ano.

Em evento na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, Alckmin também defendeu que o Brasil deve buscar abrir novos mercados para suas exportações.

“Nós temos que ganhar mercado. Primeiro ampliando o Mercosul, já além dos quatro (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) está entrando o quinto, está entrando a Bolívia”, disse Alckmin.

“Depois fazendo acordos. O Mercosul tinha acordo com Egito, Israel e Palestina. Foi feito já Mercosul e Cingapura e agora Mercosul e União Europeia, 27 países dos mais ricos do mundo. Esperamos até o final do ano poder avançar e já estar assinado o acordo Mercosul e União Europeia”.

Depois de 25 anos de negociações, o acordo comercial entre os blocos sul-americano e europeu foi finalmente anunciado em 2024, mas ainda precisa ser ratificado pelos Parlamentos dos países do Mercosul, assim como pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho Europeu.

O acordo enfrenta resistências na Europa, especialmente de ambientalistas que temem um aumento do desmatamento para a produção e posterior exportação de commodities agrícolas, além de uma oposição veemente da França, segunda maior economia da UE, cujo setor agrícola tem grande força política no país.

Fonte: CNN Brasil


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Logística, Portos

Porto de Itajaí ganha nova linha com conexão ao Mercosul

O Porto de Itajaí ganhará, nos próximos 30 dias, uma nova linha regular de contêineres com foco na integração logística do Mercosul. A chamada Linha Puma, é do armador Mercosul Line, subsidiária do grupo CMA CGM, ira operada nos berços 1 e 2,  área arrendada (JBS), e conectará terminais estratégicos ao longo da costa leste da América do Sul.

A operação representa mais um marco na retomada das atividades do Porto de Itajaí, intensificada após a reestruturação promovida pelo Governo Federal. O superintendente, João Paulo Tavares Bastos, explica que a nova linha simboliza crescimento.

“O Porto está bombando após a retomada pelo Governo Federal. Com esta nova linha, vamos ampliar o faturamento, a arrecadação e trazer mais investimentos para a cidade”, afirmou.

Com a chegada da Linha Puma, o Porto de Itajaí fortalece sua malha logística e amplia a conectividade com os países do bloco econômico sul-americano, contribuindo para a competitividade do comércio exterior.

Fonte: Porto de Itajaí 

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Internacional, Negócios

Mesmo com tarifaço, acordo com UE precisará de muito ‘convencimento’

Mesmo com a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos criando um ambiente mais favorável para a ratificação do acordo com o Mercosul, os próximos meses exigirão um amplo trabalho de convencimento para que a União Europeia aprove as mudanças. Para autoridades brasileiras envolvidas nas articulações, esse será um período marcado pela possibilidade de que chefes de Estado de França, Polônia e Itália tentem bloquear as mudanças. Essas autoridades também esperam para o verão europeu uma grande campanha contra o acordo, além de resistências de última hora no Parlamento da União Europeia. Mas a expectativa é de sanção até o fim do ano.

Espera-se também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre mais uma vez em campo para assegurar a conclusão desse processo. Não existe, no entanto, um cronograma obrigatório.

“O [presidente americano Donald] Trump está ajudando, não resta muita alternativa para a União Europeia a não ser reforçar os acordos [existentes ou em negociação]”,diz Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria,Comércio e Serviços (Mdic).

Junto com outras autoridades que participam ou acompanham as negociações e representantes empresariais, Viana passou parte de abril em missão oficial por Portugal, Polônia e Bélgica, cuja capital, Bruxelas, é também a capital da União Europeia.

Em negociação desde 1999, o acordo foi anunciado pelos chefes de Estado do Mercosul e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no fim de 2024. Se confirmadas, as novas regras criarão uma área de livre comércio para 700 milhões de pessoas, com Produto Interno Bruto (PIB) combinado de US$ 22 trilhões.

Desde a escalada tarifária promovida por Trump, o tema ganhou mais importância. Em grande parte como consequência das políticas adotadas pelo presidente americano, a Organização Mundial do Comércio (OMC) revisou para baixo em abril a sua projeção para o fluxo comercial global deste ano, de crescimento de 2,7% para queda de 0,2%. Autoridades do Mercosul e da União Europeia também voltaram a destacar publicamente os benefícios do acordo.

Ainda serão necessárias outras etapas para que o acordo entre em vigor. Atualmente, o texto está em fase de tradução para as 23 línguas da União Europeia,além de versões específicas em português e espanhol para o Mercosul.

Na sequência, precisará ser aprovado por 65% do Conselho Europeu, órgão que reúne os chefes de Estado, sendo que esses 65% precisam representar 55% da população da União Europeia. Nessa etapa, o cálculo é considerado “complexo” e dinâmico”, por isso não há um número mágico a ser alcançado. Negociadores brasileiros usam até um aplicativo de celular para calcular diariamente os votos. Um acerto entre França, Polônia e Itália, por exemplo, seria suficiente para barrar as mudanças. França e Polônia já se manifestaram diversas vezes de maneira pública e enfática contra o acordo. A Itália vem adotando posições consideradas ambíguas.

Conseguir a neutralidade de alguns países, como a Bélgica, já é considerada uma vitória por negociadores brasileiros.
Posteriormente, será necessária a aprovação por maioria simples no Parlamento Europeu, o órgão legislativo do bloco, levando em conta apenas os deputados que comparecerem à sessão. É para esta etapa que são esperadas dificuldades ainda maiores, já que os deputados são considerados mais expostos a pressões do que os chefes de Estado.

“Teremos que trabalhar muito a opinião pública”, diz o chefe de Assuntos Estratégicos da Apex Brasil na Europa e ex-ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes.

Para as autoridades, a participação de Lula nas etapas decisivas será essencial. Viana, da ApexBrasil, é um dos que defendem essa tese, afirmando que a “retomadada diplomacia presidencial” por Lula desde 2023 vem fazendo a diferença positivamente para o Brasil no cenário internacional.

“O empenho do presidente será decisivo para essa virada”, diz ele, que é aliado de Lula e que foi governador do Acre por dois mandatos e senador por um mandato, sempre pelo PT.

Um fator que também poderá enfraquecer em alguma medida o discurso contrário europeu será a formalização, em maio, do reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal do Brasil como um país livre de febre aftosa sem vacinação.

O embaixador do Brasil junto à União Europeia, Pedro Miguel da Costa e Silva, projeta que o acordo será “aprovado de forma discreta”. “Ninguém quer o desgaste”,diz.

Ele se diz otimista, mas destaca que a tendência é que até o fim do verão europeu “todos os inimigos” das mudanças, como o setor agropecuário da Europa e organizações não governamentais, realizem um “ataque permanente” que exigirá como resposta “um trabalho desgastante” brasileiro. “Vai ser com muita emoção”, diz.

No Brasil, a aprovação não deverá enfrentar maiores obstáculos. As mudanças começarão a entrar em vigor para a economia brasileira a partir do momento qu eforem aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas, e por Conselho e Parlamento europeus, sem necessidade de ratificação pelos demais membros do Mercosul.

“Esse conflito global acaba abrindo oportunidades e janelas de negociações que se tornam imperativas para a autodefesa dos países prejudicados”, diz o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. “Ou a gente faz, ou a gente faz.” A tendência é que o texto seja debatido pelas comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Constituição, Justiça e Cidadania e Assuntos Econômicos, além de passar pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

O repórter viajou a convite da ApexBrasil

Fonte: Valor Econômico

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