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Representantes do governo chinês visitam obras do Novo PAC e discutem rota estratégica de integração continental
Em mais um passo rumo ao fortalecimento da cooperação entre Brasil e China, uma comitiva do governo chinês foi recebida nesta semana por autoridades brasileiras para discutir investimentos em infraestrutura, com foco na construção do Corredor Bioceânico. A visita faz parte das ações do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), e incluiu inspeções técnicas em importantes empreendimentos logísticos do país.
Entre os projetos visitados, destaque para a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), localizada em Goiás, considerada peça-chave na estratégia de integração ferroviária do Brasil. A delegação chinesa manteve reuniões com representantes da Casa Civil, Ministérios dos Transportes, do Planejamento e Orçamento, da Agricultura e Pecuária, além de técnicos da Agência Infra S.A.
De acordo com o secretário especial do Novo PAC, Maurício Muniz, a visita reforça o interesse mútuo entre os dois países em aprofundar parcerias na área de infraestrutura. “Estamos honrados em receber a delegação chinesa. Esta é uma oportunidade de estreitar nossos laços e mostrar a viabilidade para a construção desse corredor”, afirmou.
O Corredor Bioceânico é visto como um projeto estratégico para a integração sul-americana, com o objetivo de criar uma rota terrestre que conecte os oceanos Atlântico e Pacífico. A nova ligação permitirá o escoamento mais ágil da produção brasileira — especialmente do Centro-Oeste — para os mercados da Ásia, reduzindo distâncias e custos logísticos.
O projeto também prevê integração com a Ferrovia Norte-Sul, conectando áreas produtoras a uma malha ferroviária mais ampla e aos principais portos do país. A proposta está inserida nas Rotas de Integração Sul-Americana, prioridade do governo brasileiro para ampliar o comércio regional e a competitividade internacional dos produtos nacionais.
Nos próximos dias, a delegação chinesa seguirá para Bahia e São Paulo, onde visitará o Porto de Ilhéus, o Porto de Santos e as obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Em São Paulo, os chineses também conhecerão o projeto do Túnel Santos-Guarujá, uma das principais obras de mobilidade e logística previstas no Novo PAC.
Com o apoio estratégico de um dos maiores investidores globais em infraestrutura, o governo brasileiro espera acelerar projetos de integração regional que podem transformar a logística do continente sul-americano nos próximos anos.
Diante a guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China, nesta quinta-feira (17), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que fará um acordo comercial com o país asiatico.
Segundo Trump, a China buscou os Estados Unidos para dialogar. Em coletiva com jornalistas na casa presidencial, o republicao informou que ” nós faremos um acordo com a China”.
Apesar do comunicado, Trump não revelou detalhes sobre o diálogo e preferiu esconder se falou diretamente com o presidente chinês Xi Jinping, mas disse aos repórteres q
Ainda escondendo o jogo, o presidente americano informou que não tem prazo para sair um acordo. Trump disse que os EUA teriam “muito tempo” para discutir, e que pode avançar com algo nas próximas três ou quatro semanas.
Por fim, o governante informou que não estaria mais inclinado a subir novamente as tarifas. Afirmando que as tarifas americanas sobre a China podem não aumentar mais.
Em recente evento realizado na sede da Câmara de Comércio Brasil-Paraguai em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o engenheiro químico Cleber Ceroni, Diretor da Câmara de Comércio Paraguai-Brasil com sede em Assunção, apresentou uma palestra reveladora sobre as inúmeras oportunidades de investimento no país vizinho, demonstrando por que o Paraguai tem se tornado um dos destinos mais promissores para investidores brasileiros.
Um Mercado em Expansão além das Fronteiras Conhecidas
Ceroni iniciou sua apresentação combatendo preconceitos arraigados sobre o Paraguai. “O país não é apenas a fronteira de Pedro Juan Caballero ou Ciudad del Este. É um mercado com potencial enorme e que acolhe muito bem os investidores estrangeiros”, destacou o palestrante, que reside em Assunção e conhece profundamente as oportunidades do país.
Esta visão limitada do Paraguai como mero destino de compras é um erro que muitos empresários brasileiros ainda cometem. Na realidade, o país vem experimentando uma transformação econômica significativa nas últimas décadas, com um crescimento médio do PIB de 4,5% ao ano entre 2004 e 2021, segundo dados do Banco Mundial, superando a média regional da América Latina.
A localização estratégica é um dos principais diferenciais do Paraguai, situado no coração da América do Sul, com proximidade a Equador, Bolívia, Peru, Chile, Argentina, Uruguai e Brasil. Essa posição privilegiada permite acesso aos principais mercados sul-americanos, transformando o país em um hub logístico natural. Essa vantagem geográfica tem atraído investimentos de mais de 45 países, resultando na presença de mais de 300 empresas maquiladoras, das quais aproximadamente 70% são brasileiras.
Apesar da ausência de saída direta para o mar, o Paraguai desenvolveu uma impressionante infraestrutura logística que surpreende muitos investidores. Conforme destacado por Ceroni, o país possui a terceira maior frota fluvial de barcaças do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e China, com aproximadamente 35 operações navieras em funcionamento.
O sistema hidroviário baseado no Rio Paraguai, que deságua no Rio da Prata, forma um corredor de transporte eficiente e econômico. Por esta hidrovia, escoam-se produtos como soja, milho, trigo, combustíveis e diversos outros itens, tanto para exportação quanto importação, a custos significativamente menores que o transporte rodoviário.
Além disso, o país integra ativamente o ambicioso projeto da Rota Bioceânica, uma iniciativa multinacional que conectará o Porto de Santos, no Brasil, ao Porto de Iquique, no Chile. Esta rota reduzirá drasticamente os tempos de transporte entre os oceanos Atlântico e Pacífico, abrindo novos mercados para produtos latino-americanos, especialmente na Ásia.
Um exemplo concreto deste avanço logístico é a construção da ponte entre Porto Murtinho (Brasil) e Carmelo Peralta (Paraguai), que faz parte do Corredor Bioceânico e está em andamento, com participação de empresas como a que Ceroni representa.
O “Triângulo da Riqueza” Paraguaio: Oportunidades Concentradas e Diversificadas
A concentração econômica do Paraguai está principalmente distribuída entre Ciudad del Este, Assunção e Encarnación, formando o que Ceroni denominou como o “Triângulo da Riqueza”. Cada vértice deste triângulo oferece características e oportunidades específicas:
Assunção: Capital político-administrativa e centro financeiro, concentra os principais órgãos governamentais, sedes de bancos e empresas de maior porte. A cidade tem passado por uma modernização constante, com o surgimento de novos empreendimentos imobiliários, centros comerciais e infraestrutura urbana renovada.
Ciudad del Este: Terceira maior zona franca do mundo em volume de negócios, atrás apenas de Miami e Hong Kong. Além do comércio, tem se destacado na atração de indústrias maquiladoras, especialmente nas áreas de autopeças, têxtil e eletrônica.
Encarnación: Conhecida como a “Pérola do Sul”, tem se tornado um importante polo turístico e comercial, com forte presença de agroindústrias e empresas de logística que aproveitam sua localização fronteiriça com a Argentina.
Esses polos têm recebido significativos investimentos internacionais nos últimos anos, criando um ecossistema de negócios cada vez mais sofisticado e integrado à economia global.
Estabilidade Econômica e Política: A Base Para Investimentos Seguros
O Paraguai apresenta índices de estabilidade que surpreendem até os analistas mais céticos. Com uma taxa de alfabetização de 95% e indicadores sociais em constante melhoria, o país vem construindo uma base sólida para o desenvolvimento sustentável.
Na esfera econômica, destaca-se pela notável estabilidade monetária. O guarani é considerado, como apontou Ceroni, a moeda mais estável da América do Sul nos últimos 70 anos. Enquanto países vizinhos como Argentina e Brasil enfrentaram períodos de hiperinflação e múltiplas trocas de moeda, o Paraguai manteve sua unidade monetária com admirável consistência.
Esta estabilidade não é acidental, mas resultado de políticas fiscais e monetárias conservadoras. A inflação paraguaia tem se mantido consistentemente abaixo de 5% ao ano na última década, segundo dados do Banco Central do Paraguai, permitindo planejamentos de longo prazo com maior segurança para os investidores.
O ambiente político também contribui para esta estabilidade. Apesar de desafios típicos de democracias em desenvolvimento, o Paraguai tem demonstrado respeito às instituições e aos contratos internacionais, além de uma transição ordenada de poder entre diferentes administrações.
Benefícios Fiscais e Energéticos: Vantagens Competitivas Concretas
Um dos maiores atrativos para investidores, como enfatizou Ceroni, são os benefícios fiscais substanciais. A carga tributária paraguaia é extraordinariamente competitiva, em torno de 10% – uma das menores não apenas da região, mas do mundo. Para efeito de comparação, no Brasil, dependendo do setor e regime tributário, as empresas podem enfrentar cargas que facilmente ultrapassam 30%.
A Lei de Maquila (Lei nº 1.064/97) é um regime especial que merece destaque especial. Este modelo permite a importação de matérias-primas e insumos sem incidência de impostos para processamento em território paraguaio e posterior exportação. As empresas operando sob este regime pagam apenas um imposto único de 1% sobre o valor agregado dentro do país.
Verificando dados oficiais, o número de empresas operando sob o regime de maquila no Paraguai cresceu exponencialmente, saltando de apenas 45 em 2010 para mais de 300 em 2024, com investimentos acumulados superiores a US$ 2 bilhões e gerando mais de 20.000 empregos diretos
Outro fator determinante na competitividade paraguaia é o custo da energia elétrica. O país é o maior exportador líquido de energia elétrica do mundo, graças às hidrelétricas binacionais Itaipu (compartilhada com o Brasil) e Yacyretá (com a Argentina). Essa abundância energética resulta em custos significativamente menores para a indústria.
Enquanto no Brasil o megawatt para indústrias pode custar em torno de 170 dólares, no Paraguai esse valor cai para aproximadamente 50 dólares, uma economia de quase 70%. Este diferencial competitivo é particularmente relevante para indústrias eletrointensivas, como metalúrgicas, químicas e de processamento de alimentos.
Capital Humano Jovem e Adaptável: O Diferencial Humano
O perfil demográfico paraguaio também representa uma vantagem competitiva significativa para investidores. Aproximadamente 60% da população tem menos de 35 anos, proporcionando uma força de trabalho jovem, adaptável e com grande potencial de desenvolvimento.
Durante sua palestra, Ceroni compartilhou casos concretos de empresas que investiram em treinamento da mão de obra local e obtiveram resultados notáveis. Uma empresa brasileira do setor industrial, por exemplo, investiu cerca de 3 milhões de dólares em programas de capacitação e conseguiu formar uma equipe altamente qualificada, com produtividade comparável à de operações no Brasil, mas com custos trabalhistas significativamente menores.
O custo da mão de obra no Paraguai é, em média, 30% inferior ao do Brasil, com encargos sociais também mais baixos (em torno de 30% contra aproximadamente 100% no sistema brasileiro). Isso, combinado com uma legislação trabalhista menos burocrática, cria um ambiente favorável para empregadores, sem comprometer os direitos básicos dos trabalhadores.
As universidades paraguaias têm melhorado consistentemente seus padrões de qualidade, com destaque para cursos de engenharia, administração e tecnologia. Além disso, o bilinguismo (espanhol e guarani) é comum, e há uma crescente proficiência em português nas regiões fronteiriças e nos grandes centros urbanos.
Como Aproveitar estas Oportunidades: Caminhos para o Investidor
Os investimentos no Paraguai podem ser realizados de diversas formas, adequando-se aos diferentes perfis e objetivos dos investidores. Ceroni destacou algumas das principais modalidades:
Regime de Maquila: Ideal para empresas industriais que buscam reduzir custos de produção aproveitando os benefícios fiscais e logísticos do país.
Lei 60/90 de Incentivos para Investimentos: Oferece isenções fiscais para importação de bens de capital e matérias-primas, além de isenção do imposto sobre remessa de lucros para investimentos considerados de interesse nacional.
Investimentos Imobiliários: O setor tem apresentado valorização média de 12% ao ano nas principais cidades, impulsionado pelo crescimento econômico e pela urbanização acelerada.
Agronegócio: Com terras férteis a preços competitivos (cerca de 1/3 do valor comparável no Brasil), o setor agrícola paraguaio oferece excelentes oportunidades, especialmente em soja, milho e pecuária.
Serviços e Tecnologia: Setores emergentes com incentivos específicos, como o Regime de Empresas de Serviços Tecnológicos que oferece taxação reduzida para empresas de software e serviços relacionados.
Roger Maciel, Presidente da Câmara de Comércio Brasil-Paraguai, complementou a apresentação de Ceroni destacando que a entidade oferece assessoria especializada para investidores brasileiros interessados em expandir seus negócios para o país vizinho. “Contamos com uma coordenação nacional e representação direta em Ciudad del Este, que mantém excelentes relações com consulados e embaixadas, facilitando todos os trâmites necessários”, explicou.
A Câmara trabalha ativamente com despachos aduaneiros e processos de internacionalização, servindo como ponte segura para empresários que buscam novas oportunidades no mercado paraguaio. Esta assistência é crucial para navegar pelas particularidades do ambiente de negócios local e garantir conformidade com todas as regulamentações.
Uma Parceria Estratégica Para Seu Próximo Investimento
Se você é um investidor em busca de novas fronteiras para expansão com carga tributária reduzida, custos operacionais competitivos e localização estratégica, o Paraguai representa uma oportunidade que não pode ser ignorada.
As vantagens comparativas do país – estabilidade econômica, incentivos fiscais generosos, energia abundante e barata, mão de obra jovem e custos operacionais reduzidos – criam um cenário ideal para empresas brasileiras que buscam aumentar sua competitividade e expandir seus mercados.
A Câmara de Comércio Brasil-Paraguai se posiciona como sua aliada estratégica nesta jornada de internacionalização. Ao se tornar membro, você terá acesso a uma rede de contatos qualificados, informações atualizadas sobre o mercado paraguaio e assessoria especializada que garante confiança, segurança e direcionamento estratégico para seus investimentos no país.
Os próximos eventos de networking promovidos pela Câmara, programados para 8 de maio em São Paulo e 26 de maio no Rio de Janeiro, são oportunidades imperdíveis para conhecer de perto as possibilidades apresentadas por Cleber Ceroni e estabelecer contatos valiosos com empresários que já operam com sucesso no Paraguai.
O futuro dos seus investimentos pode estar mais próximo do que você imagina – está no país vizinho que Cleber Ceroni descreve como “um verdadeiro paraíso para investidores”.
O Ministério do Comércio da China pediu nesta quinta-feira aos Estados Unidos que parem de exercer “pressão extrema” sobre a segunda maior economia do mundo e exigiu respeito em qualquer negociação comercial, mas os dois lados têm permanecido em um impasse sobre quem deve iniciar as discussões.
O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, tem aumentado a pressão sobre a China, elevando as tarifas de importação de produtos chineses nos últimos meses. Na terça-feira, a Casa Branca afirmou que a China agora pode enfrentar uma tarifa de até 245%.
O Ministério do Comércio chinês criticou as tarifas como irracionais e disse que Pequim ignorará o jogo de números de “sem sentido”, alertando que a China “lutará até o fim” se os EUA insistirem em causar danos substanciais aos direitos e interesses chineses.
“Os aumentos unilaterais de tarifas foram totalmente iniciados pelos Estados Unidos”, disse He Yongqian, porta-voz do Ministério do Comércio, em uma coletiva de imprensa semanal.
Ao contrário de vários países que responderam às “tarifas recíprocas” de Trump buscando acordos, Pequim tem aumentado suas próprias taxas sobre os produtos dos EUA em resposta e não buscou discussões, que, segundo o país asiático, só podem ser conduzidas com base no respeito mútuo e na igualdade.
Washington disse na terça-feira que Trump está aberto a fazer um acordo comercial com a China, mas que Pequim deveria dar o primeiro passo e que “a bola está no campo da China”.
“Pedimos aos Estados Unidos que parem imediatamente com a pressão extrema, a coerção e a chantagem, e resolvam as diferenças com a China por meio de um diálogo igualitário com base no respeito mútuo”, disse a porta-voz do ministério .
O Ministério do Comércio tem mantido comunicação em nível de trabalho com seus pares norte-americanos, disse ela, acrescentando que a China está aberta a consultas econômicas e comerciais com os EUA.
Mas “a pessoa que amarrou o sino deve ser aquela que o desamarra”, disse ela, usando um provérbio chinês.
Ministro vê cenário de ‘tarifaço’ como uma oportunidade para o país expandir seus negócios com a potência asiática
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (17) que o Brasil vai “se apresentar” à China para substituir os Estados Unidos na exportação de carne bovina para o país asiático, em meio ao “tarifaço” praticado pelo presidente americano,Donald Trump.
Após os anúncios de Trump, que tarifa os produtos chineses em até 254%, o governo da China cancelou a autorização de 395 plantas frigoríficas dos EUA para comercializar carne bovina no país. O cenário é visto por Fávaro como uma oportunidade para o Brasil
“Alguém vai precisar fornecer essa carne que era fornecida pelos norte-americanos. O Brasil se apresenta, com muita vontade e capacidade, e tenho certeza que vamos saber ocupar esse espaço e ser um grande fornecedor”, disse Carlos Fávaro após uma reunião entre ministros de Agricultura do Brics
Fávaro pontuou que hoje, o Brasil é um dos “pouquíssimos” países capazes de expandir significativamente a área produtiva e, com isso, poderá ser a “segurança alimentar não só para a China, mas para todos os países do mundo”.
De acordo com o ministro, representantes dos governos brasileiro e chinês devem se encontrar na próxima terça-feira (22) para tratar da expansão do comércio entre as duas nações. O tema também estará na mesa na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, nos dias 12 e 13 de maio, quando se reúne com o primeiro-ministro daquele país, Xi Jinping.
“Por óbvio, queremos ampliação com a China. Acho que, diante da não reabilitação de quase 400 plantas nos EUA, eles vão precisar se decidir, e vamos nos apresentar”, complementou Fávaro.
O Brasil vem fazendo movimentos semelhantes com outros países do continente asiático, como o Japão e o Vietnã. Na viagem que fez aos dois países, em março, Lula também tratou da ampliação da venda de commodities brasileiras a esses mercados.
Carne bovina brasileira continua competitiva porque os preços do gado nos EUA dobraram em relação ao Brasil devido a estoques historicamente baixos no país. Vendas devem crescer 14% neste ano, segundo analista.
O tarifaço de Donald Trump não prejudicará as vendas de carne bovina do Brasil para os Estados Unidos, seu segundo maior destino de exportação, segundo analistas e associações do setor.
As importações brasileiras de carne bovina que excedem uma cota predeterminada já pagavam uma tarifa de 26,4%. Com o programa de “tarifas recíprocas” de Trump, os produtos brasileiros receberam uma taxa específica de 10%, elevando o total para 36,4%.
Mesmo com as tarifas mais altas, a carne bovina brasileira continua competitiva porque os preços do gado nos EUA dobraram comparados ao Brasil devido a estoques historicamente baixos no país, segundo analistas.
Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, estima que as exportações de carne bovina brasileira para os EUA crescerão quase 14% neste ano e devem chegar a 428.000 toneladas (peso equivalente de carcaça).
As vendas totais de carne bovina brasileira para os EUA no primeiro trimestre atingiram US$ 557,15 milhões, um aumento de 67% em valor, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
Para o consumidor americano, no entanto, a carne bovina ficará mais cara, pois os importadores terão que arcar com o ônus dos impostos mais altos.
Exportação maior para a China
João Figueiredo, analista da consultoria Datagro, disse que a demanda dos EUA é tão forte que o Brasil preencheu uma cota anual de 65.000 toneladas livre de tarifas em apenas 14 dias em 2025, o que nunca havia ocorrido.
Além disso, os pecuaristas brasileiros estão prontos para aumentar a oferta, disse Figueiredo, afirmando que há ampla disponibilidade de gado no Estado do Mato Grosso.
O Brasil, que já responde por mais de 30% do comércio global de carne bovina, também tem condições de aumentar as vendas para a China depois que o país asiático deixou de renovar o registro de centenas de unidades produtoras de carne dos EUA.
Hoje, apenas a China compra mais carne bovina do Brasil que os Estados Unidos.
As exportações para os EUA representaram 17% do total das vendas externas brasileiras no primeiro trimestre, enquanto o preço médio de venda para o mercado norte-americano subiu de US$ 2.943 para US$ 3.384 por tonelada, segundo dados da Abrafrigo.
As exportações brasileiras de cobre para a China alcançaram um patamar histórico no primeiro trimestre de 2025. Segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (16), o país asiático importou US$ 331 milhões em cobre brasileiro entre janeiro e março, um salto de 180% em relação ao mesmo período de 2024. A China foi responsável por 35% do total exportado, consolidando-se como o principal destino do produto.
O crescimento das vendas de cobre ocorre em meio à alta demanda por insumos ligados à indústria de energias renováveis. Outros materiais associados ao setor também apresentaram forte desempenho no trimestre: as exportações de manganês aumentaram 310%, as de ferroníquel subiram 253%, e houve avanço de 56% nas vendas de cobre afinado e ligas de cobre. Obras de nióbio cresceram 35% e o ferronióbio teve alta de 13%.
O Brasil também ampliou significativamente as exportações de compostos de metais de terras raras, como ítrio e escândio. Foram embarcadas 419 toneladas no primeiro trimestre, quantidade sete vezes maior do que o total registrado durante todo o ano de 2024.
Nesta terça-feira (15), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou uma investigação sobre a possibilidade de impor novas tarifas sobre todas as importações de minerais críticos da China. Esse movimento pode ampliar a parceria entre o Brasil e o país asiático no setor.
Na área de manufaturados, as exportações brasileiras de torneiras e válvulas para a China aumentaram quase 13 vezes, atingindo US$ 35 milhões. Já as vendas de aparelhos mecânicos apresentaram alta ainda mais expressiva: quase 100 vezes maiores que no primeiro trimestre do ano anterior, com valor total de US$ 23 milhões.
Do lado das importações, a compra por parte do Brasil de uma plataforma de petróleo chinesa, em fevereiro, alterou temporariamente a composição da pauta de importações vindas da China, colocando esse item no topo da lista.
As importações de painéis solares chineses também cresceram 13% no trimestre, atingindo o maior volume da série histórica para o período. Outro destaque foi o aumento de 625% nas importações de fertilizantes com fósforo e nitrogênio, que chegaram a 265 mil toneladas — também um recorde trimestral.
Apesar do avanço em setores estratégicos, as exportações totais do Brasil para a China caíram 13,4% no primeiro trimestre, somando US$ 19,8 bilhões. Foi a primeira queda para o período desde 2015.
Por outro lado, as importações de produtos chineses cresceram 35% e atingiram US$ 19 bilhões — um recorde para o trimestre. Com isso, após um déficit comercial de US$ 3,2 bilhões nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil conseguiu reverter o cenário e fechou o trimestre com superávit de US$ 700 milhões no comércio com a China.
A Wilson Sons oferece soluções completas para mais de 5 mil clientes, incluindo armadores, importadores e exportadores, indústria de energia offshore, projetos de energia renovável, setor do agronegócio, além de outros segmentos da economia. A empresa, que busca sempre a adoção de novas tecnologias, que contribuam para o desenvolvimento sustentável do País, irá trocar informações, gerar novas conexões, estreitar relacionamento com stakeholders e apresentar seu portfólio, no estande F050, na Intermodal South America 2025, de 22 a 24 de abril, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).
A diversificação de negócios da companhia inclui dois terminais de contêineres (BA e RS); mais de 80 rebocadores que atuam ao longo da costa brasileira; estaleiro no Guarujá (SP); mais de 20 embarcações de apoio offshore com bandeira brasileira; duas bases de apoio offshore na Baía de Guanabara (RJ); centro logístico alfandegado em Santo André (SP); e uma agência marítima.
O COO da Wilson Sons, Arnaldo Calbucci, ressalta que faz parte do DNA da Wilson Sons se antecipar a mudanças, criando soluções que beneficiam seus stakeholders e reforçam o compromisso da companhia com a segurança e o investimento nas operações.
“Participar da Intermodal, o maior evento da América Latina, é uma excelente oportunidade de apresentar o vigor do nosso modelo operacional e a eficácia da nossa estratégia, contribuindo com o desenvolvimento do Brasil e facilitando os fluxos comerciais. Seguimos empenhados em buscar o crescimento sustentável de longo prazo”, diz Calbucci.
Terminais de contêineres
Os dois terminais da companhia estão aptos a operar os maiores navios do mundo. O Tecon Rio Grande (RS) é o mais automatizado do País e com infraestrutura para operar como hub marítimo-portuário do Cone Sul, enquanto o Tecon Salvador é, segundo ranking do Banco Mundial e da S&P Global Market Intelligence, o 6º melhor terminal de contêineres do mundo, na categoria até 500 mil TEUs.
Novo ciclo de construção de rebocadores com tecnologia sustentável
Em 2025, a Wilson Sons iniciou a construção da nova série de três rebocadores com tecnologia sustentável e grande potência, em seu estaleiro no Guarujá. As embarcações são da classe ASD 2312 (23 metros de comprimento e 12 metros de largura), com propulsão azimutal e potência de 70 toneladas de bollard pull (tração estática), capazes de apoiar navios de contêineres de 366 metros nos principais portos do País. Seguem o padrão IMO TIER III, da Organização Marítima Internacional, que atesta a redução de até 70% dos óxidos de nitrogênio, como nos seis rebocadores do ciclo de construção anterior, do modelo 2513 (de 90 toneladas). O projeto de casco, da Damen Shipyards, permite com suas duplas quilhas (twin fins) diminuir as emissões de gases de efeito estufa, com redução estimada de até 14% no consumo de combustíveis fósseis, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar dos portos onde operam.
Entre os dias 22 e 24 de abril, a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, participa da 29ª edição da Intermodal South America, a maior feira de logística do continente. Após um 2024 repleto de recordes, incluindo a quebra da marca histórica de 1,5 milhão de TEUs movimentados, a empresa chega ao evento com avanços importantes em infraestrutura e serviços para impulsionar ainda mais os resultados do mercado que opera pelo Terminal.
Entre os principais destaques apresentados pelo Terminal está a conclusão da expansão da maior área para armazenagem de contêineres refrigerados (reefer) da América do Sul, e a finalização da obra de modernização e aumento no número de vias do Gate (ponto de acesso rodoviário ao pátio de operações). Na parte de serviços, estão novidades como a ampliação das janelas e horários de operação do Gate aos domingos, fator que permite uma maior disponibilidade de grades e mais agilidade para agendar entregas e retiradas de cargas.
“A presença da TCP na Intermodal South America sempre é uma excelente oportunidade para estreitarmos laços com o mercado. Estamos sempre focados em oferecer uma gama diversificada de soluções logísticas de acordo com a necessidade individualizada de cada cliente, e a feira nos permite apresentar a infraestrutura e os serviços que tornam o Terminal uma referência global em inovação, eficiência e flexibilidade no setor logístico portuário”, comenta Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e de atendimento da TCP.
Para a gerente comercial de armadores e de inteligência de mercado da TCP, Carolina Merkle Brown, “a TCP traz para a 29ª edição da feira Intermodal o mais abrangente portfólio de serviços marítimos entre os terminais portuários do Brasil, assegurando que nossos clientes tenham acesso aos principais mercados globais em todos os continentes. Com o aprofundamento do canal de acesso e a ampliação do calado operacional para 12,80 metros (medida da profundidade entre a parte mais baixa de uma embarcação e a linha da água), os navios poderão otimizar sua capacidade de movimentação em nosso porto. Isso resulta em maior agilidade e, consequentemente, aumenta a competitividade para armadores e clientes finais que utilizam o Porto de Paranaguá”.
Neste ano, o Terminal estará presente no estande E100, que possui 102m2, e vai contar com a participação de 20 representantes de seus setores comercial, operacional, institucional, de atendimento, de logística, entre outros, para atender os visitantes.
Maior área reefer da América do Sul
Em 2024, o Terminal concluiu a expansão do pátio para contêineres refrigerados, ampliando o número de tomadas de 3.624 para 5.268. A obra representou um aumento de 45% em capacidade para este tipo de cargas e posicionou a TCP como detentora da maior área reefer da América do Sul.
Considerado referência no segmento de exportação de carnes e congelados, o Terminal embarcou um volume recorde de 3,5 milhões de toneladas em cargas refrigeradas no último ano.
Linhas marítimas e novo calado operacional
A TCP chega a 29ª edição da Intermodal South America com o maior portifólio de serviços marítimos entre os terminais brasileiros: somando serviços de longo curso e cabotagem, são 25 escalas semanais que conectam Paranaguá a outros portos do país e ao mundo.
Em 2024, o Terminal recebeu um número recorde de navios ao registrar 992 atracações, aumento de 19% no fluxo de embarcações. “A concentração de serviços marítimos resulta diretamente em maior segurança, flexibilidade e oportunidades de negócios. Com a mais recente ampliação do calado operacional, os navios poderão operar com mais agilidade e capacidade de transporte, fortalecendo a posição da TCP como um dos principais hubs portuários da costa atlântica da América do Sul”, explica Carolina.
Após a conclusão de obras de dragagem no canal de acesso, a TCP passou a contar com um novo calado operacional, que passou de 12,10 metros para 12,80 metros a maré zero. Estima-se que os 70 centímetros adicionais de calado representem um ganho de 560 TEUs na capacidade de transporte de cada navio por viagem.
Modernização do Gate e operações aos domingos
Principal via de acesso rodoviário ao pátio de operações, o Gate da TCP passou por um processo de modernização e ampliação, que foi finalizado em abril de 2024. Com novos sistemas de segurança, monitoramentos, automação, e com uma nova via de acesso, a atual estrutura melhora o fluxo de acesso dos veículos em 200%, subindo de 50 para 150 a capacidade de agendamentos de entrada por hora.
Desde setembro de 2024, o Gate também passou a operar com janelas e horários ampliados aos domingos, permitindo aos clientes agendarem entregas e retiradas de contêineres cheios e vazios em períodos adicionais nos finais de semana. “Além de conseguirmos disponibilizar uma maior oferta de janelas para agendamento e acesso ao terminal, essa iniciativa trouxe maior agilidade e flexibilidade para que os exportadores e importadores gerenciem sua cadeia logística com maior confiabilidade operacional”, comenta Guidolim.
Maior parque de equipamentos entre os terminais brasileiros
Após a aquisição de 17 novos Terminal Tractors (TT) e de 11 guindastes pórticos sobre pneus de borracha (RTG) de última geração, a TCP agora conta com 69 TTs e 40 RTGs em seu parque de máquinas, o maior número de equipamentos desse tipo entre os terminais brasileiros.
A APM Terminals, uma das maiores operadoras de terminais portuários do mundo, com presença em 33 países e mais de meio século de experiência, participará na 29ª edição da Intermodal South America, que ocorrerá de 22 a 24 de abril, no Distrito Anhembi, em São Paulo. Reconhecida por sua liderança global no desenvolvimento e operação de terminais de contêineres, a empresa apresentará seus projetos mais recentes e inovações no Brasil, no stand JO93. Atualmente a companhia está presente no Nordeste brasileiro, em Suape, no Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros (Ipojuca-PE), e Complexo do Pecém (CE), além das presenças nos terminais BTP em Santos e Itapoá (SC) por meio de operações em joint venture, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade, digitalização e eficiência logística.
A APM Terminals Suape, localizada em Pernambuco, será o primeiro terminal 100% eletrificado da América Latina, com investimento inicial de R$ 1,6 bilhão, o projeto está em implantação e tem previsão de início das operações no segundo semestre de 2026. Atualmente o projeto está em construção e é um marco para o setor, atendendo aos mais altos padrões de qualidade e segurança com responsabilidade ambiental e modernidade.
O terminal terá capacidade inicial para movimentar até 400 mil TEUs por ano, aumentando em 55% a capacidade de movimentação de contêineres do complexo portuário. Nesta fase de construção, cerca de 1.000 trabalhadores foram contratados indiretamente para trabalhar nas obras e, durante a operação, deve gerar 250 empregos diretos e mais de 2.000 indiretos.
Já a APM Terminals Pecém, no Ceará, localizado a 55 km da capital, celebra a chegada do serviço semanal MSC – Far East-Centram-ECSA Service (Santana), conectando diretamente o porto a importantes hubs asiáticos como Mundra (Índia), Singapura, Yantian, Ningbo, Shanghai, Qingdao e Busan. Essa nova rota reduz significativamente o tempo de trânsito entre o Nordeste brasileiro e a Ásia, eliminando a necessidade de transbordos nos portos do Sudeste e Sul.
De acordo com Daniel Rose, diretor-presidente da APM Terminals Suape e Pecém, na Intermodal 2025, serão apresentados detalhes de ambos os terminais, “Em Suape estamos com times dedicados à construção, com os equipamentos encomendados chegando até o final desse ano, e a cada dia mais próximos do início das operações”. “Já em Pecém seguimos elevando o comércio regional e nacional para outro patamar, inaugurando uma nova conectividade que reduz pela metade o tempo estimado para a Ásia – de 60 para 30 dias- gerando ganhos expressivos de eficiência logística para exportadores e importadores, além da atração de novos perfis de carga, especialmente commodities e produtos de e-commerce com destino à China, Índia, Bangladesh e Egito”, explica.
“É com orgulho que reforçamos o Nordeste brasileiro como um ponto estratégico no comércio com a Ásia, facilitando o acesso a insumos e aumentando a competitividade das exportações nordestinas. O desenvolvimento desse hub logístico impulsiona ainda mais a integração do Brasil às grandes rotas globais, consolidando a região como uma plataforma relevante de conexão entre continentes e um vetor de crescimento sustentável para o país”, finaliza Daniel Rose.