Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Investimento, Notícias, Sustentabilidade

A UIA pede investimentos em infraestrutura na licitação do VNT

Uma semana após a abertura dos envelopes, o Congresso exige transparência.

A licitação para a Hidrovia Tronco (VNT), eixo do comércio exterior da Argentina e de outros países da região, continua gerando polêmicas nas esferas política e empresarial. Enquanto no Congresso diferentes setores cobram explicações do Governo e questionam o possível favoritismo no processo, a União Industrial Argentina (UIA) definiu sua posição e exigiu maior previsibilidade e melhores condições de infraestrutura para aumentar a competitividade do país.

A entidade, presidida por Daniel Funes de Rioja, analisou em sua última reunião um relatório elaborado por especialistas sobre o impacto da licitação e destacou a importância de fazer investimentos importantes no VNT. Segundo a entidade, “é fundamental avançar nas melhorias necessárias, principalmente na dragagem a 40 pés, para garantir a eficiência e a competitividade do comércio exterior”.

A posição da UIA é relevante em um contexto em que empresas internacionais denunciam que o processo licitatório poderia ser feito sob medida para favorecer a empresa belga Jan de Nul, atual operadora do serviço desde 1995. A empresa belga DEME e a dinamarquesa Rohde Nielsen pediram a nulidade do edital, enquanto senadores radicais pediram a abertura do concurso para a estatal chinesa Shanghai Dredging Company.

Preocupações com taxas

A entidade industrial também enfatizou a necessidade de consolidar um ritmo competitivo em termos regionais e internacionais, já que 80% das exportações argentinas dependem do VNT.

80% das exportações argentinas navegam pelo VNT.

Nesse sentido, destacaram que o processo deve incluir incentivos à produção nacional, à aquisição de barcaças e navios, bem como à incorporação de combustíveis sustentáveis para fortalecer o transporte de cargas no país e na região.

À medida que a contagem regressiva para a abertura dos envelopes em 12 de fevereiro avança, as críticas ao processo continuam. Da oposição, a Coalizão Cívica e setores do PRO pediram explicações ao Governo sobre a transparência da licitação, enquanto a Fundação Pensar, ligada a Mauricio Macri, alertou sobre os riscos de um processo “apressado” que poderia afetar a economia nacional.

O resultado da licitação definirá o futuro de um dos negócios mais relevantes para o private equity multinacional na Argentina. A UIA, por sua vez, entra no debate com um pedido claro: garantir investimentos e regras do jogo que potencializem o desenvolvimento industrial e a competitividade do país.

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Economia, Finanças, Informação, Investimento, Tecnologia, Tributação

Receita prepara tecnologia que vai antecipar repasse de impostos ao governo

Uma das apostas do governo para auxiliar na implementação da reforma tributária e no combate à sonegação fiscal é o split payment.

Desconhecido do grande público, o recurso tecnológico está sendo desenvolvido pela Receita Federal em parceria com outras instituições e deve estrear em janeiro de 2026.

O termo em inglês pode ser traduzido como “pagamento dividido”. Mas não se trata de um parcelamento da compra. O que vai ocorrer é que, no momento em que o produto ou serviço for pago pelo consumidor, o sistema já vai separar o valor que cabe ao vendedor e o valor do imposto – e este será imediatamente encaminhado, nas devidas proporções, aos governos federal, estadual e municipal.

Dessa forma, a coleta de impostos é adiantada. Hoje o recolhimento dos tributos é feito depois que as vendas são concluídas, que as empresas fazem a contabilidade de tudo o que foi comercializado e descontam os créditos da cadeia de produção para, só então, pagarem seus tributos no mês seguinte.

Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo avaliam que o split payment pode auxiliar na arrecadação, além de ser importante para a implementação da reforma tributária, no sentido de dar mais transparência para o consumidor e evitar desconfianças entre os entes federativos. Porém, também afirmam que a ferramenta pode ter impactos negativos, especialmente para pequenos e médios negócios.

Ainda em fase de desenvolvimento pelos técnicos da Receita Federal, o split payment só poderá ser utilizado em transações feitas por meios digitais, como boleto, pix, débito automático ou cartão de crédito.

O split payment altera a forma como os tributos são recolhidos, ao dividir o valor do pagamento entre o destinatário e o Fisco no momento da transação, diz Cassius Leal, fundador e CEO da Advys Contabilidade.

“Esse modelo visa combater a sonegação fiscal, uma vez que, com o recolhimento direto pelo governo no ato do pagamento, a possibilidade de inadimplência tributária é reduzida. Além disso, esse método traz transparência, pois elimina a necessidade de empresas intermediárias fazerem a retenção e repasse dos tributos posteriormente, como ocorre atualmente”, afirma.

O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Marcus Pestana, afirma que o split payment ainda traz ganhos de transparência para o contribuinte que, já no ato da compra, terá clareza de quanto está pagando. “A gente vai saber em cada operação de consumo quanto a gente está pagando de imposto. Hoje ele vem embutido, você não sabe direito o que está ali dentro”, afirma.

Além disso, Pestana avalia que o sistema evita desconfianças dos entes federativos em relação à União, na hora do repasse dos impostos, o que será especialmente útil durante a implementação da reforma tributária. Ao longo da história brasileira, ele descreve que houve uma série de movimentos centralizadores e descentralizadores na arrecadação, o que gerou desconfiança entre os entes federados.

“E aí fica esse pêndulo de centralização-descentralização que é característico da história do Brasil em termos tributários. Então, é extremamente necessário, inclusive para harmonização dos três níveis de governo, para que não haja desconfianças, de que não repassou todo o dinheiro. Então, quanto mais automático for, tanto melhor”, complementa.

De acordo com o doutor e mestre em Direto Tributário pela PUC-SP e presidente da Comissão de Direito Tributário e Constitucional da OAB-SP, André Félix Ricotta de Oliveira, o split payment vai mudar a sistemática do recolhimento de tributos no país.

“Todo o pagamento que uma empresa ou cliente realizar por meio de instituição financeira, seja via boleto ou cartão de crédito, de débito, o sistema financeiro já vai fazer a divisão. O que é do vendedor e o que é devido para a União, para os estados e municípios, o IBS e o CBS. Deste modo, muda toda a sistemática dos tributos que incidem sobre consumo”, afirmou.

O tributarista afirma que muitas empresas, em razão dos créditos que acabam por descontar a reincidência dos tributos ao longo da cadeia produtiva, nem chegam a pagar esses impostos. Outras, em razão do fluxo de caixa, também podem optar por atrasar o pagamento dos tributos e arcar com uma multa, direcionando os recursos para pagar fornecedores, por exemplo, o que não poderá mais ocorrer nos casos de pagamentos digitais.

Juliana Vaz, advogada tributarista da VBSO Advogados, explica que uma das preocupações em relação à adoção desse sistema reside justamente no impacto sobre o fluxo de caixa das empresas, já que o valor referente aos tributos será imediatamente destinado ao Fisco. No modelo atual, a empresa pode gerir os recursos até a data do vencimento.

“Isso vai exigir das empresas um rigor maior para se adaptar ao novo modelo, cumprir com seus compromissos financeiros e manter sua estabilidade, o que pode representar um grande desafio para pequenas e médias empresas”, afirma.

Por isso, o sistema traz desafios substanciais para pequenas e médias empresas, que têm dificuldade em lidar com a alta carga tributária e a complexidade burocrática no Brasil.

“Adicionar um novo sistema de recolhimento automático de tributos, sem fornecer suporte adequado, pode comprometer o funcionamento dessas empresas, principalmente as que não têm estrutura tecnológica ou equipe contábil para lidar com essa inovação”, diz Cassius Leal, da Advys Contabilidade.

Ele avalia que, ao requerer sistemas tecnológicos robustos para garantir a execução correta do fracionamento dos pagamentos, o split payment pode trazer a necessidade de investir na atualização de sistemas e treinamento de equipes para garantir a conformidade com a nova regra. Será um gasto a mais para as empresas.

Tempo é o maior desafio do governo no desenvolvimento do split payment
A restituição e financiamento para fazer esses ajustes por parte da iniciativa privada é uma das preocupações do sistema financeiro a respeito da implantação do split payment, conforme avalia Juliana Vaz, da VBSO Advogados.

Na ótica do governo, no entanto, um dos maiores desafios é o tempo. Marcus Pestana, da IFI, cita que o próprio secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, destacou que o tempo é o principal desafio quando se trata do split payment.

As expectativas são de que as propostas de regulamentação da reforma tributária sejam aprovadas ainda neste ano. Desse modo, o governo começaria a fazer os testes com o split payment em janeiro de 2026.

Segundo Pestana, Appy teria afirmado que o desafio é difícil, mas totalmente viável. “Quem está mexendo, com a mão na massa, está otimista. E hoje a tecnologia permite tudo, com inteligência artificial, não é nenhum bicho de sete cabeças”, diz o diretor-executivo da IFI.

Em junho, em painel sobre o split payment durante o XVII Encontro Nacional de Administradores Tributários (Enat), o gerente do Serpro e gestor nacional do Projeto Estratégico Reforma Tributária Brasileira, Robson Dias Lima, afirmou que o governo tem conhecimento para desenvolver o sistema.

“A minha função aqui hoje é dizer isso para vocês: apesar de toda complexidade e mudança em relação ao modelo atual, o split payment é, sim, viável tecnicamente. Não se preocupem com a tecnologia, porque a tecnologia dá conta”, garantiu.

Sistema precisará dar conta de créditos e transição da tributação da origem para o local de consumo
Outro ponto é a adequação do split payment ao sistema de créditos de produção. Atualmente, o sistema tributário permite que impostos cobrados, por exemplo, na indústria metalúrgica para fabricação de peças automotivas, não sejam duplamente cobrados na montagem final dos carros. Assim, as montadoras descontam esses créditos de seus impostos.

De acordo com André Félix, a equipe da reforma tributária aventou a possiblidade de devolver os créditos para a indústria em um segundo momento. No entanto, a ideia não foi bem aceita e, diante do impasse, o sistema está sendo desenvolvido de modo a contabilizar os créditos imediatamente.

“O sistema financeiro já vai enxergar se eu tenho créditos e a alta tecnologia já vai fazer esse cruzamento na hora da venda. Se eu não tenho crédito, realiza o pagamento do imposto; se eu tenho crédito, apenas deduz o imposto, excluindo os créditos”, explicou.

A transição da destinação dos impostos, do local de origem da produção para o local de consumo, é mais um aspecto da reforma que deve ser considerado pelo split payment. Segundo Marcus Pestana, essa transição levará 50 anos, descontando e repassando pequenos percentuais da arrecadação de um local para o outro.

O diretor-executivo da IFI afirma que esse longo período de transição é necessário, pois, caso fosse feita de forma mais rápida, poderia gerar perdas muito bruscas para municípios e estados de origem. O algoritmo, no entanto, terá que refletir essa transferência gradativa.

“Hoje, graças ao avanço da tecnologia da informação, de todas as ferramentas de que a gente dispõe, é totalmente viável. As equipes das receitas Federal, estaduais e municipais estão trabalhando em conjunto, eles estão fazendo integrados, os três níveis de governo”, afirma.

Estudos europeus concluíram que adoção do split payment não cobria custos de desenvolvimento e implementação
Com a ferramenta ainda em elaboração, o governo não detalhou seus custos. A Gazeta do Povo enviou questionamentos à Receita Federal e ao Serpro a respeito do sistema, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto à manifestação.

De acordo com André Felix, na União Europeia estudos mostraram que os ganhos de arrecadação gerados pelo split payment com o combate à fraudes e inadimplência não eram significativos diante de seus custos de implementação.

“Tentaram implementar na União Europeia e não deu certo, porque o custo para implementar seria maior que a sonegação evitada. E também poderia trazer prejuízo na gestão das empresas”, comentou.

Da mesma forma, Cassius Leal avalia que a implementação do split payment requer investimentos significativos em tecnologia, tanto por parte do governo quanto das empresas. Além disso, a manutenção do sistema requer monitoramento contínuo e atualização tecnológica, o que gera custos operacionais.

“Em contrapartida, os ganhos esperados para a Receita Federal podem ser expressivos. A redução de fraudes e da evasão fiscal, aliada à arrecadação direta e contínua, pode compensar os custos de implementação no médio a longo prazo. No entanto, é crucial que o governo publique estudos detalhados sobre os custos e benefícios dessa proposta no contexto brasileiro, uma vez que o cenário tributário aqui é diferente do de outras nações”, diz.

FONTE: Gazeta do povo
Split payment vai antecipar repasse de impostos ao governo

 

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Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Internacional, Investimento, Logística, Tecnologia

FecomercioSP pleiteia medidas à Secretaria de Comércio Exterior para estimular a abertura comercial

Ações são fundamentais para reduzir o Custo Brasil e aumentar a produtividade e a competitividade do País

No dia 27 de janeiro, representantes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) se reuniram com membros da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), para compartilhar as dificuldades enfrentadas por empresas representadas pela Federação e apresentar propostas com vistas a facilitar o comércio exterior.

Participaram da reunião Tatiana Prazeres, secretária da Secex; Herlon Alves Brandão, diretor do Departamento de Planejamento e Inteligência Comercial do MDIC; e Ana Cláudia Takatsu, diretora do Departamento de Negociações Internacionais da Secex, além dos assessores da FecomercioSP André Sacconato, Thiago Carvalho e Natalia Mortaio, e Maria Izabel Mello, da área de Relações Institucionais da Entidade.

Por meio da Fecomercio Internacional — unidade de negócios que atua na promoção de relações comerciais no exterior — acontece a conexão entre empresas brasileiras e estrangeiras, que frequentemente relatam entraves nos negócios, principalmente em procedimentos exigidos por órgãos anuentes, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); e a Receita Federal, que acabam trazendo prejuízos e inibindo investimentos.

Flexibilização necessária

A FecomercioSP apontou os danos gerados por exigências de órgãos reguladores, que impactam negativamente a produtividade e a competitividade nacionais. Dentre as principais demandas, destaca-se a ampliação do prazo de validade da Declaração Única de Exportação (DUE) para evitar custos adicionais causados por atrasos no Porto de Santos.

A Entidade também denuncia o aumento da burocracia alfandegária, que tem gerado altos custos logísticos e demurrage (taxa cobrada quando o tempo de uso de um contêiner ou navio ultrapassa o acordado). A FecomercioSP ainda sugere a realocação de pessoal e ampliação do cadastro de engenheiros certificados para agilizar inspeções.

Além disso, pede a aceitação de certificações internacionais para quebra-cabeças adultos, simplificação do registro de aromatizadores de ambientes e flexibilização na importação de amostras de bebidas alcoólicas.

Ademais, a Federação reforçou o pedido de adoção de medidas que promovam maior abertura comercial. Essa agenda já havia sido apresentada ao ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, em outubro. A abertura comercial é uma das bandeiras da Federação por acreditar que esse é o caminho para reduzir o Custo Brasil, aumentar a produtividade e a competitividade do País (beneficiando os consumidores e o setor produtivo), gerar renda e emprego e permitir acesso a recursos mais baratos e com tecnologia agregada, bem como propiciar ganhos de escala e proporcionar crescimento econômico sustentável em longo prazo.

O presidente em exercício da FecomercioSP, Ivo Dall’Acqua Júnior, reitera que os pleitos levantados pelas empresas do setor representam uma necessidade urgente de ações dos órgãos anuentes. Além disso, Dall’Acqua Júnior pondera que, em meio aos debates recentes sobre quais medidas poderiam reduzir a inflação, a abertura comercial é uma das principais alternativas, aliada a um ajuste fiscal via corte de gastos. O momento é bem oportuno, considerando a desvalorização cambial, o resultado do superávit da balança comercial no ano passado (o segundo maior da história) e a maior facilidade para a Indústria — que apresenta níveis elevados de utilização da capacidade instalada — importar peças, componentes e insumos para aumentar a produção.

FONTE: FecomercioSP
FecomercioSP pleiteia medidas à Secretaria de Comércio Exterior para estimular a abertura comercial

 

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Economia, Internacional, Investimento, Tributação

Como as ações de Trump impactam o bolso dos brasileiros

O presidente Donald Trump tem recuado em aplicar as ações anunciadas

As ameaças tarifárias feitas pelo presidente norte-americano Donald Trump já afeta o bolso dos brasileiros, mesmo que de maneira indireta. Contudo, mesmo que as medidas não sejam diretas ao Brasil, se confirmadas, o tarifaço de Trump pode afetar a economia brasileira.

Um dos efeitos das ações de Trump é uma onda de instabilidade no mercado mundial, pois sempre que incertezas se formam no cenário econômico do mundo, os investidores compram dólares para se proteger de eventuais turbulências.

Além disso, as ações protecionistas de investidores provocam uma pressão inflacionária, em especial nos países emergentes. Um exemplo disso é que todas as vezes que Trump fala sobre as sobretaxas, o dólar oscila.

Na segunda-feira (3), a moeda americana disparou com o anúncio da decisão do republicano de impor tarifas de 25% para o Canadá e o México, além de 10% para a China. O dólar registrou uma alta de mais de 1%, cotado a R$ 5,90, por volta das 12 horas.

Entretanto, o presidente Donald Trump tem recuado em aplicar as ações anunciadas. Isso leva especialistas a acreditarem que tudo é uma estratégia do presidente para obter concessões de países com os quais os EUA já mantêm pendências.

Na segunda-feira (3), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump também deverá conversar com o presidente da China, Xi Jinping, “provavelmente nas próximas 24 horas”, a respeito da questão das sobretarifas.

FONTE: GUARAREMA NEWS
Como as ações de Trump impactam o bolso dos brasileiros – Guararema News

 

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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Informação, Internacional, Investimento

Agronegócio brasileiro não está imune às novas tarifas dos EUA

Autoridades do governo brasileiro que acompanham as políticas comerciais do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acreditam que, até certo ponto, as tarifas de 25% impostas ao México — temporariamente suspensas após um acordo com a presidente Claudia Sheinbaum — podem criar oportunidades para as exportações brasileiras, especialmente de suco de laranja e café, para os Estados Unidos.

O setor de frutas também pode se beneficiar, já que os EUA importam uma parte significativa de suas frutas do México. “Com a tarifa de 25% sobre os produtos mexicanos, a fruta brasileira se tornará mais competitiva”, disse Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior e consultor da área.

No entanto, Barral alertou que a volatilidade atual dificulta o planejamento das exportações no médio prazo. “Essas medidas podem ser revogadas a qualquer momento, então há um risco em realizar exportações em larga escala”, afirmou.

O gráfico abaixo mostra o padrão de exportação de contêineres do Brasil para os EUA entre janeiro de 2021 e dezembro de 2024.

Exportações de contêineres para os EUA | Jan 2021 – Dez 2024 | TEUs

Além do México, os EUA também impuseram tarifas de 25% ao Canadá — suspensas por um mês após um acordo fechado na segunda-feira — e de 10% sobre produtos chineses. Barral destacou que, caso a China e outros países retaliem as exportações americanas de soja, milho e carne — setores nos quais os produtores dos EUA competem diretamente com o Brasil — o agronegócio brasileiro pode ganhar participação no mercado.

Embora Barral e autoridades do governo brasileiro reconheçam o risco de tarifas dos EUA contra o Brasil, eles acreditam que os sinais recentes vindos de Washington reduziram um pouco as preocupações em Brasília.

“Donald Trump mencionou Brasil e Índia como países que aplicam tarifas altas, mas ele ainda não anunciou novas medidas contra eles. Um ponto interessante é que o Brasil é um dos poucos países que tem déficit comercial com os EUA. Diferente das nações que foram alvo das novas tarifas, os EUA na verdade têm um pequeno superávit comercial com o Brasil”, explicou Barral.

“Ele reclamou especificamente de algumas tarifas, como as aplicadas ao etanol. Mas, no geral, a política tarifária do Brasil não tem sido uma grande fonte de atrito”, acrescentou. A tarifa de importação sobre o etanol dos EUA, que em alguns momentos chegou a ser zero, atualmente está em 18%.

Um ex-diplomata brasileiro destacou que, embora esses ganhos de exportação no curto prazo sejam uma rara notícia positiva vinda dos EUA, os ataques de Trump às organizações multilaterais de comércio representam um risco maior para o agronegócio brasileiro.

“A mensagem que ele está enviando ao mundo é que as regras do comércio podem ser descartadas conforme a vontade política de quem estiver no poder”, alertou a fonte.

Procurado para comentar o assunto, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) preferiu não se manifestar, afirmando que “não há razões concretas para comentar a questão”.

Após uma reunião no Ministério da Agricultura na segunda-feira, o deputado Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), disse a jornalistas que o Brasil — especialmente o setor do agronegócio — não deve esperar ficar imune às novas tarifas de Trump.

Segundo Lupion, a postura mais protecionista dos EUA exigirá que o governo e os diplomatas brasileiros atuem estrategicamente para lidar com potenciais desafios comerciais.

Ainda assim, ele argumentou que os EUA “precisam” do Brasil e descartou a possibilidade de medidas extremas. Lupion destacou a importância de acompanhar de perto a abordagem de Trump em relação à China, principal parceiro comercial do Brasil, e eventuais medidas retaliatórias.

“Precisamos ter cuidado para não desgastar as relações com os chineses e correr o risco de perder a liderança do agronegócio brasileiro nesse mercado”, disse.

“Eles também precisam de nós. Trata-se de ajustar os mercados e encontrar o equilíbrio certo”, acrescentou Lupion. Ele reconheceu que o Brasil pode enfrentar tarifas, mas lembrou que disputas comerciais passadas entre os dois países — como as envolvendo algodão, suco de laranja e camarão — foram resolvidas ao longo do tempo.

Por Rafael Walendorff, Globo Rural

Fonte: Valor Internacional
https://valorinternational.globo.com/agribusiness/news/2025/02/04/brazils-agribusiness-not-immune-to-new-us-tariffs.ghtml

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Na Finlândia é descoberta mina que pode fornecer energia por 20 milhões de anos

Uma descoberta geológica na Finlândia pode transformar o setor de energia mundial.

Pesquisadores anunciaram no início do mês a localização de uma enorme reserva de tório, um elemento químico considerado uma alternativa mais segura e eficiente ao urânio na geração de energia nuclear.

A quantidade do mineral encontrada é tão significativa que poderia abastecer o mundo por cerca de 20 milhões de anos, segundo o Eco News, a versão em inglês do site espanhol ECOticias, também conhecido como El Periódico Verde, especializado em meio ambiente.

O que é o tório e por que ele é importante?

O tório é um elemento químico radioativo que pode ser utilizado como combustível em reatores nucleares. Diferentemente do urânio, ele é mais abundante na natureza e oferece menos risco de acidentes nucleares. Reatores de tório produzem menos resíduos radioativos e não geram plutônio, reduzindo os riscos de proliferação nuclear.

Os cientistas vêm estudando o potencial do tório há décadas, mas o alto custo e a infraestrutura necessária para sua utilização ainda são desafios. No entanto, a descoberta na Finlândia pode impulsionar investimentos e acelerar a transição para essa nova tecnologia, segundo especialistas.

Onde a mina foi encontrada?

A jazida foi identificada na região de Peräpohja, no norte da Finlândia, por uma equipe de geólogos que realizava estudos na área. A quantidade exata de tório presente na mina ainda está sendo avaliada, mas as primeiras estimativas apontam para uma reserva sem precedentes na história da mineração desse elemento.

A localização estratégica da mina também favorece sua exploração. A Finlândia tem infraestrutura avançada para mineração e tecnologias de ponta que podem facilitar a extração e o processamento do material.

Impacto na transição energética

A descoberta pode ter um impacto profundo na transição global para fontes de energia mais limpas. Com a crescente pressão para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis, o tório surge como uma alternativa promissora.

Se a exploração da reserva for viabilizada, pode haver uma mudança significativa no setor de energia nuclear, impulsionando pesquisas para reatores de físseis baseados nesse elemento. Isso também pode reduzir a dependência de países ocidentais em relação ao urânio, cuja cadeia de suprimentos é controlada por poucos produtores no mundo.

Alto investimento

Apesar do grande potencial da descoberta, ainda existem desafios significativos para que o tório se torne uma realidade comercial. Atualmente, a maioria dos reatores nucleares do mundo é projetada para usar urânio, o que significa que seria necessário um alto investimento na adaptação da infraestrutura.

Além disso, ainda há regulações rigorosas para o uso do tório como combustível nuclear, o que pode retardar sua adoção em larga escala. Mas o avanço da pesquisa finlandesa e a busca por alternativas energéticas sustentáveis pode significar um passo crucial para a revolução do setor nuclear nos próximos anos.

Fonte: R7
Finlândia descobre mina que pode fornecer energia por 20 milhões de anos – Noticias R7

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Primeiro mega túnel submerso do Brasil será responsável por desmatamento de 105 MIL metros quadrados de Mata Atlântica; Em contrapartida, obra de R$ 6 BILHÕES vai gerar 9 MIL empregos

O primeiro túnel submerso do Brasil promete mais mobilidade para a região, mas traz impactos ambientais graves. Com o desmatamento de manguezais e áreas protegidas da Mata Atlântica, o projeto ameaça a vida marinha e compromete a qualidade do ar e da água, preocupando especialistas e moradores locais.

O projeto do primeiro túnel submerso do Brasil, previsto para ligar as cidades de Santos e Guarujá, desperta muita curiosidade e esperança para melhorar a mobilidade local.

Mas por trás dessa grande obra de infraestrutura, que promete ser uma solução para o trânsito na região, há um preço ambiental e social que preocupa especialistas e moradores.

Os impactos vão desde o desmatamento de áreas protegidas da Mata Atlântica até o risco de contaminação de águas costeiras, ameaçando a vida marinha e até o turismo.

Impacto ambiental e desmatamento

Conforme detalhado no Relatório de Impacto Ambiental (Rima) elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) a pedido do Governo do Estado, a construção do túnel prevê o desmatamento de 105 mil metros quadrados de Mata Atlântica, incluindo manguezais e vegetação de restinga em diferentes estágios de preservação.

Esse número equivale a aproximadamente dez campos de futebol e inclui 44 mil metros quadrados de mangue, que serão aterrados, incluindo áreas dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra de Santo Amaro.

Nesse local, será necessário desmatar 3.640 metros quadrados de mangue, o que preocupa ambientalistas pela importância desses ecossistemas para a biodiversidade e a proteção costeira.

Diário do Litoral destaca que, além da remoção de vegetação nativa, a obra pode afetar a alimentação das tartarugas-verdes (Chelonia mydas), principalmente os animais jovens, que dependem da disponibilidade de algas.

O risco aumenta à medida que o projeto avança e pode prejudicar a sustentabilidade de várias espécies marinhas da região.

Risco para a vida marinha

Além do impacto sobre a vegetação, a obra trará sérias implicações para a fauna marinha.

De acordo com a FIPE, a construção aumentará a turbidez da água no Estuário devido à dragagem do assoalho marinho, que suspenderá sedimentos contaminados, incluindo metais pesados despejados por indústrias de Cubatão ao longo de décadas.

Esse movimento coloca em risco a balneabilidade das praias de Santos e a saúde dos animais que habitam a região.

O aumento da turbidez, segundo o Diário do Litoraltambém eleva o risco de colisões de botos, golfinhos e baleias com embarcações, uma vez que a visibilidade reduzida dificulta a navegação segura desses animais.

Para os turistas e moradores locais, o projeto apresenta uma ameaça indireta ao ecoturismo, pois o contato com a vida marinha e a preservação ambiental são atrativos da região.

Túnel e os problemas de poluição e poeira

Outro ponto de preocupação destacado no Rima são os níveis de poluição do ar e da água que podem aumentar com a construção.

O documento explica que a obra gerará uma quantidade significativa de poeira suspensa em função das escavações, demolições e transporte de materiais.

Além disso, o uso de asfalto e misturas químicas para pavimentação das vias de acesso aumentará a emissão de dióxido de nitrogênio (NO2) e dióxido de enxofre (SO2), poluentes que afetam diretamente a qualidade do ar em Santos e no Guarujá.

Diário do Litoral aponta que o barulho e as vibrações das máquinas poderão ser sentidos nas proximidades do local de construção, impactando a tranquilidade e qualidade de vida dos moradores dos bairros próximos.

A FIPE alerta ainda que esses ruídos podem causar recalque nos imóveis lindeiros, gerando prejuízos estruturais e preocupações para a população local.

Contaminação do lençol freático

A FIPE alerta para o risco de contaminação do lençol freático da região, um problema que pode ter efeitos de longo prazo para o meio ambiente e a saúde pública.

De acordo com o relatório, os sedimentos removidos durante o processo de dragagem e instalação dos módulos de concreto do túnel contêm materiais pesados que podem penetrar no solo e comprometer a qualidade da água subterrânea.

A possibilidade de contaminação do lençol freático é um aspecto que a Cetesb, órgão responsável pelo licenciamento ambiental, terá de monitorar com rigor ao longo da obra.

Segundo o Diário do Litoral, esse risco é motivo de atenção não apenas para os órgãos de proteção ambiental, mas também para a população que utiliza a água subterrânea para consumo doméstico.

Interrupção das atividades portuárias

Durante as etapas de construção, o tráfego no Canal do Estuário será parcialmente interditado.

O projeto do túnel prevê a instalação de módulos celulares e reaterro para garantir a segurança da estrutura.

No entanto, essa interrupção temporária pode afetar a logística portuária, exigindo que cargas sejam redirecionadas para outros portos do Sudeste e Sul do Brasil.

Segundo o Diário do Litoralessa redistribuição pode gerar custos extras para empresas e interferir na rotina de trabalho do porto de Santos, um dos mais movimentados do país.

Futuro da obra e análises em andamento

O Relatório de Impacto Ambiental elaborado pela FIPE reúne nove especialistas, entre engenheiros, biólogos, sociólogos e geólogos.

O documento segue em análise pela Cetesb, que realiza consultas públicas e recebe contribuições para avaliar as condições ambientais da obra.

Em nota, a Secretaria de Estado de Parcerias em Investimentos afirmou que “os estudos de impacto ambiental relacionados ao Túnel Santos-Guarujá estão sendo analisados pela Cetesb no âmbito da consulta pública, com base nas contribuições recebidas nas audiências e nas atualizações recentes do projeto”.

Diante das controvérsias e preocupações ambientais, o túnel Santos-Guarujá levanta a questão: até que ponto vale sacrificar recursos naturais e comprometer a vida marinha e a saúde da população para garantir melhorias na infraestrutura?

FONTE: Diário Brasil Notícia
Primeiro mega túnel submerso do Brasil será responsável por desmatamento de 105 MIL metros quadrados de Mata Atlântica; Em contrapartida, obra de R$ 6 BILHÕES vai gerar 9 MIL empregos

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Exportações de dispositivos médicos crescem 24,6% em 2024 e Brasil amplia reconhecimento global no setor

Empresas associadas ao Brazilian Health Devices também encerraram o ano com aumento nas exportações

As exportações brasileiras de dispositivos médicos fecharam 2024 com faturamento de US$ 1,17 bilhão, um aumento de 24,6% em relação a 2023. Em paralelo, as importações do setor também dispararam 20,49% no ano, chegando a US$ 9,79 bilhões.

Entre as 125 empresas participantes do Brazilian Health Devices (BHD), projeto setorial da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as exportações somaram US$ 154,5 milhões em 2024, o que representa crescimento de 3,4%, e chegaram a 131 países, sendo os principais Estados Unidos, Argentina, México, Chile e Colômbia. Houve aumento das exportações do projeto em 72 desses países.

Entre as empresas exportadoras, mais de 81% tiveram aumento do volume de exportações em 2024. Além disso, no período, 84 companhias começaram a exportar para novos mercados e 46 delas incluíram novos produtos no portfólio internacional.

Foram, ao todo, 210 tipos de dispositivos médicos exportados pelas associadas no período, sendo os principais artigos e aparelhos ortopédicos, instrumentos para odontologia, artigos e aparelhos de prótese, preparações contendo substâncias para fins terapêuticos, instrumentos para uso na medicina e cirurgia e cimentos para obturação dentária.

O desempenho positivo nos mostra que o Brazilian Health Devices segue eficiente no seu objetivo de impulsionar a marca Brasil no mercado externo de dispositivos médicos”
José Fernando Dantas, coordenador de Acesso a Mercados da ABIMO.

Segmentação das exportações gerais

No Brasil como um todo, a vertical de produtos médico-hospitalares segue como a mais representativa no volume de exportação. Com 68,54% do total, o segmento alcançou US$ 804,89 milhões em 2024, refletindo crescimento de quase 32% com relação ao ano anterior. No período, a vertical de odontologia totalizou US$ 135,97 milhões em exportações (+11,7%), as vendas externas de produtos para laboratório chegaram a US$ 123,93 milhões (+ 15,10%) e aquelas voltadas ao segmento de reabilitação a US$ 109,48 milhões (+7,01%).

Os dispositivos médicos mais exportados em 2024 foram válvulas cardíacas, equipamentos distribuidores e doseadores de líquidos, bolsas e sacos de plástico para uso médico, artigos e aparelhos ortopédicos e categutes esterilizados.

Destino das exportações gerais

Em 2024, as exportações brasileiras de dispositivos médicos foram destinadas, prioritariamente, a países do continente americano, que consumiram 63,1% de tudo o que foi vendido pela indústria nacional. Entre principais compradores da região estão Estados Unidos, Argentina e México.

Mesmo assim, o produto brasileiro segue com espaço comercial em todo o mundo. Europeus responderam por 20,86% das aquisições do período, asiáticos por 14,25% e África e Oceania, juntos, consumiram 1,78% do total exportado. No ranking dos principais compradores do ano passado também se destacaram a Coreia do Sul e os Países Baixos.

Importações de dispositivos médicos

Com o crescimento das exportações, mas, também, das importações, a balança comercial do setor fechou 2024 com um déficit de pouco mais de US$ 8 milhões. No período, o Brasil importou cerca de US$ 5 bilhões em produtos para laboratório, o que representou mais da metade do volume total importado. Os produtos médico-hospitalares também tiveram um bom volume de importações: 38,93% do total.

Quem mais vende para o Brasil são os Estados Unidos, seguidos pela Alemanha, China, Irlanda e Suíça. Entre os itens importados estão produtos imunológicos para uso laboratorial, instrumentos e aparelhos para medicina e cirurgia, reagentes de diagnóstico laboratorial e sondas e cateteres.

Sobre a ABIMO

A Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) representa a indústria brasileira de produtos para a saúde que promove o crescimento sustentável no mercado nacional e internacional.

Fundada em 1962, a instituição conta com mais de 300 associados e surgiu a partir da ideia de 25 fabricantes de produtos médicos e odontológicos com o objetivo de fortalecer, organizar e regulamentar o segmento. Nesses anos de trabalho, a ABIMO expandiu suas operações de suporte à cadeia produtiva através de conselhos e grupos de trabalho, os quais respondem por todos os aspectos técnicos, operacionais e associativos do setor.

Sobre o BRAZILIAN HEALTH DEVICES

O projeto setorial Brazilian Health Devices, executado pela ABIMO em parceria com a ApexBrasil, tem como missão fomentar as exportações de artigos e equipamentos da área da saúde. Brazilian Health Devices é a marca que reúne as indústrias exportadoras do setor e as representa internacionalmente. Durante o ano de 2023 o projeto atendeu 137 empresas brasileiras fabricantes de dispositivos médicos que exportaram US$106,6 milhões em produtos para mais de 137 países.

O Brazilian Health Devices está aberto a receber novas indústrias de dispositivos médicos que buscam a internacionalização. As empresas interessadas em entender o funcionamento do projeto devem entrar em contato pelo telefone (11) 3285-0155 ou pelo e-mail export@abimo.org.br.

FONTE: APEXBRASIL
Exportações de dispositivos médicos crescem 24,6% em 2024 e Brasil amplia reconhecimento global no setor

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Inovação, Internacional, Investimento, Sustentabilidade, Tecnologia, Vendas

Inovações no automobilismo e o impacto na mobilidade urbana: o caso do Pit Boost

O mundo do automobilismo é reconhecido por servir como um espaço de experimentação para novas tecnologias que, em muitos casos, acabam sendo incorporadas aos veículos comuns.

Uma dessas inovações é o Pit Boost, uma solução desenvolvida para enfrentar o desafio da lenta recarga de veículos elétricos. Em essência, trata-se de uma técnica de recarga ultrarrápida que utiliza um carregador de 600 kW, muito superior aos padrões atuais dos automóveis de passeio.

A primeira apresentação desta tecnologia está prevista para ocorrer durante o E-Prix de Jeddah, na Fórmula E, em 2025. Especialistas do setor projetam que não demorará muito para que essa inovação encontre seu caminho para as ruas, oferecendo benefícios semelhantes para carros elétricos convencionais.

O que é o Pit Boost e como ele funciona?

O Pit Boost surge como uma alternativa poderosa para reduzir o tempo de carregamento das baterias dos veículos elétricos. Com a capacidade de fornecer um aumento de energia de 10% em apenas 30 segundos, este sistema promete revolucionar a maneira como os veículos elétricos são recarregados. Esta tecnologia difere dos métodos tradicionais por utilizar um carregador com potência muito mais alta, possibilitando reabastecer a bateria de maneira extremamente rápida.

Por que essa tecnologia é importante para o futuro dos veículos elétricos?

A implementação de sistemas como o Pit Boost tem o potencial de transformar a experiência dos motoristas de veículos elétricos. Ao proporcionar tempos de recarga muito menores, elimina-se uma das principais barreiras para a adoção em massa desses veículos: o tempo de espera. Com infraestruturas já existentes em partes da China e Europa, e uma crescente demanda por soluções sustentáveis, as bases para a difusão deste tipo de tecnologia estão sendo estabelecidas.

Quais são os desafios para a implementação do Pit Boost nas ruas?

Apesar do potencial positivo, existirão desafios a serem enfrentados. Primordialmente, a necessidade de desenvolver uma infraestrutura apropriada nas cidades é um obstáculo significativo. Atualmente, postos de recarga com capacidades elevadas são escassos, o que limita o acesso de usuários a essa tecnologia. Além disso, a implementação inicial pode causar custos mais altos em comparação com métodos de abastecimento tradicionais.

O que esperar do futuro das tecnologias de recarga?

À medida que o Pit Boost e tecnologias semelhantes se tornam mais acessíveis e a infraestrutura se expande, o custo da recarga ultrarrápida tende a diminuir. A tendência de migração de tecnologias das pistas para as ruas, observada historicamente no automobilismo, reforça a expectativa de que tais inovações se tornem parte do cotidiano dos veículos elétricos. É um momento crucial para o desenvolvimento dos transportes sustentáveis, prometendo melhorias significativas na mobilidade urbana global.

Além do mais, segundo especialistas, muitas pessoas podem não precisar dessa velocidade de recarga, uma vez que a maioria dos proprietários de veículos elétricos já inicia o dia com seus carros 100% carregados em casa. De qualquer forma, inovações como o Pit Boost fornecem um vislumbre otimista de um futuro onde a mobilidade sustentável é prática e conveniente.

FONTE: Terra Brasil Notícia
Inovações no automobilismo e o impacto na mobilidade urbana: o caso do Pit Boost – Terra Brasil Notícias

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BNDES aprova R$ 2,1 bi para Embraer exportar 16 aviões para os EUA

Financiamento por meio do Exim Pós-Embarque apoiará plano de investimentos da Republic Airways para aquisição do modelo E-175

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 2,1 bilhões para a Embraer exportar 16 de aeronaves do modelo E-175 para a empresa aérea norte-americana Republic Airways, que atua exclusivamente com aeronaves da fabricante brasileira.

O financiamento ocorre por meio do BNDES Exim Pós-Embarque e cobrirá uma parcela do investimento total da companhia aérea. As aeronaves serão entregues pela Embraer ao longo de 2025 e a Republic (importadora) assumirá o compromisso de pagamento em dólares ao BNDES, gerando divisas nessa moeda para o Brasil.

A Republic Airways é uma das maiores linhas aéreas regionais nos EUA. A empresa opera uma frota de mais de 200 Embraer E-170 e E-175 e oferece serviço regular para passageiros com 900 voos diários em mais de 80 cidades nos EUA e no Canadá, sob as marcas American Eagle, Delta Connection e United Express.

“O histórico apoio do BNDES à Embraer contribuiu para transformar a empresa em uma das líderes globais da indústria aeroespacial. A Embraer é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil e mantém mais de 87% de seus cerca de 21 mil empregos em território nacional”, diz o presidente do Banco, Aloizio Mercadante.

“A atuação do BNDES é essencial para manter a competitividade da indústria brasileira, servindo como ferramenta para impulsionar o país no mercado internacional. Esse apoio estratégico fortalece nossa posição no cenário global, diversificando as alternativas de financiamento e possibilitando à Embraer concorrer no mercado externo em igualdade de condições com nossos concorrentes”, diz o presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto.

Desde 1997, ano do primeiro apoio do BNDES à Embraer, o Banco financiou cerca de US$ 26 bilhões à exportação de mais de 1.300 aeronaves da fabricante. No período, as operações contratadas possibilitaram à empresa concorrer no mercado externo em igualdade de condições com suas concorrentes. O apoio do Banco complementa o financiamento provido pelo mercado privado.

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, destaca a importância da operação aprovada pelo Banco já no início do ano. “Abrimos 2025 apoiando a Embraer nesta importante transação, reforçando a presença da indústria nacional no mercado externo e fazendo uma valiosa contribuição para a balança comercial brasileira, seguindo o padrão visto no governo do Presidente Lula de aumento de exportações de manufaturados.”

Empresa aeroespacial global com sede no Brasil, a Embraer tem negócios nas áreas de aviação comercial e executiva, Defesa & Segurança e aviação agrícola. A empresa projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, fornecendo serviços e suporte aos clientes no pós-venda.

Crédito à Exportação – Historicamente, países com indústrias aeronáuticas de ponta financiam suas respectivas fabricantes nacionais de forma perene, por meio de bancos de desenvolvimento e agências de crédito à exportação (Export Credit Agencies) dos seus respectivos países. No Brasil, esse papel é desempenhado pelo BNDES.

Sobre a Republic Airways – Fundada em 1974 e sediada em Indianápolis, Indiana, a Republic Airways é uma das maiores linhas aéreas regionais nos EUA. A Republic opera uma frota de mais de 200 Embraer E-170 e E-175 e oferece serviço regular para passageiros com 900 voos diários em mais de 80 cidades nos Estados Unidos e no Canadá. A Republic oferece voos com taxa fixa operados sob a bandeira das grandes marcas parceiras American Eagle, Delta Connection e United Express.

Sobre a Embraer – A Embraer é uma empresa aeroespacial global com sede no Brasil. Fabrica aeronaves para a aviação comercial e executiva, defesa e segurança e clientes agrícolas. A empresa também fornece serviços e suporte pós-venda por meio de uma rede mundial de entidades próprias e agentes autorizados.

Desde a sua fundação em 1969, a Embraer já entregou mais de 9.000 aeronaves. Em média, a cada 10 segundos, um avião fabricado pela Embraer decola de algum lugar no mundo, transportando mais de 150 milhões de passageiros por ano.

A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviços e de distribuição de peças nas Américas, África, Ásia e Europa.

FONTE: Agencia de Notícias BNDS
Agência BNDES de Notícias – BNDES aprova R$ 2,1 bi para Embraer exportar 16 aviões para os EUA

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