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Comércio Exterior, Economia, Importação, Informação, Internacional, Notícias, Portos

Uma visão passo a passo de como as novas tarifas de Trump serão implementadas

Fórmulas complexas, taxas de imposto empilhadas e como as empresas calculam o que pagar

As novas tarifas recíprocas do presidente Trump entraram em vigor às 12h01. Quarta-feira – então, quem realmente paga as taxas e como eles descobrem o que devem?

As tarifas sobre mercadorias importadas são normalmente pagas depois que as remessas chegam aos EUA. Em vez disso, os importadores devem calcular e pagar os direitos eletronicamente ou por cheque após o fato.

‘As tarifas precisam ser usadas como um bisturi’, diz o governador de Michigan, Whitmer

Aqui está uma visão passo a passo de como as tarifas são cobradas.

Quem paga?

As empresas que importam mercadorias de azeite e camisetas a carros e iPhones para os EUA podem dever impostos com base no valor dos itens, onde foram feitos e quais materiais incluem.

Novas tarifas entram em vigor em 9 de abril para países como a Colômbia, que exporta café para os EUA, o Vietnã, onde muitos varejistas compram camisas e sapatos, e a China, que fabrica itens de móveis de pátio a brinquedos infantis.

Essas taxas, em alguns casos, se somam a tarifas anteriores, como taxas adicionais sobre produtos da China que Trump acumulou, bem como tarifas baseadas em produtos que estão em vigor há anos.

Quando e como eles pagam?

Antes de os itens serem enviados para os EUA por via marítima, aérea, ferroviária ou rodoviária, os importadores arquivam a papelada eletronicamente na Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA com detalhes sobre a carga.

Assim que a remessa chega, os inspetores alfandegários revisam a papelada antes de liberar as mercadorias para liberação, observando a hora em que a carga atingiu o solo dos EUA. Os agentes realizam verificações pontuais e inspeções aleatórias para garantir que a remessa contenha o que deveria.

Quando liberada para liberação, a carga geralmente é transferida para um depósito para armazenamento. O importador tem então 10 ou 30 dias para pagar sua conta tarifária. O importador pode pagar a alfândega diretamente eletronicamente ou por cheque, ou pagar seu despachante aduaneiro que, por sua vez, pagará à alfândega.

Os funcionários da alfândega verificam os pagamentos e podem auditar algumas transações para garantir que os impostos adequados sejam pagos.

Como as tarifas são calculadas?

As tarifas são normalmente calculadas usando um software programado para contabilizar taxas de imposto variáveis com base em onde o item foi feito, quais materiais ele inclui e seu valor. Os cálculos exigem que os importadores saibam, por exemplo, o valor exato do aço e do alumínio usados dentro de um conjunto de móveis de pátio.

Jay Gerard, chefe de alfândega da corretora de frete Nuvocargo, disse que o processo se tornou muito mais complicado à medida que Trump lançou rapidamente novas tarifas – e, às vezes, as reverteu.

“Agora, esses despachantes aduaneiros são especialistas em informática e matemáticos descobrindo essas fórmulas complexas para determinar a taxa de imposto”, disse Gerard.

Ele disse que uma empresa que anteriormente tinha que calcular apenas uma taxa de imposto agora pode ter que descobrir três ou mais taxas, dependendo de onde as mercadorias foram feitas, se os itens contêm aço ou alumínio e se a remessa está em conformidade com o pacto comercial conhecido como Acordo EUA-México-Canadá.

A data de envio é importante?

As remessas podem estar sujeitas a taxas de imposto diferentes com base na data em que foram carregadas em um navio porta-contêineres.

A ordem executiva de Trump impondo tarifas recíprocas a países ao redor do mundo especificou que as remessas já em trânsito para os EUA a partir das 12h01. 9 de abril não estão sujeitos às tarifas. Isso significa que, desde que as remessas saiam antes da meia-noite, elas estão isentas dessas taxas específicas, mesmo que cheguem aos EUA dias ou semanas depois.

Onde estão os pontos de discórdia?

Os importadores que anteriormente não estavam sujeitos às tarifas dos EUA geralmente não têm a infraestrutura configurada para fazer os pagamentos de impostos. Se uma empresa não tiver uma conta bancária nos EUA, por exemplo, ela deve pagar a alfândega por cheque ou por meio de seu despachante aduaneiro, de acordo com Gerard.

Muitas empresas não estavam financeiramente preparadas para absorver o custo adicional das tarifas.

“Ninguém em dezembro sabia que haveria tarifas nesse grau quatro meses depois”, disse Cindy Allen, presidente-executiva da empresa de consultoria em comércio internacional e alfândega Trade Force Multiplier. “Muitas empresas são extremamente desafiadas a pagar altas taxas de impostos que foram imprevistas e não estão em seu plano de negócios.”

Allen disse que algumas empresas atrasaram os embarques para esperar e ver se as tarifas foram revogadas antes de trazer mercadorias.

Quem paga em última análise?

Os custos mais altos das tarifas provavelmente chegarão aos consumidores de várias maneiras, de acordo com economistas.

Alguns varejistas disseram que planejam repassar os custos aumentando os preços dos produtos, desde produtos até móveis. Outros pediram a seus fornecedores no exterior que absorvessem parte do impacto.

E os fabricantes dos EUA não estão imunes. Muitas empresas, como montadoras, adquirem componentes de todo o mundo e agora estão enfrentando custos crescentes de insumos que podem repassar aos consumidores.

FONTE: WSJ
Como funcionam as novas tarifas de Trump: um guia passo a passo – WSJ

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Economia, Exportação, Finanças, Internacional, Negócios, Notícias, Tributação

URGENTE: União Europeia aprova tarifas retaliatórias contra os EUA com início em 15 de abril

A União Europeia (UE) acaba de aprovar seu primeiro conjunto de tarifas retaliatórias contra os Estados Unidos, marcando uma escalada nas tensões comerciais entre os dois blocos.

Segundo informações da CNBC, as medidas, que entram em vigor em 15 de abril de 2025, visam responder às tarifas impostas pelo governo norte-americano sobre aço e alumínio europeus, implementadas em 12 de março deste ano. O pacote inicial da UE prevê taxações de até 25% sobre uma gama de produtos americanos, totalizando cerca de 26 bilhões de euros em mercadorias, como forma de proteger os interesses econômicos do bloco.

A decisão foi anunciada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que classificou as tarifas americanas como um “grande golpe” para a economia global. Em declaração oficial, von der Leyen destacou que a UE está finalizando contramedidas adicionais, a serem implementadas caso as negociações com Washington não avancem. Produtos como bourbon, motocicletas e jeans estão entre os alvos iniciais, enquanto setores como serviços digitais podem ser incluídos em etapas futuras, segundo fontes do governo francês. A medida reflete a determinação da UE em retaliar, mas também a disposição para buscar um acordo que evite uma guerra comercial mais ampla.

A resposta europeia ocorre em um momento de crescente preocupação com o impacto do protecionismo no comércio internacional. Líderes como a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, enfatizaram a necessidade de diálogo para evitar prejuízos mútuos, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, defende suas tarifas como uma forma de corrigir desequilíbrios comerciais. Com exportações da UE para os EUA avaliadas em 334 bilhões de euros em 2024, contra 532 bilhões na direção oposta, o bloco tem menos margem de manobra, mas promete uma reação “adequada”. A próxima reunião dos ministros do Comércio da UE, em Luxemburgo, deve detalhar os próximos passos dessa disputa que pode redefinir as relações transatlânticas.

FONTE: Diário do Brasil Noticia
URGENTE: União Europeia aprova tarifas retaliatórias contra os EUA com início em 15 de abril

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Economia, Internacional, Negócios, Notícias, Tributação

Desfecho das tarifas provavelmente verá EUA e UE se unindo para isolar a China

 O governo Trump implementou tarifas contra inimigos e amigos, mas a Macquarie acredita que o resultado final das tarifas provavelmente verá os EUA, a Europa e aliados se unindo para isolar a China em uma nova guerra fria.

“Em nossa visão, isolar a China em vez de auto-isolar os EUA provavelmente tem sido a estratégia do governo Trump desde o início”, escreveram analistas da Macquarie em uma nota recente.

Os analistas identificaram vários cenários de guerra fria, incluindo uma guerra comercial global total onde todos os países elevam barreiras comerciais; Europa, Ásia e outros se unindo contra os EUA; ou os EUA, Europa e aliados asiáticos unindo forças para isolar a China.

Os EUA, Europa e aliados asiáticos unindo forças contra a China em um cenário de guerra fria é o “resultado mais provável, mas levará tempo para se concretizar, especialmente considerando a miríade de discussões bilaterais necessárias para chegarmos lá”, disseram os analistas.

A abordagem do governo Trump de impor tarifas tanto a aliados quanto a rivais é vista como uma jogada estratégica para eventualmente alinhar aliados ocidentais e asiáticos contra a China.

Embora a China tenha buscado fortalecer seus laços com blocos econômicos importantes, incluindo Europa, Canadá e México, esses países “ainda dependem fortemente do comércio com os EUA”, afirmou a Macquarie.

“Isso significa que esses países não podem ou não se alinhariam facilmente com a China em detrimento dos EUA, se uma escolha precisasse ser feita”, disseram os analistas.

Resta saber se “a ’cenoura’ da diplomacia e o ’bastão’ das tarifas levarão os EUA ao seu cenário preferido de guerra fria”, acrescentaram.

Ainda assim, a possibilidade de a China superar os EUA e induzir o mundo a isolar os EUA não pode ser descartada. No entanto, isso é improvável, já que “a maioria dos americanos seria extremamente avessa a perder a aliança com a Europa ou permitir que a China substitua os EUA”, disse a Macquarie.

Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.

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FONTE: Investing.com
Presidente do Fed de Minneapolis diz que nem aumento ou corte de juros estão fora de cogitação Por Reuters

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Nova rota para exportações vai ligar Porto do Pecém à China em cerca de 30 dias

Está em desenvolvimento uma rota que deverá ligar o Porto do Pecém à China, destinada a exportação de produtos diversos, com tempo projetado de 30 dias para o percurso.

O trajeto previsto é o seguinte: o navio sai da China com destino à Coreia do Sul, Panamá, República Dominicana, Pecém, Suape, Salvador, Santos, Índia e Singapura, retornando então para a China.

Conforme o Porto do Pecém, a expectativa de impacto na movimentação é de 10% da atual, já que as embarcações chinesas trarão pelo menos 1.200 contêineres por semana.

“A nova rota marítima entre a China e Fortaleza reduz significativamente o tempo de transporte de mercadorias e favorece essa logística. Com essa nova proposta, o tempo de deslocamento, que atualmente é de cerca de 60 dias, passará para apenas 30 dias, tornando o Ceará ainda mais competitivo no cenário do comércio exterior”, assinala o presidente do Complexo do Pecém, Max Quintino.

O diretor comercial do Complexo do Pecém, André Magalhães, explica que existe todo um mercado a ser explorado, não só para a China, como para os demais portos ao longo do percurso. “O mercado asiático é realmente vasto, com uma população de cerca de 2 bilhões de pessoas. Isso representa uma oportunidade incrível para conectarmos nossos produtos nordestinos com a Ásia e vice-versa.”

Ele elenca que os produtos comercializados incluem granito, mármore, castanha de caju, cera de carnaúba, frutas, calçados e têxteis, incluindo ainda milhares de produtos do e-commerce. “Além disso, as indústrias do Ceará e toda a sua área de influência poderão importar maquinário e insumos desse mercado asiático promissor através do Pecém”, complementa.

A nova rota, chamada Serviço Santana, é operada pela MSC e foi estabelecida em parceria com a APM Terminals, empresa prestadora de serviço operacional do Porto do Pecém. Segundo Daniel Rose, diretor-presidente da APM Terminals Suape e Pecém, com a entrada direta do porto cearense na rota, a exportação de produtos como algodão e carne ganha uma alternativa mais competitiva e estratégica em relação aos portos do Sudeste e do Sul brasileiros.

Fonte: GC Mais
Nova rota para exportações vai ligar Porto do Pecém à China em cerca de 30 dias

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Dólar sobe e fecha a R$ 5,99 após tarifa de 104% dos EUA à China; bolsa cai

Brasil sofre mais por ter mercado com relação forte com a China, que deve sofrer aperto tarifário dos EUA

 O dólar disparou na sessão desta terça-feira (8), com a aversão ao risco, enquanto investidores retiravam dinheiro em busca de ativos mais seguros. O Brasil sofreu mais, por sua proximidade com a China, que deve ser fortemente impactada pelas tarifas de Donald Trump.

Ao fim do pregão, a moeda norte-americana registrava alta de 1,49%, cotada a R$ 5,9985, maior valor de fechamento desde 21 de janeiro deste ano, quando encerrou a R$ 6,0313. A divisa chegou a bater R$ 6 na máxima.

Já oIbovespa fechou em queda de 1,32%, a 123.931,89 pontos. Nas ações, Vale e Petrobras figuram entre as maiores pressões negativas em meio ao declínio dos preços do minério de ferro e do petróleo no exterior.

Os Estados Unidos confirmaram, na tarde desta terça-feira (8), que aplicará uma nova tarifa contra a China.

A medida ocorre após o gigante asiático não cumprir o pedido do presidente donald Trump de voltar atrás com as taxas retaliatórias de 34% anunciadas na semana passada.

Nos EUA, o índice S&P 500 fechou abaixo da marca de 5.000 pontos pela primeira vez em quase um ano, depois da sessão volátil desta terça-feira e de uma forte valorização dos papeis pela manhã, com esperanças de investidores se esvaindo em relação a quaisquer adiamentos ou concessões iminentes dos Estados Unidos em relação às tarifas.

O Nasdaq recuou 2,15%, aos 15.267,91 pontos; o S&P 500 caiu 1,57%, aos 4.982,77 pontos; e o Dow Jones perdeu 0,84%, aos 37.645,59 pontos.

Bolsas da Europa e Ásia se recuperam

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça, recuperando-se parcialmente dos tombos que sofreram no pregão anterior em meio a preocupações com os efeitos do tarifaço do governo Trump, embora as tensões comerciais persistam.

O índice japonês Nikkei subiu 6,03% em Tóquio, a 33.012,58 pontos, seu melhor desempenho diário desde 6 de agosto do ano passado. Já o Hang Seng avançou 1,51% em Hong Kong, a 20.127,69 pontos, revertendo apenas uma fração da drástica queda de cerca de 13% que sofreu ontem.

Na Europa, as bolsas também fecharam em alta, após acumularem perdas nos quatro pregões anteriores. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 2,72%, a 486,91 pontos, depois de cair mais de 12% nas últimas quatro sessões.

Contexto internacional

A política comercial dos EUA continua sendo no foco dos mercados desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na semana passada a imposição de tarifa de 10% sobre as importações ao Brasil, que entrou em vigor no sábado, e taxas mais altas para alguns parceiros, que serão implementadas na quarta.

Por três sessões consecutivas, os investidores demonstravam enorme aversão ao risco, uma vez que temem que as medidas comerciais possam desencadear uma guerra comercial ampla, o que poderia provocar a aceleração da inflação global e uma recessão econômica em diversos países.

Mas nesta terça-feira, os agentes financeiros demonstravam um certo alívio, já que notícias recentes mostraram que alguns países estão preparados para negociar as tarifas com os EUA, evitando novas escaladas nas tensões comerciais.

O destaque era o Japão, sobre quem Trump afirmou na segunda que está enviando uma equipe para discutir as relações comerciais. O país asiático ainda anunciou nesta terça que seu ministro da Economia, Ryosei Akazawa, liderará as negociações pelo lado japonês.

Na Europa, ministros da União Europeia concordaram na véspera em priorizar as negociações dos EUA, mesmo que a Comissão Europeia tenha anunciado no mesmo dia planos para retaliar as medidas implementadas pela maior economia do mundo.

“Embora a UE permaneça aberta a negociações — e prefira fortemente — não vamos esperar indefinidamente”, disse o comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic, acrescentando que o bloco avançaria com contramedidas.

A divisa norte-americana ainda recuava ante pares do real, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

Por outro lado, o otimismo nos mercados contava com uma dose de cautela, à medida que Trump também escalou as tensões com a China na segunda-feira, ameaçando a segunda maior economia do mundo com tarifas adicionais caso Pequim não abandone as medidas retaliatórias contra as taxas dos EUA.

Cenário no Brasil

Na cena doméstica, dados do Banco Central mostraram mais cedo que a dívida bruta do Brasil registrou alta em fevereiro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário bem menor do que o esperado.

FONTE: CNN Brasil
Dólar sobe e fecha a R$ 5,99 após tarifa de 104% dos EUA à China; bolsa cai | CNN Brasil

 

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Panamá diz que empresa chinesa descumpriu contrato para operar portos no canal

A subsidiária da empresa de Hong Kong Hutchison Holdings descumpriu o contrato que lhe permite operar dois portos no Canal do Panamá, segundo o resultado de uma auditoria divulgado nesta segunda-feira (7), após as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o controle da via interoceânica.

“Há muitos descumprimentos” no contrato de concessão concedido em 1997 e renovado por 25 anos, em 2021, para a Panama Ports, subsidiária da Hutchison Holdings, anunciou o controlador panamenho, Anel Flores.

Segundo o funcionário, entre outras irregularidades, o Panamá não recebeu da companhia 1,2 bilhão de dólares (R$ 7 bilhões) por suas operações nos portos de Balboa (Pacífico) e Cristóbal (Atlântico). Além disso, a empresa se beneficiou de “muitas isenções fiscais” e houve irregularidades em uma auditoria prévia para justificar a renovação do contrato.

“Este é um tema muito delicado”, ressaltou Flores, que também anunciou que apresentará nos próximos dias as denúncias correspondentes ao Ministério Público.

O anúncio do resultado da auditoria foi feito horas antes da chegada ao Panamá do chefe do Pentágono, Pete Hegseth, em meio a acusações dos Estados Unidos de uma suposta interferência da China no Canal.

Washington considera uma “ameaça” à segurança nacional e regional que uma empresa de Hong Kong opere dois portos nos extremos do canal, por onde passa 5% do comércio marítimo mundial.

No entanto, Flores negou que o anúncio do descumprimento do contrato guarde relação com a visita do secretário de Defesa americano: “Esta é uma ação autônoma do Panamá.”

Analistas já haviam previsto que a auditoria apontaria supostas irregularidades, o que facilitaria a retirada da concessão da empresa chinesa pelo Panamá, para contentar Washington.

A Controladoria, instituição autônoma encarregada de fiscalizar os fundos públicos, iniciou em janeiro uma auditoria na Panama Ports para verificar se ela cumpria o contrato que lhe permite operar os dois portos nos acessos ao canal. Esse processo começou depois que Trump ameaçou repetidas vezes tomar o controle do canal, argumentando que a China o estaria operando.

Em 4 de março, a Hutchison anunciou que venderia 43 portos em 23 países, incluindo suas operações no Panamá, para um consórcio americano. No entanto, o negócio não foi concluído em 2 de abril, conforme o previsto, pois há uma investigação de reguladores chineses.

Semanas atrás, o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, disse que o resultado da auditoria determinaria o futuro da concessão. Flores informará nos próximos dias a Autoridade Marítima do Panamá sobre as irregularidades.

A Suprema Corte analisa duas ações de nulidade contra o contrato. O procurador-geral panamenho, Luis Carlos Gómez, afirmou que ele é inconstitucional.

FONTE: Estado de Minas
Panamá diz que empresa chinesa descumpriu contrato para operar portos no canal

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Mercados dos EUA afundam-se ainda mais após Europa oferecer abertura a tarifas “zero por zero”

A queda do mercado bolsista norte-americano agravou-se esta segunda-feira, com os compradores relutantes em intervir, apesar das especulações sobre possíveis acordos comerciais e dos sinais de que a Europa poderá estar pronta a aliviar as tensões, adotando um tom menos conflituoso.

Relatos não confirmados de que o conselheiro económico da Casa Branca, Kevin Hassett, tinha sugerido uma possível pausa de 90 dias nas novas tarifas ofereceram uma breve centelha de esperança, mas esse otimismo rapidamente se desvaneceu.

Às 15:30, hora de Lisboa, o S&P 500 tinha caído 1,3% para 5.010 pontos, o nível mais baixo desde o início de 2024, aumentando as perdas acumuladas do índice para quase 12% desde o anúncio das tarifas da semana passada – uma das suas quedas mais acentuadas na história do pós-guerra, rivalizando com a “segunda-feira negra” de outubro de 1987 e a crise financeira global de 2008.

Desde o seu pico em fevereiro, o índice de referência caiu 20%, marcando o início de um mercado técnico em baixa.

As perdas continuaram a ser generalizadas entre os índices dos EUA, com o Dow Jones a cair 2% e o Nasdaq 100, de alta tecnologia, a cair 1%.

As ações tecnológicas de grande capitalização permaneceram sob pressão. A Tesla caiu 5.5% no próprio dia e o seu valor caiu para metade desde os máximos de 2024. A Apple perdeu 3.5%, elevando o seu declínio total para 30% em relação aos níveis máximos.

Em contrapartida, os investidores procuraram refúgio em nomes defensivos e contra-cíclicos. A Dollar Tree ganhou 7%, enquanto a Brown-Forman Corp subiu 4,7% e a GE Vernova subiu 4,4%, à medida que os investidores se deslocavam para setores considerados mais resistentes durante as recessões económicas.

Trump defende tarifas em contexto de reações adversas

Na semana passada, Donald Trump anunciou uma nova vaga de tarifas aduaneiras abrangentes que visam uma vasta gama de produtos provenientes da China, da União Europeia e de outros grandes parceiros comerciais.

Na segunda-feira, Trump publicou uma mensagem na plataforma Truth Social, dizendo: “Países de todo o mundo têm vindo a falar connosco. Estão a ser definidos parâmetros duros, mas justos. Falei com o primeiro-ministro japonês esta manhã… A única forma de curar este problema é com TARIFAS, que estão agora a trazer dezenas de milhares de milhões de dólares para os EUA.”

Trump defendeu ainda a estratégia tarifária. “Os Estados Unidos têm a oportunidade de fazer algo que deveria ter sido feito DÉCADAS ATRÁS”, escreveu, enquanto criticava os desequilíbrios comerciais com a China, a UE e o Japão.

“Não sejam fracos! Não sejam estúpidos! Não sejam ‘PANICANOS'”, declarou Trump, cunhando um novo termo para aqueles que se opõem às suas políticas comerciais. Afirmou ainda que as tarifas já estavam a gerar “dezenas de milhares de milhões de dólares” para os EUA e chamou-lhes “uma coisa bonita de se ver”.

Os principais bancos de investimento mundiais reviram rapidamente as suas previsões económicas à luz dos acontecimentos.

O Goldman Sachs elevou para 45% a probabilidade de recessão nos EUA, citando os riscos de perturbação do comércio e o enfraquecimento da confiança das empresas. O JP Morgan foi mais longe, atribuindo uma probabilidade de 60% de recessão nos próximos doze meses.

Europa abre-se à redução das barreiras comerciais

O choque no mercado segue-se à declaração abrupta de Trump relativa à aplicação de tarifas abrangentes sobre bens estrangeiros – uma medida protecionista que atraiu o escrutínio global. Enquanto a administração permanece firme, sinais de um tom mais conciliatório surgiram da Europa.

O vice-presidente e responsável pela pasta do comércio da Comissão Europeia, Maroš Šefčovič, manifestou disponibilidade para negociar.

“Estamos prontos para discutir tarifas ‘zero por zero’, não apenas para os automóveis, mas também para outros produtos industriais”, destacou, acrescentando que 380 mil milhões de euros em exportações da UE para os EUA, equivalente a cerca de 70% do total das exportações do bloco, estão agora sujeitos a tarifas.

No entanto, criticou a falta de progressos nas conversações com Washington, afirmando que: “Apesar dos esforços da UE, não assistimos a um compromisso que conduza a uma solução mutuamente aceitável”. O comissário também não aceitou as críticas ao regime europeu do imposto sobre o valor acrescentado (IVA), sublinhando a sua importância fiscal para os Estados-membros. “O IVA é uma importante fonte de rendimento dos Estados-membros da UE e não vamos alterar o nosso sistema de IVA.”

“Os mercados estão a reagir à mais importante mudança de paradigma desde a 2.ª Guerra Mundial”, disse Šefčovič.

As ações europeias recuperaram apenas ligeiramente com estas notícias. O Euro STOXX 50 ficou 3,4% abaixo, superando quedas mais pesadas durante a sessão.

FONTE: Euronews
Mercados dos EUA afundam-se ainda mais após Europa oferecer abertura a tarifas “zero por zero” | Euronews

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Como fica o Brasil com as bolsas derretendo no mundo?

Escalada tarifária iniciada por Donald Trump provoca queda nos mercados, alta do dólar e incertezas sobre os rumos da economia global

Os mercados estão instáveis frente à guerra comercial iniciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na última semana, e as respostas de outros países, sobretudo a China, que já anunciou taxas recíprocas de 34%.

O Vix, popularmente conhecido como o “índice do medo” de Wall Street, ultrapassou 60 na manhã de segunda-feira, número mais alto desde agosto passado. Bolsas em todo o mundo abriram essa segunda-feira (7) estendendo o clima negativo visto ao fim da semana passada. Na Ásia, a bolsa de Tóquio chegou a acionar o circuit breaker, interrompendo momentaneamente as operações. O mesmo cenário de perda é visto na Europa e nos mercados dos Estados Unidos.

O Brasil também não passou ileso, com dólar voltando a ser negociado acima de R$ 5,90. A falta de clareza foi tema da fala do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, em evento da autarquia nesta manhã em São Paulo. “Hoje, o tema de incerteza e volatilidade está mais espalhado no mundo”, disse. A incerteza quanto aos próximos passos de Trump e das reações dos países causa a volatilidade dos ativos, explica o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Spinola. Com a economia globalmente interligada, o Brasil também é afetado.

“O Brasil vai ter algum efeito direto das exportações para os EUA. Porém, o maior efeito mesmo vai ser esse indireto, pois a gente não consegue escapar diante disso, principalmente com as empresas que operam nos Estados Unidos e também com as empresas que operam com os preços internacionais e com commodities”, afirma Spinola.

Entre as incertezas, o economista cita possíveis cortes dos juros nos EUA e possíveis efeitos na inflação. “Então, por isso, essa volatilidade tão grande, essa dúvida sobre o que será definitivo ou não. Isso diminui a intenção de comprar renda variável no mundo”, acrescenta. Na avaliação do estrategista-chefe e head de Research da XP, Fernando Ferreira, as incertezas do mercado mexem com as decisões das empresas de investir e gerar lucro e dos consumidores de irem às compras. Esse cenário pode colocar a economia global em recessão.

“Os mercados já estão reagindo fortemente a esse risco. Mais de US$ 10 trilhões evaporaram das Bolsas globais apenas nos últimos 3 dias”, disse em análise publicada na segunda. Segundo levantamento feito por Ferreira, dados históricos mostram que, durante recessões econômicas, o S&P 500 tende a cair entre 20% e 30% desde o pico, com algumas exceções que tiveram quedas maiores (entre -40% e -50% em 1973, 2000 e 2008). Ou seja, de acordo com a reação do mercado, uma recessão já estaria começando a ser precificada. Fernando Ferreira afirma que os investidores esperavam que o presidente Trump trouxesse medidas de redução de gastos e de impostos corporativos aos EUA e que as tarifas ficassem somente no campo da tática de negociação típica do republicano. 

“Não foi o que observamos até agora, pois o governo Trump optou por focar suas energias nas políticas de tarifas, que não são apenas retórica, enquanto as outras pautas parecem ter ficado para depois”, diz. Na manhã desta segunda, o presidente dos EUA afirmou que manterá a sua posição frente às tarifas impostas aos países estrangeiros. “Fomos tratados tão mal por outros países porque tivemos uma liderança estúpida que permitiu que isso acontecesse”, comentou Trump, que descartou um acordo com a China, a menos que o déficit comercial dos EUA com o país asiático diminua.

FONTE: CNN Brasil
Como fica o Brasil com as bolsas derretendo no mundo? | CNN Brasil

 

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A visão dos especialistas: desafios, oportunidades e o caminho para a AAPA LATAM PERU 2025

Em junho, o Congresso AAPA LATAM, evento emblemático do setor portuário latino-americano, será realizado em Lima, Peru.

Além dos destaques dos passeios por dois de seus principais centros de infraestrutura, o Porto de Callao e o novo Porto de Chancay, o evento também contará com uma incrível agenda de conferências, que abrange desde as mais globais até as mais específicas, sempre de interesse dos stakeholders do setor, que participarão do evento em grande número. Também contará com expositores de alto nível.

O programa da conferência abrange desde uma análise das perspectivas da economia global e seu impacto na demanda no setor marítimo e portuário; aos casos de sucesso em sustentabilidade e descarbonização nas operações portuárias, bem como aos desafios em automação e tecnologia, por meio da redefinição de portos globais e cases de expansão dessa área na América Latina; As perspectivas para os principais geradores de carga e alianças de transporte emergentes, e inovação e resiliência para terminais de contêineres e granéis, bem como os desafios enfrentados pela indústria de cruzeiros e cidades portuárias na era da integração logística.

Referências

Consultamos especificamente três figuras proeminentes que farão parte dos painéis do encontro. São eles: Juan Carlos Paz Cárdenas , Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Portuária Nacional do Peru e membro do conselho de administração da AAPA LATAM; Dinesh Sharma , Diretor Executivo da Drewry, renomada consultoria global de transporte marítimo, e Carlos Urriola , especialista em portos e membro do Conselho de Administração da AAPA LATAM. Aqui eles discutem a importância da escolha do Peru como centro portuário e sede do Congresso; Os desafios e oportunidades que a América Latina enfrenta no atual contexto de incerteza geopolítica e comercial, e como isso afeta a indústria portuária e marítima na América Latina. Da mesma forma, como as alianças de transporte estão influenciando as cadeias logísticas e os portos.

Para Juan Carlos Paz, 2024 foi um ano importante para o desenvolvimento portuário no Peru. “A inauguração do Terminal Portuário Multipropósito de Chancay marcará um marco na conectividade com a Ásia, permitindo rotas diretas para Xangai em apenas 23 dias. Da mesma forma, o Píer Bicentenário de Callao, com 1.050 metros de comprimento e totalmente eletrificado, fortalece a capacidade operacional do porto mais importante do país. Isso se soma aos novos investimentos em Chancay e Callao, bem como em portos regionais, marítimos e fluviais ”, observa.

Ele acrescenta que esse crescimento fortaleceu a competitividade do Peru no comércio global, com exportações superiores a US$ 74 bilhões, dos quais US$ 12,7 bilhões correspondem às exportações agrícolas. “Nos posicionamos como líderes em produtos como mirtilos e uvas, e entre os principais exportadores de abacates e mangas. Além disso, somos o sétimo país em volume de trânsito pelo Canal do Panamá “, enfatiza.

Especificamente, ele diz que essas conquistas fizeram do Peru um ator-chave em logística e comércio internacional, tornando a escolha de Lima como sede do Congresso AAPA LATAM 2025 uma oportunidade estratégica para mostrar nosso crescimento e liderança no setor portuário.

Quanto a como os países latino-americanos podem se posicionar em uma realidade desafiadora, em termos de geopolítica e comércio global; Paz reconhece que a incerteza é uma constante na história econômica e geopolítica, e cada país deve definir estratégias claras para transformar desafios em oportunidades. Ele enfatiza que, nos últimos anos, o Peru fortaleceu sua integração comercial por meio de 23 Tratados de Livre Comércio (TLCs) com as principais economias do mundo, incluindo Estados Unidos, China e União Europeia. Da mesma forma, por meio de estratégias eficazes em comércio exterior, exportações agrícolas, mineração e desenvolvimento portuário, ele diz que o Peru conseguiu consolidar um caminho de crescimento sustentado. Apesar das incertezas globais, uma visão clara e políticas bem estruturadas nos permitem permanecer competitivos e continuar expandindo nossa presença em mercados internacionais.

“Nosso modelo portuário é referência na região, com investimentos de 18 países, entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Espanha, México, Holanda, Turquia, Emirados Árabes Unidos, China e Austrália. Nossa política de concessões tem sido bem-sucedida, com oito concessões já outorgadas, uma nona em processo de assinatura e a extensão de 30 anos da concessão do Terminal Portuário de Matarani”, explica.

Especificamente, em relação aos objetivos de otimizar tempos e reduzir custos, reduzir congestionamentos e poluição e criar um sistema portuário e de transporte mais amigável à população, ele enfatizou: “O fortalecimento do sistema portuário peruano requer uma abordagem abrangente que abrange infraestrutura, logística e conectividade com o interior. A Autoridade Portuária Nacional (APN), por meio do Plano Nacional de Desenvolvimento Portuário (PNDP), trabalha em estreita coordenação com o Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) e seu Plano Nacional de Serviços de Logística de Transporte e Infraestrutura até 2032.”

Ele também enfatizou que um dos principais objetivos é melhorar a conectividade entre o porto e a cidade por meio do desenvolvimento de infraestrutura rodoviária e ferroviária. “Foram planejados importantes corredores logísticos, como a ligação rodoviária entre Chancay e Callao, a ferrovia Eten-Cajamarca, a ferrovia San Juan de Marcona-Apurímac, a ferrovia Barranca-Lima (passando por Callao e Chancay) e a ferrovia Chancay-Pucallpa. Além disso, a legislação de cabotagem altamente flexível do Peru abre novas oportunidades para integrar portos regionais com os principais centros logísticos do país, facilitando o acesso aos mercados internacionais. Com essas iniciativas, estamos caminhando para um sistema portuário mais eficiente, sustentável e competitivo, alinhado às tendências globais de comércio e logística.”

Tendências e desafios

Por sua vez, Dinesh Sharma, da Drewry, destaca que a América Latina tem visto um forte crescimento no tráfego portuário nos últimos anos. “Comparado aos níveis de janeiro de 2019, esse crescimento foi de 30%. Além disso, a taxa média de crescimento de 12 meses atingiu 11,1% em dezembro passado, quase o dobro da média global de 6,1% ”, ele diz.

Falando especificamente no Peru, nos últimos dois anos, o tráfego nos portos mais importantes, como Callao, aumentou em até 25%, e em outros casos, como o Terminal Portuário de Paracas, esse percentual quadruplicou, explica. “Esse crescimento é reflexo principalmente dos investimentos em infraestrutura e equipamentos, que levam tanto ao aumento da capacidade quanto à melhoria da eficiência “, alerta.

Ele entende que, na América Latina, os investimentos em infraestrutura logística são desafiadores e extremamente importantes para responder ao crescimento da região. “Desafios tanto de uma perspectiva geográfica e demográfica, quanto para as receitas de exportação, especialmente de commodities e produtos perecíveis, onde os custos logísticos e a relação tempo/eficiência são componentes-chave da competitividade”, ele insiste.

Ela destaca a importância do Peru em termos de movimentação de contêineres. É importante lembrar que mais da metade dos 7 milhões de TEUs de capacidade adicional planejada para os próximos cinco anos ao longo da Costa Oeste da América Latina, do México ao Chile, estão no Peru. “Este país desempenha e desempenhará não apenas um papel importante e crescente como um centro para si mesmo, mas também como um centro para a região”, diz ele.

Em relação à incerta situação geopolítica e comercial global e como ela afeta o setor marítimo e portuário; ressalta que houve uma mudança fundamental. “De um mundo de relativa previsibilidade para um onde, primeiro, o risco geopolítico é alto e, segundo, a competição geopolítica é intensa. A política comercial está levando a um crescente campo de batalha competitivo. Isso também está levando a uma forte fragmentação entre esses concorrentes e blocos econômicos. O ambiente geopolítico atual apresenta dois riscos: alta volatilidade e, consequentemente, grande incerteza; mas, ao mesmo tempo, oportunidades para a América Latina. Para enfrentar esses desafios, a região é especialmente resiliente em exportações de commodities com exposição comercial a muitos países, onde a competitividade tem muito a ver com custos logísticos e eficiência”, explica .

A perspectiva atual para a região de Drewry é de 6 milhões de TEUs de capacidade de processamento adicionados nos próximos cinco anos. Dada a adição de capacidade planejada na região, a utilização provavelmente permanecerá inalterada durante esse período, diz Sharma.

“A história recente mostrou a incerteza global que levou a gargalos nas cadeias de suprimentos e, portanto, investimentos em infraestrutura logística para lidar melhor com essa volatilidade e incerteza serão essenciais. Outra consequência dessa intensa competição geopolítica serão as exportações em larga escala decorrentes do excesso de capacidade industrial. Uma oportunidade para a região pode ser participar mais das cadeias de suprimentos de valor por meio de maior integração na infraestrutura logística, trazendo competitividade de custos e eficiência para essas cadeias”, argumenta.

Mais particularmente como isso afeta portos e terminais; ressalta que eles estão operando em um ambiente altamente dinâmico. “A combinação de pico de demanda e interrupções na cadeia de suprimentos resulta em atrasos nas escalas de embarcações, deterioração da integridade do cronograma, altos volumes e falta de capacidade intermodal. Tudo isso é um desafio de teste para operadores de portos e terminais, que devem estar preparados para enfrentar esse ambiente altamente volátil. Vimos as consequências dessa situação por meio do impacto na produtividade operacional. A necessidade de encontrar maiores eficiências operacionais e de capacidade em toda a pegada do processo do terminal levará a um maior impulso em direção à digitalização e automação ”, explica ele.

Por fim, ele observa que os operadores de terminais de contêineres estão cada vez mais transferindo suas operações de um modelo de negócios tradicional, ou apenas dentro de certos limites, para se tornarem totalmente integrados às cadeias de suprimentos globais em resposta a um cenário altamente competitivo.

Oportunidades

Sobre a importância do Peru como anfitrião do encontro da AAPA LATAM, Carlos Urriola , diretor da AAPA LATAM e do grupo de terminais CARRIX, destaca que, desde os tempos coloniais, o Peru é um ponto importante para o comércio mundial. “Os investimentos nas expansões de Callao e Chancay confirmam seu papel como um hub marítimo para distribuição de cargas. Além da infraestrutura portuária, investimentos contínuos em estradas, ferrovias e parques logísticos são necessários para tornar o Peru um hub ainda mais bem-sucedido. A seleção de Lima para o Congresso da AAPA será uma excelente oportunidade para discutir projetos locais e regionais ”, acrescentou.

Sobre os desafios impostos pela incerteza geopolítica e comercial global para a América Latina, ele sustenta: “Devemos continuar aumentando o comércio entre os países da região e mantê-lo altamente competitivo em termos de custos e conectividade. Existem variáveis ​​que nossos países não podem controlar; mas devemos nos concentrar em manter e aumentar a eficiência de nossos sistemas para movimentar todos os tipos de carga de forma ‘verde’ “, argumenta.

Por fim, em relação ao impacto das grandes alianças de transporte de contêineres que dominam os mercados logístico e portuário, ele acredita que a maioria delas nasce e morre antes de sua data de expiração. Ele sustenta que dois fenômenos estão ocorrendo na região em relação a essa questão: “Por um lado, alianças estão experimentando redes de embarcações usando transbordo, e outras com serviços diretos. Essa é uma grande mudança na região. Por outro lado, as linhas de navegação estão operando múltiplos terminais portuários, e há muito poucos operadores portuários que não fazem parte das estruturas dessas linhas.”

Dessa forma, entende-se que os níveis de competição serão muito fortes, e os governos devem garantir uma concorrência justa entre todos os atores da cadeia logística.

Um encontro estratégico para toda a região

A AAPA LATAM 2025 será um espaço privilegiado para o diálogo regional, a análise estratégica e a troca de experiências entre os diversos stakeholders da cadeia logística e portuária.
De 24 a 27 de junho, Lima será o palco para novas ideias, projetos futuros e decisões importantes para construir uma indústria mais resiliente, eficiente e conectada.

FONTE: AAPA LATAM
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Comércio Exterior, Economia, Finanças, Informação, Internacional, Investimento, Tecnologia

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