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Com dificuldades financeiras, gastos elevados e Selic a 15%, governo suspende Plano Safra

Decisão do Ministério da Fazenda afeta gravemente a produção agrícola

O governo Lula (PT), por meio do Ministério da Fazenda, determinou a suspensão de financiamentos rurais do Plano Safra 2024/2025, já a partir desta sexta-feira (21). A decisão impacta diretamente produtores rurais e bancos que operam com crédito agrícola, afetando os planos de investimentos para a safra em curso. Trocando em miúdos, o governo gastou demais e acabou o dinheiro.

O deputado Pedro Lupion (PP-R), presidente da Frente Parlamentar da Agricultura, já havia advertido para a crise na semana passada, dia 12, que o governo Lula “está perdido” e sem saída para buscar linhas de equalização para reduzir as taxas de juros do crédito rural com Selic caminhando para 15% ao ano”.

“Não há espaço fiscal, não tem dinheiro e não sabem onde vão buscar”, afirmou o deputado Pedro Lupion. Para ele, “equalizar Selic a 15% é muito caro”.

A irresponsabilidade do governo Lula pode comprometer a produção agrícola brasileira e até seu posicionamento na economia mundial, além de comprometer as exportações, os empregos, a inflação etc. Com a falta de crédito agrícola, o governo prejudica gravemente o único setor que era esperança de boas notícias para a economia brasileira.

A medida, que evidencia falta de caixa, foi comunicada por ofício do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron de Oliveira, com argumentos tecnicistas. Alegou a necessidade de “atualização das estimativas de gastos com a equalização de taxas de juros para operações rurais”.

O governo apontou um “aumento significativo das despesas”, em razão da “elevação dos índices econômicos que compõem os custos das fontes de financiamento.“ Ou seja, o próprio governo já reconhece que gastou demais, por provocando “aumento significativo das despesas”, e que a referência a “elevação dos índices econômicos” aponta em direção de taxa “Selic a 15%

“Depois de não entregar a picanha, o governo Lula tira ovo do povo brasileiro”, criticou o senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP. Ele fez um apelo em vídeo, divulgado no fim da noite desta quinta-feira (20), para que o o governo honre sua vitória nas urnas em 2022. Para ele, o Brasil é um País sem rumo, desgovernado.

A suspensão se aplica a todas as novas contratações de financiamentos rurais subvencionados pelo Tesouro, exceto para as linhas de financiamento do Pronaf Custeio.

FONTE: Diário do Poder
Perdido, gastando sem parar, sem dinheiro e Selic a 15%, governo suspende Plano Safra – Diário do Poder

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FIESC prevê alta de 3,86% para setor de borracha e plásticos em SC

Selic em alta deve restringir avanço; nível de renda das famílias e ciclo da construção civil minimizam impacto da alta dos juros

O segmento de borracha e plásticos deve crescer acima da média prevista para a indústria no estado em 2025. Estimativas da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) apontam que o ramo deve apresentar incremento de 3,86% neste ano, contra 1,73% da indústria catarinense. O desempenho deve ficar bem abaixo dos 6,5% de alta registrados pelo setor em 2024.

“O crescimento será restringido pela taxa Selic, que segundo projeções deve chegar a 15% em meados de 2025. Esse cenário impacta setores que são grandes consumidores de embalagens industriais, como eletrodomésticos e vestuário, bem como a construção civil”, explica o economista-chefe da entidade, Pablo Bittencourt.

O impacto negativo do aumento de juros deve ser arrefecido pelo crescimento de 3% na renda das famílias – favorecendo o consumo de descartáveis e embalagens plásticas domésticas, na avaliação do economista, que são fortes no estado. Vale lembrar, no entanto, que essa alta no rendimento será inferior à registrada em 2024, que foi de 7%.

Também ajuda a mitigar o ambiente econômico desfavorável, o ciclo da construção civil residencial, de 18 a 24 meses. O setor continuará comprando insumos como tubos e conexões, e produtos embalados para finalizar as obras já iniciadas, a despeito de uma expectativa de atividade econômica menor também para a construção.

FONTE: FIESC
FIESC prevê alta de 3,86% para setor de borracha e plásticos em SC | FIESC

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BC diz que alta dos alimentos vai se propagar pela economia e que descumprirá a meta de inflação

Banco Central sob a presidência de Gabriel Galípolo avisou na Ata do Copom desta terça-feira, 4, que deve descumprir a meta de inflação já na largada, agora sob o regime de “meta contínua”.

Em outras palavras, isso quer dizer que a inflação vai ficar acima do teto de 4,5% por seis meses consecutivos, de janeiro a junho, o que configuraria o descumprimento. A partir de 2025, o descumprimento da meta deixa de ser medida pelo ano calendário, ou seja, pelo resultado de dezembro de cada ano, e passa a ser computado se ficar acima do intervalo de tolerância por seis meses.

Na reunião da semana passada, a primeira sob a presidência de Galípolo, o BC elevou a Selic em um ponto percentual, para 13,25%. Foi o quarto aumento consecutivo da taxa básica de juros, que marcava 10,5% em setembro do ano passado.

BC reafirmou em ata que vai subir a Selic em um ponto percentual na reunião de março Foto: José Cruz/Agência Brasil

Na Ata, o BC também reafirmou que vai subir a Selic em um ponto percentual na reunião de março, mas não quis, assim como no comunicado da reunião, dar outro “forward guidance” (indicação futura) para a reunião de maio.

De toda forma, ele enfatizou que o ciclo total de alta dos juros será guiado pelo “firme compromisso de convergência de inflação à meta”, o que sinaliza a continuidade do aperto, mesmo que não seja no ritmo de um ponto.

Pela Ata, o BC indica que há pressão sobre a inflação de todos os lados, mostrando um cenário desafiador para a política monetária.

“O cenário prospectivo de inflação segue desafiador em diversas dimensões. O Comitê analisou a atividade econômica, a demanda agregada, as expectativas de inflação, a inflação corrente e o cenário internacional”, afirmou.

Pelo lado externo, principalmente com as incertezas provocadas por Donald Trump nos EUA, há o fortalecimento do dólar, o que torna os bens industriais importados pelo Brasil mais caros.

Isso também é reforçado pelo risco fiscal no Brasil, que aumenta as incertezas dos investidores e desvaloriza a nossa moeda.

“No período recente, a percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida seguiu impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes”, diz o Banco Central.

Internamente, o BC vê a economia sobreaquecida, com o mercado de trabalho mais forte (o desemprego está na mínima histórica), o que pressiona a inflação de serviços.

E há ainda um alerta sobre a indexação da nossa economia, que terá o efeito de transformar, por exemplo, um choque temporário dos alimentos em permanente.

É isso que o BC quer dizer quando afirma que “esse aumento (dos alimentos) tende a se propagar para o médio prazo em virtude da presença de importantes mecanismos inerciais da economia brasileira”.

A Ata indica mais uma vez que o BC não vai deixar de cumprir o seu papel de combate à inflação. Mas ganha tempo para avaliar o cenário até maio, diante da volatilidade internacional que tem sido provocada principalmente pelas medidas de Trump com as barreiras comerciais.

De todo modo, há o pedido, mais uma vez, para que as políticas monetária e fiscal sejam “harmoniosas”. Ou seja, para que o governo Lula de fato corte gastos. Caso contrário, ainda não há limite, pelas indicações do BC, para o aumento dos juros no País.

FONTE: O ESTADÃO
BC diz que alta dos alimentos vai se propagar pela economia e que descumprirá a meta de inflação – Estadão

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FIESC projeta crescimento tímido para a indústria de SC em 2025

Juros mais altos e crescimento mais lento da renda das famílias contribuem para a expectativa; incertezas no cenário externo por fator Trump colaboram

 A indústria catarinense deve esperar um cenário econômico desafiador em 2025, com crescimento modesto de 1,73%. A expectativa da Federação das Indústrias de SC (FIESC) considera que os fatores que impulsionaram o crescimento de mais de 7% em 2024 terão peso diferente este ano. A análise consta do Boletim de Conjuntura divulgado nesta segunda-feira (3) pela entidade.

Para o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, a alta dos juros e a alta do dólar tiveram um efeito negativo sobre a expectativa dos industriais. “O índice de confiança do empresário industrial já vem mostrando um maior pessimismo em relação à economia, especialmente porque não se enxerga solução de curto prazo para os motivos que levaram ao aumento da taxa básica de juros. O empresário não acredita na disposição do governo federal para reduzir gastos”, explica.

Entre os principais fatores para a desaceleração da economia de SC estão o impacto do aumento dos juros em setores que dependem do crédito. O economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt, explica que segmentos como o de bens de capital devem observar uma menor demanda. “Além disso, o saldo de crédito à pessoa física para a aquisição de bens será fortemente afetado pela Selic – projetada a 15% a partir da metade de 2025 -, o que deve levar a um resultado negativo a partir de junho”, afirmou.

Aliado ao fator crédito, o crescimento mais moderado da renda familiar também impacta o desempenho da indústria em 2025. “Juros altos e o aumento do endividamento das famílias devem reduzir o consumo, o que afeta setores como os de automóveis, de eletrodomésticos e têxtil e de confecções”, analisa Bittencourt.

Aguiar destaca que a resiliência da indústria de Santa Catarina será colocada à prova e será necessário fazer ajustes em face às novas condições de crescimento.

No cenário externo, as incertezas sobre os efeitos das políticas tarifárias já anunciadas ou prometidas pelo presidente norte-americano Donald Trump também preocupam. “Muitas medidas a serem tomadas pelos EUA ainda são desconhecidas, e a extensão delas e seus reais efeitos sobre as exportações catarinenses ainda são imprevisíveis”, explica o economista. Os Estados Unidos são o principal destino das exportações de SC, e o segundo maior parceiro comercial do estado.

Impacto atenuado

Setores como agroindústria e construção civil serão fundamentais para minimizar os impactos de uma economia em desaceleração, na avaliação de Bittencourt. Um dos fatores que justifica a análise é que ambos os segmentos geram efeito encadeamento, ou seja, movimentam outros setores.

Um exemplo é a construção civil, que impulsiona a indústria cerâmica, de plásticos, de metais e de madeira, por exemplo. “A construção civil deve ajudar a minimizar a desaceleração, pois o ciclo de obras iniciado em 2024 vai continuar precisando de matérias primas em 2025”, destaca o economista.

Já a agroindústria deve se beneficiar do aumento da produção agrícola, estimada em 8%. Os reflexos esperados são de crescimento da indústria de proteína animal, especialmente na de carnes de aves e de suínos. A atividade destes dois setores movimenta ramos como o de plásticos e papel (embalagens) e o de metalurgia.

Bittencourt reforça, no entanto, que mudanças na política fiscal brasileira e na política tarifária norte-americana podem alterar este cenário.

FONTE: FIESC
FIESC projeta crescimento tímido para a indústria de SC em 2025 | FIESC

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Com Selic a 13,25%, Brasil tem o segundo maior juro real do mundo

O Brasil manteve a segunda posição no ranking global de juros reais (descontada a inflação), enquanto a Argentina assumiu a liderança, segundo levantamento realizado pelo economista Jason Vieira, da MoneYou.

Com a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a Selic para 13,25% ao ano, o juro real brasileiro ficou em 9,18% ao ano, atrás apenas da Argentina, que registra 9,36%. A média das economias analisadas no estudo é de 1,34%.

A Argentina passou por uma reviravolta no ranking, ao passar de juros reais negativos para a 1ª colocação em poucos meses. O avanço ocorreu devido à combinação de projeções de inflação mais moderadas para 2025 e taxas de juros mais atrativas para investidores internacionais.

Além do Brasil e Argentina, completam o top 5 do ranking Rússia (8,91%), México (5,52%) e Indonésia (5,13%). O cenário considera uma alta de 1 ponto percentual nas taxas de juros nos próximos 12 meses.

Em cenários alternativos, o estudo aponta que o Brasil ultrapassaria a Argentina em 2025 ao considerar um aumento hipotético de mais 1,25 ponto percentual na Selic. Nessas condições, os juros reais brasileiros alcançariam 9,44%, ante 9,36% dos argentinos. Já com aumento de apenas mais 0,50 ponto percentual, o Brasil cairia para a terceira posição, atrás de Argentina e Rússia.

Entre os 40 países avaliados, a maioria manteve ou cortou os juros recentemente, com exceção do Brasil e do Japão, que elevou sua taxa de 0,25% para 0,50% ao ano.

Em termos nominais, o Brasil ficou na quarta colocação, atrás de Turquia (45%), Argentina (32%) e Rússia (21%). Já países como China (1,14%) e EUA (1,12%) estão em patamares bem inferiores.

O levantamento também mostra que 12 economias possuem juros reais negativos, incluindo Japão (-1,32%) e Turquia (-6,0%).

  1. Argentina – 9,36%
  2. Brasil – 9,18%
  3. Rússia – 8,91%
  4. México – 5,52%
  5. Indonésia – 5,13%
  6. Colômbia – 5,01%
  7. República Tcheca – 3,30%
  8. África do Sul – 2,95%
  9. Filipinas – 2,57%
  10. Hong Kong – 1,99%

    Fonte: InfoMoney
    Brasil tem 2º maior juro real do mundo com Selic a 13,25%; Argentina assume liderança

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Brasil passa a ter maior juro real do mundo após corte de taxa na Argentina

Esse movimento refletiu tanto a elevação da Selic em 1 ponto porcentual quanto a redução de 3 pontos porcentuais nos juros argentinos

O Brasil passou a ter a maior taxa real de juros do mundo nesta sexta-feira, 31, segundo levantamento do economista Jason Vieira, do site MoneYou.

Esse movimento refletiu tanto a elevação da Selic em 1 ponto porcentual, na quarta-feira, 29, quanto a redução de 3 pontos porcentuais nos juros argentinos na quinta-feira, dia 30.

O corte promovido pelo Banco Central da Argentina fez com que o juro real do país caísse de 9,36% para 6,14%, segundo o ranking. O juro real do Brasil – que já era o segundo maior do mundo desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), atrás apenas da Argentina – está em 9,18% e, por isso, passou a ser o maior do mundo.

O Copom aumentou a Selic em 1 ponto porcentual na quarta-feira, de 12,25% para 13,25%, e manteve a sinalização de uma nova elevação de 1 ponto na sua próxima reunião, em março, que colocaria os juros em 14,25%. O mercado espera que a taxa suba até 15% no fim do ciclo, em maio deste ano, conforme o mais recente Relatório Focus.

FONTE: Infomoney
Brasil passa a ter maior juro real do mundo após corte de taxa na Argentina

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Focus: projeções do mercado para IPCA sobem pela 15ª semana seguida; estimativa para PIB cai

A projeção do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 15ª semana consecutiva e, desta vez, saltou de 5,08% para 5,50% – exatamente 1 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%.

Um mês antes, era de 4,96%. A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu pela quinta semana seguida, de 4,10% para 4,22%. Um mês antes, estava em 4,01%. A estimativa intermediária para a inflação de 2027 permaneceu em 3,90%, contra 3,83% de quatro semanas atrás. A projeção para o IPCA de 2028 passou de 3,58% para 3,73%, ante 3,50% um mês antes.

O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária. O colegiado espera um IPCA de 4,0% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus (de 6 de dezembro) e dólar começando em R$ 5,95 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC). Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2025 em 4,50% e desacelere a 3,60% em 2026.

A mediana do relatório Focus para a inflação de preços administrados em 2025 aumentou de 4,52% para 4,83%. Um mês antes, estava em 4,40%. A projeção para 2026 passou de 4,10% para 4,19%. Quatro semanas antes, estava em 4,00%. O Banco Central espera que a inflação de preços administrados seja de 4,5% este ano e desacelere a 4,1% em 2026, conforme os números divulgados no mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI), de dezembro.

As medianas do relatório Focus indicam que o IPCA deve somar 1,96% no primeiro trimestre de 2025. Se confirmada, seria a maior taxa trimestral desde o mesmo período de 2023, quando a inflação acumulada de janeiro a março foi de 2,09%. A estimativa intermediária do Focus para o IPCA de janeiro passou de zero para alta de 0,12%.

Na última sexta-feira, 24, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 subiu 0,11% em janeiro, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de queda de 0,01%. A projeção para fevereiro no Focus passou de 1,35% para 1,38%. A mediana para o IPCA de março foi de 0,43% para 0,46%.

Banco Central decide essa semana sobre futuro dos juros Foto: Dida Sampaio/Dida Sampaio/Estadão

No caso do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a projeção elevou de 2,04% para 2,06% neste ano. Um mês antes, estava em 2,01%. A estimativa para 2026 caiu de 1,77% para 1,72%. Um mês atrás, era de 1,80%. Após 78 semanas de estabilidade, a mediana para o crescimento do PIB de 2027 passou de 2,0% para 1,96%. O Banco Central espera que a economia brasileira cresça 3,50% em 2024 e 2,10% este ano.

A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 ficou estável em 15,0%. Um mês atrás, estava em 14,75%. Na sua última reunião, de dezembro, o Copom aumentou a taxa básica para 12,25% ao ano e sinalizou mais duas elevações de 1 ponto porcentual cada, que levariam os juros a 14,25% em março.

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O Copom volta a se reunir na terça-feira, 28, e quarta-feira, 29, para definir a taxa Selic. De 51 instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, 50 esperam que o comitê eleve a taxa Selic para 13,25%. A mediana para os juros no fim de 2026 aumentou de 12,25% para 12,50%. Um mês antes, era de 12,00%.

O RTI de dezembro do Banco Central reforçou o cenário de deterioração da inflação e firmou a percepção do mercado de que será preciso uma taxa de juros acima de 13,75% – estimativa adotada como pico do juro básico no cenário de referência do RTI – para a convergência da inflação à meta de 3%.

FONTE: Estadão on MSN
Focus: projeções do mercado para IPCA sobem pela 15ª semana seguida; estimativa para PIB cai

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Dólar deve cair abaixo de R$ 6 com fiscal no preço, diz Allianz

O dólar deve cair abaixo de R$ 6 nos próximos meses com os riscos fiscais já precificados pelo mercado financeiro e a ajuda dos juros mais elevados no Brasil, diz Carlos Carranza, gestor de portfólio da Allianz Global Investors baseado em Londres.

“Nós temos uma visão construtiva do real e, se as pressões sobre as moedas emergentes terminarem após a posse do presidente Trump, não seria surpresa o dólar romper os R$ 6,00, para um nível mais baixo”, disse em entrevista.

O gestor afirmou que a Allianz tem posições em Brasil, embora sem especificar um valor. Globalmente, a AGI tem 560 bilhões de euros em ativos sob administração.

O dólar fechou no nível dos R$ 6,10 na sexta-feira e devolveu parte do alívio das primeiras semanas de 2025, quando alguns investidores voltaram a vender a moeda depois do forte fluxo de saídas do final do ano passado.

A moeda brasileira deve ser beneficiada pela busca do investidor pelo diferencial de juros entre o Brasil e os EUA, avalia Carranza. O Banco Central já sinalizou ao menos mais duas altas da Selic de 1 ponto percentual até março, o que levaria a taxa para acima de 14%, enquanto os juros nos EUA podem ser reduzidos, segundo o gestor.

Se o risco fiscal foi o grande fator por trás da disparada do câmbio no ano passado, quando a moeda subiu 27% – maior avanço desde 2020 -, as maiores ameaças neste ano podem vir do exterior. Ele cita eventuais impactos das políticas de Donald Trump nos EUA e uma eventual não confirmação da expectativa de redução dos juros do Federal Reserve — dados fortes de empregos no país em dezembro levaram o mercado adiar a aposta em novo corte do Fed para o segundo semestre.

Carranza acredita, entretanto, que os ativos brasileiros tendem a ser menos afetados do que os de outros países em caso de uma “guerra comercial” de Trump. O presidente eleito tem ameaçado impor tarifas contra parceiros comerciais dos EUA, como a China, México e Canadá.

À exceção do México, a América Latina é menos vulnerável à guerra comercial e pode se beneficiar da realocação de investimentos em relação aos países mais diretamente atingidos, disse o gestor.

FONTE:  Bloomberg
Dólar deve cair abaixo de R$ 6 com fiscal no preço, diz Allianz – Bloomberg

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Dólar alcança novo recorde com pacote fiscal emperrado por disputa das emendas

O dólar terminou esta 2ª feira (9.dez.2024) a R$ 6,08, alta de 0,18%. A moeda norte-americana atingiu novamente um patamar recorde de fechamento, superando a cotação de 6ª feira (6.dez).

O maior fator de influência para a movimentação de mercado foi novamente o pacote fiscal do governo. Desta vez, a questão é em relação à votação das medidas de revisão de gastos no Congresso. Um impasse por causa da liberação de emendas pode dificultar a tramitação do pacote no Legislativo.

O dólar atingiu R$ 6,09 na máxima do dia. Leia abaixo como se comportou o câmbio em 2024:

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino decidiu manter regras mais duras para a liberação de emendas de deputados e senadores –o que motivou o impasse.

A decisão do ministro se deu por volta de 12h, logo quando o dólar começou a subir. Leia como se deu a cotação minuto a minuto no infográfico abaixo:

Ele rejeitou integralmente um pedido de reconsideração da AGU (Advocacia Geral da União) sobre as ressalvas que o magistrado havia feito sobre a lei aprovada pelo Congresso com novas normas para liberar o pagamento dos recursos.

A decisão de Flávio Dino cria um grande problema para o Planalto: sem o dinheiro das emendas ao Orçamento para amaciar a base de apoio que tem no Congresso, Lula terá dificuldades para aprovar o pacote de corte de gastos.

Emendas são instrumentos legislativos que obrigam o Poder Executivo a executar despesas específicas propostas por congressistas. Em geral, são usadas em obras e projetos de política pública nos Estados. Muitas vezes servem como objeto de negociação no Congresso. O governo cede parte do dinheiro em troca de apoio a projetos próprios.

TAXA DE JUROS
Para além do corte de gastos, o mercado também está de olho no que deve ser decidido na reunião de 4ª feira (11.dez) do Copom (Comitê de Política Monetária).

O colegiado do Banco Central definirá qual o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. A expectativa do mercado financeiro é de uma alta de 0,75 ponto percentual no indicador. Alguns nomes já dizem que a alíquota base pode sofrer um incremento de 1 ponto percentual.

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Influencia diretamente as alíquotas que serão cobradas de empréstimos, financiamentos e investimentos. No mercado financeiro, impacta o rendimento de aplicações. Atualmente, está em 11,25% ao ano.

FONTE: POder 360
https://www.poder360.com.br/poder-economia/dolar-bate-recorde-com-pacote-fiscal-travado-por-impasse-das-emendas/#:~:text=A%20moeda%20norte%2Damericana%20atingiu,revis%C3%A3o%20de%20gastos%20no%20Congresso.

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Dólar nas “alturas” atinge maior patamar em 3 anos

O dólar voltou a subir no mercado brasileiro, alcançando R$ 5,76, o maior patamar desde março de 2021.

Essa alta reflete uma combinação de fatores internos e externos, intensificada pela divulgação do déficit em transações correntes, que ultrapassou 2% do PIB, o maior nível em mais de um ano. A falta de clareza em relação a medidas de ajuste fiscal por parte do governo federal, somada à crescente saída de capital estrangeiro, contribuem para a desvalorização do real.

Em entrevista a jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que ainda não há previsão para o anúncio do conjunto de medidas de contenção de gastos, prometido para após o segundo turno das eleições, aumentando as incertezas no cenário fiscal. Esse panorama contrasta com o otimismo visto alguns meses atrás, quando se esperava uma trajetória mais estável de crescimento econômico e ajuste fiscal. Mesmo com a Selic em patamar elevado, o que em tese atrairia mais investimentos, a fragilidade fiscal e a inflação crescente geram incertezas que afugentam investidores e pressionam o câmbio.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve enfrenta sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho, como apontado no relatório JOLTs, que registrou uma queda nas vagas abertas. A expectativa de novos cortes de juros pelo Fed também contribui para as incertezas.

A ferramenta FedWatch, do CME Group, mostra que a probabilidade de o Fed realizar um corte de 50 pontos-base nos juros neste mês está quase equiparada à chance de uma redução mais modesta, de 25 pontos-base.

O Ibovespa refletiu essas incertezas e a escalada do dólar. O índice encerrou o pregão em queda, recuando para 130,7 mil pontos. Lucas Almeida, sócio da AVG Capital, ressalta que a volatilidade do Ibovespa é resultado de uma combinação de fatores internos e externos. “Embora haja recuperação em setores como mineração e frigoríficos, as preocupações com a fragilidade fiscal do Brasil permanecem. Além disso, o esperado estímulo fiscal na China pode trazer algum alívio à demanda global de commodities, mas o impacto será limitado diante da deterioração fiscal no Brasil”, observa.

O Banco Central segue preocupado com a inflação de serviços, que continua resistente apesar do recente ciclo de alta da Selic. A pressão sobre a curva de juros futuros, com apostas em novos ajustes, agrava a incerteza para a economia brasileira.

Fonte Veja: Dólar nas “alturas” atinge maior patamar em 3 anos

 

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