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Terminal de Contêineres de Paranaguá espera ampliar embarques de algodão

Tradings e operadores logísticos vêm avaliando alternativas às exportações por Santos (SP)

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) espera aumentar os embarques de algodão, em meio a uma diversificação de rotas logísticas da pluma brasileira. Atualmente, as exportações do produto são amplamente dominadas pelo porto de Santos. Mas tradings e operadores logísticos vêm avaliando outras possibilidades.

Entre os locais que estão movimentando cargas da pluma, buscando ganhar espaço entre os pontos de embarque alternativos ao terminal paulista, estão portos como Itapoá (SC) e Salvador (BA). Em Paranaguá (PR), o TCP não quer ficar para trás nesta tendência.

“A estratégia de diversificação de rotas de exportação de algodão não é uma escolha. É mandatória. Se não fizer isso, não se exporta algodão, ou se exporta de uma maneira limitada, abaixo do que se prevê de meta”, analisa Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logística e de atendimento do TCP.

Em todo o ano de 2023, o terminal de Paranaguá embarcou 50,1 mil toneladas de algodão em pluma. De janeiro a agosto de 2024, foram 22 mil toneladas. Com o Brasil assumindo a liderança mundial das exportações do produto, a administração do local acredita que é possível ganhar espaço no segmento.

Nas previsões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as exportações totais de algodão da safra 2024/24 devem totalizar 2,85 milhões de toneladas. Para a pluma da temporada 2024/25, a projeção é de 2,86 milhões. Neste cenário, a previsão do TCP é encerrar este ano com crescimento. E manter a tendência nos próximos.

“Começamos a retomar esse projeto do algodão em Paranaguá alguns anos atrás. Tivemos um bom volume no ano passado e projetamos continuar crescendo ano a ano. A gente vê uma dinâmica dos terminais e uma demanda do mercado necessitando de mais players na exportação de algodão”, diz Guidolim.

O algodão em pluma chega a Paranaguá por caminhões. Nos armazéns da chamada retroárea portuária, o produto é estufado em contêineres para ser exportado, e direcionado para o terminal de embarque nos navios.

Atualmente, a maior parte da pluma exportada pelo TCP é originada em Mato Grosso. A expectativa é de que volumes cada vez maiores “desçam” do Centro-oeste, considerando que a cotonicultura do Estado prevê aumento na demanda do exterior.

De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as exportações de algodão em pluma do Estado na safra 2023/24 são estimadas em 1,79 milhão de toneladas, 5,66% a mais que na temporada anterior (1,69 milhão). Para o ciclo 2024/25, a previsão é de 1,99 milhão de toneladas, 11,16% a mais.

“A gente espera chegar a mais de 50% de crescimento no algodão. É o que a gente está projetando de mercado e espera fazer. O algodão vem ganhando corpo e a gente quer que continue crescendo”, afirma Guidolim.

Ele avalia que, ao procurar alternativas a Santos, a cadeia produtiva do algodão tende a escolher Paranaguá, entre outros motivos, por proporcionar um alto volume de frete de retorno, que compensa a operação logística. O caminhão que chega carregado com a pluma retorna ao ponto de origem com fertilizantes, ajudando a diluir o custo da operação.

O porto de Paranaguá é um dos principais locais de entrada do fertilizante importado pelo Brasil. De janeiro a setembro de 2024, foram 7,84 milhões de toneladas desembarcadas, 11% a mais que no mesmo período em 2023 (7,05 milhões). É o principal produtor em volume de importações no terminal paranaense.

O executivo do TCP acrescenta que o terminal paranaense concentra rotas logísticas para diversos destinos, especialmente o mercado asiático, principal cliente internacional da cotonicultura brasileira. Outra característica que, em sua avaliação, favorece a escolha do local como ponto de embarque da pluma.

“Paranaguá sempre foi muito estratégico para o fluxo de caminhões com fertilizantes, o que torna o frete de retorno ainda mais competitivo”, diz Guidolim, do TCP. “E, quando você tem, em um terminal, essa concentração de serviços, facilita para o exportador. Conseguimos trabalhar no conceito de ‘one stop shop’, a centralização da logística em um player”, acrescenta.

TCP

Atualmente, o TCP é o segundo maior terminal do Brasil em movimentação de contêineres, atrás apenas de Santos, de acordo com dados estatísticos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A capacidade estática de armazenagem do local está próxima de 45 mil TEU’s (medida equivalente a um contêiner de 20 pés).

Entre 2022 e 2024, a companhia investiu R$ 370 milhões em melhorias na infraestrutura e compra de equipamentos, seja para algodão ou outras cargas, e concluiu obras de modernização de estruturas, como vias e portões de acesso, monitoramento e fluxo de entrada e saída de caminhões, e na área de ferrovia.

“A ferrovia, hoje, não entra tanto no algodão, mas é um produto a ser estudado pelo segmento. Existe a possibilidade de, assim como em outros terminais portuários, a ferrovia na exportação de algodão”, diz Guidolim, ressaltando que, em Paranaguá, há o acesso direto ao terminal alfandegado por via férrea.

Investimentos em estruturas específicas para movimentar algodão, especificamente, afirma o executivo, têm sido feitos por parceiros do TCP. Segundo ele, são armazéns e retroáreas para recebimento e estufagem de contêineres.

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Governo se prepara para o maior leilão portuário da história no Brasil com investimento de R$ 4 BILHÕES em Santos

Porto de Santos se prepara para receber o maior investimento da história do setor portuário brasileiro. Com R$ 4 bilhões em jogo, a concessão do novo terminal de contêineres promete revolucionar a logística nacional e transformar o comércio exterior do país.

Um projeto colossal está em andamento no porto de Santos, e ele promete mudar o cenário logístico do país. A concessão para a construção de um novo terminal de contêineres está prestes a se tornar a maior já realizada no setor portuário brasileiro. Mas a verdadeira magnitude desse empreendimento vai muito além dos números.

Embora os detalhes ainda estejam sendo ajustados, a expectativa gira em torno de bilhões de reais em investimentos, tornando essa uma oportunidade única para o Brasil.

Com previsão de investimentos que superam os R$ 4 bilhões, o leilão do novo terminal de contêineres do porto de Santos, conhecido como Tecon Santos 10, tem tudo para bater recordes. O governo revisou estudos feitos em 2022 e já está em fase final de ajustes para enviar a minuta do edital ao TCU (Tribunal de Contas da União). Os R$ 3,51 bilhões previstos inicialmente foram corrigidos, tanto por questões de atualização monetária quanto por mudanças na própria oferta, elevando o montante total.

Expansão histórica: Santos no centro das atenções

O novo terminal, também chamado de STS10, será cedido à iniciativa privada por um período de 25 anos, com possibilidade de prorrogação por até 70 anos. O leilão, que ocorrerá na B3 no primeiro semestre de 2024, terá como critério de vitória o maior valor oferecido pela outorga, ou seja, o montante que será revertido diretamente para o Tesouro Nacional.

Além disso, o vencedor do leilão deverá se comprometer com os investimentos estipulados, garantindo a ampliação da infraestrutura. De acordo com o secretário nacional do Ministério de Portos e Aeroportos, Alex Sandro de Ávila, o contrato prevê a construção de quatro novos berços de atracação para navios de contêineres, cada um com capacidade para movimentar cerca de 700 mil contêineres por ano.  No total, a ampliação pode significar um incremento de 2,8 milhões de contêineres por ano, podendo chegar a até 3 milhões, o que representaria um aumento de cerca de 50% na capacidade total do porto.

Aumento da capacidade portuária

Hoje, o porto de Santos já movimenta aproximadamente 6 milhões de contêineres anualmente, graças aos três terminais existentes: BTP, Santos Brasil e o terminal privado da DPW.

Com a nova estrutura, a capacidade total pode saltar para 9 milhões de contêineres, solidificando ainda mais a posição de Santos como o maior porto da América Latina.

“Santos vai receber o maior investimento da história do setor portuário,” afirmou Ávila em entrevista à Folha de S. Paulo, reforçando o impacto do projeto.

Além disso, o governo também tem planos de modernizar o terminal de passageiros de Santos, voltado para cruzeiros marítimos.

Esse setor, que já movimenta cerca de 1 milhão de passageiros por ano, poderá contar com um terminal mais moderno e eficiente.

“O porto de Santos já é uma potência no setor de cruzeiros, e merece uma estrutura dedicada,” destacou Ávila.

Projetos paralelos e mais concessões à vista

Embora o foco esteja no leilão do Tecon Santos 10, o governo tem outros planos para o setor portuário brasileiro.

Conforme revelado pela Folha, o Ministério de Portos e Aeroportos quer leiloar até 22 terminais portuários até o final de 2025, com um investimento estimado em R$ 8,7 bilhões.

Outros 13 leilões estão previstos para 2026, somando mais R$ 2,3 bilhões.

Desde o início de 2023, 15 leilões já foram realizados, o que mostra o empenho do governo em atrair investimentos privados para modernizar a infraestrutura portuária do país.

O ministro Silvio Costa Filho reforçou que, até o final de 2026, o total de concessões pode chegar a 58, somando mais de R$ 20 bilhões em novos investimentos.

Essa estratégia busca garantir que os portos brasileiros possam acompanhar o crescimento da demanda e a competitividade internacional.

O governo tem como meta modernizar e ampliar as capacidades logísticas do país, impulsionando o comércio exterior e garantindo mais eficiência no transporte de mercadorias.

Desafios e expectativas

Com tantos projetos ambiciosos, é natural que surjam dúvidas sobre a viabilidade e a execução desses planos.

A revisão constante dos estudos e ajustes nos contratos visam minimizar os riscos e garantir que o Brasil receba o retorno esperado dos investimentos.

No entanto, a complexidade envolvida na gestão portuária e os altos valores em jogo tornam esse um desafio significativo para o governo.

Com uma demanda crescente no comércio exterior e a importância estratégica dos portos para a economia nacional, o sucesso desses leilões pode definir o futuro logístico do Brasil nas próximas décadas.

O porto de Santos, em particular, será um termômetro crucial para avaliar se o país está no caminho certo em termos de infraestrutura portuária.

Será que o Brasil conseguirá garantir o sucesso desses leilões e transformar o porto de Santos em um modelo de eficiência logística para o mundo? O impacto será suficiente para mudar o cenário do comércio exterior do país?

Fonte: Click Petróleo
https://clickpetroleoegas.com.br/governo-se-prepara-para-o-maior-leilao-portuario-da-historia-no-brasil-com-investimento-de-r-4-bilhoes-em-santos/ 

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Portos do Brasil terão greve geral na próxima terça; entenda

Cerca de 60 mil trabalhadores portuários do Brasil vão paralisar suas atividades por 12 horas, das 7 às 19 horas, na próxima terça-feira (22). Somente em Santos, no litoral de São Paulo, serão cerca de 20 mil profissionais em greve.

A paralisação é um alerta ao Governo Federal e a decisão foi anunciada nesta quinta-feira (17/10). Portuários vinculados e avulsos ligados as três federações nacionais deram o aval para ação.

O motivo da greve é a apresentação de um projeto de lei que retira direitos trabalhistas dos avulsos e dos portuários, em geral, e extingue o cais público em Santos. A proposta será apresentada formalmente na Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (23/10).

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O texto também extingue os sindicatos que representam quatro categorias do Porto de Santos: conferentes de carga, consertadores, trabalhadores de bloco e vigias portuários.

Assim, se o projeto for adiante, restarão apenas duas categorias de avulso: os estivadores, que movimentam as cargas nos navios, e a capatazia, que faz o trabalho em terra.

No início deste mês, a Alesp aprovou PPP para construção de túnel que liga Santos ao Guarujá, também no litoral de São Paulo. Outra iniciativa na região será a rodovia que ligará cidades do litoral em apenas 18 minutos.

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A proposta autoriza ainda que os terminais portuários terceirizem a contratação dos chamados trabalhadores avulsos, o que esvazia as funções do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO).

O projeto de lei tem as digitais do presidente da Câmara, deputado federal Artur Lira (PP/AL), e foi formulado ao longo dos últimos 24 meses por uma comissão de 15 pessoas. O grupo não tinha trabalhadores nem promoveu reuniões amplas com os sindicatos.

“Não houve espaço para nossa participação nas discussões. Não somos contra a modernidade nem contra novos investimentos no Porto, mas temos que garantir os direitos dos trabalhadores”, resume Miro Machado, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários de Santos (Sintraport).

“É uma aberração atrás da outra. Essa mudança retira completamente a responsabilidade dos terminais com os trabalhadores e vai aviltar os salários. Vai ser um caos para a cidade se isso acontecer”, completa o sindicalista.

O anteprojeto foi vazado para três federações nacionais de trabalhadores portuários, que se reuniram e deliberaram pela paralisação de alerta. Em Santos, uma assembleia conjunta reuniu trabalhadores de seis sindicatos na quarta (16/10), no Sindicato dos Trabalhadores da Administração Portuária.

“Parece que os caras querem acabar com nosso trabalho. Os trabalhadores estão indignados, com medo de perder direitos conquistados há muitos anos”, completa Bruno José dos Santos, presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos.

Desemprego
Sindicalistas representantes de sete categorias se reuniram na Prefeitura de Santos, no final da tarde desta quinta (17), com o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini.

O encontro teve a participação do deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e do deputado estadual Caio França (PSB). O prefeito Rogério Santos (Republicanos) não participou por motivo de luto na família.

“Viemos mostrar nossa indignação e foi uma conversa bem dura. Demos um recado ao Governo Federal e estamos dispostos a endurecer ainda mais caso eles (Congresso Nacional) mexam com a legislação ou terminem com o cais público em Santos”, salienta o presidente do Sindicato dos Estivadores.

“Todos estamos preocupados com decisões que afetam os trabalhos do Porto de Santos. Hoje especificamente sobre a importância de ter cais público para os operadores portuários que não tem arrendamentos. Eles geram emprego e renda para a região, são daqui e contratam os avulsos. Não podem ficar sem uma segurança para operar”, avalia o deputado estadual Caio França.

Portos do Brasil terão greve geral na próxima terça; entenda – Gazeta de São Paulo (gazetasp.com.br)

 

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Leilão de terminal no Porto de Santos é visto como solução para aumento de capacidade

A confirmação do leilão do STS10 para 2025, anunciada na última terça-feira pelo Governo Federal, foi bem recebida por parte do setor privado, que aponta o terminal de contêineres como solução urgente para o aumento da capacidade no Porto de Santos. O ativo será instalado no cais do Saboó, ao lado do Parque Valongo, e poderá movimentar até 3 milhões de TEU ao ano.

O modelo atualizado foi aprovado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e pela Casa Civil. O projeto estabelece quatro berços de atracação de navios, um a mais do que a proposta inicial, o que ampliará em 50% a capacidade de contêineres no complexo portuário santista, de 6 milhões para 9 milhões de TEU.

De acordo com a ideia original, a área a ser destinada ao STS10 é de 601 mil metros quadrados (m²). A Reportagem questionou o MPor se a área de concessão será expandida para receber o quarto berço, mas não obteve resposta.

Originalmente, o contrato de concessão previa investimento aproximado de R$ 3,3 bilhões e vigência de 25 anos. O critério do certame seria por maior outorga.

O presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa, afirmou que aumentar a capacidade “é urgente porque os terminais existentes (em Santos) estão chegando ao seu limite”, salientando que é preciso planejar “os acessos terrestres”, para evitar “transtornos à cidade”, pois o terminal “irá gerar maior fluxo de caminhões, trens etc”.

O presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Jesualdo Silva, vê com bastante otimismo” o arrendamento do STS10 como solução para a expansão das operações de contêineres em Santos, mas ressalta que “aguardará pela conclusão da modelagem para avaliar mais detalhadamente” o empreendimento.

Perguntado se é possível exigir, no contrato, que a empresa concessionária invista em infraestrutura de acesso para mitigar impactos no trânsito local, Jesualdo disse que sim. “Temos práticas em leilões de outros modais em que há o que nós chamamos de investimento cruzado, com destinação de parte da outorga a outro fim, que, neste caso, poderia ser um pátio para caminhões”.

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Angelino Caputo, disse que o STS10 é necessário. “A capacidade para atender a demanda, já considerando as expansões em andamento nos demais terminais, deve se encerrar por volta de 2030. Isso deve coincidir com o tempo necessário de obras para o novo terminal entrar em operação”.

Sobre os acessos, Caputo afirmou que as obras do STS10 e a infraestrutura rodoviária da Margem Direita do Porto podem ser feitos concomitantemente. “Além disso, outras medidas de inteligência podem orquestrar melhor a chegada dos caminhões, mitigando os impactos. Se nada for feito os gargalos piorarão”.

Prefeitura

A Reportagem questionou a Prefeitura de Santos se existe um projeto viário para mitigar impactos na zona urbana. Em nota, o Executivo informou que “não foi comunicado oficialmente acerca da nova proposta (STS10) e reivindica a garantia do espaço planejado para a transferênciado terminal de passageiros no Valongo”.

Em junho de 2023, a Prefeitura informou para A Tribuna sobre a cessão de terrenos no Valongo para o receptivo aos turistas de cruzeiros, que foi acordada em reunião com a Autoridade Portuária de Santos (APS).

A Administração reiterou que o projeto “contemple a manutenção do cais público”, garantindo empregos “aos trabalhadores portuários”, ressaltando que “as propostas de expansão e ocupação precisam estar alinhadas com os diferentes interesses, como o planejamento municipal para a revitalização do Centro Histórico, com destaque o avanço do Parque Valongo”.

Concais

O MPor mantém a intenção de transferir o Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini de Outeirinhos para o Valongo, afirmando que a atividade não irá interferir na operação de contêineres, mesmo com a circulação de 1 milhão de cruzeiristas na temporada.

Procurada, a arrendatária Concais informou que “o projeto do novo terminal está protocolado junto à APS, segue em constante diálogo e alinhamento com o órgão responsável, e reforça o seu compromisso com o turismo marítimo e na busca de fomentar a economia da região que atua.”

O Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini pode mais que dobrar de tamanho se for transferido da região de Outeirinhos para a área entre o Valongo e o Saboó, em Santos, no STS10, conforme planejado e divulgado. Atualmente, o terminal administrado pelo Concais está em um espaço de 41.895 metros quadrados (m²), contra 85 mil m² do novo local.

Com a mudança, o investimento previsto é de R$ 1,410 bilhão para a implantação de prédios e infraestrutura de acesso para receber os cruzeiros. Esse montante seria dividido entre o Concais (R$ 662 milhões) e a Autoridade Portuária de Santos (APS, R$ 748 milhões).

Ecoporto

O Ecoporto Santos, cujo terminal ocupa 85 mil m² do STS10 e o contrato provisório termina em dezembro, foi procurado e não se manifestou até o fechamento desta edição.

Leilão de terminal no Porto de Santos é visto como solução para aumento de capacidade (atribuna.com.br)

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Estivadores do Porto de Santos protestam contra abertura de concurso para contratar mão de obra

Estivadores do Porto de Santos se reuniram na Rua Amador Bueno, em frente ao prédio onde funciona o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), para protestar contra a convenção coletiva celebrada entre a entidade patronal e o sindicato da categoria, que permite a abertura de processo seletivo para a contratação de mão de obra.

“É revoltante, é uma injustiça”, reclama o estivador Marcelo Venâncio. “Essa vaga é nossa.Eles têm que nos reconhecer”.

A manifestação ocorreu na manhã da última sexta-feira (11) e deve ser retomada nesta terça (15). Segundo os estivadores, eles foram informados de que os representantes do Sopesp só poderiam atendê-los nesta data após retornarem de Brasília. A maioria dos manifestantes afirmou para A Tribuna que trabalha nos terminais que ficam fora do porto organizado de Santos desde 2017 e, agora, eles querem ser incluídos no cadastro do órgão gestor de mão de obra.

No fim de setembro, os sindicatos dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão (Sindestiva) e dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) assinaram uma convenção coletiva de trabalho (CCT), que deve abrir 600 vagas de cadastro no Órgão de Gestão de Mão de Obra do Porto de Santos (Ogmo Santos). O problema é que essas vagas devem ser preenchidas, justamente, via concurso público.

“A gente acha incorreto, porque a gente já trabalha na função. Eles vão abrir um concurso público para empregar o pessoal que nunca trabalhou na área portuária e não tem a menor experiência”,afirma Halison Vaz dos Santos, matriculado no sindicato da estiva e porta-voz dos manifestantes.Outra crítica é que o processo deve ser aberto para todo o país. “Esse concurso público, em tese, vai empregar o pessoal de outros estados e nós aqui da região vamos ficar desempregados”.

Luta por reconhecimento

Segundo Halison, diversas tentativas de negociação com o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo já foram realizadas. Tanto que, agora, os manifestantes contam com o apoio do advogado Luiz Antônio Passos da Silva, que representa os estivadores. “A única coisa que eles querem é justiça. Eles estão há mais de oito anos no Porto de Santos, não no porto organizado, mas às margens, prestando serviço”, diz.

O advogado acrescenta que os estivadores podem trabalhar em apenas um terminal fora do porto organizado e, com o cadastro do Ogmo, os profissionais poderiam trabalhar em 40. A mão de obra é necessária, mas, até o momento, não foi reconhecida. “Eles querem fazer um concurso que abrange o Brasil todo e o edital não tem o requisito experiência. Estão abrindo vagas para pessoas que nunca estiveram no Porto de Santos, nunca estiveram em um navio”, afirma Luis Antônio.

O que diz o Sopesp

A Tribuna procurou o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) para ter um posicionamento sobre o protesto. No entanto, em nota, o sindicato afirmou que não se manifestará sobre o assunto.

Fonte: A Tribuna
Estivadores do Porto de Santos protestam contra abertura de concurso para contratar mão de obra: ‘A vaga é nossa’ (atribuna.com.br)

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Porto de Santos enxerga novos horizontes e estabelece laços com a Europa

Na quinta-feira, 26, a Autoridade Portuária de Santos (APS) teve o privilégio de receber uma delegação da Autoridade Portuária de Las Palmas, um dos principais portos das Ilhas Canárias, na Espanha. 

O encontro realizado na sede da APS marcou o início de uma nova fase de colaboração entre os dois portos, com a assinatura de um acordo para a realização de estudos visando a criação de convênios e parcerias.
Las Palmas se destaca como ◦ maior porto (61 Acesso ao Porto de Santos multipropósito do Atlântico médio e da Espanha, com profundidades que variam entre 30 e 50 metros. Sua localização estratégica, próxima à costa do Marrocos e a 2 mil quilômetros da península Ibérica, a torna um ponto de entrada vital tanto para a Europa quanto para a África.

Durante a reunião, Beatriz Calzada Ojeda, presidente da Autoridade Portuária de Las Palmas, compartilhou que devido à instabilidade na região do Mar Vermelho, o movimento de cargas em seu porto teve um aumento impressionante de 40%. Esse crescimento representa uma oportunidade significativa para fortalecer as relações comerciais e logísticas entre as duas regiões.
O presidente da APS, Anderson Pomini, destacou a importância da cooperação internacional no setor portuário e expressou entusiasmo com as perspectivas de intercâmbio de conhecimento e tecnologia que a parceria pode proporcionar. Ambas as autoridades reconhecem que, ao unir forças, poderão enfrentar desafios comuns e explorar novas oportunidades no comércio global.

Com a aproximação das duas instituições, espera-se que essa aliança traga benefícios mútuos e ajude a otimizar as operações nos portos envolvidos, consolidando ainda mais Santos como um centro logístico estratégico no Brasil. A nova parceria promete não apenas fortalecer os laços comerciais, mas também promover um futuro mais dinâmico e interconectado para ambos os portos.

Com essa nova parceria, O Porto de Santos não apenas se posiciona como um hub logístico de destaque na América Latina, mas também demonstra seu compromisso em se adaptar às demandas do mercado global, que exige cada vez mais soluções inovadoras e eficientes. A expectativa é que os frutos dessa colaboração sejam sentidos em breve, beneficiando tanto a economia local quanto as relações comerciais internacionais, promovendo um ambiente favorável para investimentos e negócios no Brasil.

O impacto dessa cooperação será monitorado de perto, e as autoridades portuárias esperam realizar eventos futuros para dar continuidade a esse diálogo e explorar novas possibilidades que possam surgir. Com o mundo cada vez mais interconectado, essa parceria pode se tornar um modelo de sucesso para outros portos e regiões, inspirando uma nova era de crescimento e inovação no setor logístico.

Porto de Santos enxerga novos horizontes e estabelece laços com a Europa (jornalportuario.com)

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Um novo caos logístico no Brasil se aproxima e já “trava” importações e exportações.

Preço do contêiner, que sobe mais de sete vezes, e seca da Amazônia criam problemas para diversos setores da economia brasileira. gargalo logístico nos principais portos brasileiros causam um prejuízo anual de R$ 21 bilhões.

Em Manaus, atingiu US$ 14 mil, sendo US$ 5 mil como “taxa da seca” – cobrada pelas empresas de transporte marítimo de longa distância para compensar a utilização limitada de contêineres devido aos baixos níveis de água em certos portos ou rios.
O início do período de seca na Amazônia com dois meses de antecedência, em agosto, desorganizou a cadeia logística até em outros pontos do Pais, afetando de forma crítica os setores de importação e exportação de diversos insumos, de eletroeletrônicos e químicos a grãos.
O custo elevado de frete prejudicou também a importação de insumos de baixo valor agregado para indústrias da Zona Franca de Manaus. “Importadores de polímeros se viram afetados de tal forma que pararam de importar essa resina da China e de outros países asiáticos por conta do aumento expressivo nos custos de frete”, afirma Frederico Fernandes, especialista em petroquímica da consultoria Argus.
Os custos estão se acumulando em toda a cadeia de comércio exterior. o gargalo logístico nos principais portos brasileiros causam um prejuízo anual de R$ 21 bilhőes, segundo estimativa do Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave), que reúne 19 armadores de longo curso em razão filas de navios para atracamento e armazéns superlotados.

Entre julho de 2023 e junho de 2024, por exemplo, os produtos do agronegócio representaram 48,6% de todas as exportações brasileiras. A seca na Amazônia vem causando estragos severos no setor.
Para se ter uma ideia, um terço das exportações brasileiras de soja e 42,5% dos embarques totais de milho no ano passado fizeram escoamento pelos portos do Arco Norte, como o de Itacoatiara (AM) e Barcarena (PA). Na última semana de setembro, o Rio Madeira paralisou o transporte de grãos, inviabilizando a rota por hidrovias desde Mato Grosso

O pico de exportação ocorre entre março e agosto e as safras deste ano de milho, soja e também de farelo foram menores do que o recorde do ano passado. Por isso, o prejuízo agregado foi menor, apesar da seca mais severa.
“No ano passado, os traders detectaram o problema do calado mais baixo nos rios da Amazônia e transferiram parte do escoamento por rodovia para Santos, mudando os fluxos logísticos internos no Pais”, diz Samuel Isaak, especialista em agronegócio da XP.
Mas a antecipação da seca este ano pegou os traders de surpresa. “Em 2023, foram 12 embarques de navios com grãos em Itacoatiara em setembro. Este ano, foram nove no mês”, acrescenta lsaak
Outras regiões produtoras de commodities agrícolas e de outros produtos que optam por exportar pelos portos de Santos e Paranaguá, por exemplo, não enfrentam ○ custo do frete marítimo elevado da Região Norte, mas também lutam contra os problemas logísticos nos portos
“Com o crescimento das exportações de grãos e de outros produtos agrícolas, o Porto de Santos enfrenta desafios críticos de infraestrutura”, afirma Vitor Vinuesa, diretor de logística da Archer Daniels Midland (ADM), uma multinacional que atua na exportação de grãos e na produção e processamento de produtos agrícolas.

O índice internacional considerado ideal de capacidade de operação de um porto 6 de 65% para atracação e de 70% para movimentação nos pátios. Acima disso, começam a se formar filas de navios. Santos já superou esses limites, com índices em 85%.
A parte esses problemas, Santos já vinha enfrentando limitações para receber os navios de contêineres de última geração, que são maiores, por causa do baixo calado, limitado a 14,6 metros no desembarque
No inicio de setembro, o governo federal anunciou um investimento de mais de R$ 12 bilhões no Porto de Santos para os próximos quatro anos. Os recursos serão destinados ao aprofundamento do canal, melhorias nas perimetrais, construção do túnel Santos Guarujá, revitalização do cais do Valongo e do aeroporto do Guarujá
“A fila para conseguir agendar a retirada ou devolução de um contêiner em Santos é critica, pois há navios que esperam até 20 dias para conseguir atracar”, diz Jackson Campos, diretor da AGL Cargo e especialista em comércio exterior. “Para quem exporta commodities de baixo valor agregado, o preço de frete elevado e a espera representam um grande prejuízo.
Responsável por 40% do volume movimentado de cargas do Pais, o Porto de Santos entrou na mira dos exportadores de café. A Cecafé, entidade do setor, afirma que 110 embarcações com produto para exportação (86% do total) tiveram de alterar a agenda em agosto deste ano por conta de atrasos e filas em Santos – o recorde foi de 29 dias de espera.
o gargalo no porto santista resume os problemas de logística portuária no Pais. James Theodoro CEO da Korsa Riscos e Seguros, que atua no setor de logística, diz que a compra da gigante francesa CMA CGM da Santos Brasil – que opera um dos principais terminais de contêineres do Porto de Santos -, deve trazer eficiência à operação “Os portos brasileiros, em geral, continuam ineficientes, basta comparar o tempo de descarga com portos europeus ou da Ásia, falta tecnologia e temos uma burocracia fiscal e de vigilância sanitária que elevam 0 Custo Brasil”, diz Theodoro.

Invasão chinesa

A cadeia logística brasileira de importação e exportação brasileira vem com problemas desde o primeiro semestre. Uma importação massiva de veículos elétricos chineses (VEs) vinha afetando a capacidade dos portos.
Além da demanda maior este ano (aumento de 510% de emplacamentos), as montadoras do pais asiático decidiram antecipar o envio de VEs antes do aumento de 18% da alíquota de importação que passou a valer em julho.
O grosso do aumento de importações ocorreu entre abril e junho. Em abril, por exemplo, as encomendas de VEs foram 13 vezes maiores do que no mesmo mês de 2023 – totalizando 40,9 mil veículos, entre elétricos e híbridos.
Em junho deste ano, úItimo mês antes da cobrança da nova alíquota, os veículos chineses representaram o principal produto importado do Pais, com participação de 8,9%, superando os óleos combustíveis (5,8%), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A invasão chinesa gerou a formação de um estoque de 82 mil VEs. Uma boa parte entrou pelo Porto de ltapoá, em Santa Catarina – que opera exclusivamente com contêineres,
Segundo Ricardo Propheta, sócio da BRZ, gestora que detém 49% da holding Portinvest, que controla o porto, cada chegada de navio com 6 mil VEs chineses, em média, acomodados em contêineres de 40 pés (2 carros em cada contêiner) impacta a operação dos portos, por ocuparem grande espaço nos terminais. Mas, segundo ele, a importação chinesa no porto reduziu a partir de julho.
“O prazo para desembaraço aduaneiro e a espera de caminhões para transportar esses contêineres são relativamente altos, pode variar entre cinco e dez dias.”, diz Propheta, que estima um aumento de 10% no movimento do porto para este ano – Itapoá fechou 2023 com um movimento de 1 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pês).

No Porto de Vitória, no Espirito Santo, que tradicionalmente recebe uma grande quantidade de carros elétricos chineses, a falta de espaço para acomodar OS VES no pátio gerou um gargalo prejudicial a exportação de café e de rochas ornamentais.
“Ninguém aqui é contra a importação de veículos, mas a autoridade portuária precisa equilibrar as necessidades de todos os setores”, reclamou Tales Machado, presidente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), em julho.

Desequilíbrio geopolítico

O aumento do custo de frete internacional não é apenas um problema local. Há uma lista de motivos que, interligados, interferem na chegada e saída de produtos globais
Há, por exemplo, o bloqueio da rota marítima entre a, Asia o norte da Europa iniciado em novembro de 2023 na região do Mar Vermelho, por parte de guerrilheiros houthis, do lêmen, que exige um ajuste de rota do transporte marítimo na região,
Nos próximos dias, o comércio exterior começara a calcular a greve por melhores salários convocada pelo principal sindicato de estivadores dos Estados Unidos e iniciada na terça-feira, 10 de outubro, que fechou cerca de 30 portos americanos numa faixa territorial do Maine ao Texas.
A paralisação impacta um quarto do comércio internacional do pais e tende a afetar as cadeias de suprimentos globais, agravando a oferta e a taxa de frete de navios e contêineres e o embarque de exportações para Europa, Asia e América Latina, incluindo – Brasil.
Os 45 mil estivadores exigem um aumento de 77% de salários nos próximos seis anos No Amazonas, o improviso tenta salvar empresas de sob a alegação de que os ganhos das seca histórica transportadoras marítimas, que já haviam subido com pandemia – quando a demanda por espaço em navios porta – contêineres empurrou as taxas de frete para níveis recordes -, voltou a crescer com novo aumento do frete com a crise no Mar Vermelho.
os grevistas recusaram uma oferta de aumento salarial de quase 40% feita semanas atrás pela Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX), que representa as transportadoras marítimas. Estimativas indicam que a paralisação, que pode durar semanas, custa à economia dos EUA até US$ 5 bilhões por dia.

Um novo caos logístico no Brasil se aproxima e já “trava” importações e exportações – NeoFeed

 

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Comércio Exterior, Informação

Operador do Porto de Santos, grupo árabe DP World prepara investimentos no México

A operadora de terminais portuários DP World está conversando com o governo do México sobre permitir o início de operações no país, o que permitiria que a empresa com sede em Dubai trabalhasse com cargas que entram nos EUA vindas do sul.

Há cerca de duas décadas, devido a obstáculos políticos, a DP World tenta sem sucesso estender seu ambicioso plano de crescimento global para os EUA. Por isso, investiu em cinco terminais nas costas leste e oeste do Canadá, que alimentam os EUA a partir do norte.

A presença no México, onde entidades controladas por governos estrangeiros são impedidas de possuir instalações portuárias, permitiria que a DP World cercasse o mercado americano na esperança de obter uma fatia maior do comércio marítimo com destino aos EUA.

Sultan Ahmed bin Sulayem, presidente e executivo-chefe da operadora com sede em Dubai, disse que, idealmente, está procurando um porto mexicano com terras próximas, grandes o suficiente para sustentar um enorme parque industrial. Ele mencionou o modelo que usou quando presidente da Zona Franca de Jebel Ali, complexo portuário e parque industrial que ajudou a consolidar a posição de Dubai como um centro de comércio marítimo.

“Adoraríamos ter uma combinação de porto e indústria” no México, disse Sulayem. “Isso garante muita carga para o porto e facilita bastante para aqueles que produzem e querem um envio imediato.”

A DP World estabeleceu diálogos com o México periodicamente, ao longo de vários anos, para falar sobre um investimento portuário, mas nenhum acordo foi finalizado, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto.

Sulayem disse que não achava que a lei mexicana seria um impedimento para as ambições da DP World no México. “Passamos por isso em outros lugares, e no fim tudo se resolveu”, disse ele.

A DP World não conseguiu superar a oposição política nos EUA.

A empresa foi forçada a se desfazer de cinco terminais na Costa Leste em 2006, depois de comprar os ativos como parte de uma aquisição da Peninsular & Oriental Steam Navigation, com sede no Reino Unido. Políticos dos EUA mencionaram questões de segurança sobre o fato de a infraestrutura crítica ser de propriedade de uma empresa com sede nos Emirados Árabes Unidos pouco depois do ataque terrorista do 11 de setembro.

Sulayem garantiu que ainda está interessado na infraestrutura dos EUA. “Não desistimos dos portos americanos”, afirmou ele. Um funcionário da DP World disse que a empresa acredita que o sentimento em Washington é diferente do que era há 20 anos.

Os portos e fábricas mexicanos estão crescendo à medida que as tensões geopolíticas e as tarifas levam mais empresas, incluindo as chinesas, a estabelecer fábricas no México, mais perto dos consumidores americanos. Os especialistas em logística esperam que a tendência de nearshoring (produção próxima) promova ecossistemas maiores de fornecedores de peças e traga mais volume de carga do exterior para alimentar as fábricas.

A DP World cresceu por meio de uma série de aquisições de uma operadora portuária global e ampliou seu alcance comercial comprando provedores de logística. A empresa possui mais de 113 mil trabalhadores em setores como agenciamento de cargas, armazenamento e caminhões e registrou um lucro de US$ 1,5 bilhão em 2023, com uma receita de US$ 18,25 bilhões.

Possui ou opera mais de 70 portos e terminais, incluindo instalações em Dubai, Londres, Hong Kong e Santos, no Brasil.

Embora a DP World não tenha procurado um terminal de contêineres nos EUA desde que foi rejeitada em 2006, está expandindo sua presença no país por meio da logística terrestre.

Em 2021, a empresa pagou US$ 1,2 bilhão pela Syncreon, provedora de logística com sede em Michigan, especializada em t. No ano seguinte, abriu um parque industrial de mais de 650 hectares perto do porto de Charleston, na Carolina do Sul. No ano passado, comprou a transportadora de automóveis CFR Rinkens, com sede em Long Beach, na Califórnia, por uma quantia não revelada.

FONTE: Operador do Porto de Santos, grupo árabe DP World prepara investimentos no México – DatamarNews

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Agronegócio, Comércio Exterior, Exportação

Comitiva chinesa conhece terminal do Porto de Santos

Representantes da Administração Geral de Alfândega da China (GACC) estiveram na quinta-feira (26) no Porto de Santos, onde se reuniram com a Autoridade Portuária e conheceram um dos terminais de exportação de grãos.

A comitiva, liderada pelo vice-ministro chinês, Zhao Zenglian, foi recebida pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Goulart, pelo diretor do Departamento de Negociações Não-Tarifárias e de Sustentabilidade da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, Augusto Billi, e outros dirigentes do Mapa.

Os chineses ficaram bem impressionados com a estrutura, o sistema de controle e os números do Porto. Na visita, a comitiva pode ver como são realizados os controles e a amostragem de grãos, trabalhos realizados pelos auditores fiscais agropecuários que atuam no porto.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil no setor agrícola, respondendo por 33,91% das exportações do país. Nos primeiros oito meses deste ano, o Brasil exportou aproximadamente US$ 38 bilhões em produtos agrícolas para o mercado chinês, com 68% desse total provenientes do complexo da soja.

Na terça-feira (24), em Brasília, o Mapa e a comitiva discutiram temas estratégicos para a ampliação do comércio agropecuário entre Brasil e China, com foco na revisão e atualização de protocolos sanitários e fitossanitários, fortalecendo ainda mais a parceria entre os dois países.

Comitiva chinesa conhece terminal do Porto de Santos – DatamarNews

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Comércio Exterior, Logística, Mercado Internacional, Notícias, OEA, Oportunidade de Mercado, Portos

Acordo é assinado no Porto de Santos permitirá registro de centenas de trabalhadores

Os sindicatos dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão (Sindestiva) e dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) assinaram nesta terça (24), à tarde, a convenção coletiva de trabalho (CCT) 2024/2026. O novo acordo permitirá o registro de aproximadamente 500 trabalhadores portuários avulsos, hoje cadastrados, no Órgão de Gestão de Mão de Obra do Porto de Santos (Ogmo Santos), além da abertura de mais 600 vagas de cadastro. A última convenção de trabalho foi firmada há 10 anos.

A Lei dos Portos (12.815/2013) determina que os operadores portuários requisitem mão de obra avulsa entre os portuários registrados e cadastrados no Ogmo Santos. Os registrados têm preferência na escolha dos trabalhos oferecidos e os cadastrados ficam com o serviço restante.As ofertas ocorrem diariamente por meio de escala digital disponível no site e aplicativo do Ogmo.

O presidente do Sindestiva, Bruno José dos Santos, calcula que aproximadamente 500 trabalhadores estejam na condição de cadastrados, aguardando a oportunidade de obterem o registro.

“Nós não temos o número exato, pois o Ogmo ainda fará o levantamento. É o sonho de todo matriculado, de todo ‘bagre’ da Estiva, ser registrado. Há trabalhadores esperando mais de 30 anos por isso. O cadastrado só pega o trabalho que o registrado não quer. Para ele, só sobram os piores trabalhos”, afirmou Santos.

Agora, Sopesp e Ogmo vão definir um prazo, que pode ser de até 30 dias, para a convocação desses trabalhadores interessados em obter o registro. As lideranças sindicais solicitaram,durante a reunião, prazo de dez dias. Presente na assinatura da CCT, o diretor executivo do Ogmo Santos, Evandro Schmidt Pause, afirmou que o pedido dos sindicalistas será avaliado.

O líder sindical disse ainda que consta na nova convenção a implementação de uma norma disciplinar, plano de saúde, programa de demissão voluntária e assiduidade. “Nós voltaremos a conversar (com o Sopesp) daqui a seis meses sobre essas questões”, disse Santos.

Mais vagas e conciliação

Em relação aos novos cadastros, o presidente do Sopesp, Regis Prunzel, explicou que 300 trabalhadores “entrarão no sistema de forma imediata” e o restante ficará em uma lista de espera. “Estes serão cadastrados assim que a demanda, de cargas e investimentos, chegar, o que deverá ocorrer nos próximos anos”.

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, também participou da reunião e disse que o consenso entre operadores e trabalhadores avulsos é positivo para a atividade portuária. “Ganham o trabalhador, com 600 novos empregos diretos, sendo 300 deforma imediata e 300 na sequência, e o Porto de Santos”.

Fonte: A Tribuna
Acordo é assinado no Porto de Santos e permitirá registro de centenas de trabalhadores (atribuna.com.br)

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