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Internacional, Logística, Notícias

Congestionamento em Roterdão impacta a América Latina

O congestionamento no Porto de Roterdão está gerando efeitos significativos na cadeia logística de exportadores latino-americanos.

A informação foi divulgada pelo escritório de advocacia Araya & Cía, que relatou a ativação de apólices de seguro devido a perdas e danos de cargas.

Desde 9 de fevereiro de 2025, o principal porto de contêineres da União Europeia enfrenta complicações operacionais. A origem do problema é uma greve no terminal Hutchinson Port Delta II, motivada por disputas em torno do Acordo Coletivo de Trabalho.

A paralisação provocou fechamentos totais, redução no número de movimentações por hora e acúmulo de congestionamento. Embora as operações tenham retornado à plena capacidade em 12 de março, os tempos de espera continuam elevados. Em média, os navios aguardam sete dias para atracar — número que iguala o recorde histórico.

O impacto tem sido expressivo para exportadores de países como Chile, Peru, Colômbia e outros da região. “Muitos tiveram que acionar seus seguros e considerar medidas legais”, afirmou Miguel Segovia, chefe da área de Transportes e Seguros da Araya & Cía. Ele também ressaltou a importância de uma estratégia adequada, especialmente quando as coberturas são limitadas.

Em 2024, o volume total de cargas em Roterdão foi de 133,4 milhões de toneladas, um aumento de 2,5%. Além disso, foram movimentados 13,8 milhões de TEUs, com crescimento de 2,8%. Esse aumento agravou os efeitos da paralisação, reduzindo a capacidade do porto de lidar com interrupções.

Apesar de um acordo trabalhista provisório alcançado em março, a ratificação ainda depende de votação sindical. No primeiro trimestre de 2025, o porto registrou uma queda de 5,8% na movimentação de cargas: foram 103,7 milhões de toneladas, contra 110,1 milhões no mesmo período de 2024.

Fonte: Todo Logística News

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Comércio Exterior, Exportação, Industria, Informação, Investimento

Exportações crescem 40%, mas Anfavea teme maior concorrência do México

A indústria automotiva brasileira não pode reclamar das vendas externas em 2025. Pelo menos até março, quando o tarifaço imposto às importações pelo governo dos Estados Unidos ainda estava sendo gestado, ou não passava de ameaçava, e que desde a primeira semana abril estabeleceu caos global em todos os setores.

No primeiro trimestre saíram do Brasil rumo a outros países 155,6 mil automóveis, comerciais leves e pesados. Trata-se de volume 40,6% maior do que em igual período do ano passado. Em março foram negociados no exterior 38,9 mil veículos, 19% abaixo do que no mês anterior.

“Mas é bom lembrar que fevereiro foi acima da curva”, ponderou nesta terça-feira, 8, Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, que mais uma vez creditou o crescimento dos embarques no ano especialmente à forte demanda na Argentina.

Principal destino da produção brasileira, o mercado argentino absorveu 67,6 mil unidades nos primeiros três meses de 2025 120% acima dos embarques registrados em igual período de 2024 e 43,5% de todos os veículos exportados pela indústria brasileira.

Apesar de comemorar o forte aumento das exportações, Leite frisa que a evolução não tem evitado a perda de participação dos veículos brasileiros nos mercados latino-americanos nos últimos anos.

Cita a chegada de produtos oriundos da China como um dos entraves e, pior, antecipa cenário de ainda maiores dificuldades que o tarifaço estadunidense poderá deflagrar.

O dirigente exemplifica sobretudo com o México, que exportou 3,2 milhões de veículos no ano passado para os Estados Unidos, 76% de tudo que vendeu no exterior, e deve ver migrar para os Estados Unidos parte da produção de veículos de suas 37 fábricas.

O país naturalmente buscará alternativas para desaguar os veículos que fabrica e assim atenuar o aumento da capacidade ociosa. É natural, na avaliação de Leite, que olhe sobretudo para a América Latina. “Para países e blocos com os quais tem acordo de livre-comércio, como o Mercosul e o Brasil”, reforça o dirigente.

Além de potencialmente aumentar a briga pelos consumidores que hoje compram carros e comerciais brasileiros, a indústria mexicana pode influenciar os investimentos que estão programados para produtos e produção na operações brasileiras de várias montadoras, já que a capacidade produtiva instalada no México poderia suprir as necessidades.

Leite ainda diz ser cedo para calcular o tamanho das mudanças que podem vir adiante, já nos próximos meses até. “O certo é que os investimentos [ no Brasil] serão impactados de alguma forma”.

Fonte: Auto Indústria
Exportações crescem 40%, mas Anfavea teme maior concorrência do México – AutoIndústria

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Comércio Exterior, Evento, Internacional, Logística, Sustentabilidade

A visão dos especialistas: desafios, oportunidades e o caminho para a AAPA LATAM PERU 2025

Em junho, o Congresso AAPA LATAM, evento emblemático do setor portuário latino-americano, será realizado em Lima, Peru.

Além dos destaques dos passeios por dois de seus principais centros de infraestrutura, o Porto de Callao e o novo Porto de Chancay, o evento também contará com uma incrível agenda de conferências, que abrange desde as mais globais até as mais específicas, sempre de interesse dos stakeholders do setor, que participarão do evento em grande número. Também contará com expositores de alto nível.

O programa da conferência abrange desde uma análise das perspectivas da economia global e seu impacto na demanda no setor marítimo e portuário; aos casos de sucesso em sustentabilidade e descarbonização nas operações portuárias, bem como aos desafios em automação e tecnologia, por meio da redefinição de portos globais e cases de expansão dessa área na América Latina; As perspectivas para os principais geradores de carga e alianças de transporte emergentes, e inovação e resiliência para terminais de contêineres e granéis, bem como os desafios enfrentados pela indústria de cruzeiros e cidades portuárias na era da integração logística.

Referências

Consultamos especificamente três figuras proeminentes que farão parte dos painéis do encontro. São eles: Juan Carlos Paz Cárdenas , Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Portuária Nacional do Peru e membro do conselho de administração da AAPA LATAM; Dinesh Sharma , Diretor Executivo da Drewry, renomada consultoria global de transporte marítimo, e Carlos Urriola , especialista em portos e membro do Conselho de Administração da AAPA LATAM. Aqui eles discutem a importância da escolha do Peru como centro portuário e sede do Congresso; Os desafios e oportunidades que a América Latina enfrenta no atual contexto de incerteza geopolítica e comercial, e como isso afeta a indústria portuária e marítima na América Latina. Da mesma forma, como as alianças de transporte estão influenciando as cadeias logísticas e os portos.

Para Juan Carlos Paz, 2024 foi um ano importante para o desenvolvimento portuário no Peru. “A inauguração do Terminal Portuário Multipropósito de Chancay marcará um marco na conectividade com a Ásia, permitindo rotas diretas para Xangai em apenas 23 dias. Da mesma forma, o Píer Bicentenário de Callao, com 1.050 metros de comprimento e totalmente eletrificado, fortalece a capacidade operacional do porto mais importante do país. Isso se soma aos novos investimentos em Chancay e Callao, bem como em portos regionais, marítimos e fluviais ”, observa.

Ele acrescenta que esse crescimento fortaleceu a competitividade do Peru no comércio global, com exportações superiores a US$ 74 bilhões, dos quais US$ 12,7 bilhões correspondem às exportações agrícolas. “Nos posicionamos como líderes em produtos como mirtilos e uvas, e entre os principais exportadores de abacates e mangas. Além disso, somos o sétimo país em volume de trânsito pelo Canal do Panamá “, enfatiza.

Especificamente, ele diz que essas conquistas fizeram do Peru um ator-chave em logística e comércio internacional, tornando a escolha de Lima como sede do Congresso AAPA LATAM 2025 uma oportunidade estratégica para mostrar nosso crescimento e liderança no setor portuário.

Quanto a como os países latino-americanos podem se posicionar em uma realidade desafiadora, em termos de geopolítica e comércio global; Paz reconhece que a incerteza é uma constante na história econômica e geopolítica, e cada país deve definir estratégias claras para transformar desafios em oportunidades. Ele enfatiza que, nos últimos anos, o Peru fortaleceu sua integração comercial por meio de 23 Tratados de Livre Comércio (TLCs) com as principais economias do mundo, incluindo Estados Unidos, China e União Europeia. Da mesma forma, por meio de estratégias eficazes em comércio exterior, exportações agrícolas, mineração e desenvolvimento portuário, ele diz que o Peru conseguiu consolidar um caminho de crescimento sustentado. Apesar das incertezas globais, uma visão clara e políticas bem estruturadas nos permitem permanecer competitivos e continuar expandindo nossa presença em mercados internacionais.

“Nosso modelo portuário é referência na região, com investimentos de 18 países, entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Espanha, México, Holanda, Turquia, Emirados Árabes Unidos, China e Austrália. Nossa política de concessões tem sido bem-sucedida, com oito concessões já outorgadas, uma nona em processo de assinatura e a extensão de 30 anos da concessão do Terminal Portuário de Matarani”, explica.

Especificamente, em relação aos objetivos de otimizar tempos e reduzir custos, reduzir congestionamentos e poluição e criar um sistema portuário e de transporte mais amigável à população, ele enfatizou: “O fortalecimento do sistema portuário peruano requer uma abordagem abrangente que abrange infraestrutura, logística e conectividade com o interior. A Autoridade Portuária Nacional (APN), por meio do Plano Nacional de Desenvolvimento Portuário (PNDP), trabalha em estreita coordenação com o Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) e seu Plano Nacional de Serviços de Logística de Transporte e Infraestrutura até 2032.”

Ele também enfatizou que um dos principais objetivos é melhorar a conectividade entre o porto e a cidade por meio do desenvolvimento de infraestrutura rodoviária e ferroviária. “Foram planejados importantes corredores logísticos, como a ligação rodoviária entre Chancay e Callao, a ferrovia Eten-Cajamarca, a ferrovia San Juan de Marcona-Apurímac, a ferrovia Barranca-Lima (passando por Callao e Chancay) e a ferrovia Chancay-Pucallpa. Além disso, a legislação de cabotagem altamente flexível do Peru abre novas oportunidades para integrar portos regionais com os principais centros logísticos do país, facilitando o acesso aos mercados internacionais. Com essas iniciativas, estamos caminhando para um sistema portuário mais eficiente, sustentável e competitivo, alinhado às tendências globais de comércio e logística.”

Tendências e desafios

Por sua vez, Dinesh Sharma, da Drewry, destaca que a América Latina tem visto um forte crescimento no tráfego portuário nos últimos anos. “Comparado aos níveis de janeiro de 2019, esse crescimento foi de 30%. Além disso, a taxa média de crescimento de 12 meses atingiu 11,1% em dezembro passado, quase o dobro da média global de 6,1% ”, ele diz.

Falando especificamente no Peru, nos últimos dois anos, o tráfego nos portos mais importantes, como Callao, aumentou em até 25%, e em outros casos, como o Terminal Portuário de Paracas, esse percentual quadruplicou, explica. “Esse crescimento é reflexo principalmente dos investimentos em infraestrutura e equipamentos, que levam tanto ao aumento da capacidade quanto à melhoria da eficiência “, alerta.

Ele entende que, na América Latina, os investimentos em infraestrutura logística são desafiadores e extremamente importantes para responder ao crescimento da região. “Desafios tanto de uma perspectiva geográfica e demográfica, quanto para as receitas de exportação, especialmente de commodities e produtos perecíveis, onde os custos logísticos e a relação tempo/eficiência são componentes-chave da competitividade”, ele insiste.

Ela destaca a importância do Peru em termos de movimentação de contêineres. É importante lembrar que mais da metade dos 7 milhões de TEUs de capacidade adicional planejada para os próximos cinco anos ao longo da Costa Oeste da América Latina, do México ao Chile, estão no Peru. “Este país desempenha e desempenhará não apenas um papel importante e crescente como um centro para si mesmo, mas também como um centro para a região”, diz ele.

Em relação à incerta situação geopolítica e comercial global e como ela afeta o setor marítimo e portuário; ressalta que houve uma mudança fundamental. “De um mundo de relativa previsibilidade para um onde, primeiro, o risco geopolítico é alto e, segundo, a competição geopolítica é intensa. A política comercial está levando a um crescente campo de batalha competitivo. Isso também está levando a uma forte fragmentação entre esses concorrentes e blocos econômicos. O ambiente geopolítico atual apresenta dois riscos: alta volatilidade e, consequentemente, grande incerteza; mas, ao mesmo tempo, oportunidades para a América Latina. Para enfrentar esses desafios, a região é especialmente resiliente em exportações de commodities com exposição comercial a muitos países, onde a competitividade tem muito a ver com custos logísticos e eficiência”, explica .

A perspectiva atual para a região de Drewry é de 6 milhões de TEUs de capacidade de processamento adicionados nos próximos cinco anos. Dada a adição de capacidade planejada na região, a utilização provavelmente permanecerá inalterada durante esse período, diz Sharma.

“A história recente mostrou a incerteza global que levou a gargalos nas cadeias de suprimentos e, portanto, investimentos em infraestrutura logística para lidar melhor com essa volatilidade e incerteza serão essenciais. Outra consequência dessa intensa competição geopolítica serão as exportações em larga escala decorrentes do excesso de capacidade industrial. Uma oportunidade para a região pode ser participar mais das cadeias de suprimentos de valor por meio de maior integração na infraestrutura logística, trazendo competitividade de custos e eficiência para essas cadeias”, argumenta.

Mais particularmente como isso afeta portos e terminais; ressalta que eles estão operando em um ambiente altamente dinâmico. “A combinação de pico de demanda e interrupções na cadeia de suprimentos resulta em atrasos nas escalas de embarcações, deterioração da integridade do cronograma, altos volumes e falta de capacidade intermodal. Tudo isso é um desafio de teste para operadores de portos e terminais, que devem estar preparados para enfrentar esse ambiente altamente volátil. Vimos as consequências dessa situação por meio do impacto na produtividade operacional. A necessidade de encontrar maiores eficiências operacionais e de capacidade em toda a pegada do processo do terminal levará a um maior impulso em direção à digitalização e automação ”, explica ele.

Por fim, ele observa que os operadores de terminais de contêineres estão cada vez mais transferindo suas operações de um modelo de negócios tradicional, ou apenas dentro de certos limites, para se tornarem totalmente integrados às cadeias de suprimentos globais em resposta a um cenário altamente competitivo.

Oportunidades

Sobre a importância do Peru como anfitrião do encontro da AAPA LATAM, Carlos Urriola , diretor da AAPA LATAM e do grupo de terminais CARRIX, destaca que, desde os tempos coloniais, o Peru é um ponto importante para o comércio mundial. “Os investimentos nas expansões de Callao e Chancay confirmam seu papel como um hub marítimo para distribuição de cargas. Além da infraestrutura portuária, investimentos contínuos em estradas, ferrovias e parques logísticos são necessários para tornar o Peru um hub ainda mais bem-sucedido. A seleção de Lima para o Congresso da AAPA será uma excelente oportunidade para discutir projetos locais e regionais ”, acrescentou.

Sobre os desafios impostos pela incerteza geopolítica e comercial global para a América Latina, ele sustenta: “Devemos continuar aumentando o comércio entre os países da região e mantê-lo altamente competitivo em termos de custos e conectividade. Existem variáveis ​​que nossos países não podem controlar; mas devemos nos concentrar em manter e aumentar a eficiência de nossos sistemas para movimentar todos os tipos de carga de forma ‘verde’ “, argumenta.

Por fim, em relação ao impacto das grandes alianças de transporte de contêineres que dominam os mercados logístico e portuário, ele acredita que a maioria delas nasce e morre antes de sua data de expiração. Ele sustenta que dois fenômenos estão ocorrendo na região em relação a essa questão: “Por um lado, alianças estão experimentando redes de embarcações usando transbordo, e outras com serviços diretos. Essa é uma grande mudança na região. Por outro lado, as linhas de navegação estão operando múltiplos terminais portuários, e há muito poucos operadores portuários que não fazem parte das estruturas dessas linhas.”

Dessa forma, entende-se que os níveis de competição serão muito fortes, e os governos devem garantir uma concorrência justa entre todos os atores da cadeia logística.

Um encontro estratégico para toda a região

A AAPA LATAM 2025 será um espaço privilegiado para o diálogo regional, a análise estratégica e a troca de experiências entre os diversos stakeholders da cadeia logística e portuária.
De 24 a 27 de junho, Lima será o palco para novas ideias, projetos futuros e decisões importantes para construir uma indústria mais resiliente, eficiente e conectada.

FONTE: AAPA LATAM
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Comércio Exterior, Economia, Industria, Informação, Mercado Internacional

Falta apetite por integração comercial Mercosul-EUA, diz Lucas Ferraz

Coordenador do Centro de Estudos de Negócios Globais da FGV e ex-secretário do Comércio Exterior, questiona ausência de acordos de livre comércio entre países do Cone Sul com os Estados Unidos.

A integração comercial entre o Mercosul e os Estados Unidos tem sido tema de debate há décadas, mas parece haver falta de interesse mútuo, segundo análise do Coordenador do Centro de Estudos de Negócios Globais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Lucas Ferraz.

A análise foi durante participação no WW Especial, com William Waack, que debateu os impactos da diplomacia de Donald Trump na América Latina.

Ferraz, que foi secretário do Comércio Exterior do governo Jair Bolsonaro (PL), destaca que, diferentemente de outros países latino-americanos, os membros do Mercosul não possuem acordos de livre comércio com os Estados Unidos.

“Se a gente pegar os países da Aliança do Pacífico, e aqui eu me refiro a Chile, ao México, à Colômbia e ao próprio Peru, todos esses países têm acordos de livre comércio com os Estados Unidos”, observa.

Além dos países da Aliança do Pacífico, Ferraz menciona que nações da América Central também mantêm acordos de livre comércio com os EUA. Este cenário levanta questionamentos sobre as razões pelas quais o Mercosul não segue o mesmo caminho.

“A pergunta de um milhão de dólares é por que os países do Mercosul não têm acordos de livre comércio com os Estados Unidos? Existe alguma coisa especial contra esses países ou também será que existe talvez uma falta de apetite, de interesse também desses países por estreitarem os seus laços econômicos com os Estados Unidos?”, questiona.

Perspectiva histórica

Ferraz faz um resgate histórico, lembrando da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), uma iniciativa da década de 1990 que visava criar uma zona de livre comércio nas Américas. “O Brasil foi contra”, afirma, indicando uma postura histórica de resistência a uma maior integração econômica com os EUA.

Ao analisar a América Latina como um todo, o especialista nota que, com exceção dos países da Aliança do Pacífico, que ele descreve como “os países mais dinâmicos da região”, há uma tendência geral de baixo interesse em integração comercial, especialmente no Cone Sul.

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Comércio Exterior, Exportação, Industria, Informação, Negócios, Notícias, Tecnologia

Brasil bate recorde na exportação de veículos, mas enfrenta ameaça inesperada

As exportações de veículos brasileiros registraram um crescimento expressivo no início de 2025, impulsionadas principalmente pela demanda de países da América Latina.

Segundo a Anfavea, associação que representa as fabricantes de automóveis no Brasil, foram exportadas 76,7 mil unidades nos dois primeiros meses do ano, um aumento de 54,9% em relação ao mesmo período de 2024.

O destaque ficou para fevereiro de 2025, que registrou 48 mil veículos exportados, tornando-se o melhor mês para o setor desde agosto de 2018. Esse avanço reflete a recuperação do mercado internacional e o fortalecimento das relações comerciais com os principais parceiros do Brasil.

Quais países lideram a compra de veículos brasileiros?

A Argentina continua sendo o maior mercado para os veículos produzidos no Brasil, apresentando um crescimento impressionante de 172% nas importações. Outros países também impulsionaram o aumento das exportações:

  • Colômbia: crescimento de 52%
  • Uruguai: crescimento de 17%
  • Chile: crescimento de 12%

Além da Argentina, México, Uruguai e Chile aparecem entre os principais destinos dos veículos brasileiros, com participações de 14%, 8% e 4%, respectivamente. A diversificação de mercados tem sido uma estratégia fundamental para manter o crescimento do setor.

Brasil enfrenta concorrência acirrada dos veículos chineses

Apesar do avanço nas exportações, o Brasil enfrenta um desafio crescente no mercado internacional, especialmente devido à forte presença dos fabricantes chineses na América Latina. Em 2024, os veículos chineses representaram 27,9% das vendas na região, enquanto os brasileiros ficaram com 13,9%.

A ascensão dos automóveis chineses está ligada aos investimentos em tecnologia, eletrificação e preços competitivos, tornando-os uma opção cada vez mais atrativa para os consumidores da América Latina. Para manter a competitividade, a indústria brasileira precisará se adaptar rapidamente às novas tendências do mercado automotivo.

Imagem de carro no asfalto – Créditos: depositphotos.com / carloscastilla

Importações de veículos aumentam e preocupam setor automotivo

O crescimento das exportações veio acompanhado de um aumento expressivo nas importações de veículos para o Brasil. Nos dois primeiros meses de 2025, foram importados 75 mil veículos, um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Grande parte dos veículos importados vem da China, com destaque para os modelos eletrificados, um segmento no qual a indústria nacional ainda enfrenta dificuldades para se consolidar. A Anfavea alerta que um em cada cinco carros vendidos no Brasil é importado, o que pode representar um desafio para a produção local no futuro.

O futuro da indústria automotiva brasileira e os investimentos em eletrificação

A produção de veículos híbridos e elétricos ainda é limitada no Brasil, mas algumas montadoras já começaram a investir nesse setor para reduzir a dependência de importações. A Toyota, por exemplo, produz no país modelos híbridos como o Corolla e o Corolla Cross.

Além disso, fabricantes chinesas como BYD e GWM estão finalizando seus projetos para inaugurar fábricas no Brasil, focadas exclusivamente em veículos híbridos plug-in e elétricos. Com essas iniciativas, a expectativa é que a indústria nacional ganhe mais competitividade e consiga acompanhar as mudanças do setor automotivo global nos próximos anos.

FONTE: Em.foco
Brasil bate recorde na exportação de veículos, mas enfrenta ameaça inesperada – Estado de Minas – Em foco

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Trump diz considerar um tratado de livre comércio com Argentina

Declaração contrasta com negativa de seu principal assessor para a América Latina e com a imposição de tarifas sobre produtos de México e Canadá, com que os EUA formam um bloco comercial

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), afirmou que está considerando a possibilidade de firmar um tratado de livre comércio com a Argentina. A declaração foi feita em um pronunciamento na Casa Branca nesta 2ª feira (3.mar.2025). Na ocasião, Trump elogiou o presidente argentino, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), chamando-o de “grande líder” e afirmando que ele está “fazendo um excelente trabalho” no comando do país sul-americano.

Em fevereiro, Milei declarou que a Argentina já estaria negociando um acordo comercial com os Estados Unidos se não fosse o Mercosul. O líder argentino fez a afirmação durante discurso na Cpac (Conferência de Ação Política Conservadora). Também afirmou que a Argentina quer ser o 1º país a aderir ao regime de reciprocidade comercial imposto pelo governo dos EUA.

TARIFAS A CHINA, CANADÁ E MÉXICO Trump confirmou nesta 2ª feira (3.mar) que a partir de 3ª feira (4.mar) entrarão em vigor as tarifas sobre Canadá, México e China. A partir deste mês, Canadá e México terão taxa de 25% aos produtos vendidos para os EUA enquanto os produtos da China terão tarifa de 20% –o dobro dos 10% inicialmente anunciados por Trump. As tarifas para o Canadá e o México haviam sido anunciadas no início de fevereiro, mas foram adiadas por um mês para permitir negociações – que não avançaram. “Não há mais tempo para o México ou para o Canadá”, disse Trump em pronunciamento na Casa Branca nesta 2ª feira (3.mar).

FONTE: PODER 360
Trump diz considerar um tratado de livre comércio com a Argentina

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Economia, Gestão, Informação, Internacional, Negócios, Notícias

Erosão da confiança no Judiciário brasileiro leva à maior piora do risco país na América Latina

Argentina foi a nação que apresentou uma melhora mais significativa no período, indo de 3,49 para 3,06

A erosão da confiança no Judiciário brasileiro contribuiu para a forte trajetória de aumento de risco no Brasil, que pulou de 3,07 para 3,32 entre abril e dezembro, segundo o estudo Latin America Country Risk Index and Analysis 2024. Os dados revelam que a confiança do brasileiro nas instituições tem declinado, impulsionada pela corrupção generalizada e pela percepção de parcialidade política, especialmente no STF.

Foi a maior piora entre os seis países analisados – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador e México. Por outro lado, a Argentina foi a nação que apresentou uma melhora mais significativa no período, indo de 3,49 para 3,06.

Produzido pelo Adam Smith Center for Economic Freedom e conduzido no Brasil pelo Instituto Millenium, o estudo analisou os riscos políticos, econômicos, sociais e internacionais que rondam seis países da América Latina, expondo um quadro de deterioração acentuada nos principais indicadores.

Judiciário é percebido como ativista

Para Paulo Resende, um dos pesquisadores do Millenium, o resultado em relação ao Judiciário chama a atenção. O poder foi amplamente percebido como independente no país, permitindo uma autonomia sem controles efetivos e resultando em ativismo judicial, que compromete o equilíbrio entre os três poderes e acelera a crise de confiança nas instituições.

“Este foi um resultado muito interessante que obtivemos no estudo”, diz. “A independência do poder judiciário é algo fundamental para o princípio da separação de poderes, e vemos muitos casos de ditaduras em que o poder judiciário é comprometido para dar suporte institucional a um governo ilegítimo. A percepção de um judiciário independente é justamente a percepção de que o judiciário não está sendo comandado por outro poder”.

Mas ressalta: “Porém, este mesmo grau de independência institucional permite ao judiciário agir com ampla autonomia, muitas vezes sem controles efetivos, extrapolando suas atribuições tradicionais, e isto é visto como uma consequência direta da CRFB de 1988 e da Emenda Constitucional nº 45 de 2004. Ou seja, a independência do poder judiciário, que deveria servir ao equilíbrio entre os três poderes, deu vazão ao atual ativismo judiciário, que tem comprometido a consistência de todo o sistema judiciário, o equilíbrio entre poderes, e tem acelerado a erosão da confiança nas instituições.”

Além da desconfiança crescente nas instituições, o avanço da criminalidade e as relações internacionais cada vez mais instáveis contribuem para a piora da percepção de risco. As tendências, segundo os pesquisadores, podem afetar diretamente empresas, organizações internacionais e ONGs interessadas em investir ou operar na região. Resende ressalta ainda que a burocracia excessiva e a insegurança jurídica agravam o problema, sem sinais de melhora na administração atual.

FONTE: Gazeta do Povo
Crise de confiança no Judiciário aumenta risco Brasil

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Inovação, Sustentabilidade, Tecnologia, Tributação

Santos Dumont: O Supercomputador Brasileiro que Impulsiona a Ciência na América Latina

Divulgado pela Agência Brasil, o supercomputador Santos Dumont, localizado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) no Rio de Janeiro, é uma das joias da infraestrutura tecnológica na América Latina.

Reconhecido globalmente por sua performance, ele ocupa a 89ª posição entre os 500 maiores sistemas de computação do mundo. Essa posição de destaque o torna essencial para o avanço da pesquisa científica, processando dados com grande complexidade e volume.

Recentemente, este supercomputador não só ampliou suas capacidades de processamento, como também se destacou em termos de eficiência energética internacionalmente. Ocupando a 39ª posição na lista Top500 Green, o Santos Dumont representa um importante passo para a sustentabilidade tecnológica na região.

O que torna o Santos Dumont um supercomputador excepcional?

O Santos Dumont é projetado pela Eviden, especialista em soluções avançadas do Grupo Atos, utilizando a arquitetura BullSequana XH3000. Com isso, possui uma capacidade de processamento ampliada para 17 Petaflops, permitindo que múltiplas operações sejam realizadas simultaneamente com eficácia. Esse desempenho é crucial para tarefas que requerem alta capacidade computacional, como a análise de dados complexos em projetos científicos de ponta.

Um supercomputador como o Santos Dumont é definido por sua capacidade para executar trilhões de cálculos por segundo, sendo ideal para pesquisas que vão desde simulações climáticas até avanços na biotecnologia. Esta característica o posiciona como um instrumento vital na pesquisa moderna, auxiliando pesquisadores a obter resultados mais rápidos e precisos.

Como o Santos Dumont apoia a pesquisa acadêmica no Brasil?

O impacto do Santos Dumont na pesquisa acadêmica brasileira é significativo. Qualquer pesquisador do país que comprove a necessidade de um sistema de computação avançado pode solicitar o uso do supercomputador. Esta acessibilidade permite que mais projetos científicos sejam realizados, contribuindo para o desenvolvimento de soluções em diversas áreas, como saúde e sustentabilidade ambiental.

A implementação e expansão do Santos Dumont faz parte das estratégias delineadas no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que busca consolidar o Brasil como um centro de inovação tecnológica. Tal investimento assegura que o país está se preparando para ser um líder em pesquisa e desenvolvimento de inteligência artificial.

Quais são as atualizações previstas para o supercomputador?

Atualmente, o Santos Dumont está passando por uma fase de atualizações que incluem um novo sistema de refrigeração, o que visa aumentar a eficiência ecológica e econômica. Além disso, melhorias nas instalações estão em andamento para facilitar o acesso e a operação do supercomputador. Essas novas implementações consolidarão a posição do Brasil na vanguarda da computação científica em âmbito mundial.

Prevista para conclusão em 2025, essa fase de atualização promete não apenas elevar a capacidade computacional, mas também estabelecer um novo padrão para projetos de tecnologia inovadora na América Latina.

FONTE: Terra Brasil Noticia
Santos Dumont: O Supercomputador Brasileiro que Impulsiona a Ciência na América Latina – Terra Brasil Notícias

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Xi Jinping inaugura porto no Peru e marca nova fase de influência da China na América Latina

Localizado a 80 quilômetros da capital, Lima, o porto será administrado pela Cosco, uma das maiores empresas de logística do mundo; empreendimento que promete atrair investimentos superiores a US$ 3 bilhões

O presidente da China, Xi Jinping, estará no Peru nesta quinta-feira (14) para a inauguração do porto de Chancay, um empreendimento que promete atrair investimentos superiores a US$ 3 bilhões. Localizado a 80 quilômetros da capital, Lima, o porto será administrado pela Cosco, uma das maiores empresas de logística do mundo, que já havia investido US$ 1,3 bilhão no projeto em 2019. A operação da primeira fase está prevista para começar ainda este mês. Este novo porto simboliza o fortalecimento das relações entre a China e a América Latina, com a presença chinesa se expandindo para além do setor de mineração, incluindo também áreas como tecnologia de vigilância. A presidente peruana, Dina Boluarte, considera o projeto uma oportunidade significativa, prevendo a criação de até 8.000 empregos e um impacto econômico de US$ 4,5 bilhões anualmente.

De acordo com especialistas chineses, a nova rota marítima proporcionará uma redução nos custos e diminuirá o tempo de navegação em aproximadamente 20 dias, o que torna o Peru um local atrativo para investimentos de empresas chinesas. Contudo, a aquisição do porto por parte da China gerou polêmica no país, levando a discussões sobre possíveis mudanças nos termos do acordo de investimento. O porto de Chancay se integrará a uma extensa rede de mais de 40 portos que fazem parte da Iniciativa Cinturão e Rota, um ambicioso projeto de infraestrutura lançado por Xi Jinping em 2013. Durante a visita, espera-se que Xi e Boluarte formalizem um acordo de livre comércio ampliado, reforçando a posição da China como o principal parceiro comercial do Peru na última década.

FONTE: Jovem Pan
Xi Jinping inaugura porto no Peru e marca nova fase de influência da China na América Latina | Jovem Pan

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