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Entenda como novo avião da Airbus pode transformar mapa aéreo do mundo

A nova aeronave comercial A321XLR pode voar mais longe do que qualquer outro avião de corredor único no mercado e está recebendo centenas de encomendas

O modelo de avião A321XLR, ou “Extra Long Range” (XLR, na tradução em inglês), derivado do popular A321neo que estreou em 2017, pode voar mais longe do que qualquer outro avião de corredor único no mercado.

Segundo a Airbus, ele também queima 30% menos combustível por assento do que aeronaves da geração anterior.

“Isso nos permite ir a cidades que não poderíamos correr o risco com um avião de fuselagem larga”, disse Reid Moody, diretor de estratégia e planejamento da Aer Lingus, referindo-se às aeronaves de corredor duplo, como o Airbus A330 ou o Boeing 787, comuns em voos transatlânticos.

A Aer Lingus lançou seu primeiro voo direto de Dublin, na Irlanda, para Nashville, o que só foi possível com o novo avião de maior alcance da Airbus.
A transportadora irlandesa já opera dois A321XLRs e planeja adicionar mais quatro até o final do ano.

Centenas de aviões encomendados

Companhias aéreas do mundo todo estão clamando pelo novo avião.

A Aer Lingus e sua concorrente espanhola, a Iberia — ambas de propriedade do conglomerado aéreo europeu International Airlines Group (IAG) — já voam o A321XLR, e a Airbus tem pedidos firmes de mais de 500 unidades do modelo, mostram dados da empresa de análise de aviação Cirium.

Air Canada, American Airlines, Qantas Airways e United Airlines estão entre as que aguardam seu primeiro XLR.

Aviões de corredor único cruzando o Atlântico Norte não são novidade.

O 757 da Boeing voou pelos céus entre a América do Norte e a Europa por décadas. A aeronave, no entanto, é velha. O último avião saiu da linha de produção em Everett, Washington, em 2004.

As companhias aéreas restantes que voam o 757, incluindo a United, estão ansiosas para substituí-los pelos novos XLRs que economizam combustível. E outras, como a Aer Lingus, querem que o novo modelo da Airbus expanda seu mapa transatlântico para novas cidades.

O XLR, quando substituir os antigos 757s, deve permitir que as companhias aéreas ignorem os principais hubs em ambos os lados do Atlântico e abram novas rotas transatlânticas sem escalas para cidades menores.

“Vamos abrir de 10 a 12 novas cidades na Europa Oriental (e) Norte da África, saindo de Newark e (Washington) Dulles”, disse o CEO da United, Scott Kirby, no podcast The Air Show em junho. “Estamos animados com isso.”

Embora Kirby não tenha revelado quais cidades a United está considerando, seus planos de expansão recentes sugerem destinos inovadores, pelo menos dos Estados Unidos, como Bilbao, na Espanha, e Nuuk, na Groenlândia.

A United espera entregar o primeiro dos 50 A321XLRs no início de 2026.

A American Airlines também está de olho na Europa com seus próximos XLRs.

“Estamos analisando novos destinos secundários, como Espanha, Portugal, Reino Unido, qualquer coisa dentro do alcance — França, Alemanha, Escandinávia, todos esses destinos menores para os quais achamos que um wide-body não é adequado”, disse Brian Znotins, que lidera o planejamento de rede na American, ao The Points Guy em novembro.

O primeiro XLR da American, que deve ser lançado ainda este ano, será usado inicialmente em voos transcontinentais premium entre Nova York e Los Angeles e São Francisco.

Além das oportunidades de expansão, os viajantes também podem ver as companhias aéreas usando seus XLRs para adicionar voos extras em rotas que podem ter apenas um hoje.

Ou o avião pode ser usado para estender uma rota sazonal; por exemplo, uma que voa apenas durante o verão, para o status de voo durante todo o ano, voando durante o inverno de menor demanda.

Perguntas de alcance

Quantas novas rotas transatlânticas e outras rotas o XLR irá desbloquear é uma questão em aberto.

Modificações de segurança exigidas pelos reguladores europeus adicionaram peso ao avião. É amplamente reconhecido que as mudanças reduziram o alcance estimado do jato para cerca de 5.200 milhas (4.500 milhas náuticas) de até 5.400 milhas (4.700 milhas náuticas).

O corte de alcance, embora aparentemente pequeno, pode significar a diferença entre voar de Nova York para a maior parte da Europa ou apenas para a Europa Ocidental.

“O XLR é absolutamente mais pesado do que a Airbus queria que fosse originalmente”, disse Jon Ostrower, editor do The Air Current, em um episódio recente do The Air Show. “Isso realmente afetou as operações de longo alcance pesadamente carregadas que as companhias aéreas como a Frontier queriam com 240 assentos.”

A empresa de descontos Frontier Airlines cancelou seu pedido do XLR em agosto alegando preocupações com o desempenho.

“O avião provavelmente não terá o alcance para fazer algumas das rotas que as pessoas esperavam ver, como a Costa Leste para Roma”, disse Brett Snyder, presidente do serviço de assistência a viagens Cranky Concierge e autor do blog Cranky Flier.

“Mas ele está permitindo voar, incluindo Dublin para Nashville e Indianápolis. Com o tempo, haverá mais oportunidades de se esticar e tentar coisas novas.”

A maioria das companhias aéreas parece despreocupada com o corte de alcance.

“É uma preocupação apenas durante os verões de pico”, diz Ramiro Sequeira, diretor de operações da Iberia, sobre as capacidades do A321XLR. A transportadora acredita que pode fazer tudo o que esperava com o avião — se não mais.

A Iberia foi a primeira a voar com o XLR, estreando o avião em voos entre Madri e Boston em novembro. Ela planeja introduzi-lo em abril em voos para Washington, DC, aguardando a entrega atrasada de sua segunda aeronave da Airbus.

Sequeira não revelou o que vem por aí para o avião na Iberia. “Novas rotas são segredo do departamento comercial”, diz.

Os viajantes podem esperar um produto a bordo do XLR semelhante ao que veriam em um avião maior.

A American planeja introduzir uma nova classe executiva e um produto econômico premium em seus A321XLRs quando eles estrearem no final deste ano.

A companhia aérea equipará os aviões com 20 de suas novas “Flagship Suites” totalmente reclináveis ​​na frente, 12 assentos econômicos premium espaçosos no meio e um produto econômico atualizado na parte de trás.

“Estamos realmente satisfeitos (com) a introdução da nossa nova Flagship Suite”, disse o CEO da American, Robert Isom, aos investidores em 23 de janeiro, citando o XLR como um dos primeiros aviões a receber os assentos. Ele enfatizou que o conforto do passageiro era importante em aviões que voarão rotas internacionais mais longas.

Aer Lingus e Iberia equiparam seus aviões com assentos de classe executiva totalmente reclináveis ​​na frente e assentos econômicos padrão atrás. E o feedback dos clientes, eles disseram, é amplamente positivo.

“O cliente”, disse Moody, “para todos os efeitos, não se importa em viajar no avião de fuselagem estreita em vez do de fuselagem larga”.

FONTE: CNN
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Ministro da Economia de Portugal fala sobre acordo UE – Mercosul na FIESC

Realizado em conjunto com a ADVB/SC, evento da próxima sexta-feira (21) promove debate sobre negociações de comércio bilateral

Nesta sexta-feira (21), às 10 horas, o ministro da Economia do XXIV Governo de Portugal, Pedro Reis, participará da primeira edição de 2025 do Encontro de Ideias. A iniciativa é da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB/SC) e da Federação das Indústrias de SC (FIESC). O evento será na sede da Federação, em Florianópolis.

Reis traz a visão do governo de Portugal para o debate, que vai contar com a mediação do cientista social, diplomata e economista Marcos Troyjo e com a participação do político português Miguel Relvas e do secretário-executivo de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos do Governo de Santa Catarina, Paulo Bornhausen.

Para o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, Portugal pode ser um aliado importante para a efetivação do acordo Mercosul – União Europeia. “A indústria catarinense tem potencial para conquistar ainda mais espaço no mercado europeu e os benefícios do acordo são mútuos, não só no comércio, mas também na transferência de tecnologia e na geração de empregos”, afirma.

O evento é a primeira edição de 2025 da série Encontro de Ideias, iniciativa da ADVB/SC para fomentar o debate sobre temas estratégicos que impactam a economia e o setor empresarial. “Eventos como o Encontro de Ideias são fundamentais para o empresariado catarinense, proporcionando insights estratégicos, que fortalecem o networking e ajudam a compreender o cenário econômico”, destaca o presidente da ADVB/SC, Ricardo Barbosa Lima.

FONTE: FIESC
Ministro da Economia de Portugal fala sobre acordo UE – Mercosul na FIESC | FIESC

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Lacres eletrônicos em envelopes de provas oferecem segurança a documentações

A Fractal, empresa de tecnologia especializada em lacres eletrônicos, expandiu suas soluções para novas aplicações, incluindo o uso de lacres eletrônicos em envelopes de provas.

A iniciativa tem o intuito de aumentar a segurança e a integridade dos processos avaliativos, assegurando que os documentos permaneçam inalterados desde a sua emissão até a avaliação final.

Os lacres eletrônicos passivos, preparados para RFID e NFC, são projetados para monitorar o estado dos documentos em tempo real, possibilitando a verificação da autenticidade dos envelopes. A tecnologia empregada permite a emissão de alertas imediatos caso haja qualquer tentativa de violação, garantindo que o conteúdo permaneça protegido durante o transporte e armazenamento.

Elio Santos, commercial manager da Fractal, afirma: “A utilização dos nossos lacres eletrônicos em envelopes de provas tem o intuito de ampliar a segurança dos processos avaliativos, possibilitando um controle eficaz e a integridade dos documentos”. Santos ressalta que a aplicação pode reduzir os riscos de adulteração e aumentar a confiabilidade dos procedimentos de avaliação.

A solução proposta pela Fractal permite a integração dos lacres a sistemas de monitoramento já existentes, viabilizando uma gestão centralizada dos dados. Essa interoperabilidade possibilita uma resposta rápida em caso de anomalias, contribuindo para a melhoria da gestão de riscos em ambientes que exigem elevada segurança.

A expansão para envelopes de provas busca demonstrar a versatilidade da tecnologia Fractal e seu potencial para atender a diferentes demandas de segurança em processos documentais. A solução pode ser adotada por instituições de ensino, órgãos certificadores e outras entidades que necessitam de um método seguro para a transmissão e armazenamento de informações.

FONTE: Mundo do Marketing
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Empresa brasileira lança IA que reduz tempo de gestão documental em até 70%

No cenário atual do comércio exterior, a automação e a inteligência artificial (IA) emergem como ferramentas essenciais para otimizar processos e aumentar a eficiência.

A eComex, uma empresa brasileira de tecnologia, está na vanguarda dessa transformação com a criação do AI Digital Army, um conjunto de agentes digitais autônomos de IA. Essa iniciativa visa simplificar operações, automatizar tarefas repetitivas e liberar tempo para que colaboradores e clientes possam se concentrar em atividades mais estratégicas.

Com o avanço da tecnologia, a retenção de profissionais qualificados em tarefas rotineiras tornou-se uma preocupação. O CEO da eComex, André Barros, destaca que o objetivo não é substituir esses profissionais, mas sim equipá-los com ferramentas que permitam desempenhar funções mais desafiadoras e estratégicas. Assim, a empresa busca motivar seus colaboradores, respeitando seus potenciais e habilidades.

Quais são as soluções do AI Digital Army?

O AI Digital Army da eComex já está em fase de implantação e inclui cinco soluções inovadoras. Uma delas é o Digital Assistant – Document Capture, que ganhou o Prêmio Oracle Partner 2024 na categoria Inovação na América Latina. Essa solução é capaz de extrair e processar automaticamente dados de documentos, reduzindo o tempo dedicado à gestão documental em até 70% e aumentando a precisão das tarefas.

Outra solução é a ClaudIA, uma agente de IA que automatiza o atendimento ao cliente no eComex Suite, a principal solução da empresa para gestão de processos de comércio exterior. ClaudIA também auxilia no atendimento ao responder dúvidas sobre o PUCOMEX, permitindo que os analistas se concentrem em problemas mais complexos.

Inteligência Artificial é uma Ameaça ou Oportunidade? O Futuro do Trabalho em jogo!
Imagem Ilustrativa de Inteligência Artificial – Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko

Como a IA está transformando o comércio exterior?

A eComex está comprometida com a inovação no setor, oferecendo soluções como o Intelligent Content, uma IA que automatiza a leitura de publicações do Diário Oficial da União e das Notícias Siscomex. Essa ferramenta traz informações fiscais para o eComex Suite de forma rápida e segura, garantindo a conformidade dos dados por meio de uma etapa de avaliação manual.

O Classificador de Atributos é outra IA do AI Digital Army, que identifica e sugere atributos para o Catálogo de Produtos com base na NCM e na descrição das mercadorias. Isso reduz erros e agiliza o preenchimento da DUIMP, um documento essencial no processo de importação.

Quais são os benefícios do Shipping Proposition?

O mais recente integrante do AI Digital Army é o Shipping Proposition, que utiliza IA para analisar o histórico operacional de embarques. Essa solução sugere a consolidação de cargas para futuros pedidos, reduzindo significativamente os custos de frete, otimizando rotas e acelerando a entrega das mercadorias.

Com essas inovações, a eComex espera proporcionar uma transformação sem precedentes no comércio exterior, agilizando processos, evitando erro e melhorando a qualidade do trabalho dos profissionais. A empresa continua a desenvolver novas soluções baseadas em IA, visando integrar departamentos e melhorar a produtividade dos negócios, um desafio crucial para a competitividade das empresas no Brasil.

FONTE: EM FOCO
Empresa brasileira lança IA que reduz tempo de gestão documental em até 70% – Estado de Minas – Em foco

 

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Disparada nos preços leva governo a adiar exigência de maior uso de biocombustível no diesel

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou nesta terça-feira, 18, a manutenção do porcentual mínimo obrigatório de biodiesel ao óleo diesel em 14% até “posterior deliberação”. A decisão foi tomada na primeira reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em 2025.

No fim de 2023, o CNPE havia definido para março de 2024 a mistura de 14% de biodiesel ao diesel (B14), com a previsão de chegar a 15% (B15) em 2025. Além da redução da emissão de dióxido de carbono na atmosfera, foi citada a redução da importação do combustível fóssil.

Silveira defendeu um reforço da fiscalização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP) sobre a mistura em 14%. Ele citou deficiências na fiscalização do regulador e declarou que há denúncias de que algumas distribuidoras não estão fazendo a mistura. O ministro reiterou que a manutenção do porcentual não causa insegurança jurídica.

Uma ala do governo defendia a manutenção do porcentual em 14% e a derrubada do cronograma que previa a adoção do B15 (mandato de 15%) a partir de 1º de março. O pedido de manutenção da mistura partiu da Casa Civil, de acordo com pessoas a par das discussões.

O preço do diesel disparou na primeira quinzena de fevereiro, conforme o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que monitora as transações em 21 mil postos de abastecimento do Brasil.

Ante o mesmo período do mês anterior, o preço médio por litro do diesel comum subiu 4,65%, de R$ 6,23 para R$ 6,52; e o do diesel S10 subiu 4,93%, de R$ 6,29 para R$ 6,60 de acordo com levantamento divulgado na sexta-feira, 14.

O motivo alegado nos bastidores para a manutenção da mistura nos níveis atuais é o potencial aumento do preço do óleo diesel ao consumidor. Após o preço do combustível subir mais de R$ 0,28 (R$ 0,22 pelo reajuste da Petrobras e R$ 0,06 pelo aumento do ICMS estadual), o governo quer evitar novas altas, em momento no qual o Palácio do Planalto está preocupado com a inflação resistente e com a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outro argumento usado pelo governo é a alta de 29% do preço do óleo de soja em 2024, principal matéria-prima do biocombustível, e o receio de que a maior demanda do produto para produção de biocombustível poderá afetar o preço do óleo envasado, utilizado na alimentação.

O setor do biodiesel prevê impacto limitado, de R$ 0,01, no preço do óleo diesel na bomba a partir do aumento da mistura. Já distribuidoras de combustíveis estimam aumento de até R$ 0,02 no preço do óleo diesel ao consumidor a partir do maior teor de biodiesel.

Os fabricantes consideravam que não havia risco de mudança. Entidades do setor chegaram a intensificar conversas com integrantes do governo a fim de desmobilizar eventual alteração no cronograma.

As entidades do setor argumentam que impedir o aumento da mistura do biodiesel ao óleo diesel pode trazer impactos econômicos superiores ao aumento de R$ 0,01 no preço final do combustível. As usinas avaliam que qualquer mudança no cronograma previsto poderia desestruturar a cadeia produtiva do óleo e do farelo de soja.

Entre os efeitos potenciais avaliados pelo setor estão retração de investimentos já anunciados pelas usinas, consequente queda de geração de emprego e renda pela indústria, aumento da importação de diesel, o que afetaria balança comercial e aumento nos preços das carnes, em virtude de um possível menor esmagamento de soja e produção de farelo de soja — utilizado na alimentação animal.

Outro argumento é que a mudança no cronograma há menos de 15 dias antes da implementação traz perda de previsibilidade ao setor, que já tem contratos fechados com fornecedores considerando a evolução da mistura programada há mais de um ano. O setor de biocombustíveis também cobra do governo colocar em prática o que foi regulamentado na lei do Combustível do Futuro.

Do lado dos aspectos ambientais, o setor argumenta ao governo que a demonstração pública da adoção de uma matriz energética renovável torna-se ainda mais relevante no ano que o País sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30).

FONTE: Estadão 150
Disparada nos preços leva governo a adiar exigência de maior uso de biocombustível no diesel – Estadão

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SC participa de projetos nacionais para descarbonização do setor automotivo

Projetos estruturantes mobilizam R$ 166,2 milhões e envolvem institutos do SENAI, indústrias e outros órgãos de pesquisa; entre as iniciativas está a implementação do ciclo completo de produção nacional de ímãs permanentes de terras raras

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a Fundação de Apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (Fundep) divulgaram, na quinta-feira (13), os três projetos aprovados na chamada de Projetos Estruturantes do Programa Mover. Serão destinados R$ 166,2 milhões – sendo R$ 114,2 milhões do SENAI e da Fundep e R$ 52 milhões de contrapartida das empresas envolvidas.

As iniciativas preveem o desenvolvimento de tecnologias disruptivas para descarbonização no setor automotivo brasileiro, por meio de três alianças, que envolvem 13 instituições de pesquisa e desenvolvimento e 24 indústrias do setor, incluindo startups.
As chamadas de Projetos Estruturantes se diferenciam pela complexidade e impacto das soluções propostas, que devem ser executadas em até 36 meses por pelo menos cinco empresas, junto a uma instituição de ciência e tecnologia (ICT), além dos Institutos SENAI de Inovação.

O SENAI entende que, ao direcionar os recursos para uma aliança de empresas com ICT, o Programa Mover impulsiona a cadeia como um todo e não uma única companhia.

Imãs
Brasil detém a terceira maior jazida de terras raras do planeta (foto: Freepik)

Terras Raras

Entre os projetos aprovados está o MagBras, cujos proponentes são de Santa Catarina: o Instituto SENAI de Inovação em Processamento a Laser (Joinville) e a indústria Weg (Jaraguá do Sul). A iniciativa prevê a implementação do ciclo completo de produção nacional de ímãs permanentes de terras raras, desde a extração e processamento do minério até a produção final e a reciclagem de ímãs em fim de vida útil, bem como o reaproveitamento dos cavacos resultantes da usinagem dos imãs.

Os ímãs de terras raras são componentes utilizados para eletrificação, com ênfase em motores de carros totalmente elétricos (BEVs – Battery Electric Vehicles). Por causa dessa finalidade estratégica, os 17 elementos químicos que compõem o grupo chamado terras raras, podem enfrentar problemas de suprimento mundial. O fato positivo para o Brasil é que o país detém a terceira maior jazida de terras raras do planeta.

Campo_eletromagnetico
Elementos são utilizados em sistemas eletromagnéticos (foto Freepik)

Também integram a aliança da MagBras os Institutos SENAI em Sistemas de Manufatura (SC), Processamento Mineral (MG) e em Manufatura Avançada (SP), além do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (SP), Centro de Tecnologia Mineral (RJ) e Universidade Federal de Santa Catarina (SC). Formam a aliança industrial as seguintes empresas: Stellantis, Iveco, Vale, Mosaic, Nanum, Eion, Tupy, Taboca, Resouro, Aclara, Strokmatic, Viridion, St. George, ZEN, Bemisa, Appia Rare Earth, GreyLogix, Borborema Mineração, Steinert, Walbert Ferramentaria, Meteoric, Arcelormittal, Mineração BBX  e a também catarinense Schulz Compressores. As startups são Integra Laser, (Joinville) Moderna 3D (Joinville), Lean 4.0 (Brasília). Cumpre destacar que 12 empresas da aliança são mineradoras, o que garante o abastecimento da matéria prima essencial para o processo de fabricação de ímãs permanentes de terras raras.

Para sua consecução, o projeto contará com a infraestrutura do CIT-SENAI -ITR (Ímãs de Terras Raras) localizada em Lagoa Santa (MG), primeiro laboratório-fábrica de ligas e ímãs de terras raras no hemisfério sul. Além de executar e validar o teste laboratorial para escala industrial da fabricação de ímãs permanentes de um lote piloto, por meio de processos de sinterização e/ou manufatura aditiva, o projeto prevê estabelecer parcerias com a indústria para garantir a transferência de tecnologia e o desenvolvimento de capacidades produtivas no país.

Mobilidade elétrica
Projeto permitirá testes de validação e desempenho de carregadores veiculares elétricos (foto: CNI)

Plataforma física e digital para carregadores veiculares

Outro projeto aprovado é o de desenvolvimento de uma plataforma física e digital para interoperabilidade de carregamento de veículos elétricos. O sistema vai possibilitar testes de validação e desempenho de carregadores veiculares, veículos elétricos e soluções de energia, melhorando, assim, a infraestrutura de recarga nacional.

A plataforma física inclui uma subestação de energia dedicada, um sistema de armazenamento de energia por baterias (BESS), carport com painéis fotovoltaicos para geração de energia renovável e vagas de estacionamento para instalação dos carregadores.
Já a plataforma digital, que será integrada aos multimedidores da plataforma física, vai armazenar os dados, permitindo o monitoramento das informações em tempo real e o treinamento de matrizes de inteligência artificial (IA) para preditividade de condições como geração solar, agendamento de recarga, distribuição das cargas em função da geração, armazenamento em função da demanda, impacto de efeitos climáticos, dentre outras.

Os dados vão possibilitar ainda entender como cada modelo de veículo se comporta em função da potência, tipo de carregador e protocolo de comunicação escolhido – informação valiosa para montadoras e fabricantes de carregadores.
Os Institutos SENAI de Inovação participantes são os Sistemas Embarcados (de Florianópolis), Eletroquímica (proponente) e em Tecnologia da Informação, estes dois, do PR, além do Instituto de Pesquisas Eldorado (SP). A empresa proponente é a Stellantis e a aliança conta ainda com a participação da Volvo, Nissan, Renault, Mercedes e Caio e das startups Move, Renevive e Brain Robot

Combustíveis de baixa emissão em novos sistemas de veículos híbridos elétricos e a combustão

O terceiro projeto aprovado na chamada prevê, através da criação de um centro multiusuário de mobilidade de baixo carbono, a avaliação e otimização do comportamento de sistemas a combustão e híbridos elétricos a partir da análise do ciclo de vida e desenvolvimento de combustíveis de baixa emissão com a seguinte composição (puro ou misturado): gasolina, etanol, biodiesel, óleo vegetal hidrotratado (HVO), diesel S10 ou R, bioetanol, biometano e nanopartículas.

Para isso, serão utilizados dados e padrões identificados em testes de laboratório e em condições de condução real (RDE), com técnicas de machine learning.  O proponente é o Instituto SENAI de Inovação em Logística (BA) e participam ainda a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (BA), Universidade Caxias do Sul (RS). A empresa proponente é a Great Wall Motors, numa aliança que envolve também Petrobras (Cenpes), Marcopolo, Volkswagen, General Motors e Stellantis. As startups são a Elev Soluções em Energia, Soluções em Conectividade das Coisas Industria.

Rede SENAI de Inovação e de Tecnologia

Com uma rede composta por 28 institutos de inovação – três em SC – e mais de 60 institutos de tecnologia – sete em SC –, o SENAI apoia a atualização tecnológica e o desenvolvimento de produtos e processos para a indústria brasileira. A rede oferece serviços pesquisa aplicada e inovação, consultoria e metrologia, promovendo também parcerias com universidades, centros de pesquisa e investidores. 

FONTE: FIESC
SC participa de projetos nacionais para descarbonização do setor automotivo | FIESC

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O líder da China abraça os negócios, até mesmo Jack Ma. Mas será o suficiente?

Jack Ma, segundo da esquerda, e outros líderes empresariais chineses durante uma reunião em Pequim presidida por Xi Jinping, líder da China, na segunda-feira

O fundador do Alibaba, que já foi marginalizado, estava entre os executivos que se reuniram com Xi Jinping, no que foi visto como uma demonstração de apoio à iniciativa privada por Pequim. Quando Pequim afastou Jack Ma, o empresário mais proeminente da China, pisando no freio em seus negócios em 2020, enviou uma mensagem inconfundível de que nenhuma empresa estava acima do Partido Comunista Chinês.

Na segunda-feira, o principal líder da China, Xi Jinping, tentou uma abordagem diferente.

Xi se reuniu com chefes corporativos, incluindo Ma, que se manteve fora dos olhos do público nos últimos quatro anos, em uma demonstração de apoio em um momento economicamente precário.

Os chefes das empresas de eletrônicos Huawei e Xiaomi, a fabricante de baterias CATL e a gigante de veículos elétricos BYD estavam entre os líderes empresariais que aplaudiram e tomaram notas enquanto Xi presidia a reunião, de acordo com um vídeo publicado pela mídia estatal.

Xi pediu às empresas privadas que “tenham ambição de servir ao país”, em um aceno ao papel que os empresários chineses desempenham no desenvolvimento de tecnologias no centro do confronto geopolítico da China com os Estados Unidos.

Foi a primeira reunião entre Xi e líderes corporativos desde que o presidente Trump atacou a China em uma série de tarifas, somando-se a uma lista crescente de ameaças à economia chinesa, além de uma crise imobiliária, queda de preços e sentimento frágil do consumidor.

O setor privado ficou em segundo plano sob Xi, que colocou maior ênfase nas empresas estatais em um esforço pela autossuficiência. Relatos no fim de semana de que Xi poderia se encontrar com líderes empresariais provocaram otimismo entre os investidores de que Pequim poderia mudar de rumo.

As ações em Hong Kong, onde muitas grandes empresas chinesas negociam, subiram nas últimas semanas, impulsionadas em grande parte pela notícia de que a DeepSeek, uma start-up chinesa, havia construído um poderoso programa de inteligência artificial usando surpreendentemente poucos chips de computador. Liang Wenfeng, fundador da DeepSeek, esteve na reunião na segunda-feira, de acordo com a mídia chinesa.

Na segunda-feira, o índice Hang Seng em Hong Kong inicialmente se recuperou, mas terminou o dia ligeiramente abaixo. As ações na China continental subiram cerca de 0,25 por cento.

A cúpula foi um dos principais tópicos de discussão no Weibo, uma plataforma online popular na China, na segunda-feira. Para muitos, a questão mais importante antes da reunião era se Ma, o fundador do Alibaba Group, estaria presente. Foi a primeira vez que Ma foi visto em público com Xi desde que o governo interveio para impedir a oferta pública inicial de US$ 34 bilhões do Ant Group de Ma em 2020, depois que o executivo criticou publicamente os reguladores chineses por sufocar a inovação. A medida para impedir o que teria sido o maior IPO do mundo foi um desenvolvimento fundamental em uma repressão governamental de vários anos aos empresários chineses. Ma tem se mantido em grande parte fora dos olhos do público desde então.

Fred Hu, fundador da empresa de investimentos Primavera Capital em Hong Kong, chamou a reunião de segunda-feira de uma simbólica “correção de curso”.

“Nos últimos anos, o setor privado foi atingido por políticas, políticas e regulamentações”, disse ele.

A presença de Ma enviou uma mensagem “de que os empresários privados bem-sucedidos serão respeitados em vez de penalizados”, acrescentou Hu.

O Alibaba não respondeu a um pedido de comentário. Embora o alcance de Xi tenha sido repleto de simbolismo esperançoso, não estava claro se isso resultaria em mudanças substanciais para as empresas ou ajudaria a resolver os problemas econômicos mais amplos da China.

Xi reuniu os chefes da China corporativa em uma reunião chamativa em 2018, onde enfatizou o apoio do Partido Comunista às empresas privadas e prometeu que “isso não mudará nem um pouco”.

Não muito tempo depois, Pequim começou a reprimir as empresas privadas, implementando regulamentações para conter o financiamento imobiliário, empresas de aulas particulares, corrupção percebida na saúde e práticas salariais de serviços financeiros. Em suas campanhas, o partido cortou o financiamento de bancos estatais, proibiu empresas e deteve alguns dos magnatas mais famosos da China.

Os governos locais sobrecarregados com dívidas passaram a multar empresas privadas e famílias e até mesmo deter executivos para arrecadar dinheiro extra.

Essa prática alimentou uma sensação de insegurança entre as pessoas comuns sobre sua riqueza financeira e futuro, disse Chen Zhiwu, professor de finanças da Universidade de Hong Kong.

Abordando o problema na segunda-feira, Xi disse que “a supervisão da aplicação da lei deve ser fortalecida e acusações arbitrárias, multas, inspeções e apreensões devem ser tratadas para proteger genuinamente os direitos e interesses legais de empresas privadas e empresários de acordo com a lei”.

Mas especialistas disseram que Pequim precisará fazer mais para aumentar o investimento de empresas chinesas e estrangeiras se quiser criar empregos e estimular os gastos do consumidor. Seu maior gesto nos últimos meses foi o anúncio de um plano de US $ 1,4 trilhão para resgatar os governos locais, um plano que muitos economistas disseram não ser ousado o suficiente.

Nem mesmo o retorno de Ma aos holofotes pode ser suficiente para resolver as preocupações persistentes.

“No final das contas, a realidade é que o setor empresarial privado na China só tem valor quando o partido precisa de algum crescimento ou precisa estabilizar a economia”, disse Chen.

“Uma vez que a economia esteja estabilizada, os empresários privados seriam jogados na lata de lixo mais uma vez.”

Li You contribuiu com pesquisas.
Alexandra Stevenson é a chefe da sucursal de Xangai do The Times, relatando a economia e a sociedade da China.

FONTE: Nytimes
Jack Ma e outros líderes empresariais chineses se reúnem com Xi Jinping – The New York Times

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‘Cripto Gate’: governo argentino enfrenta nova crise política

A iniciativa do presidente da Argentina, Javier Milei, ao promover o lançamento de uma criptomoeda por uma empresa privada desencadeou uma nova crise política no país, forçando-o a anunciar uma investigação contra si mesmo.

O episódio que parte da imprensa argentina está tratando como o “cripto gate” envolve a suspeita de funcionários do governo federal, incluindo o próprio presidente, em supostas irregularidades envolvendo a criação da $Libra, uma criptomoeda que, segundo Milei, ajudaria a financiar pequenas empresas e empreendimentos argentinos.

As críticas e as reações à iniciativa de Milei se avolumaram depois que o presidente argentino publicou, nas redes sociais, um texto de apoio ao projeto Viva La Libertad, que é encabeçado pelo lançamento da $Libra.

Assim que o presidente tornou público seu apoio à iniciativa, o valor do ativo digital disparou, valorizando-se exponencialmente. Os poucos detentores da criptomoeda começaram então a vendê-la, com lucros altíssimos. Porém, o valor da $Libra voltou a cair tão logo especialistas e oposicionistas a Milei começaram a apontar o risco de fraude no empreendimento.

A primeira reação do presidente argentino foi apagar a publicação promocional de sua conta no X (antigo Twitter), substituindo-a por uma nova mensagem na qual afirmava não ter nenhum vínculo com o “suposto empreendimento privado”, do qual não conhecia os “pormenores”.

O esclarecimento não conteve a escalada da crise, a ponto do jornal La Nacion, um dos mais influentes do país, noticiar que o “escândalo $Libra abriu uma caixa de pandora”, com acusações de que pessoas próximas a Milei teriam pedido vantagens pessoais a empresários em troca de franquear o acesso ao presidente argentino.

Pressionado, o governo argentino anunciou duas medidas. Em uma nota oficial divulgada neste sábado (15), a equipe de Milei informou que o presidente determinou ao Gabinete Anticorrupção que apure se algum membro do governo nacional, incluindo ele mesmo, agiu de forma imprópria. Além disso, Milei informou que será criada, no âmbito da própria presidência, uma força-tarefa composta por representantes de vários órgãos e organizações interessadas no tema para que avaliem o projeto Viva La Libertad, a $Libra e todas as empresas ou pessoas envolvidas com a iniciativa.

Ainda na nota, a equipe de Milei esclarece que o primeiro contato do presidente com os representantes da empresa responsável pela $Libra aconteceu em 19 de outubro de 2024, durante um encontro no qual os empresários comentaram a intenção de “desenvolver um projeto para financiar empreendimentos privados na Argentina utilizando tecnologia blockchain”. O encontro, público, foi devidamente registrado na agenda de Milei, segundo sua equipe.

Cerca de dois meses e meio depois, em 30 de janeiro deste ano, por sugestão dos mesmos empresários, Milei se reuniu com o sócio do empreendimento que forneceria toda a infraestrutura tecnológica necessária.

“Finalmente, nesta sexta-feira, o presidente [Milei] compartilhou uma publicação em suas contas pessoais comunicando o lançamento do projeto, tal como faz cotidianamente em relação a muitos empreendedores que querem lançar um projeto para criar empregos e investir na Argentina”, acrescenta, na nota, a equipe do chefe do executivo da Argentina, reafirmando que ele não participou da criação e do desenvolvimento da criptomoeda.

“Frente as repercussões [negativas] que o anúncio do projeto gerou, para evitar qualquer especulação e para não dar mais publicidade [à iniciativa], [o presidente argentino] decidiu eliminar a publicação [de sua conta pessoal no X]”, finaliza a equipe presidencial, garantindo que todas as informações sobre o assunto que forem reunidas pelo Gabinete Anticorrupção e pela força-tarefa que será criada serão encaminhadas à Justiça, “para que esta determine se alguma empresa ou pessoa vinculada ao projeto cometeu algum delito”.

Na manhã deste domingo, representantes de duas organizações sociais (Observatório do Direito à Cidade e Movimento A Cidade Somos Nós Que A Habitamos) e de um partido político (Unidade Popular) ingressaram na Justiça com uma denúncia contra o presidente argentino, a quem acusam de ter prejudicado a mais de 40 mil pessoas ao se associar a um esquema que, segundo os denunciantes, teriam causado um prejuízo da ordem de US$ 4 bi.

FONTE: Uol
‘Cripto Gate’: governo argentino enfrenta nova crise política

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Veja quem a OEA entrevistou durante visita ao Brasil para avaliar “liberdade de expressão”

Pedro Vaca Villarreal, relator especial da OEA (Organização dos Estados Americanos) para a Liberdade de Expressão, realizou uma visita ao Brasil entre os dias 9 e 14 de fevereiro de 2025.

O intuito dessa visita foi analisar a situação atual da liberdade de expressão no país, após denúncias de possíveis violações relatadas por congressistas de oposição à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

Durante sua estadia, Vaca se reuniu com diversas autoridades e representantes do governo, bem como membros da oposição e da sociedade civil. A agenda incluiu encontros com figuras proeminentes no cenário político brasileiro, como ministros do governo, lideranças do Supremo Tribunal Federal (STF) e representantes da Polícia Federal.

Quem foram os participantes das reuniões com a OEA?

A visita de Vaca contou com uma série de reuniões de alto nível, começando com a Secom (Secretaria de Comunicação Social) do governo federal. Durante essa reunião, foi discutida a questão das “narrativas e informações falsas” que teriam alimentado os acontecimentos de janeiro de 2023. Vaca também recebeu um relatório do Ministério dos Direitos Humanos, que sugeria formas de enfrentar o discurso de ódio e o extremismo no Brasil.

Outro ponto chave da agenda foram os encontros com importantes figuras do STF, como Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, nos quais foram abordados temas de politização e ataques às instituições brasileiras. Alexandre de Moraes é uma figura central no Judiciário brasileiro, muitas vezes associada à defesa das instituições democráticas e ao combate à desinformação.

Qual foi a posição das outras entidades em relação à visita da OEA?

Congressistas da oposição, como Bia Kicis e Carla Zambelli, aproveitaram a oportunidade para relatar ao relator da OEA os “abusos de autoridade” que alegam serem cometidos pelos ministros do STF. Também foi mencionada a falta de transparência nos inquéritos onde estão envolvidos e a suspensão de suas contas nas redes sociais. Reunião similares com a Polícia Federal forneceram vídeos e detalhes relacionados ao inquérito de 8 de janeiro.

Além das autoridades políticas, Vaca se encontrou com a ONG Minha Criança Trans no Rio de Janeiro, o que ressalta a abrangência das suas audiências, incluindo questões de grupos minoritários e direitos humanos.

Quais foram as conclusões preliminares?

Ao final de sua visita, Vaca manifestou que havia recebido um grande número de “histórias e relatórios”, o que exigiria uma análise cuidadosa antes de emitir um posicionamento final. Ele planeja compilar suas percepções em um relatório abrangente que será apresentado pela CIDH, trazendo luz às questões de liberdade de expressão no Brasil.

Pedro Vaca também se reuniu com representantes de outros ministérios brasileiros, reforçando o compromisso do país com os direitos humanos, em especial a liberdade de expressão. A defesa desse direito é crucial em um contexto onde a desinformação e o discurso de ódio frequentemente são temas de debate público.

Com o retorno à OEA, as atenções se voltam agora para a elaboração do relatório final da CIDH. Espera-se que o documento traga recomendações específicas para garantir e aperfeiçoar a liberdade de expressão no Brasil, refletindo as percepções de Vaca e as informações coletadas. Este relatório poderá influenciar políticas públicas e fomentar um diálogo mais amplo envolvendo todos os setores da sociedade brasileira.

FONTE: Terra Brasil Noticias
Veja quem a OEA entrevistou durante visita ao Brasil para avaliar “liberdade de expressão” – Terra Brasil Notícias

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BÚZIOS 7/FPSO Almirante Tamandaré inicia produção no pré-sal

A Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras informa que o FPSO Almirante Tamandaré (Búzios 7) entrou em produção hoje no Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. Ao todo, serão 15 poços, 7 produtores de óleo, 6 injetores de água e gás, 1 conversível (produtor e injetor) e 1 injetor de gás, interligados à plataforma por meio de uma infraestrutura submarina.

De acordo com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, Búzios 7 é a primeira unidade de alta capacidade a ser instalada no campo. “Tem potencial para produzir diariamente até 225 mil barris de óleo (bpd) e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás. O FPSO Almirante Tamandaré é parte do sexto sistema de produção de Búzios e contribuirá para que o campo alcance a produção de 1 milhão de barris de óleo por dia, previsto para o segundo semestre de 2025”, afirmou a presidente.

“A capacidade média das plataformas no mundo fica em torno dos 150 mil barris diários de óleo e compressão de 10 milhões de m3 de gás. Com o Almirante Tamandaré, estamos alcançando um outro patamar de produtividade, que só é possível em campos como o de Búzios. Além da alta capacidade, agregamos configurações que possibilitam mais eficiência e tecnologias de descarbonização”, declarou Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras.

Em breve, espera-se que o campo de Búzios se torne o maior campo de produção da Petrobras. “É altamente produtivo, com reservas substanciais de petróleo leve. Até 2030, nossa expectativa é de superar o marco de 1,5 milhões de barris de produção por dia”, explicou Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras.

A unidade foi afretada junto à SBM Offshore e, além de apresentar capacidade acima da média das unidades da indústria, conta com tecnologias de descarbonização, como o flare fechado, que contribui para redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Há também tecnologias para aproveitamento de calor, que reduzem a demanda de energia adicional para a unidade.

O consórcio de Búzios é composto por Petrobras (operadora), as empresas parceiras chinesas CNOOC, CNODC e a PPSA, empresa gestora dos contratos de partilha da produção.

FONTE:  Agencia Petrobras
BÚZIOS 7/FPSO Almirante Tamandaré inicia produção no pré-sal

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