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Comércio, Economia, Importação, Internacional, Notícias

Governo Lula prepara resposta emergencial contra invasão de produtos chineses

Empresários brasileiros cobram cotas de importação e adoção de salvaguardas

Em meio ao temor de uma inundação de produtos chineses, com o Brasil como eventual vítima do fogo cruzado das tarifas do presidente americano, Donald Trump, a Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), estuda a adoção de mecanismos emergenciais de proteção comercial da indústria brasileira.

O órgão vem estudando opções desde o ano passado, no contexto da disparada das importações de produtos industriais da China, mas o Liberation Day, como foi apelidado o tarifaço de Trump, acelerou o processo.

A avaliação da indústria é que apenas as tradicionais e demoradas medidas antidumping – punições para quando os produtos importados chegam no mercado interno a preços mais baixos do que os praticados na origem – não darão conta de evitar estragos no curto prazo se a China redirecionar parte dos manufaturados dos EUA para o Brasil.

Em um cenário indefinido de guerra comercial, muitos setores vêm defendendo junto ao governo a adoção de medidas mais rápidas e amplas, como cotas de importação ou salvaguardas, que são ações temporárias (de duração de um ano) aplicadas a todos os países, e não apenas a casos individuais.

Camex estuda salvaguarda simplificada

Uma das opções em estudo na Camex é a adoção de uma espécie de salvaguarda simplificada, cujo processo seria muito menos burocrático e rápido do que todas as especificações necessárias para uma decisão de antidumping, por exemplo. A partir da conclusão dessa avaliação agilizada, seriam aplicadas medidas de proteção provisórias nos casos em que forem constatadas importações desleais.

O Mdic afirmou que “não fala de previsões” e que as “decisões são tomadas em colegiado”.

O movimento de intensificação do recurso a medidas de proteção comercial já vinha acontecendo nos últimos anos, na esteira do salto nas importações brasileiras de manufaturados.

“A indústria brasileira já vinha em um processo de ver o volume de importações, em especial da China, aumentando”, avalia Rene Medrado, sócio e especialista em comércio internacional e direito aduaneiro do escritório Pinheiro Neto. “Neste ano, em meio às incertezas das tarifas de Trump, poderemos alcançar um patamar recorde de pedidos”, completa ele, que é presidente do Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (Ibrac).

Pedidos de medidas de proteção crescem

No ano passado, o Departamento de Defesa Comercial (Decom), do Mdic, recebeu 106 petições de adoção de medidas de proteção, aumento de 140% em relação a 2023, segundo os dados mais recentes da pasta. Em 2025, até agora, foram 17 petições, a maior parte de antidumping.

“Há dois anos há uma movimentação bem grande na defesa comercial brasileira, com destaque para 2024”, aponta Fernando Benjamim Bueno, sócio da área de comércio internacional da Demarest. “A principal causa foi o desvio comercial [quando países redirecionam seus produtos ao encontrarem barreiras comerciais]. O mundo se tornou mais protecionista, da União Europeia a países do próprio Sudeste Asiático”, resume.

Atualmente, o Decom possui 73 investigações em curso, 34 delas envolvendo a China. Os setores com maior número de investigações são metais (11 casos), têxteis (5 casos) e plásticos e químicos (4 casos cada). Hoje há 126 medidas em vigor, a maior parte contra produtos chineses, segundo o departamento.

Salto nas importações chinesas

O aumento no número de pedidos de investigação casa com a aceleração na taxa de crescimento das importações com origem na indústria de transformação, em especial da China. Em cinco anos, as compras de produtos industriais chineses saltaram 78%.

O movimento vem ganhando tração: entre janeiro e março deste ano, a alta no desembarque dos produtos chineses foi de 36% na comparação com mesmo período do ano passado. Em 2024, essa expansão havia sido de 29% ante 2023.

“Desde dezembro do ano passado, o mundo inteiro viu uma forte aceleração nos embarques da China, possivelmente em antecipação às mudanças tarifárias prometidas por Trump”, afirma o economista Livio Ribeiro, sócio da BRCG consultoria e pesquisador associado da FGV.

Incerteza sobre impactos do tarifaço

Na avaliação de Ribeiro, ainda não está claro o que acontecerá com o comércio mundial no segundo mandato de Trump.
“Será necessário para ver qual será o novo normal para discutir qual o reequilíbrio do fluxo comercial entre os países”, diz Ribeiro. “Isso posto, o fato é que vai sobrar produto. É difícil o mercado interno chinês absorver no curto prazo, e esse excedente vai vazar para outros países”, avalia.

José Augusto de Castro, presidente da Associação do Comércio Exterior do Brasil (AEB), tem uma avaliação distinta, e acredita que a China deve continuar ampliando as exportações de manufaturados ao Brasil em 2025, mas em menor escala.
“Isso porque a capacidade do Brasil de absorver produtos da China será menor, já que o país crescerá menos. Além disso a China quer agradar ao Brasil, já que precisa de grandes parceiros no mundo em momento de guerra comercial com os Estados Unidos”, afirma.

Fonte: O Tempo



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Economia, Internacional, Notícias

É difícil conter a ascensão da China

O país caminha para assumir a ponta da economia global em 2030.

O tarifaço de Donald Trump tem como objetivo explícito — e estúpido — eliminar os déficits comerciais dos Estados Unidos, que seriam consequência, segundo ele diz, do tratamento injusto imposto por parceiros. Seu propósito oculto parece ser o de conter a ascensão da China. Daí a recente proibição de exportar microprocessadores avançados da Nvidia para empresas chinesas.

Desde o Império Romano, países se sucedem na posição de maior economia. No século XV, quando os portugueses deram início à navegação de longo alcance, a China era a líder, representando um terço do PIB mundial. Os grandes descobrimentos mudaram o panorama e asseguraram à Espanha, no século XVII, a posição de maior economia.

No século seguinte, o XVIII, foi a vez de a Holanda ocupar esse posto, aproveitando-se da elevação dos fluxos comerciais decorrentes daqueles descobrimentos e das transformações derivadas do progresso científico e de realizações culturais. Amsterdã criara sua bolsa de valores em 1602, o que foi a base para se tornar o maior centro financeiro do planeta.

“Com sua capacidade de inovação, a nação tem tudo para evitar a armadilha da renda média”

No século XIX, o Reino Unido virou a nação número 1. Sua ascensão decorreu das transformações institucionais da Revolução Gloriosa (1688), que encerrou a monarquia absoluta e propiciou o ambiente de segurança jurídica e previsibilidade que, ao lado da anterior lei de patentes (1624), criou a onda de inovações que desaguaram na máquina a vapor, a grande fonte da Revolução Industrial.

Os Estados Unidos iniciaram sua trajetória rumo à hegemonia após a Guerra Civil (1861-1865). A Convenção da Filadélfia (1787) criara o ambiente institucional propício a um sistema de livre mercado. As ferrovias baratearam os custos de transporte e incorporaram partes remotas ao mercado nacional. O sistema foi reforçado com o clima de competição favorável à inovação. Os ganhos de produtividade derivados dessas transformações e da imigração completaram o quadro que conduziu o país, no alvorecer do século XX, à posição de líder da economia mundial, em que se mantém até agora.

A China caminha para assumir o posto. O gatilho da arrancada foram as reformas econômicas de Deng Xiaoping, iniciadas em 1978. Hoje, 80% da economia está sob comando do setor privado. O país tem tudo para evitar a armadilha da renda média, o que será possível por sua capacidade de inovação, produto em grande parte da qualidade de suas universidades e de estímulos governamentais. A China já é a líder em pesquisas em química e a segunda em ciências biológicas e de saúde. É a maior produtora de artigos científicos. Assombrou o mundo com a DeepSeek, o modelo de inteligência artificial que se mostrou superior a outros, como o Chat­GPT da americana OpenAI, e de menor custo de treinamento: 6 milhões de dólares diante de 100 milhões de dólares do concorrente.

A menos que ocorra uma catástrofe, parece difícil bloquear a ascensão da China à posição de maior economia mundial — o que se estima deva ser alcançado em 2030 — até ser substituída por outro país. Essa parece ser a marcha inevitável da história.

Fonte: Veja

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Informação, Notícias, Portos

Explosão de grandes proporções em porto no Irã deixa 4 mortos e mais de 500 feridos

Enorme coluna de fumaça pôde ser vista no porto Shahid Rajaee, no sul do país. Incidente ocorreu na área de contêineres.

Quatro pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas após uma grande explosão no porto Shahid Rajaee, na cidade de Bandar Abbas, no sul do Irã, neste sábado (26). As informações são da mídia estatal do regime iraniano.

A explosão ocorre no mesmo dia em que o Irã inicia uma terceira rodada de negociações para um acordo sobre tecnologia nuclear com os Estados Unidos em Omã. A causa da explosão não foi totalmente esclarecida.

“A origem deste incidente foi a explosão de vários contêineres armazenados na área do cais do Porto Shahid Rajaee. Estamos atualmente evacuando e transferindo os feridos para centros médicos”, disse um oficial local de gerenciamento de crises à TV estatal.

Citando o porta-voz dos socorristas, a TV estatal informou que pelo menos 516 pessoas haviam ficado feridas. Ainda não estava claro se havia vítimas fatais.

A agência de notícias semi-oficial Tasnim publicou imagens de homens feridos deitados na estrada sendo atendidos em meio a cenas de confusão.

Os esforços para extinguir o incêndio decorrente da explosão continuavam. A alfândega do porto informou que caminhões estavam sendoretirados da área e que o pátio de contêineres onde ocorreu a explosão provavelmente continha “bens perigosos e produtos químicos.”

A TV estatal disse que “a negligência no manuseio de materiais inflamáveis foi um fator contribuinte” para a explosão.

Petróleo não foi afetado

Instalações petrolíferas não foram afetadas pela explosão, segundo comunicado da Companhia Nacional de Refino e Distribuição de Petróleo do Irã, que afirmou: “A explosão e o incêndio no Porto Shahid Rajaee não têm ligação com refinarias, tanques de combustível, complexos de distribuição e oleodutos relacionados a esta companhia.”

A grande explosão quebrou janelas em um raio de vários quilômetros, segundo a mídia iraniana, com imagens compartilhadas online mostrando uma nuvem em forma de cogumelo se formando após a explosão.

A agência de notícias Fars informou que a explosão foi ouvida em Qeshm, uma ilha a 26 quilômetros ao sul de Bandar Abbas.

Em 2020, computadores no mesmo porto foram alvo de um ciberataque que causou grandes congestionamentos nas vias fluviais e nas estradas. O jornal “The Washington Post” havia reportado que o arquirrival do Irã, Israel, parecia estar por trás desse incidente como retaliação a um ataque cibernético iraniano anterior.

Não houve comentário imediato do Exército israelense nem do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu quando questionados sobre uma possível ligação de Israel com a explosão.

FONTE: G1
Explosão de grandes proporções em porto no Irã deixa 4 mortos e mais de 500 feridos | Mundo | G1

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Economia, Internacional, Notícias, Tecnologia

Google retoma ferramenta de cotação do dólar 4 meses após erros e suspensão

O Google reativou nesta quinta-feira (24) sua ferramenta de cotação do dólar e outras moedas. O recurso havia sido suspenso em dezembro, após casos em que a plataforma mostrou o valor errado de negociação da moeda norte-americana.

Em nota, o Google afirmou que o recurso “está voltando a ficar disponível” depois de “ajustes significativos e salvaguardas adicionais, incluindo o bloqueio de atualizações de dados de conversão aos finais de semana e feriados e a exibição da fonte dos dados.”

“O Google está comprometido em oferecer informações precisas e confiáveis. Em dezembro do ano passado, removemos da Busca o nosso painel de conversão de moedas para o Real por conta de dificuldades com nosso provedor de dados terceirizado”, acrescentou a empresa.

Relembre o caso

A companhia suspendeu sua ferramenta de cotação do dólar no dia 26 de dezembro, após a plataforma apresentar, um dia antes, o valor errado da moeda.

O recurso do Google informou que o valor de negociação da moeda norte-americana estava em R$ 6,36 no dia 25 de dezembro, data em que os mercados ficaram fechados para negociação por conta do feriado do Natal.

Porém, a moeda havia encerrado a R$ 6,18 no último dia de negociações antes do feriado. Com isso, a ferramenta apresentou uma cotação R$ 0,18 mais alta em relação ao dado correto.

O erro levou a Advocacia-Geral da União (AGU) a pedir informações ao Banco Central do Brasil (BC) para que pudesse basear a apuração sobre as informações erradas.

Outros erros

Esse não tinha sido o primeiro registro de equívoco na plataforma. No início de novembro, o Google já havia mostrado o valor errado da moeda norte-americana em relação ao real, indicando que a divisa estaria em R$ 6,17 — quando, na verdade, havia encerrado em R$ 5,67.

À época, o Google afirmou ao g1 que os recursos de busca, como o de câmbio, são baseados em dados de terceiros. “Em caso de imprecisões, nós removemos as informações da busca e trabalhamos com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível”, disse.

Os erros ocorreram em um momento em que o dólar disparou e atingiu valores recordes.

O movimento foi consequência, principalmente, da insatisfação do mercado financeiro com o pacote de cortes de gastos detalhado em novembro pelo governo federal, além do anúncio da proposta do governo de isenção do Imposto de Renda (IR).

Diante da preocupação dos investidores com o quadro fiscal brasileiro, a moeda disparou e chegou a R$ 6,26 em 18 de dezembro, dias depois de alcançar pela primeira vez a marca de R$ 6.

Fonte: Diário do Brasil


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Comércio, Comércio Exterior, Economia, Internacional, Notícias

China retira sobretaxa de 125% sobre determinados produtos dos EUA

A China isentou algumas mercadorias dos Estados Unidos da sobretaxa de importação de 125%. A informação é da agência de notícias Reuters, que cita fontes do meio empresarial chinês. Segundo a Reuters, Pequim não anunciou oficialmente a lista de itens isentos, mas notificou individualmente a decisão a diversas empresas. O governo também solicitou que encaminhem uma relação dos produtos importados mais estratégicos para suas operações, a fim de avaliar a ampliação das isenções. As sugestões serão avaliadas por uma força-tarefa criada pelo ministério do Comércio.

Ainda de acordo com a agência de notícias, entre os artigos contemplados com a retirada das sobretaxas, estão medicamentos e peças e equipamentos para a indústria aérea. A Reuters lembra, ainda, que a medida se alinha a um comunicado emitido pelo governo chinês na sexta-feira 18 de que estava comprometido em manter a estabilidade econômica e apoiar as empresas e os trabalhadores mais afetados pela guerra tarifária travada com os Estados Unidos.

Trata-se do gesto mais claro até o momento de que Pequim pretende reduzir as tensões com Washington, após o tarifaço lançado pelo presidente Donald Trump no início do mês. A escalada protecionista culminou na imposição de uma tarifa mínima de 145% contra as importações de produtos chineses. Em alguns casos, contudo, a alíquota chega a 245%. A reação do presidente chinês, Xi Jinping, foi sobretaxar os americanos em 125%.

Em público, as duas maiores economias do mundo mantêm também uma guerra de versões com o objetivo de demonstrar força. Na quarta-feira 23, Trump afirmou a jornalistas que os Estados Unidos estão negociando “ativamente” com a China uma solução que encerre a questão. “Todos querem participar do que estamos fazendo”, declarou.

O governo chinês, no entanto, negou que mantenha qualquer negociação. Segundo He Yadong, porta-voz do ministério de Relações Exteriores, “quaisquer alegações sobre o progressos nas negociações econômicas e comerciais entre China e Estados Unidos são rumores infundados e sem evidências factuais”.

Outro representante da chancelaria chinesa, Guo Jiakun, foi ainda mais contundente ao afirmar que os americanos devem “parar de extorquir” a China, se quiserem algum avanço. “Se os Estados Unidos realmente desejam resolver as questões tarifárias por meio de negociações, devem parar de extorquir e conduzir o diálogo com base em benefícios recíprocos.”

Fonte: Diário do Brasil


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Comércio, Economia, Importação, Notícias

Importações de aço devem continuar em alta em abril, diz Inda

Os registros de importação de aço plano devem continuar em alta no Brasil em abril, após um mês de março recorde, previu nesta quinta-feira o presidente da associação nacional de distribuidores do material, citando que há mais de meio milhão de toneladas da liga à espera de nacionalização apenas em um dos portos do país.

“Tem meio mês de consumo (de aço) só em São Francisco do Sul (SC) para entrar”, disse Carlos Loureiro, em entrevista a jornalistas sobre os resultados do setor no primeiro trimestre. “Se o governo (federal) não tomar uma medida um pouco mais forte contra a China, as usinas vão ter muitos problemas e nós da rede vamos ter que ficar lutando para conseguir sobreviver”, acrescentou.

Segundo Loureiro, na semana passada havia mais de 440 mil toneladas de aço plano em navios à espera de liberação de espaço de armazenagem em São Francisco do Sul, que estava com os armazéns lotados.

O porto de São Francisco do Sul tem sido a principal porta de entrada de aço plano importado no Brasil, mas em março o porto de Manaus quase empatou em volume de importação do material com o porto catarinense, o que marca as distorções geradas por incentivos tributários concedidos à Zona Franca, distante milhares de quilômetros dos principais centros consumidores de aço do país, segundo o presidente do Inda.

Enquanto São Francisco do Sul recebeu um volume de importações de 135,6 mil toneladas de aços planos em março, elevando o saldo do trimestre para 395 mil toneladas, o de Manaus registrou 126,2 mil toneladas no mês passado, quase todo o volume do trimestre, de 174,2 mil toneladas.

“Não é produtivo para o país ter um esquema que permite que material viaje de Manaus para São Paulo e que esse custo logístico seja bancado por incentivos fiscais que todos nós pagamos”, disse Loureiro, classificando a situação de “balbúrdia tributária”.

No trimestre, segundo os dados do Inda, o porto de Manaus ficou em segundo lugar nas importações de aço pelo Brasil, com participação subindo a 20,8% ante fatia de 5,5% no mesmo período do ano passado. Enquanto isso, a parcela de São Francisco do Sul, passou de 45% para 47,2%.

No total, as importações de aços planos pelo Brasil em março somaram 343,6 mil toneladas, alta de 38% sobre um ano antes, quando o regime de cotas e tarifas adotado pelo governo federal para alguns produtos siderúrgicos ainda não estava implementado. No trimestre, a alta foi de 36% pelos dados do Inda, para cerca 796,3 mil toneladas.

O Aço Brasil, que representa siderúrgicas instaladas no Brasil como Gerdau, Usiminas e ArcelorMittal, afirmou na semana passada que as importações de totais de aço pelo país, incluindo os longos, somaram 663 mil toneladas em março, o maior volume importado em um único mês da história.

MERCADO

Em março, os distribuidores de aços planos do Brasil elevaram as vendas em 7,1% sobre o mesmo mês do ano passado, para 331,7 mil toneladas.

A expectativa da entidade é que em abril, as vendas recuem 4%, para 318,4 mil toneladas.

O setor terminou março com estoques de 1,06 milhão de toneladas, um crescimento de 17,2% sobre um ano antes e equivalente a 3,2 meses de comercialização, nível considerado elevado pela entidade.

Sobre o cenário de preços, Loureiro afirmou que as usinas retiraram aumentos realizados no início do ano, diante da pressão dos importados, e que parte do crescimento de 2,8% das vendas no trimestre foi puxada por antecipação de compras.

Isso teria ocorrido por estratégia das usinas de melhorar seus resultados ao final do trimestre, procurando vender mais em volume, oferecendo mais vantagens aos compradores, disse Loureiro.

“Os preços estão muito difíceis e as margens estão muito apertadas”, afirmou o presidente do Inda.

Fonte: MSN


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Comércio, Economia, Notícias

“Prévia da inflação”: IPCA-15 desacelera a 0,43% em abril, diz IBGE

Expectativa de mercado era de 0,44%; alta havia sido de 0,64% em março; alimentos voltam a puxar índice

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) desacelerou a 0,43% em abril, após ter avançado 0,64% em março, informou nesta sexta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Agentes de mercado esperava avanço em torno de 0,44%. Nos 12 meses até abril, a “prévia da inflação” passou a subir 5,49%, de 5,26% no mês anterior.

Oito dos nove grupos consultados subiram na prévia de abril:

  • Índice Geral: 0,43%
  • Alimentação e bebidas: 1,14%
  • Habitação: 0,09%
  • Artigos de residência: 0,37%
  • Vestuário: 0,76%
  • Transportes: -0,44%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,96%
  • Despesas pessoais: 0,53%
  • Educação: 0,06%
  • Comunicação: 0,52%

O resultado do mês foi puxado pelos grupos de Alimentação e bebidas (1,14%) e Saúde e cuidados pessoais (0,96%), informou o IBGE. Juntos, as categorias reponderam por 88% do índice do mês.

A alimentação no domicílio acelerou de 1,25% em março para 1,29% em abril. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (32,67%), do café moído (6,73%) e do leite longa vida (2,44%).

Já a alimentação fora do domicílio (0,77%) acelerou em relação ao mês de março (0,66%) em virtude da alta do lanche (1,23%) e da refeição (0,50%).

O grupo de Transportes foi o único com resultado negativo na prévia de abril, com recuo de 0,44%. A principal influência veio da passagem aérea, que caiu 14,38%.

Também contribuíram para o resultado os combustíveis (-0,38%), com variação negativa nos preços do etanol (0,95%), do gás veicular (0,71%), do óleo diesel (0,64%) e da gasolina (0,29%).

Fora da meta

Nesta semana, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, reforçou incômodo com a inflação fora da meta.

“Mas estamos falando de um patamar de inflação muito inferior ao que vivíamos no período (pré-Plano Real) e, ao mesmo tempo, mais próximo das taxas observadas em economias avançadas e emergentes”, destacou.

O IPCA de março — último dado cheio — desacelerou para 0,56%, também pressionado por alimentos. Nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,48%, acima dos 5,06% dos 12 meses imediatamente anteriores.

O BC persegue meta de 3%, com tolerância de 1,5 ponto para cima (4,5%) ou para baixo (1,5%).

Em 2024, a inflação estourou o teto da meta, encerrando com avanço de 4,83%.

Analistas consultados pelo Banco Central reduziram sua projeção para a inflação neste ano, segundo Boletim Focus divulgado na terça-feira (22).

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA é de alta de 5,57% ao fim deste ano, abaixo da previsão de avanço de 5,65% na pesquisa anterior.

Para 2026, a projeção para a inflação brasileira se manteve em 4,50%.

Fonte: CNN Brasil


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Comércio, Logística, Notícias, Tecnologia

GWM vai produzir picape Poer a diesel no Brasil

Modelo será produzido em Iracemápolis, em São Paulo, e irá receber motorização híbrida

As picapes serão montadas na fábrica da GWM em Iracemápolis, em São Paulo. Duas opções de motorizações serão produzidas: uma a diesel, provavelmente com o novo motor 2.4 turbo da companhia, e outra híbrida plug-in com motor a combustão movido a gasolina.

Apesar de ambas as motorizações já estarem confirmadas, ainda não há confirmação de que chegarão ao mesmo tempo no mercado nacional. Há a possibilidade; segundo a empresa, de que apenas uma opção seja lançada neste ano.

“Somos líderes na China vendendo picapes a diesel. Isso já está no nosso DNA. Sempre tivemos o diesel no radar para o Brasil [.] Não queremos um produto de nicho. Queremos cobrir o mercado.”, disse Ricardo Bastos, diretor para assuntos institucionais da GWM Brasil.

Será a primeira experiência da GWM no país vendendo carros com motores puramente a combustão. A marca chegou com o status de ‘autotech’, apenas com opções híbridas e totalmente elétricas no catálogo.

Perguntado se o lançamento de um modelo a diesel era um passo atrás para a companhia, o diretor institucional diz: “acho que é um passo para frente. Ao invés de insistir com uma coisa que eu acho que talvez vá bater na parede [não ter sucesso], vou com o veículo certo. Hoje, sabemos que o mercado de diesel, para trabalho, é o mais relevante”.

A escolha de trazer a motorização a diesel acontece depois das baixas vendas da picape Shark, da BYD, uma das principais concorrentes da GWM no mercado nacional.

A chegada da concorrente foi citada pela GWM como um dos fatores que influenciaram na decisão de vender a picape a diesel no país.

A BYD Shark foi lançada com motorização híbrida, preço de R$ 379.800. Em fevereiro deste ano, a picape recebeu um desconto de R$ 40 mil para impulsionar as vendas.

A fábrica da GWM deve ser inaugurada na metade deste ano.

Entre os meses de junho e julho, três modelos serão fabricados localmente: o Haval h6 (em todas as versões), que hoje é importado pela companhia, as novas picapes da linha Poer e também, no futuro, um novo SUV (da linha Haval ou Tank), que será feito com a base das picapes e vai usar a mesma motorização (2.4 turbo diesel ou híbrido plug-in a gasolina).

A data para a chegada no novo SUV não foi confirmada.

Fonte: CNN Brasil


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Comércio, Logística, Notícias

Greve: Auditores intensificarão operação-padrão nas unidades de fronteira

Auditores-Fiscais que atuam nos pontos de fronteira de norte a sul do país vão intensificar a operação-padrão no despacho aduaneiro. A ação, organizada pelo Comando Nacional de Mobilização, por iniciativa dos Comandos Regionais da 1ª, 2ª, 9ª e 10ª Regiões Fiscais, ocorrerá por dois dias, em cada semana, nas próximas duas semanas. O objetivo é pressionar ainda mais o governo, diante da intransigência para concessão do reajuste do vencimento básico da categoria.  

Os Auditores farão verificação de 100% das mercadorias, o que impactará na retenção de veículos e cargas. “Nosso movimento é até a vitória. Nossa luta não é apenas por remuneração, mas pela dignidade do nosso cargo. Não abriremos mão de respeito. É por isso que estamos lutando”, destacou o diretor do Sindifisco Nacional e representante da 10º Região Fiscal no Comando , Auditor-Fiscal Diogo Loureiro. 

Em complemento, o representante da 1ª Região Fiscal no Comando Nacional de Mobilização, Auditor-Fiscal Waltoedson Arruda, reforça a importância de a categoria aumentar ainda mais a adesão ao movimento. “Não vamos retroceder, queremos que o governo cumpra com o acordado. Conclamamos a participação de todos os Auditores que trabalham nas fronteiras e demais setores da Receita Federal a se unirem aos colegas que estão em greve e em operação-padrão na Aduana.”  

Reuniões setoriais 

Para propor novas ações e avaliar a greve da categoria, o Comando Nacional de Mobilização, a Direção Nacional e a Mesa do Conselho de Delegados Sindicais retomaram esta semana as reuniões com Auditores-Fiscais de diversos setores da Receita Federal. Ao todo, foram realizados cinco encontros entre Auditores da Malha Fiscal, da Fiscalização, delegados e adjuntos, chefes de equipe e coordenadores da Fiscalização.

Na reunião desta quinta (24) com as chefias da Fiscalização, foram debatidas estratégias para o movimento. Os participantes chegaram à conclusão de que o momento é decisivo, sendo fundamental pressionar ainda mais o governo por uma proposta que contemple os pleitos da categoria, sendo o principal a recomposição das perdas inflacionárias com o reajuste do vencimento básico.

Nesta sexta (25), a reunião setorial ocorrerá, pela segunda vez na semana, com os delegados da Receita Federal e seus adjuntos, às 10h. À tarde, os representantes do CNM farão uma reunião de avaliação dos encontros e das estratégias discutidas com a categoria. 

Fonte: Sindifisco Nacional


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Economia, Finanças, Logística, Negócios, Notícias

BC deve atuar com cautela em cenário de incerteza econômica global, diz Megale, da XP

Economista-chefe da XP deu declarações após evento com Diogo Guillen, diretor de política monetária da XP, em Washington

A cautela deve seguir como a tônica do Banco Central brasileiro diante de um cenário de alta incerteza na política econômica global, aponta Caio Megale, economista-chefe da XP.

O economista esteve nesta quinta-feira (24) em painel com o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, em evento promovido pela XP em Washington, EUA, à margem da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI), e trouxe ao InfoMoney as principais impressões sobre o evento.

“A mensagem principal do diretor foi a mesma que outros formuladores de política econômica têm dado aqui em Washington: uma mensagem de cautela diante da alta incerteza na política econômica global, da alta incerteza com relação ao processo das tarifas de Donald Trump e do impacto disso sobre a economia global”, aponta Megale. No dia 2 de abril de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um conjunto de tarifas comerciais contra mais de 180 nações. Trump voltou parcialmente atrás no dia 9, suspendendo por 90 dias as chamadas tarifas recíprocas, com o objetivo de abrir espaço para negociações bilaterais. Ele ainda mencionou posteriormente a chance de um “acordo especial” com Pequim, o que tem levado a um ambiente de alta volatilidade nos mercados.

A parcimônia, desta forma, também se estende para a reação de política econômica aos desdobramentos da guerra comercial. Porém, no caso do Brasil, avalia Megale, isso não significa que o processo de alta de juros pelo Copom (Comitê de Política Monetária) tenha se encerrado, uma vez que ainda há uma inflação resistente e longe da meta, com expectativas desancoradas, além de uma atividade econômica que ainda está forte.

“Não parece ser um final do ciclo de alta de juros. A minha avaliação é que ainda são necessárias altas adicionais da Selic, mas sem dúvida com muito mais cautela, talvez um passo mais gradual”, aponta o especialista. O cenário-base da XP é de que a taxa básica suba até 15,5%, encerrando o ano neste patamar. Já para 2026, a expectativa é de que a Selic feche o ano a 12,5%.

Megale vê sinais de desaceleração da economia doméstica, o que é consenso de mercado. Contudo, aponta que a intensidade da desaceleração é ainda muito incerta, em sinalização em linha com a apresentada com Guillen. Durante o evento, o diretor do BC avaliou que há sinais incipientes de moderação no crescimento da economia brasileira, mas ainda não há evidências concretas de desaceleração ampla e consolidada. Assim, há dificuldades para cravar sobre o grau de desaceleração da economia.

Neste cenário, Megale ressalta também uma incerteza sobre o impacto global na inflação no Brasil: altas tarifas poderiam causar desaceleração do mundo e, consequentemente, enfraquecer a economia brasileira. Os reflexos a serem sentidos, seja na importação de produtos mais baratos ou na taxa de câmbio, são essenciais para entender a tendência inflacionária. “A taxa de câmbio tem sido particularmente volátil nesse último mês – chegou a R$ 5,60, chegou a bater R$ 6,10, voltou agora para R$ 5,70. Guillen não mencionou isso, mas isso certamente faz parte desse processo de incerteza”, aponta o economista.


Outro fator levado em conta por Megale é o impacto dos novos empréstimos consignados para trabalhadores do setor privado para o PIB. Em meados do mês, a XP destacou que esses empréstimos devem adicionar cerca de 0,6 ponto percentual ao crescimento do PIB em termos anualizados.

Guillen, por sua vez, ressaltou que o BC ainda não incorpora consignado CLT na projeção do PIB. “Há muita incerteza sobre o timing e a magnitude da medida”, disse Guillen. Segundo ele, a autoridade monetária acompanha os dados em tempo real, mas ainda é difícil isolar o impacto direto do programa, dado que já existe uma oferta consolidada de consignado no país.

“Temos mais incerteza e temos que agir de forma cautelosa – isso é uma tendência da política econômica global – e seguir de olho ao longo do tempo como será o impacto do tarifaço no mundo, especialmente se esse processo global vai intensificar a desaceleração da economia brasileira”, aponta Megale.

Fonte: InfoMoney

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