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Comércio Exterior, Evento, Logística, Negócios, Networking

BWin Tech dobra de tamanho e fortalece presença no setor com participação marcante na Intermodal 2025 

A corretora de seguros BWin Tech deixou sua marca na Intermodal South America 2025 ao participar, pelo segundo ano consecutivo, do maior evento das Américas nos setores de logística, transporte de cargas, intralogística e comércio exterior, em abril. Em um cenário que reuniu os principais players do mercado, a empresa destacou seu crescimento acelerado, inovação em serviços e uma abordagem estratégica que vem transformando a forma como o seguro é percebido no setor logístico.  “Falar da BWin é lembrar que, nos últimos dois anos, estivemos nesta feira maravilhosa. A Intermodal se tornou parte da nossa história”, destaca Carla Kuhn, Partner & Business Development Director da BWin Tech.  

A BWin integrou o espaço RêConecta, no estande G100, um hub de conexões estratégicas que reuniu mais de 10 empresas de diferentes segmentos do setor. Com estrutura moderna, ativações de marca e ambiente de networking, o espaço foi palco de negócios, trocas de conhecimento e aproximação com tomadores de decisão de todo o Brasil. 

Segundo Carla, o principal objetivo foi aumentar sua visibilidade no mercado, receber clientes para apresentar a evolução da marca e gerar novas oportunidades de negócios. E o resultado superou expectativas. “Fechamos dois contratos com clientes que já estavam em negociação e abrimos novas oportunidades que seguimos nutrindo no CRM. A feira foi um divisor de águas para nós.” 

Seguro como ferramenta estratégica na logística 

Durante o evento, a BWin apresentou soluções inovadoras em seguros para logística e comércio exterior, destacando sua atuação baseada em conhecimento técnico e foco em mitigação de riscos com mais eficiência e rentabilidade. A proposta da empresa é ir além da proteção, oferecendo segurança como alavanca estratégica para as operações logísticas. “Queremos mostrar formas diferentes de ver o seguro: como oportunidade de negócio, diferencial competitivo e impulsionador de resultados,” explica Carla.  

A receptividade do público foi positiva, com destaque para a presença de influenciadores e decisores de empresas em busca de novas soluções. A visibilidade alcançada na feira também refletiu diretamente nas redes sociais e na percepção de marca da BWin, reforçando sua imagem de empresa em expansão. “Acreditamos que muitos negócios são impulsionados pela imagem. Estamos dobrando de tamanho a cada ano e a Intermodal tem papel central nesse crescimento.” 

RêConecta: um elo entre negócios e propósito 

A presença da BWin no evento foi viabilizada pela parceria com o RêConecta News, um portal digital que conecta, informa e fortalece o ecossistema do comércio exterior e da logística. Mais do que notícias, o RêConecta promove eventos, networking e ações de valorização profissional, como o projeto Divas do Comex & Log. 

O espaço coletivo do RêConecta se consolidou como um ponto de referência dentro da Intermodal, reforçando a força da inteligência colaborativa e do trabalho em rede. Para a BWin, a parceria representa alinhamento de valores e visão de futuro. “Somos incansáveis e imparáveis quando tratamos nosso negócio com integridade e respeito. A Intermodal nos dá isso: visibilidade, conexões e propósito. Estamos aqui para mudar vidas,” ressalta Carla.  

Próximos passos: expansão e impacto 

Após a participação na Intermodal 2025, a BWin foca na aceleração dos contatos comerciais, expansão da equipe de vendas e na estruturação de novas filiais, em Curitiba e Espírito Santo. O compromisso é seguir gerando oportunidades, fortalecendo o mercado e promovendo transformação através do seu modelo de negócios. “Geramos melhorias para nossos clientes e potencializamos empresas. Nossa cultura se expande no atendimento. Podemos mudar o mundo com resultados e bons exemplos,” finaliza Carla Kuhn, Partner & Business Development Director da BWin Tech.  

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Internacional, Negócios

Ações da Tesla despencam 14% com crescente disputa entre Trump e Musk

Papéis da montadora caíam 17% no pior momento do pregão desta quinta (5) após Musk intensificar suas críticas ao projeto de lei sobre impostos do presidente

Rachaduras na relação entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, seu autoproclamado “primeiro amigo”, estão assustando acionistas da Tesla, enquanto os dois trocam farpas com uma retórica cada vez mais acalorada nesta quinta-feira (5).

Os papéis da montadora desabaram 14,27% no pregão (perda de US$ 47,37), fechando em US$ 284,68 num dia sem outras grandes notícias para a montadora de carros elétricos, com traders se desfazendo dos papéis após Musk intensificar suas críticas ao projeto de lei sobre impostos do presidente.

No pior momento do pregão, as ações caíam em torno de 17%.

Trump respondeu, alegando que Musk estava chateado porque o projeto elimina benefícios fiscais para a compra de veículos elétricos, enquanto investidores temem que o desgaste na relação entre os dois possa prejudicar o império empresarial de Musk.

“Veja, Elon e eu tínhamos um ótimo relacionamento. Não sei se teremos mais”, disse Trump. “Ele disse as coisas mais bonitas a meu respeito. E não falou mal de mim pessoalmente. Isso será o próximo. Mas estou muito desapontado.”

Musk, uma figura central no plano de corte de custos do Departamento de Eficiência Governamental, o Doge, tem criticado o projeto de lei há meses, após decidir passar menos tempo na Casa Branca e se concentrar mais em suas empresas.

Na sua própria plataforma de mídia social, o X, Musk pediu aos membros do Congresso que derrubassem o projeto de lei, chamando-o de “abominação nojenta”.

“Isso mais do que anula todas as economias conquistadas pela equipe do Doge com grande custo e risco pessoal”, escreveu Musk na rede social na terça-feira. O bilionário foi o maior doador republicano na campanha eleitoral de 2024.

A liderança de Musk no Doge e seu alinhamento com o governo Trump afastaram alguns clientes da Tesla. As vendas de veículos elétricos da empresa caíram na Europa, na China e nos principais mercados dos EUA, como a Califórnia, mesmo com o crescimento geral nas compras de veículos elétricos.

Nas últimas semanas, Musk passou lentamente a se distanciar da Casa Branca, em parte afetado pela onda de protestos contra a Tesla.

“As posições políticas de Elon continuam prejudicando as ações. Primeiro, ele se alinhou com Trump, o que incomodou muitos potenciais compradores democratas. Agora, ele se voltou contra o governo Trump”, disse Dennis Dick, acionista da Tesla e estrategista-chefe da Stock Trader Network.

A SpaceX e a Starlink, outras empresas de Musk, dominam seus respectivos mercados, mas também estão sob intenso escrutínio por causa da relação de Musk com Trump.

As ações da Tesla caíram 12% desde 27 de maio, praticamente coincidindo com sua decisão de se afastar das atividades em Washington. As perdas se aceleraram nesta quinta-feira, quando 100 milhões de ações mudaram de mãos, quase o volume diário dos últimos 100 dias.

Os papéis têm vivido uma montanha-russa desde que Musk declarou apoio a Trump, em meados de julho de 2024, em sua campanha de reeleição – subindo 169% daquele ponto até meados de dezembro. Depois disso, houve uma queda de 54% até o início de abril, com o acirramento do movimento “Tesla Takedown”.

O projeto de lei orçamentária propõe, em grande parte, o fim do popular subsídio de US$ 7.500 para veículos elétricos até o final de 2025. A Tesla e outras montadoras têm contado há anos com esses incentivos para estimular a demanda, mas Trump prometeu, durante a transição, acabar com o subsídio.

“O projeto de lei orçamentária traz elementos negativos para a Tesla com o fim dos créditos para veículos elétricos e, de modo geral, o desentendimento com Trump traz riscos para a Tesla e para as outras empresas de Elon”, disse Jed Ellerbroek, gerente de portfólio da Argent Capital Management.

Incluindo as perdas desta quinta-feira, as ações da Tesla acumulam queda de 25% este ano. Ainda assim, a empresa continua sendo, de longe, a montadora mais valiosa do mundo – com um valor de mercado de quase US$ 1 trilhão, bem acima dos cerca de US$ 290 bilhões da Toyota.

Fonte: CNN Brasil


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Economia, Negócios

Empresas brasileiras renovam apostas na Argentina em meio à recuperação econômica

Empresas como CVC Corp, Kepler Weber e Marcopolo registram melhores resultados e expandem operações no país vizinho

Após anos de resultados negativos, empresas brasileiras de diversos setores voltam a investir na Argentina, impulsionadas por indicadores macroeconômicos mais favoráveis que melhoram os resultados operacionais e elevam as projeções para os próximos trimestres. A empresa de turismo CVC Corp quase dobrou seus investimentos no país para 2025, a fabricante de silos Kepler Weber espera quadruplicar sua receita em relação a 2024, e a fabricante de ônibus Marcopolo viu seu volume de entregas aumentar em 1.000% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A CVC Corp, que controla uma operadora de turismo e tem participação em outras duas marcas na Argentina, investiu R$ 25 milhões no país em 2025 — valor próximo ao total investido nos últimos dois anos somados (R$ 30 milhões). A medida reflete a expectativa da empresa de que a recuperação argentina continuará gerando resultados positivos.

Desde 2018, quando iniciou operações na Argentina, a CVC registrou lucro anual apenas duas vezes: R$ 4,4 milhões em 2022 e um recorde de R$ 24 milhões em 2024. Segundo o CFO Felipe Gomes, a companhia se preparou para ampliar suas operações com base nos sinais de recuperação econômica observados a partir do fim de 2023. “Todo esse investimento se baseia na nossa crença e no que estamos vendo na prática. Estamos animados”, afirmou.

Os três primeiros meses de 2025 já mostram essa melhora: o lucro da CVC na Argentina chegou a R$ 48,6 milhões — um salto de 367,7% sobre o mesmo período de 2024 — e a receita cresceu 36%, alcançando R$ 81 milhões. A Argentina respondeu por 22,3% da receita total da empresa no período, mas Gomes estima que essa fatia chegue a 25% nos próximos trimestres.

A Kepler Weber, fabricante de silos, também aposta forte no mercado argentino. A expectativa é quadruplicar a receita no país, passando de R$ 5 milhões em 2024 para R$ 20 milhões em 2025. A empresa não registrou vendas na Argentina entre 2021 e 2023, e só retomou o mercado no ano passado, ainda com participação modesta. O CFO Renato Arroyo associa o novo cenário à melhora do poder de compra local: “A capacidade econômica da população mudou nos últimos dois anos”.

Além dos esforços operacionais, o desempenho positivo das empresas está ligado à melhora no ambiente macroeconômico argentino. De acordo com o economista Roberto Troster, o aumento da confiança na economia local se sustenta em três pilares: eliminação do déficit público (convertido em superávit), fim dos controles cambiais e desregulamentação promovida pelo governo — fatores que contribuíram para a queda da inflação e dos juros.

A mudança para um regime de câmbio flutuante, adotado pelo Banco Central argentino em abril, também favoreceu a retomada gradual dos volumes de consumo, ao corrigir distorções no mercado.

Segundo André Mazini, chefe de pesquisa em ações da América Latina do Citi, o varejo começou a acelerar, refletido em empresas como Lojas Renner, que voltou a apresentar resultados positivos. Apesar de ainda cautelosa quanto à expansão, a empresa vê potencial. “Temos quatro operações na Argentina, poderíamos ter pelo menos dez vezes mais. Mas, por ora, seguimos com uma abordagem cautelosa”, disse o CEO Fábio Faccio.

A JSL, presente no país desde 2011, também aguarda sinais mais sólidos para ampliar sua presença, mas reconhece o crescimento da operação desde o início de 2024.

A Marcopolo, que atua na Argentina desde 1998, voltou a lucrar no país em 2024, com R$ 75,7 milhões — o primeiro resultado positivo desde 2017. A empresa investe na adaptação da planta industrial para produzir ônibus urbanos e rodoviários, além de desenvolver fornecedores locais e lançar produtos com maior valor agregado. O gerente jurídico Eduardo Willrich afirma que as perspectivas seguem positivas para os próximos trimestres.

No setor automotivo, a Frasle Mobility, da Randoncorp, também registrou aumento nas exportações para a Argentina. A empresa destacou o ambiente favorável de negócios com a reabertura do mercado, reposição de estoques e novos lançamentos.

O otimismo com a Argentina não se restringe às empresas brasileiras. A Stellantis, grupo holandês dono de marcas como Fiat, Peugeot e Citroën, observou crescimento nas vendas desde o segundo semestre de 2024. O CFO da América do Sul, Fernando Scatena, associa essa retomada à estabilidade macroeconômica, que aumentou o acesso ao crédito e favoreceu o consumo. A empresa anunciou um investimento de US$ 385 milhões em sua planta de Córdoba, parte do qual será destinado à produção de picapes.

Outro impulso veio com o acordo de US$ 20 bilhões fechado pelo governo Javier Milei com o FMI, segundo Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos. Ele lembra que 2024 foi um ano de explicações sobre resultados ruins, mas o cenário agora mudou. A Natura, por exemplo, viu sua receita na Argentina saltar de R$ 526,8 milhões no 1º trimestre de 2024 para R$ 838,6 milhões no mesmo período de 2025 — alta de 59,1%.

Essa nova fase indica que, para muitas empresas, a Argentina deixou de ser uma dor de cabeça e passou a ser uma oportunidade concreta de crescimento.

Fonte: Valor International

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Negócios

Cade aprova incorporação das ações da BRF pela Marfrig

Operação dará origem à MBRF, uma companhia com receita líquida superior a R$ 150 bilhões por ano

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou ontem, sem restrições, a incorporação das ações da BRF pela Marfrig. Anunciada em meados do mês passado, a operação dará origem à MBRF Global Foods Company, uma companhia com vendas em 117 países, forte presença nos Estados Unidos e no Oriente Médio e receita líquida superior a R$ 150 bilhões por ano.

Com a complementaridade de portfólios de Marfrig e BRF, a nova MBRF nascerá com participações expressivas nos mercados de proteínas animais in natura (frango, suínos, peru e bovinos), alimentos processados (refeições prontas, salsichas, embutidos, frios, patês, hambúrgueres, enlatados, pré-cozidos e charque), pet (rações e petiscos) e ingredientes (farinha de vísceras, gorduras e hidrolisados).

Com as sinergias que deverão ser geradas nas áreas de suprimentos, vendas, logística e administrativa, o impacto esperado no resultado da MBRF após juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) supera R$ 800 milhões por ano. Já com a aceleração do aproveitamento de créditos fiscais e a amortização do step-up dos ativos da BRF para otimização da carga tributária, o impacto fiscal previsto chega a R$ 3 bilhões

Uma vez aprovada pelo Cade, a fusão agora será avaliada em assembleias gerais extraordinárias das duas companhias. A expectativa é que o fechamento da transação aconteça no fim do mês que vem. Vale lembrar que, no processo de combinação dos negócios, cada ação da BRF dará direito ao recebimento de 0,8521 ação da Marfrig. A empresa de Marcos Molina detém, atualmente, 50,49% da dona das marcas Sadia e Perdigão.

Fonte: NP Agro

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Comércio Exterior, Negócios

Mercosul e UE finalizam revisão jurídica e acordo comercial dá novo passo

Secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres acredita que, mantido o ritmo dos trabalhos, acordo pode entrar em vigor em 2026

A revisão jurídica do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE) foi concluída nos últimos dias, marcando mais um passo para a negociação da parceria entre os blocos. Esta etapa está voltada a assegurar a consistência, harmonia e correção linguística e estrutural aos textos.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), Tatiana Prazeres, afirmou em entrevista à CNN que a revisão legal bem-sucedida e no prazo previsto é um “novo sinal de compromisso entre as partes”.

Este é o primeiro avanço do acordo de livre-comércio desde sua conclusão, anunciada pelos blocos em dezembro do ano passado. O próximo passo é traduzir o acordo da língua inglesa para as 23 línguas oficiais da UE e as duas línguas oficiais do Mercosul, entre as quais a portuguesa.

“A conclusão da revisão é um passo essencial. E a tradução já havia sido iniciada nos capítulos que foram revisados mais cedo”, disse Tatiana Prazeres à CNN.

Depois da tradução, há a assinatura do acordo e o início do processo de internalização — o principal desafio para a parceria. Neste momento, o Conselho Europeu e a

Comissão Europeia, órgãos do Executivo e Legislativo da UE, além dos governos e parlamentos sul-americanos, precisam chancelá-lo.

Segundo Tatiana, o contexto geopolítico atual joga a favor do avanço do acordo, enquanto o fortalecimento da relação poderia proteger os blocos de danos causados pelas tarifas do presidente norte-americano, Donald Trump. Este aspecto se soma aos ganhos econômicos de lado a lado, argumenta.

Para a secretária, mantido o ritmo atual de trabalhos, o acordo de livre comércio pode entrar em vigor em 2026, ainda no governo Lula.

Fonte: CNN Brasil


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Comércio Exterior, Gestão, Industria, Logística, Negócios, Sustentabilidade, Tecnologia

O ESPECIALISTA: ANDREY LEANDRO 

De executor a estrategista de supply: a transformação das compras internacionais no Brasil 

Há pouco mais de uma década, bastava importar para vender. O Brasil vivia um boom de consumo e um mercado menos competitivo, onde praticamente tudo o que se importava se vendia. Mas o tempo passou, os players aumentaram e os desafios se multiplicaram. A globalização acelerada, somada à instabilidade econômica e às rupturas logísticas, como a pandemia, exigiu muito mais do que apenas bons fornecedores e negociações de preço. Foi o início da transformação: o comprador precisava deixar de ser um executor de pedidos para se tornar um estrategista de supply

Essa mudança não foi apenas de nomenclatura — foi de mentalidade, estrutura e visão. Vivenciei isso de perto ao longo dos últimos 15 anos, enfrentando decisões críticas em momentos de crise e de crescimento. Aprendemos que o sucesso de uma operação de compras internacionais está diretamente ligado ao alinhamento com o time comercial, ao entendimento do mercado consumidor e, principalmente, à capacidade de planejar com meses de antecedência a demanda futura, mesmo diante de um cenário incerto. Ou seja, integrando compras, vendas e estratégia. 

Hoje, o profissional que atua nessa área precisa ser multifuncional: entender de logística, regulação, finanças, tecnologia e, sobretudo, de comportamento humano. Saber o que o time comercial precisa vender e o que o cliente final deseja comprar se tornou tão importante quanto conseguir o melhor lead time ou condição comercial. 

Nesse contexto, o Brasil forma alguns dos compradores mais resilientes do mundo. Afinal, navegamos diariamente por mares turbulentos: câmbio volátil, mudanças regulatórias, burocracia alfandegária, gargalos logísticos e, por vezes, interpretações subjetivas das autoridades. Ainda assim, seguimos entregando resultados, porque combinamos planejamento, tecnologia, relacionamento e, claro, muita criatividade. 

O futuro aponta para uma jornada ainda mais estratégica. A digitalização, a automação, a sustentabilidade e os novos acordos comerciais vão moldar os próximos anos. E quem quiser se destacar nesse cenário precisará ir além das hard skills. Será necessário cultivar autoconhecimento, networking e resiliência. Porque o sucesso duradouro não vem em 10 segundos, como um vídeo viral. Ele é construído dia após dia, com visão, paciência e propósito. 

Para evoluir, o mindset também precisa mudar: 

  • Do foco no resultado imediato → para a valorização do processo. 
  • Da busca por cargos→ para a entrega de valor real. 
  • Da pressa → para a construção consistente. 

É por isso que, mais do que ser apenas um bom comprador que simplesmente monta um pedido e negocia o preço, acredito que, na importação, é preciso ser um estrategista de supply — um conector de soluções globais. Sourcing internacional é muito mais do que encontrar preços baixos: é encontrar parceiros confiáveis, tecnologias de ponta e soluções sob medida que tragam resultados reais. 

Atuo como um hub global de sourcing, com presença forte na Ásia e parceiros estratégicos em todo o mundo. Da prospecção e homologação de fornecedores, passando por auditorias, inspeções e negociações, até o acompanhamento logístico e técnico da produção, minha missão é transformar o acesso a mercados internacionais em vantagem competitiva sustentável. 

Já ajudei indústrias a dobrarem sua produção com o mesmo número de colaboradores, graças à introdução de máquinas mais modernas e automatizadas. Também eliminei elos da cadeia de fornecimento, proporcionando reduções de até 40% no custo final de produtos. 

Trabalho com profundidade técnica, sensibilidade cultural e estratégia comercial para garantir que cada decisão de sourcing seja segura, eficaz e orientada ao crescimento. 

Sourcing internacional é uma alavanca de crescimento quando bem-feito — e estou aqui para fazer isso com você! 

QUEM É ANDREY LEANDRO? 

Andrey Silvino Leandro é um profissional com mais de 15 anos de experiência em compras internacionais, sourcing e desenvolvimento de fornecedores. Atualmente, é fundador da Marco Polo Trade Experts, empresa especializada em conectar empresas brasileiras a fornecedores globais, facilitando processos de importação e promovendo soluções estratégicas no comércio exterior. Reconhecido por seu networking global e visão estratégica, Andrey é um facilitador de importações e um conector de soluções globais, com profundo conhecimento em logística, regulação, finanças e comportamento de consumo. Sua trajetória é marcada por resiliência, inovação e uma abordagem integrada entre compras, vendas e estratégia. 

Graduado em Relações Internacionais pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI/SC), com pós-graduação em Gestão Organizacional, Logística e Comércio Exterior pela mesma instituição. Além da formação no Program for Management Development (PMD) – um programa internacional de Direção Geral voltado a executivos e diretores no IESE Business School – onde foi exposto a decisões de alta complexidade, exigindo uma visão estratégica e integrada da gestão empresarial. Provocado a pensar de forma inovadora os desafios organizacionais, aprimorar a liderança e fortalecer a capacidade de execução, além de ampliar a rede global de relações. 

Contato:
https://www.linkedin.com/in/andrey-silvino-leandro/

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Comércio Exterior, Evento, Logística, Negócios, Networking

Amalog fortalece presença no mercado logístico após destaque na Intermodal 2025 

Com a proposta de inovar no transporte multimodal, a Amalog encerrou sua participação na Intermodal South America 2025, realizada em abril, com saldo positivo e novas perspectivas de negócios. A maior feira de logística, transporte de cargas e comércio exterior das Américas foi palco do lançamento do novo serviço da empresa como Operador de Transporte Multimodal (OTM), com destaque para uma solução inédita no mercado brasileiro: a cabotagem para cargas fracionadas. 

Essa inovação logística permite que empresas de diferentes portes acessem uma modalidade mais eficiente, segura e sustentável, antes restrita a grandes embarcadores. A novidade chamou atenção do público e consolidou a presença da Amalog como referência em soluções multimodais integradas. 

A empresa participou do evento dentro do espaço RêConecta, um hub voltado à promoção de marcas inovadoras da cadeia logística. Idealizado pelo portal RêConecta News, especializado em comunicação e tendências do setor, o espaço promoveu conteúdo ao vivo, conexões estratégicas e visibilidade qualificada para os expositores durante os três dias de feira. 

Segundo Shandres Jordani, Diretor Executivo da Amalog, o principal objetivo da empresa ao participar da Intermodal foi “captar novas possibilidades de negócios”, o que foi plenamente atingido. “A receptividade foi incrível, conseguimos atingir diversos perfis ligados ao transporte de cargas OTM e rodoviário”, destacou. 

Além da visibilidade, a empresa saiu da feira com negociações em andamento e projeções promissoras. “Temos diversas novas oportunidades, captamos diversos contatos e estamos em negociação.” A edição 2025 da Intermodal, realizada em São Paulo, reuniu cerca de 50 mil visitantes e reafirmou seu papel como plataforma estratégica para o setor logístico na América Latina. 

Soluções integradas para um mercado em transformação 

Durante o evento, a Amalog apresentou suas soluções para transporte multimodal com foco em eficiência operacional, redução de custos e menor impacto ambiental. O estande atraiu visitantes interessados em logística integrada, transporte rodoviário e modelos OTM, validando o interesse crescente do mercado por soluções completas e tecnológicas. 

Jordani reforçou a importância do evento: “Com certeza a junção de diversos setores em um único local torna a feira muito estratégica, conseguimos realizar diversas reuniões e infinitas novas possibilidades de negócios.” Ele também destacou os impactos para a imagem institucional da empresa: “Passamos a ser mais vistos e conhecidos no mercado e o esperado é que os resultados comecem a aparecer em curto a médio prazo.” 

Próximos passos e visão de futuro 

Com o fim da feira, a Amalog direciona seus esforços para a consolidação dos contatos gerados e conversão das oportunidades em novos contratos. “Colocar o time comercial para entrar em contato com os novos possíveis clientes e captar o máximo possível”, pontuou Jordani. 

A experiência com o RêConecta também foi celebrada: “A Intermodal 2025 foi um marco para a Amalog. Saímos com a certeza de que estamos no caminho certo e mais preparados para os desafios do setor logístico”, finalizou. 

Sobre a Amalog 

Fundada com o propósito de transformar a logística por meio da tecnologia e automação, a Amalog vem expandindo sua atuação nos últimos sete anos. Com sede em Santos (SP) e unidades operacionais em pontos estratégicos como Itajaí (SC), Cachoeirinha (RS), São José dos Pinhais (PR), Campinas (SP), Belo Horizonte (MG) e Manaus (AM), a empresa se destaca pela integração entre modais e simplificação de processos. 

Um de seus principais diferenciais é a Plataforma Amalog de Serviços (PAS), que conecta todos os envolvidos no processo logístico e de comércio exterior, permitindo gestão em tempo real, redução de burocracias e maior controle operacional. 

Com os aprendizados e conexões geradas na Intermodal 2025, a Amalog reforça seu compromisso com a inovação e se posiciona como um dos nomes mais promissores da logística integrada no Brasil. 

Texto: Daiana Brocardo 

Imagens: Giovana Santos 

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Aeroportos, Negócios

Aeroporto do Galeão irá novamente a leilão após acordo de concessionária com TCU; entenda

O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira, 4, o acordo firmado entre o Ministério de Portos e Aeroportos e a Anac com a RIOgaleão, concessionária que administra deste 2013 o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro. O processo prevê a venda assistida da concessionária por meio de um procedimento competitivo simplificado.

O valor mínimo do leilão, que deve ser pago à vista, é de R$ 932 milhões. Além disso, a empresa que adquirir o direito de exploração do aeroporto deverá pagar à União uma contribuição variável anual equivalente a 20% do faturamento bruto da concessão até 2039.

A disputa será aberta a concorrentes, mas, pelo acordo, o acionista privado da concessionária (que detém 51% da RIOgaleão) terá que apresentar pelo menos uma proposta pelo valor mínimo para participar do leilão. Na prática, a Infraero, que hoje tem participação de 49% na concessão, se retira da administração do Galeão após o processo de venda, o que deve ocorrer até o final de março de 2026.

Para permitir condições isonômicas entre todos os concorrentes que participarão do procedimento competitivo, o acordo aprovado pelo TCU previu um mecanismo de compensação financeira das restrições impostas à movimentação aérea no Aeroporto Santos Dumont. Desde o início de 2024, a capacidade do Aeroporto Santos Dumont está limitada a 6,5 milhões de passageiros/ano. Caso a restrição seja mantida, caberá à nova concessionária do Galeão compensar financeiramente a União pelo benefício econômico positivo que a limitação ao Santos Dumont lhe proporcionou.

Segundo o acordo aprovado hoje, o cálculo a ser realizado pela Anac levará em consideração a seguinte evolução no tráfego do Aeroporto Santos Dumont: 2025, 8 milhões de pax; 2026, 9 milhões de pax; 2027, 10 milhões de pax; e, a partir de 2028, capacidade operacional livre. Caso o termo aditivo seja concluído ainda em 2025, o cálculo da compensação será proporcional ao restante do ano.

Desde que o Governo Federal adotou restrições à movimentação de passageiros no Aeroporto Santos Dumont, o número de usuários caiu pela metade enquanto o Galeão apresentou um aumento de 83% em 2024 sobre o ano anterior.

Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o acordo viabiliza a manutenção das melhorias previstas na concessão do Galeão e dá segurança jurídica aos investidores, que poderão projetar crescimento de movimentação e receita esperada. Além disso, garante a sustentabilidade econômica dos dois aeroportos do Rio de Janeiro. “Essa decisão do TCU, por unanimidade, fortalece a aviação do Brasil. Foi uma construção coletiva, depois de muito diálogo entre a ANAC, Tribunal de Contas da União, Ministério de Portos e Aeroportos e concessionária. Fizemos uma construção coletiva, de maneira que teremos agora a consolidação dessa concessão do Galeão. Isso vai dar segurança jurídica, previsibilidade e vai fazer com que a aviação internacional do Rio se fortaleça ainda mais. Do Rio e do Brasil”, avaliou Costa Filho, que encontra-se em viagem com o presidente Lula pela França.

Fonte: Istoé Dinheiro

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Internacional, Negócios

Multinacional com sede em SC vai instalar fábrica na Índia

O objetivo da empresa fabricante de compressores é atender o mercado local e regional com a marca Embraco

A Embraco, de Joinville, empresa da multinacional japonesa Nidec Global Appliance (GA), fabricante de compressores de refrigeração residencial e comercial, anuncia que vai abrir uma fábrica na Índia com o objetivo principal de atender o mercado local re fortalecer presença na região. A nova unidade será baseada na cidade de Chhatrapati SAmbhaji Nagar (Aurangabad), no estado de Maharashtra. 

A nova unidade vai receber investimentos de US$ 120 milhões, informa o presidente da companhia, Alberto Castani. O projeto é fabricar na Índia compressores Embraco para refrigeração residencial e comercial, e também compressores eletrônicos. A capacidade produtiva será de 6 milhões de unidades por ano e o início das operações está previsto para o segundo semestre de 2026.

Esse investimento é um marco estratégico no crescimento e fortalecimento de nossos negócios nos mercados internacionais – destaca Alberto Castani.

A nova unidade vai gerar entre 750 e 1.000 empregos diretos, em fábrica com 55 mil metros quadrados de área construída. A companhia destaca que também vai promover a expertise tecnológica em soluções de refrigeração.

– O mercado indiano de refrigeração está se expandindo rapidamente, acompanhando o forte impulso econômico do país. Essa nova unidade nos permitirá atender melhor à demanda local com soluções de alta eficiência, produzidas localmente, para os setores residencial e comercial. Agradecemos o apoio e a colaboração do governo estadual de Maharashtra (Índia) e do governo federal da Índia e do Brasil, cujo envolvimento teve papel importante em nossa decisão de investir nessa instalação – afirmou também Alberto Castani.

A Nidec destaca que a nova unidade vai  produzir quatro séries de compressores Embraco, que contam com os mais recentes avanços tecnológicos em refrigeração. Serão os modelos de velocidade fixa ES e EL, os modelos de velocidade variável FMS e VLT, mais o modelo eletrônico.

Fundada em Joinville em 1971, a Embraco se consolidou nesse mercado em função das pesquisas constantes em inovação para refrigeração residencial e comercial. Foi a primeira empresa brasileira a instalar filial produtiva na China, nos anos de 1990. A Embraco foi adquirida pelo grupo japonês Nidec em 2018.

Fonte: NSC Total

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Negócios

Airbus mantém otimismo com Brasil, apesar das RJs: “Mercado vai dobrar em 20 anos”, diz CEO

Em meio à crise da Boeing, fabricante se vê em posição de vantagem e não descarta negócios futuros com a Gol, afirma o CEO para América Latina, Arturo Barreira

Azul entrou com pedido de Chapter 11 na última semana, completando a tríade das grandes companhias aéreas brasileiras que precisaram recorrer à recuperação judicial. A Airbus, no entanto, não deixa de estar otimista com o Brasil.

“O mercado vai duplicar em 20 anos. Será o dobro de voos por viajante”, diz Arturo Barreira, CEO da fabricante francesa de aeronaves na América Latina, região em que a empresa é líder de mercado.

O executivo falou em entrevista exclusiva ao INSIGHT na capital indiana, Nova Délhi, na 81ª assembleia anual da Iata, associação que representa a indústria aérea em todo o mundo.

A Airbus tem surfado a melhora de desempenho da Latam, que é a maior operadora de aeronaves da fabricante na América Latina, e concluiu sua reestruturação financeira no fim de 2022. Nos últimos dois anos, a companhia aérea chileno-brasileira aumentou em 12% sua frota, incluindo aviões da Airbus e da Boeing.

Com a Gol próxima de concluir seu processo de recuperação judicial, Barreira não descarta a possibilidade de futuros negócios com a companhia, hoje com uma frota exclusivamente de Boeing.

“Falamos com todos os operadores de aviões comerciais com mais de 100 assentos no mundo. Existem apenas dois fornecedores para aviões acima de 120 assentos, então não é complicado. Não há nada concreto, mas eles sabem que nossos aviões, especialmente a família A320, são os mais competitivos do mundo”, diz.

Em meio à crise da Boeing, sua principal concorrente, a Airbus se vê numa posição mais vantajosa. A empresa, conta Barreira, tem mais de 8 mil aeronaves para entregar nos próximos anos.

“Nosso principal foco, agora, é entregar o mais rápido possível para nossos clientes.” A empresa entregou 136 aeronaves comerciais no primeiro trimestre deste ano.

No Brasil, além de aumentar a penetração de suas aeronaves comerciais, a companhia está confiante no crescimento das vendas da Helibras, fabricante brasileira de helicópteros do qual é dona.

“Estamos muito comprometidos em crescer, aproveitando os investimentos feitos até hoje. Fabricamos helicópteros H125 e H225 aqui e queremos desenvolver mais opções em helicópteros no Brasil.”

A empresa também mantém um projeto com a Força Aérea Brasileira, que adquiriu dois A330. O objetivo é converter as aeronaves para o modelo MRTT (Multirole Tanker Transport), avião-tanque certificado para operações de reabastecimento ar-ar automático.

Confira os principais trechos da conversa com Arturo Barreira, CEO da Airbus na América Latina:

INSIGHT: Como estão os negócios da Airbus na América Latina, especialmente no Brasil, principalmente agora que a Azul é a terceira das grandes companhias aéreas do país a recorrer ao processo de recuperação judicial?

Arturo Barreira: Para nós, o Brasil é sem dúvida o principal mercado da América Latina, onde estamos presentes há mais de 40 anos. Temos mais de 600 funcionários no país, presença em centros de treinamento, e a única linha de montagem de helicópteros na América Latina [a empresa é dona da Helibras].

Quanto ao mercado de aviação comercial, ele é o maior e continuará assim. Acreditamos que vai dobrar nos próximos 20 anos, com a previsão de tráfego aéreo que fizemos, o número de viagens por cidadão vai dobrar no Brasil também.

Acredito que a Gol sairá logo do Chapter 11. Sobre a Azul, que entrou no Chapter 11 na semana passada, ainda não sabemos o que vai acontecer, mas é um cliente muito importante para nós, que opera A320 e A330, por exemplo.

A Gol tem toda sua frota composta por aeronaves Boeing, que passa por um momento difícil e a Azul, cliente de vocês, suspendeu pedidos. Há conversas para fazer negócios com a Gol?

Falamos com todos os operadores de aviões comerciais com mais de 100 assentos no mundo. Existem apenas dois fornecedores para aviões acima de 120 assentos, então não é complicado. Não há nada concreto, mas eles sabem que nossos aviões, especialmente a família A320, são os mais competitivos do mundo.

Na região, temos 70% da carteira de pedidos para os próximos anos na família A320, e o A321 é a espinha dorsal das operações. É da Latam, da Azul, dos parceiros comerciais [da Gol] como Avianca, além da Sky. O A321 está muito implantado na região e é provavelmente o avião que mais cresce aqui.

As companhias observam a concorrência e veem que o A321 pode ser ainda mais competitivo. Também esperamos que cresça a penetração do A330neo, de voos de longa duração.

Como você vê o momento econômico do Brasil? A Iata falou bastante sobre tributação, em especial a reforma e seus impactos. Qual a sua visão?

A tributação no Brasil é complicada. Não sou especialista, mas concordo com a Iata que muitos aspectos tributários deveriam ser simplificados, não só no Brasil, mas em toda a região. A aviação é um instrumento de desenvolvimento dos países. A aviação conecta, desenvolve negócios e impulsiona o crescimento.

Na nossa região, não há alternativas como trens de alta velocidade, e a geografia é complicada. Por exemplo, entre Ushuaia e Tijuana são 14 horas de voo, sem voo direto. As distâncias são enormes, então a aviação é essencial para o progresso, porque não há outros modos eficientes de transporte. Além disso, os empregos ligados à aviação são de maior valor agregado que os de outros meios de transporte.

A Helibras, subsidiária da Airbus no Brasil, tem sido um pilar importante. Quais são as perspectivas para o crescimento da empresa de helicópteros?

Estamos muito interessados em crescer no Brasil. O modelo que temos com a Helibras, por exemplo, é brasileiro, a direção é brasileira. Estamos muito comprometidos em crescer, aproveitando os investimentos feitos até hoje. Fabricamos helicópteros 125 e 225 aqui e queremos desenvolver mais opções em helicópteros no Brasil.

E o setor de defesa? Está mais aquecido?

Temos um projeto com a Força Aérea Brasileira, que adquiriu dois A330 e queremos que eles sejam convertidos para modelo MRTT (Multirole Tanker Transport), com sistema de abastecimento, porque atualmente a Força Aérea não tem reabastecimento aéreo para os caças Gripen. Temos projetos no país e estamos muito comprometidos.

A aviação sofreu e ainda sofre com as sequelas da pandemia, como vemos ao completarmos as três grandes operadoras tendo recorrido ao Chapter 11. Mas houve também impactos para a indústria aeronáutica do ponto de vista de rupturas de insumos. Como está esta situação?

Sobre a cadeia de suprimentos, não falo só de aviação, mas de quase toda indústria, não está ainda no nível de maturidade pré-Covid. No último ano e meio, vimos avanços na cadeia de suprimentos da aviação, que é global e complexa, mas nem todos os obstáculos foram superados. Vamos acompanhar como o ano se desenvolve, especialmente com tarifas e outras questões.

Isso tem sido um problema para toda a cadeia, mas para alguns mais do que para outros. Foi possível ganhar market share na região com isso?

Temos mais de 8.000 aviões para entregar de todas as nossas quatro famílias, A320, A220, A330 e A350. Não é porque o nosso concorrente passa por dificuldades que vendemos mais ou aproveitamos isso; na verdade, nossa produção está comprometida por muitos anos. Nosso foco é entregar as aeronaves que já foram pedidas pelos nossos clientes o quanto antes. Temos uma gama que vai de 100 a 450 assentos, com quatro famílias com a última tecnologia em eficiência e motores, o que nos torna muito competitivos. Estamos em uma situação muito vantajosa em relação à concorrência.

Fonte: Exame

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