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Focus: projeções do mercado para IPCA sobem pela 15ª semana seguida; estimativa para PIB cai

A projeção do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 15ª semana consecutiva e, desta vez, saltou de 5,08% para 5,50% – exatamente 1 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%.

Um mês antes, era de 4,96%. A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu pela quinta semana seguida, de 4,10% para 4,22%. Um mês antes, estava em 4,01%. A estimativa intermediária para a inflação de 2027 permaneceu em 3,90%, contra 3,83% de quatro semanas atrás. A projeção para o IPCA de 2028 passou de 3,58% para 3,73%, ante 3,50% um mês antes.

O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária. O colegiado espera um IPCA de 4,0% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus (de 6 de dezembro) e dólar começando em R$ 5,95 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC). Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2025 em 4,50% e desacelere a 3,60% em 2026.

A mediana do relatório Focus para a inflação de preços administrados em 2025 aumentou de 4,52% para 4,83%. Um mês antes, estava em 4,40%. A projeção para 2026 passou de 4,10% para 4,19%. Quatro semanas antes, estava em 4,00%. O Banco Central espera que a inflação de preços administrados seja de 4,5% este ano e desacelere a 4,1% em 2026, conforme os números divulgados no mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI), de dezembro.

As medianas do relatório Focus indicam que o IPCA deve somar 1,96% no primeiro trimestre de 2025. Se confirmada, seria a maior taxa trimestral desde o mesmo período de 2023, quando a inflação acumulada de janeiro a março foi de 2,09%. A estimativa intermediária do Focus para o IPCA de janeiro passou de zero para alta de 0,12%.

Na última sexta-feira, 24, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 subiu 0,11% em janeiro, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de queda de 0,01%. A projeção para fevereiro no Focus passou de 1,35% para 1,38%. A mediana para o IPCA de março foi de 0,43% para 0,46%.

Banco Central decide essa semana sobre futuro dos juros Foto: Dida Sampaio/Dida Sampaio/Estadão

No caso do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a projeção elevou de 2,04% para 2,06% neste ano. Um mês antes, estava em 2,01%. A estimativa para 2026 caiu de 1,77% para 1,72%. Um mês atrás, era de 1,80%. Após 78 semanas de estabilidade, a mediana para o crescimento do PIB de 2027 passou de 2,0% para 1,96%. O Banco Central espera que a economia brasileira cresça 3,50% em 2024 e 2,10% este ano.

A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 ficou estável em 15,0%. Um mês atrás, estava em 14,75%. Na sua última reunião, de dezembro, o Copom aumentou a taxa básica para 12,25% ao ano e sinalizou mais duas elevações de 1 ponto porcentual cada, que levariam os juros a 14,25% em março.

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O Copom volta a se reunir na terça-feira, 28, e quarta-feira, 29, para definir a taxa Selic. De 51 instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, 50 esperam que o comitê eleve a taxa Selic para 13,25%. A mediana para os juros no fim de 2026 aumentou de 12,25% para 12,50%. Um mês antes, era de 12,00%.

O RTI de dezembro do Banco Central reforçou o cenário de deterioração da inflação e firmou a percepção do mercado de que será preciso uma taxa de juros acima de 13,75% – estimativa adotada como pico do juro básico no cenário de referência do RTI – para a convergência da inflação à meta de 3%.

FONTE: Estadão on MSN
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DeepSeek provoca fortes perdas em ações de empresas vinculadas à IA

Desde o lançamento, os modelos R1 e V3 conquistaram uma onda de consumidores que levaram a DeepSeek ao topo da Apple App Store no fim de semana

A startup chinesa DeepSeek lançou na semana passada um chatbot de inteligência artificial (IA) generativa comparável aos modelos da OpenAI – ou até superior em algumas performances – e com recursos menores, utilizando chips menos avançados. Desde o lançamento, os modelos R1 e V3 conquistaram uma onda de consumidores que levaram a DeepSeek ao topo da Apple App Store no fim de semana, além de alcançarem o topo em rankings de chatbots IA.

A rápida ascensão do novo modelo de IA chinês de poucos recursos, mas alta performance, assustou o setor de tecnologia em escala global nesta segunda-feira (27). Na Ásia, o tombo de 8% do SoftBank – banco japonês que integra o projeto Stargate dos EUA – pesou sobre a Bolsa de Tóquio, que encerrou em perda de quase 1%.

Na Europa, os índices acionários são pressionados pelas ações de tecnologia e, em Wall Street, o futuro do Nasdaq perde mais de 4%, com salto de 47% do índice de volatilidade VIX – uma espécie de termômetro do medo. Analistas consultados pelo Wall Street Journal apontam que essa ascensão rápida levanta questões sobre os gastos elevados de big techs americanas para financiar seus modelos de IA e coloca em xeque a valorização elevada de ações de fabricantes de chips.

Segundo a empresa, treinar o R1 custou US$ 5,6 milhões, valor que exclui gastos com pesquisa e desenvolvimento, mas que é significativamente menor em comparação com a faixa de US$ 100 milhões a US$ 1 bilhão citada no ano passado pelo CEO da rival americana Anthropic para criar um modelo parecido.

Na semana passada, a OpenAI e a Oracle também se comprometeram a investir bilhões de dólares na iniciativa Stargate para impulsionar o setor de IA nos EUA.

A DeepSeek também disse em um relatório técnico que usou um cluster de mais de 2 mil chips Nvidia para treinar seu modelo V3, em comparação com dezenas de milhares de chips que normalmente são usados para treinar modelos de tamanho semelhante.

Os chips também são menos avançados do que os de concorrentes, frente ao aumento de sanções dos EUA sobre exportações de semicondutores para a China.

FONTE: CNN Brasil
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Confira quais são as línguas mais falados no mundo

Existem milhares de línguas faladas ao redor do mundo, cada uma com sua história, cultura e impacto na sociedade global.

Algumas se destacam pelo número expressivo de falantes e sua influência transcultural, moldada por fatores históricos como expansão de impérios, colonização e migração.

Com a globalização e o comércio internacional, certas línguas se tornaram essenciais, não apenas como meio de comunicação, mas também como ferramentas estratégicas para negócios e relações diplomáticas.

Neste artigo, exploramos as línguas mais faladas no mundo, destacando suas características, distribuição geográfica e relevância global.

1. Mandarim

chinês mandarim é amplamente reconhecido como a língua mais falada no mundo em termos de falantes nativos, com aproximadamente 1,120 bilhão de pessoas.

  • Distribuição geográfica:
    O mandarim é o idioma oficial da China e é falado em regiões do norte, centro e sudoeste do país. Também é utilizado em comunidades chinesas espalhadas pelo mundo.
  • Influência cultural e econômica:
    A relevância do mandarim cresceu com o papel da China como potência econômica. Aprender o idioma tem se tornado uma prioridade em países que desejam fortalecer laços comerciais com o gigante asiático.

2. Espanhol

Com mais de 500 milhões de falantes nativos, o espanhol ocupa a segunda posição no ranking global.

  • Distribuição geográfica:
    É amplamente falado na EspanhaAmérica Latina (exceto Brasil), Estados Unidos e outras regiões. O espanhol é uma das línguas oficiais da ONU e uma das mais estudadas no mundo.
  • Relevância internacional:
    Sua ampla distribuição geográfica e o crescimento demográfico dos países hispânicos tornam o espanhol uma língua essencial para negócios, turismo e cultura.

3. Inglês

inglês é falado por mais de 1,4 bilhão de pessoas, incluindo falantes nativos e aqueles que o utilizam como segunda língua.

  • Distribuição geográfica:
    É a língua oficial ou predominante em países como Estados UnidosReino UnidoAustráliaCanadá e várias ex-colônias britânicas.
  • Por que é tão importante?
    • Língua global: É considerada a língua franca dos negócios, tecnologia e entretenimento.
    • Internet e mídia: Grande parte do conteúdo online e da mídia internacional é produzida em inglês.

A expansão do Império Britânico e a ascensão dos Estados Unidos como potência mundial consolidaram o inglês como uma língua global.

4. Hindi

hindi é falado por cerca de 600 milhões de pessoas, sendo a principal língua da Índia, o segundo país mais populoso do mundo.

  • Distribuição geográfica:
    O hindi é predominante no norte, centro e oeste da Índia, e também é falado em países como NepalSingapura e África do Sul.
  • História e cultura:
    Derivado do sânscrito, o hindi tem profundas raízes culturais e religiosas na Índia. É um dos idiomas oficiais do país e essencial para a comunicação em regiões onde outras línguas regionais também coexistem.

5. Árabe

Com mais de 365 milhões de falantes nativos, o árabe é uma das línguas mais importantes do Oriente Médio e do Norte da África.

  • Distribuição geográfica:
    É a língua oficial de países como Arábia SauditaEgitoMarrocos e Emirados Árabes Unidos.
  • Importância cultural e religiosa:
    O árabe é a língua do Alcorão, o texto sagrado do Islã, e desempenha um papel crucial na identidade cultural e religiosa de milhões de pessoas.
  • Diversidade linguística:
    Existem vários dialetos regionais do árabe, o que reflete a rica diversidade cultural dos países que o adotam.

6. Português

português é falado por mais de 260 milhões de pessoas e é a língua oficial de nove países.

  • Distribuição geográfica:
    Embora tenha se originado em Portugal, o português é mais amplamente falado no Brasil, que concentra a maior população de falantes. Outros países incluem AngolaMoçambique e Cabo Verde.
  • Relevância cultural e econômica:
    • O Brasil, como uma das maiores economias do mundo, destaca o português no cenário internacional.
    • É uma língua de destaque em literatura, música e outras expressões artísticas globais.

Por que algumas línguas se tornam globais?

A influência de uma língua vai além do número de falantes. Fatores como colonização, migração, poder econômico e cultural contribuem para a disseminação de certos idiomas.

  • Colonização: Impérios como o Britânico, Espanhol e Português espalharam suas línguas para novos continentes.
  • Economia: Línguas de potências econômicas, como inglês e mandarim, tornam-se mais atrativas para o aprendizado.
  • Tecnologia: O inglês se consolidou como a língua da internet e da tecnologia, aumentando sua relevância global.

Benefícios de aprender uma língua global

1. Melhora nas oportunidades de carreira

Idiomas como inglês, mandarim e espanhol são frequentemente exigidos em posições de destaque no mercado de trabalho global.

2. Acesso à cultura

Aprender uma língua abre portas para compreender melhor a literatura, música, cinema e tradições de diferentes países.

3. Conexões internacionais

Dominar uma língua global facilita o networking e fortalece relações pessoais e profissionais.

Considerações finais

As línguas mais faladas no mundo são muito mais do que ferramentas de comunicação: elas refletem histórias, culturas e dinâmicas econômicas globais. Mandarim, espanhol, inglês, hindi, árabe e português lideram o cenário global, conectando bilhões de pessoas em diferentes continentes.

Seja para fins profissionais, acadêmicos ou pessoais, aprender uma dessas línguas pode ser um investimento valioso, abrindo portas para novas oportunidades e experiências culturais.

Escolha uma língua e comece sua jornada linguística hoje mesmo!

Fonte: Seu crédito digital
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Milei diz que deixaria o Mercosul para fechar acordo de livre comércio com os EUA

Em entrevista à Bloomberg News no Fórum Econômico Mundial, presidente argentino alegou que prefere evitar uma medida drástica, mas que negocia aproximação com governo Trump

O presidente argentino Javier Milei afirmou que deixaria o Mercosul, se necessário, para consolidar um acordo de livre comércio com os EUA, embora ele espere alcançar um acordo sem precisar tomar uma medida tão drástica. Questionado pelo editor-chefe da Bloomberg News, John Micklethwait, se ele sairia do bloco econômico sul-americano, Milei hesitou antes de dizer que sim, se tal movimento extremo fosse necessário.

“Mas existem mecanismos que podem ser usados mesmo dentro do Mercosul, então achamos que isso pode ser feito sem necessariamente ter que sair”, disse ele em uma entrevista no Fórum Econômico Mundial em Davos.

O líder libertário argentino também afirmou que planeja acessar os mercados de capitais após a remoção da rede de controles cambiais do país, embora não tenha fornecido um cronograma específico. Milei destacou o compromisso de sua equipe em manter a meta de déficit zero quando questionado sobre o retorno aos mercados internacionais de títulos.

O ministro da Economia, Luis Caputo, havia dito anteriormente a investidores em Nova York que o objetivo era acessar gestores de dinheiro até 2026, quando a esperança é também levantar os controles de capital.

Sobre comércio, Milei evitou comentar se havia discutido um possível acordo com Donald Trump ou membros de sua administração enquanto estava em Washington para a posse do novo líder dos EUA. Mas, disse ele, seu governo tem “trabalhado muito” em um acordo com os EUA.

O Mercosul, o bloco originalmente formado por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, representa um grande obstáculo potencial para tal acordo. O bloco, no passado, se opôs à negociação de acordos individuais por seus membros, como fez quando o Uruguai buscou aderir a um dos maiores pactos comerciais da Ásia em 2022.

Milei tem sido um crítico feroz do Mercosul, que ele chamou de “prisão” protecionista. Mas, até agora, ele não cumpriu as ameaças de campanha de retirar a Argentina do bloco e, no ano passado, se juntou a pedidos por uma rápida aprovação de um importante acordo comercial com a UE que foi assinado em dezembro.

Pelo menos um membro já expressou algumas dúvidas: o presidente do Paraguai, Santiago Peña, se opôs a um possível acordo bilateral EUA-Argentina em uma entrevista na semana passada, mesmo admitindo que o Mercosul precisa de reformas.

Deixar o Mercosul seria difícil para a Argentina, dada sua integração econômica com o Brasil, seu maior parceiro comercial.

Fonte: Bloomberg L.P
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China interrompe compra de soja de 5 exportadoras brasileiras

Suspensão ocorre enquanto causa das não conformidades são investigadas

A Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) notificou o governo brasileiro informando a detecção de pestes e revestimento de pesticidas na soja exportada por cinco unidades de empresas brasileiras ao país asiático.

As exportações de soja dessas unidades para a China foram temporariamente suspensas enquanto a causa das não conformidades são investigadas.

Em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) brasileiro disse que foi informado previamente pelo governo chinês da suspensão e que ações para avaliação dos casos já estão em curso.

– O Mapa possui expectativa do recebimento, na maior brevidade possível, dos planos de ação das empresas envolvidas para demonstrar os procedimentos adotados para evitar novas ocorrências das não conformidades detectadas pelos chineses. Da mesma forma, o Mapa intensificará as ações de fiscalização nos embarques de soja do Brasil para a China – diz o texto.

De acordo com a pasta, a partir das ações adotadas, o governo brasileiro transmitirá todas as informações relevantes para avaliação pelas autoridades chinesas e solicitará a revogação da suspensão temporária em vigor.

– O tema está sendo tratado com naturalidade, considerando que não conformidades, como estas indicadas pelo lado chinês, são passíveis de acontecer na rotina das exportações e ações para correção de eventuais desvios são sempre importantes para o fortalecimento das relações de confiança – disse o Mapa.

Segundo o governo brasileiro, a suspensão das exportações de soja dessas cinco unidades não deverá trazer impacto significativo nas vendas ao exterior do produto brasileiro.

– Vale reforçar que outras unidades das empresas notificadas seguem exportando normalmente para a China, sendo as suspensões válidas apenas para as cinco unidades oficialmente notificadas. Portanto, os volumes negociados pelo Brasil não serão afetados em função desta suspensão temporária destas cinco unidades notificadas – destacou ainda o Mapa.

Fonte: Pleno News
China suspende compra de soja de cinco exportadoras brasileiras | Economia | Pleno.News

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Política Aumenta pressão para Lula taxar produtos importados da China

Nova política comercial dos EUA representa equação política complexa para o Brasil, que na última década duplicou a dependência comercial da China

Reflexos das mudanças econômicas promovidas por Donald Trump já são percebidos em Brasília. Empresários brasileiros passaram a cobrar do governo Lula iniciativas de defesa no comércio com China. Querem aumento na taxação das importações de alguns produtos industriais chineses — entre eles, químicos e siderúrgicos.

É resultado preliminar e colateral da nova política comercial dos Estados Unidos. Depois da posse, na segunda-feira (20/1), Trump assinou decreto para revisão de todas as exportações para o mercado americano da China, classificada como “rival geopolítico”, e, também, de países considerados como competidores comerciais estratégicos em segmentos econômicos específicos, caso do Brasil em algumas matérias-primas e produtos industriais.

Ele autorizou a criação de um Serviço de Impostos Externos (ERS, na sigla em inglês) para centralizar a arrecadação todo tipo de taxas vinculadas ao comércio que julga “injusto e desequilibrado” com os Estados Unidos.

O objetivo, na prática, é restringir o acesso da China ao mercado e à tecnologia desenvolvida nos EUA, e, ao mesmo tempo, empurrar outros países à execução de políticas setoriais que provoquem aumento de custo dos produtos chineses em relação ao padrão americano.

O “efeito Trump” no Brasil foi automático em alguns setores industriais. Empresas de química e de siderurgia intensificaram a pressão sobre o Ministério da Indústria e do Comércio para liquidar o regime de cotas de importação, adotados recentemente. Querem substituí-los por aumentos lineares (acima de 25%) da taxação sobre todas as importações chinesas, inclusive na Zona Franca de Manaus. Temem eventuais prejuízos no acesso ao mercado americano.

No conjunto, as vendas do setor industrial brasileiro aos EUA somaram 32 bilhões de dólares no ano passado — equivalentes a 78% do valor total das exportações para o mercado americano. As reações na indústria local à nova política comercial dos Estados Unidos sugerem uma equação política complexa para o governo Lula. Entre outras razões, porque na última década o país duplicou a sua dependência comercial da China, destino de um terço do valor total das exportações brasileiras no ano passado.

As vendas do Brasil ao mercado chinês somaram 104,3 bilhões de dólares em 2024. Foram 62% maiores que as realizadas para os para os EUA.

 

 

 

 

 

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Dólar cai e fecha abaixo de R$ 6 pela 1ª vez desde dezembro; bolsa recua

O dólar encerrou em forte queda nesta quarta-feira (22) e se afastou do patamar de R$ 6 com mercados em todo o mundo acompanhando as medidas tarifárias apresentadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A divisa norte-americana encerrou a sessão com recuo de 1,41%, negociada a R$ 5,946, no menor patamar desde 27 de novembro, quando a moeda encerrou em R$ 5,914.

O dólar se mantém majoritariamente acima de R$ 6 desde o fim de novembro do ano passado, com o recrudescimento do temor do mercado com as contas públicas do governo federal.

A última vez que a divisa encerrou abaixo da marca de R$ 6 foi em 11 de dezembro, a R$ 5,959.

Ignorando o clima positivo nos principais mercados internacionais, o Ibovespa operou a maior parte da sessão próximo da estabilidade. O principal índice do mercado doméstico encerrou em queda de 0,30%, a 122.971,77 pontos.

Na terça-feira (21), o dólar à vista fechou em leve queda de 0,18%, a R$ 6,031.

O dólar se mantém majoritariamente acima de R$ 6 desde o fim de novembro do ano passado, com o recrudescimento do temor do mercado com as contas públicas do governo federal.

A última vez que a divisa encerrou abaixo da marca de R$ 6 foi em 11 de dezembro, a R$ 5,959.

Trump e tarifas
Mercados em todo o mundo acompanham os primeiros passos de Trump de volta à Casa Branca.

Na véspera, o republicano afirmou que seu governo está discutindo a imposição, a partir de fevereiro, de uma tarifa de 10% sobre os produtos importados da China.

Além disso, ele citou barreiras para produtos da União Europeia, Canadá e México.

Mais cedo, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou que objetivo de Trump de fomentar a manufatura no país por meio do aumento de barreiras comerciais é uma abordagem questionável, uma vez que a economia já está funcionando perto de sua capacidade.

Apesar de renovar suas ameaças tarifárias nos primeiros dias do cargo, Trump apenas orientou até agora as agências federais a investigarem os déficits comerciais dos EUA e as práticas comerciais injustas de parceiros.

“Essa abordagem do governo Trump, de primeiro ameaçar para depois estudar se realmente vai ser implantada alguma tarifa sobre as outras economias, tem levado a um movimento de enfraquecimento global do dólar”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

“Visto o que se antecipava, o receio era de que ele teria uma postura agressiva já no seu primeiro dia de mandato”, completou.

Fonte: CNN Brasil
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Cofundador do Nubank afirma que ‘ninguém fala do Brasil hoje’

O Brasil está fora do radar dos investidores que participam do Fórum Econômico Mundial, em Davos, neste ano. 

A afirmação é do cofundador e presidente do Nubank, David Vélez, que participa pela segunda vez do evento. “Ninguém fala do Brasil hoje. A gente não está no radar de ninguém”, disse.

Segundo Vélez, o país e a América Latina estiveram no foco alguns anos atrás, por causa do tamanho de sua população e mercado de consumo. Agora, no entanto, as preocupações com a questão fiscal estão pesando. “Muito investidor saiu [do Brasil] e já perdeu a confiança. E uma vez que essa confiança é perdida, é difícil recobrar a confiança.”

O executivo, que participou de uma série de reuniões nos últimos dias, disse que o Nubank avalia ampliar a internacionalização de seus negócios e os Estados Unidos são um dos mercados visados, disse o cofundador e presidente do banco digital. A fintech ultrapassou a marca de 110 milhões de clientes – mais de 100 milhões no Brasil – e se consolidou como uma das maiores instituições financeiras da América Latina.

“Acho que Estados Unidos podem ter uma oportunidade. Eu acho que países na África podem ter oportunidade. E países do Sudeste Asiático. A gente anunciou, no mês passado, um investimento no Nubank da África do Sul e Filipinas”, disse, em referência ao aporte de US$ 150 milhões que a fintech fez no mês passado no banco digital Tyme Group, que opera na África do Sul e nas Filipinas.

Segundo Vélez, o objetivo do Nubank para a próxima década é a internacionalização. “Nos últimos 10 anos, Nubank queria provar esse modelo de banco digital para bancarizar 85% da população do país. Conseguimos provar.”

Questionado sobre a possível mudança da Nu Holding para o Reino Unido, o banqueiro diz, sem entrar em detalhes, que é um assunto que tem sido avaliado. De acordo com ele, o local ainda não está definido. A informação da potencial mudança de sede foi antecipada pela agência Bloomberg no ano passado e confirmada pelo Valor. A sede atual é nas Ilhas Cayman.

A mudança de sede pode ajudar o banco a mirar o mercado americano, que mesmo cheio de concorrentes digitais é importante para o Nubank.

Atualmente, o banco opera no Brasil, no México e na Colômbia. O foco para 2025 será avançar no mercado mexicano, onde tem cerca de 10 milhões de clientes. No Brasil, a clientela já representa quase 60% da população adulta do país, ressalta Vélez.

“Continuamos aumentando nossos produtos de crédito, escalamos o consignado e lançamos nosso serviço de telefonia [em parceria com a Claro]”, afirma, em entrevista concedida em Davos, onde se realiza nesta semana o Fórum Econômico Mundial.

De acordo com o banqueiro, a fintech tem trabalhado para ampliar o serviço financeiro no país e o empréstimo consignado era a peça que faltava. Vélez diz que o Nubank está ampliando a oferta de crédito para seus clientes e não vê, por ora, um risco de inadimplência batendo à porta.

“É um cenário desafiador, mas isso não é novo para a gente. Entendemos que nossos modelos de crédito funcionam nos diferentes estágios. E a gente não enxerga uma crise de crédito [diante o cenário de juros altos].”

O tíquete médio para empréstimo pessoal é de R$ 4 mil a R$ 5 mil na plataforma do banco e R$ 1 mil para o cartão de crédito. Em 2024, segundo Vélez, o Nubank representou quase 30% de todo o crescimento de empréstimo pessoal no Brasil. De acordo com ele, a fintech também libera a oferta de crédito via Pix, com valores entre R$ 80 e R$ 100.

A meta de Vélez é que o banco digital se torne a principal instituição financeira para o cliente — o que se chama no mercado de principalidade. “Hoje, 60% dos nossos clientes já utilizam o Nubank como conta principal”, diz.

O cofundador do Nubank afirma que não vê as “bets”, empresas de apostas digitais, como uma ameaça aos negócios da fintech. Segundo ele, as movimentações representam menos de 1% das operações de Pix dos clientes.

Vélez também diz que o Nubank continua atento a aquisições, não só à expansão orgânica. De acordo com algumas fontes, o banco digital poderia entrar em algum movimento de consolidação. O executivo, porém, afirma que a fintech está nesse movimento não como alvo, e sim como potencial comprador.

Com o Nubank como alvo de crítica dos bancos incumbentes no passado, que o acusaram de se beneficiar de assimetrias regulatórias, Vélez diz que a relação com as instituições financeiras tradicionais e com a Febraban, que as representa, está mais tranquila, dentro da concorrência saudável.

Fonte: Valor Econômico
Ninguém fala do Brasil hoje, diz cofundador do Nubank | Finanças | Valor Econômico

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Abertura de mercado agropecuário nos Estados Unidos

Com o anúncio, o agronegócio brasileiro alcança sete novas aberturas de mercado em 2025, totalizando 307 novas oportunidades de negócio em 63 destinos desde o início de 2023

O governo brasileiro comemorou o anúncio feito pelos Estados Unidos de que três novos produtos brasileiros — feno (Alfalfa Hay e Timothy Hay), erva-mate e flor seca de cravo-da-índia — poderão ser exportados sem a exigência de certificação fitossanitária.

Essa decisão reflete a elevada credibilidade internacional do sistema de controle sanitário e fitossanitário do Brasil, um diferencial que vem consolidando a competitividade dos produtos agropecuários brasileiros no mercado global.

Consolidação de parcerias comerciais

Em 2024, o Brasil reafirmou sua posição como um dos principais fornecedores agropecuários para os EUA, com destaque para carne bovina, café e suco de laranja. A abertura do mercado norte-americano para esses novos produtos deve fortalecer ainda mais as exportações nos setores beneficiados.

Com o anúncio, o agronegócio brasileiro atinge a marca de sete novas aberturas de mercado em 2025, somando 307 novas oportunidades comerciais em 63 destinos internacionais desde o início de 2023.

Esforço conjunto para a expansão comercial

Esses avanços são resultado do trabalho integrado entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE), que têm atuado para diversificar os mercados de destino dos produtos brasileiros e ampliar as oportunidades para o setor agropecuário.

A expansão do mercado para os produtos brasileiros nos Estados Unidos é mais um passo importante no fortalecimento das relações comerciais bilaterais e no aumento da competitividade do agronegócio brasileiro no cenário internacional.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária
Abertura de mercado agropecuário nos Estados Unidos — Ministério da Agricultura e Pecuária

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Brasil Espera Aumento nas Exportações de Carne para as Filipinas

Brasil Espera Aumento nas Exportações de Carne para as Filipinas

As Filipinas, um dos mercados que mais cresceram na importação de carne brasileira em 2024, estão prestes a ampliar sua parceria com o Brasil. De acordo com o Ministério da Agricultura, o governo filipino deve formalizar nas próximas semanas a aprovação de instalações comerciais de armazenamento brasileiras para a exportação de carne de frango, suína e bovina.

“Todos os armazéns comerciais inspecionados pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF) estarão aptos a armazenar produtos destinados às Filipinas, desde que a carne seja proveniente de plantas processadoras já aprovadas para aquele mercado”, afirmou Luís Rua, Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura. A medida deve aumentar a capacidade de produção e agilizar os processos de exportação para empresas brasileiras.

Rua destacou que os frigoríficos frequentemente enfrentam limitações de armazenamento, o que restringe sua capacidade de ampliar a produção e as exportações. A aprovação dos armazéns comerciais deverá reduzir esses gargalos, permitindo um aumento nos embarques para as Filipinas. Apesar de as autoridades filipinas já terem tomado a decisão, a publicação formal ainda está pendente.

Os armazéns refrigerados, normalmente localizados perto de zonas alfandegárias, portos ou grandes polos de produção e distribuição, necessitam de autorizações específicas para exportar os produtos armazenados. No Brasil, cerca de 140 dessas instalações estão em operação, mas atualmente são proibidas de exportar, criando o que Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), descreveu como um “importante gargalo logístico”.

“Atualmente, os embarques para compradores importantes como as Filipinas são feitos diretamente das unidades de produção, o que limita a capacidade, eleva os custos e reduz a competitividade”, destacou Santin. “A autorização desses armazéns aumentaria a capacidade de armazenamento das empresas e sua flexibilidade comercial, além de reduzir os custos logísticos – especialmente em momentos de desafios como a escassez de contêineres, que vivenciamos durante a pandemia.”

O gráfico abaixo mostra o padrão de embarques brasileiros de carne em contêineres para as Filipinas entre janeiro de 2021 e novembro de 2024. Esses dados foram derivados do DataLiner.

Exportações de carne para as Filipinas | Jan 2021 – Nov 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Padrões de Inspeção

Em 2024, as Filipinas aprovaram um sistema de pré-listagem para unidades exportadoras do Brasil, reconhecendo a equivalência dos padrões de inspeção sanitária brasileiros. Sob esse sistema, frigoríficos e armazéns auditados e aprovados pelo Ministério da Agricultura do Brasil são automaticamente aceitos pelas autoridades filipinas.

Se esse modelo de pré-listagem for estendido aos armazéns comerciais, todas as instalações inspecionadas pelo SIF poderão negociar com importadores filipinos. “Seja por meio das regras do SIF ou da pré-listagem, essa autorização seria um passo significativo para fortalecer os laços comerciais entre os exportadores brasileiros e os compradores filipinos”, afirmou Santin.

A esperada aprovação dos armazéns brasileiros deve fortalecer a posição do Brasil no mercado de carne das Filipinas, melhorar a eficiência logística e abrir novas oportunidades de crescimento em uma das economias mais dinâmicas da Ásia.

Fonte: Valor International
Brazil anticipates boost in meat exports to the Philippines | Economy | valorinternational

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