Comércio Exterior, Industria, Informação, Logística, Mulheres

Programa Elas Exportam abre as inscrições para sua 4° edição

Serão 50 vagas de qualificação com o objetivo de impulsionar a participação feminina no comércio exterior por meio de mentorias a potenciais exportadoras

É oficial! O Programa Elas Exportam abre 2025 com mais oportunidades para mulheres que querem exportar. Nesta 4° edição do programa, lançada nesta quarta-feira (12/2), serão ofertadas 50 vagas para mentoras e mentoradas. A iniciativa, liderada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), visa impulsionar a participação feminina no comércio exterior brasileiro.

O programa conecta mulheres empreendedoras experientes, que atuam como mentoras, a mulheres que estão iniciando sua jornada no comércio exterior, as mentoradas. Essa troca de experiências e conhecimento é fundamental para o desenvolvimento profissional das lideranças e para o sucesso do programa.

As inscrições para candidatas a mentoras podem ser feitas a partir desta quarta (12/2), pelo Formulário para Mentoras. Serão aceitas empresárias ou líderes de quaisquer ramos de atividade com experiência em comércio exterior.

Já as inscrições para candidatas a mentoradas podem ser feitas também a partir desta quarta (12/2), pelo Formulário para Mentoradas. Serão aceitas empresárias de quaisquer ramos de atividade que desejam exportar.

A novidade desta edição é que, além das 50 vagas, será criado um banco de mentoras, cujas inscrições permanecerão abertas durante todo o ano de 2025. O banco será acionado em dois momentos: no início da 4ª e da 5ª edição do programa, agora e no segundo semestre. O edital de formação do banco poderá ser renovado por mais um ano, a critério da organização do programa, o que dará mais previsibilidade e tempo para a organização das candidatas, além de redução da burocracia.

Segundo a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, “o lançamento da 4ª edição do Programa Elas Exportam reforça o compromisso do governo por mais inclusão e diversidade no comércio exterior. E as inovações desta edição demonstram que o programa segue evoluindo e se aprimorando, atento às necessidades e expectativas do seu público-alvo”.

Já a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Repezza, ressaltou a parceria entre a ApexBrasil e o MDIC na implementação do Programa Elas Exportam, o que demonstra a força do trabalho conjunto em prol da inclusão e do fortalecimento das mulheres empreendedoras no mercado internacional. “A 4ª edição vem para ampliar ainda mais esse impacto, levando novas empresas a se posicionarem globalmente,” concluiu.

ACESSE OS EDITAIS:

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Nº 2/2025 – Formação do Banco de Mentoras para o Programa Elas Exportam.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Nº 3/2025 – Seleção de Mentoradas para a 4ª edição do Programa Elas Exportam.

SOBRE O ELAS EXPORTAM – O Elas Exportam faz parte da Política Nacional de Cultura Exportadora (PNCE) e conta com benefícios alinhados à Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual, como a parceria do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e da International Chamber of Commerce (ICC) Brasil para a realização de capacitação em propriedade intelectual. O programa também tem o apoio do Banco do Brasil (BB), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

SOBRE O BANCO DE MENTORAS
O Banco de Mentoras será composto por empreendedoras ou líderes empresariais selecionadas por meio deste edital, que estejam qualificadas para atender às demandas das futuras edições do Programa Elas Exportam, previstas para 2025 (4ª e 5ª edições).

VIGÊNCIA E ATUALIZAÇÃO DO BANCO
O Banco de Mentoras terá vigência de 12 (doze) meses, contados a partir da publicação do resultado deste edital, podendo ser renovado por até 12 (doze) meses. Durante a vigência, novas mentoras poderão ser adicionadas ao banco, mediante inscrição, com a consecutiva atualização do ranking.

CONVOCAÇÃO PARA PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA
As mentoras do Banco serão convocadas conforme a necessidade e o cronograma de cada edição do programa, observando a correspondência entre os perfis das mentoradas e das mentoras, conforme descrito no item 12 (Cruzamento de Dados) do Edital.

DESISTÊNCIA OU EXCLUSÃO DO BANCO
Caso a mentora convocada não confirme sua participação no prazo estipulado ou não cumpra as condições estabelecidas neste edital, poderá ser excluída do Banco de Mentoras. Mentoras que desejarem se desligar do banco devem comunicar sua decisão à Organização por escrito, sem prejuízo de futuras candidaturas, desde que observem os critérios de elegibilidade.

RELAÇÃO ENTRE MENTORAS E ORGANIZAÇÃO
A atividade de mentoria no âmbito do Programa Elas Exportam é voluntária e não remunerada. A inclusão no Banco de Mentoras não estabelece vínculo empregatício, contratual ou financeiro entre as mentoras e a Organização. As mentoras convocadas para atuar no programa devem observar todas as responsabilidades descritas no Edital e comprometer-se com os objetivos do programa. A Organização não se responsabiliza pelo conteúdo das sessões de mentoria, que é de integral responsabilidade das mentoras.

CRUZAMENTO DE DADOS (CONEXÃO ENTRE MENTORA E MENTORADA)
O cruzamento de dados será realizado com base nos perfis das mentoradas e mentoras, observando aspectos como setor de atuação, destino das exportações e região geográfica. A correspondência entre perfis é essencial para garantir alinhamento e maximizar o impacto das mentorias.

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América Latina ‘some’ da lista de maiores superávits do Brasil

O Brasil fechou 2024 não somente com superávit comercial 25% abaixo que o do ano anterior, mas com menor contribuição dos vizinhos ao saldo.

A lista dos países que renderam os dez maiores superávits para o Brasil em 2024 não inclui nenhum país latino-americano. Em 2023 havia três: Argentina, Chile e México. Com os três países o saldo para o Brasil caiu porque as exportações diminuíram e as importações cresceram embaladas pela demanda interna.

Em 2024 a lista se mantém encabeçada pela China, embora com superávit menor, acompanhada por três países do Sudeste Asiático.

Um deles, Cingapura, país com cerca de 6 milhões de habitantes, vem com o terceiro maior superávit comercial para o Brasil, mantendo posição de 2023. Malásia, em nono, e Indonésia, em décimo, ficaram na lanterninha da lista dos dez maiores superávits de 2024, mas já marcaram presença no mesmo ranking no ano anterior, em posições trocadas entre si. Entre as novidades estão Egito e Irã, em sétimo e oitavo lugares em 2024. Em 2023 ficaram em 16º e 12º, respectivamente.

Num ano em que as exportações caíram 0,8% e as importações avançaram 9%, o superávit total da balança brasileira ficou em US$ 74,2 bilhões em 2024, contra US$ 98,9 bilhões em 2023.

A América do Sul, isoladamente, caiu de segunda para quarta maior fonte de superávit para o Brasil entre 2023 e 2024, superada por Oriente Médio e África – a Ásia liderou nos dois anos.

Entre os latino-americanos que saíram da lista dos dez maiores superávits, a Argentina, destino con tradicional para os manufaturados brasileiros, foi o que trouxe menos saldo para o Brasil no ano passado. O resultado positivo de US$ 4,71 bilhões em 2023 foi reduzido a US$ 201 milhões no ano passado. O desempenho fez o país cair do quarto maior superávit em 2023 para 60ª posição no ano passado. As exportações brasileiros aos argentinos caíram 17,6% em 2024 ante o ano anterior, enquanto as importações subiram 13,2%.

Uma explicação conjuntural para isso foi a exportação atípica de soja em 2023, que contribuiu para elevar os embarques ao país vizinho e não se repetiu no ano passado, lembra José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Em razão da quebra de safra em seu território, os argentinos tiveram de importar o grão para honrar contratos de exportação. Em 2023 o Brasil vendeu à Argentina US$ 2 bilhões em soja, o que correspondeu a 12% do valor total embarcado naquele ano ao país. Em 2024 o embarque de soja voltou à normalidade e foi de apenas US$ 90 milhões. Já as importações brasileiras de produtos argentinos foram puxadas por automóveis.

O gráfico abaixo compara o comércio marítimo de contêineres entre Argentina e Brasil entre janeiro de 2021 e dezembro de 2024. Os dados vêm do DataLiner da Datamar.

Exportações e importações Argentina-Brasil | Jan 2021 – Dez 2024 | TEUs

Para Livio Ribeiro, sócio da BRCG e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a Argentina está passando ainda pelo seu grande choque de contração de renda. “Na verdade, definindo-se como um país muito mais pobre do que as pessoas vendiam. O nível de trocas comerciais está se adequando, ao menos no curto prazo, entre a Argentina e o resto do mundo e eles perdem participação na nossa pauta.”

Com o Chile, o superávit, de US$ 3,63 bilhões em 2023 caiu para U$ 1,71 bilhão no ano passado. O país caiu da sexta posição em 2023 para a 18ª. Nas exportações brasileiras para os chilenos o petróleo é o principal item, com fatia de 29%. A vendadas commodity somou US$ 1,92 bilhão em 2024 para o Chile, com recuo de 38% contra 2023, o que puxou a queda de 16,2% na exportação brasileira total ao país, em igual período. As importações origem Chile subiram 14,8% em 2024, influenciadas principalmente pelo cobre.

Nas trocas com o México o saldo encolheu de US$ 3 bilhões para US$ 2 bilhões de 2023 para 2024, o que fez o país cair do sétimo para o 15º maior superávit. O encolhimento de saldo resultou de queda de 9% nas exportações e aumento de 4% nas importações.

Também destino considerado interessante aos manufaturados brasileiros, o México importou US$ 715 milhões em automóveis do Brasil em 2024. Foi o principal produto vendido ao México, mas teve queda de 35% contra 2023. Já as partes e acessórios de veículos importados pelo Brasil cresceram 22,3% em igual período.

Welber Barral, sócio da BMJ e ex-secretário de Comércio Exterior, lembra que o Brasil tem acordo comercial antigo com o México, que trata principalmente do setor automotivo. “Existe uma proposta de expansão, para inclusão de mais produtos, mas um dos obstáculo é o protecionismo mexicano em relação à sua agricultura”, diz Barral.

Para ele, a política mais agressiva do presidente americano, Donald Trump, em relação ao países que integram o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) -versão atualizada do Nafta negociada no primeiro mandato do presidente americano e que deve receber revisão em 2026 – pode despertar o interesse do México em voltar às negociações para ampliar o acordo comercial que tem com o Brasil. Seria uma oportunidade, embora a instabilidade comercial que as novas tarifas de Trump podem provocar seja “ruim para o mundo inteiro”, diz.

Para Ribeiro, o quadro de perda das exportações e de queda de superávit na troca com os países vizinhos faz parte de um processo que envolve a América Latina como um todo, de deslocamento do mercado cativo que o Brasil sempre teve em favor da China. “Isso é particularmente marcante em 2024, quando a China começou a acelerar seus embarques, principalmente no fim do ano, antecipando-se ao início da guerra comercial”, diz ele, referindo-se ao esperado acirramento do conflito comercial entre China e EUA.

Para saber as perspectivas disso, diz Ribeiro, é preciso “ver onde as coisas vão parar em 2025 e qual será o equilíbrio de comércio global deste ano”. “A pauta de 2024 foi afetada por algumas questões específicas, mas, de maneira geral, o Brasil continua sendo exatamente o mesmo em termos de ofertante de commodities, principalmente para a Ásia. Também tem oferta de alguns produtos industriais para os países das Américas, mas sendo deslocado pelos chineses.”

Mesmo tendo caído em 2024 em relação ao ano anterior, o saldo com a China em favor do Brasil é disparado o maior entre todos os parceiros: US$ 30,73 bilhões em 2024 contra US$ 51,15 bilhões em 2023. A queda aconteceu tanto por exportação, que somou US$ 94,4 bilhões em 2024, quase US$ 10 bilhões menos que em 2023. As importações também contribuíram, com alta de valor absoluto praticamente igual, saindo de US$ 53,2 bilhões em 2023 para US$ 63,6 bilhões no ano passado.

Os dados do governo mostram que a soja explica grande parte da queda das exportações rumo à China. Em 2023, com safra recorde de grãos, o Brasil vendeu aos chineses US$ 38,9 bilhões em soja. Em 2024, com produção agrícola menor no Brasil, foram US$ 31,5 bilhões. Os embarques de petróleo e minério de ferro ficaram praticamente estáveis.

Juntos, os três produtos somaram 75% de tudo o que a China comprou do Brasil em 2024.

O comportamento das cotações explica bastante do desempenho das commodities no ano passado. Os preços médios de exportação do petróleo bruto caíram 4,4% em 2024 contra o anterior. Os de minério de ferro recuaram 5,2%. Na soja, além da queda de produção em 2024, os preços despencaram 16,9%. O crescimento do PIB chinês ficou praticamente estável nos dois últimos anos, com alta de 5,2% em 2023 e de 5% em 2024.

Já o avanço da importação de itens chineses se explica pela demanda doméstica e pela estratégia do país asiático de direcionar a novos mercados o excesso de oferta enquanto enfrenta novas medidas protecionistas nos EUA e nos países europeus. Em 2024 os carros chineses aproveitaram tarifas mais favoráveis e se destacaram. Puxados por elétricos e híbridos, o Brasil importou US$ 3,1 bilhões em automóveis chineses em 2024, o triplo do valor de 2023.

Para Castro, o comércio com a China, parceiro que tradicionalmente rende superávits ao Brasil, e com outros países que em 2024 ficaram entre os maiores saldos, como Egito e Irã, refletem a forte venda de commodities. O produto mais embarcado pelo Brasil ao Egito em 2024 foi milho, seguido de açúcares e melaços. Para o Irã, a pauta de exportação foi dominada por milho, soja e farelo de soja.

Cingapura, que forneceu o terceiro maior superávit para o Brasil em 2023 e 2024, funciona como um ponto de reexportação, principalmente para a China e o restante da região do Sudeste Asiático. Holanda, em segundo lugar também nos dois anos, tem papel semelhante, mas em relação à UE.

Fonte: Valor Econômico
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Brasil e França assinam acordo de cooperação nas áreas portuária e aeroportuária em reunião no MPor

Encontro tratou sobre sustentabilidade ambiental e gestão portuária

O Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reuniu com representantes do governo francês e assinou acordo de cooperação entre os países. Na ocasião, também foram abordados assuntos relacionados à sustentabilidade e às boas práticas em gestão portuária.

Brasil e França mantêm uma relação de cooperação estratégica na área portuária, baseada no intercâmbio de conhecimento, investimentos e parcerias institucionais.

Para o ministro Silvio Costa Filho, o número de franceses querendo vir para o Brasil está aumentando. “Temos interesse em ampliar a agenda portuária Brasil/França. Hoje, grandes investidores franceses estão vindo investir no setor portuário do Brasil, a exemplo da CMA-CGM, que fez uma grande operação agora em São Paulo, com investimentos na ordem de € 2,5 bilhões de euros”, pontuou.

O ministro aproveitou para mencionar o processo para a primeira concessão hidroviária do país, referente à Hidrovia do Rio Paraguai. Com a iniciativa, a previsão é de um aumento expressivo na movimentação de cargas, podendo atingir entre 25 e 30 milhões de toneladas anuais até 2030.

O encontro também tratou do fortalecimento da cooperação bilateral de experiências em gestão, inovação e sustentabilidade. O Porto do Havre é referência em eficiência logística e práticas ambientais avançadas, sendo um modelo para iniciativas que buscam aprimorar a competitividade e a modernização dos portos brasileiros.

Na ocasião, o prefeito da cidade do Havre, Edouard Philppe, ressaltou que a França tem grande interesse no Brasil. “Estou aqui para compreender melhor quais são os projetos políticos do Brasil, para que possamos ser maiores parceiros e entender como podemos ter relações bilaterais mais próximas”, disse o prefeito da França, que também é presidente da AIVP, Associação Internacional de Cidades e Portos.

O prefeito ressaltou, ainda, a importância de considerar a questão da sustentabilidade nos portos e reiterou a necessária harmonia entre os centros urbanos e os ancoradouros. Sobre a temática, o ministro destacou importantes projetos em andamento no Ministério de Portos e Aeroportos, como a política de descarbonização no setor de transportes.

De acordo com Costa Filho, a parceria com a França pode contribuir para a melhoria da infraestrutura portuária no Brasil. “Estamos buscando novas soluções para tornar nossos portos mais eficientes e sustentáveis. E a troca de conhecimento com países que são referência no setor é fundamental para esse avanço”, destacou.

Assessoria Especial de Comunicação Social
FONTE: MPor
Brasil e França assinam acordo de cooperação nas áreas portuária e aeroportuária em reunião no MPor — Portos e Aeroportos

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Economia, Industria, Logística, Sustentabilidade

Produção industrial em SC teve maior alta do País entre novembro e dezembro

O setor de máquinas e equipamentos foi um dos que impulsionaram o desempenho da indústria catarinense em 2024

A produção industrial nacional teve queda de 0,3% na passagem de novembro para dezembro, com recuos em sete dos 15 locais pesquisados. Contrariando a tendência nacional, Santa Catarina foi o estado que apresentou maior alta, com 7,7%. Com o resultado do último mês do ano, 2024 terminou com crescimento de 3,1% em relação a 2023 no País. Além disso, apresentou taxas positivas em 17 dos 18 locais analisados. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta terça-feira (11), pelo IBGE.

Abaixo do líder Santa Catarina aparecem entre as maiores altas o Rio Grande do Norte (7,4%) e Ceará (6,9%). Em SC, o crescimento advém das atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Além disso, máquinas e equipamentos, confecção de artigos do vestuário e acessórios, e produtos alimentícios.

No RN, o índice positivo da produção industrial ocorreu devido a produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel). E no Ceará a alta derivou de artefatos do couro, artigos de viagem e calçados, confecção de artigos do vestuário e acessórios, e produtos têxteis.

Da mesma forma, Pará (5,7%), Mato Grosso (5,4%), Pernambuco (4,6%), Paraná (4,2%), Amazonas (3,6%) e Mato Grosso do Sul (3,5%) foram outras localidades que mostraram taxas positivas acima da média nacional (3,1%).

Ganho de ritmo na indústria

“Em 2024, o avanço verificado na indústria nacional aconteceu tendo uma baixa base de comparação em 2023, o que favorece o crescimento nesse tipo de avaliação. Além disso, regionalmente, houve um ganho de ritmo na indústria, com expansão em quase todos os locais pesquisados”, destaca Bernardo Almeida, analista da pesquisa.

São Paulo exerceu a principal influência no acumulado do ano, com um crescimento de 3,1%. “Esse resultado pode ser explicado pelo desempenho dos setores de veículos automotores (produção de autopeças, automóveis, caminhão-trator para reboques, semirreboques e caminhões) e de outros produtos químicos (produção de fungicidas para uso na agricultura, e de preparações capilares)”, explica Bernardo. Ele lembra que a indústria paulista teve comportamento semelhante ao observado no cenário nacional, ou seja, com moderação.

Da mesma forma, Bahia (2,7%), Goiás (2,6%), Região Nordeste (2,5%), Maranhão (2,5%), Minas Gerais (2,5%), Rio Grande do Sul (0,6%) e Rio de Janeiro (0,1%) também registraram crescimento na produção no índice acumulado em 2024.

Com um recuo de 1,6%, o Espírito Santo foi o único local que apresentou resultado negativo no índice acumulado no ano. Isso ocorreu, principalmente, devido ao desempenho das atividades de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo) e de celulose, papel e produtos de papel (celulose).

Quedas expressivas

Na comparação com o mês anterior, em dezembro de 2024 a produção industrial teve variação de -0,3%, com sete dos 15 locais pesquisados mostrando resultados negativos. Trata-se do terceiro resultado negativo em sequência, causando uma perda acumulada de 1,2%. As quedas mais expressivas vieram do Pará (-8,8%) e do Ceará (-6,8%). A indústria paraense eliminou parte do ganho de 14,7% acumulado nos meses de outubro e novembro de 2024. Já o Ceará registrou perda de 8,0% em dois meses consecutivos de queda na produção.

Mato Grosso (-4,7%), Paraná (-4,1%) e Rio de Janeiro (-1,1%) também tiveram taxas negativas mais intensas do que a média nacional (-0,3%). São Paulo (-0,2%) e Minas Gerais (-0,1%) completaram a lista de locais com índices negativos em dezembro de 2024.

A variação negativa em São Paulo foi provocada, em grande parte, pelos setores de alimentos, veículos automotores e produtos químicos. Com isso, a indústria paulista está 1,6% abaixo de seu patamar pré-pandemia e 23,6% abaixo de seu nível mais alto, alcançado em março de 2011.

“O aumento da inflação e da taxa de juros mitigaram os efeitos positivos da melhora no mercado de trabalho, predominando, dessa forma, a cautela na produção industrial em dezembro”, observa Bernardo.

No sentido oposto, Amazonas (4,3%), Espírito Santo (4,0%) e Pernambuco (3,9%) foram responsáveis pelas expansões mais intensas no último mês do ano, com o primeiro local intensificando o avanço observado em novembro último (3,2%), o segundo interrompendo dois meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou perda de 9,1%, e o terceiro acumulando ganho de 5,9% em dois meses consecutivos de crescimento. Bahia (2,8%), Região Nordeste (1,4%), Goiás (0,8%), Rio Grande do Sul (0,7%) e Santa Catarina (0,5%) mostraram os demais resultados positivos em dezembro.

Em relação a dezembro de 2023, nove locais tiveram alta

No confronto entre os números de dezembro de 2024 e dezembro de 2023, o setor industrial cresceu 1,6%, com nove dos 18 locais pesquisados obtendo resultados positivos. É importante lembrar que dezembro de 2024 (21 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (20).

Amazonas (11,0%) e Pernambuco (10,1%) cresceram em nível superior a dois dígitos, sendo os mais intensos. Mato Grosso (8,5%), Santa Catarina (7,2%), Região Nordeste (4,8%), Bahia (4,2%), Rio Grande do Sul (3,8%), Pará (2,9%) e Paraná (2,5%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice mensal de dezembro de 2024.

Por outro lado, Rio Grande do Norte (-21,1%) e Mato Grosso do Sul (-10,9%) tiveram as quedas mais acentuadas. Espírito Santo (-9,2%), Ceará (-8,2%), Rio de Janeiro (-5,1%), Maranhão (-3,9%), Goiás (-2,8%), Minas Gerais (-1,8%) e São Paulo (-1,5%) apresentaram os demais resultados negativos em dezembro.

Mais sobre a pesquisa

A PIM Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativas e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 17 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 0,5% no total do valor da transformação industrial nacional e para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste.

Os resultados da pesquisa também podem ser consultados no Sidra, o banco de dados do IBGE. A próxima divulgação da PIM Regional, relativa a janeiro de 2025, será em 18 de março.

FONTE: Guararema News
Produção industrial em SC teve maior alta do País entre novembro e dezembro – Guararema News

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Puerto Barranqueras é projetado como um ponto-chave no Corredor Bioceânico Norte

O terminal do Chaco busca recuperar seu papel histórico e fortalecer sua competitividade no comércio exterior.

Com o objetivo de conhecer a situação dos portos argentinos e seu papel na logística nacional, a Ser Industria iniciou um tour por diferentes terminais do país. O primeiro destino de “Portos e Negócios” foi o Porto de Barranqueras, na província do Chaco, um ponto estratégico que busca recuperar seu destaque no comércio exterior e no transporte multimodal.

A administradora do porto, Alicia Azula e o sócio-gerente do grupo comercial GAMA, Gabriel Acosta, explicaram os desafios e avanços da estação portuária do Chaco, que enfrenta dificuldades devido à falta de dragagem, mas está avançando na recuperação de cargas e no fortalecimento de sua infraestrutura logística.

O Porto de Barranqueras, que historicamente desempenhou um papel fundamental na logística nacional, enfrenta o desafio de se reposicionar na matriz de transporte argentina e regional. Desde sua chegada à gestão, há um ano, Azula tem trabalhado para reverter a ideia de que os portos localizados ao norte de Rosário não estão operacionais. Nesse sentido, ressaltou que atualmente existem importantes políticas portuárias nas províncias de Misiones, Corrientes, Entre Ríos e Chaco que buscam revalorizar o transporte fluvial e ferroviário como ferramentas para reduzir custos e melhorar a competitividade do setor produtivo.

O porto busca aumentar e diversificar a carga.

Um porto histórico que busca reativar

Barranqueras apresenta uma dificuldade histórica: a falta de dragagem. Atualmente, a operacionalidade é limitada e o transporte de mercadorias é realizado exclusivamente por caminhão e trem, sem a possibilidade de usar o transporte fluvial.

Para resolver essa situação, a YPF pediu à província que dragasse sete dos 14 quilômetros do córrego Barranqueras, um trecho fundamental para recuperar a conectividade com a Hidrovia Tronco (VNT) ou hidrovia. Paralelamente, a administração portuária e os empresários do setor estão trabalhando em conjunto com a Administração Provincial de Águas e a empresa Colono, responsável pelo elevador de grãos, para concluir a dragagem nos sete quilômetros restantes e garantir que o porto volte a funcionar plenamente.

A falta de manutenção adequada da dragagem é uma das principais dificuldades enfrentadas pelo terminal do Chaco. O córrego de Barranqueras tem fortes variações de profundidade que dificultam a previsibilidade para as companhias de navegação e operadores logísticos. Em certos momentos, a profundidade chega a três metros, mas em questão de semanas pode cair até 50 centímetros, impossibilitando a entrada de barcos.

O porto do Chaco busca ser um nó logístico para a região.

Azula alertou que, se o porto quiser ser competitivo e atrair mais carga, precisa urgentemente de dragagem permanente. “A eficiência e a eficácia de um porto dependem da chegada e saída de cargas sem atrasos. Hoje, por exemplo, temos 2,70 metros de calado e barcaças podiam entrar, mas há 20 dias tínhamos apenas 1,50 metros. Sem a devida manutenção, a falta de previsibilidade aumenta os custos e gera incerteza entre os exportadores”, explicou.

O setor privado está comprometido com a reativação

Do setor empresarial, Gabriel Acosta concordou com a necessidade de melhorar a infraestrutura para que Barranqueras possa operar com um maior volume de carga e aproveitar sua capacidade como porto multimodal. Ele explicou que, além do transporte fluvial, o terminal conta com conexão ferroviária e acesso a rotas que permitem a movimentação eficiente de caminhões sem afetar o tráfego urbano.

O grupo GAMA, especializado em serviços portuários e logísticos, trabalha com diferentes setores produtivos e atualmente opera com produtos agrícolas como milho, trigo, soja e girassol, além de exportações de sementes de algodão para a Jordânia, Líbano e Catar. Também movimenta leguminosas, como feijão preto destinado à Nicarágua e Venezuela, e produtos florestais, principalmente madeira nativa do Chaco, que é exportada para a China. A empresa também trabalha com óleo de girassol e carvão e planeja operações com couro e fibra de algodão.

Hoje Barranqueras funciona como um porto seco e trabalha para obter a dragagem do riacho.

Acosta ressaltou que o porto conseguiu recuperar a carga que havia perdido nos últimos anos, embora considere que o maior desafio é instalar Barranqueras novamente no circuito logístico de exportação. “Ainda precisamos gerar confiança nos detentores de carga. É fundamental demonstrar que o porto está operacional e possui a infraestrutura necessária para garantir um serviço eficiente”, disse ele.

O Corredor Bioceânico e a reativação ferroviária

Um dos projetos estratégicos que o porto busca promover é a integração do Corredor Bioceânico Norte, que ligará o Brasil e o Paraguai ao Pacífico por meio da hidrovia e do sistema ferroviário. Segundo Azula, esse corredor reduziria os custos logísticos e melhoraria a competitividade dos produtos da região. Ele ressaltou que, atualmente, o Chile cedeu uma área no porto de Antofagasta para o Paraguai estabelecer uma zona franca, o que representa uma grande oportunidade para o comércio entre os dois países.

Neste contexto, o transporte ferroviário é particularmente relevante. O administrador do porto explicou que Barranqueras possui uma ferrovia ao pé do cais, o que permite a transferência eficiente de cargas para diferentes destinos nacionais e internacionais. No entanto, a infraestrutura precisa ser melhorada para garantir sua plena operacionalidade.

Outro ponto importante é a conectividade terrestre. Azula ressaltou que o porto tem acesso direto às rotas 11 e 16, o que permite um fluxo constante de caminhões sem interferir na circulação urbana. Além disso, ele ressaltou que Barranqueras foi reconhecido como um dos portos mais seguros do país após a construção de uma defesa frontal contra inundações e a instalação de bases da Prefeitura Naval e Alfândega Argentina dentro da propriedade portuária.

Acosta junto com Azula, trabalho conjunto entre os setores público e privado.

Expectativas para 2025 e desafios pendentes

Olhando para este ano, o porto está trabalhando na implementação de melhorias que atrairão mais cargas e consolidarão sua operação. Entre os projetos mais importantes está a aquisição de um scanner para caminhões e a instalação de um armazém alfandegado, o que facilitaria as exportações e daria maiores vantagens aos operadores. Também estão em andamento trabalhos para recuperar o serviço ferroviário de Avia Terai a Barranqueras, uma conexão fundamental para fortalecer o Corredor Bioceânico.

Azula ressaltou que o governo provincial expressou seu apoio à reativação do porto e que está trabalhando em conjunto com o Ministério da Produção para acelerar as negociações com a Alfândega e desbloquear as restrições à exportação de carvão. No entanto, ele reconheceu que ainda há muito a ser feito e que o desafio é tornar Barranqueras um porto competitivo e atraente para os exportadores novamente.

A madeira que sai de Barranqueras tem como destino a China.

Por sua vez, Acosta considerou que o porto tem um enorme potencial e que as expectativas para 2025 são positivas. “Novas operações estão sendo realizadas com fibra de couro e algodão, e há um interesse crescente em usar Barranqueras como ponto logístico estratégico. Se conseguirmos melhorar a infraestrutura e garantir a previsibilidade, podemos recuperar a importância que o porto teve no passado”, concluiu.

A reativação do Porto de Barranqueras representa uma oportunidade não só para a província do Chaco, mas para toda a região. Com investimentos em infraestrutura, melhorias na conectividade e maior integração com o comércio internacional, este terminal poderia recuperar seu papel histórico como um nó logístico chave no comércio exterior argentino.

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STJ declara ilegal tarifa para entrega de cargas em terminais retroportuários

A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por maioria de votos, que a cobrança da tarifa Terminal Handling Charge 2 (THC2) pelos operadores portuários, em relação aos terminais retroportuários, configura abuso de posição dominante, na modalidade de compressão de preços (price squeeze).

Para o colegiado, a prática viola a Lei 12.529/2011, que regula a defesa da concorrência no Brasil.

O entendimento foi fixado durante o julgamento de ação ajuizada por uma empresa retroportuária, que questionava a cobrança da THC2 por uma operadora portuária. A tarifa era exigida para separação, transporte e entrega de cargas do porto nos terminais retroportuários.

Segundo a autora da ação, a THC2 já estava incluída na tarifa box rate (THC), cobrada para o desembarque da carga do navio. A empresa alegou que a cobrança adicional representa pagamento em duplicidade.

Embora, em primeira instância, o pedido tenha sido julgado improcedente, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o afastamento da cobrança por entender que a exigência da THC2 viola regras concorrenciais.

No recurso ao STJ, a empresa retroportuária sustentou a legalidade da cobrança da THC2, com base na Lei 10.233/2001 e na Resolução 2.389/2012 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que regula o setor. A companhia argumentou que a agência tem competência regulatória para estabelecer tarifas, promover revisões e reajustes tarifários e reprimir ações que atentem contra a livre concorrência ou infrações de ordem econômica.

Ambiente competitivo

Para a relatora da matéria, ministra Regina Helena Costa, a competência regulatória conferida à Antaq pela Lei 10.233/2001 incorporou a concepção de que a garantia de acesso às instalações portuárias por todos os atores do mercado constitui elemento indispensável ao incentivo do cenário competitivo, especialmente para impedir a concentração de serviços em reduzido número de prestadores.

Ela apontou que os operadores portuários detêm posição dominante no mercado de infraestrutura portuária, podendo atuar tanto nas atividades de movimentação de cargas nos portos quanto no seu posterior armazenamento, em concorrência com os retroportos. Essa integração vertical pode gerar ganhos de eficiência, mas também viabilizar práticas que prejudiquem a concorrência.

Vantagens injustas

Conforme explicou a ministra, aplica-se ao caso a teoria das infraestruturas essenciais, segundo a qual o detentor da infraestrutura deve garantir acesso às instalações indispensáveis ao exercício de atividades econômicas pelos demais atores do mercado, especialmente quando a oferta de um produto ou serviço não se viabiliza sem acesso ou fornecimento essencial.

De acordo com essa teoria, é possível exigir tarifas para o acesso à infraestrutura essencial, mas a cobrança não pode criar vantagens econômicas injustas para um competidor em detrimento de outros, sob pena de violar os princípios da livre concorrência previstos no artigo 36 da Lei 12.529/2011.

No entendimento da relatora, permitir que os terminais portuários exijam a THC2 de seus competidores diretos no mercado de armazenagem de bens oriundos do exterior como tarifa de acesso a insumo essencial ao exercício de suas atividades possibilita a compressão dos preços praticados pelos retroportos.

Ao negar provimento ao recurso, Regina Helena Costa concluiu que a cobrança configuraria as práticas vedadas pela legislação antitruste de dificultar a constituição ou o desenvolvimento de concorrente; de impedir o acesso de competidor às fontes de insumos ou matérias-primas; e, ainda, de discriminar adquirentes ou fornecedores de serviços mediante a fixação diferenciada de condições de prestação de serviço. 

Com informações da assessoria de imprensa do STJ.
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FONTE: Conjur
Tarifa para entrega de cargas em terminais retroportuários é ilegal

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Comércio Exterior, Informação, Internacional, Logística, Mercado Internacional, Negócios, Notícias

Tarifas da China em resposta a Trump começam a valer, diz jornal

Medida é resposta ao americano, que impôs taxação de 10% sobre os produtos chineses importados para os EUA.

A China impôs neste domingo (9) tarifas de 10% e 15% sobre importações dos Estados Unidos , como continuação de sua resposta às taxações norte-americanas determinadas pelo presidente Donald Trump sobre produtos chineses, de acordo com o jornal “Financial Times”.

A medida pode afetar cerca de U$ 14 bilhões em produtos. O país determinou taxas de 15% para carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis.

As tarifas são uma resposta à iniciativa americana, que na terça-feira (4) começou a aplicar taxas de 10% em todas as importações chinesas para os EUA, depois que Trump afirmou que a China não fazia o suficiente para interromper o fluxo de drogas ilícitas para os Estados Unidos.

Ainda neste domingo, o presidente americano afirmou que vai anunciar nesta segunda (10) tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, segundo a agência de notícias Reuters.

Mais cedo, o chanceler alemão Olaf Scholz afirmou em um debate eleitoral que a União Europeia conseguiria retaliar “em uma hora” caso taxas americanas afetassem o bloco.

Além das medidas tarifárias, a China já avisou que pretende iniciar uma investigação antitruste contra a Alphabet Inc, dona do Google, enquanto incluía tanto a PVH Corp, holding de marcas como Calvin Klein, quanto a empresa de biotecnologia americana Illumina em sua “lista de entidades não confiáveis”.

As tarifas de Trump

Na segunda-feira (3), Trump suspendeu sua ameaça de tarifas de 25% sobre o México e o Canadá no último minuto, concordando com uma pausa de 30 dias em troca de concessões sobre o controle de fronteiras e a aplicação de leis contra o crime com os dois países vizinhos.

Porém, não houve o mesmo alívio para a China. Um porta-voz da Casa Branca disse que Trump não conversaria com o presidente chinês Xi Jinping no começo desta semana.

https://g1.globo.com/jornal-nacional/video/a-guerra-das-tarifas-trump-mostra-que-vai-usar-taticas-de-intimidacao-ate-contra-aliados-13312605.ghtml

Durante seu primeiro mandato, em 2018, Trump iniciou uma guerra comercial de dois anos com a China devido ao enorme superávit comercial dos EUA, com tarifas recíprocas sobre centenas de bilhões de dólares em bens, desestruturando cadeias globais de suprimento e prejudicando a economia mundial.

“A guerra comercial está em estágios iniciais, então a probabilidade de novas tarifas é alta”, disse a Oxford Economics em uma nota, ao reduzir sua previsão de crescimento econômico da China.

Trump advertiu que poderia aumentar as tarifas sobre a China ainda mais, a menos que Pequim interrompesse o fluxo de fentanil, um opioide mortal, para os Estados Unidos.

“Espero que a China pare de nos enviar fentanil e, se não o fizerem, as tarifas vão subir substancialmente”, disse ele na segunda-feira.

A China chamou o fentanil de problema dos EUA e afirmou que desafiaria as tarifas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e tomaria outras contramedidas, mas também deixou a porta aberta para negociações.

Os EUA são uma fonte relativamente pequena de petróleo bruto para a China, representando 1,7% das suas importações no ano passado, no valor de cerca de US$ 6 bilhões.

“Diferentemente do Canadá e do México, é claramente mais difícil para os EUA e a China chegarem a um acordo sobre as demandas econômicas e políticas de Trump. O otimismo anterior do mercado sobre um acordo rápido ainda parece incerto”, disse Gary Ng, economista sênior do Natixis em Hong Kong, ouvido pela Reuters.

“Mesmo que os dois países possam chegar a um acordo sobre alguns pontos, é possível que as tarifas continuem sendo usadas como uma ferramenta recorrente, o que pode ser uma fonte de volatilidade no mercado este ano.”

Fonte G1
https://g1.globo.com/google/amp/economia/noticia/2025/02/09/china-impoe-tarifas-de-10percent-e-15percent-em-importacoes-de-produtos-dos-eua-em-retaliacao-a-trump.ghtml

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Comércio Exterior, Exportação, Importação, Investimento, Logística, Portos

Ministro de Portos e Aeroportos se reúne com embaixador da Ucrânia para discutir parcerias bilaterais

Encontro produtivo abre portas para investimentos e cooperação no setor portuário brasileiro

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, recebeu, na manhã desta quinta-feira (6), o embaixador da Ucrânia no Brasil, Endrii Melnyk, para uma reunião que marca o início de uma promissora parceria bilateral. O encontro evidenciou o interesse de ambos os países em fortalecer laços e explorar oportunidades de investimento e expansão no setor portuário e hidroviário.

No início da conversa, o ministro Silvio Costa Filho expressou sua profunda tristeza pela guerra em curso na Ucrânia e manifestou a solidariedade do povo brasileiro, enfatizando o desejo de que a paz seja restabelecida o mais breve possível.

Em seguida, o ministro apresentou um panorama detalhado do momento positivo que o Brasil atravessa, com destaque para o crescimento da economia, a redução do desemprego e o volume recorde de investimentos no setor de portos, hidrovias e aeroportos, por meio de grandes programas de concessões.

Costa ainda enfatizou que o Brasil está aberto a parcerias com a Ucrânia em diversos setores e apresentou a “Carteira de Concessões e Arrendamentos” do Ministério, que inclui projetos de infraestrutura portuária com grande potencial para atrair investidores estrangeiros.

O embaixador ucraniano, Melnyk, por sua vez, mencionou que, apesar da guerra, a economia ucraniana está em crescimento e que, assim que finalizar, o país europeu vai precisar se recuperar. Com isso, será muito importante o investimento no Brasil, levando investidores brasileiros para o país, com foco em troca de experiências portuárias e hidroviárias.

O ministro Silvio Costa Filho também expressou o interesse do Brasil em ampliar a agenda de parcerias com a Ucrânia, não apenas no setor portuário, mas também em outras áreas como a de fertilizantes, onde o Brasil tem uma grande demanda e vê na Ucrânia um parceiro comercial promissor.

Ao final da reunião, o ministro e o embaixador se comprometeram a manter um diálogo aberto e constante, com o objetivo de construir uma pauta conjunta de trabalho que impulsione o desenvolvimento de ambos os países. Serão realizadas novas reuniões para que os acordos bilaterais avancem, entre Brasil e Ucrânia.

FONTE:
Ministro de Portos e Aeroportos se reúne com embaixador da Ucrânia para discutir parcerias bilaterais — Portos e Aeroportos

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O ESPECIALISTA: Sucesso que CONECTA oportunidades

Novo quadro do RêConectaNews traz a jornada dedicada a compartilhar o conhecimento técnico e a visão prática de profissionais que transformam desafios em soluções no Comércio Exterior e na Logística. 

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A cada episódio, especialistas renomados de diferentes segmentos da cadeia de Logística e Comércio Exterior trazem insights valiosos sobre suas áreas de atuação, abordando o que é realmente necessário para fazer o setor funcionar.

O RêConectaNews apresenta com entusiasmo seu novo quadro, O ESPECIALISTA, um espaço dedicado a compartilhar o conhecimento técnico e a visão prática de profissionais que transformam desafios em soluções no Comércio Exterior e na Logística.

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NAC Bank. Tendências de Importação no Brasil

Você sabia que, em 2024, o Brasil teve um aumento de USD 14 bi nas importações, em relação ao ano anterior? Vamos ver as tendências, setores em alta e parceiros comerciais que estão moldando o futuro do comex!

Tendências de Importação no Brasil

A demanda por produtos aumentou de 2023 para 2024, impulsionando o mercado. Produtos como eletrônicos, maquinários e produtos químicos estiveram em alta no ano que passou, evidenciando um delta positivo.

Destaque por Setores

Os setores que mostraram crescimento nas importações são importantes para mostrar a demanda do país e mudanças globais que possuem tendência a afetar nosso mercado e economia.

Óleos de Petróleo

O setor de óleos de petróleo cresceu muito, com um aumento de USD 1.4 bi. Isso aconteceu porque ouve uma alta demanda por energia e insumos industriais. Os óleos de petróleo têm um grande impacto nas políticas energéticas do Brasil.

Turborreatores e Componentes

As importações de turborreatores e seus componentes também cresceram, totalizando USD 1.2 bi. Isso mostra que que o Brasil está investindo mais em tecnologia e infraestrutura. A busca por inovações é muito importante para setores que precisam de alta performance.

Automóveis

No setor automotivo, as importações também cresceram muito, com um total de USD 977 milhões. Isso mostra a recuperação do setor automotivo. As importações de carros não só atendem à demanda do consumidor, mas também mostram que a indústria de veículos está crescendo exponencialmente.

Principais Parceiros Comerciais do Brasil em 2024

Em 2024, o comércio exterior do Brasil mostrou um panorama interessante. A China e os Estados Unidos foram os principais parceiros comerciais. Eles tiveram um papel crucial no crescimento das importações e exportações do país.

China

O valor das importações da China cresceu 20,4%, atingindo USD 9.9 bi. Esse aumento mostra a importância das relações comerciais e das redes de suprimento entre os dois países de 2023 para 2024.

Estados Unidos

O valor FOB de importações dos EUA foi de USD 2.4 bi em 2024, um aumento de 6,88%. Essa força nas transações mostra o crescimento das relações comerciais entre os países, que se baseiam na troca diversificada de produtos e serviços.

Conclusão

A análise das importações de 2023 para 2024 mostra aumentos acima da média no volume importado.

Essa mudança no comportamento do mercado mostra como o comércio exterior está evoluindo. Também mostra a importância de se adaptar às novas demandas do cenário global.

Quando pensamos no futuro do comex, é crucial ficar de olho nas mudanças econômicas, pois perceber essas tendências pode ajudar a criar estratégias logísticas, financeiras e comerciais fortes.

Em resumo, este estudo mostra a importância de conhecer o cenário. Ter a ciência dos dados e a vivência do importador e exportador pode ajudar a escolher as melhores soluções do momento, ajudando empresas importadoras e exportadoras a tomar melhores decisões e a alcançar posições cada vez mais competitivas no mercado.

Uma Empresa de Comex para o Comex

Por Tiago Quaresma | Tiago Quaresma

“Com todo esse volume de importações e o papel estratégico do Comex para a economia, percebemos que faltava algo essencial: um atendimento especializado e feito por quem entende do setor. Por isso, nasceu o NAC Bank, o primeiro banco pensado para o importador e exportador brasileiro.”

Oferecemos um atendimento personalizado, com soluções completas e integradas. Nosso objetivo é ser o seu parceiro estratégico, oferecendo:

Câmbio especializado para o comex.

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Nosso time não entrega uma solução genérica. Nós mergulhamos na sua operação, entendemos suas necessidades e trazemos as melhores opções. Afinal, cada empresa é única, e suas opções também devem ser.

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Convido você a acessar nosso site e descobrir como podemos inovar juntos!

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