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Economia, Gestão, Informação, Internacional, Notícias, Tributação

Taxas bilionárias a navios chineses ameaçam comércio global

Para simbolizar o caos que envolve o comércio mundial desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou à Casa Branca, basta olhar para uma pilha de 16.000 toneladas métricas de tubos de aço.

Estivadores na Alemanha deveriam estar preparando o embarque do primeiro lote em um navio porta-contêineres com destino a um grande projeto de energia no estado americano da Louisiana. Em vez disso, a carga está parada em um armazém alemão depois que Washington propôs implementar tarifas de milhões de dólares sobre navios chineses que atracam nos EUA.

As negociações sobre os termos para o envio dos tubos foram suspensas até que haja mais clareza, disse Jose Severin, gestor de desenvolvimento de negócios no Mercury Group, provedor de logística para o acordo. Para essa rota específica pelo Atlântico, 80% dos navios do armador foram construídos na China, o que significa que o envio estaria sujeito a uma sobretaxa entre US$ 1 milhão e US$ 3 milhões. Dependendo de como a medida for aplicada, isso poderia chegar ao dobro ou triplo do custo atual de envio dos tubos de aço da Alemanha.

É um dos inúmeros negócios impactados pelo fogo cruzado desencadeado por uma proposta do US Trade Representative (USTR) visando conter o domínio da China na construção naval, logística e indústria marítima. A China agora produz mais da metade dos navios de carga do mundo por tonelagem, acima dos apenas 5% em 1999, de acordo com o USTR, com o Japão e a Coreia do Sul sendo as outras potências da construção naval. No ano passado, os estaleiros dos EUA construíram apenas 0,01%, e o USTR está de olho em reviver as fortunas da adormecida indústria de construção naval mercante dos EUA.

O domínio da China lhe dá “poder de mercado sobre o fornecimento global, preços e acesso”, disse o USTR em 21 de fevereiro, quando revelou a proposta. Em resposta, a China State Shipbuilding, que detém a maior carteira de pedidos do setor no mundo, descreveu as medidas como uma violação das regras da Organização Mundial do Comércio.

O assunto estará no centro de uma audiência de dois dias do USTR em Washington, que começa nesta segunda-feira. Toda a cadeia de suprimentos será representada, desde produtores de soja a armadores e estaleiros chineses. Dezenas de empresários e grupos comerciais explicarão por que temem que as propostas atrapalhem o comércio global mais do que a abordagem de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.

“Eles veem isso como uma ameaça maior do que as tarifas, devido ao impacto que terá na cadeia de suprimentos”, disse Jonathan Gold, vice-presidente de cadeias de suprimentos e política alfandegária da Federação Nacional do Varejo. “As transportadoras disseram que não só vão repassar o custo, mas vão sair de certas rotas, portanto os portos menores, como Oakland, talvez Charleston, Delaware, Filadélfia. Todos eles vão sofrer com isso.”

Em cartas ao USTR e entrevistas com a Bloomberg News, empresários e autoridades da indústria disseram que as propostas não fazem sentido se o objetivo é reviver a indústria de construção naval nacional, e seriam potencialmente devastadoras para a economia dos EUA. Eles argumentam que isso tornaria os produtos americanos muito caros internacionalmente, desviaria o comércio dos centros regionais dos EUA para o Canadá e o México, sobrecarregaria os principais portos dos EUA e forçaria o aumento das taxas globais de frete e a inflação doméstica.

As taxas poderiam teoricamente gerar entre US$ 40 bilhões e US$ 52 bilhões para os cofres dos EUA, de acordo com a Clarksons Research Services, uma unidade da maior corretora de navios do mundo. Contudo, já perturbadas pela incerteza sobre as tarifas crescentes sobre produtos chineses, aço e alumínio, e com uma nova rodada de medidas recíprocas esperadas para 2 de abril, algumas empresas americanas e outras na indústria estão ansiosas.

“O que o USTR propôs — uma taxa retroativa e multimilionária por escala no porto — não funcionará”, disse Joe Kramek, CEO do Conselho Mundial de Transporte Marítimo, que deve depor na segunda-feira. “Isso servirá apenas para penalizar os consumidores, empresas e, especialmente, os agricultores dos EUA, aumentando os preços e ameaçando empregos”, acrescentou Kramek.

Operations At Newport News Shipbuilding Ahead Of Huntington Ingalls Earnings© Bloomberg

 

FONTE: Bloomberg L.P.
Taxa do governo Trump a navios chineses ameaça desordenar o comércio global

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Comércio Exterior, Exportação, Gestão, Industria, Informação, Negócios, Notícias

Comex: autocertificação digital reduz custos e burocracia para o exportador

Válido desde 1º de março, documento que atesta a origem das mercadorias pode ser feito pelo próprio exportador, mas é preciso ficar atento para evitar multas e até perda de licença para operar no comércio exterior. Serviço da SP Chamber, da ACSP, ajuda a evitar problemas do tipo.

Desde 1º de março, está em vigor a Autocertificação de Origem, para as empresas brasileiras que exportam para a Argentina, Paraguai e Uruguai. O documento, que comprova e valida a origem dos produtos brasileiros em acordos comerciais que permitam a modalidade, garante que os exportadores daqui tenham acesso a benefícios tarifários nos países-destino.

A nova medida, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), permite que o próprio exportador emita a Declaração de Origem, com o objetivo de desburocratizar processos, reduzir custos para as empresas e alinhar as operações de comex do Brasil às melhores práticas internacionais.

Essa autodeclaração, prevista pela Portaria 373/2024, também estabelece mecanismos internos de controle em casos de suspeita de fraude de origem e reforça mecanismos de verificação e controle que já existem nos acordos comerciais. A implementação só se deu pela adoção do novo Regime de Origem do Mercosul, aprovado pelos países do bloco no ano passado.

“Como o próprio nome diz, é uma autodeclaração que irá atestar a origem da mercadoria, substituindo o Certificado Preferencial de Origem do Mercosul”, explica Ângela Garcia, coordenadora de comércio exterior da SP Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Anualmente, são emitidos cerca de 600 mil certificados de origem no país, sendo que 35% do total são endereçados ao Mercosul, segundo a Secex. A especialista da SP Chamber lembra que o modelo de autocertificação já funciona na União Europeia, e no acordo comercial que deve ser fechado entre Brasil e UE, a modalidade entrará de forma híbrida, ou seja, com certificado de origem e com autocertificação. Porém, a previsão é que após cinco anos, o certificado de origem para este acordo seja extinto.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Com 84 anos ‘de janela’ emitindo certificados de origem do comércio exterior, a ACSP emite o documento oficial com a chancela da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Em 2024, o serviço, que garante que produtos comercializados para o exterior atendam aos critérios de origem, facilitando o comércio entre países, cresceu 15,89% no estado de São Paulo, com destaque para a Capital paulista, segundo levantamento da SP Chamber.

De acordo com a câmara de comércio, os benefícios são redução ou isenção do imposto de importação de acordo com a aplicação de tarifas preferenciais previstas no acordo, além de oferecer transparência e controle no comércio internacional.

Com a autocertificação, o processo promete ser mais ágil devido a critérios já citados, como redução de burocracia e sem necessidade de intermediários, com menor custo e mais facilidade para os exportadores, explica Ângela Garcia. As trocas comerciais também serão facilitadas, com entrada rápida no mercado-destino por serem responsabilidade exclusiva do exportador, que terá autonomia nos controles internos e nos processos de certificação.

Mas, como toda novidade, ainda há alguns poréns. Primeiro: essa certificação funciona apenas no envio de produtos do Brasil para outros países. Também há alguns riscos potenciais na autocertificação, como a não-conformidade (por possíveis avaliações internas subjetivas e propensas a erros), e a credibilidade do exportador pode até ser questionada, pois ele passa a assumir toda a responsabilidade pela veracidade ou não das informações.

Também há necessidade de manter os documentos arquivados por cinco anos, para apresentá-los ao Secex em caso de inconformidades ou uma possível detecção de irregularidades no processo. Na Facesp, a guarda desses documentos é feita na sede da entidade por um período de dez anos para maior controle e segurança.

Há ainda riscos legais, em caso de fraude, que podem levar a multas e até perda de licença por não seguir as regras oficiais das operações de comércio exterior. Isso porque há empresas que fazem o certificado de origem, e às vezes erram ou emitem informações sobre a mercadoria ser importada ou não, ou estar com limite acima do estabelecido pela regra. Até um despachante que assinar esse documento pode sofrer responsabilidade solidária em caso de inconformidade.

Se a própria empresa faz a declaração, podem surgir inconsistências nos controles, além de que algumas podem declarar ‘o que querem’ – como mandar um produto chinês para a Argentina declarando ser totalmente nacional. “A empresa precisa manter um controle rigoroso do processo para evitar essas inconsistências na declaração de origem para prevenir penalidades ou complicações”, orienta Ângela. “Isso é essencial para garantir que todas as informações sejam precisas e conformes de acordo com a legislação, evitando situações em que o produto declarado como nacional não seja compatível – o que poderia resultar em multas e sanções.”

Mesmo com a nova funcionalidade, alguns motivos apontam a importância de uma empresa certificadora homologada pelo Secex, como a ACSP, emitir o documento que atesta a origem dos produtos no comex em até 24 horas.

Na autocertificação, por exemplo, são eliminadas etapas como conferência e avaliação da equipe técnica, trazendo mais agilidade ao processo. Porém, a falta de validação e possíveis erros ou constatação de fraudes, que podem levar as empresas a uma perda de credibilidade.

Ao fazer com uma certificadora, os riscos legais e regulatórios serão compartilhados entre a empresa exportadora e a certificadora e, optar por este serviço também oferece garantia de conformidade e compliance de acordo com as regras do Mercosul.

Os custos também não são altos, pois os certificados emitidos custam entre R$ 20 (comuns) e R$ 35 (com acordos comerciais). Se na autocertificação não há custos, vale lembrar que é preciso manter controles internos rigorosos para evitar problemas, reforça Ângela Garcia.

Caso o exportador descumpra qualquer conformidade, ele pode ficar inabilitado de emitir a autocertificação por um ano, e precisa voltar a fazer com a entidade certificadora, explica Ângela. “Mas, se ele não cumprir as exigências formais de acordos comerciais, ou for constatada a atestação indevida de origem de um produto, essa inabilitação pode chegar a cinco anos.”

Para facilitar esse processo, a partir de abril a SP Chamber vai oferecer também uma plataforma para associados e não-associados, a CTRL+A, para que o exportador possa fazer o gerenciamento de informações necessárias ao processo de importação e exportação em um só lugar, mesmo que existam diversas operação acontecendo simultaneamente.

Nesta nova plataforma, a empresa conseguirá não só emitir a autodeclaração, mas também fazer controle de documentos, ter infomações sobre as classificações atualizadas além de acesso à biblioteca de documentos já emitidos.

Segundo a especialista da SP Chamber, o CTRL+A oferece planos personalizados, com valor médio de R$ 400, e acesso a serviços como declaração de produto (Declaração Juramentada de Origem) ilimitada; dashboard para visualização de processos; calendário de atividades, pagamentos e prazos; biblioteca de documentos com gerador de Invoice, Packing list e carta de instrução de embarque; pesquisa de NCM (impostos e órgãos anuentes); lista de contatos (clientes, fornecedores e prestadores de serviços); cláusula de Câmara de Mediação e Arbitragem; vinculação de processo a despachantes e o marketplace, além da plataforma 100% atualizada de acordo com o novo ROM-MERCOSUL (ou Regime de Origem Mercosul).

Para Ângela, o entendimento geral é que tudo caminha para o certificado de origem acabar. “Mas as empresas vão continuar exportando, vão precisar ainda de suporte, de consultoria e de tecnologia que assegurem o bom andamento das suas exportações e importações. Ainda há um longo processo, mas estamos habilitados e preparados para emitir qualquer documentação.”

A Secex também criou um Guia da Autocertificação, com 16 perguntas e respostas sobre o tema, para que o exportador possa entender como certificar seu produto.

FONTE: Diário do comercio
Diário do Comércio

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Economia, Importação, Industria, Informação, Internacional, Tributação

EUA quase dobram importações de ovos do Brasil em meio à crise de gripe aviária

Liderados por Donald Trump, norte-americanos avaliam flexibilizar regras para ovos de frango de corte enquanto preços disparam com escassez.

 

Os Estados Unidos estão recorrendo ao Brasil para enfrentar a crise de abastecimento de ovos desencadeada pela gripe aviária, que dizimou cerca de 170 milhões de aves no país desde o início de 2022.

As importações de ovos brasileiros pelos EUA quase dobraram desde o ano passado. Elas aumentaram 93% entre fevereiro deste ano e o mesmo período de 2024, segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

Antes restritos à ração animal, esses ovos agora são considerados para uso em alimentos processados, como misturas para bolo, sorvetes e molhos, segundo a Reuters. Essa é uma estratégia para conter os preços altos e liberar mais ovos frescos aos consumidores.

A crise, que aumentou os preços dos ovos no atacado em 53,6% em fevereiro antes de uma leve queda em março, segundo a Reuters, levou os EUA a avaliarem a flexibilização de regulamentações.

Uma proposta em análise pela FDA (Food and Drug Administration), uma espécie de Anvisa dos EUA, busca permitir o uso de ovos de galinhas criadas para abate em produtos alimentícios.

Atualmente, milhões desses ovos são descartados por falta de refrigeração adequada, mas a indústria avícola defende que a pasteurização garante segurança. Especialistas em segurança alimentar, por outro lado, alertam para riscos de contaminação por bactérias, como salmonella, devido ao resfriamento insuficiente.

Escassez e inflação

Para combater a crise, a administração de Donald Trump anunciou um plano de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,7 milhões), que inclui apoio a fazendeiros, pesquisa de vacinas e incentivo a importações de países como Brasil, Turquia e Coreia do Sul.

Apesar do avanço, os ovos brasileiros ainda não chegam diretamente aos supermercados norte-americanos por causa de restrições sanitárias, como a presença da doença de Newcastle no Brasil, que impede a exportação de ovos frescos ou líquidos pasteurizados para consumo humano direto, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA. Ao mesmo tempo, a produção brasileira de ovos bateu recorde em 2024, alcançando 4,67 bilhões de dúzias — um aumento de 10% em relação a 2023, segundo o IBGE. No último trimestre, foram produzidos 1,2 bilhão de dúzias, o maior volume em um triênio desde 1987.

“O setor avícola foi impulsionado pela demanda interna e externa aquecida”, disse um relatório do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com 82,1% dos ovos destinados ao consumo e 17,9% à incubação.

Uma petição enviada pelo Conselho Nacional do Frango à FDA propõe aproveitar os cerca de 360 milhões de ovos anuais de frangos de corte, hoje majoritariamente destruídos. Uma proposta semelhante, no entanto, foi rejeitada pelo órgão em 2023.

FONTE: R7 Noticias
Estados Unidos começam a importar ovos para tentar frear altas nos preços e falta da proteína – Noticias R7

 

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Economia, Industria, Informação, Logística, Tributação

URGENTE: Devido à alta carga tributaria no Brasil, Lupo vai ter fábrica no Paraguai

Nos últimos anos, o Paraguai tem sido o destino de um número crescente de empresas brasileiras.

Nomes como Guararapes e a fabricante catarinense de artigos de cama, mesa e banho Buddemeyer atravessaram a fronteira e instalaram operações no país, atraídas pelos incentivos fiscais e custos mais baixos do vizinho.

Agora, a Lupo decidiu seguir o mesmo caminho em uma estratégia para enfrentar o avanço de meias importadas com custos muito baixos. O grupo têxtil de Araraquara, no interior de São Paulo, vai construir uma fábrica no Paraguai para não só defender seu espaço no segmento que deu origem à companhia, como também, em um segundo momento, buscar expandir as vendas para outros países da América do Sul.

“O que está acontecendo no Brasil é que a importação é responsável por 52% do mercado nacional. A nossa intenção com essa fábrica no Paraguai é competir com as importações”, diz Liliana Aufiero, CEO da Lupo, com exclusividade ao NeoFeed.

A fábrica, a primeira da Lupo fora do Brasil, está sendo instalada em Ciudad del Este, na fronteira com o País com um investimento de R$ 30 milhões. Prevista para começar a operar com plena capacidade na segunda metade de 2026, a unidade terá a capacidade de produzir até 20 milhões de pares de meia por ano.

A Lupo conta atualmente com uma fábrica em Araraquara, no interior de São Paulo, sua cidade de origem e onde fica sua matriz, além de operações em Itabuna (BA) e em Pacatuba (CE). A companhia tem uma capacidade de produzir 90 milhões de pares de meias por ano.

Fique Por Dentro

Fábrica começa a operar com plena capacidade na segunda metade de 2026, unidade terá capacidade de produzir 20 milhões de pares de meia por ano incentivos fiscais e custos mais baixos atraíram Lupo ao Paraguai. Os estudos para instalar a fábrica no exterior começaram em meados do ano passado, depois de uma primeira sondagem, há quase 13 anos, quando a Lupo considerou ser fornecedora de materiais para equipes de futebol – a companhia chegou a patrocinar 32 clubes de futebol, entre eles o Atlético-MG, no ano em que o clube conquistou a Libertadores, em 2013.

A questão dos incentivos fiscais foi um fator importante na decisão da Lupo de investir em sua primeira fábrica no exterior. No início dos anos 2000, o Paraguai regulamentou a chamada Lei de Maquila, que prevê isenção de impostos para empresas estrangeiras que produzirem no país visando a exportação.

A iniciativa prevê um tributo de apenas 1% sobre a fatura de exportação, além de outros benefícios, como a suspensão de impostos e taxas alfandegárias e isenção de impostos sobre as remessas feitas ao exterior.

O regime tem atraído muitas companhias brasileiras. Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai, das 332 indústrias com programas de maquila em vigor em 2024, 223 delas são brasileiras, representando 69% do total.

Os impostos mais baixos não foram o único motivo que fizeram a Lupo escolher investir no Paraguai. “O Paraguai tem uma cesta de benefícios, como energia elétrica muito mais barata, mão de obra em quantidade abundante. E percebemos que o país tem uma vocação têxtil”, diz Carlos Mazzeu, diretor-superintendente da Lupo.

Esta combinação de fatores deve ajudar a companhia a lidar com a concorrência externa, principalmente da Ásia. A Lupo é um dos principais nomes no mercado nacional de meias e meias-calças, com um market share de 16,6% no ano passado, de acordo com dados da Euromonitor, mas tem sentido a pressão das importações.

Segundo Aufiero, produzir meias no Paraguai é quase 28% mais barato do que no Brasil. “Vamos conseguir um preço mais competitivo para poder crescer no Brasil”, afirma.

O setor têxtil brasileiro tem sido um dos principais segmentos com iniciativas aprovadas no âmbito da Lei de Maquila do Paraguai – das 223 indústrias, 32% dos programas são do segmento.

Segundo Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a combinação do custo Brasil e a concorrência pesada da Ásia, especialmente da China, faz com que as companhias brasileiras naturalmente busquem alternativas para reduzir os custos produtivos.

“O Paraguai possui um ambiente de negócios amigável, enquanto o Brasil é um país caro e onde as importações já representam 20% do mercado”, diz Pimentel. “Cabe a nós, Abit, associações e governo, buscarmos formas para que o Brasil tenha um ambiente de negócios melhor.”

A situação se torna ainda mais relevante no momento em que os Estados Unidos estão reduzindo as importações de vestuário da China, gerando um excedente de produtos no mercado, tal qual ocorre com o aço vindo do gigante asiático.

Pimentel destaca que os produtos chineses já são mais baratos, custando cerca de US$ 11 a US$ 13 por quilo, enquanto o Brasil exporta a um custo de US$ 20 por quilo, considerando um grupo de produtos.

Lupo pelo mundo
Além do aspecto defensivo para o segmento de meias, a fábrica do Paraguai também é vista como uma forma de expandir as vendas para a América do Sul, principal destino das exportações.

No momento, o comércio exterior traz pouco resultado para a Lupo – no terceiro trimestre, a receita com exportações totalizaram R$ 8,2 milhões, 2% do faturamento líquido do período, de R$ 402 milhões.

Apesar das possibilidades que a fábrica no Paraguai traz, a companhia não possui pressa para crescer fora, com Aufiero destacando que não deve ser um driver de expansão da companhia, pelo menos no futuro próximo.

“Nós exportamos, sim, mas é tão pouco que não vale a pena dizer que vamos crescer por causa das exportações. Exportação é oportunidade”, diz a CEO.

Essa postura comedida pode ser vista no plano de expansão internacional. Em outubro, a companhia inaugurou sua primeira loja própria fora do País, em Portugal, e está abrindo, neste ano, a sua segunda loja no mercado português para atender o público brasileiro.

Os planos para a fábrica no Paraguai também são regidos pelo conservadorismo. A ideia é que a unidade fique concentrada em meias, eventualmente podendo receber novos investimentos e produtos no futuro.

“Queremos evoluir com essa fábrica e a evolução dela vai nos mostrar o caminho, como será daqui para frente”, diz Mazzeu. “Não diria que existem planos de expansão, porque existe um caminho longo para trilharmos.”

Um tema em que a companhia demonstra certeza é IPO. Aufiero demonstra pouco interesse em retomar a operação, suspensa em 2021, destacando que “o entusiasmo não está grande na empresa” e que o mercado “está parado”.

FONTE: NeoFeed
Lupo vai ter fábrica no Paraguai e engrossa a lista de empresas brasileiras que investem no país – NeoFeed

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Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Logística, Negócios, Portos

Movimentação de cargas no Porto de Montevidéu cai 1% em 2024, aponta Inalog

A movimentação total de cargas no Porto de Montevidéu alcançou 15.629.355 toneladas no período de janeiro a dezembro de 2024, registrando uma queda de 1% em relação ao ano anterior, segundo o Instituto Nacional de Logística (Inalog), com base em dados da Administração Nacional de Portos.

A carga a granel somou 3.073.818 toneladas, uma redução de 9%, puxada principalmente pela queda nas importações de milho (99%), fertilizantes (34%) e carvão (23%). Por outro lado, a movimentação de carga geral cresceu 18%, atingindo 3.042.181 toneladas, impulsionada pelo aumento de 117% nos embarques de trigo. Já a carga conteinerizada apresentou retração de 4%.

O Inalog destacou que, no acumulado de 2024, os volumes de exportação de soja (+212%), trigo (+171%) e leite concentrado (+32%) cresceram na comparação anual. Em contrapartida, as exportações de arroz caíram 36%, malte de cevada recuou 7% e carne bovina congelada registrou queda de 3%. O setor madeireiro também apresentou redução geral de 18%, apesar dos aumentos nos embarques de compensado (+20%) e madeira serrada (+10%). Já as exportações de cavacos de madeira e toras brutas caíram 46% e 6%, respectivamente.

A movimentação de contêineres do comércio exterior uruguaio cresceu 4%, chegando a 440 mil TEUs. No entanto, o papel do Uruguai como hub regional de distribuição registrou queda de 4%, totalizando 675 mil TEUs, com uma redução de 3% nos contêineres cheios (535 mil TEUs) e de 6% nos contêineres vazios (140 mil TEUs).

No total, a movimentação de contêineres, considerando carga e descarga, somou 1.115.000 TEUs em 2024, uma leve queda de 1% em relação ao ano anterior. Além disso, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) apontou que Montevidéu movimentou 1.125.290 TEUs no ano passado, ocupando a 20ª posição entre os 96 portos da América Latina.

Fonte: Portal Portuario
Puerto de Montevideo moviliza 1.115.000 TEU en 2024 – PortalPortuario

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Agronegócio, Economia, Gestão, Industria, Informação

Novo patamar sanitário ajuda abertura de mercados para a carne brasileira

O setor de carnes está colocando todas as fichas nessa visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão

A abertura do mercado japonês para a carne bovina brasileira é a noiva da vez, nas palavras de um funcionário do Ministério da Agricultura. O setor de carnes está colocando todas as fichas nessa visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão para que esse processo, que se arrasta há 30 anos, seja finalizado.

Vai ocorrer, não necessariamente durante a visita, mas o processo está muito bem encaminhado. As barreiras sanitárias caíram, o Brasil subiu de patamar na qualidade das carnes e o mercado internacional é favorável ao país.

Essa avaliação é de Pedro de Camargo Neto que, após sete anos de idas e vindas para o Japão, conseguiu abrir o mercado do país para a carne suína brasileira. A mudança no quadro sanitário do Brasil que está para ser aprovada na Organização Mundial de Saúde Animal, com relação à febre aftosa, derruba uma barreira sanitária que, até então, dificultava as negociações, afirma ele.

O Brasil entrou com um pedido na organização para se tornar um país livre de febre aftosa sem vacinação. O resultado deverá sair em maio e ser favorável, uma vez que o comitê técnico e científico da organização não colocou restrições.

O novo quadro sanitário vai alterar as negociações do setor de carne bovina não só com o Japão, mas com todos os demais países, principalmente com a União Europeia, que impõe quarentenas atualmente.

Para o presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Roberto Perosa, todas as questões técnicas e sanitárias com o Japão já foram resolvidas. Falta agora uma posição política do governo japonês.

A abertura do mercado japonês é importante para o Brasil porque os japoneses são o terceiro maior importador de carne bovina do mundo, comprando 720 mil toneladas por ano. Pelo menos 80% dessa carne é fornecida pela Austrália e pelos Estados Unidos.

As informações de analistas indicam que não é só o Brasil que tem interesse no mercado japonês, mas que o Japão também está de olho no mercado brasileiro. O Brasil é o único país com quantidade, qualidade e preços competitivos.

Austrália e Estados Unidos têm carne diferenciada, mas o Brasil, dentro da hierarquia das carnes, tem o produto para uso industrial, culinário e gourmet. É o único país que pode, no curto prazo, colocar de 80 mil a 100 mil toneladas nas indústrias processadoras externas.

O mercado internacional de carnes passa por uma série de mudanças, a começar pelos Estados Unidos, líder mundial no setor até poucos anos. O rebanho americano está no seu patamar mais baixo desde os anos 1950, a capacidade de fornecimento externo do país diminuiu e os preços aumentaram.

Apesar de todos os atributos do Brasil, que tem produção recorde e seu produto está espalhado por quase todo o mundo, o país está fora de pelo menos 30% do mercado internacional que melhor remunera as carnes.

O Japão seria uma nova abertura de mercado para o Brasil na Ásia e facilitaria negociações com Vietnã e Coreia do Sul. Turquia e Taiwan também estão nessa lista de bons mercados. Com relação aos taiwaneses, o Brasil não põe tanto foco porque não quer mexer com os chineses, principal mercado comprador.

Essas negociações, porém, são demoradas, e cabe ao importador determinar regras e garantias. Os importadores exigem trocas, como vendas de produtos específicos para o país exportador. Muitas dessas exigências são difíceis de serem cumpridas. A Turquia está disposta a abrir uma cota para o Brasil, mas quer uma avaliação individual de cada animal, uma situação inexequível, segundo um exportador.

Alguns países, antes de abrir o mercado, avaliam as condições sanitárias de todo o território do exportador, e a liberação depende dessa avaliação global. Outros importadores avaliam apenas regiões, enquanto muitos fazem a habilitação por frigoríficos.

Cada país segue uma forma de habilitação. Pode ser por meio de uma pré-lista, em que o Ministério da Agricultura informa ao importador que o frigorífico está habilitado pela autoridade local para exportar.

Há também um processo de indicação, em que o ministério informa que o estabelecimento cumpre os requisitos sanitários. Já alguns países avaliam o mercado brasileiro enviando missões para verificação dos estabelecimentos aptos para exportar. Há casos em que não há listas, mas o exportador deve seguir os requisitos sanitários do importador.

No caso do Japão, ele já avaliava aprovar as importações dos estados livres de febre aftosa. Agora, com a possibilidade da classificação do Brasil como livre da doença sem vacinação, a aprovação teria de ser para todo o país. O Japão já importa carne suína e de aves do Brasil.

Há no setor de carnes quem entenda que, eliminadas as amarras sanitárias do país, como a febre aftosa, o Brasil deveria recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio) contra os países que ainda mantêm as portas fechadas.

No ano passado, o Brasil produziu 10,2 milhões de toneladas de carne bovina, um patamar recorde e 14% acima do de 2023, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As exportações somaram 2,89 milhões de toneladas, com aumento de 26%, e geraram receitas de US$ 12,87 bilhões.

FONTE: Jornal de Brasília
Novo patamar sanitário ajuda abertura de mercados para a carne brasileira | Jornal de Brasília

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TCU autoriza proposta do Ministério dos Transportes para impulsionar a infraestrutura no setor ferroviário

Na manhã desta quarta-feira (19), a admissibilidade do processo de solução consensual com a Vale S.A foi assinada pelo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, em reunião com o ministro Renan Filho e o secretário Nacional de Transporte Ferroviário da pasta, Leonardo Ribeiro.

O pedido de acordo havia sido feito pelo Ministério dos Transportes em janeiro de 2025. Também participaram da reunião o diretor-presidente da Infra S.A, Jorge Bastos, o presidente do Conselho de Administração da Vale, Daniel Stieler, e executivos da mineradora.

Esta etapa do processo representa um acordo que pode viabilizar as principais soluções logísticas da infraestrutura no setor ferroviário como, por exemplo, o corredor Fico – Fiol e o ramal Cariacica-Anchieta.

No entendimento preliminar firmado com o Governo Federal, a Vale se comprometeu a repassar R$ 17 bilhões à União, seja na forma de aportes ao caixa do Tesouro ou investimentos cruzados em outras ferrovias. Em meio às negociações iniciais, a Vale S.A. realizou, em dezembro de 2024, o pagamento de R$ 4 bilhões referentes à sua base de ativos.

A partir de agora, o Ministério dos Transportes, a Vale e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) terão 15 dias para indicar os representantes legais que vão participar das negociações dentro da Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso) do Tribunal. No prazo de 90 dias, esta Comissão deverá desenvolver uma solução consensual para revisar valores de outorga cobrados da mineradora na renovação antecipada das concessões das ferrovias Vitória-Minas (EFVM) e Carajás (EFC). Depois disso, é aberto o prazo de 15 dias para manifestação do Ministério Público junto ao TCU, e o ministro-relator tem 30 dias para levar a solução ao plenário.

Fonte: Informativo dos Portos
Informativo dos Portos

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Importações de Soja dos EUA Pela China Aumentam 84% nos Dois Primeiros Meses

As importações de soja dos Estados Unidos pela China aumentaram 84,1% nos dois primeiros meses de 2025 em comparação com o ano anterior, mas os preços competitivos e o impasse comercial com os EUA devem impulsionar as compras do Brasil nos próximos meses.

Maior compradora mundial de soja, a China trouxe 9,13 milhões de toneladas da oleaginosa dos EUA em janeiro-fevereiro, acima dos 4,96 milhões de toneladas em igual período de 2024.

“O aumento das importações de soja dos EUA deve-se principalmente ao efeito Trump, em que as preocupações com tarifas mais altas levaram a uma corrida às compras”, disse Rosa Wang, analista da JCI, agroconsultoria sediada em Xangai.

O atraso no plantio do Brasil também aumentou as expectativas de uma colheita tardia, levando à compra de mais soja dos EUA para preencher a lacuna, acrescentou Wang.

As importações do Brasil em janeiro-fevereiro caíram 48,4%, para 3,59 milhões de toneladas, de 6,96 milhões de toneladas em 2024.

As importações totais no período de janeiro a fevereiro subiram 4,4%, para 13,61 milhões de toneladas, mostraram dados alfandegários divulgados no início deste mês, com a chegada das cargas norte-americanas confirmadas antes da posse do presidente dos EUA, Donald Trump. Mas traders esperam uma queda em março.

No início deste mês, Pequim retaliou as novas tarifas dos EUA aumentando as taxas sobre US$ 21 bilhões em produtos agrícolas, incluindo a soja, alimentando as expectativas de que a China buscará aumentar os suprimentos brasileiros.

O Brasil, o maior exportador de soja do mundo, compete com os EUA nas vendas para mercados importantes como a China.

O país sul-americano está atualmente em meio a uma colheita abundante, e os carregamentos recebidos devem aumentar as importações da China no segundo trimestre para nível recorde.

A colheita de soja do Brasil para a temporada 2024/25 atingiu 70% da área plantada até a última quinta-feira, informou a consultoria de agronegócios AgRural na segunda-feira, representando o ritmo mais forte para esta época do ano em pelo menos 14 anos.

Fonte: Forbes Brasil
Importações de soja dos EUA pela China aumentam 84%

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Otimismo: exportações de calçados crescem 14,7% somente no primeiro bimestre de 2025

As exportações brasileiras de calçados registraram um aumento expressivo nos primeiros dois meses de 2025, totalizando 21 milhões de pares e uma receita de US$ 174,23 milhões, de acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

O volume de embarques cresceu 14,7% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto a receita gerada teve uma alta de 2,7%.

Em fevereiro, o desempenho também foi positivo, com 9,6 milhões de pares exportados e US$ 85,9 milhões em receitas, representando aumentos de 18,9% em volume e 8,9% em receita, quando comparado a fevereiro do ano passado.

Confira abaixo um histórico das exportações brasileiras de calçados. Os dados são do DataLiner:

Exportações Brasileras de Calçados | 2021 – 2025 | TEUs

Fonte: Datamar (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Haroldo Ferreira, presidente-executivo da Abicalçados, explica que o bom desempenho do setor é reflexo de uma base de comparação mais fraca, especialmente devido à queda nas exportações em 2024, mas também destaca o impacto do câmbio favorável.

Com o dólar mais alto em relação ao real, os exportadores têm conseguido preços mais vantajosos sem comprometer a rentabilidade. “O calçado exportado no bimestre foi 10,5% mais barato do que no mesmo período do ano passado”, afirmou Ferreira. O preço médio do par de calçado exportado foi de US$ 8,26.

Fonte: Jornal da Franca
Jornal da Franca – Otimismo: exportações de calçados crescem 14,7% somente no primeiro bimestre de 2025 – Jornal da Franca

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Falta apetite por integração comercial Mercosul-EUA, diz Lucas Ferraz

Coordenador do Centro de Estudos de Negócios Globais da FGV e ex-secretário do Comércio Exterior, questiona ausência de acordos de livre comércio entre países do Cone Sul com os Estados Unidos.

A integração comercial entre o Mercosul e os Estados Unidos tem sido tema de debate há décadas, mas parece haver falta de interesse mútuo, segundo análise do Coordenador do Centro de Estudos de Negócios Globais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Lucas Ferraz.

A análise foi durante participação no WW Especial, com William Waack, que debateu os impactos da diplomacia de Donald Trump na América Latina.

Ferraz, que foi secretário do Comércio Exterior do governo Jair Bolsonaro (PL), destaca que, diferentemente de outros países latino-americanos, os membros do Mercosul não possuem acordos de livre comércio com os Estados Unidos.

“Se a gente pegar os países da Aliança do Pacífico, e aqui eu me refiro a Chile, ao México, à Colômbia e ao próprio Peru, todos esses países têm acordos de livre comércio com os Estados Unidos”, observa.

Além dos países da Aliança do Pacífico, Ferraz menciona que nações da América Central também mantêm acordos de livre comércio com os EUA. Este cenário levanta questionamentos sobre as razões pelas quais o Mercosul não segue o mesmo caminho.

“A pergunta de um milhão de dólares é por que os países do Mercosul não têm acordos de livre comércio com os Estados Unidos? Existe alguma coisa especial contra esses países ou também será que existe talvez uma falta de apetite, de interesse também desses países por estreitarem os seus laços econômicos com os Estados Unidos?”, questiona.

Perspectiva histórica

Ferraz faz um resgate histórico, lembrando da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), uma iniciativa da década de 1990 que visava criar uma zona de livre comércio nas Américas. “O Brasil foi contra”, afirma, indicando uma postura histórica de resistência a uma maior integração econômica com os EUA.

Ao analisar a América Latina como um todo, o especialista nota que, com exceção dos países da Aliança do Pacífico, que ele descreve como “os países mais dinâmicos da região”, há uma tendência geral de baixo interesse em integração comercial, especialmente no Cone Sul.

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