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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Industria, Informação

Argentina reduz exportação de carne bovina em 2025, seguindo caminho contrário do Brasil, Austrália, Uruguai e Paraguai

Nos dois primeiros meses de 2025, os embarques de carne bovina da Argentina atingiram 96.805 toneladas, 26,1% abaixo da quantidade registrada no mesmo período de 2024, informa relatório da Bolsa de Comércio de Rosário (BCR).

Em receita, as exportações no acumulado de janeiro e fevereiro recuaram 3,8% em relação ao valor computado em igual intervalo de 2024, para US$ 474,5 milhões.

No entanto, diz a BCR, o que chama a atenção nesse comportamento não é tanto a magnitude da queda, mas a dissociação que ela apresenta em relação ao desempenho registrado pelos principais exportadores mundiais de carne bovina.

De fato, nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil — maior exportador mundial da commodity — registrou vendas ao exterior de 370,9 mil toneladas, 3% acima da quantidade obtida entre janeiro e fevereiro de 2024. Em receita, os embarques de carne bovina brasileira subiram 10,2% na comparação anual.

Da mesma forma, a Austrália — o segundo maior exportador global — registrou embarques de carne bovina de 198,5 toneladas durante o mesmo período, representando um aumento de 17,2% em comparação ao mesmo período de 2024.

Da mesma forma, tanto o Uruguai quanto o Paraguai registraram maiores volumes de exportação durante os dois primeiros meses do ano, na comparação com 2024, observa o estudo da BCR.

No caso do Uruguai, os embarques totais atingiram 65,8 mil toneladas do produto, 4,5% superior ao volume registrado no mesmo período em 2024. Em valores, as exportações subiram 20,6% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.

Por sua vez, o Paraguai registrou exportações de carne bovina de 62,6 mil toneladas no mesmo período, o que representa um aumento de 21,6% em relação às 51,5 mil toneladas computadas em 2024, uma exportação recorde para o país.

“Em suma, esses números refletem apenas a força da demanda internacional”, justificam os analistas da BCR, acrescentando que, neste ano, a balança global enfrenta uma oferta reduzida de carne, principalmente do Brasil, Estados Unidos e até da China, que juntos restringiram sua produção em mais de 600.000 toneladas.

Os Estados Unidos, que sempre foram considerados um dos principais fornecedores globais de carne bovina, atuarão como importadores líquidos pelo terceiro ano consecutivo, gerando significativa pressão de alta nos preços internacionais da carne, afirmam os analistas.

“Se tomarmos como indicador de referência o Índice de Preços da Carne Bovina elaborado pela FAO, vemos que em fevereiro/25 ele atingiu 131,9 pontos-base, marcando, assim, uma melhora de 10,7% em relação aos 119,1 pontos registrados em fevereiro/24, e apenas 3 pontos (2%) de distância das máximas registradas para este mesmo mês em 2022”, compara a BCR.

No futuro, o mercado internacional oferece um ambiente extremamente atraente para a carne bovina, acrescentam os analistas.

Nesse sentido, não são apenas os Estados Unidos que estão impulsionando o aumento dos preços, diz a BCR. “A Europa está oferecendo preços muito bons atualmente, com referências para Hilton já se aproximando de US$ 17.000 por tonelada”, observa a BCR.

O mesmo vale para Israel, um destino que apresenta uma demanda muito forte tanto em volume quanto em preço.

Até mesmo a China, diz a BCR, que exerceu forte pressão para reduzir os preços das importações durante boa parte do ano passado, começou a aliviar a pressão, mostrando uma melhora lenta, mas consistente, nos preços pagos pela carne bovina.

Segundo dados reportados pelo governo chinês, as 470 mil toneladas de carne bovina importadas nos dois primeiros meses do ano pelo pais foram registradas a um valor médio de quase US$ 5,2 mil por tonelada, o que já representa uma melhora de 9% em relação ao preço médio do ano anterior.

Nesse contexto, as perspectivas para as exportações de carne bovina continuam mostrando oportunidades, apesar das flutuações nos volumes embarcados, diz a BCR.

“Com a demanda global sustentada e os preços internacionais em alta, o desafio da Argentina será melhorar sua competitividade e aproveitar um mercado que continua dando sinais positivos”, dizem os analistas da BCR.

A evolução dos principais destinos e a capacidade de resposta do setor serão fundamentais para capitalizar esse cenário favorável nos próximos meses, acrescentam.

Fonte: Portal DBO
Argentina reduz exportação de carne bovina em 2025

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Comércio Exterior, Industria, Informação, Notícias

Produção Industrial de SC cresce 7,6% no acumulado do ano

Desempenho da indústria foi puxado pelos setores de Fabricação de produtos de metal e de máquinas e equipamentos; resultado supera média brasileira, que foi de 1,4%

A produção industrial de Santa Catarina avançou 7,6% no ano até fevereiro na comparação com o mesmo período do ano anterior. O desempenho da indústria catarinense ficou acima da média nacional, que apresentou alta de 1,4% no período, segundo dados do IBGE compilados pelo Observatório FIESC.

Na avaliação do presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, no entanto, o período turbulento no cenário internacional poderá afetar o desempenho futuro. “Vivemos um período de muita incerteza, especialmente para indústrias exportadoras. A resiliência do empresário catarinense e a diversificação da nossa indústria, aliados à competitividade do estado serão essenciais para manter o dinamismo da economia catarinense”, destaca.

Entre os setores que mais contribuíram para o desempenho estão a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, que cresceu 21,1%; a fabricação de máquinas e equipamentos, com alta de 20,2%; e a fabricação de produtos de minerais não metálicos, com incremento de 19,7%.

Considerando o resultado de fevereiro na comparação com o mês anterior, a produção industrial apresentou queda de 0,6% em SC, acima do recuo registrado na média brasileira, que foi de 0,1% no período.

FONTE: FIESC
Produção Industrial de SC cresce 7,6% no acumulado do ano | FIESC

 

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Comércio Exterior, Gestão, Industria, Informação, Logística, Notícias, Portos

Deputado Mauro Benevides Filho afirma que governo está empenhado em solucionar greve da categoria

O presidente do Sindifisco Nacional, Auditor-Fiscal Dão Real, o 1º vice-presidente, Auditor-Fiscal Samuel Rebechi, e o diretor de Assuntos Parlamentares, Auditor-Fiscal Floriano de Sá Neto, reuniram-se, na tarde desta terça-feira (8), com o deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), líder do PDT e vice-líder do governo na Câmara, para tratar da greve da categoria (assista ao vídeo acima).

Mauro Benevides Filho afirmou que tem como propósito a construção de uma solução para a greve e que os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Esther Dweck (MGI), o secretário-executivo da Fazenda, Dario Carnevalli Durigan, e o secretário da Receita, Robinson Barreirinhas, estão envolvidos neste processo, em reuniões permanentes. “Eu mesmo estou empenhado para que essa construção aconteça. Tenho a certeza que essa solução vai ser encontrada”, afirmou.

Dão Real aproveitou a oportunidade para agradecer o empenho do parlamentar em defender o pleito dos Auditores-Fiscais no âmbito do governo.

FONTE: Sindifisco Nacional
Deputado Mauro Benevides Filho afirma que governo está empenhado em solucionar greve da categoria – Sindifisco Nacional

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Gestão, Informação, Notícias, Tributação

Com tarifaço, suco de laranja pode pagar mais de R$ 1 bilhão para entrar nos EUA

A cadeia de suco de laranja também está preocupada com o tarifaço do presidente americano Donald Trump.

A ordem executiva de uma tarifa adicional de 10% sobre o suco pode representar R$ 100 milhões a mais de impostos pagos pelas exportadoras brasileiras. No geral, se levado em conta todos os tributos incidentes sobre a entrada da bebida, são US$ 200 milhões ou R$ 1,1 bilhão anuais, revela a CitrusBR, entidade que representa as exportadoras Cutrale, Citrosuco e Louis Dreyfus.

Os Estados Unidos respondem por 37% das exportações brasileiras do produto. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela CitrusBR, entre julho de 2024 e fevereiro de 2025, foram embarcadas 207,2 mil toneladas de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ 66 Brix), no valor de US$ 879,8 milhões em faturamento.

Com base no desempenho atual da safra 2024/25 e projetando-se uma exportação anualizada de 235,5 mil toneladas ao mercado americano, o impacto da nova tarifa pode atingir cerca de US$ 100 milhões por ano, ou R$ 585 milhões considerando o câmbio de R$ 5,85 por dólar.

Esse valor se soma aos tributos já incidentes, como a tarifa de US$ 415 por tonelada de FCOJ equivalente a 66 Brix. Segundo a CitrusBr, apenas em 2024, esse tributo representou US$ 85,9 milhões em pagamentos. Assim, somando-se as tarifas atuais e a nova medida, o total de impostos pode atingir cerca de US$ 200 milhões anuais, ou aproximadamente R$ 1,1 bilhão.

Apesar do cenário, a CitrusBr afirma que as que “empresas brasileiras seguem, de forma individual e com base em suas estratégias comerciais, abastecendo o mercado dos Estados Unidos com suco de laranja de alta qualidade”.

“O setor lamenta, no entanto, que a medida tenha sido adotada sem considerar o histórico de complementaridade entre a produção brasileira e a indústria da Flórida, além da relação de longo prazo com empresas engarrafadoras que atuam nos Estados Unidos.”

Fonte: Globo Rural
Com tarifaço, suco de laranja pode pagar mais de R$ 1 bilhão para entrar nos EUA

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Ex-chefe da OMC vê menos comércio e mais inflação com tarifas dos EUA

Roberto Azevêdo diz que correção de curso de Trump terá que vir de pressão doméstica

Roberto Azevêdo, o diplomata brasileiro aposentado que liderou a Organização Mundial do Comércio entre 2013 e 2020, acredita que Donald Trump pode eventualmente ser forçado a suavizar sua política tarifária – mas apenas sob pressão crescente do Congresso, dos tribunais e do setor privado dos EUA.

“Duvido que qualquer correção de curso venha espontaneamente da Casa Branca”, disse Azevêdo. Em sua opinião, a pressão por ajustes nas novas regras aumentará à medida que os consumidores começarem a sentir a picada do aumento dos preços das importações e a economia dos EUA desacelerar ou reverter. “Há uma expectativa crescente nos EUA de uma recessão iminente. O aumento da inflação é uma certeza matemática.”

O Sr. Azevêdo é atualmente o presidente global de operações da Ambipar, uma empresa brasileira de serviços ambientais. Ele concorda com muitos analistas que veem a nova política dos EUA como uma ruptura com a ordem internacional e diz que as disputas provocadas por essas tarifas inevitavelmente se espalharão para relações diplomáticas mais amplas. Abaixo estão os principais trechos da entrevista dada pelo Sr. Azevêdo de sua casa em Stamford, Connecticut:

ValorComo você caracterizaria as mudanças trazidas pelas tarifas impostas pelos EUA?

Roberto Azevêdo: Acho que estamos testemunhando um momento verdadeiramente histórico – e não uso esse termo levianamente. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, quando as instituições de Bretton Woods foram criadas – junto com as Nações Unidas – o sistema vem evoluindo. Estamos falando de 1947, quase 80 anos atrás. A ordem internacional – tanto política quanto econômica – desenvolveu-se por meio de instituições como a ONU, o Conselho de Segurança, a Organização Mundial da Saúde, a Organização Internacional do Trabalho, o FMI, o Banco Mundial e a OMC, que já foi GATT. O sistema que temos hoje não é o mesmo de 1947. Evoluiu por meio de negociações e adaptações, acompanhando as realidades políticas e econômicas.

O que estamos vendo agora não é evolução – é uma ruptura com a ordem que vem se desenvolvendo nas últimas oito décadas. Economicamente, isso é evidente nas tarifas que o presidente Trump está impondo, que violam as regras acordadas ao longo de décadas. Mas também é político: a retirada dos EUA da OMS, do Acordo Climático de Paris e seu questionamento de várias outras organizações e agências. É uma ruptura profunda e séria – e ainda não sabemos o que virá a seguir.

ValorAo causar tanta perturbação e insatisfação globalmente, os EUA estão se tornando um parceiro menos confiável?

Sr. Azevêdo: Dado o colapso contínuo de vários acordos – incluindo aqueles feitos durante o primeiro mandato de Trump – qualquer negociador que aceite uma oferta dos EUA pelo valor de face, sem considerar o contexto político e econômico mais amplo, está assumindo um sério risco. Aceitar cegamente o que é colocado na mesa neste ambiente é extremamente perigoso.

ValorA China e a UE já responderam às tarifas dos EUA. Que impacto esse amplo aumento nas tarifas pode ter na economia global?

Sr. Azevêdo: Historicamente, a última vez que vimos algo semelhante foi em 1930, quando os EUA aprovaram a Lei Tarifária Smoot-Hawley – sem dúvida o precedente mais próximo. Essa legislação aumentou as tarifas sob o pretexto de aumentar a receita tributária. O que se seguiu foi uma depressão comercial – distinta da depressão econômica mais ampla – que viu dois terços do comércio global desaparecerem em quatro anos. Não foi apenas o aumento das tarifas dos EUA, mas as retaliações que se seguiram.

ValorA animosidade provocada pelas tarifas pode afetar outros aspectos das relações diplomáticas? Ou essas disputas permanecem confinadas ao comércio?

Sr. Azevêdo: Raramente eles ficam confinados. Eu diria com alta probabilidade que essas tensões se espalharão para outras áreas da política internacional. Especialmente quando as tarifas são usadas para pressionar os países em questões não comerciais. Veja o Canadá e o México, onde os EUA usaram a influência comercial para pressionar por controles de fronteira mais fortes e fiscalização da migração. Até a Dinamarca foi pega pela Groenlândia. Então, sim, as tensões comerciais muito provavelmente afetarão outros aspectos das relações exteriores.

Geopoliticamente, isso já está acontecendo. Você vê a China se engajando em negociações de alto nível com aliados tradicionais dos EUA – Europa, Japão, Coreia do Sul. Rotas da cadeia de suprimentos, parcerias internacionais – tudo isso terá que ser repensado. A definição de um parceiro confiável está sendo reexaminada.

ValorCom os mercados financeiros reagindo negativamente, há uma chance de Trump ajustar sua política tarifária?

Sr. Azevêdo: Duvido que tal mudança venha voluntariamente da Casa Branca. Mas pode acontecer se o Congresso, os tribunais e, especialmente, o setor privado começarem a pressionar. A desaceleração do mercado não é acidental – é um reflexo da crescente preocupação com uma recessão iminente. O aumento da inflação é uma certeza matemática. A inflação é inevitável.

A única coisa que poderia detê-lo seria uma recessão severa que deprime a demanda o suficiente para impedir que os preços subam. Quem se beneficia das tarifas? Alguns setores nos EUA A ideia é trazer as fábricas de volta ao solo americano – mas isso não vai acontecer da noite para o dia. Pode levar cinco anos ou mais.

Alguns estados podem se beneficiar. Alguns milhares de pessoas podem conseguir emprego em fábricas recém-realocadas – mas apenas se essas mudanças forem viáveis. Muitas vezes, fatores logísticos e econômicos inviabilizam a realocação.

A verdadeira questão é que quaisquer benefícios serão isolados, enquanto os custos serão generalizados. A inflação afeta a todos, independentemente de tendências políticas ou econômicas. A recessão cortará empregos em todos os setores. Isso cria uma pressão política doméstica real e intensa. Não tenho certeza de quanto tempo essa política da Casa Branca pode durar sem ajustes. Como esses ajustes vêm – por meio de negociações ou de outra forma – eu não posso dizer. E duvido que alguém mais possa, também.

ValorSe essas tarifas persistirem ao longo do ano, qual será o impacto no comércio global e na economia em geral?

Sr. Azevêdo: Essa é outra certeza matemática. As tarifas, não importa onde sejam aplicadas ou a quem sejam direcionadas, levarão a dois resultados: um declínio no comércio global – já que a demanda cairá – e uma reconfiguração dos fluxos comerciais. As mercadorias bloqueadas em um mercado serão redirecionadas para outro lugar. Esses mercados, por sua vez, se moverão para se proteger. A UE já está se preparando para um aumento nos produtos chineses. Eles disseram o que todos estão pensando: produtos destinados aos EUA, China, Europa ou Índia agora precisarão encontrar novos destinos. Isso vai criar uma competição acirrada pelos mercados. E nada disso ajuda o crescimento econômico global.

ValorApesar das consequências negativas, alguns países ainda podem se beneficiar? Por exemplo, o Brasil, como grande exportador de commodities, poderia encontrar novas oportunidades?

Sr. Azevêdo: Sem dúvida. Vi vários meios de comunicação dos EUA hoje mencionando o Brasil como um potencial beneficiário de curto prazo se as exportações agrícolas dos EUA enfrentarem barreiras. Isso é totalmente plausível. No entanto, por outro lado, não há garantia de que as condições não mudem novamente. Esses são provavelmente ganhos específicos do setor de curto prazo. A duração do benefício é difícil de prever. No curto prazo, sim, alguns setores brasileiros podem aproveitar as oportunidades. Quais? Isso dependerá de como as negociações internacionais se desenrolam e se a retaliação comercial pode ser evitada.

ValorMalaysia is trying to coordinate a regional response among Southeast Asian countries. Do you foresee coordinated reactions to U.S. policy?

Sr. Azevêdo: É quase impensável que os países não se coordenem. Se eu fosse um negociador, estaria sondando outros governos. Como a coordenação acontece, quais são os resultados, se funciona – tudo isso é difícil de dizer. Mas pensar que cada país agirá sozinho ou apenas tentará fechar acordos bilaterais com Washington é uma abordagem tacanha.

ValorEssa coordenação aumentaria a pressão sobre os EUA?

Sr. Azevêdo: É difícil dizer. Pode ir de qualquer maneira. Os EUA podem reagir dobrando a aposta.

ValorPara o Brasil, a coordenação significaria trabalhar por meio do BRICS ou com outros países da América do Sul?

Sr. Azevêdo: Em uma situação como essa, o Brasil deve explorar todos os caminhos – envolver-se com os BRICS, conversar com os vizinhos sul-americanos e considerar quaisquer outras opções. A chave é seguir uma estratégia com a maior chance de sucesso.

FONTE: Valor Internacional
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Boletim Focus mantém projeções estáveis para PIB, inflação e juros em 2025

Expectativa para expansão da economia este ano é 1,97%.

As previsões do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos em 2025 – a expansão da economia e o índice de inflação – ficaram estáveis na edição desta segunda-feira (7) do Boletim Focus. A pesquisa realizada com economistas é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).

Para este ano, a expectativa para o crescimento da economia está em 1,97%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país – também foi mantida em 1,6%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2% para os dois anos.

Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021 quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,90 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,99.

Inflação

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – para 2025 foi mantida em 5,65% nesta edição do Boletim Focus. Para 2026, a projeção da inflação ficou em 4,5%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,78%, respectivamente.

A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Puxada pela alta da energia elétrica, em fevereiro a inflação oficial ficou em 1,31%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior resultado desde março de 2022 quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%). Em 12 meses, o IPCA soma 5,06%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o BC aumentar mais uma vez os juros em um ponto percentual na última reunião, em março, o quinto aumento seguido da Selic em um ciclo de contração na política monetária.

Em comunicado, o Copom informou que a economia brasileira está aquecida, apesar de sinais de moderação na expansão. Segundo o colegiado, a inflação cheia e os núcleos (medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia) continuam em alta. O órgão alertou que existe o risco de que a inflação de serviços permaneça alta e informou que continuará a monitorar a política econômica do governo.

Em relação às próximas reuniões, o Copom informou que elevará a Selic “em menor magnitude” na reunião de maio e não deixou pistas para o que acontecerá depois disso. Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em um ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de janeiro.

Até dezembro próximo, a estimativa do mercado financeiro é que a taxa básica suba para 15% ao ano. Para 2026, 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida para 12,5% ao ano, 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

FONTE: News Rondônia
Boletim Focus mantém projeções estáveis para PIB, inflação e juros em 2025 – News Rondônia

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China promete lutar ‘até o fim’ contra tarifas anunciadas por Trump nos EUA

Governo chinês afirmou, nesta terça-feira (8), que vai retaliar medida inaceitável do americano

A tensão entre China e Estados Unidos voltou a escalar nesta terça-feira (8), após o governo chinês prometer que lutará contra as tarifas americanas “até o fim”. A reação veio após o presidente Donald Trump ameaçar novas taxas sobre produtos chineses, intensificando o embate comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Mesmo com o impacto negativo nas Bolsas na segunda-feira (7), Trump não demonstrou intenção de rever sua política comercial agressiva. A queda global nos mercados refletiu o receio de uma possível recessão mundial provocada pela disputa tarifária.

Na semana passada, a China respondeu às tarifas impostas pelo Estado Unidos anunciando uma taxa de 34% sobre produtos americanos, com início marcado para a próxima quinta-feira (9). Pouco depois, Trump rebateu a medida ameaçando elevar as tarifas a um total de 104%.

“Tenho um grande respeito pela China, mas não podem fazer isso”, disse Trump na Casa Branca.

A postura americana foi criticada pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, que condenou as “pressões, ameaças e chantagens” dos Estados Unidos. Já o Ministério do Comércio chinês classificou a atitude como “um erro após o outro” e afirmou que as ameaças americanas “expõem, mais uma vez, a natureza chantagista dos Estados Unidos”.

“Os Estados Unidos insistem em seguir seu próprio caminho, a China lutará até o fim”, declarou o ministério. A nota acrescenta que o país asiático tomará “contramedidas” para proteger seus “direitos e interesses”, embora mantenha o apelo por “diálogo”.

Oscilações nos mercados

As Bolsas registraram uma recuperação nesta terça-feira (8), após uma segunda-feira de quedas nos mercados da Ásia, Europa e Estados Unidos.

Tóquio fechou em alta de mais de 6%, após ter caído 8%. Na Europa, os principais índices também abriram com valorização.

Especialistas apontam que a guerra comercial pode trazer efeitos negativos como inflação, aumento do desemprego e desaceleração do crescimento econômico global.

Trump argumenta que os Estados Unidos foram “saqueados” economicamente por outras nações ao longo dos anos. Por isso, na semana passada, anunciou uma tarifa geral de 10% sobre todos os produtos importados, além de taxas específicas para determinados países: 20% para membros da União Europeia e 46% para o Vietnã, que entra em vigor a partir de quarta-feira (9).

Diante da medida, os 27 países da União Européia tentaram articular uma resposta conjunta e propuseram uma isenção total e recíproca de tarifas para produtos industriais, incluindo automóveis.

“Não, não é suficiente”, rebateu Trump, criticando os europeus por não comprarem produtos industriais americanos em volume satisfatório.

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, declarou que as tarifas anunciadas em 2 de abril visam fortalecer a posição dos EUA nas negociações. Segundo ele, quase 70 países já entraram em contato com Washington, e o presidente Trump estará pronto para negociar quando houver garantias sobre a abertura dos mercados estrangeiros aos produtos americanos.

FONTE: Rádio Itatiaia
China promete lutar ‘até o fim’ contra tarifas anunciadas por Trump nos EUA – Rádio Itatiaia

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Mercados dos EUA afundam-se ainda mais após Europa oferecer abertura a tarifas “zero por zero”

A queda do mercado bolsista norte-americano agravou-se esta segunda-feira, com os compradores relutantes em intervir, apesar das especulações sobre possíveis acordos comerciais e dos sinais de que a Europa poderá estar pronta a aliviar as tensões, adotando um tom menos conflituoso.

Relatos não confirmados de que o conselheiro económico da Casa Branca, Kevin Hassett, tinha sugerido uma possível pausa de 90 dias nas novas tarifas ofereceram uma breve centelha de esperança, mas esse otimismo rapidamente se desvaneceu.

Às 15:30, hora de Lisboa, o S&P 500 tinha caído 1,3% para 5.010 pontos, o nível mais baixo desde o início de 2024, aumentando as perdas acumuladas do índice para quase 12% desde o anúncio das tarifas da semana passada – uma das suas quedas mais acentuadas na história do pós-guerra, rivalizando com a “segunda-feira negra” de outubro de 1987 e a crise financeira global de 2008.

Desde o seu pico em fevereiro, o índice de referência caiu 20%, marcando o início de um mercado técnico em baixa.

As perdas continuaram a ser generalizadas entre os índices dos EUA, com o Dow Jones a cair 2% e o Nasdaq 100, de alta tecnologia, a cair 1%.

As ações tecnológicas de grande capitalização permaneceram sob pressão. A Tesla caiu 5.5% no próprio dia e o seu valor caiu para metade desde os máximos de 2024. A Apple perdeu 3.5%, elevando o seu declínio total para 30% em relação aos níveis máximos.

Em contrapartida, os investidores procuraram refúgio em nomes defensivos e contra-cíclicos. A Dollar Tree ganhou 7%, enquanto a Brown-Forman Corp subiu 4,7% e a GE Vernova subiu 4,4%, à medida que os investidores se deslocavam para setores considerados mais resistentes durante as recessões económicas.

Trump defende tarifas em contexto de reações adversas

Na semana passada, Donald Trump anunciou uma nova vaga de tarifas aduaneiras abrangentes que visam uma vasta gama de produtos provenientes da China, da União Europeia e de outros grandes parceiros comerciais.

Na segunda-feira, Trump publicou uma mensagem na plataforma Truth Social, dizendo: “Países de todo o mundo têm vindo a falar connosco. Estão a ser definidos parâmetros duros, mas justos. Falei com o primeiro-ministro japonês esta manhã… A única forma de curar este problema é com TARIFAS, que estão agora a trazer dezenas de milhares de milhões de dólares para os EUA.”

Trump defendeu ainda a estratégia tarifária. “Os Estados Unidos têm a oportunidade de fazer algo que deveria ter sido feito DÉCADAS ATRÁS”, escreveu, enquanto criticava os desequilíbrios comerciais com a China, a UE e o Japão.

“Não sejam fracos! Não sejam estúpidos! Não sejam ‘PANICANOS'”, declarou Trump, cunhando um novo termo para aqueles que se opõem às suas políticas comerciais. Afirmou ainda que as tarifas já estavam a gerar “dezenas de milhares de milhões de dólares” para os EUA e chamou-lhes “uma coisa bonita de se ver”.

Os principais bancos de investimento mundiais reviram rapidamente as suas previsões económicas à luz dos acontecimentos.

O Goldman Sachs elevou para 45% a probabilidade de recessão nos EUA, citando os riscos de perturbação do comércio e o enfraquecimento da confiança das empresas. O JP Morgan foi mais longe, atribuindo uma probabilidade de 60% de recessão nos próximos doze meses.

Europa abre-se à redução das barreiras comerciais

O choque no mercado segue-se à declaração abrupta de Trump relativa à aplicação de tarifas abrangentes sobre bens estrangeiros – uma medida protecionista que atraiu o escrutínio global. Enquanto a administração permanece firme, sinais de um tom mais conciliatório surgiram da Europa.

O vice-presidente e responsável pela pasta do comércio da Comissão Europeia, Maroš Šefčovič, manifestou disponibilidade para negociar.

“Estamos prontos para discutir tarifas ‘zero por zero’, não apenas para os automóveis, mas também para outros produtos industriais”, destacou, acrescentando que 380 mil milhões de euros em exportações da UE para os EUA, equivalente a cerca de 70% do total das exportações do bloco, estão agora sujeitos a tarifas.

No entanto, criticou a falta de progressos nas conversações com Washington, afirmando que: “Apesar dos esforços da UE, não assistimos a um compromisso que conduza a uma solução mutuamente aceitável”. O comissário também não aceitou as críticas ao regime europeu do imposto sobre o valor acrescentado (IVA), sublinhando a sua importância fiscal para os Estados-membros. “O IVA é uma importante fonte de rendimento dos Estados-membros da UE e não vamos alterar o nosso sistema de IVA.”

“Os mercados estão a reagir à mais importante mudança de paradigma desde a 2.ª Guerra Mundial”, disse Šefčovič.

As ações europeias recuperaram apenas ligeiramente com estas notícias. O Euro STOXX 50 ficou 3,4% abaixo, superando quedas mais pesadas durante a sessão.

FONTE: Euronews
Mercados dos EUA afundam-se ainda mais após Europa oferecer abertura a tarifas “zero por zero” | Euronews

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Como fica o Brasil com as bolsas derretendo no mundo?

Escalada tarifária iniciada por Donald Trump provoca queda nos mercados, alta do dólar e incertezas sobre os rumos da economia global

Os mercados estão instáveis frente à guerra comercial iniciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na última semana, e as respostas de outros países, sobretudo a China, que já anunciou taxas recíprocas de 34%.

O Vix, popularmente conhecido como o “índice do medo” de Wall Street, ultrapassou 60 na manhã de segunda-feira, número mais alto desde agosto passado. Bolsas em todo o mundo abriram essa segunda-feira (7) estendendo o clima negativo visto ao fim da semana passada. Na Ásia, a bolsa de Tóquio chegou a acionar o circuit breaker, interrompendo momentaneamente as operações. O mesmo cenário de perda é visto na Europa e nos mercados dos Estados Unidos.

O Brasil também não passou ileso, com dólar voltando a ser negociado acima de R$ 5,90. A falta de clareza foi tema da fala do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, em evento da autarquia nesta manhã em São Paulo. “Hoje, o tema de incerteza e volatilidade está mais espalhado no mundo”, disse. A incerteza quanto aos próximos passos de Trump e das reações dos países causa a volatilidade dos ativos, explica o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Spinola. Com a economia globalmente interligada, o Brasil também é afetado.

“O Brasil vai ter algum efeito direto das exportações para os EUA. Porém, o maior efeito mesmo vai ser esse indireto, pois a gente não consegue escapar diante disso, principalmente com as empresas que operam nos Estados Unidos e também com as empresas que operam com os preços internacionais e com commodities”, afirma Spinola.

Entre as incertezas, o economista cita possíveis cortes dos juros nos EUA e possíveis efeitos na inflação. “Então, por isso, essa volatilidade tão grande, essa dúvida sobre o que será definitivo ou não. Isso diminui a intenção de comprar renda variável no mundo”, acrescenta. Na avaliação do estrategista-chefe e head de Research da XP, Fernando Ferreira, as incertezas do mercado mexem com as decisões das empresas de investir e gerar lucro e dos consumidores de irem às compras. Esse cenário pode colocar a economia global em recessão.

“Os mercados já estão reagindo fortemente a esse risco. Mais de US$ 10 trilhões evaporaram das Bolsas globais apenas nos últimos 3 dias”, disse em análise publicada na segunda. Segundo levantamento feito por Ferreira, dados históricos mostram que, durante recessões econômicas, o S&P 500 tende a cair entre 20% e 30% desde o pico, com algumas exceções que tiveram quedas maiores (entre -40% e -50% em 1973, 2000 e 2008). Ou seja, de acordo com a reação do mercado, uma recessão já estaria começando a ser precificada. Fernando Ferreira afirma que os investidores esperavam que o presidente Trump trouxesse medidas de redução de gastos e de impostos corporativos aos EUA e que as tarifas ficassem somente no campo da tática de negociação típica do republicano. 

“Não foi o que observamos até agora, pois o governo Trump optou por focar suas energias nas políticas de tarifas, que não são apenas retórica, enquanto as outras pautas parecem ter ficado para depois”, diz. Na manhã desta segunda, o presidente dos EUA afirmou que manterá a sua posição frente às tarifas impostas aos países estrangeiros. “Fomos tratados tão mal por outros países porque tivemos uma liderança estúpida que permitiu que isso acontecesse”, comentou Trump, que descartou um acordo com a China, a menos que o déficit comercial dos EUA com o país asiático diminua.

FONTE: CNN Brasil
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Porto Central e Praxys se unem para criar hub de contêineres na LATAM

O Porto Central,  complexo logístico portuário em construção no Brasil, e a Praxys, consultoria especializada em negócios e transações financeiras, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para dar origem a um dos maiores terminais de contêineres da América Latina.

A parceria objetiva viabilizar uma infraestrutura capaz de receber os maiores navios porta-contêineres do mundo, consolidando o terminal como um hub logístico estratégico para a região.

Atualmente, há uma escassez de portos de contêineres de águas profundas na Costa Leste da América do Sul. Com os navios ficando cada vez maiores, a necessidade de utilizar hubs portuários aumentará inevitavelmente.

Localizado no centro da Costa Leste Brasileira, na Região Sudeste do país, em Presidente Kennedy (ES), a cerca de 200 milhas náuticas ao norte do Rio de Janeiro (RJ), o terminal de contêineres contará com profundidade de acesso de 18m na primeira fase e 20m na segunda fase, um diferencial único na América do Sul. Essa característica permite a atracação de grandes navios porta-contêineres de capacidade de 21.000 até 24.000 TEUs, posicionando o porto como um ponto-chave para a consolidação e distribuição de cargas na costa leste sul-americana.

Na fase inicial, o terminal com 1.370 metros de cais terá capacidade para movimentar 2,5 milhões de TEUs a partir do ano 2030. Com as fases seguintes, o terminal atingirá uma capacidade total de 6 milhões de TEUs, fortalecendo a posição do Brasil no mercado global. Além disso, o complexo portuário estará conectado a uma futura malha ferroviária, promovendo integração entre Espírito Santo e Minas Gerais, e facilitando o acesso a grandes centros urbanos, como Belo Horizonte (MG).

O terminal de contêineres permitirá o uso de embarcações de grande porte de comércio de e para o Brasil, com ganhos significativos em economias de escala e maximização da entrada de cargas da Ásia e/ou da Europa, permitindo o transbordo para Argentina e Uruguai, solucionando gargalos logísticos e otimizando rotas marítimas.

A atuação da Praxys abrange também a gestão de marketing e negociações de contratos, capitalizando a experiência de Jesper Kjaedegaard, ex-executivo da Maersk Line, com mais de 40 anos no setor de contêiner, transporte marítimo, planejamento portuário e logística internacional.

“O novo terminal é exatamente a transformação que o Brasil precisa. Redefinirá o cenário dos serviços de contêineres na costa leste da América do Sul, atraindo mais rotas de navegação, aumentando a competitividade do país e trazendo benefícios substanciais para operadoras, exportadores e importadores e para a economia local”, afirma Kjaedegaar.

FONTE: DataMar News
Porto Central e Praxys se unem para criar hub de contêineres na LATAM – DatamarNews

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