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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Informação, Mercado Internacional, Negócios

França se mobiliza contra acordo UE-Mercosul

Líderes de todo o espectro político francês e do setor agropecuário se mobilizam com unanimidade contra a assinatura de um acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, em nome da defesa da agricultura e do meio ambiente.

A Comissão Europeia, órgão executivo da UE, parece decidida a assinar ainda neste ano um acordo de livre-comércio com o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia), contra a posição da França, que rejeita o acordo nos termos atualmente propostos, o que o premier Michel Barnier reiterou hoje, em Bruxelas.

“Recomendo que a posição de um país como a França não seja ignorada”, disse o primeiro-ministro francês, após se se reunir com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Mais de 600 parlamentares franceses, entre deputados, senadores e eurodeputados, escreveram ontem a Ursula para manifestar sua oposição ao tratado.

Para bloquear a decisão, a França precisa de pelo menos quatro dos 27 países da UE no Conselho, instância que reúne os governos do bloco. Alemanha e Espanha pressionam por um avanço no acordo, enquanto Polônia e Áustria expressaram oposição, segundo fontes diplomáticas em Bruxelas.

– Objetivo –
Menos de um ano após uma mobilização histórica dos agricultores na França, com bloqueios de estradas, os sindicatos do setor convocam novas manifestações.

Os agricultores, que seguem denunciando a burocracia e a renda baixa, estão furiosos com as colheitas ruins, as perdas relacionadas a doenças em animais e a perspectiva de assinatura do acordo com o Mercosul.

A principal aliança sindical agrícola, formada pela FNSEA e os Jovens Agricultores (JA), lançou hoje um chamado para uma mobilização nacional de agricultores a partir de 18 de novembro. Eles querem, sobretudo, “fazer a voz da França ser ouvida” durante o “G20 no Brasil”, em um momento em que, com sua oposição a este acordo, o país está relativamente isolado na cena europeia.

“A Europa não deve se tornar um escorredor e não pode importar produtos que não respeitam nenhuma de nossas normas”, declarou Arnaud Rousseau, presidente da FNSEA, à rádio France Inter, antes de uma coletiva de imprensa na qual detalhou as ações previstas. “Nosso objetivo não são as rodovias”, especificou, acrescentando que, tampouco, é “parar” ou “matar de fome” a França.

Os principais sindicatos rejeitam o acordo com o Mercosul, sob o argumento de que os franceses encontrariam em seus pratos mais produtos que dizem não querer: cultivados com pesticidas proibidos na UE e criados com antibióticos que promovem o crescimento.

Os demais sindicatos conduzem suas próprias ações, sem se alinhar totalmente à agenda da FNSEA/JA.

A Coordenação Rural, o segundo maior sindicato representativo, promete “uma revolta agrícola” a partir de 19 de novembro, com um “bloqueio do transporte de alimentos”. Já o sindicato minoritário Confederação Camponesa participou hoje de manifestações contra o Mercosul, em Bruxelas, Paris e no sul da França.

FONTE: Notícias UOL
França em pé de guerra contra o acordo UE-Mercosul

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Industria, Informação

Exportações mineiras têm maior crescimento do país e somam US$ 35,2 bilhões até outubro

Avanço nos embarques foi de US$ 1,8 bilhão no acumulado do ano em relação a igual período de 2023

Entre janeiro e outubro de 2024, as exportações mineiras somaram US$ 35,2 bilhões, com um aumento de 5,5% em comparação aos dez primeiros meses do ano passado. O saldo da balança comercial do estado fechou superavitário em US$ 21 bilhões, um avanço de 4% ante o mesmo período de 2023, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic).
No ano até agora, Minas Gerais foi o estado com o maior aumento em suas exportações em valores absolutos, com um crescimento de US$ 1,8 bilhão em relação ao mesmo período do ano anterior. Considerando todo o fluxo comercial, isto é, a soma das operações de importação e exportação, Minas Gerais contabilizou US$ 49,3 bilhões nos dez primeiros meses de 2024. Na comparação entre outubro de 2024 e igual mês do ano passado, o estado também melhorou o seu desempenho, sendo o segundo maior exportador do país, responsável por 12% dos embarques brasileiros, atrás apenas de São Paulo (21,9%).

O avanço crescente é respaldado pelo trabalho que vem sendo realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), ao estabelecer e consolidar parcerias para a promoção internacional de produtos mineiros em diversas embaixadas e consulados brasileiros no exterior. Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, em missão internacional, a visão de mercado do Governo de Minas é fundamental para fortalecer os negócios das empresas com outros países.

“Praticamente, hoje não há país no mundo que não tenha pelo menos um produto mineiro circulando em seu mercado, desde a indústria da transformação até a alimentícia. Isso acontece porque o Governo de Minas faz primeiro seu dever de casa, permitindo que o empreendedorismo cresça com liberdade aqui, e assim nossas empresas partem mais competitivas para outros mercados”, explica o secretário.

Principais destinos

Entre janeiro e outubro deste ano, as exportações mineiras alcançaram 190 mercados externos, em que os principais países compradores foram: China (38,6%), Estados Unidos (10,3%), Alemanha (3,7%), Argentina (3,5%) e Países Baixos (3,3%).
Além disso, no mesmo período, o estado aumentou seus envios para os parceiros estratégicos, em comparação com o mesmo período de 2023.
Nos dez primeiros meses de 2024, os principais produtos exportados foram: minério de ferro (30,9%), café (17,5%), soja (8,3%), açúcares (5,5%) e ferroligas (5,3%). Minas se manteve como o principal estado exportador de minério de ferro – produto que gerou US$ 10,8 bilhões para a economia mineira –, café (US$ 6,1 bilhões) e ferroligas (US$ 1,8 bilhão).

Importações

De janeiro até outubro, as compras internacionais mineiras somaram US$ 14,1 bilhões, um aumento de 7,8% em comparação com o mesmo período de 2023. Ao todo, Minas representa 6,4% das importações nacionais.

No acumulado do ano, o estado comprou produtos de 153 países. A China se mantém como principal parceira comercial, com participação de 26,2% nas importações mineiras, acompanhada dos Estados Unidos (11,8%), Argentina (9%), Alemanha (5,2%) e Itália (4,9%).

FONTE: Hoje em Dia
Exportações mineiras têm maior crescimento do país e somam US$ 35,2 bilhões até outubro

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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Exportação, Informação, Logística

Embarcar soja à China custa mais no Brasil

De acordo com levantamento da Anec, custo do frete para exportar a oleaginosa ao mercado chinês é maior do que na Argentina e nos EUA

O Brasil gasta muito mais para mandar soja à China do que Estados Unidos e Argentina, seus concorrentes. Segundo levantamento da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), com dados referentes a março deste ano, a soja de Sorriso (MT) chegaria à China com um custo de frete de US$ 124 a tonelada se o exportador usasse caminhões nos 2 mil quilômetros entre a cidade mato-grossense e o Porto de Santos.

Se a opção fosse por caminhão e trem, o frete custaria US$ 111 a tonelada. O exportador que conseguisse levar o grão por meio de barcaças e caminhão gastaria US$ 103 por tonelada com frete. Para efeito de comparação, com o mesmo modal, o envio de soja de Illinois, nos EUA, à China custaria US$ 75,50 em março deste ano.

Já os argentinos que usassem caminhão saindo de Córdoba, passando pelo porto de Rosário, teriam um custo de US$ 94 a tonelada. O transporte por meio de trem custaria US$ 79 a tonelada.

“Nos EUA, a distância percorrida pela produção até os portos é metade da brasileira. E lá a conservação de rodovias reduz consideravelmente o custo de manutenção dos veículos. A concentração de ferrovias e hidrovias é outra questão que reduz muito o custo do frete”, diz Sérgio Mendes, diretor-executivo da Anec.

Thiago Péra, coordenador da EsalqLog, acrescenta que apenas 16% das movimentações de carga agrícolas nos EUA ocorreram por caminhões no último ano, enquanto o transporte hidroviário foi o principal, com 53%, e o ferroviário ficou com 31%. No Brasil, a situação é oposta: 54% rodoviário, 33% ferroviário e 12% hidroviário.

Mendes afirma também que a Argentina tem como prioridade esmagar a soja antes de exportar, e a produção fica próxima das processadoras que, por sua vez, ficam em um raio de 250 Km dos portos.

Outro fator que influencia os custos é a sazonalidade, considerando o déficit de armazenagem no Brasil. “Isso gera mais demanda por frete rodoviário nos picos de colheita de soja e milho e eleva os preços dos fretes”, diz Mendes.

Nos EUA, a capacidade de armazenagem é de 131% da produção total de grãos, enquanto no Brasil, a Anec calcula que esteja em 60% do volume colhido a cada safra.

Em uníssono, os executivos e pesquisadores dizem que a competitividade do Brasil vai melhorar com a combinação de segurança jurídica para atrair capital privado para investir e programas de Estado mais robustos para infraestrutura. A burocracia para obtenção de licenças para construção de ferrovias e outras estradas também é reclamação geral.

FONTE: Globo Rural
Embarcar soja à China custa mais no Brasil

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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Exportação, Informação, Notícias

BRF lucra mais de R$1 bi no 3º tri e aprova R$946 mi em remuneração a acionistas

A companhia de alimentos BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, anunciou nesta quarta-feira, 13, lucro líquido de 1,1 bilhão de reais no terceiro trimestre, o melhor resultado na história da companhia para este período, com avanços operacionais em todos os mercados de atuação.

O resultados permitiram uma reversão do prejuízo de 262 milhões de reais registrado no mesmo período do ano passado, quando a empresa lidava com um excesso de oferta de carne de frango no mercado.
Com tais resultados, a BRF informou ainda que aprovou remuneração aos acionistas de 946 milhões de reais, na forma de juros sobre capital próprio (JCP), no primeiro pagamento do gênero desde 2016.

“Os números crescentes foram impulsionados pelas capturas em eficiência, ampliação dos destinos de exportação e pelo crescimento da participação de produtos processados nas vendas”, disse o CEO da BRF, Miguel Gularte.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou cerca de 3 bilhões de reais, enquanto a margem atingiu 19,1%, o melhor patamar para um terceiro trimestre. Em nove meses, a BRF registra o melhor ano da história em termos de Ebitda, que somou 7,7 bilhões de reais no período.

Na operação no Brasil, a companhia reportou Ebitda de 1,2 bilhão de reais no trimestre, com margem de 16,6%. Mas as vendas para o exterior também impulsionaram os ganhos, após habilitações para exportações a novos mercados.

A BRF já soma 1,2 bilhão de reais em faturamento decorrente de habilitações para novos destinos no exterior desde 2023, segundo a empresa.

A empresa ainda registrou crescimento de 12,4% de receita no trimestre em relação ao mesmo período de 2023, totalizando 15,5 bilhões de reais.

Já a geração de caixa livre, que atingiu 1,8 bilhão de reais, permitiu a redução da dívida líquida em 34% versus o mesmo período do ano passado, alcançando a menor alavancagem histórica (0,71 vez).

A dívida da BRF caiu para 6,8 bilhões de reais, o menor endividamento líquido desde 2015, segundo dados da companhia.

Com um desempenho mais robusto, a empresa ainda está atenta a “oportunidades que façam sentido” dentro de sua estratégia, que inclui produtos de valor agregado, afirmou Gularte.

FONTE: Isto é Dinheiro
BRF lucra mais de R$1 bi no 3º tri e aprova R$946 mi em remuneração a acionistas – ISTOÉ DINHEIRO

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Comércio Exterior, Economia, Gestão, Industria, Informação, Inovação, Investimento, Logística, Mercado Internacional, Notícias, Portos

Território Aduaneiro Impactos da reforma tributária: a nova Lei Geral Aduaneira e os regimes aduaneiros especiais

Nos quatro primeiros artigos desta série sobre os impactos da reforma tributária no direito aduaneiro, focou-se na análise do novo texto constitucional, veiculado pela Emenda Constitucional (EC) nº 132/2023, e do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 68/2024.

Contudo, a reforma tributária, no que tange à matéria aduaneira, não se arremata no nível da Constituição Federal e da futura lei complementar. Isso porque as alterações constantes do texto constitucional e as propostas do PLP demandam ajustes nas regras de controle e tributação aduaneiros.

Nesse sentido, além de alinhar nossa legislação aduaneira às melhores práticas internacionais e aos acordos internacionais firmados pelo Brasil, em especial a Convenção de Quioto Revisada (CQR) da OMA e o Acordo sobre a Facilitação do Comércio (AFC) da OMC, o Anteprojeto de Lei Geral Aduaneira também se presta a esse crucial papel de conformar as normas aduaneiras, notadamente no que concerne aos regimes aduaneiros especiais, à reforma tributária constitucional e aquela constante do PLP.

O Anteprojeto de Lei Geral Aduaneira já foi objeto de excelentes artigos publicados por colegas nesta coluna, que destacaram a sua importância no que concerne à modernização do comércio exterior brasileiro e ao fortalecimento do direito aduaneiro, com o escopo de facilitar as operações no comércio global.

O propósito do presente texto é outro: analisar a relação entre o Anteprojeto de Lei Geral Aduaneira e a reforma tributária e, nesse aspecto, verificamos que o ponto fulcral são os regimes aduaneiros especiais. Assim, vale destacar que este artigo foi dedicado, de forma singular, ao exame da reforma tributária tendo em conta a proposta da nova Lei Geral Aduaneira, e com especial atenção aos regimes aduaneiros especiais.

Importante lembrar que a menção ao direito aduaneiro introduzida pela EC nº 132/2023, que consta do artigo 156-A, § 5º, inciso VI, da Constituição, delega à lei complementar a responsabilidade de dispor sobre desoneração dos tributos (CBS e IBS) aplicáveis aos regimes aduaneiros especiais e às zonas de processamento de exportação. Foi com essa redação que o Direito Aduaneiro foi expressamente alçado ao nível constitucional.

O Projeto de Lei Complementar nº 68/2024

O PLP nº 68/2024 se incumbiu de dispor sobre os regimes aduaneiros especiais, dedicando seus arts. 88 a 97 a esse intento. Nesses dispositivos, tais regimes são tratados, conforme já observamos, como hipóteses de suspensão do pagamento dos tributos.

Spacca

No entanto, fazemos uma crítica a esse entendimento, argumentando que não existe, propriamente, a figura da “suspensão do pagamento” dos tributos. Além disso, a “suspensão do pagamento” implicaria, necessariamente, a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, o que nos parece incompatível com a natureza jurídica desses regimes, muitos deles estabelecidos por lei ordinária.

No PLP, são mantidos os benefícios de desoneração para os regimes de trânsito aduaneiro, depósitos (entreposto aduaneiro, depósito franco, depósito especial, depósito alfandegado certificado e Eizof), incluindo as lojas francas. Também se propõe a manutenção da desoneração para os regimes de permanência ou saída temporária (admissão temporária e exportação temporária). O PLP introduz a previsão de pagamento parcial no caso de utilização econômica (admissão temporária para utilização econômica), com cobrança por dia de utilização, em substituição à contagem mensal atualmente vigente, determinada por ato infralegal.

Além disso, o projeto mantém a “suspensão do pagamento” do IBS e da CBS nos regimes de aperfeiçoamento (drawback, Recof, Recom, admissão temporária para aperfeiçoamento ativo e  exportação temporária para aperfeiçoamento passivo). Da mesma forma, são preservados os benefícios fiscais voltados ao setor de petróleo e gás, com a manutenção do Repetro/Repex. O PLP também mantém o benefício fiscal para as zonas de processamento de exportação (regime aduaneiro aplicado em áreas especiais). Por fim, os benefícios fiscais do Reporto e do Reidi, destinados a obras de infraestrutura para incorporação ao ativo imobilizado, também são conservados.

É importante ressaltar que essas disposições do PLP se aplicam exclusivamente aos novos tributos, CBS e IBS. Assim, destaca-se a importante missão do Anteprojeto de Lei Geral Aduaneira: estender as regras do PLP aos tributos aduaneiros (imposto sobre a importação e imposto sobre a exportação), promovendo a harmonização dos regimes aduaneiros especiais atuais com as novas regras que deverão ser estabelecidas por lei complementar.

A Lei Geral Aduaneira

Nesse cenário, o Anteprojeto de Lei Geral Aduaneira trata minuciosamente dos regimes aduaneiros especiais. Um de seus três livros é inteiramente dedicado a esses regimes, com mais de 70 artigos, sendo mais de 50 deles especificamente voltados para os regimes aduaneiros especiais.

No Anteprojeto, regime aduaneiro especial está definido como tratamento aduaneiro diferenciado por prazo determinado, inclusive no que se refere aos tributos incidentes sobre o comércio exterior. Evidencia-se que a mercadoria não está sujeita ao pagamento de tributos federais incidentes sobre as operações de comércio exterior ou está sujeita ao pagamento parcial, e que, cumpridos os requisitos e condições estabelecidos para o regime, a sua extinção ocorrerá sem o pagamento dos tributos federais que incidiriam sobre a operação de comércio exterior.

Dessarte, se comparado ao PLP, que simplesmente identifica os regimes aduaneiros especiais como casos de “suspensão do pagamento dos tributos”, o anteprojeto significa uma evolução, pois considera na definição desses institutos o aspecto da desoneração tributária, do controle aduaneiro e das condições inerentes a cada um dos regimes, sem utilizar a problemática expressão “suspensão do pagamento”.

Encontramos também no anteprojeto a classificação e enumeração dos regimes aduaneiros especiais, em consonância com as disposições do PLP, vejamos:

  • Trânsito Aduaneiro;
  • Regimes de permanência temporária: admissão temporária; e exportação temporária;
  • Regime de Depósito Aduaneiro: entreposto aduaneiro, na importação e na exportação; depósito especial, depósito afiançado; depósito franco; depósito alfandegado certificado; loja franca; e
  • Entreposto internacional da Zona Franca de Manaus (Eizof).
  • Regimes de aperfeiçoamento: drawback suspensão; regime de entreposto industrial sob controle aduaneiro informatizado (Recof); admissão temporária para aperfeiçoamento ativo; exportação temporária para aperfeiçoamento passivo; e Repetro.

Ademais, no anteprojeto, o Reporto deixou de ser tratado como regime aduaneiro especial; o Recom não foi regulado, e, portanto, foi removido do ordenamento jurídico; ao passo que o Repex passou a ser classificado como uma forma de admissão temporária. De igual modo, devemos ficar somente com a modalidade drawback suspensão como regime aduaneiro especial, e os bens sujeitos a este regime deixarão de ter despacho para consumo, passando a sofrer despacho para admissão no regime, da mesma forma que já ocorre com os demais regimes aduaneiros especiais.

Um ponto importante é que o projeto de lei aduaneira propõe a revogação do artigo 93 do Decreto-Lei nº 37/66, dispositivo que permite a criação de novos regimes aduaneiros especiais pelo regulamento (decreto). Essa previsão é realmente um fóssil, autorizando que regimes aduaneiros especiais, tidos como hipóteses de “suspensão do pagamento ou da exigibilidade de tributos”, fossem criados por ato infralegal.

Considerações finais

Com essas reflexões sobre a reforma tributária considerando o anteprojeto de Lei Geral Aduaneira, podemos afirmar que, apesar de esperarmos depender menos no futuro dos regimes aduaneiros especiais para desoneração das exportações e incremento do comércio exterior brasileiro, esses regimes seguem muito importantes nesse contexto e, para que a reforma tributária atenda seus propósitos fundamentais, faz-se necessário que venha no seu bojo a nova Lei Geral Aduaneira, estendendo para a seara aduaneira as relevantes regras do PLP.

é presidente da 3ª Seção do Carf, auditora fiscal da Receita Federal, professora, pesquisadora e coordenadora adjunta do Programa de Mestrado em Políticas Públicas e Governo da FGV-EPPG, membro da Academia Internacional de Direito Aduaneiro, doutora em Direito Tributário pela PUC-SP, mestre em Direito e especialista em Tributação Internacional pela Universidade Harvard e agraciada com o Prêmio Landon H. Gammon Fellow por Harvard.

FONTE: CONSULTOR JURÍDICO
A nova Lei Geral Aduaneira e os regimes aduaneiros especiais

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Processos Antidumping. Rodas de aço da China

Por meio da Resolução 1178/2024, o Ministério da Economia abriu uma revisão de caducidade devido à expiração do prazo das medidas antidumping sobre as exportações da China para a Argentina de “Rodas de aço, de diâmetro nominal igual ou superior a 444,5 mm (17,5″), mas não superior a 622,33 mm (24,5″) e de largura nominal igual ou superior a 152,4 mm (6″), do tipo utilizado em autocarros, camiões, reboques e semi-reboques.”.

A Resolução 1444/2019 do antigo Ministério da Produção e Trabalho estabeleceu um direito antidumping de 41,78% por um prazo de cinco anos para as exportações para a Argentina do produto relevante.
As mercadorias em causa são classificadas nos Códigos da Pauta Aduaneira do Mercosul (NCM) 8708.70.90 e 8716.90.90.Foi a empresa DISTRIBUIDORA COMERSUR SA que solicitou a abertura da revisão do pôr do sol.

Até agora, as autoridades determinaram uma margem de recorrência de dumping de 29,59%, considerando as exportações para o Peru como um terceiro mercado.

A Resolução estabeleceu que a revisão da caducidade será realizada sem a aplicação de medidas antidumping.

FONTE: Marval
Processos Antidumping. Rodas de aço da China

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Elon Musk foi um dos apoiadores mais proeminentes dos republicanos neste ciclo eleitoral

Elon Musk foi um dos apoiadores mais proeminentes dos republicanos neste ciclo eleitoral, destinando mais de US$ 130 milhões em apoio financeiro e uma comunicação intensa em sua rede social. As ações da Tesla se aproximam de seu nível mais alto em 2024.

As ações da Tesla estão a caminho de alcançar o nível mais alto do ano, chegando a US$ 289,99 nas negociações de pre-market. Em contraste, as ações da BMW AG lideraram uma queda entre as montadoras alemãs, caindo até 6,7% após resultados trimestrais decepcionantes e preocupações com as ameaças de Trump de aumentar tarifas sobre carros importados. As ações da Volkswagen AG, Mercedes-Benz Group AG e Porsche AG também recuaram. “O maior benefício de uma vitória de Trump seria para a Tesla e Musk,” escreveu o analista da Wedbush Securities, Daniel Ives, em relatório a clientes. Segundo ele, a Tesla teria uma vantagem competitiva sobre outros fabricantes caso os EUA reduzam os incentivos fiscais para veículos elétricos.

Musk, um dos mais notáveis e influentes apoiadores do Partido Republicano neste ciclo eleitoral, contribuiu com mais de US$ 130 milhões para comitês de ação política pró-Trump e esteve constantemente presente nas redes sociais, principalmente no X (antigo Twitter), promovendo a candidatura do ex-presidente. Apesar de Trump ter feito críticas aos veículos elétricos durante sua campanha, ele moderou seu tom após o apoio de Musk, e no evento de apuração da eleição em West Palm Beach, na Flórida, Trump fez questão de dedicar um tempo considerável a Musk, exaltando seus feitos e sua importância para os Estados Unidos. “Deixem-me dizer, temos uma nova estrela, uma estrela nasceu: Elon”, disse Trump, que continuou seu discurso por quase quatro minutos, elogiando Musk e suas empresas, especialmente a SpaceX. “Ele é um cara especial, um super gênio”, afirmou Trump, destacando a importância do empresário para a inovação tecnológica.

Na teleconferência de resultados trimestrais da Tesla no mês de outubro, Musk defendeu um processo federal de aprovação para veículos autônomos e afirmou que tentaria implementar isso se fosse convidado para um cargo no governo de Trump. Sob as regulamentações atuais, fabricantes precisam de autorização da Administração Nacional de Segurança no Trânsito Rodoviário dos EUA (NHTSA) antes de colocar veículos na estrada que não tenham volante ou outros controles exigidos pelas normas de segurança automotiva. Caso a Tesla consiga essa isenção, ela poderia colocar alguns milhares desses carros nas ruas por ano. “A aceleração da autonomia estará no foco dos investidores,” escreveu Ives, da Wedbush, especulando que a Tesla poderá avançar com seus planos de colocar muitos veículos autônomos em circulação.

De fato, várias disposições relacionadas a veículos elétricos podem agora ser alvos de revogação. É provável que os requisitos de economia de combustível e emissões também sejam reescritos, como ocorreu durante o primeiro mandato de Trump, o que poderia limitar a receita que a Tesla gera com a venda de créditos regulatórios para fabricantes que lutam para cumprir as regras mais rígidas de Biden. Musk minimizou a ameaça de qualquer recuo nos incentivos governamentais para veículos elétricos, ao mesmo tempo em que enfatizou o potencial da empresas de se beneficiarem da desregulamentação.

Fontes: infomoney.com.br; boomberglinea.com.br; cnnbrasil.com.br; economia.ig.com.br.

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Nova lei cria feriados nos dias 18 e 19; saiba o que muda

Em novembro de 2024, o Rio de Janeiro estará sob os holofotes mundiais ao receber a Cúpula do G20, um encontro que reúne os líderes das principais economias globais.

Para acomodar a magnitude do evento, a cidade instituiu dois dias de feriado, 18 e 19 de novembro, o que altera consideravelmente a rotina usual da população local. Essa decisão não apenas resolve questões logísticas, mas também traz implicações econômicas e de funcionamento urbano.

A implementação dos feriados é uma medida que visa não apenas a facilitar o trânsito dos participantes e delegações pela cidade, mas também a envolver os moradores do Rio de Janeiro em um momento de destaque internacional. No entanto, esta mudança exige adaptação tanto das empresas quanto dos serviços públicos.

Desafios e Ajustes nos Setores Locais

O impacto do feriado é sentido diferenciadamente entre os diversos setores econômicos da cidade. As áreas de turismo e lazer, por exemplo, poderão observar um aumento significativo na demanda por serviços devido ao fluxo de visitantes, representando uma oportunidade para o crescimento econômico. Restaurantes, hotéis e pontos turísticos devem se preparar para um aumento no volume de atividades, ajustando suas operações para maximizar a satisfação dos visitantes.

Por outro lado, serviços essenciais como transporte público e segurança enfrentam o desafio de manter a continuidade e eficiência durante o evento. Para isso, é necessário o planejamento de escalas de trabalho diferenciadas, garantindo que as operações fundamentais da cidade não sejam interrompidas.

A Cúpula do G20 e a Projeção Internacional do Rio

A realização da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro traz grandes benefícios para a cidade, colocando-a em destaque no cenário internacional. O evento não só atrai novos investidores e turistas, como também melhora a infraestrutura local, gerando impactos duradouros para a população. Confira abaixo os principais pontos positivos dessa importante ocasião:

  1. Cúpula do G20 no Rio de Janeiro: O evento coloca a cidade em evidência global, criando novas oportunidades para negócios e turismo.
  2. Benefícios para a infraestrutura e logística: Melhorias na mobilidade urbana e segurança terão um impacto duradouro, beneficiando moradores e visitantes.
  3. Exposição da diversidade cultural: A Cúpula é uma plataforma para destacar a rica cultura carioca, mostrando o que o Rio tem de melhor para o mundo.

Esses aspectos fazem da Cúpula do G20 um marco importante para o Rio de Janeiro, com potencial para gerar mudanças positivas a longo prazo.

Preparações para o Futuro: Aprendizado e Adaptação

As lições aprendidas com a organização da Cúpula do G20 fornecerão uma base sólida para futuros eventos internacionais que o Rio de Janeiro possa sediar. A experiência adquirida permite à cidade aprimorar sua preparação e resposta a desafios logísticos e de organização, consolidando sua reputação como um local confiável para eventos de grande porte.

Além disso, as estratégias desenvolvidas durante a cúpula podem ser aproveitadas para melhorar a capacidade de resposta da cidade em situações de alta demanda e movimento, contribuindo para um planejamento urbano e econômico mais eficaz no longo prazo.

Considerações sobre o Calendário de Eventos

A introdução do feriado em 2024 para a Cúpula do G20 sugere a necessidade de refletir sobre a incorporação de futuras datas comemorativas e eventos no calendário oficial da cidade. A antecipação no planejamento de eventos, como o Carnaval e outras festividades, pode garantir que a cidade se prepare adequadamente para receber tanto os cariocas quanto os turistas, proporcionando uma experiência harmoniosa para todos.

FONTE: Terra Brasil Notícia
Nova lei cria feriados nos dias 18 e 19; saiba o que muda – Terra Brasil Notícias

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POLÍTICA INTERNACIONAL – XIJINPING FARÁ VISITA AO PERU E AO BRASIL PARA ENCONTROS DA APEC E G20

O presidente chinês, Xi Jinping, viajará ao Peru e ao Brasil na próxima semana para participar da Reunião de Líderes Econômicos da Apec, em Lima, e da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro.

Anunciou o governo de Pequim nesta sexta-feira (08/11), conforme a AFP. Xi estará no Peru de 13 a 17 de novembro e no Brasil de 17 a 21, segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying.

A China, principal parceiro comercial do Brasil, movimentou mais de US$ 180 bilhões em comércio bilateral em 2023. Desde que reassumiu a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva busca fortalecer laços com a China e os EUA, mantendo uma postura de mediação no conflito ucraniano. Uma visita de Geraldo Alckmin à China neste ano indicou interesse do Brasil na Iniciativa do Cinturão e Rota, que já conta com adesão de vários países sul-americanos, incluindo o Peru.

FONTE: China em 1 minuto/instagram
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Brasil terá primeiro parque de diversões construído sobre um píer no mar

O Porto Park teve autorização de construção da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)

O Brasil ganhará, em breve, mais um parque de diversões. Porém, agora, não se trata de um parque comum, mas sim um construído em cima de um píer, no mar, assim como já existe nos Estados Unidos.

O Porto Park teve autorização de construção da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e, agora, o contrato de adesão com o Ministério dos Portos foi assinado. O empreendimento ficará em Balneário Piçarras, Santa Catarina, mais precisamente na Barra Sul do rio, e contará com investimento de R$ 200 milhões.

No dia 14 de dezembro, aniversário da cidade, haverá uma cerimônia no local para a instalação da placa de “Terminal Autorizado”, marcando a liberação para o início das obras. O projeto é focado em um píer turístico com um parque de diversões suspenso em uma plataforma às margens do rio Piçarras (na foz). No local haverão lojas, praça gastronômica e o terminal para o embarque e desembarque de cerca de 38 mil passageiros por ano.

O parque de diversões contará com roda-gigante, carrinho de bate-bate, torre de queda livre, carrossel, um balanço mecânico, uma atração de terror/horror e, talvez, uma montanha-russa de médio porte (essa ainda sendo estudada), além de outras atrações ainda não divulgadas.

Se tudo correr bem as obras devem começar entre janeiro ou fevereiro de 2025 e terão duração de 12 meses (um ano).

FONTE: Diário do Litoral
Brasil terá primeiro parque de diversões construído sobre um píer no mar; conheça – Diário do Litoral

 

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