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Dólar cai e fecha a R$ 5,78, mesmo após nova ameaça tarifária de Trump; Ibovespa sobe

A moeda norte-americana recuou 0,13%, cotada a R$ 5,7854. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,76%, aos 125.572 pontos.

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (10), cotado a R$ 5,78. Esse movimento foi impulsionado pela valorização das commodities no mercado internacional, apesar da nova ameaça tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No último domingo (9), o republicano afirmou que anunciaria novas taxas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio no país. Atualmente, cerca de 25% do aço e 50% do alumínio usados nos EUA são importados. Entre os principais fornecedores está o Brasil.

Especialistas acreditam que essa tarifação pode impactar a economia de todos os principais exportadores, incluindo Brasil, Canadá, México, China, Rússia e União Europeia.

A medida também traz preocupações com a inflação nos EUA. Isso porque, se os produtos que chegam à maior economia do mundo ficam mais caros com as taxações, todo o custo de produção também aumenta, elevando os preços para os consumidores e impactando a inflação.

Preços mais altos podem pressionar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a manter suas taxas de juros altas por mais tempo, ou até promover novos aumentos.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou o dia em alta. Dólar acumula alta de quase 28% em 2024.

Dólar

O dólar fechou em queda de 0,13%, cotado a R$ 5,7854. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,7632.
Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,13% na semana;
  • recuo de 0,89% no mês; e
  • perdas de 6,38% no ano.

Na última sexta-feira (7), a moeda americana teve alta de 0,51%, cotada a R$ 5,7930.

Ibovespa

O Ibovespa fechou em alta de 0,76%, aos 125.572 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,76% na semana;
  • queda 0,45% no mês;
  • ganho de 4,40% no ano.

Na sexta, o índice teve baixa de 1,27%, aos 124.619 pontos.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

O que está mexendo com os mercados?

A alta nos preços do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional amenizaram a força do dólar nesta segunda-feira (10), mesmo que ainda restem dúvidas sobre a nova ameaça tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump.

No domingo (9), em entrevista a jornalistas antes de assistir ao Super Bowl 2025, Trump afirmou que “qualquer aço que entrar nos EUA terá uma tarifa de 25%”. Segundo o presidente norte-americano, o anúncio oficial será realizado ainda nesta segunda-feira.

Trump também não deu mais detalhes sobre quais países sofreriam o aumento tarifário. Diante das incertezas, autoridades de vários países que exportam esses produtos para os EUA começaram a reagir.

Na Coreia do Sul, o Ministério da Indústria convocou siderúrgicas para discutir como minimizar os impactos das tarifas para as empresas. Já na Europa, a Comissão Europeia afirmou “não ver justificativa” para a tarifação e assegurou que vai reagir.

O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, afirmou que a Europa “pode e deve reagir unida e decisivamente contra as restrições tarifárias unilaterais” e destacou que a região “está preparada para isso”.

No Brasil, a postura do governo foi mais cautelosa diante das ameaças do presidente dos EUA. Tanto o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, quanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestaram a necessidade de diálogo em relação às possíveis tarifas.

Segundo o blog da Ana Flor, o anúncio não pegou o governo de surpresa e, por enquanto, a orientação é não responder imediatamente com a regra da reciprocidade, mas primeiro analisar o impacto.

Além de afetar as empresas exportadoras de aço e alumínio, que podem ter uma queda nas vendas, há preocupação no mercado sobre a pressão inflacionária que a implementação dessas tarifas causaria na maior economia do mundo, o que pode atrasar a redução dos juros no país.

Dirigentes do Fed afirmaram que a instituição não tem pressa em reduzir os juros e que observará atentamente os desdobramentos do cenário político e econômico. Atualmente, os juros americanos estão entre 4,25% e 4,50% ao ano, com o objetivo de reduzir a inflação anual, que está em 2,9%, para a meta de 2%.

Juros elevados também aumentam o rendimento dos títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, o que tende a provocar uma migração de capital estrangeiro para o país e pode fortalecer o dólar em relação a outras moedas.

Agenda de indicadores

Na agenda de indicadores, o Departamento do Comércio dos EUA deve divulgar os novos dados de inflação referentes a janeiro na próxima quarta-feira (12). Ao longo da semana, o presidente do Fed, Jerome Powell, deve discursar e fornecer novas pistas sobre a condução dos juros no país.

No cenário doméstico, o destaque da semana também será a inflação oficial, que será divulgada na terça-feira (11).

Nesta segunda-feira, o Banco Central do Brasil (BC) divulgou mais uma edição do boletim Focus, relatório que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.

As projeções para a inflação brasileira subiram pela 17ª consecutiva. Agora, os economistas preveem que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano a 5,58% em 2025, bastante acima da meta.

A meta de inflação é de 3% e será considerada formalmente cumprida se ficar em um intervalo entre 1,50% e 4,50%.

FONTE: G1
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Mercado prevê inflação ainda mais alta em 2025 e 2026

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 10, pelo Banco Central, indica uma deterioração da economia neste ano e no próximo, os dois últimos do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Os analistas de mercado que participam do boletim estimam, pela 17ª semana seguida, uma alta da inflação.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2025 em 5,58%, ante a projeção e 5,51% na semana passada. Para o ano que vem, a projeção é de inflação a 4,3%, ante 4,28% na semana anterior.

Já para o crescimento da economia, a projeção é de queda, o que corrobora as análises do mercado de que o Brasil, no governo Lula, pode passar por uma recessão técnica.

O Boletim Focus estima que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 2,03% em 2025, resultado inferior ao da semana passada, de 2,06%. Para 2026, a projeção agora é de 1,7%, ante 1,72% na semana anterior.

Câmbio e Selic permanecem estáveis, diz mercado
O Boletim Focus não traz alterações na projeção da taxa oficial de juros, a Selic, e na cotação do dólar.Para 2025 e 2026, a projeção é de que o dólar termine os períodos cotado a R$ 6. Já a Selic, deve terminar 2025 em 15% e 2026 em 12,5%.

Divulgado toda segunda-feira, o Boletim Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação.

O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.

Fonte: Exame
https://exame.com/economia/boletim-focus-ipca-alta-hoje-10-02/

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Análise: novas medidas de Trump são preocupantes para o Brasil

Confira a avaliação do economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt, sobre o anúncio, pelo governo dos EUA, de tarifas de importação de 25% sobre aço e alumínio

Florianópolis, 10.02.25 – Donald Trump anunciou ontem tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio, além de prometer reciprocidade tarifária. É um dos piores cenários para o Brasil, que perderia triplamente:

  1. O Brasil é grande exportador de aço, perdendo apenas para o Canadá em volume, mas o Canadá está com tarifas suspensas;
  2. O Brasil aplica uma das maiores tarifas médias de importação aos EUA. Dessa forma, as tarifas de importação dos EUA cresceriam mais para muitos produtos brasileiros do que para vários de seus concorrentes e
  3. Tarifas mais altas nos EUA levarão ao temor de maior inflação por lá. A consequência é a expectativa de juros mais altos nos EUA e fuga de dólares para lá.

Contudo, Trump ainda não informou quais países serão objetos das novas tarifas. Se o Brasil não entrar, nossa condição de observador da guerra tarifária nos colocaria em posição de identificar oportunidades abertas pela perda de competitividade dos países tarifados. Enfim, semana de Trumplência à vista!

Pablo Bittencourt, economista-chefe da FIESC

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

Fonte: Fiesc
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/analise-novas-medidas-de-trump-sao-preocupantes-para-o-brasil

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Brasil é 2º fornecedor de aço e ferro aos EUA; fatia nunca foi tão grande

Aumento do imposto anunciado por Donald Trump ocorrerá no melhor momento da história para a indústria siderúrgica brasileira no mercado americano

Brasil nunca teve uma participação de mercado tão grande no disputado mercado de aço e ferro nos Estados Unidos. Em 2024, americanos compraram US$ 4,677 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões) em produtos brasileiros do conjunto de “Aço e Ferro”. Com o valor, o Brasil foi o segundo maior fornecedor aos EUA.

Dados da Administração de Comércio Internacional do governo americano mostram que o aumento do imposto anunciado por Donald Trump ocorrerá no melhor momento da história para a indústria siderúrgica brasileira nos EUA.

Em 2024, o Brasil foi o vendedor de 14,9% de todo o grupo que inclui aço e ferro como matéria-prima. Nunca o Brasil teve uma participação tão grande naquele mercado.

No chamado “código 72” do sistema harmonizado de mercadorias estão os produtos semimanufaturados de ferro ou aço, além do ferro fundido bruto. Esses itens respondem por boa parte das exportações siderúrgicas aos EUA.
O Brasil ficou atrás apenas do Canadá, que respondeu por 24,2% daquele mercado. Depois do Brasil, estão México (10,1%), Coreia do Sul (5,9%) e Alemanha (4,6%).

O Brasil é relevante para os EUA como fornecedor de aço e ferro – com cerca de um quinto do mercado, mas os americanos são ainda mais importantes para os brasileiros.

Dados do Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, mostram que os EUA foram destino de 47,9% das exportações do grupo de aço e ferro em 2024. Nenhum outro cliente é tão essencial para as siderúrgicas brasileiras como os americanos.

O segundo maior comprador do Brasil é a China, mas a fatia é bem menor: 10,7% dos embarques de aço e ferro.

Mercado de mais de US$ 100 bilhões

As medidas anunciadas por Trump em pleno fim de semana afetam importações anuais que superam os US$ 100 bilhões.

Em 2024, foram US$ 31,3 bilhões em importações de aço e ferro – segmento em que o Brasil é mais afetado, com US$ 4,677 bilhões.

Também foram registrados US$ 49,7 bilhões na compra de partes de aço e ferro. Nesse segmento, a participação do Brasil é mais tímida: 0,6% do total importado pelos EUA com US$ 306 milhões no ano passado.

As tarifas afetam ainda outros US$ 27,4 bilhões em partes de alumínio. Nesse segmento, o Brasil também tem posição mais modesta, com 1% das importações dos EUA ou US$ 272 milhões em 2024.

Fonte: CNN Brasil

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Guerra comercial entre China e EUA pode piorar? Entenda

Logo após entrar em vigor uma nova tarifa de 10% sobre todos os produtos chineses enviados aos EUA, a China respondeu com uma tarifa de 15% sobre alguns produtos americanos

Os primeiros golpes foram trocados entre os Estados Unidos e a China, no que pode equivaler a uma disputa comercial de curta duração, com consequências econômicas limitadas, ou ao início de mais uma longa e dolorosa guerra comercial que lembra o primeiro mandato do presidente Donald Trump.

Imediatamente após uma nova tarifa de 10% sobre todos os produtos chineses enviados para os EUA entrar em vigor na terça-feira (4), a China respondeu anunciando uma tarifa de 15% sobre alguns produtos que importa dos EUA: certos tipos de carvão e gás natural liquefeito e uma tarifa de 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas, carros de grande cilindrada e caminhonetes.

Essas tarifas devem entrar em vigor na segunda-feira (10).

O Ministério do Comércio da China também adicionou duas empresas americanas — a empresa de biotecnologia Illumina e a varejista de moda PVH Group, dona da Calvin Klein e da Tommy Hilfiger — à sua lista de entidades não confiáveis, dizendo que elas “violaram os princípios normais de negociação do mercado”.

A medida prejudica significativamente a capacidade das empresas de fazer negócios na China.

É possível que Trump e o presidente chinês Xi Jinping pelo menos concordem em adiar essas ações para se engajarem em mais diálogos, assim como os líderes do México e do Canadá fizeram antes que as tarifas dos EUA sobre os produtos de seus países fossem colocadas em prática.

“Se um acordo semelhante não for alcançado, então acredito que ele tem potencial para ser bastante intenso”, disse Clark Packard, pesquisador do Centro Herbert A. Stiefel de Estudos de Política Comercial do Cato Institute.

Esse resultado não parece provável, já que Trump e Xi não conversaram na terça-feira. “Não estou com pressa”, disse Trump aos repórteres naquele dia.

próximo melhor resultado seria que ambas as nações evitassem novas medidas de escalada, como impor tarifas mais altas. O júri está longe de decidir sobre isso.

Um impacto limitado na economia dos EUA — por enquanto

A tarifa que Trump colocou sobre todos os produtos chineses, que ele vinculou em parte ao suposto papel do país de fornecer fentanil e outras drogas ilegais para os EUA, pode fazer com que os consumidores americanos paguem mais por uma ampla gama de produtos.

Isso inclui eletrônicos de consumo, brinquedos e vestuário, todos os quais estão entre alguns dos principais produtos que os EUA importaram da China no ano passado, de acordo com dados comerciais federais.

Mas não são apenas os bens que os consumidores compram que podem ficar mais caros. Muitos bens que os EUA importam são matérias-primas, como borracha, plástico e produtos químicos, que as empresas americanas precisam para fazer produtos acabados vendidos em lojas e online.

“Aumentar os custos dessas importações seria difícil para essas empresas”, disse Packard.

Ao mesmo tempo, os preços podem não subir tanto se as empresas dos EUA puderem importar produtos que receberam da China de outras nações que enfrentam tarifas mais baixas. A perda de clientes pode prejudicar as empresas chinesas e levar à perda de empregos.

Da mesma forma, empresas norte-americanas que exportam produtos para a China e que estão prestes a enfrentar as novas tarifas podem sofrer e ser forçadas a demitir funcionários.

No total, os produtos que a China importa dos EUA cobertos pelas novas taxas valiam US$ 23,6 bilhões em 2024, de acordo com dados da S&P Global Market Intelligence.

Esse total teria sido muito maior se a China tivesse escolhido aplicar uma tarifa igual de 10% sobre todos os produtos dos EUA exportados para lá, o que, em comparação, totalizou mais de US$ 130 bilhões no ano passado.

De mal a pior

Economistas do Morgan Stanley não esperam que Trump pare nas tarifas adicionais de 10% sobre produtos chineses, já que durante a campanha ele prometeu chegar a 60%.

“Ainda esperamos que os EUA imponham mais tarifas à China no final deste ano como parte de suas metas maiores de política comercial”, disseram eles em nota aos clientes na terça-feira. Isso provavelmente convidará mais retaliações da China.

Há também uma preocupação persistente de que os EUA não enfrentarão apenas uma guerra comercial unilateral com a China, mas sim uma guerra tripla.

Isso pode acontecer se Trump acabar seguindo adiante com tarifas de 25% sobre o México e o Canadá após o novo prazo de 1º de março que ele estabeleceu, e os dois países, assim como a China, retaliarem com tarifas mais altas sobre produtos dos EUA.

A situação pode ficar feia para a economia dos EUA muito em breve.

Supondo que o Canadá e o México respondam implementando uma tarifa de 10% sobre todos os produtos dos EUA e que a China aplique uma tarifa geral de 5%, os economistas do Citibank preveem que a economia dos EUA se contrairá a uma taxa anual de 0,8% este ano e -1,1% no próximo ano, supondo que as tarifas permaneçam em vigor.

A economia da China, no entanto, se contrairia em uma quantidade menor em comparação com a dos EUA neste ano e no próximo. As economias do Canadá e do México, no entanto, sofreriam golpes muito maiores em comparação com a dos EUA, preveem economistas do Citi.

Dito isso, os riscos por si só das tensões entre os EUA e a China são “consequentes”, disse Nathan Sheets, economista-chefe global do Citi, à CNN.

“Aumentos consideráveis ​​adicionais nas tarifas podem interromper as cadeias de suprimentos e a produção, com implicações adversas para o emprego e o crescimento dos EUA.”

“É realmente difícil quantificar esses efeitos — mas eles seriam apreciáveis ​​por qualquer medida”, disse ele.

FONTE: CNN Brasil
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Economia, Industria, Informação

Café deve ficar cerca de 25% mais caro nos próximos meses, alerta Abic

Indústria cafeeira teve alta maior que registrada nas gôndolas do supermercado e deve repassar parte do aumento de 2024 ao consumidor ainda neste primeiro trimestre.

O preço do café no varejo cresceu em 110% nos últimos quatro anos, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Em 2024, o avanço no custo do grão para o consumidor foi de 37,4%, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (5).

Segundo a Associação, a perspectiva para este ano é de alta para consumidor nos próximos meses. Desde 2021, as safras de café têm sido afetadas por fatores climáticos prejudiciais que levaram a colheitas menores que pressionaram os preços com aumento da demanda global.

Dados da Abic apontam que a indústria teve alta maior que registrada nas gôndolas do supermercado e deve repassar parte do aumento do ano passado ainda neste primeiro trimestre.

A alta no custo da matéria-prima foi de 224% entre 2021 e 2024. Pavel Cardoso, presidente da Abic, estima que mais repasses devem acontecer nos próximos dois meses.

“Devemos ter aumento adicional no preço final. A indústria não tem como evitar esse aumento e repassou os valores para os intermediários e consumidores finais. Então ainda haverá o valor pago pelo consumidor. Nos próximos dois meses devemos ter um aumento de 25%”, afirmou.

A baixa produção combinada com aumento na demanda global e fortalecimento do dólar fizeram com que um maior volume fosse escoado para mercado internacional, com menor disponibilidade para demanda interna.

A produção de café do Brasil em 2025 deve atingir 51,8 milhões de sacas de 60 kg, uma queda de 4,4% em relação a 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu primeiro levantamento para a safra.

Além do ciclo de baixa bienalidade, a safra no maior produtor e exportador global de café deve ser afetada por adversidades climáticas, como restrição hídrica e altas temperaturas nas fases de floração, que impactaram a produtividade, afirmou o órgão.

Pavel prevê que os preços do mercado devem ficar voláteis até a próxima safra, em 2026, quando deve haver uma estabilidade.

Apesar do cenário inflacionário, o consumo de café torrado e moído no Brasil cresceu em 1,1% entre 2023 e 2024. Ao todo, foram 21,9 milhões de sacas de 60 quilos em 2024, equivalente de 40,4% da safra do ano passado.

Em média, a Abic calcula que o consumo de café em 2024 seja de 1.430 xícaras por pessoa.

No total faturado, o mercado interno foi responsável por R$ 36,82 bilhões em receita para a indústria cafeeira, aumento de 60,85% frente a 2023 (R$ 22,89 bilhões). Contudo, o principal destino do café é a exportação. Mais de 60% da produção é destinada ao mercado externo.

Ranking de consumo

O Brasil segue na posição de segundo maior consumidor de café do mundo, atrás dos Estados Unidos em volumes absolutos, disse a Abic, citando que o total consumido pelos norte-americanos superou o nacional em 4,1 milhões de sacas. Mas se for levado em conta o consumo per capita do Brasil com os EUA, os brasileiros levam a melhor. O consumo per capita no Brasil entre novembro de 2023 a outubro de 2024 foi de 6,26 kg por ano de café cru, ante 4,9 kg dos EUA.

FONTE: CNN Brasil
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Panamá se retira de acordo da nova ‘Rota da Seda’ com a China

Decisão foi anunciada pelo presidente José Raúl Mulino; mais de 100 países aderiram ao acordo lançado em 2013

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, anunciou, nesta quinta-feira, 6, o cancelamento do acordo econômico da Rota da Seda com a China, após pressões dos Estados Unidos para reduzir a influência chinesa no Canal do Panamá.

Mulino garantiu que a embaixada do Panamá em Pequim “apresentou o documento correspondente” para “anunciar o cancelamento com 90 dias de antecedência”, como estabelece o acordo.
“Portanto, essa é uma decisão que tomei”, acrescentou ele em coletiva de imprensa.

O anúncio ocorre quatro dias depois da visita ao Panamá do secretário de Estado americano, Marco Rubio, que viajou com a missão de contrabalançar uma suposta ingerência da China no canal interoceânico, que o presidente Donald Trump ameaça retomar.

O acordo da Iniciativa Cinturão e Rota contempla o financiamento de projetos de infraestrutura com fundos chineses para impulsionar o comércio e a conectividade na Ásia, na África e na América Latina. 

Mais de uma centena de países aderiram o acordo, um projeto emblemático do governo de Xi Jinping, lançado em 2013.

Após se reunir com Rubio no domingo, Mulino havia antecipado que deixaria expirar o acordo assinado pelo Panamá em 2017 pelo então presidente Juan Carlos Varela (2014-2019).

Segundo a carta de entendimento, o acordo é renovado a cada três anos de forma automática (a próxima seria em 2026), mas contempla que “pode ser rescindido por qualquer uma das partes” notificando a outra com três meses de antecedência.

“Eu não sei quem incentivou na ocasião quem assinou isto com a China”, acrescentou Mulino. “O que isso trouxe para o Panamá em todos estes anos? Quais são as grandes coisas? O que essa ‘Belt and Road Initiative’ trouxe para o país?”, questionou Mulino, incomodado.

Na segunda-feira, Rubio qualificou como um “grande passo” para fortalecer as relações com Washington a decisão do Panamá de não renovar este acordo.

Os Estados Unidos consideram que esta iniciativa busca a influência de Pequim em todo o mundo e é um perigo para a segurança.

“A cooperação entre a China e o Panamá no marco da Iniciativa Cinturão e Rota está se desenvolvendo com normalidade e vem obtendo resultados frutíferos”, declarou na quarta-feira o porta-voz da chancelaria chinesa, Lin Jian.

O funcionário chinês havia dito que esperava que os panamenhos resistissem “às interferências externas”.

FONTE: Exame
Panamá se retira de acordo da nova ‘Rota da Seda’ com a China | Exame

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Visita ao Brasil do Chefe do Departamento Federal de Assuntos Estrangeiros da Confederação Suíça, Ignazio Cassis

Nos dias 6 e 7 de fevereiro, visita o Brasil o conselheiro federal e chefe do Departamento Federal de Assuntos Estrangeiros da Confederação Suíça, Ignazio Cassis, com agenda no estado do Rio de Janeiro.

Na capital do estado, a autoridade suíça, responsável de mais alto nível em seu governo pela condução da política externa, manterá encontro com o Ministro Mauro Vieira no Palácio do Itamaraty. Cassis será o primeiro dignitário estrangeiro a ser recebido no Palácio após o início de sua restauração.

Em Nova Friburgo, Ignazio Cassis participa da inauguração da exposição “O Legado Suíço-Brasileiro na Amazônia: artes, ciência e sustentabilidade”.

Brasil e Suíça mantêm importantes laços de cooperação bilateral em diferentes áreas, consubstanciados na Parceria Estratégica bilateral estabelecida 2008. Entre as iniciativas de cooperação recentes mais expressivas, destaca-se a participação suíça no Fundo Amazônia e o programa de atividades científicas e culturais “Road to Belém”, em preparação para a COP30. A Suíça mantém-se como uma das principais origens de investimento direto no Brasil, com estoque total de US$ 49,73 bilhões em 2023, segundo dados do Banco Central. Mais de 600 empresas suíças estabelecidas no Brasil geram empregos para cerca de 85 mil brasileiros. A corrente de comércio somou US$ 4,4 bilhões, em 2024.

FONTE: MRE
Visita ao Brasil do Chefe do Departamento Federal de Assuntos Estrangeiros da Confederação Suíça, Ignazio Cassis — Ministério das Relações Exteriores

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Ministro Silvio Costa Filho destaca crescimento histórico do setor portuário no Brasil Export

Evento em Brasília reuniu lideranças do setor para discutir avanços e desafios da infraestrutura portuária e aeroportuária no Brasil

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, foi o grande destaque do evento Brasil Export, realizado nesta quarta-feira (4), em Brasília. Durante sua participação, o ministro ressaltou o crescimento expressivo do setor portuário em 2024, com um aumento de 5% no valor global e uma expansão de quase 7% nos portos públicos. “Tivemos um crescimento histórico, principalmente no setor de containers, que registrou uma alta de mais de 18%”, afirmou.

Costa Filho também enfatizou a importância da integração do setor portuário com a produção agrícola, mencionando os recordes do agronegócio brasileiro. “Hoje tivemos a apresentação do balanço do Ministério da Agricultura e do Plano Safra, que comprovam o protagonismo do Brasil no cenário mundial”, destacou.

Em entrevista durante o evento, a secretária executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori, ressaltou iniciativas voltadas para a sustentabilidade do setor, como a nova metodologia para apuração das emissões de carbono. “Nosso objetivo é definir metas mais claras para a descarbonização do transporte aquaviário, alavancando parcerias estratégicas com empresas do setor”, afirmou.

Já o secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, reforçou a relevância dos leilões para a expansão da infraestrutura logística, destacando que, entre 2025 e 2026, serão realizados oito novos leilões voltados ao agronegócio. “Nosso compromisso é garantir que os portos brasileiros tenham capacidade para atender a crescente demanda do setor”, pontuou.

No setor aeroportuário, o secretário de Aviação, Tomé Franca, apresentou os avanços do programa Ampliar, que visa expandir a infraestrutura aeroportuária em regiões isoladas, como a Amazônia Legal e o Nordeste. “Estamos ouvindo todos os atores do setor para garantir uma aviação mais acessível e eficiente”, explicou.

O Brasil Export é um espaço estratégico para o debate de soluções inovadoras e sustentáveis na infraestrutura logística nacional, reunindo governo e iniciativa privada em prol do desenvolvimento do setor.

Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos
FONTE: Ministro Silvio Costa Filho destaca crescimento histórico do setor portuário no Brasil Export — Portos e Aeroportos

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Ministro! Silvio Costa Filho apresenta o Ampliar, o maior programa de infraestrutura regional da aviação brasileira

Ministro dos Portos e Aeroportos falou sobre ampliação do Voa Brasil, importância do Programa AmpliAr para a aviação regional e dos investimentos públicos e privados em portos

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, conversou na manhã desta quinta-feira (6) com a apresentadora Karine Melo, do programa Bom Dia, Ministro, da EBC, e com emissoras de várias regiões do país. Durante a entrevista, o ministro destacou os programas AmpliAR, que visa expandir a infraestrutura aeroportuária regional e melhorar a conectividade, além de impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país, e o Voa Brasil, que oferece passagens aéreas a preços acessíveis, de até R$ 200, para aposentados do INSS. Além disso, abordou o crescimento do setor portuário brasileiro.

Na entrevista, o ministro explicou que o Programa de Investimentos Privados em Aeroportos Regionais (AmpliAR) encontra-se atualmente em consulta pública e foi desenvolvido em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU) para viabilizar a gestão e a operação de pequenos e médios aeroportos considerados estratégicos. Com um modelo de contratação simplificado, o programa permitirá que as atuais concessionárias dos principais aeroportos do país administrem e invistam nas localidades ofertadas, sendo remuneradas por meio do reequilíbrio de seus contratos principais.

“Esse é o maior programa da aviação regional da história do Brasil. Nos próximos cinco anos, serão mais de 100 aeroportos requalificados, que passarão por reformas, além da construção de novos aeroportos pelo país, com foco na aviação regional. Na primeira etapa, serão 50 aeroportos na Amazônia Legal e no Nordeste, e, posteriormente, mais 50”, explicou o ministro.

Costa Filho ressaltou ainda que esse modelo traz segurança para as gestões estaduais e municipais, que nem sempre podem arcar com os custos de um aeroporto. Além disso, reforçou que a iniciativa fortalecerá e modernizará a aviação brasileira, gerando desenvolvimento no país e estimulando o turismo em todas as regiões. O edital do AmpliAR deve ser lançado em abril.

Voa Brasil
Perguntado sobre o programa Voa Brasil, o ministro afirmou estar satisfeito com a iniciativa e destacou que ela deve ser ampliada neste ano. “Esse é o primeiro programa de inclusão social da aviação brasileira, sem utilização de recursos públicos. É um trabalho de articulação do nosso Ministério com as companhias aéreas, que possibilita aos aposentados viajar pelo Brasil a um custo de R$ 200”, explicou.

Costa Filho ressaltou que a meta do programa nunca foi comercializar todas as 3 milhões de passagens disponibilizadas pelas companhias aéreas ao longo do ano, mas sim cumprir seu objetivo social e permitir que mais pessoas utilizem o transporte aéreo, algo que já está acontecendo. “Esse programa é voltado para aposentados que não viajaram de avião nos últimos 12 meses. É uma grande oportunidade, que beneficia tanto os aposentados quanto o setor de turismo do país.”

Sobre a possível fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol, Costa Filho garantiu que o governo está acompanhando de perto as negociações e que, caso o acordo se concretize, não permitirá aumentos abusivos no preço das passagens. “O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) é quem decidirá sobre a fusão. Nós, como governo, estamos trabalhando para fortalecer as companhias aéreas no Brasil. Nossa prioridade no momento é garantir que essas empresas não quebrem, evitando impactos negativos na economia brasileira. Por isso, temos buscado diversas alternativas para fortalecer a aviação no país”, destacou.

Portos do Brasil
Ao ser questionado sobre os investimentos no setor portuário, o ministro destacou os aportes financeiros e os leilões em andamento. “Quando assumi o Ministério, conversei com o presidente Lula sobre a importância do setor portuário para o desenvolvimento do Brasil. Ao longo desses dois anos, estamos promovendo o maior volume de investimentos da história do setor. Já foram investidos mais de R$ 3 bilhões, e, neste ano, devemos investir mais de R$ 2 bilhões nos portos públicos brasileiros. No setor privado, em três anos de governo, a iniciativa privada e o setor produtivo devem investir mais de R$ 40 bilhões, o que permitirá a modernização dos portos e fortalecerá o papel do Brasil no cenário global do desenvolvimento”, afirmou.

“Precisamos de portos estruturados para facilitar a exportação e a importação e ampliar os investimentos. O Ministério de Portos e Aeroportos vem promovendo diálogos com o setor produtivo para simplificar, desburocratizar e acelerar empreendimentos. Além disso, estamos estimulando uma agenda de crédito por meio do Fundo da Marinha Mercante (FMM) para fortalecer o setor portuário brasileiro”, concluiu.

FONTE: Portos e Aeroportos.gov
No Bom Dia, Ministro! Silvio Costa Filho apresenta o Ampliar, o maior programa de infraestrutura regional da aviação brasileira — Portos e Aeroportos

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