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Comércio Exterior, Internacional, Negócios

Índia e Reino Unido finalizam acordo de livre comércio

Acordo reduz tarifas sobre produtos como peças de fabricação avançada e produtos alimentícios, e concorda com cotas de ambos os lados para importações de automóveis

O Reino Unido e a Índia firmaram um pacto de livre comércio nesta terça-feira (6), depois que a turbulência tarifária desencadeada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, forçou os dois lados a acelerar os esforços para aumentar seu comércio de uísque, carros e alimentos.

O acordo, entre a quinta e a sexta maiores economias do mundo, foi concluído após três anos de negociações intermitentes e visa aumentar o comércio bilateral em mais 25,5 bilhões de libras (US$ 34 bilhões) até 2040, com acesso liberal ao mercado e restrições comerciais mais brandas.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse que o acordo comercial era “ambicioso e mutuamente benéfico”. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que o acordo fortaleceria alianças e reduziria barreiras comerciais nesta “nova era para o comércio”.

O acordo reduz tarifas sobre produtos como peças de fabricação avançada e produtos alimentícios, e concorda com cotas de ambos os lados para importações de automóveis.

Isso permitirá que mais empresas britânicas concorram por contratos na Índia e permitirá que trabalhadores indianos viajem para o Reino Unido para trabalhar, sem alterar o sistema de imigração baseado em pontos do país.

Ambos os países também buscam acordos bilaterais com os Estados Unidos para remover algumas das tarifas de Trump que perturbaram o sistema de comércio global, e a turbulência resultante aumentou o foco em Londres e Nova Déli na necessidade de fechar um acordo comercial entre o Reino Unido e a Índia.

O pacto marca a abertura dos mercados há muito tempo guardados pela Índia, incluindo o de automóveis, dando um exemplo precoce da provável abordagem da nação sul-asiática ao lidar com grandes potências ocidentais, como os EUA e a União Europeia.

Também marca o acordo comercial mais significativo do Reino Unido desde que ela deixou a União Europeia em 2020.

Histórico das negociações 

As negociações sobre um acordo de livre comércio entre a Índia e o Reino Unido foram iniciadas inicialmente em janeiro de 2022 e se tornaram um símbolo das esperanças do Reino Unido em sua política comercial independente após o Brexit.

Mas as negociações foram interrompidas, com o Reino Unido tendo quatro primeiros-ministros diferentes desde a data de lançamento e eleições em ambos os países no ano passado.

O Partido Trabalhista britânico, eleito em julho passado, agiu rapidamente para concluir um acordo após reiniciar as negociações em fevereiro, com conversas de última hora entre os ministros do comércio dos países em Londres na semana passada sendo suficientes para fechar um acordo.

As tarifas sobre uísque serão reduzidas pela metade, de 150% para 75%, antes de caírem para 40% no décimo ano do acordo.

O acordo também abrange regulamentações de regras de origem, dando aos fabricantes acesso a tarifas mais baixas, mesmo que usem insumos de outros lugares.

E inclui disposições sobre o setor de serviços e compras, permitindo que empresas britânicas concorram a mais contratos na Índia. Em relação aos vistos, há disposições sobre mobilidade empresarial para facilitar as viagens de profissionais a trabalho.

As negociações sobre um tratado bilateral de investimentos não foram concluídas juntamente com o acordo de livre comércio, embora um tratado sobre contribuições previdenciárias tenha sido firmado.

Fonte: CNN Brasil

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Comércio Exterior, Negócios, Portos

Guerra comercial de Trump reduz movimento em portos de Los Angeles e Long Beach

No coração da Califórnia, o porto de Los Angeles, maior porta de entrada para produtos asiáticos nos Estados Unidos, enfrenta um cenário de desaceleração. O movimento frenético de guindastes, que outrora descarregavam contêineres em ritmo acelerado, deu lugar a um silêncio incomum. A guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump, com tarifas de até 145% sobre produtos chineses, impactou diretamente o comércio, reduzindo o volume de cargas em até 35% em maio. O porto vizinho de Long Beach, igualmente afetado, prevê uma queda de 30% nas importações para o mesmo período.

A retração não se limita aos portos. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA recuou 0,3% no primeiro trimestre de 2025, em taxa anualizada, refletindo as incertezas geradas pelas políticas de Trump. Enquanto isso, varejistas e fabricantes pausaram remessas, temendo os custos elevados das novas taxas.

Os impactos das tarifas são visíveis em números:

  • Queda de 35% no volume de carga no porto de Los Angeles em maio, comparado ao ano anterior.
  • Redução de 30% nas importações previstas para Long Beach no mesmo mês.
  • Cancelamento de dezenas de navios que transportariam produtos da Ásia.
  • Aumento de 2,5 vezes no custo de produtos chineses importados.

O cenário, agravado por taxas retaliatórias de outros países, ameaça cadeias de suprimento e o bolso de consumidores americanos, que já sentem os preços subirem.

Efeitos imediatos nos portos

O porto de Los Angeles, responsável por grande parte do comércio com a China, viu suas operações desacelerarem significativamente. Gene Seroka, diretor do terminal, relatou que a redução no movimento é perceptível até no som das docas, onde o barulho constante de máquinas deu lugar a uma calma atípica. Em maio, o porto espera receber 35% menos carga do que no mesmo período de 2024, um reflexo direto das tarifas impostas por Trump.

Long Beach, que junto com Los Angeles forma o principal corredor de importação dos EUA, também enfrenta dificuldades. Mario Cordero, diretor do porto, destacou que a queda de 30% nas importações prevista para maio não é um problema isolado da Costa Oeste. Portos no leste e no Golfo do México, rebatizado por Trump como Golfo da América, também sofrem com a interrupção no fluxo de mercadorias.

Antes da entrada em vigor das tarifas, empresas correram para estocar produtos, o que elevou temporariamente os volumes de frete no início de 2025. Agora, com os estoques cheios e os custos em alta, muitas companhias optaram por suspender novas remessas, aguardando maior clareza sobre as políticas comerciais.

Tarifas e seus impactos no comércio

As tarifas de Trump, que chegam a 145% sobre certos produtos chineses, transformaram o cenário do comércio internacional. Em 2024, as exportações da China para os EUA somaram mais de US$ 500 bilhões, equivalente a cerca de R$ 3 trilhões. Com as novas taxas, os custos de importação dispararam, tornando produtos como móveis, brinquedos e roupas significativamente mais caros.

Além da China, Trump anunciou tarifas contra diversos países, baseadas no déficit comercial dos EUA com cada parceiro. Inicialmente, as taxas foram suspensas por 90 dias, mas uma sobretaxa geral de 10% já entrou em vigor, impactando importadores em todo o país. Essa sobretaxa, paga pelos importadores, eleva os preços finais para consumidores e empresas.

A China, principal alvo das medidas, respondeu com críticas e avalia propostas para mitigar os efeitos. Outros países também retaliaram com taxas próprias, complicando ainda mais o comércio global. O resultado é uma cadeia de suprimentos sob pressão, com impactos que vão desde os portos até as prateleiras de lojas americanas.

Números do primeiro trimestre

O PIB dos EUA registrou uma queda de 0,3% no primeiro trimestre de 2025, em taxa anualizada, segundo dados preliminares do Departamento do Comércio. O resultado contrasta com o crescimento de 2,4% observado nos últimos três meses de 2024 e surpreendeu analistas, que esperavam uma alta de 0,3%.

Os fatores que contribuíram para a retração incluem:

  • Aumento das importações antecipadas: Empresas estocaram produtos antes da entrada das tarifas, elevando os custos.
  • Queda na confiança do consumidor: Índices estão próximos dos menores níveis em cinco anos.
  • Incerteza empresarial: Companhias aéreas e outros setores relatam dificuldades devido às taxas.
  • Custos mais altos: Produtos chineses estão até 2,5 vezes mais caros.

A desaceleração econômica reflete o impacto imediato das políticas de Trump, que insiste que os números melhorarão com o tempo.

Reação de Trump às críticas

Após a divulgação dos dados do PIB, Trump usou as redes sociais para minimizar os efeitos de suas políticas. Ele atribuiu a contração econômica ao governo anterior, liderado por Joe Biden, e afirmou que as tarifas não são responsáveis pelo cenário atual. O presidente destacou que empresas estão começando a se mudar para os EUA em números recordes, o que, segundo ele, impulsionará a economia no futuro.

Trump também descreveu o momento como um “período de transição” e pediu paciência aos americanos. Ele reiterou que as tarifas, quando fully implementadas, trarão prosperidade ao país, embora não tenha detalhado prazos ou estratégias específicas.

A retórica de Trump, no entanto, não acalmou os mercados. O sentimento empresarial permanece abalado, com companhias ajustando suas operações para lidar com os custos adicionais impostos pelas taxas comerciais.

Impacto nos consumidores

Os consumidores americanos já sentem os efeitos das tarifas no bolso. O aumento nos preços de produtos importados, especialmente da China, elevou o custo de itens essenciais como roupas, eletrônicos e brinquedos. Varejistas, pressionados pelos custos mais altos, repassam os valores aos clientes, reduzindo o poder de compra.

Nos portos, a redução no volume de cargas significa menos produtos disponíveis nas lojas. Algumas redes varejistas já alertaram que os estoques podem se esgotar antes do período de festas no final de 2025, caso o fluxo de importações não seja normalizado.

A confiança do consumidor, próxima dos menores níveis em cinco anos, reflete a incerteza sobre o futuro. Famílias americanas, que dependem de produtos importados para o dia a dia, enfrentam preços mais altos em um momento de desaceleração econômica.

Cadeias de suprimento sob pressão

A interrupção no fluxo de importações gerou um efeito cascata nas cadeias de suprimento. Fabricantes que dependem de componentes asiáticos, como a indústria automotiva e de eletrônicos, enfrentam atrasos e custos elevados. Muitas empresas optaram por reduzir a produção até que os estoques sejam escoados.

Nos portos, a queda no movimento também afeta os trabalhadores. Operadores de guindastes, motoristas de caminhão e outros profissionais ligados à logística enfrentam menos horas de trabalho, com alguns terminais reduzindo turnos.

As tarifas retaliatórias de outros países complicam ainda mais o cenário. Produtos americanos, como soja e carne, enfrentam barreiras em mercados internacionais, afetando exportadores e agricultores.

Respostas internacionais

A China, principal alvo das tarifas de Trump, criticou as medidas e sinalizou que avalia propostas para conter os impactos. O governo chinês, que exportou mais de US$ 500 bilhões para os EUA em 2024, busca alternativas para manter sua competitividade, como incentivos a exportadores e acordos com outros mercados.

Outros países também reagiram. A União Europeia e o Canadá, por exemplo, impuseram taxas sobre produtos americanos, como uísque e motocicletas, em resposta às tarifas dos EUA. Essas medidas aumentam a pressão sobre a economia americana, que depende de exportações para setores como agricultura e manufatura.

A suspensão temporária das tarifas por 90 dias, anunciada por Trump, trouxe alívio parcial, mas a sobretaxa de 10% já em vigor continua a impactar o comércio global.

Antecipação às tarifas

No início de 2025, empresas americanas correram para importar o máximo possível antes da entrada em vigor das tarifas. Essa corrida elevou os volumes de frete nos portos de Los Angeles e Long Beach, com navios descarregando quantidades recordes de contêineres.

Agora, com os estoques cheios, as importações desaceleraram. Varejistas e fabricantes, temendo os custos das taxas, pausaram novas remessas, esperando maior clareza sobre as negociações comerciais. Alguns setores, como o de eletrônicos, já enfrentam escassez de componentes, o que pode elevar ainda mais os preços.

A antecipação às tarifas também contribuiu para a queda do PIB, já que o aumento das importações no primeiro trimestre elevou os custos sem gerar crescimento sustentável.

Setores mais afetados

Diversos setores da economia americana sentem os efeitos das tarifas:

  • Varejo: Lojas enfrentam aumento nos preços de produtos como roupas e brinquedos.
  • Indústria automotiva: A dependência de peças chinesas eleva os custos de produção.
  • Agricultura: Tarifas retaliatórias reduzem as exportações de soja e carne.
  • Logística: A queda no movimento dos portos reduz o trabalho para operadores e motoristas.
  • Tecnologia: A escassez de componentes asiáticos ameaça a produção de eletrônicos.

Esses setores, que empregam milhões de americanos, enfrentam um período de incerteza, com empresas ajustando suas estratégias para minimizar os impactos.

Perspectiva dos trabalhadores portuários

Nos portos de Los Angeles e Long Beach, os trabalhadores enfrentam um futuro incerto. A redução no volume de cargas levou a cortes em turnos e horas extras, afetando a renda de operadores de guindastes, estivadores e motoristas.

Sindicatos portuários já manifestaram preocupação com a situação, pedindo medidas para proteger os empregos. Alguns trabalhadores, que dependem da movimentação constante dos portos, começaram a buscar ocupações alternativas, como transporte interno ou logística em outros setores.

A desaceleração também afeta pequenas empresas que prestam serviços aos portos, como oficinas de reparo e restaurantes frequentados por trabalhadores.

Reação dos mercados financeiros

Os mercados financeiros reagiram com volatilidade aos dados econômicos e às políticas de Trump. Após a divulgação da queda de 0,3% no PIB, índices como o Dow Jones registraram perdas, refletindo a incerteza dos investidores.

Empresas listadas em bolsa, especialmente no setor de varejo e manufatura, viram suas ações caírem devido aos custos mais altos das importações. Por outro lado, setores que dependem menos de produtos importados, como energia, mostraram maior resiliência.

Analistas alertam que a continuidade das tarifas pode prolongar a desaceleração, especialmente se as negociações com a China e outros parceiros comerciais não avançarem.

Fonte: MixVale

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Comércio Exterior, Internacional, Negócios

China e México expõem iniciativas de Trump em busca de negociação de tarifas: veja o que pressiona o americano

Novos indicadores macroeconômicos e das empresas apontam impactos negativos da política comercial do republicano na economia dos EUA

Após a retração de 0,3% na economia dos EUA no primeiro trimestre, revelada na quarta-feira, colocar de vez no radar a possibilidade de o país entrar em recessão, surgiram sinais de novos recuos do presidente Donald Trump em seus movimentos para redesenhar a política americana de comércio exterior com a taxação de importações. Destacaram-se ontem informações de que os EUA tomaram a iniciativa de estreitar negociações de acordos comerciais com a China e o México.

Os recuos não foram oficiais, e os sinais tampouco partiram da Casa Branca ou das corriqueiras manifestações de Trump nas redes sociais.

As novidades sobre eventuais negociações com a o governo de Xi Jinping vieram da imprensa estatal chinesa. Segundo publicação do Yuyuantantian — uma conta do Weibo afiliada à Televisão Central da China (CCTV) que frequentemente sinaliza as visões de Pequim sobre comércio—, o governo dos EUA entrou recentemente em contato com Pequim por diversos canais. A publicação citou pessoas não identificadas com conhecimento do assunto, sem dar detalhes.

“A China não precisa conversar com os EUA até que estes tomem medidas significativas”, afirmou a publicação do Yuyuantantian. Do ponto de vista da negociação, os EUA são “claramente a parte mais ansiosa no momento”, acrescentou, citando a pressão doméstica enfrentada pelo governo Trump em várias frentes.

Desde o início do segundo governo Trump, em janeiro, a China tem sido alvo preferencial das sobretaxas no comércio exterior anunciadas pelo governo americano.

Ao mesmo tempo, tanto o presidente americano quanto seus assessores já declararam publicamente que estão abertos a negociar um acordo comercial com os chineses, mas que esperavam um primeiro movimento de Pequim, numa espécie de jogo de empurra.

À espera de xi Jinping

Trump afirmou repetidamente que o presidente Xi Jinping precisa contatá-lo para dar início às negociações sobre tarifas e, no início da semana, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que cabe a Pequim dar o primeiro passo para reduzir a tensão.

Anteontem, Trump disse, durante uma reunião de gabinete, estar “descontente” com a acentuada redução no comércio entre os dois países porque queria que “a China se saísse bem”, mas tratando os EUA de forma justa.

Outro sinal de recuo veio do México. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, revelou numa postagem nas redes sociais que conversou ao telefone com Trump. Segundo ela, foi o americano quem telefonou.

A mandatária disse que a ligação foi “muito positiva”, embora sem definições. Ficou acordado que as equipes de ambos “continuarão trabalhando nos próximos dias em alternativas para melhorar nossa balança comercial”.

Na terça-feira, já havia ocorrido um recuo oficial. Trump assinou uma ordem executiva atenuando os efeitos das sobretaxas sobre a importação de automóveis, cedendo após semanas de intensa pressão de montadoras, fornecedores de autopeças e concessionárias, que alertaram que tarifas excessivas poderiam elevar os preços dos carros nos EUA, provocar o fechamento de fábricas e causar desemprego.

Mais sinais de fraqueza

Junto dos sinais de novos recuos, indicadores divulgados ontem reforçaram o cenário de fraqueza na atividade econômica dos EUA. O Departamento de Trabalho informou que os pedidos de seguro-desemprego nos EUA aumentaram durante a semana após a Páscoa.

Foram 18 mil pedidos a mais, chegando a 241 mil na semana encerrada em 26 de abril, acima do esperado, segundo pesquisa de projeções da agência Bloomberg, que apontava para 223 mil solicitações.

O total de pedidos semanais é o maior desde fevereiro, mas economistas ponderaram que altas do tipo são esperadas nessa época do ano, por causa do recesso de primavera (no Hemisfério Norte) nas escolas públicas de Nova York, já que parte dos trabalhadores da educação do estado tem direito ao seguro no período de pausa, inflacionando a estatística nacional.

Outro indicador de fraqueza na economia veio da indústria. O índice do setor industrial do Instituto de Gestão de Suprimentos (ISM, na sigla em inglês) caiu 0,3 ponto, chegando a 48,7. O subíndice de produção da entidade recuou mais de 4 pontos, para 44. Leituras abaixo de 50 indicam contração.

A perspectiva de contração foi corroborada por dados empresariais. A fabricante de carros General Motors anunciou ontem uma redução na sua previsão de lucro para 2025, em parte por causa do tarifaço de Trump.

A montadora agora espera que o lucro antes de juros e impostos fique entre US$ 10 bilhões e US$ 12,5 bilhões este ano, abaixo da previsão inicial feita em janeiro, que chegava a US$ 15,7 bilhões.

As metas financeiras da gigante do comércio eletrônico Amazon para o segundo trimestre, anunciadas ontem com o balanço contábil do primeiro trimestre, vieram abaixo do esperado por analistas de mercado, segundo a agência Bloomberg. A varejista anunciou que espera lucro operacional entre US$ 13 bilhões e US$ 17,5 bilhões para este trimestre, enquanto as projeções estavam em US$ 17,8 bilhões.

Já as vendas em mesmas lojas da rede de fast food McDonald’s nos EUA caíram 3,6% no primeiro trimestre, ante igual período de 2024, segundo dados divulgados ontem.

Bolsas sobem

Por outro lado, resultados vistos como positivos anunciados pela Meta, gigante das redes sociais dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, e pela Microsoft — que foram anunciados na noite de anteontem, após o fechamento das bolsas de valores — impulsionaram os índices de ações ontem nos EUA, onde não foi feriado, pois o Dia do Trabalhador é comemorado em setembro.

O índice Dow Jones encerrou em alta de 0,21% ontem, aos 40.752 pontos; o S&P 500 subiu 0,63%, aos 5.604 enquanto o Nasdaq, que concentra papéis de tecnologia, avançou 1,52%, aos 17.710 pontos.

Fonte: O Globo

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Comércio, Comércio Exterior, Internacional

China mostra chegada de soja brasileira e diz que não precisa dos EUA

O influente perfil de mídia social Yuyuan Tan Tian, da rede oficial CCTV, publicou nesta segunda-feira (28) um vídeo mostrando diversos navios descarregando soja no porto de Ningbo-Zhoushan, próximo a Hangzhou e Xangai, na China.

“Depois que a China reduziu as compras dos Estados Unidos, navios com soja brasileira apareceram um atrás o outro”, afirmou o canal da plataforma Weibo.

Neste mês de abril, 40 usaram o terminal, um aumento de 48% em relação aos 27 do mesmo mês, no ano passado. Estão sendo desembarcadas 700 mil toneladas de soja brasileira no mês, contra 530 mil em abril de 2024, um aumento de 32%.

Pouco antes, foi aberto o terminal da “trader” chinesa Cofco, o maior no porto de Santos, voltado em grande parte para soja.

Poucas horas depois de sair o vídeo, Zhao Chenxin, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, principal órgão de planejamento econômico no país, afirmou em entrevista coletiva que a China pode prescindir dos produtos agrícolas dos EUA, por dispor de outras fontes de suprimento e da produção interna.

“Não haverá muito impacto no fornecimento de grãos de nosso país mesmo que não compremos grãos e oleaginosas dos Estados Unidos”, disse Zhao. O mesmo valeria para minérios e gás.

As cenas de Ningbo-Zhoushan, um dos principais portos para soja na China, contrastam com imagens dos portos de Seattle e Los Angeles, veiculadas em mídia social americana nos dias anteriores.

Ambos são situados na costa oeste dos EUA e já apresentam queda no fluxo de carga, segundo veículos jornalísticos locais, depois que as tarifas impostas por Washington aos produtos manufaturados chineses inviabilizaram as importações.

Pequim já vinha buscando menor dependência da produção americana há anos, tendo reduzido a proporção de importações de soja do país, em relação ao total anual, de 40% em 2016 para 18% no ano passado.

Na comparação direta com o concorrente sul-americano, a proporção de alimentos americanos importados pela China caiu de 20% para 13%, enquanto a de brasileiros saltava de 17% para 25%.

A China comprou apenas 1.800 toneladas de soja dos EUA na semana encerrada em 17 de abril, após 72.800 toneladas na semana encerrada em 10 de abril, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA.

A perda do mercado chinês seria um golpe substancial para os agricultores americanos, que enviaram aproximadamente US$ 33 bilhões (R$ 187 bilhões) em produtos agrícolas para o país em 2023. Os EUA também enviaram cerca de US$ 15 bilhões (R$ 85 bilhões) em petróleo, gás e carvão para a China.

Um artigo de Yin Ruifeng, que é afiliado ao ministério da agricultura da China, estima que as remessas de grãos, principalmente do Brasil, Argentina e Uruguai, podem subir para mais de 30 milhões de toneladas entre abril e o final de junho. Segundo cálculos da Bloomberg, esse seria um recorde para o trimestre.

“Não importa como a situação internacional evolua, manteremos o foco em nossos objetivos de desenvolvimento e nos concentramos em administrar bem nossos próprios assuntos”, disse Zhao na coletiva. “Estamos totalmente confiantes em alcançar as metas de desenvolvimento deste ano.”

Foi uma referência à projeção para o PIB chinês em 2025, de cerca de 5%, que vem sendo questionada em relatórios de agentes financeiros ocidentais após a escalada tarifária entre os dois lados, a partir do início de abril.

Zhao não chegou a anunciar medidas de maior impacto sobre o consumo interno, como se esperava na própria China, como saída para as vendas mais baixas nos EUA. A avaliação chinesa teria sido de que as medidas de estímulo, iniciadas no final do ano passado, são o bastante —ao menos até que haja maior definição por parte dos EUA.

Fonte: Folha de S. Paulo

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Comércio Exterior, Exportação

Irã aumenta exportações para o Brasil com impulso do BRICS

O ministro da Agricultura do Irã, Gholamreza Nouri Ghezeljeh, anunciou que o país ampliará as exportações de caviar, nozes secas, kiwis, romãs e maçãs para o Brasil. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa sobre a participação do Irã na 15ª reunião de ministros da Agricultura do BRICS.

Ele destacou que o crescimento do comércio entre os dois países foi viabilizado pela estreita coordenação entre as autoridades agrícolas, conforme relatado pela Mehr News Agency, parceira da TV BRICS.

De acordo com o ministro, o comércio entre os países do BRICS atinge cerca de US$ 160 bilhões (R$ 928 bilhões). O Irã representa US$ 13 bilhões (R$ 75 bilhões) desse total, enquanto o volume de negócios agrícolas com o Brasil alcança US$ 7 bilhões (R$ 41 bilhões).

O Irã oficializou sua adesão ao BRICS em janeiro de 2024. Desde então, sua colaboração ativa dentro da associação tem fortalecido a posição de Teerã, especialmente no setor agrícola.

Fonte: Toda Palavra

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Agronegócio, Comércio Exterior, Exportação

Exportações de milho disparam em abril, com média diária de embarques 116% superior a 2024

Embarques em forte ritmo

Nesta segunda-feira (28), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou que o volume de milho não moído (exceto milho doce) exportado pelo Brasil em abril de 2025 atingiu 141.053,4 toneladas, bem acima das 66.139,4 toneladas registradas no mesmo período de 2024.

Crescimento expressivo na média diária

Nos primeiros 17 dias úteis do mês, a média diária de embarques ficou em 8.297,3 toneladas, o que representa um aumento de 176% em comparação à média diária de abril do ano anterior, que foi de 3.006,3 toneladas.

Faturamento em alta

Em termos de receita, o Brasil arrecadou US$ 39,792 milhões com as exportações de milho no período, superando os US$ 23,802 milhões obtidos ao longo de todo o mês de abril de 2024. Com isso, a média diária de faturamento alcançou US$ 2,340 milhões, uma alta de 116,3% frente aos US$ 1,081 milhões por dia útil do ano anterior.

Queda no preço médio

Apesar do aumento nos volumes e na arrecadação, o preço médio pago pela tonelada do milho brasileiro apresentou queda de 21,6%. O valor passou de US$ 359,90 em abril de 2024 para US$ 116,30 no acumulado de abril de 2025.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Comércio, Comércio Exterior, Exportação

Participação do Brasil nos embarques globais de algodão é recorde

País responde por 30,5% das exportações mundiais

As exportações brasileiras de algodão em pluma estão intensas e já correspondem por 30,5% dos embarques mundiais, conforme dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), analisados pelo Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea).

Segundo o Cepea, trata-se da maior participação da história e está, desde meados de 2024, acima da registrada para os Estados Unidos, de 25,8%, que, até então, sustentavam a primeira posição nesse ranking.

Pesquisadores do Cepea explicam que a colocação de destaque do Brasil se deve à oferta nacional recorde de algodão em pluma – a produção já representa 14% do total global da safra 2024/25, também de acordo com números do USDA deste mês.

Em apenas nove meses da temporada 2024/25 (de agosto de 2024 a abril de 2025), o país exportou 2,35 milhões de toneladas, somente 12% menos que o total escoado em toda a safra anterior.

Fonte: Globo Rural

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Comércio, Comércio Exterior, Exportação

Tarifa de 10% já basta para colocar nossas exportações de suco de laranja em perigo

O problema é o México, nosso maior concorrente. O suco deles segue isento nos EUA

Um café da manhã tipicamente americano precisa ter panqueca, ovos com bacon e OJ, as iniciais de orange juice – suco de laranja. O consumo é de 9 litros por pessoa por ano; contra 0,4 no Brasil.

E de cada dez copos consumidos por lá, 5,3 vêm de laranjas plantadas em Minas Gerais e São Paulo, transformadas em suco nas fábricas daqui. Não importa a marca gringa: Tropicana, Minute Maid, Simply Orange… Todas são clientes do suco do Sudeste brasileiro.

E agora ele entrou no fogo cruzado da guerra tarifária.

Por enquanto, o cenário é aquele: produtos da China pagam 145% para entrar nos EUA; os do resto do resto do mundo, até segunda ordem, 10%. Todo o resto do mundo? Não.

Não. Canadá e México, de um lado, pagam 25%. De outro, 0%. Puro suco de Trump. Expliquemos brevemente, então, essa esquizofrenia tributária.

A tarifa zero vale para a lista de produtos que fazem parte do USMCA, nome atual do velho acordo de livre comércio entre EUA, México e Canadá. A de 25% é a tal “tarifa para o combate ao tráfico de fentanil” (sobre a qual não vamos falar aqui, para manter este texto suportável).

O que importa: a imensa maioria dos produtos canadenses e mexicanos faz parte do USMCA. No caso do alimentos, mais de 90%.

E isso nos traz de volta às laranjas. A produção americana, que rola principalmente na Flórida, só dá conta de 18% da demanda local. E o maior fornecedor de fora, vimos, é o Brasil. Em termos de valor: de US$ 1,75 bilhão que os EUA importaram, o Brasil respondeu por 64,7%. E nosso rival nesse mercado é o México, que ficou com 29,6% (outros 45 países foram responsáveis por um chorinho de 5,7%). Veja aqui:

Agora, com o Brasil pagando 10% de tarifa e o México, zero, eles ficam com as portas do mercado americano escancaradas.

Para o Brasil, a perda potencial é grande: 80% de todas as laranjas colhidas nas lavouras brasileiras são destinadas à produção de suco para o exterior. Respondemos por três quartos da exportação global, de acordo com a CitrusBr, a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos.

Entre abril de 2024 e março de 2025, dados do governo federal analisados pelo InvestNews mostram que 82 países compraram suco de laranja brasileiro. A receita chegou a US$ 3,5 bilhões.

Só que grossos 35,4% do nosso faturamento com exportação vem dos EUA. Seja qual for o impacto da tarifa no total de exportações, então, ele tende a ser relevante.

Uma saída possível: os exportadores brasileiros de suco pegarem uma carona nas regras do USMC. Para cada litro de suco que um produtor mexicano vende para os EUA, até 60% do blend ali dentro pode ter liquido vindo de outros países. Caso isso aconteça, a origem do suco extra provavelmente será o Brasil, simplesmente por conta do volume que produzimos.

A ver o que o futuro reserva. Já que, em se tratando das tarifas de Trump, tudo pode acontecer.

Fonte: InvestNews

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Comércio, Comércio Exterior, Investimento

Comitê Diretor do Partenariat pour le Coton aborda prioridades para o setor algodoeiro

O Banco Africano de Exportação e Importação (Afreximbank) sediou uma reunião do Comitê Diretor da iniciativa Partenariat pour le Coton em sua sede no Cairo, Egito, nos dias 28 e 29 de abril. Com base em uma série de consultas nacionais realizadas no ano passado nos países do Algodão 4+ (Benin, Burkina Faso, Chade, Mali e Côte d’Ivoire), a reunião marcou um passo significativo para consolidar prioridades de investimento e desenvolver estratégias nacionais e regionais de dez anos para fortalecer as cadeias de valor do algodão.

Os participantes se concentraram em transformar as necessidades identificadas em oportunidades de investimento concretas e apresentaram os resultados das consultas nacionais e regionais. Também validaram os termos de referência do Partenariat, incluindo sua estrutura de membros, escopo geográfico e funções principais.

Em seu discurso de abertura, o Vice-Diretor-Geral da OMC, Jean-Marie Paugam, destacou a importância de fortalecer as cadeias de valor algodão–têxtil–vestuário nos países do C-4+ por meio do aumento do valor agregado, da ampliação das oportunidades comerciais e de resultados sustentáveis de desenvolvimento. Ele observou que o objetivo da reunião era triplo: apresentar os relatórios nacionais e regionais resultantes das consultas; destacar as prioridades nacionais e as necessidades de investimento; e explorar as opções de assistência técnica e financiamento propostas pelas instituições financeiras em resposta a essas conclusões. Sua fala completa (em francês) está disponível aqui.

A Sra. Kanayo Awani, Vice-Presidente Executiva do Afreximbank para o Desenvolvimento do Comércio Intra-Africano e de Exportação, ressaltou a necessidade de enfrentar questões relacionadas aos baixos rendimentos e à limitada capacidade de processamento, às mudanças climáticas e sua variabilidade, às flutuações do mercado, aos preços globais do algodão e à infraestrutura e tecnologia insuficientes, que dificultam a produtividade e a eficiência. Para que os países do C-4+ consigam se modernizar e se integrar à cadeia global de valor do algodão, é necessário resolver esses desafios, afirmou.

Durante os dois dias de encontro, o Comitê Diretor participou de sessões temáticas sobre práticas sustentáveis na produção de algodão e sobre mecanismos de financiamento para o desenvolvimento das cadeias de valor, alinhados aos resultados das consultas nacionais. Um painel de alto nível explorou estratégias para destravar investimentos voltados à industrialização do algodão e à transformação local na região do C-4+.

A reunião foi concluída com discussões voltadas para o futuro sobre o apoio às prioridades do C-4+, incluindo a criação de um Fundo de Apoio dedicado ao Partenariat do C-4+ para facilitar a participação em atividades de capacitação e reuniões internacionais importantes. Os participantes também discutiram os preparativos para o próximo Dia Mundial do Algodão, que será realizado em outubro de 2025 no Chade, em colaboração com o Centro de Comércio Internacional (ITC).

Estiveram presentes representantes da OMC, da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Better Cotton (BC), do Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), da FIFA, da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC). Também participaram representantes da Corporação Financeira Internacional (IFC), do Centro de Comércio Internacional (ITC), do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), além de parceiros de desenvolvimento como a China e a União Europeia, bem como representantes dos países do C-4+.

O setor privado foi representado pela Gherzi, uma empresa de consultoria em gestão têxtil e engenharia, que contribuiu com uma apresentação técnica oferecendo insights importantes e orientando as discussões que se seguiram.

A próxima oportunidade para dar continuidade a essas discussões será a reunião do Mecanismo de Consulta do Diretor-Geral sobre o Algodão, agendada para 14 de maio, em Genebra.

Fonte: World Trade Organization

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Agronegócio, Comércio Exterior, Exportação, Internacional, Notícias

Exportações superam US$ 1,8 bilhão, 44% a mais que o mesmo período do ano anterior; Produtos como açúcar, café e carne bovina impulsionam a balança comercial

O comércio entre Brasil e Canadá segue em trajetória recorde. No primeiro trimestre de 2025, as exportações brasileiras ao país norte-americano atingiram o maior valor já registrado para o período: US$ 1,8 bilhão, segundo levantamento do Quick Trade Facts, relatório trimestral elaborado pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC). O valor representa um crescimento expressivo de 44% em relação ao mesmo período de 2024, consolidando o Canadá como um dos principais destinos para os produtos brasileiros.

Impulsionado pelo bom desempenho de itens do agronegócio – como açúcar, café verde, carnes bovina, suína e de frango – e por produtos das indústrias de mineração e transformação, como ouro, ferro, minérios de cobre e níquel, o Brasil obteve um saldo comercial positivo de US$ 1,253 bilhão no trimestre. A corrente de comércio entre os dois países (exportações + importações) também avançou, com alta de 27% no comparativo anual. Também se destacaram itens da indústria de transformação, como óxido de alumínio, maquinário e aeronaves.

“O resultado reforça o interesse do mercado canadense por produtos brasileiros e mostra a consolidação de uma parceria comercial estratégica. Estamos vendo um aumento não apenas em volume, mas também na diversificação da exportação”, afirma Hilton Nascimento, diretor-presidente da CCBC. “Mais uma vez, alcançamos um recorde histórico para o primeiro trimestre, e isso é reflexo direto do trabalho de internacionalização de empresas brasileiras e da atuação conjunta entre instituições públicas e privadas”, completa.

Queda nas importações reflete contexto macroeconômico

As importações brasileiras de produtos canadenses somaram US$ 550 milhões (FOB) no primeiro trimestre – uma queda de 7% em relação a 2024. O resultado é atribuído à desvalorização do real frente ao dólar e ao dólar canadense, que encarece os produtos estrangeiros para o mercado nacional. Além disso, a comparação com os anos anteriores é impactada por importações atípicas de fertilizantes em 2022 e 2023.

Mesmo com a retração, o Canadá segue como um importante fornecedor de bens da indústria química e farmacêutica, como fertilizantes, medicamentos e plásticos, além de máquinas, como helicópteros, turborreatores, turbinas e tratores, e itens de extração mineral, como coque, betume de petróleo, restos de níquel e alumínio, além do carvão mineral. Produtos como nióbio, lentilhas e materiais do setor de óleo e gás também tiveram crescimento nas importações.

Fonte: Câmara de Comércio Brasil-Canadá



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