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Superintendência do Porto de Itajaí mantém os trabalhos de dragagem de manutenção no Complexo Portuário do Rio Itajaí Açu.

Inicialmente, serviço de manutenção será feito pela draga de injeção de água. Em poucos dias, draga de sucção (Hopper) deve chegar para dar sequência aos trabalhos. Os trabalhos de dragagem de manutenção no Complexo Portuário do Rio Itajaí Açu serão retomados nos próximos dias, segundo informações da Superintendência do Porto de Itajaí (Autoridade Portuária).

Inicialmente, os serviços serão realizados pela draga “NJORD”, equipamento este de propriedade da empresa holandesa Van Oord, que injeta potentes jatos de água no fundo do rio, fazendo com que sedimentos sejam eliminados junto com a correnteza.

Com a retomada dos serviços, por meio de ciclos, as etapas de dragagem de manutenção permanentemente serão realizadas ao longo do canal de acesso ao Complexo Portuário do Rio Itajaí Açu – áreas a montante e jusante – do Rio Itajaí Açu e também nas áreas das Bacias de Evolução I (em frente aos portos de Itajaí e Navegantes), II (Baía Afonso Wippel – Saco da Fazenda).

Também de propriedade da empresa Van Oord, espera-se ainda, que, em poucos dias, venha para Itajaí um equipamento de grande porte, podendo ser a draga “UTRECHT”, ou a “HAM 316”, fabricadas na Holanda, ambas de sucção do tipo Hopper, e, com capacidade de cisternas (armazenamentos) de cargas de até 18 mil metros cúbicos de sedimentos. Ambas possuem tonelagem bruta, com comprimentos que podem chegar a 160 metros por 29 de largura.

De extrema necessidade para auxiliar na remoção de materiais sólidos, a draga de sucção, chegando ao Complexo Portuário do Rio Itajaí Açu, estará operando por 24 horas ininterruptas com os serviços de dragagem, garantindo principalmente a segurança das entradas e saídas de navios maiores no complexo, recuperando a profundidade do canal para até 14 metros, tendo a finalidade de reduzir os impactos de inundações, ao promover uma grande vazão das águas das chuvas que descem do Vale do Itajaí.

“Nesse período, últimos 60 dias, têm sido somente de boas notícias para o porto de Itajaí. Com a retomada e o alfandegamento do terminal de contêineres por parte da JBS, e, também na resolução dessa discussão contratual que estava havendo com a empresa de dragagem, ao qual  agora teve uma solução encontrada por parte da Superintendência, temos que agradecer o apoio da Secretaria Nacional de Portos, a ANTAQ, o Terminal Portuário de Navegantes, a Portonave, onde estará aplicando um adiantamento tarifário, e, ainda, elogiar seu posicionamento, demonstrando sempre ser uma parceira da Autoridade Portuária, pois foi assim, durante as obras da primeira etapa da bacia de evolução, e está sendo agora quanto a retomada da dragagem. Nossos agradecimentos também a todo o efetivo da Praticagem por meio de seus Práticos, e, ao contingente da Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí (Marinha), mantendo conosco um diálogo permanente pela segurança de navegação das embarcações, mantendo uma profundidade do canal de acesso operacional, sem nenhum prejuízo nas entradas e saídas dos navios”, pontuou Fábio da Veiga, Superintendente do Porto de Itajaí.

Todas as dragas que chegam ao complexo, para realizar os serviços de dragagem de manutenção, senda elas por sucção, independentemente do número de ciclos, recolhem os sedimentos, carregando-os em sua cisterna, e, num raio de 5 milhas, o equivalente a 10 quilômetros de distância da saída do canal de acesso ao complexo, os dejetos são despejados num ponto indicado pelas autoridades ambientais como área de descarte (bota-fora), sendo depositados em alto mar.

O canal de acesso aos portos tem uma média de 190 metros de largura e cerca de 14 metros de profundidade. De acordo com a Superintendência do Porto de Itajaí, tanto a draga de sucção, quanto a draga de injeção, estarão atuando em conjunto.

TERMO DE ADITIVO CONTRATUAL

Autoridade Portuária de Itajaí acompanhou diariamente a situação frente a permanência dos trabalhos de dragagem, priorizando de forma célere para buscar uma solução imediata, pois sabe-se que o serviço de manutenção de dragagem é fundamental para que o porto de Itajaí, e demais terminais possam dar garantias de movimentação portuária. Um acordo entre a Superintendência do Porto de Itajaí e a empresa Van Oord foi firmado, objetivando pela quitação de reparcelamento de dívida financeira, e, ajustando entre as partes, o retorno imediato das atividades de dragagem.

“Foi formulado um Aditivo Contratual, onde houve uma reprogramação financeira, mas sobretudo, a manutenção da empresa holandesa Van Oord, em continuar fazendo a dragagem permanente até fevereiro de 2026, ou seja, tendo 14 meses de trabalhos pela frente. Dentro de nossa gestão, que está para encerrar, ficamos felizes em solucionar mais este caso, e, para a próxima gestão que vai assumir a superintendência, importante é saber que a retomada do porto já deu sua largada, onde o terminal de contêineres diariamente vem movimentado um número crescente de operações, e, principalmente, com a dragagem já confirmada até fevereiro de 26, dará tranquilidade para que os novos gestores possam pegar ou possam assumir o porto com as contas em dia, com a capacidade plena de movimentação acontecendo, o que dará tranquilidade para eles implementarem os projetos para o bem da cidade”, destacou Fábio da Veiga.

PROCESSO DE TRANSIÇÃO NA SUPERINTENDÊNCIA DO PORTO DE ITAJAÍ

Assim como vem acontecendo na atual administração municipal, equipes de transição estão se reunindo para tratarem da troca de governo em todas as Secretarias, Coordenadorias, Fundações e Autarquias. Em cumprimento a uma legislação, na sede da Superintendência do Porto de Itajaí, não está sendo diferente quanto ao processo de transição desta equipe para a futura e nova equipe que irá administrar a Autoridade Portuária a partir de 1º de janeiro de 2025.

“Aqui na superintendência está ocorrendo um excelente entendimento entre a nossa equipe e os integrantes de transição do futuro governo. Acima de tudo, é importante dizer que o Porto de Itajaí, nos últimos anos, apesar de certas crises, onde muitas vezes sentimos críticas severas, e até em certos pontos injustos, em momento algum deixamos de sermos transparentes, sempre afim de dialogar com todos os setores da sociedade, principalmente relacionado ao grupo de oposição. Nesse sentido, tão logo teve o resultado das eleições, a administração do Porto de Itajaí, por meio de nossa diretoria onde me incluo, juntamente com o Chefe de Gabinete, Giovani Alberto Testoni, Ronaldo Camargo Souza, Diretor Administrativo Financeiro, Jucelino dos Santos Sora (Diretor Geral de Engenharia), Ricardo de Amorim (Diretor Geral de Operações Logísticas), e o Assessor Jurídico, Rafael Luiz Pinto, nos colocamos à disposição para as reuniões de transição. Três encontros já foram realizados com a equipe de transição, reuniões estas que estão sendo positivas, onde estão capitaneadas pelo empresário e advogado, Sr. Eclésio Silva, juntamente com a presença do advogado e representante da OAB Subseção de Itajaí, Dr. James Winter, e, também, pela presença do Dirigente e presidente Sindical dos Trabalhadores Portuários Avulsos, Ernando João Alves Júnior (Correio Jr), e o presidente dos Despachantes Aduaneiros, Paulo Giovani Fabeni.

Estamos fornecendo todas as informações, planejamentos e, tenho plena certeza que pelo bem da cidade, assim deve ser feito de forma transparente, dialogar para que não haja nenhuma interrupção ou nenhum sobressalto na movimentação portuária. Nesse bimestre final, não só do ano, mas dessa gestão também, estamos entregando um porto com as suas contas todas em dia, com o movimento crescente de contêineres movimentados, com a manutenção da carga geral, estando tudo pronto para a próxima temporada de navios de cruzeiro, ou seja, é o porto de Itajaí voltando aos seus melhores dias”, conclui Fábio da Veiga.

 

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Iniciada dragagem de manutenção do canal de acesso à Baía da Babitonga

Objetivo é restabelecer profundidade em 14m para atender os portos de São Francisco do Sul e Itapoá; investimento de R$ 37 milhões é da autoridade portuária

A draga belga Galileu Galilei iniciou, nesta segunda-feira, 4, a dragagem para restabelecer a profundidade mínima de 14 metros em todo o canal de acesso ao Complexo Portuário da Babitonga. A retirada dos sedimentos no fundo do mar será realizada ao longo de todo o canal de acesso (17 km do canal interno e 5 km do canal externo), beneficiando o Porto de São Francisco do Sul e também o Porto Itapoá.

No entorno do Porto de São Francisco do Sul, a dragagem inclui a bacia de evolução, dársena e berços. O valor da obra é de R$ 37 milhões, custeados com recursos da autoridade portuária, e a previsão é que o trabalho demore entre 30 e 40 dias. A estimativa é remover 1,6 milhão de metros cúbicos de sedimentos.

“A dragagem proporciona maior segurança na navegação, agilizando a entrada e saída das embarcações na Baía da Babitonga”, afirma o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Cleverton Vieira. A obra de dragagem se junta a uma série de investimentos que a administração do Porto vem realizando com recursos próprios.

Somente em 2024, foram investidos R$ 25 milhões em melhorias como, as do sistema de Tecnologia da Informação. “Concluímos a revitalização do acesso ferroviário ao Terminal Graneleiro e compramos veículos novos para dar melhores condições de trabalho aos nossos servidores, além de termos adquirido novas defensas e melhorado o sistema de sinalização náutica do canal de acesso”, salienta Vieira.


Draga belga deve remover 1,6 milhão de m³ de sedimentos do canal de acesso. (Foto: Divulgação)

O equipamento
A draga Galileu Galilei é de propriedade da empresa Jan de Nul do Brasil e é uma das mais modernas do mundo: tem 166 metros de comprimento e capacidade de carregamento de 18 mil metros cúbicos, equivalente a 1.800 caminhões trucados. É o mesmo equipamento que realizou o engordamento da praia de Balneário Camboriú em 2021.

O ciclo de dragagem é composto por várias atividades: dragagem e carregamento de sedimentos na cisterna; navegação até a área de descarte (cisterna cheia); despejo dos sedimentos na área de despejo (bota-fora); retorno à área de dragagem (cisterna vazia); e reinício da operação de dragagem.

Com informações da assessoria de imprensa do Porto de São Francisco do Sul.

FONTE: FIESC Iniciada dragagem de manutenção do canal de acesso à Baía da Babitonga | FIESC

 

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Norsul entra no mercado de ship-to-ship bunkering

A Norsul deu mais um passo significativo em sua estratégia de diversificação e crescimento.

Atendendo a uma demanda crescente do mercado, a companhia anuncia nova operação de ship-to-ship bunkering, que consiste no abastecimento de combustível de embarcações de grande porte. Este serviço será realizado na área de fundeio da Baía de São Marcos, no Maranhão, utilizando uma embarcação de aproximadamente 16.000 DWT, com capacidade para realizar em média 30 operações por mês.

Em sinergia com a estratégia de diversificação do negócio, o novo serviço faz parte de um alinhamento à evolução do mercado de navegação brasileiro. “Nesse contexto, surge uma excelente oportunidade para oferecermos nossos serviços em transporte aquaviário para além da cabotagem. A partir deste mês, ampliamos nossa atuação para o apoio portuário com a prestação de serviços de STS bunkering”, explica Christian Lachmann, diretor de chartering e operações da Norsul. Lachmann destaca que este momento é um reflexo da estratégia da companhia, que aos 60 anos, busca novos setores e parcerias, reforçando seu protagonismo no mercado de navegação.

“Estamos em uma nova fase de expansão da companhia e diversificação dos negócios. Em 2023, iniciamos com a cabotagem de contêineres com a Norcoast e, agora, comunicamos ao mercado que também realizamos operações portuárias de ship-to-ship bunkering, ampliando mais uma vez nosso core business”, destaca. O executivo afirma que, desde 2014, a Norsul transporta uma ampla gama de granéis líquidos, incluindo cargas classificadas IMO 1 e IMO 2. Em 2016, iniciou o transporte de hidrocarbonetos, produtos químicos, óleos agrícolas e biocombustíveis. Em 2023, a empresa transportou 2,9 milhões de toneladas de carga líquida. “Nossa expertise no transporte de líquidos foi crucial para essa nova operação, que é mais complexa operacionalmente. A solidez e credibilidade da marca permitiram nossa entrada neste novo nicho,” completa Lachmann.

O bunker tem importância fundamental para o bom funcionamento do comércio nacional e internacional, sendo a principal fonte de combustível para embarcações. Segundo dados da Allied Market Research, o mercado mundial de bunker tinha um valor de 109,6 bilhões de dólares em 2020, sendo esperado um crescimento de 4,3% por ano, até atingir o valor de 164,9 bilhões de dólares em 2030.

A operação da Norsul será realizada em uma área do Porto de Itaqui, localizado na Baía de São Marcos. Segundo Fabiana Durant, gerente executiva náutica da empresa, “Além de estarmos em um dos principais portos do país, essa região possui umas das maiores amplitudes de maré do Brasil, podendo ultrapassar sete metros, o que reflete em fortes correntes marítimas. A operação exige expertise para lidar com as variações intensas de condições ambientais, contudo, temos uma equipe técnica robusta para executar esse tipo de trabalho”.

Devido à sua localização, a Baía de São Marcos é um centro relevante e estratégico para o comércio nacional e internacional.

Norsul entra no mercado de ship-to-ship bunkering – DatamarNews

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Rio Negro atinge 12,68 metros e leva Manaus a viver pior seca da história pelo segundo ano seguido

Afluentes e lagos que atravessam a capital amazonense também secaram, criando um cenário devastador que afeta o ecossistema e a vida daqueles que dependem do rio para sobreviver.

Rio Negro alcançou 12,68 metros às 18h desta quinta-feira (3), marcando a pior seca da história de Manaus pelo segundo ano consecutivo, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB). O Porto da capital, responsável pelo monitoramento das águas desde 1902, só deve divulgar a mínima das últimas 24 horas na manhã desta sexta-feira (4). Este ano, o recorde foi atingido 23 dias antes de 2023, quando o rio havia registrado 12,70 metros em 26 de outubro.

Em comparação, no dia 3 de outubro de 2023, o Rio Negro mediu 15,14 metros, o que representa uma diferença de 2,46 metros a mais do que o nível registrado neste ano, conforme dados do Porto de Manaus.

As águas devem continuar secando e podem ficar abaixo dos 12 metros, segundo as previsões do SGB. O tempo seco e a falta de chuvas regulares ajudam a piorar a situação.

Confira abaixo o ranking das menores cotas da série histórica do Rio Negro, segundo dados do SGB:

  • 12,68 m em 03/10/2024
  • 12,70 m em 2023
  • 13,63 m em 2010
  • 13,64 m em 1963

    Conhecido por suas águas escuras e com quase 1,7 mil quilômetros de extensão, o Rio Negro é um dos principais afluentes do Rio Amazonas e banha a capital do estado. No final de outubro do ano passado, o rio voltou a encher, mantendo um crescimento lento e constante. No dia 17 de junho deste ano, as águas pararam de subir e começou o período de vazante.

    A rápida e antecipada queda no nível das águas gerou preocupação entre as autoridades, que já estão adotando medidas preventivas. Devido à estiagem, a Prefeitura de Manaus declarou situação de emergência por 180 dias e interditou a Praia da Ponta Negra, após o rio ultrapassar a cota mínima de segurança de 16 metros.

    Além da capital, os 61 municípios do Amazonas também enfrentam uma situação de emergência devido à seca. Segundo a Defesa Civil, todas as calhas de rios do estado estão em estado crítico de vazante. Quase 750 mil dos mais de 4 milhões de habitantes do Amazonas estão sendo afetados, o que corresponde a mais de 186 mil famílias.

    O fenômeno tem isolado comunidades e prejudicado a navegação, além de impactar o escoamento da produção das empresas do Polo Industrial. Navios cargueiros já não atracam mais na cidade; em vez disso, transferem as cargas para balsas com calado menor, que são embarcações menos profundas, para seguir até Manaus e atender à indústria.

    A seca levou 29 escolas da zona rural, localizadas ao longo do Rio Negro, a encerrar as aulas no fim de setembro. Outras 16 unidades educacionais no Rio Amazonas continuam com o calendário escolar, sendo oito com aulas totalmente presenciais e oito em formato híbrido. As atividades serão encerradas no dia 18 de outubro, conforme informado pela secretaria de educação municipal.

    Segundo a Prefeitura de Manaus , o calendário anual das escolas ribeirinhas inicia antes da zona urbana, devido à cheia e vazante dos rios, além das especificidades climáticas da região amazônica.

    Em toda orla da capital, o cenário repete o que os manauaras viveram em 2023: o rio “sumiu” e a terra está em arrasada. Afluentes e lagos que cortam a capital amazonense também secaram. O cenário é devastador e impacta o ecossistema e a vida de quem depende do rio para sobreviver.

    • A Praia da Ponta Negra foi fechada para banho. Uma cerca foi instalada no local para impedir banhistas de se aproximarem da água, uma vez que há risco de afogamento por conta dos buracos com a vazante do rio.
    • Na Marina do Davi, ponto de partida de pequenas embarcações para as comunidades que ficam no entorno da capital, a situação é difícil. Moradores contaram ao g1 que um trajeto de barco que durava, em média, 10 minutos, está levando mais de duas horas para ser concluído. O preço das passagens também aumentou. No local, a prefeitura uma ponta de 80 metros de extensão “para promover a acessibilidade segura de passageiros e minimizar os transtornos à população ao novo ponto de ancoragem dos barcos e lanchas”.
    • Na Praia Dourada, onde existem diversos flutuantes de recreio, o rio deu lugar a um mar de lama e o cenário é de abandono. Banhistas e donos de barcos e flutuantes deixaram o local.
    • No Lago do Puraquequara, a equipe do g1 adentrou cerca de 2 km no que antes era um braço do Rio Negro. A situação é a mesma na vizinha Colônia Antônia Aleixo, onde o Lago do Aleixo secou e se transformou em um filete de água.
    • No Porto da Capital, bancos de areia surgiram no meio do rio, forçando as embarcações a se afastarem e ficando cada vez mais longe do local onde costumavam atracar, próximo à pista.
    • Situação semelhante na Orla do Educandos. No entanto, por lá, o rio deu lugar a um mar de lixo que, comumente, é despejado nas águas e que ficou no local por conta da vazante.

      A seca também afetou o famoso Encontro das Águas. Com a vazante, o fenômeno ficou difícil de ser visto. A mistura da água escura do Rio Negro, com a água barrenta do Rio Solimões, é um dos patrimônios do estado e atrai turistas de todos os lugares do Brasil e do mundo.

      Seca impacta vida de quem mora às margens do Rio Negro e seus afluentes

      O carpinteiro Getúlio de Castro, de 57 anos, mora na Marina Rio Belo, às margens do Rio Tarumã-Açu, na zona ribeirinha da capital amazonense. Segundo ele, para sair de lá, é preciso enfrentar um trajeto de duas horas até a Marina do Davi.

      “Um trajeto que eu levava dez minutos pra fazer estamos fazendo duas horas. E em uma parte a gente ainda precisa descer do barco para empurrar, porque não tem como passar porque o riu sumiu”, continuou.

      Quem também é afetado pelo problema é o estaleiro Felipe Lopes, de 54 anos. Ele tem um flutuante na Marina do Davi desde 1994, no qual faz barcos e reparos em pequenas embarcações. Com a seca, o empresário precisou dispensar os funcionários e viu os clientes irem embora.

      “É um cenário muito triste. Estou aqui há muito tempo e nunca tinha visto o que aconteceu aqui ano passado e agora. E este ano parece que vai ser ainda pior. A gente sabe que ninguém tem culpa, mas é complicado, porque tem muita gente que vive aqui e ganha seu pão aqui também”.

      No Puraquequara, na Zona Leste de Manaus, o empresário Erick Santos, de 29 anos, dono de um restaurante que serve peixes e outras comidas regionais, também viu os clientes irem embora.

      Seca severa é fruto da combinação de diversos fatores, alerta especialista

      Segundo Renato Senna, pesquisador e coordenador de hidrologia do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o Amazonas ainda está enfrentando os efeitos da seca do ano passado, como a falta de precipitação.

      O fenômeno deve perdurar até o fim de outubro, quando o tempo no Amazonas deve ser influenciado por outro evento climático: o La Ninã. Com isso, os rios devem voltar aos padrões normais de monitoramento.

      “A expectativa atual é de que no final do último trimestre deste ano possa ocorrer no Oceano Pacífico um evento de águas superficiais mais frias, La Niña, o que poderá favorecer um período chuvoso ligeiramente mais intenso sobre a Amazônia no primeiro semestre de 2025, com perspectiva de recuperação das bacias hidrográficas que formam os rios Negro, Solimões, Madeira e por consequência o Rio Amazonas, voltando a normalidade”, finalizou.

      Rio pode ficar abaixo dos 12 metros, aponta SGB

      Um boletim divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil no fim da semana passada, aponta que o Rio Negro pode ficar abaixo dos 12 metros na vazante histórica deste ano.

      “As descidas estão muito acentuadas em Manaus e, se continuar com essa média de descida de 19 cm por dia, em uma semana poderemos ultrapassar a marca histórica – que é de 12,7 m registrada em 2013 – e, nas próximas semanas, o Rio Negro pode ficar abaixo dos 12 m”, alertou o pesquisador em geociências Artur Matos, coordenador nacional dos Sistemas de Alerta Hidrológico do SGB.

      Ainda segundo Matos, o Rio Negro pode ficar abaixo da cota de 16 metros em Manaus por mais dois meses, com base nas observações do ano passado, que se assemelham ao cenário atual.

      Conforme o SGB, na maior parte da Bacia do Amazonas, os rios estão abaixo da normalidade para a época, e em algumas áreas, as cotas já atingiram os níveis mais baixos da história.

      Ajuda humanitária

      No fim de setembro, a prefeitura da capital informou que concluiu a primeira fase da Operação Estiagem 2024, com a entrega de mantimentos para 55 comunidades ribeirinhas afetadas pela seca do rio Negro. A ação alcançou mais de três mil famílias que vivem desde o Rio Apuaú até o Rio Tarumã-Mirim, afluentes do rio Negro.

      Nessa primeira etapa, a operação entregou cestas básicas, que somam 6.190 itens, mais de 61,9 mil litros de água potável e 6.190 kits de higiene. Algumas comunidades também receberam kits de água, com bombas, mangueiras de 100 metros, para auxiliar os produtores rurais com irrigação, e ainda, filtros de água com capacidade de garantir a produção de água potável, uma ação inédita da prefeitura realizada nesta operação.

      As últimas comunidades atendidas na semana passada foram do rio Tarumã-Mirim, com 1.750 famílias recebendo os kits de ajuda humanitária. Somente nesta localidade foram entregues 3,5 mil cestas básicas, 2,1 mil kits higiênicos, além de 9,6 mil unidades de água potável de dois litros e mais 984 com 20 litros. As comunidades atendidas foram N. Sr.ª de Fátima, Abelha, N. Sr.ª do Livramento, Ebenezer, Julião, Agrovila, Novo Paraíso/Vai quem Quer, São Sebastião, União da Vitória, Três Galhos e Deus Proverá.

      A prefeitura também disse que já se organiza para a segunda e, possivelmente, terceira ase da operação, que vai atender áreas urbanas e comunidades do Rio Amazonas.

      Fonte: G1.Com
      Rio Negro atinge 12,68 metros e leva Manaus a viver pior seca da história pelo segundo ano seguido | Amazonas | G1 (globo.com)

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Porto de Itajaí é liberado pela Receita Federal para operações da JBS

Berços arrendados já podem receber contêineres nas operações de exportação

A Receita Federal finalizou na tarde desta sexta-feira o processo de alfandegamento do Porto de Itajaí. A informação foi confirmada pelo  superintendente do porto, Fábio da Veiga, e pela JBS Terminais.

A decisão será publicada no Diário Oficial da União até a próxima segunda-feira. “Imediatamente, a JBS Terminais começa a receber contêineres para exportação. O primeiro navio a atracar será o NC Bruma, no dia 9 de outubro”, confirmou Fábio da Veiga.

“Era o último passo que faltava. Agora, também passamos a receber navios de contêineres na parte arrendada para a JBS. Com isso, haverá um crescimento rápido, e em dezembro chegaremos à marca de 30 mil contêineres, o que corresponde a aproximadamente 55 mil TEUs”, acrescentou.

A JBS projeta movimentar 58 mil TEUs mensais após 15 dias de operação com linhas regulares nos berços arrendados, um volume 32% superior à movimentação mínima contratual de 44 mil TEUs mensais. Isso indica que o porto retomará suas atividades em ritmo acelerado.

No início do mês, a JBS teve liberação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários pro uso da área B de armazenamento (berços 3 e 4) para colocação de contêineres. O uso dessa área está previsto no contrato de arrendamento quando a área A (berços 1 e 2) atinge 80% de ocupação. A JBS inicia as operações com três linhas regulares e quatro armadores:  MSC, Hapag-Lloyd, Maersk e Norcoast.

LINHAS CONFIRMADAS PARA OUTUBRO
Armadores: MSC, Maersk, Hapag-Lloyd e Norcoast

Roteiro: Qingdao, Busan, Ningbo, Shanghai, Shenzhen, Singapore, Colombo, Rio de Janeiro, Santos, Paranaguá, Itajaí, Imbituba, Santos, Sepetiba, Colombo, Singapore, Qingdao

África
SAT (Hapag-Lloyd) – semanal
WAFEX (Maersk) – semanal

Cabotagem
NORCOAST (Norcoast, Hapag-Lloyd) – semanal
Roteiro: Santos, Paranaguá, Itajaí, Suape, Pecém, Manaus, Pecém, Suape, Santos

Fonte: Diarinho
Porto de Itajaí é liberado pela Receita Federal para operações da JBS | DIARINHO

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Navio com comprimento equivalente a três campos de futebol atraca em SC

O gigante navio Kota Santos tem 334 metros de comprimento e 42 metros de largura

Um navio gigante, com comprimento equivalente a três campos de futebol, atracou no Porto de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, na última semana, chamando atenção pelo tamanho.

O navio de contêineres Kota Santos tem 334 metros de LOA (unidade de medida usada para indicar o comprimento do navio) e 42 metros de largura. Para atracar no porto, dois práticos e três rebocadores foram necessários para o apoio.

Construído em 2005, o navio navega sob bandeira da Libéria, e passou dois dias no litoral catarinense, de onde partiu no sábado (28) para Montevidéu, no Uruguai, onde está atracado nesta segunda-feira (30).

Embora o Kota Santos surpreenda pelo tamanho, estima-se que o maior navio porta-contêineres do mundo atualmente seja o MSC Tessa, com 400 metros de LOA e capacidade para 23 mil contêineres.

Fonte: ND+
Navio com comprimento equivalente a três campos de futebol atraca em SC (ndmais.com.br)

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Boom no Transporte Marítimo: Lucros Disparam e Volumes Batem Recordes

O setor de transporte marítimo de contêineres está vivendo um momento de grande crescimento e os lucros dos principais armadores globais dispararam para mais de US$ 10 bilhões no segundo trimestre de 2024, impulsionados por um aumento significativo nos volumes e nas tarifas de frete.

Por que esse crescimento?

  • Demanda em alta: A demanda global por produtos continua forte, especialmente nos Estados Unidos, impulsionando o transporte marítimo.
  • Desvios pelo Mar Vermelho: Os desvios de rotas devido a conflitos geopolíticos aumentaram os custos e as tarifas.
  • Capacidade limitada: A capacidade dos portos e a disponibilidade de contêineres ainda não conseguiram acompanhar a demanda, o que contribui para a alta dos preços.

Números que impressionam:

  • Volumes recordes: Os volumes de transporte marítimo atingiram níveis históricos, superando o pico de 2021.
  • Portos chineses: Os portos chineses, como Xangai e Ningbo Zhoushan, registraram um crescimento expressivo no volume de contêineres movimentados.
    • Grandes players: Maersk e Cosco, duas das maiores empresas de transporte marítimo do mundo, viram seus lucros quase dobrarem.

    Desafios:

    Apesar do cenário positivo, o setor enfrenta desafios como:

    • Confiabilidade da programação: A confiabilidade da programação dos navios caiu, com atrasos médios de 5,24 dias.
    • Greves portuárias: A ameaça de greves portuárias nos Estados Unidos pode impactar a cadeia de suprimentos global.

    Fonte: Maritime Analytica

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Navio colide contra balsa na travessia entre Santos e Guarujá, veja video

Acidente aconteceu próximo ao píer de atracação da travessia Santos-Guarujá, na Margem Esquerda 

O Porta-Conteiner Tokyo-Bay colidiu contra a balsa FB-30, no Porto de Santos por volta das 13:15h desta segunda-feira dia 16 de setembro. A embarcação de bandeira da Libéria, com 270,9metros de comprimento e 42,9 metros de boca (largura) . A balsa estava vazia e ninguém ficou ferido. O cargueiro atracou no terminal DP World. Notar vídeo abaixo do ocorrido.

Segundo nota da Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), não houve registro de feridos nem indícios de poluição hídrica. Os danos foram inicialmente limitados a avarias leves em ambas as embarcações.

Uma equipe de peritos da CPSP foi enviada ao local para coletar informações para inquérito administrativo, com o objetivo de apurar as circunstâncias e responsabilidades do acontecimento.

A Marinha do Brasil destacou a importância da colaboração da população e disponibilizou os telefones 185 e (13) 3221-3455 para denúncias e emergências náuticas.

Maiores informações: A Tribuna
Navio colide contra balsa na travessia entre Santos e Guarujá; VÍDEO (atribuna.com.br)

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Práticos do Porto de Santos batem record de manobras de navios em um dia

Para o trabalho que incluiu 4 (quatro) navios de 300 metros, e profissionais fizeram mais de 70 escalas.

Os práticos do Porto de Santos manobraram mais de 70 navios num período de 24 horas. Um record, segundo informou a praticagem de São Paulo. O numero que representa o Dobro da data diária foi atingido nessa terça-feira dia 10 de setembro.  Para o trabalho, houve 74 escalas de práticos, já que quatro embarcações de mais de 300 metros necessitam, obrigatoriamente de dois profissionais para a manobra.

O auto numero de navios manobrados ocorreu em função do fechamento do canal do Porto em dois longos períodos, somando mais de 20 horas entre a noite de domingo e inicio da madrugada de terça-feira, por conta da neblina.

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Práticos do Porto de Santos batem recorde de manobras de navios em um dia (atribuna.com.br)

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ONE, HMM e Yang Ming Anunciam Cooperação na Nova Aliança Premier

A Ocean Network Express (ONE), a HMM e a Yang Ming Marine Transport anunciaram que as três empresas continuarão a colaborar estreitamente sob a nova aliança, Premier Alliance, que será implementada por cinco anos a partir de fevereiro de 2025.

Essa cooperação englobará serviços  nas principais rotas comerciais Leste-Oeste: Ásia-Costa Oeste da América do Norte, Ásia-Costa Leste da América do Norte, Ásia-Mediterrâneo, Ásia-Norte da Europa e Ásia-Oriente Médio.

A parceria estratégica e de longa data permite à ONE manter sua oferta de serviços confiáveis e flexíveis, com uma cobertura global ampliada, garantindo maior valor e operação contínua para os clientes.

Jeremy Nixon, CEO da ONE, comentou: “Estamos muito satisfeitos em anunciar que nossa parceria estratégica com a HMM e a Yang Ming nas rotas Leste-Oeste será fortalecida. A colaboração estreita entre as três empresas será ainda mais robusta e aprimorada com esta nova aliança, a partir de fevereiro de 2025.”

“Essa nova aliança tripartite proporcionará serviços de contêineres diretos e confiáveis de ponta a ponta, tanto para as rotas transpacíficas quanto para as Ásia-Europa.”

Os produtos de serviço para a rota transpacífica de 2025 foram lançados pela ONE em março de 2024, e uma atualização abrangente para todos os serviços nas principais rotas comerciais será anunciada separadamente.

Além disso, a MSC colaborará com a Premier Alliance na troca de slots na rota Ásia-Europa, envolvendo nove serviços e ajudando a ONE a oferecer uma cobertura portuária direta mais ampla, com saídas frequentes nas rotas Ásia-Norte da Europa e Mediterrâneo.

Nixon acrescentou: “Estamos empolgados com esta nova parceria estratégica com a MSC, que é a transportadora líder na rota Ásia-Europa. Juntas, a Premier Alliance e a MSC serão capazes de oferecer uma rede robusta e extensa de serviços portuários de ponta a ponta para nossos clientes a partir de fevereiro de 2025.”

“Aguardamos com expectativa essa nova colaboração com a MSC e a troca de expertise operacional e sinergias de rede.”

A ONE anunciou seus produtos principais para as rotas Ásia-Europa, transpacífica e Ásia-Oriente Médio, que começarão em fevereiro do próximo ano.

A nova linha de produtos oferece uma gama mais ampla de serviços confiáveis e flexíveis, além de uma cobertura global ampliada com mais de 80 chamadas diretas em portos.

Nixon concluiu: “Além de divulgar hoje nossos novos planos de implantação para a rota Ásia-Europa, também apresentamos nosso novo guia de produtos para 2025 nas rotas transpacífica e Ásia-Oriente Médio. Desde a nossa fundação em 2018, o número de serviços semanais da ONE e nossa cobertura geográfica cresceram de forma consistente.”

“Estamos comprometidos em oferecer soluções completas de transporte de carga contêinerizada, combinadas com uma gestão precisa e confiável de equipamentos e espaço, apoiados por nossa equipe experiente de atendimento ao cliente e pelos mais recentes avanços em serviços digitais.”

Fonte: Container Management
ONE, HMM and Yang Ming confirm cooperation as Premier Alliance | Container Management (container-mag.com)

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