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Brasil fortalece parceria com o Japão e busca expansão de mercado para carnes e outros produtos agropecuários

A missão oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ao Japão, realizada entre os dias 10 e 12 de fevereiro, foi marcada por avanços para o setor agropecuário brasileiro.

Liderada pelo secretário adjunto da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), Marcel Moreira, a comitiva teve como principal objetivo fortalecer os laços comerciais e avançar nas negociações bilaterais. 

Durante a visita, o secretário adjunto Marcel Moreira, acompanhado do adido agrícola do Brasil no Japão, Marco Pavarino, participou de reuniões com autoridades japonesas. No Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW), foram discutidos temas essenciais para o setor, como a flexibilização da idade limite para o abate de bovinos e a habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação de carne de aves termo processadas.  

Outro encontro ocorreu com as equipes técnicas do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (MAFF), onde a comitiva brasileira tratou da abertura do mercado japonês para a carne bovina e da ampliação do acesso da carne suína. Além disso, foram debatidos outros temas, como por exemplo ajustes nos requisitos de tratamento térmico para a exportação de mangas e medidas para regionalizar o controle da Influenza Aviária.  

A missão também foi marcada por importante encontro com o Ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Taku Eto, e com Deputado Federal Arata Takebe. A reunião contou com a presença do Embaixador do Brasil no Japão, Octavio Cortes, além de representantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). 

Durante o encontro, Moreira ressaltou os aspectos de sanidade, qualidade e sustentabilidade da agropecuária brasileira e a importância da parceria comercial entre Brasil e Japão, que completa 130 anos de diplomacia e comércio bilateral em 2025. Durante o encontro, os lados sinalizaram o interesse em avanços nas negociações, com o objetivo de entregas concretas durante a visita do Presidente Lula ao Japão, prevista para o final de março próximo. 

Para buscar uma aproximação com o setor privado e compreender melhor os canais de comércio no Japão, a missão incluiu ainda visitas a grandes empresas importadoras de carne e a redes de supermercados do país.  

Além do comércio, a cooperação técnica entre os dois países esteve na pauta da visita ao Japão, com destaque para o avanço na parceria para implementar ações em conjunto dentro do Projeto Nacional de Recuperação de Pastagens Degradadas (PNCPD), reforçando o compromisso bilateral com a sustentabilidade e boas práticas agropecuárias. 

Japão: um mercado estratégico para o agro brasileiro

O Japão ocupa um papel estratégico no comércio exterior do agronegócio brasileiro. Em 2023, o país importou mais de US$ 3,31 bilhões em produtos agropecuários do Brasil, consolidando-se como um dos principais destinos das exportações nacionais. As carnes de aves e suína, o café e a soja estão entre os itens mais demandados pelo exigente mercado japonês, que prioriza qualidade e segurança alimentar. 

As negociações em andamento não apenas buscam ampliar esse volume de exportações, mas também diversificar a pauta comercial, abrindo caminho para novos produtos brasileiros no mercado japonês. 

Compromisso com o crescimento do agro brasileiro 

A missão ao Japão reforça o empenho do Mapa em abrir novos mercados e fortalecer as exportações agropecuárias do Brasil. Com um posicionamento estratégico e técnico, o Brasil segue consolidando sua posição como um dos maiores fornecedores globais de alimentos, combinando qualidade, segurança sanitária e sustentabilidade para atender às exigências dos mercados internacionais.

FONTE: Datamar News
Brasil fortalece parceria com o Japão e busca expansão de mercado para carnes e outros produtos agropecuários – DatamarNews

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Informação, Internacional, Sustentabilidade

Financiamento de projetos é tema de reunião entre Brasil e Japão

Banco Japonês para Cooperação Internacional deseja apoiar iniciativas do governo e de empresas brasileiras voltadas à descarbonização e à sustentabilidade ambiental.

Os diversos estímulos do Brasil para fortalecer a economia e atrair investimentos têm despertado o interesse de instituições financeiras estrangeiras que desejam estabelecer parcerias em áreas estratégicas. É o caso do Japan Bank for International Cooperation – JBIC (Banco Japonês para Cooperação Internacional, tradução livre), que esteve no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), nesta quinta-feira (5/2), para conversar sobre a possibilidade de financiar projetos relacionados, por exemplo, à transição energética e à economia verde.

Recebido pelo secretário executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, o diretor executivo sênior para as América do Sul e Central do JBIC, Masayuki Hamamatsu, enalteceu o longo histórico de relações do banco japonês com instituições brasileiras, a exemplo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Com essa instituição, o JBIC já firmou, no passado, vários contratos, inclusive na Linha Green, que apoia projetos ambientais em países em desenvolvimento na forma de empréstimos, garantias e participações no capital. “O banco deseja apoiar o governo brasileiro e a economia como um todo, já que o país tem potencial em diversas áreas. Buscamos também parcerias com empresas em projetos relacionados à descarbonização”, afirmou Masayuki Hamamatsu.

No encontro,  além de conversarem sobre aspectos macroeconômicos favoráveis do Brasil – como o crescimento acima das expectativas do mercado (alta de 3,2% no PIB em 2023 e de 3,5% em 2024) e o fato de o país ter sido o segundo principal destino de Investimentos Estrangeiros Diretos  no primeiro semestre de 2024 (R$ 32,3 bilhões, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) -, o secretário executivo do MDIC e o  diretor executivo do JBIC abordaram questões sobre como o Brasil retomou e fortaleceu a sua produção industrial com a Nova Indústria Brasil (NIB).

“Com a NIB, o governo do presidente Lula estruturou as bases para uma indústria sustentável que gera emprego e renda. Essa política tem como uma de suas seis Missões projetos em bioeconomia, descarbonização, transição e segurança energética, a fim de garantir os recursos necessários para as gerações futuras”, explicou Márcio Elias Rosa. Por isso, o secretário executivo disse ao representante do JBIC que o momento é oportuno para o Brasil estabelecer novas parcerias com o Japão, um dos principais parceiros econômicos do país na Ásia e cuja relação histórica e estratégica abrange investimentos em setores como o da indústria e de energia.

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Uso integrado de combustíveis sustentáveis e tecnologias limpas domina debate entre Brasil e Japão

Representantes dos dois países se reuniram no MDIC para avançar em discussões sobre iniciativas em prol da maior aproximação entre as economias. Integração produtiva também ganhou destaque.

A busca pela descarbonização e transição energética a partir do uso integrado de combustíveis sustentáveis e tecnologias limpas. Essa é a premissa de uma cooperação técnica que está em fase de elaboração pelo Brasil e pelo Japão. Representantes dos dois governos que integram o Comitê Conjunto de Promoção de Comércio e Investimentos e Cooperação Industrial se reuniram, nesta terça-feira (28/1), no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), para avançar nas discussões sobre o tema.

Conhecida como Iniciativa para Combustíveis Sustentáveis e Mobilidade (ISFM), essa estratégia conjunta busca fomentar o uso global e integrado de combustíveis renováveis – como biocombustíveis, biogás, hidrogênio verde e seus derivados – em equipamentos de mobilidade e alto desempenho – como motores híbridos e flex. “A realização da COP 30 em Belém, em novembro deste ano, tem uma importância estratégica para o posicionamento do Brasil na liderança do combate às mudanças climáticas.  Por isso, iniciativas como essa são de extrema relevância para engajar outros países na pauta da descarbonização”, disse o secretário-executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa.

Na reunião, o vice-ministro para Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI), do Japão, Takehiko Matsuo, destacou o potencial da iniciativa para sensibilizar países de todo o mundo sobre os compromissos climáticos globais.  Uma oportunidade para fortalecer debates sobre o assunto acontecerá na Expo Mundial de Osaka, a ser realizada na cidade japonesa em outubro deste ano. “Vamos realizar uma conferência internacional de nível ministerial para discutir sobre a importância dos combustíveis sustentáveis na busca pela neutralidade do carbono”, afirmou.

O encontro entre o METI e o MDIC contou ainda com a participação de representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério de Minas e Energia (MME), a fim de discutir temas que possam figurar na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão, o que deve acontecer em março deste ano. Nessa oportunidade, está prevista a assinatura do memorando que formalizará a cooperação técnica sobre a Iniciativa para Combustíveis Sustentáveis e Mobilidade (ISFM).

Outros assuntos ganharam destaque, como o fortalecimento das relações econômicas entre o Mercosul e o Japão, diálogo mantido entre o bloco econômico e o país asiático desde 2011. Além desse tema, METI e MDIC também conversaram sobre projetos em andamento em relação à iniciativa de co-criação da indústria Brasil-Japão, cooperação formalizada em maio do ano passado, que busca avançar na integração produtiva entre os dois países. Essa iniciativa aborda temas caros para ambos os países, como economia circular e economia digital, com foco no uso de sistemas de satélite; produção e uso do hidrogênio verde; e descarbonização e transição energética com uso da cana-de-açúçar.

“É um desejo do presidente Lula intensificar os diálogos e as relações entre Brasil e Japão. Por isso, essa cooperação tem como objetivo fortalecer essa parceria e promover o desenvolvimento de setores estratégicos dos dois países”, finalizou o secretário-executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa.

FONTE: MDIC
Uso integrado de combustíveis sustentáveis e tecnologias limpas domina debate entre Brasil e Japão — Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Premiê do Japão pede que gabinete elabore pacote de estímulo econômico

O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, instruiu formalmente seus ministros nesta sexta-feira a compilar um novo pacote para amortecer o impacto sofrido pelas famílias com o aumento dos custos de vida, à medida que o novo governo tem como prioridade máxima sair da deflação.

A medida ocorre no momento em que Ishiba, anteriormente visto como um defensor da austeridade fiscal, agora enfatiza, antes de uma eleição geral, que seu foco é fazer com que a economia se livre totalmente da deflação que a tem prejudicado nas últimas três décadas.

“Precisaremos apoiar as pessoas que estão sofrendo com o aumento dos custos no momento até que se estabeleça um ciclo de crescimento positivo, com aumentos salariais que superem a inflação e impulsionem as despesas de capital”, disse Ishiba ao Parlamento em um discurso.

Na quinta-feira, Ishiba disse ao seu gabinete que um orçamento suplementar será compilado para financiar o pacote após a eleição marcada para 27 de outubro.

O novo pacote incluirá pagamentos a famílias de baixa renda e subsídios aos governos locais, disse ele no discurso.

Entre outras políticas econômicas, Ishiba também se comprometeu com esforços para aumentar o salário mínimo para 1.500 ienes (10,24 dólares) por hora nesta década, em comparação com os atuais 1.055 ienes.

As condições econômicas melhoraram e os salários finalmente começaram a crescer após três décadas “perdidas” que se concentraram em cortes de custos, disse ele. “Mas ainda estamos na metade do caminho para alcançar uma economia em que as pessoas possam se sentir seguras para gastar.”

Fonte: Msn.Com
Premiê do Japão pede que gabinete elabore pacote de estímulo econômico (msn.com)

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