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IBGE divulga dados sobre produção industrial de Santa Catarina

O setor industrial catarinense cresceu o dobro da média nacional

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na sexta-feira (13), dados sobre a produção industrial de Santa Catarina. De acordo com o instituto, a produção industrial no estado cresceu 11,8% em julho na comparação com o mesmo período do ano passado.

O percentual é resultado do bom desempenho, observado na fabricação de máquinas e equipamentos (+26,6%), produção de materiais plásticos (+17,3%) e indústria têxtil (+12,4%), entre outros subsetores.

 

Os dados divulgados são resultado da Pesquisa Industrial Mensal, do instituto. O crescimento de 11,8% na indústria catarinense em julho colocou o Estado entre os melhores desempenhos do país. Assim, Santa Catarina ficou em terceiro no ranking nacional, atrás apenas de Paraná (+14,1%) e Amazonas (+12%). A média brasileira, no entanto, ficou em +6,1%.

No acumulado de 2024, o setor industrial catarinense cresceu o dobro da média nacional. Enquanto a indústria brasileira soma alta de 3,2% entre janeiro e julho, a indústria de Santa Catarina teve alta de 6,5%. O percentual é um comparativo com o mesmo período do ano anterior.

O ranking nacional é liderado pelo Rio Grande do Norte, que registrou +19,7%, seguido do Ceará, com +7,6%. Santa Catarina (+6,5%) aparece em terceiro, portanto à frente de estados como Rio de Janeiro (+4,9%), São Paulo (+4,7%) e Paraná (+3,2%).

Fonte: Guararema News
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Dólar sobe e fecha a R$ 5,64, apesar do crescimento do PIB acima do esperado; Ibovespa cai

A moeda norte-americana avançou 0,48%, cotada a R$ 5,6413. já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, recuou 0,41%, aos 134.353 pontos.

O dólar fechou em alta nesta terça-feira (3), apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrar, no segundo trimestre de 2024, um resultado muito acima das projeções.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 1,4% entre abril e junho deste ano. As expectativas do mercado financeiro eram de uma alta de 0,9%.

A semana também é marcada pela divulgação de uma série de dados importantes sobre a atividade econômica pelo mundo. Enquanto investidores esperam pelos resultados, os mercado globais vivem dias de mais cautela e menor aversão aos riscos, com as bolsas pelo mundo registrando baixas.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

O dólar subiu 0,48%, cotado a R$ 5,6413. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,16% na semana e no mês;
  • avanço de 16,26% no ano.

No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,32%, cotada em R$ 5,6142.

Ibovespa

O Ibovespa caiu 0,41%, aos 134.353 pontos. Na mínima do dia, chegou a 134.171.

O saldo negativo foi puxado principalmente pela queda de 3,73% nas ações da Vale, empresa de maior peso no índice. A Petrobras, segunda principal companhia listada, também teve perdas, de 1,21%.

Com o resultado o Ibovespa, acumulou:

  • recuo de 1,21% na semana e no mês;
  • ganho de 0,13% no ano.

Na véspera, o índice fechou em baixa de 0,81%, aos 134.906 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

O Brasil registrou o 12º resultado positivo consecutivo do PIB em bases trimestrais. O saldo vem depois de a atividade econômica brasileira crescer 1% no 1º trimestre. O resultado anterior, de 0,8%, foi revisado pelo IBGE.

Neste 2º trimestre, a Indústria (1,8%) e o setor de Serviços (1%) tiveram altas importantes e compensaram a queda de 2,3% da Agropecuária.

Pelo lado da demanda, todos os itens cresceram. O Consumo das famílias e o Consumo do governo subiram 1,3%, enquanto os Investimentos voltaram a reagir depois de um 2023 muito ruim, com alta de 2,1% neste trimestre.

Analistas do Itaú Unibanco costumam demorar alguns dias para ajustar os cálculos e ainda projetam um crescimento de 2,5% para a economia brasileira em 2024. Mas já destacam que “há um viés de alta para nossa projeção de PIB do ano”.

Outras instituições já divulgaram novas projeções. Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, diz que a casa revisou seu número de 2,5% para 2,7% em 2024.

O analista ressalta que “o crescimento econômico no Brasil está muito pautado nas atividades internas”, o que é corroborado pelo forte crescimento de 7,6% das importações.

O banco BTG Pactual também aumentou suas estimativas. “Nossa projeção para o PIB de 2024 foi revisada de 2,4% para 2,7%, e ainda vemos riscos altistas caso os investimentos se mantenham resilientes ao aperto recente nas condições financeiras”, comentam os analistas, em relatório.

Se por um lado o crescimento mostra, principalmente, uma demanda interna forte, por outro permanece a preocupação com as pressões inflacionárias, segundo Helena Veronese, economista-chefe B.Side Investimentos, que também revisou suas projeções para um PIB de 3% no ano.

“Um PIB mais forte impulsionado justamente por componentes que são mais sensíveis ao ciclo monetário, como consumo das famílias, impõe uma pressão adicional ao Banco Central, que já vinha sinalizando a possibilidade de uma nova alta na taxa Selic”, diz Helena.

O diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, afirmou à Reuters que o avanço do dólar frente ao real nesta terça acompanhou o cenário externo. “O mercado internacional vive um dia de fuga de ativos de risco em função de números piores da economia norte-americana”, disse.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou pela manhã que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial subiu para 47,2 em agosto, de 46,8 em julho. Apesar da alta, a leitura abaixo de 50 seguiu indicando contração no setor industrial, que responde por 10,3% da economia dos EUA.

As fortes baixas do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional foram outro fator de pressão sobre as moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil.

O petróleo recuou quase 5%, enquanto o contrato de janeiro de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), da China, encerrou as negociações do dia com perda de 4,74%, a maior queda desde 31 de outubro de 2022.

“O dólar acompanha o ambiente global de aversão a risco, com o ISM fraco nos EUA, em conjunto com a queda das commodities”, resumiu Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.

O mercado também segue à espera de novos dados da economia norte-americana, com destaque para números do mercado de trabalho, que serão divulgados na sexta-feira (6).

A interpretação de analistas é que, se os números mostrarem uma desaceleração, poderão significar perdas para a economia dos Estados Unidos nos próximos trimestres. O cenário aumentaria as incertezas e levaria investidores a buscarem ativos mais seguros.

Atenções voltadas também para a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), em setembro, para decidir o futuro dos juros do país. A grande expectativa é que a instituição reduza as taxas.

Em agosto, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou, no Simpósio de Jackson Hole, que “chegou a hora” de cortar os juros dos Estados Unidos. A sinalização colabora com a melhora das perspectivas para investimentos de risco no mundo todo.

De volta à economia brasileira, os agentes econômicos seguem de olho também nas contas públicas do país, após o governo federal detalhar, na segunda-feira (2), as diretrizes do Orçamento Federal.

O projeto de orçamento do ano que vem foi enviado pela equipe econômica ao Legislativo na última sexta-feira (30). O orçamento enviado ao Legislativo pela equipe econômica traz um objetivo de déficit zero para as contas do governo em 2025.

Além do mercado financeiro, o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Julio Arcoverde (PP-PI), afirmou nesta segunda que está preocupado com o foco da proposta no aumento da arrecadação de impostos.

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