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Mesmo sem China no mercado, ritmo das vendas de soja supera o de 2024

A antecipação de compras de soja dos Estados Unidos pela China, no fim de 2024, devido à apreensão sobre a política comercial no segundo mandato de Donald Trump, reduziu as aquisições do grão brasileiro neste início de ano.

Apesar disso, o ritmo de comercialização no Brasil é superior ao do mesmo período de 2024, impulsionado pelo câmbio favorável. Segundo a Safras & Mercado, as negociações de soja da safra 2024/25 chegaram a 35% da produção esperada, o equivalente a 60,83 milhões de toneladas. No mesmo período do ano passado, a comercialização antecipada era de 29,1%. Entretanto, o percentual atual ainda está abaixo da média dos últimos cinco anos, de 39%.

A China, maior comprador da soja brasileira, está temporariamente fora do mercado. Em 2024, o país asiático importou um volume recorde do grão, antecipando possíveis tarifas prometidas por Trump. Segundo Rafael Silveira, analista da Safras & Mercado, com o volume de colheita ainda pequeno no Brasil, a comercialização deve se intensificar a partir de fevereiro. “Os chineses são pragmáticos e vão esperar o momento certo para direcionar a demanda para o Brasil. Em fevereiro, teremos o pico da comercialização. O câmbio, no patamar atual, também deve favorecer a procura por soja brasileira”, explica.

Impacto do dólar e expectativas de mercado

A alta do dólar tem sido o principal fator para a valorização dos preços da soja no Brasil. Anderson Galvão, CEO da Céleres, estima que cada dez centavos de valorização do dólar aumentam, em média, R$ 5 por saca. “O câmbio continuará sustentando os preços no início da colheita”, afirma.

As projeções da Safras & Mercado indicam que as exportações brasileiras de soja devem alcançar 107 milhões de toneladas na safra 2024/25. Entre 80 milhões e 81 milhões de toneladas terão como destino a China, superando as 77,5 milhões de toneladas exportadas no ciclo anterior. A maior safra prevista no Brasil é a principal razão para esse crescimento.

Plínio Nastari, presidente da Datagro, reforça que a China não pode prescindir da soja brasileira e deve retomar as compras à medida que a colheita avance. “Mesmo com a antecipação de compras nos EUA, será inevitável que a China volte ao Brasil para adquirir soja”, avalia. Em 2024, 73,4% da soja brasileira exportada teve como destino o mercado chinês, uma redução de 2,6% em relação a 2023.

Produtores cautelosos diante do cenário geopolítico

Apesar do câmbio favorável, as incertezas quanto à política comercial do novo governo Trump estão freando as negociações no Brasil. Leandro Guerra, da LC Guerra Corretora de Cereais, observa que muitos produtores estão apreensivos com a possibilidade de novas tarifas sobre a China pelos EUA. “Se não houvesse esse fator geopolítico, as vendas antecipadas estariam acima de 40%”, aponta.

A lembrança da guerra comercial de 2018, no primeiro mandato de Trump, também influencia as decisões. “Naquela época, vimos uma demanda muito agressiva pela soja brasileira, com prêmios nos portos subindo até 200 pontos. Foi uma mudança de mercado muito rápida, e os produtores estão atentos a um cenário semelhante”, afirma Guerra.

Tiago Medeiros, diretor da Czarnikow, compartilha da mesma visão e afirma que “todo mundo trabalha com a hipótese de retorno das sanções do primeiro governo Trump”. Ele ressalta, no entanto, que as especulações sobre uma nova guerra comercial ainda não impactam diretamente a venda de soja brasileira no momento. “O reflexo será sentido no próximo ciclo”, projeta.

Segundo levantamento da Czarnikow, as vendas da safra atual estão atrasadas, com 35% comercializados, enquanto no mesmo período do ano passado, o percentual era de 40%.

Com a proximidade do pico da colheita e as incertezas globais, o mercado de soja brasileiro segue dividido entre o impacto imediato do câmbio e as expectativas geopolíticas.

Fonte: Globo Rural
Mesmo sem China no mercado, ritmo das vendas de soja supera o de 2024

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BNews Agro Retorno de Trump à presidência preocupa futuro do agronegócio no Brasil; entenda

O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos tem gerado discussões entre representantes do agronegócio brasileiro. 

Isso porque, na primeira gestão do republicano foram impostas tarifas entre 10% e 50% acerca da importação de produtos chineses. No entanto, conforme informações do portal Globo Rural, alguns setores passaram a ter maiores destaques, a exemplo da cadeia da soja.

O professor e coordenador técnico da Fundação Dom Cabral Agroambiental, Marcello Brito, disse que ainda não está claro qual será o direcionamento do mandato. “Primeiro, é preciso aguardar para saber se Trump vai mesmo assinar as 100 medidas prometidas para o dia da posse. Depois, analisar e entender quais são esses anúncios. Sem nada concreto, é difícil mensurar o impacto direto para o agronegócio”, informou, conorme reportagem do Globo Rural.

Brito acredita que, a princípio, o fluxo entre Brasil e EUA não será afetado pelo fluxo de mercadorias agrícolas. No ano passado, os EUA se configuraram como o segundo maior importador de produtos do agro brasileiro, com 23% a mais do que o ano anterior, totalizando US$ 12,1 bilhões, conforme dados do Ministério da Agricultura. O principal destaque foi para as vendas de café, com alta de 67,6%, resultando em US$ 765 milhões.

“Não dá de uma hora para outra os Estados Unidos dizerem que vão taxar o café brasileiro sem terem capacidade de repor o que eventualmente deixarem de comprar. O aumento das tarifas será aplicado com muito cuidado, e os americanos vão selecionar os produtos que tragam menos impacto para a sua demanda”, informou Brito, segundo o Globo Rural.

O professor estima que uma nova guerra comercial entre EUA e China pode ter um impacto reduzido para as exportações de produtos agropecuários brasileiros devido as mudanças do mercado global em relação a 2018. “Neste segundo mandato, Trump vai pegar um mundo geopoliticamente diferente. Além de haver pouco espaço vazio para ser ocupado nos mercados, distúrbios geopolíticos, como guerras, já foram precificados, e o comércio já fez os devidos ajustes”, acrescentou à reportagem.

A chefe da área de agricultura nos EUA da consultoria Hedgepoint Global Markets, Chris Trant, prevê o domínio da oferta de grãos ao mercado chinês, visto que foram 105 milhões de toneladas de soja para a China em 2024 e o Brasil compôs 75% desse volume.

“As tarifas [prometidas por Trump] podem gerar volatilidade no mercado de grãos, mas o agricultor dos EUA está menos dependente da China, graças à demanda interna. Já a China reduziu sua dependência da soja americana, centrando o foco no Brasil. A questão mais relevante será se Trump reduzirá o apoio à produção de biocombustíveis e de energia renovável”, disse Trant, conforme reportagem.

Em relação aos efeitos sobre os biocombustíveis, diretor no Brasil da Czarnikow, Tiago Medeiros, avalia que “Trump vai buscar a autossuficiência energética dos Estados Unidos. Isso implica em aumentar não só a exploração de petróleo, mas a produção de etanol no mercado doméstico, principalmente na Califórnia”.

FONTE: bnews
Retorno de Trump à presidência preocupa futuro do agronegócio no Brasil; entenda

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Agro paulista registra alta de 5,8% nas exportações em 2024.

Complexo sucroalcooleiro correspondeu por 40% das exportações do estado; China permaneceu como o principal destino, apesar de queda de quase 20% no valor total São Paulo tem superávit de R$ 150 bi em exportações agropecuárias em 2024.

As exportações do agronegócio de São Paulo registraram alta de 5,8% em 2024, alcançando um superávit de R$ 150 bilhões, conforme dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento publicados pela Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios). As exportações do setor somaram R$ 184,7 bilhões, um aumento de 6,8% em relação a 2023. A cifra corresponde a 43,2% das exportações totais do estado e 18,6% do agronegócio brasileiro. Já as importações totalizaram R$ 34 bilhões, com um crescimento de 11,9%. PRINCIPAIS PRODUTOS Destaque para o complexo sucroalcooleiro, com 40,1% de participação no agro paulista com R$ 74,16 bilhões. O etanol e açúcar representaram 7,0% e 93,0%, respectivamente. O segmento de carnes ocupou a 2ª posição, com 11,6% de participação e US$ 3,57 bilhões em receita.

Em seguida, os produtos florestais responderam por 10,2% das exportações, com US$ 3,14 bilhões. A celulose foi o principal produto, representando 54,9% do setor, seguida pelo papel, com 37,4%. O setor de sucos alcançou uma participação de 9,6%, totalizando US$ 2,95 bilhões, com o suco de laranja liderando as exportações, respondendo por 98,1% do valor embarcado. O complexo soja, que fecha a lista dos cinco principais grupos exportados, representou 7,4% do total, com exportações de US$ 2,27 bilhões, sendo a soja em grão responsável por 78,9% desse montante.

Esses grupos responderam por 78,9% das exportações setoriais paulistas. O café, que ocupou a 6ª posição, manteve sua relevância no mercado internacional, com vendas totais de US$ 1,28 bilhão. Em 2024, em relação ao ano anterior, os principais grupos de produtos da pauta paulista apresentaram variações expressivas nos valores exportados. Os setores de café (+42,9%), sucos (+29,7%), produtos florestais (+16,3%), carnes (+13,4%) e o complexo sucroalcooleiro (+11,6%) registraram crescimento. Essas mudanças nas receitas de exportação refletem tanto a oscilação de preços quanto o volume das mercado.

Esses grupos responderam por 78,9% das exportações setoriais paulistas. O café, que ocupou a 6ª posição, manteve sua relevância no mercado internacional, com vendas totais de US$ 1,28 bilhão.

Em 2024, em relação ao ano anterior, os principais grupos de produtos da pauta paulista apresentaram variações expressivas nos valores exportados. Os setores de café (+42,9%), sucos (+29,7%), produtos florestais (+16,3%), carnes (+13,4%) e o complexo sucroalcooleiro (+11,6%) registraram crescimento. Essas mudanças nas receitas de exportação refletem tanto a oscilação de preços quanto o volume das mercadorias embarcadas.

DESTINOS

A China permaneceu como o principal mercado do agro paulista, com R$ 35,57 bilhões, apesar de uma queda de 19,1% no valor total. A União Europeia ocupou o 2º lugar, com R$ 23,45 bilhões, seguida pelos Estados Unidos, que registraram R$ 20,8 bilhões e apresentaram alta de 21,5% em comparação ao ano anterior.

FONTE: Poder360
Agro paulista registra alta de 5,8% nas exportações em 2024

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Petróleo russo sofre sanções de Biden; governo americano alega que medida seria para enfraquecer financiamento da guerra

O governo Biden adotou como alvo, nesta sexta-feira (10), o setor energético da Rússia, incluindo sua indústria petrolífera, com algumas de suas sanções mais severas até o momento. O objetivo é cortar o financiamento para a guerra de Moscou contra a Ucrânia.

As mudanças radicais, tomadas pouco mais de uma semana antes do presidente Joe Biden deixar o cargo, ocorrem no momento em que o presidente eleito Donald Trump diz que está se preparando para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin. Elas também têm o potencial de enfraquecer os investidores no mercados de energia.

Altos funcionários da administração dos EUA disseram que querem deixar Kiev – e a nova administração Trump – com uma posição favorável para potenciais negociações.

Esses funcionários expressaram esperança de que a próxima administração manteria e aplicaria as sanções, apesar do ceticismo anterior de alguns funcionários de Trump sobre a eficácia de tais medidas.

As novas sanções contra “a maior e mais importante fonte de receita do Kremlin” atingiram centenas de alvos, incluindo duas das maiores empresas petrolíferas da Rússia: a Public Joint Stock Company Gazprom Neft e a Surgutneftegas.

As sanções também têm como alvo quase 200 navios transportadores de petróleo, muitos dos quais são acusados ​​de fazer parte da chamada “frota sombra” que trabalha para fugir das sanções, bem como comerciantes de petróleo e autoridades de energia. Eles também miram a produção e exportação de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia.

“Esperamos que nossas ações custem à Rússia mais de bilhões de dólares por mês”, disse um alto funcionário do governo.

As sanções, introduzidas em coordenação com o Reino Unido, são parte da abordagem mais ampla da administração para reforçar Kiev. A administração Biden anunciou na última quinta-feira (9) sua parcela final de ajuda militar para a Ucrânia, avaliada em cerca de US$ 500 milhões.

O Pentágono disse na sexta-feira que haverá “pouco menos de US$ 4 bilhões” em financiamento da Presidential Drawdown Authority que será transferido para a administração Trump para financiar ajuda à Ucrânia.

“Essas sanções, somadas às ações que tomamos nas últimas semanas, ajudam a colocar a Ucrânia em uma posição na qual eles têm a capacidade de trabalhar com o novo governo para tentar encontrar uma paz justa”, disse um segundo alto funcionário do governo.

Na quinta-feira, Trump reiterou seu desejo de acabar com a guerra na Ucrânia: “O presidente Putin quer se reunir — ele disse isso até publicamente — e temos que acabar com essa guerra. Isso é uma bagunça sangrenta”, ele o presidente americano.

O primeiro alto funcionário da administração reconheceu que “cabe inteiramente” à equipe de Trump “determinar se, quando e em que termos poderão levantar quaisquer sanções que tenhamos implementado”.

Além disso, a força das sanções dependerá em grande parte da sua aplicação, com um responsável refletindo que “temos de fazer corresponder cada evasão a uma contramedida, e isso exigirá vontade política”.

“A Rússia fará todos os esforços para contornar essas sanções. É inevitável”, disse o oficial.

“Mas a evasão não é sem custos. A Rússia tem tido uma necessidade constante de se adaptar e reorientar suas cadeias de suprimentos. Isso cria ineficiência. Cria incerteza. Cria complexidade. Então nossas sanções são como quilos de areia nas engrenagens da máquina de guerra da Rússia”, disseram.

As medidas de hoje não têm sanções secundárias contra países específicos, afirmaram autoridades. China e Índia foram os principais importadores de petróleo russo durante a guerra na Ucrânia.

As autoridades argumentaram que esperaram até os últimos dias do governo para impor as sanções, em parte por causa do estado do mercado global de petróleo e do potencial impacto na economia dos EUA.

A invasão da Ucrânia pela Rússia no início de 2022 gerou temores de grandes interrupções no fornecimento de um dos principais produtores do mundo.

Os preços do petróleo atingiram US$ 130 o barril em março de 2022, contribuindo para a crise inflacionária na economia dos EUA e levando os preços da gasolina a máximas históricas.

“Durante grande parte desta guerra, os suprimentos globais estavam escassos e corriam o risco de não atender à demanda”, explicou o primeiro alto funcionário do governo, observando que isso provavelmente aumentaria as receitas para a Rússia “enquanto aumentaria os preços nas bombas de gasolina para as famílias nos Estados Unidos e em todo o mundo”.

Agora, disse o funcionário, tanto os mercados de petróleo quanto a economia dos EUA “estão em uma posição fundamentalmente melhor”.

Os Estados Unidos estão produzindo mais petróleo do que qualquer nação na história mundial, forçando a OPEP a reduzir o fornecimento. Os preços do petróleo têm sido relativamente contidos, em parte por causa da produção recorde dos EUA.

Ainda assim, os preços do petróleo subiram acentuadamente na manhã de sexta-feira, mesmo antes do anúncio oficial das sanções, com alguns traders culpando os rumores de sanções.

O petróleo bruto dos EUA saltou 4% para quase US$ 77 o barril. O petróleo bruto Brent, referência mundial, avançou 3,7% para cerca de US$ 80 o barril.

Fonte: CNN
Biden impõe sanções ao petróleo russo para enfraquecer financiamento de guerra

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Déficit comercial dos EUA aumenta em novembro

O déficit comercial subiu 6,2%, para US$ 78,2 bilhões, ante US$ 73,6 bilhões revisados para cima em outubro

O déficit comercial dos Estados Unidos aumentou em novembro, provavelmente porque empresas preocupadas com as ameaças do presidente eleito Donald Trump de elevar as tarifas sobre produtos estrangeiros anteciparam importações, mais do que compensando a alta das exportações, que atingiram um recorde.

O déficit comercial subiu 6,2%, para US$ 78,2 bilhões, ante US$ 73,6 bilhões revisados para cima em outubro, informou o Departamento de Comércio nesta terça-feira (7).

Economistas consultados pela Reuters previam que o déficit comercial aumentaria para US$ 78,0 bilhões, em comparação com os US$ 73,8 bilhões informados anteriormente em outubro.

As importações aumentaram 3,4%, chegando a US$ 351,6 bilhões.

As importações de mercadorias cresceram 4,3%, chegando a US$ 280,9 bilhões. Trump disse que imporá uma tarifa de 25% sobre todos os produtos de México e Canadá e uma tarifa adicional de 10% sobre os produtos da China.

Na segunda-feira (6), ele refutou uma reportagem que dizia que seus assessores estavam explorando planos tarifários que cobririam apenas importações críticas.

As exportações avançaram 2,7%, chegando a US$ 273,4 bilhões, um recorde histórico. As exportações de mercadorias aumentaram 3,6%, chegando a US$ 177,6 bilhões.

FONTE: CNN Brasil
Déficit comercial dos EUA aumenta em novembro | CNN Brasil

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Nova greve em portos nos EUA pode afetar indústrias e comércio de grãos

Analistas alertam que uma possível retomada da greve pelos trabalhadores da International Longshoremen’s Association (ILA) em portos nos Estados Unidos, a partir de 15 de janeiro, pode ter um impacto maior nas indústrias norte-americanas, incluindo os grãos.

Em outubro, uma greve de 3 dias – após impasses sobre a extensão dos contratos – paralisou portos da Costa Leste e da Costa do Golfo, incluindo o Porto de Nova York e New Jersey e o Porto de Savannah, na Geórgia. A primeira greve afetou apenas os embarques de contêineres – nos EUA grande parte dos grãos é transportada a granel. Mas, se a possível greve durar mais de alguns dias, os atrasos também podem afetar o comércio de grãos, destacaram analistas.
Trabalhadores portuários do país e seus empregadores concordaram em retomar as negociações formais em 7 de janeiro, de acordo com fontes familiarizadas com as negociações.

A liderança sindical ameaça realizar uma nova paralisação a partir de 15 de janeiro, quando expira o contrato atual. No ano passado, a greve terminou depois que os empregadores, sob pressão da administração Joe Biden, concordaram com um aumento salarial provisório de 62% ao longo de seis anos. As duas partes concordaram em estender o contrato por três meses enquanto negociavam outras questões, como o uso de automação nos portos.

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, expressou apoio à ILA, o que pode encorajar os trabalhadores. As negociações fracassaram em novembro, quando os líderes sindicais se irritaram com os planos dos empregadores de expandir o uso de máquinas semiautomáticas nos portos.

Trump, em dezembro, disse que a automação ameaça empregos e que as empresas de transporte marítimo com sede no exterior, que controlam o grupo de empregadores, deveriam investir em salários em vez de máquinas.

FONTE: UOL
Greve em portos dos Estados Unidos preocupam

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Déficit comercial com EUA evitará sanções de Trump, diz Mdic

País pretende aprofundar vínculos comerciais, afirma secretária

O déficit comercial do Brasil com os Estados Unidos deverá contribuir para que o país fique fora do foco da elevação de tarifas prometida pelo presidente eleito, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (6) a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Tatiana Prazeres. Segundo Tatiana, o governo brasileiro pretende trabalhar para manter e aprofundar os vínculos econômicos com a maior economia do planeta.

Conforme as estatísticas do Mdic, em 2024, o Brasil teve pequeno déficit comercial de US$ 253 milhões com os Estados Unidos. O país exportou US$ 40,330 bilhões e importou US$ 40,583 bilhões no ano passado, o que torna os Estados Unidos o segundo maior parceiro comercial do Brasil, o segundo maior destino das mercadorias brasileiras e a terceira maior fonte de importações.

“O Brasil, na contabilidade do próprio governo americano, somando-se bens e serviços, responde pelo sexto superávit comercial dos Estados Unidos. A questão do superávit ou déficit comercial é algo que parece chamar a atenção do próximo governo dos Estados Unidos e, nesse quesito, o fato de que os americanos acumulam superávit com o Brasil deveria ser levado em conta”, disse a secretária na apresentação dos dados da balança comercial de 2024.

Segundo Tatiana Prazeres, as discussões do Diálogo Comercial Brasil–Estados Unidos, canal direto de diálogo entre o Mdic, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos (DOC) e a Administração de Comércio Internacional (ITA), contribuirão para fortalecer as relações comerciais e os vínculos econômicos entre os dois países. O encontro mais recente ocorreu em setembro do ano passado.

Outro fator que deverá contribuir para o fortalecimento das relações econômicas são os fortes vínculos entre as empresas brasileiras e norte-americanas e as companhias empresas dos Estados Unidos com filiais no Brasil. “O fluxo intercompanhia significativo entre o Brasil e os Estados Unidos deve fazer com que a relação comercial não seja apenas poupada, mas privilegiada”, destacou a secretária.

Recordes

Tatiana ressaltou que, em 2024, o Brasil registrou recorde de exportações para cerca de 50 países, entre os quais Estados Unidos, Espanha, Canadá, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. De acordo com a secretária, as vendas de automóveis, aeronaves, compressores e bombas de ar, carnes bovina e suína, minério de ferro, celulose e sucos de fruta subiram fortemente no ano passado.

As exportações para a China, no entanto, caíram 9,3% no ano passado, tanto por causa da queda no preço internacional das commodities (bens primários com cotação internacional) quanto por causa da desaceleração do país asiático, maior parceiro comercial do Brasil. Apenas em dezembro, o valor exportado para a China desabou 40,2% na comparação com o mesmo mês de 2023.

Importações

Quanto às importações, que subiram 9% no ano passado e fizeram o superávit da balança comercial cair para US$ 74,552 bilhões em 2024, a secretária afirmou que boa parte da alta se concentrou em bens de capital (máquinas e bens usados na produção). Em 2024, a compra desse tipo de bem atingiu o maior nível em dez anos, o que indica o uso das importações para investimentos produtivos no Brasil.

No ano passado, as importações de bens de capital aumentaram 20,6% em valores. O volume comprado cresceu 25,6%, com os preços médios caindo 4,7%. As importações de bens de consumo subiram 23,4%, com alta de 19,1% no volume e queda de 1,3% no preço médio. As compras de bens intermediários subiram 7%, com alta de 15,9% no volume e recuo de 9,3% nos preços.

FONTE: Agencia Brasil
Déficit comercial com EUA evitará sanções de Trump, diz Mdic | Agência Brasil

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Equipe de transição de Trump prepara retirada imediata dos EUA da OMS

O plano, que se alinha com as críticas de longa data de Trump à agência de saúde da ONU, marcaria uma mudança dramática na política de saúde global dos EUA e isolaria ainda mais Washington

Integrantes da equipe de transição presidencial de Donald Trump estão preparando terreno para que os Estados Unidos se retirem da Organização Mundial da Saúde (OMS) no primeiro dia de seu segundo mandato, de acordo com um especialista em leis de saúde familiarizado com as discussões.

“Sei de fonte segura que ele planeja se retirar, provavelmente no primeiro dia ou logo no início de seu governo”, afirmou Lawrence Gostin, professor de saúde global da Universidade de Georgetown, em Washington, e diretor do Centro de Colaboração da OMS em Direito Sanitário Nacional e Global.

O jornal britânico Financial Times foi o primeiro a informar sobre os planos, citando dois especialistas. O segundo especialista, o ex-coordenador de resposta à Covid-19 da Casa Branca Ashish Jha, não estava imediatamente disponível para comentar.

A equipe de transição de Trump não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

O plano, que se alinha com as críticas de longa data de Trump à agência de saúde da ONU, marcaria uma mudança dramática na política de saúde global dos EUA e isolaria ainda mais Washington dos esforços internacionais para combater pandemias.

Trump nomeou vários críticos da organização para cargos importantes na área de saúde pública, incluindo Robert F. Kennedy Jr., um cético em relação a vacinas indicado ao cargo de secretário de Saúde e Serviços Humanos, que supervisiona todos os principais órgãos de saúde dos EUA, incluindo CDC e FDA. Trump iniciou o processo de retirada da OMS, que durou um ano, em 2020, mas, seis meses depois, seu sucessor, o presidente Joe Biden, reverteu a decisão.

Trump argumentou que a agência não conseguiu responsabilizar a China pela disseminação precoce da Covid-19. Ele chamou repetidamente a OMS de “fantoche de Pequim” e prometeu redirecionar as contribuições dos EUA para iniciativas domésticas de saúde.

Um porta-voz da OMS se recusou a comentar diretamente, mas encaminhou à Reuters aos comentários do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva de imprensa em 10 de dezembro, na qual foi perguntado se ele estava preocupado com a possibilidade de o governo Trump se retirar da organização.

Tedros disse, na ocasião, que a OMS precisava dar aos EUA tempo e espaço para a transição.

FONTE: InfoMoney

Equipe de transição de Trump prepara retirada imediata dos EUA da OMS

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SC quer ampliar negócios com os Estados Unidos

Encontro foi realizado na FIESC, em Florianópolis, nesta quarta-feira, dia 11
Florianópolis, 11.12.2024 – Em reunião com o cônsul-geral dos Estados Unidos em Porto Alegre, Jason Green, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou que Santa Catarina quer aumentar o comércio com o país norte-americano. No encontro, realizado nesta quarta-feira, dia 11, em Florianópolis, o cônsul também conheceu a Academia FIESC de Negócios e o Observatório FIESC. 

Os Estados Unidos são o principal destino das exportações catarinenses. De janeiro a outubro, os embarques totalizaram US$ 1,4 bilhão. Entre os principais produtos destacam-se: obras de carpintaria para construção, motores elétricos, partes de motor, madeira e móveis. No mesmo período, SC importou US$ 1,9 bilhão dos Estados Unidos. Entre os produtos, destacam-se: polímeros de etileno, veículos, borracha sintética e reagentes de laboratório.

“Temos um dever de casa: incrementar o comércio. Queremos nos aproximar ainda mais dos Estados Unidos”, disse Aguiar, lembrando que esse mercado compra produtos de valor agregado. 

Green observou a importância do trabalho em conjunto e colocou o Consulado à disposição para ampliar as ações entre SC e os Estados Unidos.

FONTE: FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/sc-quer-ampliar-negocios-com-os-estados-unidos?utm_campaign=gecorrp__newsletter_fiesc_12122024&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
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META busca novos reatores nucleares para Data Center nos Estados Unidos

Mirando maior desenvolvimento para concretizar seus projetos de inteligência artificial, a Meta anunciou na última terça-feira (03) que começou a procurar parceiros relacionados à área de energia nuclear. A ideia da empresa é gerar pelo menos entre um e quatro gigawatts no início de 2030.

A revelação ocorreu por meio do site oficial da Meta, que manifestou a vontade de iniciar solicitações de propostas para encontrar desenvolvedoras interessadas no projeto. Para a empresa, com a chegada de novas tecnologias impactantes, a energia nuclear é a modalidade que pode prover as necessidades de alimentação aos data centers da empresa em uma pegada mais sustentável.

Dessa forma, a companhia de Mark Zuckerberg busca empresas especializadas que possam desenvolver novos aceleradores nucleares em larga escala. Assim, seria possível alcançar a redução de custos de materiais e chegar a um estado de industrialização com menos níveis de emissão de carbono.

Energia nuclear é o futuro da Big Techs

Essa não é a primeira vez que a Meta se lança ao mercado da energia nuclear. No início de novembro, a companhia teve os planos para a construção de um data center nos Estados Unidos interrompidos por conta de uma espécie rara de abelha nas proximidades do terreno, que inviabilizou a construção.

A busca por soluções nucleares não é exclusiva da Meta, uma vez que Google e Microsoft estão embarcando nessa estratégia. A companhia dona do Facebook, Meta e Instagram revela priorizar tecnologias de reatores modulares pequenos (SMR), mais fáceis de construir e que geram menos custos, mas também está aberta a reatores maiores.

Por enquanto, a companhia não firmou nenhum acordo para o início das construções, mas a tendência é que em breve a Meta anuncie integralmente os planos para a construção de uma usina nuclear voltada à alimentação de data centers para IA.

FONTE: Tec mundo
https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400694-meta-quer-usar-reatores-nucleares-para-aumentar-seus-data-centers.htm

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