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Exportações atingem nível máximo em um ano

Os preços de exportação uruguaios aumentaram pelo terceiro mês consecutivo; e atingiu seu nível mais alto desde setembro de 2023.

Segundo relatório da Câmara das Indústrias do Uruguai (CIU). O Índice de Preços nas Exportações (IPE) refletiu aumento de 1,8% em novembro em relação a outubro; e 3,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este indicador atingiu 160 pontos, assinalando o seu valor máximo em 2024; o que mostra o dinamismo do sector exportador apesar dos desafios económicos globais.

No âmbito industrial, os preços também apresentaram comportamento positivo. O índice de preços das exportações industriais aumentou 1,5% em novembro e 5,5% em termos anuais; atingindo 179,3 pontos. Este aumento representa o terceiro mês consecutivo de crescimento e o maior nível desde agosto de 2023; quando foram registrados 179,6 pontos.

Por setores, Alimentos, Bebidas e Tabaco lideraram o crescimento; com aumento de 1,3% na comparação mensal e de 11,2% na comparação anual, impulsionado principalmente pela carne desossada. Em contrapartida, os preços do setor Têxtil, Vestuário e Couro permaneceram praticamente estáveis, com aumento de 0,3% em relação ao mês anterior; embora tenham registado uma queda homóloga de 2,6% devido à queda dos preços da lã noil. Já a categoria Químicos e Plásticos teve aumento de 3,2% na comparação mensal; mas relatou uma diminuição de 2% em comparação com o ano anterior.

FONTE: TodoLogistica
Exportações atingem nível máximo em um ano – TodoLOGISTICA NEWS

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Com foco na indústria de móveis, FIESC lança o SC Day USA

Missão será de 23 de abril a 1° de maio, na cidade de High Point, localizada no estado da Carolina do Norte, onde é realizada a maior feira de móveis do mundo
Florianópolis, 15.01.25 – Com foco na indústria moveleira, a Federação das Indústrias de SC (FIESC) lançou o SC Day USA, que será realizado de 23 de abril a 1° de maio, na cidade de High Point, no estado da Carolina do Norte. A iniciativa é promovida em parceria com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (AMCHAM) e prevê a participação na High Point Market, a maior feira de móveis do mundo. Além disso, estão programadas rodadas de negócios estrategicamente articuladas, participação em seminários técnicos na Universidade de High Point, visitas técnicas a indústrias locais e capacitação setorial.

“O principal destino das exportações catarinenses são os Estados Unidos, mas podemos ampliar a nossa participação no comércio internacional. Dada a qualidade que a nossa indústria moveleira possui, há um grande potencial para expandir as vendas internacionais”, disse o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, lembrando que os Estados Unidos são o maior mercado consumidor do mundo e o principal mercado importador de móveis de Santa Catarina.

Em sua apresentação, a diretora de negócios internacionais da AMCHAM, Camila Moura, explicou que High Point é a capital mundial dos móveis e sedia a High Point Market — maior evento do setor no mundo, com a participação de 75 mil visitantes de 100 países. “O Brasil tem um grande potencial no setor moveleiro e os Estados Unidos são o maior comprador do mundo na área. Existe um espaço e ele pode ser ocupado por empresas brasileiras e catarinenses”, afirmou.

“Estamos muito animados com o lançamento da missão. Essa é uma ação concreta de promoção comercial num setor em que Santa Catarina é muito competitiva”, disse o CEO da AMCHAM, Abrão Neto.

“O mercado norte-americano tem uma particularidade: compra produtos de alto valor agregado”, afirmou a presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, salientando que a imersão à High Point vai promover a interação entre os fabricantes catarinenses e os fabricantes locais, além da aproximação com os compradores internacionais.

As inscrições para participar da missão estão abertas, mas as vagas são limitadas. Acesse fiesc.com.br/scday, confira os detalhes da programação e inscreva-se.

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Cidade catarinense é líder nacional em importação por dois anos seguidos

O PORTO BRASILEIRO ONDE AS IMPORTAÇÕES CRESCEM ANO A ANO… E OS PE’S SE DESTACAM.

A cidade de Itajaí, localizada no litoral norte de Santa Catarina, foi a cidade brasileira que mais importou mercadorias nos últimos dois anos. Em 2024, o município registrou um volume de 15,91 bilhões de dólares em importações, revelando um crescimento de 21% em relação a 2023 (13,14 bilhões).

Em volumes totais, a quantidade de mercadorias importadas por empresas de Itajaí chegou a 6,6 bilhões de quilogramas líquidos, sendo que mais de 60% das importações vieram da China, com destaque para polímeros de etileno, cobre e acessórios para veículos. É o principal porto da região, sendo o segundo maior do país em movimentação de contêineres. O canal interno do Complexo tem o comprimento 3,2 mil metros, largura entre 120 metros e 150 metros e profundidade de 11 metros.

Além de Itajaí (SC), o “top 3” conta com Manaus (AM), em segundo lugar, seguido por São Paulo (SP). O porto de Manaus também é um grande importador de PE’s. Os dados são do Comex Stat, sistema oficial de estatísticas do comércio exterior, e foram levantados pela empresa especializada em importação e exportação Tek Trade.

FONTE: Veja
Cidade catarinense é líder nacional em importação… | VEJA

 

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Manual de LPCO da Exportação

Confira aqui as informações mais recentes sobre o LPCO de exportação e importação e outras

10/01/2025 – Guia para solicitação de certificado fitossanitário em formato eletrônico (e-Phyto).

Guia para emissão de certificação fitossanitária no formato eletrônico (e-Phyto) foi instituída por meio da Portaria Mapa n° 749, de 24 de dezembro de 2024, passando a ser de uso obrigatório a partir do dia 13 de janeiro de 2025, atendidas as hipóteses e condições previstas na referida Portaria.

NOTA: Os países Taiwan, Vietnã e aqueles integrantes da União Econômica Eurasiática  – UEE (Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Rússia) não aceitam o Certificado Fitossanitário com assinatura eletrônica e tampouco estão registrados no HUB de Certificação Eletrônica (e-phyto) da Convenção Internacional para a Proteção de Vegetais – CIPV. Assim, para os citados países não poderá ser emitido Certificado Fitossanitário eletrônico, via Sistema SHIVA.

09/07/2019 – Informação Vigiagro nº 01/2019 – Certificação Fitossanitária – Novo manual para solicitação de certificação fitossanitária via Portal Único de Comércio Exterior

Atualização do guia para criação de LPCOs para solicitação de certificação fitossanitária para Produtos de Origem Vegetal em operações de exportação comerciais (com ou sem DU-E) ou para produtos transportados como bagagem por viajantes, amostras sem valor comercial e Remessa Expressa ou Postal. Também foram incluídos os modelos de formulários da IN 71/2018 e respectivos drafts editáveis.

 07/11/2018 – Informação Vigiagro nº 01/2018 – Lançado o novo processo de exportação para produtos de origem vegetal via Portal Único

Informa sobre o novo processo de exportação para fins da obtenção de certificados emitidos pelo MAPA na  Produtos de Origem Vegetal utilizando o sistema Portal Único de modo integrado com o SIGVIG 3.

FONTE: MAPA.gov
Manual de LPCO da Exportação — Ministério da Agricultura e Pecuária

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Brasil exporta menos para Ásia e América do Sul em 2024.

China tem queda no fluxo, mas ainda lidera e concentra 28% das vendas brasileiras ao exterior.

O comércio exterior brasileiro registrou uma redução de exportações para a Ásia em 2024 na comparação com o ano anterior. A queda no volume cambial foi de 5,3% –sem considerar o Oriente Médio, que tem uma configuração no fluxo diferente do resto do continente.  Apesar da retração, os países asiáticos ainda concentram o maior montante (US$ 144,4 bilhões) das vendas do Brasil ao exterior. 

A América do Sul também apresentou retração como destino para as exportações brasileiras. Nesse caso, foi mais expressiva (-14,0%). Por outro lado, houve alta de 6,2% nas exportações à América do Norte. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. 

Leia o detalhamento no infográfico abaixo:

Sócio da BMJ Consultoria, Welber Barral diz que a queda para a Ásia foi influenciada por causa da desvalorização de algumas commodities agrícolas em 2024. O resultado foi puxado especialmente pelo fluxo com a China, o maior parceiro comercial do Brasil. “Quando você pega a exportação brasileira para a China, fundamentalmente está falando de minério de ferro, soja e milho. Esses 3 produtos perderam preço em 2024”, declarou ao Poder360. Commodities são bens básicos de origem natural ou agrícola. Exemplos incluem grãos e metais. Já o aumento para a América do Norte veio pela venda de petróleo, principalmente aos Estados Unidos, segundo Welber.

“O Brasil exporta muito petróleo cru para os EUA e importa derivados”, disse. No caso da América o Sul, o impacto veio por parte da Argentina. O país teve duas quedas consecutivas no PIB (Produto Interno Bruto) e só voltou a crescer no 3º trimestre, o que diminuiu o poder de compra no ano.

“A Argentina é o principal importador de produtos manufaturados brasileiros. Isso acaba afetando também o resultado da balança do Brasil para a América do Sul como um todo”, afirmou o especialista. China, Estados Unidos e Argentina são os 3 maiores parceiros comerciais do Brasil. A nação asiática lidera a participação nas vendas ao exterior e concentra 28% do volume cambial das exportações (US$ 94,4 bilhões).

Leia no infográfico abaixo:

O top 10 de destinos das vendas brasileiras também inclui países da Europa. A maior mudança em relação ao ranking de 2023 foi a Alemanha, que subiu de posição e passou a ocupar o 10º lugar.

Compare o fluxo:

FONTE: Poder 360
Brasil exporta menos para Ásia e América do Sul em 2024

 

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Comércio exterior ajuda o Rio exportador

A balança comercial fluminense fechou 2024 com superávit de US$ 16,9 bilhões. O Estado respondeu por 13,56% das exportações, mantendo o 2º lugar no país, e 10,56% das importações, a 3ª posição nacional.
O principal produto exportado foi o petróleo. Outro setor importante foi o siderúrgico. Os dados são do Ministério da Economia.
“Os portos do Rio podem se beneficiar, principalmente se houver fortalecimento da cabotagem, modernização do setor e novas tecnologias agregadas. Há uma expectativa de importantes avanços, com projeção de crescimento de empregos pela Economia do Mar”, afirma a deputada Célia Jordão (PL), presidente da Comissão Especial de Indústria Naval, de Offshore e de Petróleo e Gás da Assembleia Legislativa.

 

A biodiversidade do Rio sobrevive
Uma família de passarinhos da rara espécie popularmente conhecida como Tesourinha-da-Mata, só existente na Mata Atlântica, foi vista no Parque Estadual dos Três Picos, na Região Serrana do Rio, administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). “O registro proporciona um momento de êxtase por fazer parte do resultado de um trabalho árduo e diário, em prol da conservação da biodiversidade no Estado”, avalia a gestora do Parque, Maria Alice Pícoli.
Sancionada campanha permanente de cinomose
O governador Cláudio Castro sancionou lei sobre campanha de conscientização da cinomose canina, do deputado Danniel Librelon (REP). Serão divulgados os riscos, transmissão, sintomas, prevenção e tratamento da doença, que é contagiosa. “A cinomose é muito comum. É essencial informar”, afirma o parlamentar.
Deputado quer investir R$ 2 milhões em Campos
O deputado estadual Thiago Rangel (PMB) solicitou, por meio de emendas na Lei Orçamentária Anual, investimento de R$ 2 milhões para Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. Desse valor, R$ 1 milhão será para a PM comprar cinco viaturas e R$ 1 milhão para o Hospital Regional Ferreira Machado.
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Exportação de bens de alta tecnologia foi a que mais cresceu em 2024

Exportação de bens de alta tecnologia foi a que mais cresceu em 2024

As exportações de bens de alta tecnologia foram as que mais cresceram em 2024 entre os setores industriais, com aumento de 11,5%. Segundo o detalhamento dos dados da balança comercial, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre os produtos que mais se destacaram no aumento das exportações no ano passado, estão aeronaves, instrumentos e aparelhos de medida e verificação e equipamentos de comunicação e partes e medicamentos.

“A boa performance do Brasil nesse segmento de alta intensidade tecnológica mostra uma evolução das exportações brasileiras, com maior valor agregado”, afirma o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, lembrando que quando as empresas exportam mais, elas também investem mais e ampliam a contratação de mão de obra no país.

Com o aumento das exportações de bens de alta tecnologia, a participação desse segmento na indústria de transformação passou de 3,8% em 2023, para 4,2% em 2024. Ao todo, de acordo com os dados divulgados nesta semana, a indústria de transformação bateu recorde de exportação de US$ 181,9 bilhões em 2024, maior valor desde o início da série histórica (1997).

O resultado positivo foi influenciado principalmente pelas maiores exportações de aeronaves e partes. Esse item apresentou aumento de exportação de 22,7%, passando de US$ 3,6 bilhões em 2023 para US$ 4,4 bilhões em 2024. Os principais destinos foram os Estados Unidos, com aumento de 36,2%, e União Europeia, com ampliação de 20,7%.

Também houve crescimento nas exportações de outros produtos de alta tecnologia, como instrumentos e aparelhos de medida e verificação, por exemplo, instrumentos de navegação aérea, controles de veículos e reguladores de vazão, que cresceram 15,8%. Foi registrado, ainda, aumento na exportação de equipamentos de comunicação e partes, com 10,5%, e de produtos considerados outros medicamentos, como medicamentos contendo hormônios e compostos heterocíclicos, com 2,6%.

Já na categoria de média-alta tecnologia, embora tenha apresentado redução de 1,5% nas exportações como um todo, houve crescimento de 2,9% em 2024 de automóveis de passageiros, passando US$ 4,1 bilhões em 2023 para US$ 4,3 bilhões em 2024. O detalhamento mostra a ampliação das exportações de automóveis para a Argentina (54%), Colômbia (16,8%), Uruguai (8,6%) e Paraguai (10,5%).

A indústria de baixa tecnologia, onde se enquadram, por exemplo, alimentos e bens agroindustriais, também apresentou crescimento de 8,6% no valor exportado. A categoria representou 50,1% das exportações industriais.

A classificação de produtos por intensidade tecnológica é uma metodologia desenvolvida pela OCDE, disponível em: https://www.oecd.org/en/publications/revision-of-the-high-technology-sector-and-product-classification_134337307632.html. As informações dessa nota foram preparadas apenas com propósito analítico.

Ressaltamos que essa classificação não integra o conjunto de informações oficiais de comércio exterior, regido pelo Decreto nº 11.544, de junho de 2023. Para mais detalhes, recomendamos consultar a publicação da OCDE, já que a Secretaria de Comércio Exterior não dispõe de informações adicionais além das apresentadas na nota e na referência mencionada.

FONTE: MDIC
Exportação de bens de alta tecnologia foi a que mais cresceu em 2024 — Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Comércio marítimo brasileiro cresce 2,2% em 2024, a US$ 492,5 bi, diz ATP

Os portos brasileiros consolidaram sua posição como motores do comércio exterior no ano passado, sendo responsáveis por 97,2% do volume total de exportações e importações

Levantamento da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) mostra que a corrente de comércio brasileira via marítima somou US$ 492,5 bilhões em 2024, registrando um crescimento de 2,24% em comparação com 2023, enquanto a balança comercial brasileira via marítima recuou 12,9% na mesma comparação.
A corrente comercial é a soma das exportações com as importações, já a balança comercial, ou saldo, é a diferença entre as vendas e as compras externas. No caso brasileiro, o saldo é positivo. Segundo o estudo feito pela Coordenação de Pesquisas e Desenvolvimento da entidade e obtido com exclusividade pelo Broadcast, os portos brasileiros consolidaram sua posição como motores do comércio exterior no ano passado, sendo responsáveis por 97,2% do volume total de exportações e importações. Em valor FOB (Free On Board), a representatividade foi de 82,1%.

“Para sustentar esse protagonismo, investimentos contínuos em infraestrutura e eficiência serão cruciais, garantindo que o Brasil mantenha sua competitividade e explore novas oportunidades no mercado internacional”, ressalta o presidente da ATP, Murillo Barbosa.

De acordo com a ATP, a balança comercial brasileira foi pressionada no ano passado pelo aumento das importações e pela queda no valor médio de commodities-chave, como soja (-16,5%), combustíveis minerais (-4,07%) e minérios (-3,06%). Por outro lado, alguns produtos brasileiros ganharam destaque no cenário internacional.

“O café, por exemplo, registrou um crescimento impressionante de 52,7% em valor FOB, impulsionado por uma alta tanto na quantidade exportada quanto nos preços médios. A celulose também apresentou resultados positivos, com um aumento de 34,8% no mesmo indicador, consolidando-se como um dos principais itens da pauta exportadora do País”, informa a ATP.

A associação reúne 35 empresas de grande porte e congrega 69 Terminais privados no Brasil. Juntas, as associadas movimentam 60% da carga portuária brasileira e respondem pela geração de 47 mil empregos diretos e indiretos.

FONTE: CNN Brasil
Comércio marítimo brasileiro cresce 2,2% em 2024, a US$ 492,5 bi, diz ATP | CNN Brasil

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Apesar de incertezas, exportações devem se recuperar em 2025, diz Prazeres ao CNN Money

A secretária atribuiu esta ligeira queda principalmente à redução nos preços de commodities importantes, como soja, petróleo e minério de ferro.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou nesta segunda-feira (6) os dados da balança comercial de 2024, revelando um superávit de US$ 74,6 bilhões, o segundo melhor resultado da história do país.

Tatiana Prazeres, Secretária de Comércio Exterior, em entrevista ao CNN Money, destacou que o Brasil manteve um patamar elevado nas exportações, com um recuo de apenas 0,8% em relação ao ano anterior. Ela atribuiu esta ligeira queda principalmente à redução nos preços de commodities importantes, como soja, petróleo e minério de ferro.

VIDEO: https://youtu.be/V0AtZEtV0Fg

Mas, olhando para o futuro, a secretária expressou expectativas positivas para 2025, prevendo uma recuperação nos preços e na produção de soja, o que pode recolocar o produto na liderança das exportações brasileiras.

Quanto ao saldo comercial para 2025, o MDIC projeta um intervalo entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões. Prazeres justificou a amplitude citando incertezas no cenário internacional, mas enfatizou que, independentemente do resultado final, o saldo deverá ser robusto.

Desempenho positivo das exportações

Apesar do recuo no valor total, Prazeres ressaltou o aumento no volume de produtos embarcados. “O Brasil bateu o recorde de exportações para mais de 50 mercados, inclusive Estados Unidos, Espanha, Canadá, Emirados Árabes, Indonésia”, afirmou a secretária.

Um ponto destacado foi o crescimento das exportações da indústria de transformação, que superou o desempenho das demais categorias. Isso sinaliza uma diversificação positiva na pauta exportadora brasileira.

Importações e investimentos

No que diz respeito às importações, houve um aumento significativo na compra de bens de capital, indicando investimentos produtivos no Brasil. A secretária mencionou que o país registrou o maior valor importado de bens de capital nos últimos dez anos, o que ela interpreta como um sinal de confiança na economia brasileira.

Prazeres também chamou atenção para o aumento nas importações de veículos elétricos e medicamentos, tanto para uso humano quanto veterinário, que compõem uma parte significativa da categoria de bens de consumo importados.

FONTE: CNN Brasil
Apesar de incertezas, exportações devem se recuperar em 2025, diz Prazeres ao CNN Money | CNN Brasil

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Comércio exterior terá mais evidência em 2025, apostam analistas

Após redução no superavit da balança de 2024, especialistas esperam recuperação das exportações neste novo ano e apontam oportunidades e incertezas para o país

Menos exportações e mais importações foram a cara da balança comercial brasileira em 2024 e analistas apostam em nova safra recorde que vai contribuir para aumentar o saldo da balança comercial neste ano que começa.

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) estima que, neste ano de 2025, a balança comercial brasileira deve registrar um superavit comercial de US$ 93 bilhões, o que indicaria um aumento de 23,7% em relação aos US$ 75,2 bilhões estimados para 2024. A AEB ainda prevê que as exportações devem atingir US$ 358,8 bilhões, com alta de 5,7% em relação a 2024, e as importações somem US$ 265,7 bilhões no ano que vem, o que representa um aumento de 28,3% em relação ao valor projetado para o ano passado.

A entidade ressalta que, após anos de estabilidade, o valor do dólar voltou a ter importância nas operações de comércio exterior, principalmente pelas fortes oscilações recentes. Considerando o cenário político interno, níveis de taxas de juros internacionais e domésticas, índices de inflação, dívida pública federal, contas governamentais, entre outros fatores, ela projeta um câmbio oscilante entre um piso de R$ 5,60 e um teto de R$ 6,40. Dólar mais forte, apesar de ruim para a inflação doméstica é bom para os exportadores, porque os produtos nacionais ficam mais competitivos.

Saldo menor

Conforme os dados mais recentes divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria, Desenvolvimento, Comércio e Serviços (Mdic) até a 3ª semana de dezembro, mostram que as vendas de produtos brasileiros para outros países tiveram queda de 1,9% no acumulado de 2024, somando US$ 329,3 bilhões, enquanto as aquisições cresceram 8,5% e atingiram US$ 258,1 bilhões. Nesse período, a corrente de comércio avançou 2,4%, somando US$ 587,4 bilhões.

Diante disso, o saldo da balança comercial encolheu 27,2%, para US$ 71,1 bilhões no acumulado até a terceira semana do mês passado. Apesar da queda, as exportações devem registrar a segunda ou a terceira melhor marca da história. O resultado negativo foi impulsionado pela forte queda nas exportações do agronegócio, a exemplo da soja, que, até novembro, regredia 17,9%, em relação ao mesmo período de 2023, e o milho, que, na mesma base de comparação, registrava queda de 40,5%.

Apesar da redução nos valores das exportações do agronegócio, a produção se manteve praticamente estável em quantidade, com um leve crescimento de 2,1% no acumulado do ano até novembro. Na avaliação do especialista em comércio internacional e conselheiro e cofundador da BMJ Consultores Associados, Welber Barral, a principal explicação para essa queda na participação de produtos historicamente fortes na balança é decorrente da queda no preço dessas commodities no mercado internacional.

“Nos últimos quatro anos, o Brasil teve um superavit muito grande na balança comercial. Chegou a quase US$ 100 bilhões. Em 2024, começamos a ver uma tendência diferente: o Brasil não diminuiu a quantidade exportada. O Brasil continua a registrar safras recordes, manteve fundamentalmente a quantidade exportada, mas o preço diminuiu em boa parte das commodities. Então, isso afetou o valor total exportado”, explica Barral.

O economista do Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR) Carlos Alberto Decotelli, no entanto, avalia que há dois fatores que o agronegócio deve levar em consideração para voltar a ter um ritmo maior de crescimento: aumentar a diversidade logística, com expansão de rotas comerciais, além de expandir a variedade de parceiros.

“Nós temos que ter uma saída pelo Pacífico, para que haja redução do custo logístico. Quanto mais caro for o custo logístico, maior serão os entraves em termos de sustentar o fluxo de comércio”, sustenta Decotelli. “Também haverá maior expansão do agronegócio exatamente no momento em que houver uma diversidade maior em relação aos clientes internacionais que fazem negócio com o Brasil”, afirma, ainda, o economista.

Por outro lado, a indústria extrativa seguiu em ritmo de crescimento ao longo do ano e avançou 6,5% em valor exportado até novembro, com destaques positivos para os minérios de cobre (21%), alumínio (35,1%), além dos óleos brutos de petróleo (9,5%). Também houve crescimento da indústria de transformação, que subiu 3%, com a produção de veículos para transporte de mercadorias, peças de automóveis e aeronaves entre os principais segmentos que avançaram em 2024.

No caso das importações, houve aumento forte no valor dos desembarques de bens industriais, em 20,9%, e de bens de consumo (25,6%), e de bens intermediários (6,9%). Somente os combustíveis registraram retração: de 4,9%. Na análise de Barral, o crescimento das importações está diretamente ligado ao crescimento da atividade econômica no país, com um avanço mais forte do Produto Interno Bruto (PIB).

“Quando há aumento de crescimento econômico no Brasil, cresce a importação, não só a de bens de consumo, como também a de bens de capital, o que é positivo e indica investimento da indústria brasileira. E aumentou também a importação de insumos para atender à demanda interna no Brasil”, avalia Welber Barral. “Devemos fechar este ano com um superavit muito importante, próximo a US$ 70 bilhões, mas inferior ao registrado nos últimos anos”, acrescenta.

Recuperação

Apesar de estimar uma recuperação para o próximo ano, a AEB avalia que ainda é preciso ter cautela, ao considerar que diversas variáveis podem influenciar essa estatística, como as guerras no Leste Europeu e no Oriente Médio e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. “Independentemente do nível da taxa cambial vigente, as exportações de produtos manufaturados do Brasil têm na América do Sul seu principal mercado de destino, embora, neste momento, estejamos assistindo a uma agressiva política comercial da China nesta região, retirando a liderança brasileira nas exportações para seus vizinhos”, destaca.

Mesmo com a balança comercial menos favorável, o ano de 2024 ficará para a história pela celebração da conclusão do acordo entre União Europeia (UE) e Mercosul, após 25 anos de negociações. Juntos, os dois blocos possuem um PIB de US$ 22 trilhões e, de acordo com uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), concretizado-se, o pacto pode gerar um acréscimo de 0,5% no PIB do Brasil por ano.

“É um avanço muito importante, eu acho que o acordo entre Mercosul e União Europeia é extremamente relevante, principalmente nesse momento em que a gente tem um risco de aumento de protecionismo com o governo de Donald Trump, ou ser realista de que não tem um efeito imediato”, avalia Barral. Embora tenha sido anunciado, o acordo ainda precisa ser aprovado pelos parlamentares dos países-membros e isso pode demorar ainda um longo tempo. As principais resistências dentro do bloco europeu são da França e da Itália.

“Ou seja, nós estamos falando de um passo que vai depois para a revisão jurídica entre membros do Mercosul e União Europeia, posteriormente para os parlamentos nacionais e para o Parlamento Europeu para ser aprovado. Então nós estamos falando de um prazo de quatro a cinco anos para começar a vigorar”, explica o especialista em comércio internacional.

Incertezas

Ainda há muita incerteza, também, em relação ao comércio entre Brasil e Estados Unidos, que alcançou um volume de US$ 73,9 bilhões na corrente comercial no acumulado de janeiro a novembro de 2024.

Com a vitória de Trump nas eleições presidenciais, a partir da posse no próximo dia 20, poderá haver mudanças nessa relação. Recentemente, o presidente eleito ameaçou aumentar as tarifas de produtos importados brasileiros, acusando o país de cobrar muitos impostos. Segundo ele, “a Índia cobra muito, o Brasil cobra muito” e, como resposta, sinalizou que os EUA “vão cobrar a mesma coisa”.

Apesar disso, uma mudança tarifária não seria tão simples como se imagina, de acordo com o professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB) Newton Marques. “Não é tão fácil assim para o Trump, de repente, mudar isso daí. Porque você imagina os importadores norte-americanos. Eles precisam também das importações dos países do Brics para eles poderem exportar. Então, o jogo é bilateral. Não tem um jogo de um lado só”, destaca.

“Tomar medidas repentinas podem desajustar bastante os parques produtivos e partes econômicas dos países, principalmente dos EUA, porque eles se aproveitaram de preços mais baixos das importações para poder garantir um determinado nível de atividade econômica”, afirma o acadêmico.

Fonte: Correio Braziliense
https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2024/12/7023932-comercio-exterior-tera-mais-evidencia-em-2025-apostam-analistas.html

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