Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Investimento, Notícias, Sustentabilidade

A UIA pede investimentos em infraestrutura na licitação do VNT

Uma semana após a abertura dos envelopes, o Congresso exige transparência.

A licitação para a Hidrovia Tronco (VNT), eixo do comércio exterior da Argentina e de outros países da região, continua gerando polêmicas nas esferas política e empresarial. Enquanto no Congresso diferentes setores cobram explicações do Governo e questionam o possível favoritismo no processo, a União Industrial Argentina (UIA) definiu sua posição e exigiu maior previsibilidade e melhores condições de infraestrutura para aumentar a competitividade do país.

A entidade, presidida por Daniel Funes de Rioja, analisou em sua última reunião um relatório elaborado por especialistas sobre o impacto da licitação e destacou a importância de fazer investimentos importantes no VNT. Segundo a entidade, “é fundamental avançar nas melhorias necessárias, principalmente na dragagem a 40 pés, para garantir a eficiência e a competitividade do comércio exterior”.

A posição da UIA é relevante em um contexto em que empresas internacionais denunciam que o processo licitatório poderia ser feito sob medida para favorecer a empresa belga Jan de Nul, atual operadora do serviço desde 1995. A empresa belga DEME e a dinamarquesa Rohde Nielsen pediram a nulidade do edital, enquanto senadores radicais pediram a abertura do concurso para a estatal chinesa Shanghai Dredging Company.

Preocupações com taxas

A entidade industrial também enfatizou a necessidade de consolidar um ritmo competitivo em termos regionais e internacionais, já que 80% das exportações argentinas dependem do VNT.

80% das exportações argentinas navegam pelo VNT.

Nesse sentido, destacaram que o processo deve incluir incentivos à produção nacional, à aquisição de barcaças e navios, bem como à incorporação de combustíveis sustentáveis para fortalecer o transporte de cargas no país e na região.

À medida que a contagem regressiva para a abertura dos envelopes em 12 de fevereiro avança, as críticas ao processo continuam. Da oposição, a Coalizão Cívica e setores do PRO pediram explicações ao Governo sobre a transparência da licitação, enquanto a Fundação Pensar, ligada a Mauricio Macri, alertou sobre os riscos de um processo “apressado” que poderia afetar a economia nacional.

O resultado da licitação definirá o futuro de um dos negócios mais relevantes para o private equity multinacional na Argentina. A UIA, por sua vez, entra no debate com um pedido claro: garantir investimentos e regras do jogo que potencializem o desenvolvimento industrial e a competitividade do país.

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Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Logística, Notícias, Sustentabilidade

Apagão de logísticos, hora de mobilização geral

O setor logístico brasileiro enfrenta desafios significativos em 2025, com três problemas estruturais que têm gerado grande preocupação para a Associação Brasileira de Logística (Abralog): o aumento do absenteísmo, a alta rotatividade de funcionários (turnover) e a dificuldade de encontrar profissionais qualificados.

Esses fenômenos, se não forem enfrentados com urgência, podem comprometer a produtividade e a competitividade das operações logísticas no país. A falta de profissionais capacitados, somada à dificuldade de retê-los, é um dos maiores obstáculos do setor. A rápida adoção de tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e Big Data trouxe uma demanda por competências ainda escassas no Brasil. Discussões promovidas pela Abralog apontam que o ritmo acelerado de crescimento do setor supera a capacidade das empresas de formar ou atrair talentos qualificados, especialmente em áreas técnicas e operacionais.

Outro ponto crítico é o turnover elevado, que se tornou uma característica marcante na logística. Entre os profissionais mais jovens, como os da Geração Z, há uma inclinação para o imediatismo e menor fidelidade às organizações. Muitos priorizam experiências rápidas e oportunidades momentâneas em detrimento da estabilidade no emprego. Essa tendência é agravada pela ausência de práticas consistentes de gestão de pessoas em diversas empresas, como avaliações regulares, feedbacks estruturados e planos claros de carreira e salários.

Além disso, os trabalhadores buscam mais do que remuneração: eles procuram propósito e valores alinhados às suas expectativas pessoais. A falta desses elementos contribui para a insatisfação e para a troca constante de empregadores, prejudicando a estabilidade das equipes e impactando diretamente o desempenho operacional das empresas logísticas.

O absenteísmo também tem registrado aumento significativo, especialmente em áreas operacionais. Com baixos índices de desemprego e um mercado aquecido, muitos trabalhadores percebem maior segurança no emprego e passam a adotar comportamentos menos comprometidos com suas funções. O cenário reflete uma mudança na dinâmica do mercado operacional, onde faltar ao trabalho é visto como algo com baixo impacto para o trabalhador.

Outro fator que contribui para o absenteísmo é a oferta crescente de trabalhos temporários bem remunerados, como motoristas de aplicativos ou entregadores em plataformas digitais. Muitos profissionais optam por essas atividades em detrimento do emprego formal ou até mesmo deixam de comparecer ao trabalho para realizar “bicos”, atraídos pela flexibilidade de horário e vantagens financeiras dessas ocupações alternativas.

Nesse contexto desafiador, destaca-se também a importância crescente da automação e digitalização nas operações logísticas como uma forma de equilibrar o ecossistema. Ferramentas tecnológicas baseadas em IA, IoT e automação têm sido adotadas para otimizar processos, como previsão de demandas, gestão de armazéns e roteirização. Essas soluções surgem como medidas contingenciais e estruturantes para lidar com gargalos operacionais e aumentar a eficiência diante da escassez de mão de obra.

Diante desse quadro alarmante, a Abralog acredita que é hora de descruzar os braços e entrar oficialmente nessa batalha, pois não é possível assistir passivamente cenário que ameaça nossas bases. Vamos mobilizar as empresas associadas, entidades setoriais, companhias em geral e também o governo para promover debates amplos e buscar soluções práticas que mitiguem os efeitos do absenteísmo, turnover elevado e falta de qualificação profissional.

Essa iniciativa será uma pauta recorrente nos canais oficiais da Abralog – site, redes sociais e eventos –, reforçando o compromisso com a sustentabilidade do segmento logístico brasileiro.

As operações logísticas são fundamentais para a economia brasileira; compreender essas mudanças é essencial para enfrentar os desafios atuais com sucesso. A Abralog reafirma seu papel e sua presença nesse movimento estratégico para garantir futuro para empresas e logísticos.

FONTE: CamaraLog

Apagão de logísticos, hora de mobilização geral – CâmaraLog

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ESG, Notícias, Oportunidade de Mercado, Social, Sustentabilidade

Terminal do Porto de Santos recebe Selo Pró-Clima de Descarbonização de Portos

A Transbrasa, terminal alfandegado do Porto de Santos, recebeu o Selo Pró-Clima Ouro 2024, uma iniciativa da Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos (ABDP). Este selo reconhece e celebra os portos e empresas membros da Aliança que estão na vanguarda da sustentabilidade, demonstrando compromisso com a redução de emissões e práticas ambientais responsáveis.

A Aliança é um fórum onde portos e terminais discutem melhores práticas para desenvolver soluções para a descarbonização.

A ABDP também atua para inovar em tecnologias limpas e melhorar a eficiência operacional de maneira sustentável.

“A inovação está na essência da Transbrasa, que investe continuamente em melhorias na eficiência da logística para o cliente, no bem-estar de nossos colaboradores e nas melhores práticas ambientais”, explica o CEO, Bayard Umbuzeiro Neto. “O Selo Ouro demonstra que estamos cumprindo o nosso papel de atuar de maneira efetiva para a descarbonização das atividades do nosso terminal, em consonância com os compromissos ambientais dos nossos clientes”.

A ABDP é um espaço democrático destinado à troca de experiências e de informações, com o objetivo de acelerar o processo de descarbonização dos setores portuário e aquaviário no Brasil.​

Ela busca promover a colaboração dos mais diversos atores, tanto nacionais quanto internacionais, incentivando o compartilhamento de conhecimento e tecnologias e a implementação de novas ações estratégicas para a descarbonização de portos e frotas.

O setor portuário brasileiro tem a necessidade de se adequar às novas exigências globais de práticas sustentáveis, em um contexto onde a descarbonização se tornou um fator crítico para a competitividade internacional.

A Transbrasa é um membro nato da ABDP e tem papel fundamental para a implementação prática das iniciativas de descarbonização, pois está diretamente envolvida nas operações portuárias diárias.

Os membros natos aplicam as tecnologias, práticas e políticas discutidas na Aliança e fornecem feedback crucial sobre a eficácia dessas medidas. Além disso, como principais operadores do setor, os lideram pelo exemplo, mostrando o impacto positivo das ações da ABDP em suas operações.

Diretora de Recursos Humanos da Transbrasa, Andrea Umbuzeiro destaca que as ações de descarbonização implementadas pela empresa resultaram na obtenção do Selo Ouro em 2024, o segundo mais alto oferecido pela ABDP e que já coloca a Transbrasa entre as melhores do país no setor.

“Nossos programas ambientais seguem em evolução e nossa meta para 2025 é chegar ao Selo Diamante, o mais alto oferecido pela Aliança, demonstrando a liderança e a inovação que são marca registrada da história da Transbrasa também na área de descarbonização”.

Transbrasa —A Transbrasa completou 50 anos de atividades com uma história profundamente ligada ao Porto de Santos. A empresa é reconhecida pela liderança em inovação e qualidade nos serviços de armazenagem, como recinto alfandegado independente e de transportes.

Hoje a Transbrasa provê aos clientes serviços completos de comércio exterior, de ponta a ponta, oferecendo planos personalizados e customizados para atender as características de transporte, movimentação e armazenagem exigidas por cada tipo de carga, tudo em conformidade com as determinações das Autoridades, especialmente da Anvisa e do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Fonte: Revista Fator

Terminal do Porto de Santos recebe Selo Pró-Clima de Descarbonização de Portos

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Veja a lista dos 37 acordos assinados entre o Brasil e a China durante a visita de Xi Jinping a Brasília

Chinês assinou abertura do mercado chinês para quatro produtos agrícolas brasileiros, mas novos frigoríficos ficam fora

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da China, Xi Jinping, no Palácio da Alvorada, assinaram acordos de cooperação e abertura de quatro mercados para produtos agropecuários brasileiros, durante visita de Estado do chinês a Brasília nesta quarta-feira (veja a lista completa dos acordos abaixo).

A China deu aval para exportação, pelo Brasil, para farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para ração animal. Os outros três mercados são as autorizações para importação chinesa de sorgo, gergelim e uva fresca do Brasil.

No caso das uvas frescas de mesa, deverão ser exportadas frutas majoritariamente dos estados de Pernambuco e da Bahia. Pomares, casas de embalagem e instalações de tratamento a frio devem cumprir boas práticas agrícolas e ser registrados no Mapa.

Considerando a demanda chinesa dos produtos e a participação brasileira nesses mercados, o potencial comercial é de cerca de US$ 450 milhões por ano, conforme estimativa do Ministério da Agricultura.

Maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas importações globais do produto, a China desembolsou US$ 1,53 bilhão em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou a sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulse.

O país asiático é o principal importador da farinha de pescado (US$ 2,9 bilhões em importações em 2023). O Brasil registrou participação de 0,79% das exportações mundiais no ano passado. No sorgo, a participação brasileira é de 0,29% no mercado mundial. A China importou US$ 1,83 bilhão deste produto no ano passado, sendo a maior parte dos Estados Unidos.

Veja a lista completa dos acordos:

  • Declaração Conjunta entre a República Federativa do Brasil e a República Popular da China sobre a Formação Conjunta da Comunidade de Futuro Compartilhado China-Brasil por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável;
  • Plano de Cooperação do Governo da República Federativa do Brasil e do Governo da República Popular da China para o estabelecimento de sinergias entre o Programa de Aceleração do Crescimento, o Plano Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica, o Programa Rotas da Integração Sul-americana, e a Iniciativa Cinturão e Rota;
  • Memorando de Entendimento sobre o Fortalecimento da Cooperação para o Desenvolvimento Internacional entre a Agência Brasileira de Cooperação da República Federativa do Brasil e a Agência de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional da República Popular da China;
  • Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Bioeconomia entre o Ministério das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China;
  • Contrato de Captação entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o China Development Bank (CDB);
  • Protocolo de Requisitos Fitossanitários para Exportação de Uvas Frescas de Mesa do Brasil para a China entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração Geral de Aduanas da República Popular da China;
  • Protocolo sobre os Requisitos de Inspeção e Quarentena para a Exportação de Gergelim do Brasil para a China entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração Geral de Aduanas da República Popular da China;
  • Protocolo entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração Geral de Aduanas da República Popular da China para a Importação de Farinha de Peixe, Óleo de Peixe e outras Proteínas e Gorduras derivadas de Pescado para Alimentação Animal do Brasil para a China;
  • Protocolo entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração Geral de Aduanas da República Popular da China sobre Requisitos Fitossanitários para a Exportação de Sorgo do Brasil para a China;
  • Carta de Intenções entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração Estatal de Regulação de Mercados (SAMR) da República Popular da China para promover a cooperação técnica, científica e comercial no setor agrícola;
  • Memorando de Entendimento para o Intercâmbio e a Colaboração sobre Tecnologia e Regulação de Pesticidas entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da República Popular da China;
  • Мemorando de Entendimento entre o Ministério das Cidades da República Federativa do Brasil e o Ministério da Habitação e do Desenvolvimento Urbano-Rural da República Popular da China para o Fortalecimento da Cooperação na Área de Desenvolvimento Urbano;
  • Memorando de Entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da República Popular da China sobre Cooperação na Indústria Fotovoltaica;
  • Memorando de Entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e a Autoridade de Energia Atômica da China sobre Cooperação Estratégica em Aplicações de Tecnologia Nuclear;
  • Memorando de Entendimento sobre o Programa Sino-Brasileiro de Fonte de Luz Síncrotron entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia da República Popular da China;
  • Memorando de Entendimento para o Aprimoramento da Cooperação no Desenvolvimento de Capacidades em Inteligência Artificial entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia da República Popular da China;
  • Memorando de Entendimento sobre o Estabelecimento do Laboratório Conjunto em Mecanização e Inteligência Artificial para Agricultura Familiar entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia da República Popular da China;
  • Memorando de Entendimento entre Telecomunicações Brasileiras S.A. Telebras, Empresa Vinculada ao Ministério das Comunicações do Brasil (“Telebras”) e a Shanghai Spacesail Technologies Co., Ltd., Empresa Chinesa Cujo Objetivo Social é o Provimento de Serviços e Soluções de Telecomunicações via Satélite (“Spacesail”);
  • Memorando de Entendimento sobre o Fortalecimento da Cooperação na Economia Digital entre o Ministério das Comunicações da República Federativa do Brasil e a Administração Nacional de Dados da República Popular da China;
  • Memorando de Entendimento entre o Ministério da Cultura da República Federativa do Brasil e o China Media Group sobre Cooperação Audiovisual;
  • Memorando de Entendimento entre o Ministério da Cultura da República Federativa do Brasil e o China Film Archive;
  • Memorando de Entendimento entre o Ministério da Cultura da República Federativa do Brasil e a China Film Administration;
  • Carta de Intenções sobre a Promoção da Cooperação de Investimento para Desenvolvimento Sustentável entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil e o Ministério do Comércio da República Popular da China;
  • Plano de Ação para Promoção do Investimento Industrial e Cooperação 2024-2025 entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China;
  • Memorando de Entendimento para Promoção da Cooperação Econômica e Comercial sobre Micro, Pequenas e Médias Empresas entre o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil e o Ministério do Comércio da República Popular da China;
  • Memorando de Entendimento sobre Cooperação Esportiva entre o Ministério do Esporte da República Federativa do Brasil e a Administração Geral de Esporte da República Popular da China;
  • Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Transformação Ecológica e Desenvolvimento Verde entre o Ministério da Fazenda da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China;
  • Memorando de Entendimento sobre o Fortalecimento do Intercâmbio e da Cooperação sobre Reforma e Desenvolvimento de Empresas Estatais e Governança Corporativa entre a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais da República Federativa do Brasil e a Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais do Conselho de Estado da República Popular da China;
  • Memorando de Entendimento entre o Ministério de Minas e Energia da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China sobre Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável da Mineração;
  • Plano de Ação entre o Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional da Saúde da República Popular da China na área de Saúde para os anos 2024-2026;
  • Memorando de Entendimento entre o Ministério do Turismo da República Federativa do Brasil e o Ministério da Cultura e Turismo da República Popular da China para Fortalecer a Cooperação em Turismo;
  • Memorando de Entendimento entre o Ministério do Planejamento e Orçamento da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China para o Fortalecimento de Intercâmbio e Cooperação no âmbito do Desenvolvimento Econômico;
  • Memorando de Entendimento entre a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República Federativa do Brasil e o Grupo de Mídia da China;
  • Acordo de Cooperação Técnica entre a Empresa Brasil de Comunicação S.A. – EBC – e China Media Group – CMG;
  • Memorando de Entendimento entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Tsinghua sobre o Programa de Resposta da Juventude Latino-Americana e Chinesa a Desafios Globais;
  • Memorando de Entendimento entre o Grupo de Mídia da China – CMG e a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA; e
  • Acordo de Cooperação entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Administração Estatal para Regulação do Mercado (Administração Nacional de Normalização) da República Popular da China (SAMR/SAC).

Frigoríficos

Na área agrícola, foi assinado ainda um memorando para cooperação sobre tecnologia e regulação de pesticidas.

Os dois países, porém, acabaram não assinando a abertura de mercado chinês para miúdos suínos brasileiros porque os protocolos não foram finalizados. Também ficou de fora dos anúncios uma nova leva de frigoríficos brasileiros autorizados a exportar carnes ao país asiático, embora o Brasil tenha enviado em outubro uma lista de dez plantas brasileiras de carne bovina e de aves aptos à exportação para o país asiático.

— O agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos da China — disse Lula durante declaração à imprensa.

Rota da Seda

Os protocolos fazem parte da lista de 37 acordos com o país asiático em diversas áreas. O Brasil não aderiu, porém, à Nova Rota da Seda, chamado de Cinturão e Rota, o trilionário programa de investimentos chinês. Nesse ponto, foi assinado um plano de “sinergias” entre programas brasileiros de investimentos e a Rota da Seda.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil, mas a diplomacia brasileira entende que não há benefícios em aderir integralmente à Nova Rota da Seda, em meio ao cenário internacional conturbado e também devido à tradição diplomática brasileira.

Além dos acordos agrícolas, foram assinados protocolos sobre cooperação em áreas como inteligência artificial, intercâmbio educacional, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde e cultura.

Um dos acordos assinados foi com a empresa chinesa SpaceSail, concorrente da Starlink, do bilionário Elon Musk.

A empresa chinesa está desenvolvendo um serviço de internet de alta velocidade por meio de um sistema de satélites de órbita baixa da Terra (LEO, na sigla em inglês). A Starlink é líder nessa tecnologia, que é vista como uma solução para conectar regiões de difícil acesso à infraestrutura de telecomunicações tradicional.
O memorando de entendimento assinado com a estatal brasileira Telebras prevê que as empresas estudem a demanda por internet via satélite em locais que a infraestrutura de fibra óptica não chega, como áreas rurais, e a possibilidade de parcerias para levar inclusão digital a essas localidades.

FONTE: O Globo 100
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Primeiro mega túnel submerso do Brasil será responsável por desmatamento de 105 MIL metros quadrados de Mata Atlântica; Em contrapartida, obra de R$ 6 BILHÕES vai gerar 9 MIL empregos

O primeiro túnel submerso do Brasil promete mais mobilidade para a região, mas traz impactos ambientais graves. Com o desmatamento de manguezais e áreas protegidas da Mata Atlântica, o projeto ameaça a vida marinha e compromete a qualidade do ar e da água, preocupando especialistas e moradores locais.

O projeto do primeiro túnel submerso do Brasil, previsto para ligar as cidades de Santos e Guarujá, desperta muita curiosidade e esperança para melhorar a mobilidade local.

Mas por trás dessa grande obra de infraestrutura, que promete ser uma solução para o trânsito na região, há um preço ambiental e social que preocupa especialistas e moradores.

Os impactos vão desde o desmatamento de áreas protegidas da Mata Atlântica até o risco de contaminação de águas costeiras, ameaçando a vida marinha e até o turismo.

Impacto ambiental e desmatamento

Conforme detalhado no Relatório de Impacto Ambiental (Rima) elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) a pedido do Governo do Estado, a construção do túnel prevê o desmatamento de 105 mil metros quadrados de Mata Atlântica, incluindo manguezais e vegetação de restinga em diferentes estágios de preservação.

Esse número equivale a aproximadamente dez campos de futebol e inclui 44 mil metros quadrados de mangue, que serão aterrados, incluindo áreas dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra de Santo Amaro.

Nesse local, será necessário desmatar 3.640 metros quadrados de mangue, o que preocupa ambientalistas pela importância desses ecossistemas para a biodiversidade e a proteção costeira.

Diário do Litoral destaca que, além da remoção de vegetação nativa, a obra pode afetar a alimentação das tartarugas-verdes (Chelonia mydas), principalmente os animais jovens, que dependem da disponibilidade de algas.

O risco aumenta à medida que o projeto avança e pode prejudicar a sustentabilidade de várias espécies marinhas da região.

Risco para a vida marinha

Além do impacto sobre a vegetação, a obra trará sérias implicações para a fauna marinha.

De acordo com a FIPE, a construção aumentará a turbidez da água no Estuário devido à dragagem do assoalho marinho, que suspenderá sedimentos contaminados, incluindo metais pesados despejados por indústrias de Cubatão ao longo de décadas.

Esse movimento coloca em risco a balneabilidade das praias de Santos e a saúde dos animais que habitam a região.

O aumento da turbidez, segundo o Diário do Litoraltambém eleva o risco de colisões de botos, golfinhos e baleias com embarcações, uma vez que a visibilidade reduzida dificulta a navegação segura desses animais.

Para os turistas e moradores locais, o projeto apresenta uma ameaça indireta ao ecoturismo, pois o contato com a vida marinha e a preservação ambiental são atrativos da região.

Túnel e os problemas de poluição e poeira

Outro ponto de preocupação destacado no Rima são os níveis de poluição do ar e da água que podem aumentar com a construção.

O documento explica que a obra gerará uma quantidade significativa de poeira suspensa em função das escavações, demolições e transporte de materiais.

Além disso, o uso de asfalto e misturas químicas para pavimentação das vias de acesso aumentará a emissão de dióxido de nitrogênio (NO2) e dióxido de enxofre (SO2), poluentes que afetam diretamente a qualidade do ar em Santos e no Guarujá.

Diário do Litoral aponta que o barulho e as vibrações das máquinas poderão ser sentidos nas proximidades do local de construção, impactando a tranquilidade e qualidade de vida dos moradores dos bairros próximos.

A FIPE alerta ainda que esses ruídos podem causar recalque nos imóveis lindeiros, gerando prejuízos estruturais e preocupações para a população local.

Contaminação do lençol freático

A FIPE alerta para o risco de contaminação do lençol freático da região, um problema que pode ter efeitos de longo prazo para o meio ambiente e a saúde pública.

De acordo com o relatório, os sedimentos removidos durante o processo de dragagem e instalação dos módulos de concreto do túnel contêm materiais pesados que podem penetrar no solo e comprometer a qualidade da água subterrânea.

A possibilidade de contaminação do lençol freático é um aspecto que a Cetesb, órgão responsável pelo licenciamento ambiental, terá de monitorar com rigor ao longo da obra.

Segundo o Diário do Litoral, esse risco é motivo de atenção não apenas para os órgãos de proteção ambiental, mas também para a população que utiliza a água subterrânea para consumo doméstico.

Interrupção das atividades portuárias

Durante as etapas de construção, o tráfego no Canal do Estuário será parcialmente interditado.

O projeto do túnel prevê a instalação de módulos celulares e reaterro para garantir a segurança da estrutura.

No entanto, essa interrupção temporária pode afetar a logística portuária, exigindo que cargas sejam redirecionadas para outros portos do Sudeste e Sul do Brasil.

Segundo o Diário do Litoralessa redistribuição pode gerar custos extras para empresas e interferir na rotina de trabalho do porto de Santos, um dos mais movimentados do país.

Futuro da obra e análises em andamento

O Relatório de Impacto Ambiental elaborado pela FIPE reúne nove especialistas, entre engenheiros, biólogos, sociólogos e geólogos.

O documento segue em análise pela Cetesb, que realiza consultas públicas e recebe contribuições para avaliar as condições ambientais da obra.

Em nota, a Secretaria de Estado de Parcerias em Investimentos afirmou que “os estudos de impacto ambiental relacionados ao Túnel Santos-Guarujá estão sendo analisados pela Cetesb no âmbito da consulta pública, com base nas contribuições recebidas nas audiências e nas atualizações recentes do projeto”.

Diante das controvérsias e preocupações ambientais, o túnel Santos-Guarujá levanta a questão: até que ponto vale sacrificar recursos naturais e comprometer a vida marinha e a saúde da população para garantir melhorias na infraestrutura?

FONTE: Diário Brasil Notícia
Primeiro mega túnel submerso do Brasil será responsável por desmatamento de 105 MIL metros quadrados de Mata Atlântica; Em contrapartida, obra de R$ 6 BILHÕES vai gerar 9 MIL empregos

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Inovações no automobilismo e o impacto na mobilidade urbana: o caso do Pit Boost

O mundo do automobilismo é reconhecido por servir como um espaço de experimentação para novas tecnologias que, em muitos casos, acabam sendo incorporadas aos veículos comuns.

Uma dessas inovações é o Pit Boost, uma solução desenvolvida para enfrentar o desafio da lenta recarga de veículos elétricos. Em essência, trata-se de uma técnica de recarga ultrarrápida que utiliza um carregador de 600 kW, muito superior aos padrões atuais dos automóveis de passeio.

A primeira apresentação desta tecnologia está prevista para ocorrer durante o E-Prix de Jeddah, na Fórmula E, em 2025. Especialistas do setor projetam que não demorará muito para que essa inovação encontre seu caminho para as ruas, oferecendo benefícios semelhantes para carros elétricos convencionais.

O que é o Pit Boost e como ele funciona?

O Pit Boost surge como uma alternativa poderosa para reduzir o tempo de carregamento das baterias dos veículos elétricos. Com a capacidade de fornecer um aumento de energia de 10% em apenas 30 segundos, este sistema promete revolucionar a maneira como os veículos elétricos são recarregados. Esta tecnologia difere dos métodos tradicionais por utilizar um carregador com potência muito mais alta, possibilitando reabastecer a bateria de maneira extremamente rápida.

Por que essa tecnologia é importante para o futuro dos veículos elétricos?

A implementação de sistemas como o Pit Boost tem o potencial de transformar a experiência dos motoristas de veículos elétricos. Ao proporcionar tempos de recarga muito menores, elimina-se uma das principais barreiras para a adoção em massa desses veículos: o tempo de espera. Com infraestruturas já existentes em partes da China e Europa, e uma crescente demanda por soluções sustentáveis, as bases para a difusão deste tipo de tecnologia estão sendo estabelecidas.

Quais são os desafios para a implementação do Pit Boost nas ruas?

Apesar do potencial positivo, existirão desafios a serem enfrentados. Primordialmente, a necessidade de desenvolver uma infraestrutura apropriada nas cidades é um obstáculo significativo. Atualmente, postos de recarga com capacidades elevadas são escassos, o que limita o acesso de usuários a essa tecnologia. Além disso, a implementação inicial pode causar custos mais altos em comparação com métodos de abastecimento tradicionais.

O que esperar do futuro das tecnologias de recarga?

À medida que o Pit Boost e tecnologias semelhantes se tornam mais acessíveis e a infraestrutura se expande, o custo da recarga ultrarrápida tende a diminuir. A tendência de migração de tecnologias das pistas para as ruas, observada historicamente no automobilismo, reforça a expectativa de que tais inovações se tornem parte do cotidiano dos veículos elétricos. É um momento crucial para o desenvolvimento dos transportes sustentáveis, prometendo melhorias significativas na mobilidade urbana global.

Além do mais, segundo especialistas, muitas pessoas podem não precisar dessa velocidade de recarga, uma vez que a maioria dos proprietários de veículos elétricos já inicia o dia com seus carros 100% carregados em casa. De qualquer forma, inovações como o Pit Boost fornecem um vislumbre otimista de um futuro onde a mobilidade sustentável é prática e conveniente.

FONTE: Terra Brasil Notícia
Inovações no automobilismo e o impacto na mobilidade urbana: o caso do Pit Boost – Terra Brasil Notícias

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A inovação que viabiliza soluções sustentáveis

Revista “Indústria e Competitividade” revela inovações que impulsionam as indústrias na transição para a economia de baixo carbono

Florianópolis, 30.01.2025 – As bem-sucedidas inovações no processo de transição para a economia de baixo carbono estão no foco da revista Indústria e Competitividade. Em sua terceira edição especial, a publicação da FIESC detalha sete soluções projetadas pelos Institutos SENAI de SC e aplicadas com sucesso na indústria do estado.

No texto de apresentação, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destaca que esse conjunto de projetos “se traduz em um portfólio voltado para a descarbonização viável, ou seja, uma transição tecnicamente possível, economicamente sustentável e que traga benefícios sociais”.

Entre os cases selecionados está uma nova metodologia de gestão de ações e políticas de ESG que auxilia as indústrias em suas jornadas de transformação. “O propósito é produzir lastro de informações essenciais para investimentos e investidores, baseado em compromissos ESG assumidos pelos nossos clientes, de forma evidenciada, gerando contrapartidas para aquisição de créditos verdes, posicionamento de marca com diferenciais, e ainda benefícios à sociedade”, afirma o consultor sênior do Instituto SENAI de Tecnologia em Excelência Operacional, de Joinville, André Teixeira de Oliveira.

Na área de energia, são relatados três cases: a conversão de dejetos suínos em biogás, a gestão eficiente da produção de hidrogênio verde e a prospecção dos melhores lugares para geração de energia eólica em alto mar.

A revista apresenta ainda um sistema que usa imagens de satélite para auxiliar a agricultura e a gestão ambiental, o uso de rejeitos da produção de jeans na fabricação de tijolos e a própria certificação do uso de materiais reciclados em linha de produção, buscando redução de impostos.

A terceira edição especial da revista Indústria e Competitividade está disponível gratuitamente para leitura e download no endereço fiesc.com.br/revista/especial-inovacao-2024.

FONTE: FIESC
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Uso integrado de combustíveis sustentáveis e tecnologias limpas domina debate entre Brasil e Japão

Representantes dos dois países se reuniram no MDIC para avançar em discussões sobre iniciativas em prol da maior aproximação entre as economias. Integração produtiva também ganhou destaque.

A busca pela descarbonização e transição energética a partir do uso integrado de combustíveis sustentáveis e tecnologias limpas. Essa é a premissa de uma cooperação técnica que está em fase de elaboração pelo Brasil e pelo Japão. Representantes dos dois governos que integram o Comitê Conjunto de Promoção de Comércio e Investimentos e Cooperação Industrial se reuniram, nesta terça-feira (28/1), no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), para avançar nas discussões sobre o tema.

Conhecida como Iniciativa para Combustíveis Sustentáveis e Mobilidade (ISFM), essa estratégia conjunta busca fomentar o uso global e integrado de combustíveis renováveis – como biocombustíveis, biogás, hidrogênio verde e seus derivados – em equipamentos de mobilidade e alto desempenho – como motores híbridos e flex. “A realização da COP 30 em Belém, em novembro deste ano, tem uma importância estratégica para o posicionamento do Brasil na liderança do combate às mudanças climáticas.  Por isso, iniciativas como essa são de extrema relevância para engajar outros países na pauta da descarbonização”, disse o secretário-executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa.

Na reunião, o vice-ministro para Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI), do Japão, Takehiko Matsuo, destacou o potencial da iniciativa para sensibilizar países de todo o mundo sobre os compromissos climáticos globais.  Uma oportunidade para fortalecer debates sobre o assunto acontecerá na Expo Mundial de Osaka, a ser realizada na cidade japonesa em outubro deste ano. “Vamos realizar uma conferência internacional de nível ministerial para discutir sobre a importância dos combustíveis sustentáveis na busca pela neutralidade do carbono”, afirmou.

O encontro entre o METI e o MDIC contou ainda com a participação de representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério de Minas e Energia (MME), a fim de discutir temas que possam figurar na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão, o que deve acontecer em março deste ano. Nessa oportunidade, está prevista a assinatura do memorando que formalizará a cooperação técnica sobre a Iniciativa para Combustíveis Sustentáveis e Mobilidade (ISFM).

Outros assuntos ganharam destaque, como o fortalecimento das relações econômicas entre o Mercosul e o Japão, diálogo mantido entre o bloco econômico e o país asiático desde 2011. Além desse tema, METI e MDIC também conversaram sobre projetos em andamento em relação à iniciativa de co-criação da indústria Brasil-Japão, cooperação formalizada em maio do ano passado, que busca avançar na integração produtiva entre os dois países. Essa iniciativa aborda temas caros para ambos os países, como economia circular e economia digital, com foco no uso de sistemas de satélite; produção e uso do hidrogênio verde; e descarbonização e transição energética com uso da cana-de-açúçar.

“É um desejo do presidente Lula intensificar os diálogos e as relações entre Brasil e Japão. Por isso, essa cooperação tem como objetivo fortalecer essa parceria e promover o desenvolvimento de setores estratégicos dos dois países”, finalizou o secretário-executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa.

FONTE: MDIC
Uso integrado de combustíveis sustentáveis e tecnologias limpas domina debate entre Brasil e Japão — Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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China suspende importação de soja do Brasil e levanta debate sobre modelo do agronegócio

A China suspendeu a importação de soja de cinco empresas brasileiras devido à contaminação com agrotóxicos.

A decisão foi tomada após a Administração-Geral de Aduanas da China detectar resíduos de pesticidas e pestes na soja exportada. As empresas afetadas incluem Cargill Agrícola SA, ADM do Brasil, Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil e C.Vale.

Especialistas apontam que esse episódio reforça os riscos da dependência do agronegócio brasileiro em insumos químicos, que não apenas impactam a economia, mas também afetam a competitividade internacional do país. A economista Diana Chaib alerta que o Brasil pode enfrentar novas restrições comerciais se não aprimorar seus controles de qualidade. Já Alan Tygel, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, critica o modelo econômico baseado na exportação de commodities e defende a adoção de uma agricultura mais soberana e sustentável.

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e mantém isenções fiscais bilionárias para essas substâncias. O Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), que poderia minimizar esse problema, segue inativo. A pesquisadora Karen Friedrich, da Fiocruz, ressalta que a resistência das pragas aos pesticidas torna esse modelo cada vez mais insustentável, beneficiando apenas as grandes indústrias químicas.

Diante desse cenário, cresce a necessidade de políticas públicas que reduzam a vulnerabilidade do Brasil a embargos e crises externas, promovendo um modelo agrícola que priorize a produção de alimentos saudáveis para o mercado interno e diversifique suas relações comerciais.

Este modelo que prioriza o grande agronegócio de exportação faz parte do modelo econômico que atua no Brasil, como tratamos na campanha “É hora de virar o jogo”.

FONTE: Auditora Cidadã da Divida
China suspende importação de soja do Brasil e levanta debate sobre modelo do agronegócio brasileiro – Auditoria Cidadã da Dívida

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Stuhlberger: Brasil “quebra antes” de juro real a 8% em 10 anos

Gestor da Verde Asset classifica atual cenário econômico como “piquenique à beira do vulcão” e vê risco na sustentabilidade da dívida pública

O renomado gestor Luís Stuhlberger, da Verde Asset, alertou para os riscos crescentes da dívida pública brasileira e chamou atenção para o impacto da desvalorização cambial na inflação e na política monetária. Segundo ele, o Brasil não suportaria juros reais de 8% por uma década sem sofrer uma crise fiscal.

“Se você me disser que a NTN-B 2035 está pagando 7,85%, tenho certeza de dizer para vocês que, para quem comprar uma NTN-B dessa e carregar até o final, o juro não será de 8% real pelos próximos 10 anos, porque o Brasil quebra antes”, disse Stuhlberger durante participação em evento promovido pelo UBS BB na última terça-feira (28), em São Paulo.

A frase sintetiza a preocupação do mercado com a capacidade do governo de honrar suas dívidas em um ambiente de juros elevados e endividamento crescente. O gestor apontou que, se não houver uma mudança estrutural na condução fiscal do país, a pressão sobre os títulos públicos pode se tornar insustentável, exigindo mudanças drásticas no governo ou na sua estratégia econômica.

“Alguma coisa vai ter que acontecer, e vai acontecer”, afirmou. “Seja uma mudança de governo, seja uma mudança na mentalidade do atual governo.”

Stuhlberger também comparou a situação econômica atual a um “piquenique à beira do vulcão”, referindo-se ao impacto dos juros altos no mercado e ao risco iminente de uma crise. Segundo ele, com as taxas de juros futuras próximas de 15% a 16%, o mercado de renda fixa se torna extremamente atraente, mas a sustentabilidade dessa política é incerta.

“Juro perto de 15%, 16%, evidentemente vira piquenique à beira do vulcão. O dólar se acalma não havendo más notícias. Quem não gosta de 15% de CDI líquido com os produtos isentos que têm por aí?”, ironizou.

Para o gestor, a alta dos juros futuros reflete a preocupação dos investidores com o aumento da dívida pública e a falta de sinalização do governo em relação a cortes de gastos. A promessa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil pode ser cumprida, mas a tributação de rendas mais altas pode enfrentar resistência no Congresso, aumentando a incerteza fiscal.

FONTE: Infomoney
Stuhlberger: Brasil “quebra antes” de juro real a 8% em 10 anos

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