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Comércio Exterior, Economia, Finanças, Negócios, Oportunidade de Mercado

Em meio a tarifaço, comércio entre Brasil e EUA bate recorde no 1º tri

A balança comercial brasileira com os Estados Unidos permaneceu deficitária

A corrente de comércio entre Brasil e Estados Unidos bateu recorde e chegou, pela primeira vez, à marca de US$ 20 bilhões no primeiro trimestre de um ano.

Entre janeiro e março de 2025, o Brasil exportou US$ 9,7 bilhões para os EUA e importou US$ 10,3 bilhões, segundo relatório da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil).

O volume representa um crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período de 2024. Ainda assim, a balança comercial brasileira com os Estados Unidos permaneceu deficitária.

As exportações da indústria brasileira atingiram US$ 7,8 bilhões – novo recorde para um primeiro trimestre -, elevando a participação dos EUA como destino das exportações industriais nacionais para 18,1%.

Seis dos dez principais produtos exportados pelo Brasil aos EUA registraram crescimento, com destaque para:

  • Sucos (+74,4%)
  • Óleos combustíveis (+42,1%)
  • Café não torrado (+34%)
  • Aeronaves (+14,9%)
  • Semiacabados de ferro ou aço (+14,5%)

Pelo lado das importações, houve alta em oito dos dez principais produtos americanos comprados pelo Brasil. Entre os aumentos, estão:

  • Óleos brutos de petróleo (+78,3%)
  • Medicamentos (+42,4%)
  • Motores e máquinas não elétricos (+42,3%)
  • Outros produtos farmacêuticos (+29,1%)
  • Óleos combustíveis (+9,4%)
  • Aeronaves (+8,1%)

Apesar do fortalecimento da relação comercial, a Amcham alerta para um cenário de incerteza provocado pelas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos.

“Apesar do desempenho positivo no início do ano, as tarifas anunciadas pelos EUA – como a sobretaxa de 10% sobre exportações brasileiras em geral e as tarifas de 25% sobre aço, alumínio e autopeças – criam um ambiente de incerteza para o comércio bilateral ao longo de 2025”, afirma o relatório.

A relação superavitária dos EUA com o Brasil é justamente o ponto utilizado pelo governo brasileiro nas negociações sobre as tarifas.

O principal objetivo dos técnicos, neste momento, é deixar claro que o Brasil não representa risco nem ameaça comercial aos Estados Unidos.

A reversão das tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio é considerada a medida mais viável pelo governo – por isso, tem sido o principal foco das negociações neste momento. A abertura de cotas seria uma alternativa.

Fonte: CNN Brasil
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/em-meio-a-tarifaco-comercio-entre-brasil-e-eua-bate-recorde-no-1o-tri/

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Internacional, Negócios, Oportunidade de Mercado

Da descrença nos EUA à recessão mundial: 5 prejuízos do tarifaço de Trump

A guerra tarifária desencadeada pelo presidente americano, Donald Trump, já causou estragos na indústria automobilística e prejuízos bilionários às empresas de alta tecnologia, as big techs. A disputa comercial com a China arranhou a imagem da economia americana, deve render prejuízo de R$ 28 bilhões ao Brasil e mergulhar o mundo em uma recessão.

O que aconteceu?

Trump iniciou uma guerra tarifária sob a justificativa de criar empregos. A instalação de indústrias americanas em outros países criou empregos no exterior, mas um aumento nas tarifas reduziria a competitividade dessas nações, abrindo a possibilidade de que novos empregos nos EUA. “É isso que eu chamo de visão romântica, um ideário de reindustrialização que não vai acontecer com os Estados Unidos, que virou a sociedade de serviços”, afirmou Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior.

Outra justificativa é a redução do déficit comercial. Em 2024, os Estados Unidos compraram US$ 918,4 bilhões a mais do que venderam para o mundo. Só para os chineses, o rombo foi de US$ 255 bilhões.

Assim, Trump elevou a 145% as tarifas para as importações da China e 10% aos demais países. A tarifação de 10% foi congelada por 90 dias, enquanto a China subiu para 125% as tarifas para importações de produtos americanos.

Conheça cinco consequências dessa guerra tarifária:

1 – Recessão mundial
O mundo pode entrar em estagflação e até recessão em 2025. “O impacto global da guerra tarifária representaria queda de -0,25% no PIB global, equivalente a uma perda de US$ 205 bilhões”, indica estudo publicado ontem (14) pela Universidade Federal de Minas Gerais (Nemea-Cedeplar-UFMG).”A modificação das tarifas de importação teria impactos relevantes mundialmente.”

As economias da China e Estados Unidos também seriam afetadas. O PIB americano reduziria -0,7% e o chinês -0,6%. O comércio diminuiria -2,38% no mundo, “perdas na ordem de US$ 500 bilhões”, diz o estudo.

A estagnação econômica deve se somar à alta da inflação. “A gente está num cenário de disputa política, geopolítica, uma disputa pesada. Não tem nenhuma consideração econômica nessas decisões, e isso deve conduzir o mundo a um quadro de estagflação, menos crescimento com mais inflação”, diz o economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani.

Como a cadeia global de produção está muito mais integrada, quando você impõe barreiras, gera um choque de oferta, mesmo com a economia desacelerando, o que gera inflação.
Roberto Padovani, economista

2 – Big Techs perdem bilhões

Desde o início da guerra tarifária, as ações das big techs desvalorizaram. As “Sete Magníficas” —Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla— perderam US$ 973 bilhões entre 2 e 10 de abril. Só a Apple derreteu US$ 502 bilhões naqueles dias, já que 80% dos iPhones comercializados nos EUA são produzidos na China.

Diante dos prejuízos, os EUA isentaram das tarifas recíprocas uma lista de produtos de alta tecnologia. A isenção, no entanto, deve ser temporária, segundo a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.
Mesmo que a Apple seja isenta das tarifas atuais, precisará acelerar seus esforços de diversificação da cadeia de suprimentos e pagar melhor seus fornecedores.
Consultoria americana Jefferies, em nota.

3 – Tarifas abalam setor automotivo
As tarifas de 25% sobre a importação de carros prejudicam montadoras. A Stellantis paralisou a fabricação de veículos Chrysler e Jeep no Canadá e no México e demitiu 900 trabalhadores americanos que, dos Estados Unidos, forneciam motores e peças para essas fábricas.
Montadoras europeias reduziram exportações para o mercado americano. A Audi, na Alemanha, e a Jaguar Land Rover, na Grã-Bretanha, reduziram suas exportações. A decisão deve mexer com a indústria americana, que importa quase metade de seus veículos e 60% das peças usadas no carros montados no país.

Os veículos devem ficar 13,5% mais caros, em média, naquele mercado. O reajuste deixaria o carro US$ 6.400 mais caro, em média, na comparação com o preço de 2024, segundo estimativa da Yale Budget Lab.

Após o anúncio das tarifas de 15% sobre carros importados, em março, as ações de gigantes do setor despencaram. As da Porsche e da Mercedes caíram até 5,7%, a BMW recuou 4,9%, as da Volkswagen (dona Audi e Lamborghini) caíram 4,3%.

Ontem (14), Trump anunciou que avalia isenção tarifária temporária. “Estou buscando algo para ajudar algumas montadoras que estão migrando para peças fabricadas no Canadá, México e outros lugares e precisam de um pouco mais de tempo”, disse.

4 – Confiança nos EUA é abalada
Pela primeira vez, mercado perdeu a confiança nos títulos do Tesouro americano (tresuries). Graças à pujança da economia americana, investidores, bancos e países inteiros compram esses papéis como porto seguro para vendê-los facilmente em emergências. Muitos investidores, porém, liquidaram seus títulos recentemente. “O mercado perdeu a fé nos ativos dos EUA”, escreveram analistas do Deutsche Bank em nota na semana passada.

Dona de muitos tresuries, a China pode retaliar o rival liquidando esses títulos. “Os mercados estão preocupados que a China e outros países possam se desfazer desses títulos como forma de retaliação”, disse na semana passada Grace Tam, consultora-chefe de investimentos do BNP Paribas Wealth Management, em Hong Kong.

Diante da perda de confiança, Trump adiou em 90 dias a cobrança das tarifas recíprocas. “Nesse cenário, o investidor costuma comprar treasuries, e a taxa cai. Mas [nos últimos dias] tinha gente se desfazendo de treasuries em Wall Street, o que fez as taxas dispararem. Isso é falta de confiança do americano no próprio país”, disse em palestra na quinta-feira (10) Cristiano Oliveira, diretor de pesquisa econômica do banco Pine e ex-economista-chefe do banco Safra.

Tarifaço pode levar os EUA à recessão. “A inflação já está perigosa nos EUA, perto de 3%. Com as tarifas, há expectativa de chegar a 6% e aí as pessoas param de comprar, o que vai levar a um quadro de recessão”, diz Leonardo Trevisan, professor de relações internacionais da ESPM.

O banco JPMorgan reafirmou uma previsão pessimista. Para o grupo, os EUA têm 60% de chance de entrarem em recessão.

Para o bilionário americano Ray Dalio, os EUA estão “muito próximos de uma recessão”. “Estamos tendo mudanças profundas na ordem mundial. Se você considerar tarifas, dívidas, [e] uma potência emergente desafiando o poder existente… A maneira como isso for tratado pode produzir algo muito pior do que uma recessão”, afirmou à rede de televisão NBC.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) fez alerta semelhante. Jerome Powell disse que as tarifas podem aumentar a inflação e desacelerar o crescimento da economia americana no longo prazo.

5 – Brasil terá prejuízos de R$ 28 bilhões

A pesquisa da UFMG também estima o prejuízo do tarifaço para o Brasil em 2025: US$ 4,9 bilhões, ou R$ 28,6 bilhões em valores atualizados. Beneficiado pelo aumento das exportações para a China, o setor agrícola teria ganhos de US$ 5,5 bilhões, mas a indústria perderia US$ 8,8 bilhões, enquanto serviços pode encolher US$ 1,6 bilhão.

A região Sudeste será a mais prejudicada. “Em São Paulo o impacto corresponderia a uma perda de cerca de R$ 4 bilhões, e em Minas Gerais de R$ 1,16 bilhão”, diz o estudo.

A possível recessão global, no entanto, pode frear o aumento dos juros no Brasil. O risco de recessão deve levar o Banco Central a esperar os efeitos da crise antes de continuar a subir os juros para conter a inflação. A JPMorgan agora projeta só mais uma alta da Taxa Selic este ano —de 0,5 ponto para 14,75% na reunião de maio. A redução da taxa começaria em novembro, fechado o ano a 13,75%, contra 15,25% de sua projeção anterior.

Fonte: UOL Economia
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2025/04/15/tarifaco-china-estados-unidos-recessao-big-techs-automoveis-brasil.htm


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Internacional, Navegação, Oportunidade de Mercado

Após pressão de Trump, Panamá cede em acordo sobre canal

Os navios de guerra dos Estados Unidos poderão em breve usar o Canal do Panamá de graça e com prioridade, depois de uma reunião entre os dois países nesta semana. Mas a decisão levanta questionamentos sobre o quanto a soberania panamenha está em jogo com a concessão à pressão americana para minar a influência chinesa na América Latina.

O anúncio ocorreu na quarta-feira (09/04) após um encontro entre o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, e o presidente do Panamá, José Raul Mulino, num contexto de alta tensão desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca em janeiro.

A hidrovia de 82 quilômetros é estratégica para os EUA e vários outros países porque permite aos navios passar facilmente entre os oceanos Pacífico e Atlântico sem serem descarregados ou navegar pela América do Sul.

O republicano sempre rotulou as taxas de uso do canal como “mau negócio”. De acordo com o tratado de neutralidade do canal, todas as nações pagam o mesmo valor.

Marcando sua oposição à crescente influência da China na região, o presidente também já falou várias vezes em “recuperar” o canal, que os EUA cederam ao Panamá em 1999. Ele não descartou uma invasão militar para atingir o objetivo.

“Soberania” em telefone sem fio
Mulino já vinha trabalhando para apaziguar o governo Trump. Após uma visita em fevereiro do Secretário de Estado americano, Marco Rubio, o Panamá confirmou que sairia da iniciativa chinesa Cinturão e Rota, ou Nova Rota da Seda. O seu governo ainda pressionou os conglomerados chineses que possuem portos panamenhos a saírem do país.

Além disso, o Panamá e os EUA concordaram que tropas americanas poderão ser destacadas em áreas de acesso e adjacentes ao canal do Panamá, segundo um acordo assinado entre os dois países divulgado pela agência AFP.

O governo panamenho descarta que sejam bases militares, um assunto delicado no país centro-americano. Em vez disso, Militares os EUA poderão utilizar as instalações e áreas autorizadas para treinamento, exercícios e outras atividades.

O pacto, que vigorará inicialmente por três anos, prevê que as instalações serão propriedade do Estado panamenho e serão de “uso conjunto” pelas forças de ambos os países.

O Panamá proíbe por lei o estabelecimento de bases militares, e desmantelou o Exército após a invasão dos Estados Unidos, em 1989, para capturar o ex-ditador Manuel Antonio Noriega, acusado de tráfico de drogas.

Mas ainda há um ponto de discórdia. A versão em espanhol da declaração conjunta desta semana, divulgada pelo Panamá, dizia que “Hegseth reconheceu a liderança e a soberania inalienável do Panamá sobre o Canal do Panamá e suas áreas adjacentes”. A frase não apareceu na versão em inglês divulgada pelo Pentágono.

“Acredito que tenha sido proposital não colocar isso na versão em inglês, para fazer com que o Panamá se sentisse inseguro e que a situação não foi resolvida,” afirma Natasha Lindstaed, cientista política da Universidade de Essex, no Reino Unido.

Influência chinesa
Ao contrário do que afirma Trump, o canal não foi presenteado aos panamenhos, nem é controlado pela China.

Os EUA construíram o Canal do Panamá entre 1904 e 1914. As negociações para devolver o controle ao país da América Central começaram no governo do democrata John F. Kennedy, no início da década de 1960, e se estenderam até 1977.

O Panamá assumiu o controle do canal na véspera do Ano Novo de 1999, sob a condição de que fosse operado de forma neutra.

Mas a China exerce influência no canal. O país é o segundo maior usuário da hidrovia, atrás dos EUA, e empresas chinesas operam portos em cada extremidade.

Intervenção militar em pauta
Enquanto Trump trabalha para minar a influência da China ao redor do mundo — por exemplo, com a sua guerra comercial —, uma intervenção militar representaria uma reviravolta dramática na política externa americana.

No Panamá, protestos acontecem regularmente desde que Trump falou pela primeira vez em retomar o canal. Nesta semana, cerca de 200 pessoas protestaram contra a visita de Hegseth na Cidade do Panamá, e um manifestante queimou uma bandeira dos EUA.

“Isso basicamente dominou as manchetes no Panamá, com total perplexidade e medo”, diz Lindstaed. “Os EUA não são muito populares no Panamá no momento.”

No entanto, Jorge Heine, ex-embaixador chileno na China e especialista em Relações Internacionais da Universidade de Boston, acredita que é improvável que os EUA avancem com uma intervenção militar.

“O presidente Trump combina uma retórica que, às vezes, pode soar extremamente agressiva”, disse à DW. “Mas, ao mesmo tempo, ele demonstrou que realmente não está muito interessado em ser um fomentador de guerras e em empregar a força militar dos EUA de forma tão agressiva quanto alguns de seus antecessores.”

Fonte: DW

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Internacional, Oportunidade de Mercado, Portos, Sustentabilidade

Vietnã e Brasil miram comércio bilateral de US$ 10 bilhões nos próximos dois anos

Empresas brasileiras interessadas em expandir para o mercado vietnamita se reuniram em um seminário empresarial organizado pelo Escritório Comercial do Vietnã em São Paulo, no dia 9 de abril, realizado em conjunto com a sexta edição da Feira de Alimentos e Bebidas ANUGA.

O embaixador vietnamita no Brasil, Bui Van Nghi, abriu o evento destacando o progresso constante nas relações bilaterais desde o estabelecimento dos laços diplomáticos em 1989. Ele ressaltou a importância da elevação da parceria estratégica em 17 de novembro de 2024, que marcou o Brasil como o primeiro parceiro estratégico do Vietnã na América do Sul — e o Vietnã como o primeiro parceiro estratégico do Brasil no Sudeste Asiático.

O diplomata vietnamita também recordou os resultados da visita oficial do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva ao Vietnã no final de março, ocasião em que ambos os países emitiram uma declaração conjunta lançando um programa de ação para o período de 2025–2030, com o objetivo de aprofundar a cooperação em setores-chave.

Durante o seminário, os participantes discutiram ativamente oportunidades, desafios e estratégias para impulsionar os laços econômicos bilaterais.

Victor Key, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Vietnã, descreveu o Vietnã como um parceiro comercial vital na Ásia. Ele expressou otimismo de que o comércio bilateral possa atingir US$ 10 bilhões nos próximos dois anos.

Bruno Romano, diretor comercial da GreenLife Solution, destacou o potencial do mercado vietnamita para exportações brasileiras como carne bovina, frango e grãos. Ele também afirmou que o Vietnã é um fornecedor confiável de matérias-primas, incluindo frutas congeladas, resinas plásticas, ferro, aço e alumínio para as indústrias brasileiras.

Pham Hong Trang, chefe do Escritório Comercial do Vietnã no Brasil, enfatizou a complementaridade econômica entre os dois países. “O Brasil, maior economia da América Latina, é forte em agricultura, energia e manufatura — setores que se alinham bem com a estratégia do Vietnã de diversificar seus mercados de exportação em meio a realinhamentos no comércio global”, disse ela.

Durante a feira, realizada de 8 a 10 de abril, empresas vietnamitas apresentaram uma variedade de produtos alimentícios e bebidas típicas, como pho desidratado, macarrão instantâneo, enlatados, frutas secas cobertas com chocolate, chá, café e grãos saudáveis. Elas participaram de sessões de networking com redes de supermercados e distribuidores brasileiros, com o objetivo de acessar o mercado consumidor do país, com 230 milhões de habitantes.

A edição deste ano da feira atraiu mais de 500 empresas de 23 países e recebeu mais de 16 mil visitantes de 33 nações.

Fonte: Voice of Vietnam

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Notícias, Oportunidade de Mercado, Portos

Porto de Santos: tratativas para reparo do píer danificado em acidente avançam com sinergia entre atores públicos e privados

A Autoridade Portuária de Santos (APS) promoveu, na manhã da última sexta-feira (11), uma reunião com a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) e representantes do setor privado para discutir o andamento dos trabalhos de recuperação do píer danificado pela colisão do navio Olavo Bilac, ocorrida no dia 12 de março.

A inspeção subaquática detalhada no local do sinistro foi concluída na última quinta-feira (10) e a perspectiva é de que a empresa responsável finalize, em cerca de 30 dias, o projeto de recuperação estrutural das avarias.

“Há uma grande disposição de todos os envolvidos; da Autoridade Portuária, da Marinha e das empresas envolvidas para buscar soluções e mitigar eventuais prejuízos à operação portuária”, relata Beto Mendes, diretor de Operações da APS.

“Finalizamos a fase diagnóstica dos danos causados, e todos estão empenhados para avançarmos para as próximas etapas e solucionar o problema da forma mais rápida possível, sempre prezando pela segurança das instalações e dos usuários”, assegura Orlando Razões, diretor de Infraestrutura da APS.

Encaminhamentos

Para avaliação da estrutura e elaboração de projeto de recuperação, foi contratada a Exe Engenharia, empresa responsável pelo projeto do cais, ponto avaliado como positivo pelos presentes na reunião.

O comandante da Capitania dos Portos, capitão de Mar e Guerra Marcus André de Souza e Silva, informou que a Marinha acompanha de perto os trabalhos e ressaltou que a instituição está comprometida com uma resolução ágil do incidente.

Representantes de empresas que operam celulose nos berços de atracação próximos ao local do abalroamento também participaram. A Autoridade Portuária de Santos mantém diálogo estreito com os terminais para assegurar que a programação das operações portuárias não seja afetada pela interdição parcial do cais.

Pela APS, também estiveram presentes o gerente de Fiscalização Ricardo Moreira, o superintendente de Operações Portuárias Márcio Kanashiro, e a assessora Cristina Rodrigues, da Diretoria de Infraestrutura.

Fonte: APS

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Comércio, Comércio Exterior, Internacional, Mercado Internacional, Negócios, Oportunidade de Mercado

A Amcham Brasil reforçou a importância de preservar um ambiente comercial previsível, transparente e construtivo, pautado pelo diálogo entre os setores público e privado.

O comércio entre o Brasil e os Estados Unidos bateu recorde no primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (14) pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil).

O resultado positivo acontece em meio às tensões comerciais resultantes do “tarifaço” imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump à maior parte do planeta, que atingiu também o Brasil – sobretudo, em produtos como aço e alumínio.

De acordo com o “Monitor do Comércio Brasil-EUA”, publicado a cada três meses pela Amcham, a corrente de comércio atingiu US$ 20 bilhões entre janeiro e março de 2025.

É o maior valor já registrado para o período desde o início da série histórica. O crescimento foi de 6,6% em relação ao mesmo trimestre de 2024.

“O resultado reforça a solidez da relação bilateral e o dinamismo do comércio entre os países. Destaques incluem o forte desempenho das exportações da indústria brasileira e o crescimento das importações de bens de alto valor agregado, com ênfase em tecnologia e energia, informou a Amcham Brasil.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 9,65 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ao mesmo tempo em que as importações totalizaram US$ 10,3 bilhões.

Com isso, houve um déficit comercial de US$ 654 milhões para o Brasil no período.

Confira no gráfico a seguir os principais produtos exportados pelo Brasil aos Estados Unidos no primeiro mês de 2025.

“Os resultados do primeiro trimestre de 2025 reforçam a qualidade e o caráter mutuamente benéfico da relação comercial entre o Brasil e os Estados Unidos. As empresas que participam dessa relação desejam ampliar ainda mais comércio e investimentos bilaterais”,afirmou Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.

A Amcham Brasil reforçou a importância de preservar um ambiente comercial previsível, transparente e construtivo, pautado pelo diálogo entre os setores público e privado.

“É fundamental preservar as condições para que o comércio entre Brasil e Estados Unidos continue gerando inovação, empregos e desenvolvimento para ambos os países”, concluiu Abrão Neto.

Tarifaço dos EUA
O governo dos EUA anunciou, em março, aumento das tarifas sobre aço e alumínio, impactando as vendas externas brasileiras destes produtos aos EUA, que ficaram mais caras.

No começo deste mês, o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Herlon Brandão, afirmou que é possível que o resultado da balança comercial de março tenha sido influenciado pela decisão dos EUA de subir as tarifas de aço e alumínio, englobando produtos brasileiros.

“Pode ser que sim (que tenha impacto), mas a gente ainda não consegue perceber esse efeito direto do aumento da tarifa [de aço e alumínio]”, declarou Brandão, do MDIC, na ocasião.

Donald Trump anunciou, na semana passada, a imposição de tarifas a países do mundo que, no entendimento da Casa Branca, “roubam” os EUA na relação comercial. Os produtos brasileiros foram taxados com o menor índice, de 10%

Desde o anúncio, países como a China e blocos como a União Europeia passaram a articular uma reação ao “tarifaço”. Além disso, México e Canadá já vinham anunciando medidas ao longo das últimas semanas.

Nessa quinta-feira (10), Trump recuou e afirmou que irá pausar por 90 dias o programa de tarifas recíprocas, e reduzirá para 10% as tarifas de importação contra países, exceto a China.

No caso dos produtos chineses, as taxas impostas pelos Estados Unidos aumentarão para 145%, o que causou retaliações de Pequim. Nesta sexta (11), a China anunciou mais uma medida reciproca, e as tarifas impostas pelo país aos EUA chegaram a 125%.

Exportações e importações no trimestre
Segundo números da Amcham Brasil, as exportações industriais brasileiras para os EUA somaram US$ 7,8 bilhões entre janeiro e março — o maior valor já registrado para um primeiro trimestre.

Com isso, os EUA ampliaram sua liderança como principal destino da indústria brasileira, passando a representar 18,1% do total exportado pelo setor (ante 17,7% no mesmo período de 2024), acrescentou a entidade.

Destaques das exportações

Sucos (+74,4%)
Óleos combustíveis (+42,1%)
Café não torrado (+34%)
Aeronaves (+14,9%)
Semiacabados de ferro ou aço (+14,5%)

A carne bovina passou a figurar entre os dez produtos mais exportados para os EUA, com alta expressiva de 111,8%, ocupando a 9ª posição.

Importações

A pauta de compras nos EUA, segundo a Amcham Brasil, foi dominada por bens manufaturados (89,2%), com destaque para máquinas, medicamentos, petróleo e equipamentos de processamento de dados.

As compras de petróleo bruto aumentaram 78,3%, revertendo a tendência de queda anterior e impulsionando o setor energético. Já as importações de gás natural recuaram, refletindo a menor demanda no início do ano.

Fonte: G1

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Economia, Mercado Internacional, Oportunidade de Mercado

Para especialistas, diversificar parceiros é saída contra tarifaço

Apesar da alta volatilidade da guerra tarifária, que torna o cenário no curto prazo nebuloso, as tarifas americanas podem não apenas prejudicar como também beneficiar determinados setores da economia brasileira. Mesmo assim, diante do alto nível de incerteza, o Brasil deve buscar diversificar seus parceiros e abrir novas frentes comerciais, afirmam especialistas ouvidos pelo Valor.

No cenário atual, em que as tarifas recíprocas estão suspensas e há sobretaxas de 125% sobre bens da China que entram nos Estados Unidos, a perspectiva é que produtos brasileiros que foram perdendo espaço para os chineses, como têxteis e calçados, se beneficiem e ganhem maior fatia do mercado americano.

“No cenário de hoje, a única diferença de condições de acesso ao mercado americano é em relação à China, que está com uma tarifa de 125%, uma tarifa proibitiva. O Brasil hoje concorre no mercado americano com a China em cerca de 700 produtos. Deste grupo, os EUA importaram cerca de US$ 12 bilhões do Brasil e US$ 29 bilhões da China no ano passado”, afirma Abrão Neto, CEO da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil). Além de vestuário e calçados, ele cita máquinas e equipamentos, alguns químicos e artigos da construção civil.

Na semana passada, o governo Trump suspendeu as tarifas recíprocas de 10% por 90 dias e anunciou sobretaxa de 125% sobre produtos chineses, o que foi revidado na mesma proporção por Pequim.

Se as tarifas de 10% sobre itens do Brasil retornarem, a perspectiva é que têxteis, calcados e vestuário sejam beneficiados, assim como máquinas e equipamentos e papel. Devem ser prejudicados os setores de aço e autopeças, enquanto aviões e petróleo não devem sofrer tanto, prevê Fernando José da Silva Paiva Ribeiro, técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

“Os setores em que em princípio o Brasil poderia ganhar espaço no mercado americano em decorrência das taxas que haviam sido impostas são o têxtil, calçados e vestuário. Já fomos um exportador importante desses itens para os EUA, mas fomos perdendo lugar para a China e para outros asiáticos, como Indonésia, Vietnã e Filipinas”, diz. “Aos poucos, acabamos sendo alijados desse mercado. Mas, se os asiáticos, de fato, forem muito mais taxados que o Brasil, podemos recuperar espaço nas vendas desses produtos.”

A pauta de exportação do Brasil para os EUA é concentrada em três produtos principais que estão fora dessa lista: aço, aviões e petróleo. O setor de ferro e aços básicos deve ser impactado de modo negativo, no caso de retorno das tarifas recíprocas, assim como o de peças e acessórios para veículos, cuja taxação estava prevista para ocorrer em maio.

“O aço é um caso difícil de dizer porque vai depender muito do que acontecerá com Canadá e México, que são os principais fornecedores para os EUA”, diz Ribeiro. Ele acredita que itens como petróleo bruto, refinados e aviões e máquinas relacionadas não devem sofrer forte impacto. Petróleo e derivados estavam isentos das tarifas, enquanto aviões enfrentam pouca concorrência.

Em reportagem publicada neste domingo, 13, o “Financial Times” detalha como a intensificação da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China pode favorecer o setor agrícola brasileiro. Com a China buscando alternativas aos produtos americanos, o Brasil expandiu sua participação como principal fornecedor de alimentos para Pequim, abrangendo desde soja até carne bovina, diz o texto. A venda de carne de aves para a China cresceu 19% no primeiro trimestre do ano, segunda a associação chinesa de importadores, cita o “FT”.

Outra frente que poderia favorecer o Brasil é a de frutas. Rubens Ricupero, embaixador, ex-secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comérciob e Desenvolvimento (Unctad) e ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente, acrescenta ainda que se os EUA retomarem sobretaxas de 25% sobre itens mexicanos, o Brasil tem a chance de exportar mais para o mercado americano.

Além do comércio, o grau de incerteza e a velocidade em que as mudanças vêm ocorrendo certamente devem afetar o fluxo de investimentos no Brasil, afirma Abrão Neto, ao lembrar que os EUA ocupam o topo do ranking de países que mais investem aqui. “A falta de previsibilidade afeta investimento. E creio que o cenário de baixa previsibilidade é o que tende a imperar. Não é algo que se resolverá nos próximos dias”, diz.

Ele argumenta que o cenário está longe de estar estabilizado e que, diante disso, será importante ver como a economia americana reagirá a essas movimentações.

“É a demanda do mercado americano que orientará as compras americanas e, por consequência, o tamanho do apetite por produtos brasileiros”, argumenta. “Ou seja,o principal fator de preocupação hoje é que a economia americana não desacelere e mantenha boas condições de saúde para que a demanda de produtos brasileiros continue.” Por ora, afirma Ribeiro, é incerto que os EUA tenham condição de produzir todos os tipos de bens que haviam sobretaxado nos últimos meses.

“Na verdade, nenhum país do mundo consegue ter estrutura industrial que dê conta de tudo, de todos os produtos. Hoje, depois de 50 anos de globalização, de cadeias globais e setores que foram se dividindo, a produção está concentrada em algumas atividades; o restante se importa”, diz. “Há vários itens que os EUA simplesmente não têm mais produção doméstica. Em alguns casos, isso é irrecuperável.”

O estudo Economic analysis of U.S. tariffs introduced over March-April 2025 (análise econômica das tarifas americanas introduzidas em março e abril de 2025), divulgado no início do mês pela Victoria University, em Melbourne, Austrália, mostra que as sobretaxas anunciadas nos últimos meses poderiam levar a queda de 33% das importações pelos EUA. “Se o modelo estiver correto, trata-se de uma queda brutal.Nesse caso, de redução da demanda agregada dos EUA, todo mundo que exporta para lá sofrerá”, diz Ribeiro.

Ricupero diz que o governo Trump está olhando para os dados de forma seletiva,não levando em conta setores onde há vantagem sobre outros países. “A mentalidade deles é muito atrasada, só veem balanço de mercadorias, não olham serviços. Podem levar desvantagem em mercadorias, mas têm enorme vantagem nessa economia ‘invisível’.”

Diante da incerteza sobre se e quando todas as tarifas anunciadas anteriormente serão aplicadas ou quais prevalecerão, Ricupero defende que o Brasil aproveite para aprofundar laços econômicos com outros parceiros, como os asiáticos. “Se juntarmos China, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Índia, Malásia, Indonésia, temos 50% do nosso comércio. Interessa ao Brasil prospectar esses mercados”, diz. “Eu acho que os americanos se enrolarão, criarão muitos problemas. Mas, para quem pode diversificar, como é o caso dos asiáticos e do Brasil, existem oportunidades.”

Fonte: Valor Econômico

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Medidas para enfrentar o caos logístico no setor portuário

A revisão da Lei dos Portos (Lei nº 12.815/2013) e uma oferta recorde de novos arrendamentos podem contribuir para pôr fim ao caos logístico evidenciado em 2024 no setor portuário. Além de oito terminais licitados no ano passado, a previsão é que sejam leiloados mais 42 empreendimentos, somando R$ 22,86 bilhões de investimentos. Serão 16 arrendamentos e cinco concessões em 2025 (R$ 19,75 bilhões) e 20 arrendamentos e uma concessão em 2026 (R$ 3,1 bilhões).

“Tivemos um ano excepcional, com movimentação portuária atingindo 1,32 bilhão de toneladas, a maior da história, com alta de 1,18%. Estamos acelerando a carteira, em que 33% dos leilões são para atender ao agronegócio com grande parcela nos portos do Arco Norte, que já respondem por 25% das exportações. De terminais de contêineres, serão quatro arredamentos em vários portos e um grande TUP [terminal de uso privado] em Santos”, destaca Silvio Serafim Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos (MPor).

O mais aguardado é o Tecon Santos 10, quarto e maior terminal de contêineres do porto de Santos e da América do Sul, com capacidade de até 3,5 milhões de TEUs e investimentos de R$ 5,64 bilhões. A minuta de edital já passou por consulta e audiência públicas e, após incorporar as contribuições pertinentes, será encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU). “A previsão é publicar o edital em 10 de setembro e realizar o leilão em 10 de dezembro. Será o maior leilão portuário do Brasil, que passará da 46ª para a 15ª posição em movimentação de contêineres”, diz Alex Ávila, secretário nacional de Portos.

Já a revisão da Lei nº 12.815/2013 visa destravar investimentos. A principal proposta é o PL nº 733/2025, que resultou de trabalhos de comissão de juristas. “O PL aproxima-se de conceitos da lei anterior de 1993 (Lei n° 8.630/1993), que modernizou o setor, com maior flexibilidade nos licenciamentos e nas relações laborais”, diz Mário Povia, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI).

Em 2024, a movimentação de contêineres cresceu 20%, somando 13,9 milhões de TEUs, e ficou claro que a infraestrutura portuária não está preparada para uma forte expansão econômica, como a alta de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB). A paralisação do porto de Itajaí e o fechamento de berços da Portonave, em Navegantes (SC), e da BTP, em Santos (SP), contribuíram para esgotar a capacidade de diversos terminais.

Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que, dos 5.663 embarques de contêineres programados em 2024, 3.219 tiveram atraso e 1.167 foram cancelados. Wagner Cardoso, superintendente de Infraestrutura da CNI, diz que, com a deficiência de infraestrutura e aumento da participação dos armadores nos terminais, as empresas usuárias têm sofrido com falta de espaço nos portos, omissão de embarque (cancelamento), rolagem de carga (transferência para outro navio em data diferente), supressão de escala (salto de um porto), sobre-estadias e cobranças indevidas.

Eduardo Heron Santos, diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), explica que o navio atrasa por problemas nos terminais ou fatores externos, como a estiagem no Canal do Panamá e os ataques dos rebeldes houthis na Ásia. Os pátios dos terminais ficam cheios, e o exportador tem de colocar a carga numa retroárea. “Em 2024, a exportação de café cresceu 28%, para 50,5 milhões de sacas, mas ficou para trás 1,8 milhão de sacas em 5,3 mil contêineres parados, aguardando embarque. Pagamos R$ 51 milhões só em taxas adicionais de armazenagem”, lamenta Santos.

Roberto Teller, diretor de operações da Movecta, diz que os operadores logísticos dos portos secos tiveram alta extraordinária na demanda por armazenagem. Isso ocorreu devido ao esgotamento de terminais, como o da Santos Brasil, responsável por 15% do total movimentado em contêineres.

“O ano de 2024 foi desafiador na costa leste do continente, com as paralisações. Crescemos 27%, investimos R$ 700 milhões, ampliando a capacidade para 2,3 milhões de TEUs, mas usamos tudo, pois absorvemos cargas de Itajaí, BTP e Navegantes. Neste ano vamos investir mais R$ 700 milhões para atingir 2,6 milhões de TEUs e antecipamos para 2026 o aumento para 3 milhões de TEUs”, informa Antonio Carlos Sepúlveda, diretor-presidente da Santos Brasil.

Segundo a CNI, Paranaguá (PR) liderou o ranking de problemas, com 538 atrasos, 133 omissões e 46 cancelamentos de embarque. “O porto é prejudicado quando há alterações nas escalas”, justifica Gabriel Vieira, diretor de operações do Porto de Paranaguá.

Claudio Loureiro, diretor-executivo do Centronave, assegura que não há embate entre armadores e usuários, pois ambos entendem que são afetados pela deficiência de infraestrutura: faltam terminais e profundidade dos portos para receber navios maiores. “Os armadores têm uma perda anual de carga potencial de 500 mil TEUs, ou US$ 1 bilhão. Para o comércio exterior brasileiro, as perdas são de US$ 6,4 bilhões nas exportações e US$ 14,2 bilhões em importações”, alerta Loureiro.

Não falta apetite dos investidores, especialmente armadores. A APM Terminals, braço de terminais da Maersk, tem investido no Brasil em terminais de contêineres greenfield (novos) – Suape (PE), Itapoá (SC), BTP –, embora não descarte aquisições. “Investimos em aumento de capacidade, e a maior oportunidade é o Tecon Santos 10. Sem investimentos, o Brasil perde a oportunidade de atrair até 4 milhões de TEUs a mais de cargas do continente para portos concentradores no país”, diz Leonardo Levy, diretor de investimento da empresa para as Américas.

Para Patrício Jr, diretor de investimentos da Terminal Investment Limited (TIL) – braço de terminais da MSC –, os problemas são consequência da falta de planejamento. “O Tecon Santos 10 vai resolver os problemas atuais, mas só daqui a seis anos. Já deveríamos estar pensando no próximo terminal”, diz. Anderson Pomini, diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos, destaca que, além do Tecon Santos 10 e da ampliação dos acessos – Túnel Santos-Guarujá e dois viadutos –, com R$ 20 bilhões de investimentos, a APS já desenvolve uma nova poligonal com mais 13 milhões de metros quadrados. “Hoje temos 7,8 milhões de metros quadrados. Em abril, será publicada a nova poligonal, totalizando 20 milhões de metros quadrados. Com o crescimento de 20% ao ano, o Tecon Santos 10 e os novos acessos já chegam com atraso.”

Fonte: Valor Econômico

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Portonave eleva plano de investimento em R$ 440 mi em Navegantes

A Portonave, terminal privado da Terminal Investment Limited (TIL) em Navegantes(SC), acaba de fechar um novo investimento de R$ 439 milhões, para a compra de equipamentos que deverão ampliar sua capacidade do atual patamar de 1,5 milhão de TEUs para 2 milhões de TEUs, a partir de 2026.

Os recursos se somam ao plano de investimento de R$ 1 bilhão, já em curso desde o ano passado. A companhia, que tem como controladora um dos maiores grupos de navegação globais, a MSC, vem trabalhando para reforçar seu cais, para receber os maiores navios do mercado, de até 400 metros de comprimento.

A primeira etapa desse investimento deverá ser concluída em julho, quando se inicia a obra de reforço dos outros 50% do terminal, segundo Osmari Castilho, diretor superintendente administrativo da Portonave. A construção completa deverá se encerrar em meados de 2026.

Também nesse prazo deverão chegar os equipamentos recém-adquiridos pela companhia. Foram comprados dois guindastes “Ship-to-Shore” (STS), com capacidade para carregar e descarregar os contêineres dos maiores navios do mercado. As unidades deverão se somar aos quatro guindastes STS já em operação.

O Portonave também adquiriu 14 guindastes “Rubber Tyred Gantry” (RTG), para fazer a movimentação de contêineres no pátio do terminal, que se somam a outros 18 equipamentos já existentes. Com isso, a empresa conseguirá ampliar a capacidade dinâmica do terminal.

Em 2024, quando todos os terminais de contêineres do país passaram por forte congestionamento, o Portonave chegou a uma ocupação na casa dos 90% em alguns momentos. Neste ano, o fluxo já se normalizou, mas a taxa média está em cerca de 70%.

Além de ampliar a capacidade, o plano de investimentos busca preparar o terminal para a chegada das grandes embarcações que circulam no mundo, que tendem a dar mais eficiência à operação logística. Porém, a entrada desses navios ainda depende de um investimento adicional, para o aprofundamento do canal de acesso do Porto de Itajaí – obra que depende de uma iniciativa do poder público. O plano do governo é fazer uma concessão do canal, que incluiria o aumento do calado. Porém, ainda não há previsão de data para o projeto.

“O ideal é que o cronograma da concessão andasse junto da obra do terminal, para que possamos operar os navios maiores. Esperamos que isso tenha celeridade, estamos acompanhando”, disse Castilho. “[O aprofundamento] vai ter que acontecerem algum momento, o que pode haver é um descasamento, e estarmos preparados antes do canal”, afirmou.

Outra preocupação da empresa para os próximos anos são os possíveis impactos da reforma tributária sobre a movimentação em Santa Catarina, que atraiu carga por meio de incentivos fiscais. Porém, Castilho diz que não prevê um esvaziamento do porto. Para ele, o investimento em infraestrutura na região garante competitividade.“Outra vantagem é a potência da indústria catarinense.”

Fonte: Valor Econômico

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RêConecta News destaca a Blue Route na Intermodal 2025: soluções para o futuro do comércio exterior

O RêConecta News tem o prazer de destacar a presença da Blue Route na Intermodal 2025, a maior feira das Américas voltada para logística e comércio exterior. No estande G100, ao lado do RêConecta, a Blue Route apresentará suas soluções inovadoras para otimização e gestão de operações de importação, com destaque para a gestão de Catálogo de Produtos, ferramenta líder de mercado.  Essa parceria estratégica reforça o compromisso com a inovação e o compartilhamento de conhecimento no setor.

Blue Route: tecnologia e inteligência para potencializar o comércio exterior

A Blue Route se consolidou como uma das principais empresas de tecnologia e consultoria para o comércio exterior, oferecendo soluções inovadoras que integram pessoas, processos e tecnologia. Com uma equipe altamente qualificada, a empresa tem como missão otimizar operações, aumentar a produtividade e gerenciar riscos, proporcionando vantagens competitivas para seus clientes. “Nosso objetivo sempre foi apoiar os importadores nesse grande desafio que é o comércio exterior e prepará-los para o futuro”, afirma Beatriz Grance Rinn, CEO da Blue Route.

Segundo Beatriz, o principal serviço da Blue Route é uma ferramenta para gestão do Catálogo de Produtos, uma solução inovadora que otimiza a gestão e padronização de itens importados. Atualmente, a empresa conduz mais de 400 projetos nas principais regiões do Brasil, atendendo grandes players do mercado, incluindo a maior varejista e a maior fabricante de peças automotivas e eletrônicas do mundo, entre outras empresas líderes mundiais em diversos segmentos. Com tecnologia de ponta, a empresa integra pessoas, processos e inteligência estratégica para aumentar a produtividade, reduzir riscos e oferecer vantagens competitivas aos seus clientes.

Além da tecnologia: compliance e inteligência estratégica

O grande diferencial da Blue Route está no seu compromisso com compliance e segurança. A empresa não apenas fornece tecnologia, mas direciona soluções alinhadas à legislação aduaneira e requisitos normativos, garantindo alta performance e segurança para seus clientes. “Nossa missão não é apenas entregar tecnologia, mas oferecer soluções direcionadas ao compliance aduaneiro e às exigências normativas do setor”, destaca Christiano Fitarelli, CTO da Blue Route.

Soluções que transformam negócios

Entre os serviços oferecidos pela Blue Route, destacam-se também:

Consultoria Executiva: Diagnóstico detalhado de processos e arquitetura de sistemas, alinhando melhorias operacionais às evoluções dos sistemas governamentais.

Data Analytics: Soluções personalizadas de Business Analytics e Business Intelligence, proporcionando total controle sobre operações de importação, KPIs e rastreabilidade.

Diagnóstico de Processos e Identificação de Oportunidades: Análise detalhada da cadeia logística e tributos incidentes na importação e revenda, gerando aumento de receita e redução de custos.

Liderança e inovação

A Blue Route nasceu da expertise de profissionais altamente qualificados em comércio exterior e tecnologia, com uma visão inovadora para transformar a gestão de operações internacionais. Sua fundadora e presidente, Beatriz, tem mais de 27 anos de experiência na área, é formada em Sistemas de Informação e Comércio Exterior, possui MBA em Blockchain e certificação em análise e desenvolvimento de sistemas na Alemanha. “Ao longo da minha trajetória, sempre busquei desenvolver soluções que facilitem o dia a dia dos profissionais do comércio exterior, garantindo eficiência e segurança”, afirma Beatriz.

Reconhecida internacionalmente, ela já trabalhou em projetos estratégicos com a Receita Federal e a SECEX, sendo recentemente premiada pela Organização Mundial das Aduanas (OMA).

Ao seu lado, Christiano Fitarelli, CTO da Blue Route, trouxe a sólida experiência técnica e empresarial, tendo fundado sua primeira empresa ainda na faculdade. Com profundo conhecimento em desenvolvimento de software e certificações, ele lidera a criação de soluções inovadoras que garantem eficiência e conformidade às operações dos clientes.

“Não basta oferecer respostas técnicas. Nosso compromisso é entregar um pacote completo de soluções tecnológicas que realmente impactam as operações dos nossos clientes”, ressalta Fitarelli.

Blue Route na Intermodal 2025

A participação da Blue Route na Intermodal 2025 reforça seu posicionamento como referência em tecnologia e consultoria para o comércio exterior. No estande G100, ao lado do RêConecta News, a empresa apresentará suas soluções inovadoras, com destaque para a gestão de Catálogo de Produtos, ferramenta líder de mercado.

O evento, reconhecido como o maior da América Latina no setor, é uma oportunidade estratégica para fortalecer parcerias, gerar novos negócios e se conectar com clientes e fornecedores. “Estar na Intermodal é essencial para estarmos próximos do mercado, revermos nossos clientes e fornecedores, entendermos as necessidades dos nossos parceiros e apresentarmos soluções que realmente fazem a diferença nas operações de comércio exterior; além disso é uma grande oportunidade de fazer novos negócios”, finaliza Beatriz Grance Rinn, CEO da Blue Route.

Venha ser um conectado: nos dias 22 a 24 de abril, te esperamos no Estande G100.

Saiba mais sobre a BLUE ROUTE: https://www.blueroute.com.br/

Faça sua inscrição: https://www.intermodal.com.br/pt/home.html

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