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Economia, Finanças, Informação, Investimento, Mercado Internacional, Negócios, Tributação

Dólar cai e fecha a R$ 5,78, mesmo após nova ameaça tarifária de Trump; Ibovespa sobe

A moeda norte-americana recuou 0,13%, cotada a R$ 5,7854. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,76%, aos 125.572 pontos.

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (10), cotado a R$ 5,78. Esse movimento foi impulsionado pela valorização das commodities no mercado internacional, apesar da nova ameaça tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No último domingo (9), o republicano afirmou que anunciaria novas taxas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio no país. Atualmente, cerca de 25% do aço e 50% do alumínio usados nos EUA são importados. Entre os principais fornecedores está o Brasil.

Especialistas acreditam que essa tarifação pode impactar a economia de todos os principais exportadores, incluindo Brasil, Canadá, México, China, Rússia e União Europeia.

A medida também traz preocupações com a inflação nos EUA. Isso porque, se os produtos que chegam à maior economia do mundo ficam mais caros com as taxações, todo o custo de produção também aumenta, elevando os preços para os consumidores e impactando a inflação.

Preços mais altos podem pressionar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a manter suas taxas de juros altas por mais tempo, ou até promover novos aumentos.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou o dia em alta. Dólar acumula alta de quase 28% em 2024.

Dólar

O dólar fechou em queda de 0,13%, cotado a R$ 5,7854. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,7632.
Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,13% na semana;
  • recuo de 0,89% no mês; e
  • perdas de 6,38% no ano.

Na última sexta-feira (7), a moeda americana teve alta de 0,51%, cotada a R$ 5,7930.

Ibovespa

O Ibovespa fechou em alta de 0,76%, aos 125.572 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,76% na semana;
  • queda 0,45% no mês;
  • ganho de 4,40% no ano.

Na sexta, o índice teve baixa de 1,27%, aos 124.619 pontos.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

O que está mexendo com os mercados?

A alta nos preços do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional amenizaram a força do dólar nesta segunda-feira (10), mesmo que ainda restem dúvidas sobre a nova ameaça tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump.

No domingo (9), em entrevista a jornalistas antes de assistir ao Super Bowl 2025, Trump afirmou que “qualquer aço que entrar nos EUA terá uma tarifa de 25%”. Segundo o presidente norte-americano, o anúncio oficial será realizado ainda nesta segunda-feira.

Trump também não deu mais detalhes sobre quais países sofreriam o aumento tarifário. Diante das incertezas, autoridades de vários países que exportam esses produtos para os EUA começaram a reagir.

Na Coreia do Sul, o Ministério da Indústria convocou siderúrgicas para discutir como minimizar os impactos das tarifas para as empresas. Já na Europa, a Comissão Europeia afirmou “não ver justificativa” para a tarifação e assegurou que vai reagir.

O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, afirmou que a Europa “pode e deve reagir unida e decisivamente contra as restrições tarifárias unilaterais” e destacou que a região “está preparada para isso”.

No Brasil, a postura do governo foi mais cautelosa diante das ameaças do presidente dos EUA. Tanto o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, quanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestaram a necessidade de diálogo em relação às possíveis tarifas.

Segundo o blog da Ana Flor, o anúncio não pegou o governo de surpresa e, por enquanto, a orientação é não responder imediatamente com a regra da reciprocidade, mas primeiro analisar o impacto.

Além de afetar as empresas exportadoras de aço e alumínio, que podem ter uma queda nas vendas, há preocupação no mercado sobre a pressão inflacionária que a implementação dessas tarifas causaria na maior economia do mundo, o que pode atrasar a redução dos juros no país.

Dirigentes do Fed afirmaram que a instituição não tem pressa em reduzir os juros e que observará atentamente os desdobramentos do cenário político e econômico. Atualmente, os juros americanos estão entre 4,25% e 4,50% ao ano, com o objetivo de reduzir a inflação anual, que está em 2,9%, para a meta de 2%.

Juros elevados também aumentam o rendimento dos títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, o que tende a provocar uma migração de capital estrangeiro para o país e pode fortalecer o dólar em relação a outras moedas.

Agenda de indicadores

Na agenda de indicadores, o Departamento do Comércio dos EUA deve divulgar os novos dados de inflação referentes a janeiro na próxima quarta-feira (12). Ao longo da semana, o presidente do Fed, Jerome Powell, deve discursar e fornecer novas pistas sobre a condução dos juros no país.

No cenário doméstico, o destaque da semana também será a inflação oficial, que será divulgada na terça-feira (11).

Nesta segunda-feira, o Banco Central do Brasil (BC) divulgou mais uma edição do boletim Focus, relatório que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.

As projeções para a inflação brasileira subiram pela 17ª consecutiva. Agora, os economistas preveem que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano a 5,58% em 2025, bastante acima da meta.

A meta de inflação é de 3% e será considerada formalmente cumprida se ficar em um intervalo entre 1,50% e 4,50%.

FONTE: G1
Dólar cai e fecha a R$ 5,78, mesmo após nova ameaça tarifária de Trump; Ibovespa sobe | Economia | G1

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Economia, Finanças, Gestão, Mercado Internacional, Negócios, Oportunidade de Mercado

Mercado prevê inflação ainda mais alta em 2025 e 2026

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 10, pelo Banco Central, indica uma deterioração da economia neste ano e no próximo, os dois últimos do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Os analistas de mercado que participam do boletim estimam, pela 17ª semana seguida, uma alta da inflação.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2025 em 5,58%, ante a projeção e 5,51% na semana passada. Para o ano que vem, a projeção é de inflação a 4,3%, ante 4,28% na semana anterior.

Já para o crescimento da economia, a projeção é de queda, o que corrobora as análises do mercado de que o Brasil, no governo Lula, pode passar por uma recessão técnica.

O Boletim Focus estima que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 2,03% em 2025, resultado inferior ao da semana passada, de 2,06%. Para 2026, a projeção agora é de 1,7%, ante 1,72% na semana anterior.

Câmbio e Selic permanecem estáveis, diz mercado
O Boletim Focus não traz alterações na projeção da taxa oficial de juros, a Selic, e na cotação do dólar.Para 2025 e 2026, a projeção é de que o dólar termine os períodos cotado a R$ 6. Já a Selic, deve terminar 2025 em 15% e 2026 em 12,5%.

Divulgado toda segunda-feira, o Boletim Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação.

O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.

Fonte: Exame
https://exame.com/economia/boletim-focus-ipca-alta-hoje-10-02/

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Comércio Exterior, ESG, Gestão, Inovação, Investimento, Mercado Internacional

Agenda ESG: como atrair recursos para projetos de impacto em PMEs

Empresas de pequeno porte podem recorrer a linhas de crédito com apelo socioambiental; veja dicas para captar recursos para projetos de impacto

A guinada ESG (sigla para ambiental, social e governança) também tem efeitos colaterais nas pequenas e médias empresas (PMEs).

Dispostas a oferecer produtos e serviços sustentáveis, como parte de um esforço para atender às demandas de consumidores cada vez mais exigentes com seus hábitos de compra, as PMEs passam a investir em inovação, sem deixar de lado o impacto.

Muitas empresas, porém, esbarram na falta de recursos ao apostar nessa transição verde. Um caminho para superar isso está no financiamento sustentável, por meio da captação de recursos para projetos socioambientais.

Na prática, isso significa que uma PME pode se apoiar em projetos e linhas de crédito voltadas a negócios que saibam endereçar questões sociais e ambientais e, em troca, ter capital para colocar de pé projetos próprios.

Esse tipo de financiamento é formado por linhas de crédito subsidiadas pelo governo ou, ainda, pela rede privada.

O propósito é oferecer empréstimos com juros mais baixos e condições de pagamento mais vantajosas para pequenas empresas, em comparação com outras linhas de crédito do mercado.

Juntas, essas linhas cooperam para que essas empresas consigam os recursos necessários para investir em modernização, inovação, tecnologia e aumento de capacidade produtiva.

Por que considerar o impacto?

Segundo Lucas Conrado, líder de relações institucionais do fundo de impacto social para pequenos empreendedores Estímulo, o primeiro passo para atrair subsídios com foco no impacto socioambiental é ter em mente o objetivo com o uso dos recursos.

“Primeiramente, como um diagnóstico do seu modelo de negócio, quais são os impactos que você faz na ponta, se o seu modelo de negócio está estruturado com esse objetivo de impacto, ou se você quer também implementar alguma mudança na sua forma de produzir que pode gerar impacto”, explica.

O principal benefício ao considerar linhas de crédito criadas para essa finalidade está na criação de soluções inovadoras que dificilmente sairiam do papel sem o apoio financeiro externo.

“Ao estruturar projetos, as PMEs podem demonstrar seu potencial de crescimento, atrair financiamento mais competitivo e desenvolver soluções inovadoras”, diz Rafael Brunati, advogado especialista em direito societário, contratos, M&A e Private Equity do escritório Silveiro Advogados.

De acordo com Brunati, há um interesse mútuo das instituições financeiras em fomentar as PMEs – hoje responsáveis por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Em paralelo, a proximidade com eventos de grande porte, como a COP30  que será sediada no Brasil em novembro — apenas reforça a importância do tema.

“As empresas precisam aproveitar o momento em que temas ligados à sustentabilidade estão em alta para decidir seus investimentos em. É hora de serem protagonistas”, avalia.

Para além dos benefícios envolvendo as taxas de juros reduzidas e prazos mais extensos, uma das vantagens ao recorrer a programas de financiamento voltados ao impacto socioambiental está na união do capital com a capacitação e apoio aos empreendedores.

“Das iniciativas que conheço, como é o caso dos fundos de impacto, também têm essa atuação de aceleração, e o componente do conhecimento. Em um banco tradicional, não é possível entrar nesse ecossistema de impacto com suporte para além do recurso financeiro”, avalia Conrado.

Apesar dos benefícios, há ainda um desconhecimento geral do mercado sobre a existência dessas linhas mais flexíveis e direcionadas ao impacto socioambiental, o que é um impasse para que um maior número de empresas possam pivotar projetos socioambientais no país.

“Além disso, a ausência de planejamento financeiro e estratégico para o uso desse dinheiro inviabiliza essa alternativa, pois esse uso precisa ser inteligente, de forma que ele viabilize o crescimento e prosperidade da empresa”, diz.

Ele ainda reforça que o portal Investir com Impacto dá uma bom panorama para o empreendedor entender este ecossistema.

Que tipo de projetos podem ser criados?

Entre os exemplos de projetos de impacto que podem ser desenvolvidos por PMEs estão produtos e serviços ou iniciativas que promovam impacto social positivo.

Ações com foco no desenvolvimento social também são exemplos, conforme exemplifica Brunati.

”Observamos um caso recente em que auxiliamos uma instituição financeira captar recursos com outras instituições do exterior para repassar esses valores, em formato de crédito, para micro e pequenas empresas brasileiras, com foco muito grande em empresas lideradas por mulheres e também de locais com IDH abaixo da média”, conta.

Conrado, do Estímulo, destaca também o uso de recursos obtidos via financiamento verde para projetos que impactam o dia a dia operacional de empresas, a exemplo da adoção de energia renovável (como a instalação de painéis solares), eficiência energética e melhoria de processos produtivos.

“Falamos de empresas com produtos ou serviços em linha com a sustentabilidade, mas também pode haver um negócio tradicional que está pensando numa transição energética, redução do consumo energético da fábrica, sistemas avançados de reciclagem, redução no desperdício de alimentos. Há vários caminhos que você pode olhar para impacto dentro do negócio”, afirma.

Como se preparar

Em grande parte dos casos, o financiamento é direcionado a projetos específicos. Para isso, empresas devem preparar um denso documento de apresentação do projeto e suas intenções.

Além disso, no caso de programas voltados exclusivamente para ações ambientais (como no caso de projetos para redução na emissão de gases poluentes ou preservação de florestas nativas) a comprovação do uso dos recursos a longo prazo também pode ser exigida.

Abaixo, os especialistas listam dicas gerais para que empreendedores possam ser mais assertivos durante o pedido de financiamento socioambiental:

Fazer um diagnóstico das finanças empresariais

O primeiro passo é fazer um diagnóstico detalhado da situação financeira da empresa. Considere empréstimos vigentes e dívidas em aberto com outras instituições.

Também é importante avaliar como está o fluxo de caixa e capital de giro do negócio.

“É importante avaliar se a empresa é saudável financeiramente de maneira geral”, diz Brunati.

Desenvolver projetos claros e estruturados

Fazer um projeto que evidencie o destino dos recursos de forma clara e concisa é essencial. Também é preciso que o projeto seja capaz de mostrar para onde vai e como será usado o recurso.

Um calendário de ações pode ajudar na organização.

Tenha uma boa organização de documentos

A apresentação de documentos financeiros da empresa, como balanço patrimonial e fluxo de caixa, é uma etapa comum a todo processo de análise de concessão de crédito.

Ter a documentação em mãos e já auditada pode agilizar e facilitar o processo, principalmente nos casos em que é preciso garantias.

Contratação de uma consultoria especializada

No caso de empresas muito pequenas (e por vezes controladas apenas pelo proprietário), a contratação de uma empresa especializada pode auxiliar no processo de organização de documentos, além de ajudar PMEs a encontrarem programas e linhas de crédito apropriadas ao negócio e seus desafios de expansão.

Onde captar recursos?

Atualmente, o país comporta um conjunto de programas e linhas de financiamento, públicas e privadas, destinadas a empresas de pequeno porte com foco em projetos socioambientais.

Alguns exemplos são o FUNTEC, e linhas do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

Além deles, fundos como Yunus, Gaia, Vox Capital e Estímulo já possuem linhas de crédito e apoio educacional para empreendedores à frente de negócios de impacto.

Fonte: CNN

Agenda ESG: como atrair recursos para projetos de impacto em PMEs

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Comércio Exterior, Economia, Gestão, Internacional, Mercado Internacional, Notícias, Oportunidade de Mercado

Análise: novas medidas de Trump são preocupantes para o Brasil

Confira a avaliação do economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt, sobre o anúncio, pelo governo dos EUA, de tarifas de importação de 25% sobre aço e alumínio

Florianópolis, 10.02.25 – Donald Trump anunciou ontem tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio, além de prometer reciprocidade tarifária. É um dos piores cenários para o Brasil, que perderia triplamente:

  1. O Brasil é grande exportador de aço, perdendo apenas para o Canadá em volume, mas o Canadá está com tarifas suspensas;
  2. O Brasil aplica uma das maiores tarifas médias de importação aos EUA. Dessa forma, as tarifas de importação dos EUA cresceriam mais para muitos produtos brasileiros do que para vários de seus concorrentes e
  3. Tarifas mais altas nos EUA levarão ao temor de maior inflação por lá. A consequência é a expectativa de juros mais altos nos EUA e fuga de dólares para lá.

Contudo, Trump ainda não informou quais países serão objetos das novas tarifas. Se o Brasil não entrar, nossa condição de observador da guerra tarifária nos colocaria em posição de identificar oportunidades abertas pela perda de competitividade dos países tarifados. Enfim, semana de Trumplência à vista!

Pablo Bittencourt, economista-chefe da FIESC

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

Fonte: Fiesc
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/analise-novas-medidas-de-trump-sao-preocupantes-para-o-brasil

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Tarifas da China em resposta a Trump começam a valer, diz jornal

Medida é resposta ao americano, que impôs taxação de 10% sobre os produtos chineses importados para os EUA.

A China impôs neste domingo (9) tarifas de 10% e 15% sobre importações dos Estados Unidos , como continuação de sua resposta às taxações norte-americanas determinadas pelo presidente Donald Trump sobre produtos chineses, de acordo com o jornal “Financial Times”.

A medida pode afetar cerca de U$ 14 bilhões em produtos. O país determinou taxas de 15% para carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis.

As tarifas são uma resposta à iniciativa americana, que na terça-feira (4) começou a aplicar taxas de 10% em todas as importações chinesas para os EUA, depois que Trump afirmou que a China não fazia o suficiente para interromper o fluxo de drogas ilícitas para os Estados Unidos.

Ainda neste domingo, o presidente americano afirmou que vai anunciar nesta segunda (10) tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, segundo a agência de notícias Reuters.

Mais cedo, o chanceler alemão Olaf Scholz afirmou em um debate eleitoral que a União Europeia conseguiria retaliar “em uma hora” caso taxas americanas afetassem o bloco.

Além das medidas tarifárias, a China já avisou que pretende iniciar uma investigação antitruste contra a Alphabet Inc, dona do Google, enquanto incluía tanto a PVH Corp, holding de marcas como Calvin Klein, quanto a empresa de biotecnologia americana Illumina em sua “lista de entidades não confiáveis”.

As tarifas de Trump

Na segunda-feira (3), Trump suspendeu sua ameaça de tarifas de 25% sobre o México e o Canadá no último minuto, concordando com uma pausa de 30 dias em troca de concessões sobre o controle de fronteiras e a aplicação de leis contra o crime com os dois países vizinhos.

Porém, não houve o mesmo alívio para a China. Um porta-voz da Casa Branca disse que Trump não conversaria com o presidente chinês Xi Jinping no começo desta semana.

https://g1.globo.com/jornal-nacional/video/a-guerra-das-tarifas-trump-mostra-que-vai-usar-taticas-de-intimidacao-ate-contra-aliados-13312605.ghtml

Durante seu primeiro mandato, em 2018, Trump iniciou uma guerra comercial de dois anos com a China devido ao enorme superávit comercial dos EUA, com tarifas recíprocas sobre centenas de bilhões de dólares em bens, desestruturando cadeias globais de suprimento e prejudicando a economia mundial.

“A guerra comercial está em estágios iniciais, então a probabilidade de novas tarifas é alta”, disse a Oxford Economics em uma nota, ao reduzir sua previsão de crescimento econômico da China.

Trump advertiu que poderia aumentar as tarifas sobre a China ainda mais, a menos que Pequim interrompesse o fluxo de fentanil, um opioide mortal, para os Estados Unidos.

“Espero que a China pare de nos enviar fentanil e, se não o fizerem, as tarifas vão subir substancialmente”, disse ele na segunda-feira.

A China chamou o fentanil de problema dos EUA e afirmou que desafiaria as tarifas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e tomaria outras contramedidas, mas também deixou a porta aberta para negociações.

Os EUA são uma fonte relativamente pequena de petróleo bruto para a China, representando 1,7% das suas importações no ano passado, no valor de cerca de US$ 6 bilhões.

“Diferentemente do Canadá e do México, é claramente mais difícil para os EUA e a China chegarem a um acordo sobre as demandas econômicas e políticas de Trump. O otimismo anterior do mercado sobre um acordo rápido ainda parece incerto”, disse Gary Ng, economista sênior do Natixis em Hong Kong, ouvido pela Reuters.

“Mesmo que os dois países possam chegar a um acordo sobre alguns pontos, é possível que as tarifas continuem sendo usadas como uma ferramenta recorrente, o que pode ser uma fonte de volatilidade no mercado este ano.”

Fonte G1
https://g1.globo.com/google/amp/economia/noticia/2025/02/09/china-impoe-tarifas-de-10percent-e-15percent-em-importacoes-de-produtos-dos-eua-em-retaliacao-a-trump.ghtml

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Trump diz que anunciará tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio

Presidente dos Estados Unidos também declarou que haverá novos anúncios de tarifas recíprocas na terça ou quarta-feira

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (9) que anunciará na segunda-feira (10) tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o país, outra grande escalada em sua revisão de política comercial.

Trump, falando aos repórteres no avião presidencial Air Force One, também disse que anunciará tarifas recíprocas na terça (11) ou quarta-feira (12), para entrarem em vigor quase imediatamente.

O Brasil deve ser afetado pela medida. Segundo dados do anuário da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), em 2023 a indústria nacional exportou US$ 685 milhões para os EUA — 15% do total das exportações do setor.

Em 2024, o valor subiu 16%, indo para US$ 796 milhões, correspondendo a 14% do total das exportações.

Durante o seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio, mas posteriormente concedeu a vários parceiros comerciais quotas isentas de impostos, incluindo o Canadá, o México, a União Europeia e o Reino Unido.

Fonte: CNN Brasil

Trump diz que anunciará tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio

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Presidente dos EUA anuncia nova tarifa de 25% para aço e alumínio

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (9) que anunciará na segunda-feira (10) tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o país, uma nova escalada de sua revisão da política comercial que pode afetar o Brasil.

Produtos semi-acabados de aço estão entre os principais produtos exportados pelo Brasil aos EUA, ao lado de petróleo bruto, produtos semi-acabados de ferro e aeronaves.

Segundo dados do governo americano, entre novembro de 2023 e novembro de 2024 o Canadá foi o maior fornecedor de aço, em volume, para os americanos, com 22,6% do total, seguido pelo Brasil (16,4%, com 4 milhões de toneladas) e o México (11,9%). O Brasil ficou atrás do México em valores: recebeu US$ 2,9 bilhões, contra US$ 3,2 bilhões dos mexicanos e US$ 6,64 bilhões dos canadenses.

Em 2018, em seu primeiro mandato, Donald Trump também aplicou uma tarifa de 25% sobre o aço importado pelos Estados Unidos. Dois anos depois, o governo americano reduziu a cota de importação de aço semi-acabado do Brasil. Em 2022, sob Joe Biden, os norte-americanos revogaram as medidas restritivas.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que as novas tarifas se somarão às taxas existentes sobre aço e alumínio.

Em 2023, os EUA importaram US$ 50,5 bilhões em aço e US$ 27,4 bilhões em alumínio, enquanto exportaram US$ 22,8 bilhões e US$ 14,3 bilhões, respectivamente.

Em coletiva de imprensa no Air Force One, avião oficial da Presidência dos EUA, Trump também disse que anunciará tarifas recíprocas para países que tarifam produtos dos EUA na terça ou quarta-feira que entrarão em vigor quase imediatamente.

Por uma grande margem, o Canadá é o maior fornecedor de alumínio primário para os EUA, respondendo por 79% do total das importações nos primeiros 11 meses de 2024. O México é um importante fornecedor de sucata de alumínio e liga de alumínio.

Para um integrante do governo brasileiro, a sobretaxa anunciada por Trump tem o objetivo de atingir a China, principal alvo dos discursos protecionistas do presidente americano. O Itamaraty disse não conhecer os detalhes da medida, que só será anunciada nesta segunda.

“O Brasil teve sobretaxa no alumínio e cota no aço que acabou prejudicando muitas exportações brasileiras para lá, e, com mais essa tarifa de 25%, vai ficar mais complicado de exportar para o mercado americano”, disse Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior e sócio do escritório Barral Parente Pinheiro Advogados.

Procurados, a Abal (Associação Brasileira do Alumínio), o Itamaraty, o Planalto e o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) não se manifestaram até a publicação desta reportagem. O Instituto Aço Brasil (associação das siderúrgicas do país) disse que aguardará o anúncio desta segunda para se posicionar.

As exportações brasileiras de aço atingiram, de janeiro a dezembro de 2024, 9,6 milhões de toneladas (ou US$ 7,7 bilhões). Os valores representam, respectivamente, redução de 18,1% e de 21,9% na comparação com o mesmo período de 2023.

No ano passado, os Estados Unidos foram destino de 54,1% (em dólares) das exportações de produtos siderúrgicos brasileiros.

O anúncio acontece após Trump prometer bloquear a aquisição da siderúrgica US Steel pela japonesa Nippon Steel, seguindo a decisão de Joe Biden de fazer o mesmo, e em meio a uma subutilização das usinas americanas nos últimos anos.

O atual mandatário, contudo, afirmou que trabalharia para permitir um grande investimento, embora não uma participação majoritária, na empresa por sua rival asiática, e insistiu que as tarifas ajudariam.

O plano de impor tarifas sobre metais reacendem preocupações no país de que as políticas econômicas do republicano possam desencadear um novo aumento da inflação, um dos principais motivos de insatisfação dos americanos com o governo Biden.

Trump ainda não especificou como pretende aplicar as tarifas sobre o aço e o alumínio nem detalhou as taxas recíprocas que prometeu anunciar nos próximos dias.

Fonte: Diário Brasil
https://diariodobrasilnoticias.com.br/noticia/presidente-dos-eua-anuncia-nova-tarifa-de-25-para-aco-e-aluminio-brasil-figura-entre-os-maiores-exportadores-67a9dbf5cf225

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Guerra comercial entre China e EUA pode piorar? Entenda

Logo após entrar em vigor uma nova tarifa de 10% sobre todos os produtos chineses enviados aos EUA, a China respondeu com uma tarifa de 15% sobre alguns produtos americanos

Os primeiros golpes foram trocados entre os Estados Unidos e a China, no que pode equivaler a uma disputa comercial de curta duração, com consequências econômicas limitadas, ou ao início de mais uma longa e dolorosa guerra comercial que lembra o primeiro mandato do presidente Donald Trump.

Imediatamente após uma nova tarifa de 10% sobre todos os produtos chineses enviados para os EUA entrar em vigor na terça-feira (4), a China respondeu anunciando uma tarifa de 15% sobre alguns produtos que importa dos EUA: certos tipos de carvão e gás natural liquefeito e uma tarifa de 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas, carros de grande cilindrada e caminhonetes.

Essas tarifas devem entrar em vigor na segunda-feira (10).

O Ministério do Comércio da China também adicionou duas empresas americanas — a empresa de biotecnologia Illumina e a varejista de moda PVH Group, dona da Calvin Klein e da Tommy Hilfiger — à sua lista de entidades não confiáveis, dizendo que elas “violaram os princípios normais de negociação do mercado”.

A medida prejudica significativamente a capacidade das empresas de fazer negócios na China.

É possível que Trump e o presidente chinês Xi Jinping pelo menos concordem em adiar essas ações para se engajarem em mais diálogos, assim como os líderes do México e do Canadá fizeram antes que as tarifas dos EUA sobre os produtos de seus países fossem colocadas em prática.

“Se um acordo semelhante não for alcançado, então acredito que ele tem potencial para ser bastante intenso”, disse Clark Packard, pesquisador do Centro Herbert A. Stiefel de Estudos de Política Comercial do Cato Institute.

Esse resultado não parece provável, já que Trump e Xi não conversaram na terça-feira. “Não estou com pressa”, disse Trump aos repórteres naquele dia.

próximo melhor resultado seria que ambas as nações evitassem novas medidas de escalada, como impor tarifas mais altas. O júri está longe de decidir sobre isso.

Um impacto limitado na economia dos EUA — por enquanto

A tarifa que Trump colocou sobre todos os produtos chineses, que ele vinculou em parte ao suposto papel do país de fornecer fentanil e outras drogas ilegais para os EUA, pode fazer com que os consumidores americanos paguem mais por uma ampla gama de produtos.

Isso inclui eletrônicos de consumo, brinquedos e vestuário, todos os quais estão entre alguns dos principais produtos que os EUA importaram da China no ano passado, de acordo com dados comerciais federais.

Mas não são apenas os bens que os consumidores compram que podem ficar mais caros. Muitos bens que os EUA importam são matérias-primas, como borracha, plástico e produtos químicos, que as empresas americanas precisam para fazer produtos acabados vendidos em lojas e online.

“Aumentar os custos dessas importações seria difícil para essas empresas”, disse Packard.

Ao mesmo tempo, os preços podem não subir tanto se as empresas dos EUA puderem importar produtos que receberam da China de outras nações que enfrentam tarifas mais baixas. A perda de clientes pode prejudicar as empresas chinesas e levar à perda de empregos.

Da mesma forma, empresas norte-americanas que exportam produtos para a China e que estão prestes a enfrentar as novas tarifas podem sofrer e ser forçadas a demitir funcionários.

No total, os produtos que a China importa dos EUA cobertos pelas novas taxas valiam US$ 23,6 bilhões em 2024, de acordo com dados da S&P Global Market Intelligence.

Esse total teria sido muito maior se a China tivesse escolhido aplicar uma tarifa igual de 10% sobre todos os produtos dos EUA exportados para lá, o que, em comparação, totalizou mais de US$ 130 bilhões no ano passado.

De mal a pior

Economistas do Morgan Stanley não esperam que Trump pare nas tarifas adicionais de 10% sobre produtos chineses, já que durante a campanha ele prometeu chegar a 60%.

“Ainda esperamos que os EUA imponham mais tarifas à China no final deste ano como parte de suas metas maiores de política comercial”, disseram eles em nota aos clientes na terça-feira. Isso provavelmente convidará mais retaliações da China.

Há também uma preocupação persistente de que os EUA não enfrentarão apenas uma guerra comercial unilateral com a China, mas sim uma guerra tripla.

Isso pode acontecer se Trump acabar seguindo adiante com tarifas de 25% sobre o México e o Canadá após o novo prazo de 1º de março que ele estabeleceu, e os dois países, assim como a China, retaliarem com tarifas mais altas sobre produtos dos EUA.

A situação pode ficar feia para a economia dos EUA muito em breve.

Supondo que o Canadá e o México respondam implementando uma tarifa de 10% sobre todos os produtos dos EUA e que a China aplique uma tarifa geral de 5%, os economistas do Citibank preveem que a economia dos EUA se contrairá a uma taxa anual de 0,8% este ano e -1,1% no próximo ano, supondo que as tarifas permaneçam em vigor.

A economia da China, no entanto, se contrairia em uma quantidade menor em comparação com a dos EUA neste ano e no próximo. As economias do Canadá e do México, no entanto, sofreriam golpes muito maiores em comparação com a dos EUA, preveem economistas do Citi.

Dito isso, os riscos por si só das tensões entre os EUA e a China são “consequentes”, disse Nathan Sheets, economista-chefe global do Citi, à CNN.

“Aumentos consideráveis ​​adicionais nas tarifas podem interromper as cadeias de suprimentos e a produção, com implicações adversas para o emprego e o crescimento dos EUA.”

“É realmente difícil quantificar esses efeitos — mas eles seriam apreciáveis ​​por qualquer medida”, disse ele.

FONTE: CNN Brasil
Guerra comercial entre China e EUA pode piorar? Entenda | CNN Brasil

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Dólar cai pela 12ª vez consecutiva, fechando a R$ 5,77

A moeda norte-americana segue em queda após a redução das tensões comerciais, enquanto o mercado reage aos dados econômicos dos EUA e à ata do Copom

O dólar voltou a cair nesta terça-feira (4), fechando a R$ 5,77, renovando o menor valor desde novembro. Após um aumento no final de 2024, a moeda acumula 12 dias consecutivos de queda.

Os investidores avaliam que o “tarifaço” anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, foi mais brando do que se esperava. Trump divulgou, no fim de semana, que aplicaria uma tarifa de 25% sobre produtos do México e Canadá, mas, após negociações, suspendeu a medida por um mês com ambos os países.

Além disso, os EUA também aplicarão tarifas sobre a China, que respondeu nesta terça-feira com a imposição de tarifas sobre petróleo e gás vendidos pelos americanos. Apesar disso, o mercado acredita que as ameaças de Trump estão perdendo força.

Analistas sugerem que as tensões com a China podem seguir o mesmo padrão das negociações com o México e o Canadá.

“A retórica agressiva de Trump parece ser, de fato, o que todos suspeitavam desde o começo: uma grande alavanca para negociar acordos comerciais e alcançar outros objetivos políticos”, afirmou Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank, à Reuters.

Entre os destaques do dia, estão os novos dados de atividade dos EUA e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. No documento divulgado nesta terça-feira, o BC projeta que a inflação ficará acima da meta pelo menos até junho deste ano e expressa preocupação com a alta dos preços dos alimentos, que deve impactar o médio prazo.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira (B3), também fechou em queda.

Dólar:
O dólar fechou em queda de 0,76%, a R$ 5,7712, acumulando:

  • Queda de 1,13% na semana e no mês
  • Recuo de 6,61% no ano

Ibovespa:
O Ibovespa caiu 0,65%, fechando aos 125.147 pontos, acumulando:

  • Queda de 0,78% na semana e no mês
  • Ganho de 4,05% no ano

FONTE: Bahia.ba
Bahia.ba | Dólar cai pela 12ª vez consecutiva, fechando a R$ 5,77

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Brasil vai aplicar reciprocidade em caso de taxação dos EUA, diz Lula

Presidente afirma que bravatas de Trump não devem preocupar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (5), que, em uma eventual taxação do governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros, vai aplicar o princípio da reciprocidade. “É lógico. O mínimo de decência que merece um governo é utilizar a lei da reciprocidade”, disse em entrevista a rádios de Minas Gerais.

O presidente norte-americano, Donald Trump, vem prometendo aplicar tarifas abrangentes a diversos países com superávit comercial com os Estados Unidos (vendem mais do que compram dos americanos), como a China e até a parceiros mais próximos como México e Canadá. O Brasil vive situação oposta, tem déficit comercial, comprou mais do que vendeu aos americanos, e ainda não foi taxado diretamente, mas deve receber reflexos da guerra de tarifas.

Lula lembrou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) permite a taxação de até 35% para qualquer produto importado. “Para nós, o que seria importante seria o Estados Unidos baixarem a taxa, e nós baixarmos a taxação. Mas se ele, ou qualquer país, aumentar a taxa de imposto para o Brasil, nós iremos utilizar a reciprocidade, nós iremos taxar eles também”, disse.

“Isso é simples, é muito democrático. Não há por que ficar tentando colocar uma questão ideológica nisso. O que eu acho é que o mundo está precisando de paz, de serenidade”, acrescentou o presidente, defendendo que “a diplomacia volte a funcionar” e que a harmonia entre os países seja restabelecida.

Para Lula, os Estados Unidos estão se isolando do mundo, mas também precisam de boas relações com outros países. “Nenhum país, por mais importante que seja, pode brigar com todo mundo o todo tempo”, disse, lembrando que o atual governo abriu 303 novos mercados para produtos brasileiros.

Bravatas

Na entrevista às rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNewsFM BH, de Minas Gerais, Lula também alertou que não se deve ter preocupação com as “bravatas” do presidente Donald Trump, já que “ninguém pode viver de bravata a vida inteira”. “É importante que a gente comece a selecionar as coisas sérias para que a gente possa discutir”, afirmou.

“Tem um tipo de político que vive de bravata. Então, o presidente Trump, ele fez a campanha dele assim, ele agora tomou posse, e já anunciou [que pretende] ocupar a Groenlândia, anexar o Canadá, mudar o nome de Golfo do México para Golfo da América. E já anunciou reocupar o Canal do Panamá”, acrescentou Lula.

Deportações

O presidente brasileiro afirmou ainda que o governo vai recepcionar os cidadãos que forem deportados dos Estados Unidos para o Brasil. A previsão é que, na próxima sexta-feira (7), um novo voo com brasileiros chegue ao país, vindo do estado americano da Luisiana para Fortaleza, no Ceará.

“Nós estamos conversando, com o Itamaraty [Ministério das Relações Exteriores] e a Polícia Federal, para que a gente comece a ter todos esses dados lá em Louisiana, onde eles embarcam, para que a gente possa se preparar para recebê-los aqui e fazer com que eles cheguem no seu destino de origem”, disse Lula na entrevista.

“Nós estamos muito atentos, a Polícia Federal, Ministério da Justiça, Ministério dos Direitos Humanos e o Itamaraty, para que a gente dê cidadania a esses companheiros quando chegam ao Brasil, inclusive com assistência médica, para saber se as pessoas estão com algum problema de saúde. E nós vamos tratar como se deve tratar um ser humano, com muito carinho e muito respeito”, afirmou o presidente.

Lula explicou ainda que o governo brasileiro trata a situação como repatriação e não deportação. “São companheiros e companheiras brasileiras que foram para lá à procura de um mundo melhor, à procura de sorte, à procura de emprego melhor e que não conseguiram se legalizar, não foram aceitos pelo governo americano”, acrescentou.

No último dia 24 de janeiro, um avião fretado pelo governo dos Estados Unidos pousou em Manaus com 88 brasileiros deportados. Os cidadãos estavam algemados e relataram maus-tratos durante o voo. A Polícia federal, então, fez a intervenção, exigiu a retirada das algemas, e o presidente Lula determinou que Força Aérea Brasileira transportasse as pessoas até o destino final do voo, que era o Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O Brasil concordou com a realização de voos de repatriação, a partir de 2018, para abreviar o tempo de permanência de seus nacionais em centros de detenção norte-americanos, por imigração irregular e já sem possibilidade de recurso. Ao tomar posse em janeiro deste ano, Donald Trump prometeu intensificar as deportações de cidadãos estrangeiros que estejam irregulares nos Estados Unidos.

“Nós tivemos contato com o caso mais grave, que foi o avião que teve problema, na sua pressurização. Esse avião parou em Manaus, e aí as pessoas estavam acorrentadas para descer do avião. E eles queriam levar as pessoas acorrentadas para Minas Gerais”, contou Lula.

“Enquanto eles estão dentro do avião no território americano, eles são cidadãos que pertencem à política e à lei dos Estados Unidos, mas, quando eles chegam no território nacional, que o avião abre a porta, eles estão submetidos à legislação brasileira, e disso nós vamos cuidar”, afirmou o presidente.

FONTE: Agencia Brasil
Brasil vai aplicar reciprocidade em caso de taxação dos EUA, diz Lula | Agência Brasil

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