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Mercado Internacional
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De acordo com a Direção de Inteligência da REDIEX, entre janeiro e dezembro do ano passado, 55 produtos de origem paraguaia chegaram, pela primeira vez, a mais de 40 países de diversos continentes.
Carne bovina, etanol, condutores elétricos, mudas de samu’u, amendoim, arroz, algodão, óleo de soja, fertilizantes orgânicos, tarugos de aço, glicerina, sucata de alumínio e outros produtos nacionais entraram no mercado internacional, gerando receitas superiores a USD 28 milhões em 2024.
Ao longo do ano, as exportações paraguaias superaram padrões internacionais, evidenciando a qualidade e a competitividade dos produtos nacionais.
Na Europa, a Espanha se destacou como principal destino das exportações paraguaias, com vendas de etanol que somaram USD 12 milhões, além de peças para equipamentos de transporte, compensadores elétricos e algodão. O Reino Unido importou mais de USD 3 milhões em biodiesel, enquanto a Alemanha comprou glicerina e compensados. O algodão paraguaio se consolidou em Portugal e na Tailândia, com vendas de USD 298.324 e USD 295.170, respectivamente.
Nos países das Américas, Estados Unidos, México, Uruguai e República Dominicana foram parceiros estratégicos. Entre os principais produtos exportados estão arroz e óleo de soja para o Caribe, carne bovina para Porto Rico e produtos industriais e agrícolas para Brasil, Peru e Argentina.
No continente asiático, Camboja e Vietnã reforçaram os laços comerciais ao importar miúdos e sucata de cobre, enquanto Singapura adquiriu sucata de alumínio. Já na África, houve exportação de amendoim para Argélia e Líbia.
Além disso, produtos paraguaios entraram, pela primeira vez, em mercados como Chile, Colômbia, Omã, Arábia Saudita, Itália, Guatemala, Bélgica, Suíça, Romênia, Países Baixos, Albânia, Equador, Bolívia e Indonésia.
Essas conquistas ressaltam o progresso do Paraguai no cumprimento de padrões internacionais, consolidando sua posição no mercado global. A diversificação de produtos exportados — de biodiesel e etanol a bens industriais e agrícolas — reforça a competitividade e a sustentabilidade econômica do país.
Com esses marcos, o Paraguai fortalece sua reputação como fornecedor confiável e demonstra sua capacidade de se adaptar às demandas de mercados cada vez mais competitivos e exigentes.
De acordo com uma pesquisa da Reuters divulgada na sexta-feira, a Argentina deverá encerrar 2024 com o maior superávit comercial de sua história.
Esse desempenho recorde é impulsionado pela iniciativa do presidente libertário Javier Milei de intensificar as exportações de grãos e energia durante seu primeiro ano completo no cargo. Desde que assumiu em dezembro de 2023, Milei tem priorizado transformar a Argentina em um exportador líquido de energia, aproveitando as vastas reservas de petróleo e gás de xisto na região de Vaca Muerta, na Patagônia. As exportações de grãos também dispararam, graças às condições climáticas favoráveis e ao relaxamento dos controles cambiais, marcando uma forte recuperação nos principais setores exportadores do país.
O Papel da Argentina no Comércio Global
A Argentina é líder global em commodities agrícolas, sendo o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja processados, o terceiro maior exportador de milho e um importante produtor de trigo e carne bovina. Além disso, o país possui reservas substanciais de lítio, essenciais para baterias de veículos elétricos, além de uma crescente capacidade de produção de gás e petróleo de xisto.
O gráfico abaixo usa dados derivados do DataLiner para fornecer uma visão geral das exportações de carne bovina congelada da Argentina em contêineres entre janeiro de 2021 e novembro de 2024. Os leitores podem solicitar uma demonstração abaixo.
Exportações de carne bovina | Argentina | Jan 2021 – Nov 2024 | TEUs
Analistas estimam que o superávit comercial da Argentina em 2024 deverá alcançar entre US$ 18 bilhões e US$ 19 bilhões, superando o recorde anterior de US$ 16,89 bilhões, registrado em 2009. Dados oficiais indicam que o país registrou um superávit de US$ 17,20 bilhões entre janeiro e novembro, revertendo um déficit de US$ 7,94 bilhões no mesmo período de 2023. Segundo a mediana da pesquisa da Reuters, o superávit de dezembro é projetado em US$ 921 milhões.
Desafios à frente: Superávit deve diminuir em 2025
Apesar do superávit histórico em 2024, analistas preveem uma contração em 2025. Embora a economia argentina esteja se estabilizando sob as medidas de austeridade fiscal de Milei, espera-se um aumento nas importações. O peso argentino se fortaleceu em relação a moedas regionais como o real brasileiro, e o governo de Milei reduziu impostos sobre diversos produtos, criando condições favoráveis para o crescimento das importações.
“A partir de agora, provavelmente veremos um cenário em que as importações cresçam consideravelmente”, disse Federico Gonzalez, economista da Empiria Consultores.
Além disso, o governo eliminou restrições antidumping para produtos como eletrodomésticos, com o objetivo de combater a inflação e reduzir os preços ao consumidor. Embora essas medidas beneficiem os consumidores, elas devem pesar no saldo comercial.
Inflação em queda, mas superávit comercial menor
As políticas econômicas de Milei ajudaram a reduzir significativamente a inflação, de um pico de quase 300% em abril para encerrar o ano em 117,8%. No entanto, a esperada recuperação das importações, somada à recuperação econômica e aos ajustes na taxa de câmbio, pode reduzir o superávit comercial.
“Em 2025, podemos ver o saldo comercial representando apenas 40% do superávit de 2024”, afirmou Milagros Suardi, economista da Eco Go.
Mesmo com a possível redução no superávit, o foco de Milei nas exportações de energia e agricultura posicionou a Argentina como um ator-chave no comércio global, com potencial para sustentar o crescimento econômico por meio do desenvolvimento estratégico de recursos.
O acordo com a GAIL, OIL e OVL busca exportar até 10 milhões de toneladas de gás por ano, além de cooperar em lítio e minerais críticos.
Em um passo significativo para a internacionalização da indústria energética argentina,a YPF assinou um Memorando de Entendimento (MOU) com as empresas indianas Oil and Natural Gas Corporation (OIL), Gas Authority of India Limited (GAIL) e Oil and Natural Gas Corporation Videsh Limited (OVL).
O acordo, assinado em Nova Délhi,busca a exportação de até 10 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (GNL) por anoe estabelece bases para cooperação emexploração de lítio, minerais críticos e hidrocarbonetos.
A assinatura do acordo contou com a presença de autoridadesproeminentes, como o ministro do Petróleo e Gás Natural da Índia, Hardeep Sinh Puri; o secretário de Petróleo e Gás, Pankaj Jain, e representantes das três empresas indianas. Em nome da YPF, esteve presente seu presidente e CEO,Horacio Marín, que comemorou a conquista com entusiasmo.
“É uma grande satisfação poder avançar com a Índia neste acordo para potencialmente fornecer gás a eles. Estamos convencidos de que o país tem a oportunidade de se tornar um exportador de energia e atingir o objetivo buscado por toda a indústria degerar receitas de US$ 30.000 milhões nos próximos 10 anos“, disse Marín. Ele também destacou o papel doembaixador argentino na Índiae sua equipe na realização do acordo.
Um mercado estratégico para a Argentina
O MOU faz parte do projetoArgentina LNG, que contempla a liquefação do gás deVaca Muertapara exportação. Este gás serátransportado através de gasodutos dedicados para um terminal de processamento localizado na costa atlântica de Río Negro.
Com este acordo, a Argentina busca se posicionar como um fornecedor chave no crescente mercado de energia da Índia, um país com necessidades energéticas crescentes.A GAIL,um dos parceiros estratégicos neste acordo, opera uma rede de mais de16.000 quilômetros de gasodutose lidera a gestão dos contratos de compra de GNL na Índia.
Por sua vez, aOIL,com mais de seis décadas de experiência, é aterceira maior produtora de petróleo do país, com uma produção de mais de3 milhões de toneladas de petróleo bruto por ano.Enquanto isso, a OVL, subsidiária da estatal ONGC, éa segunda maior empresa petrolífera da Índia, com presença em17 paísese responsável por15% da produção total de petróleo do país.
A assinatura do MOU marca o fim de umpériplo estratégico feito pelo presidente da YPF em Janeiro, que incluiu visitas aIsrael, Coreia do Sul e Japão, com o objectivo de abrir mercados internacionais para o gás produzido emVaca Muerta. Essa jornada reforça a intenção de posicionar a Argentina como um exportador de energia relevante no cenário global.
Isso porque, na primeira gestão do republicano foram impostas tarifas entre 10% e 50% acerca da importação de produtos chineses. No entanto, conforme informações do portal Globo Rural, alguns setores passaram a ter maiores destaques, a exemplo da cadeia dasoja.
O professor e coordenador técnico da Fundação Dom Cabral Agroambiental, Marcello Brito, disse que ainda não está claro qual será o direcionamento do mandato. “Primeiro, é preciso aguardar para saber se Trump vai mesmo assinar as 100 medidas prometidas para o dia da posse. Depois, analisar e entender quais são esses anúncios. Sem nada concreto, é difícil mensurar o impacto direto para o agronegócio”, informou, conorme reportagem do Globo Rural.
Brito acredita que, a princípio, o fluxo entre Brasil e EUA não será afetado pelo fluxo de mercadorias agrícolas. No ano passado, os EUA se configuraram como o segundo maior importador de produtos do agro brasileiro, com 23% a mais do que o ano anterior, totalizando US$ 12,1 bilhões, conforme dados do Ministério da Agricultura. O principal destaque foi para as vendas de café, com alta de 67,6%, resultando em US$ 765 milhões.
“Não dá de uma hora para outra os Estados Unidos dizerem que vão taxar o café brasileiro sem terem capacidade de repor o que eventualmente deixarem de comprar. O aumento das tarifas será aplicado com muito cuidado, e os americanos vão selecionar os produtos que tragam menos impacto para a sua demanda”, informou Brito, segundo o Globo Rural.
O professor estima que uma nova guerra comercial entre EUA e China pode ter um impacto reduzido para as exportações de produtos agropecuários brasileiros devido as mudanças do mercado global em relação a 2018. “Neste segundo mandato, Trump vai pegar um mundo geopoliticamente diferente. Além de haver pouco espaço vazio para ser ocupado nos mercados, distúrbios geopolíticos, como guerras, já foram precificados, e o comércio já fez os devidos ajustes”, acrescentou à reportagem.
A chefe da área de agricultura nos EUA da consultoria Hedgepoint Global Markets, Chris Trant, prevê o domínio da oferta de grãos ao mercado chinês, visto que foram 105 milhões de toneladas de soja para a China em 2024 e o Brasil compôs 75% desse volume.
“As tarifas [prometidas por Trump] podem gerar volatilidade no mercado de grãos, mas o agricultor dos EUA está menos dependente da China, graças à demanda interna. Já a China reduziu sua dependência da soja americana, centrando o foco no Brasil. A questão mais relevante será se Trump reduzirá o apoio à produção de biocombustíveis e de energia renovável”, disse Trant, conforme reportagem.
Em relação aos efeitos sobre os biocombustíveis, diretor no Brasil da Czarnikow, Tiago Medeiros, avalia que “Trump vai buscar a autossuficiência energética dos Estados Unidos. Isso implica em aumentar não só a exploração de petróleo, mas a produção de etanol no mercado doméstico, principalmente na Califórnia”.
As exportações aumentaram 33,4%, mas os preços registraram queda generalizada. Nas importações, veículos e bens de capital foram os setores que mais cresceram.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC), emdezembro de 2024, a Argentina fechou o ano com umatroca comercial que somou US$ 12.405 milhões. Isso representou umaumento de 30,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O crescimento é dividido em aumentodas exportações para um total de US$ 7,035 milhõeseimportaçõesque atingiramUS$ 5,369 milhões. Abalança comercialcontinuou comsuperávit, atingindoUS$ 1,666 bilhão, o que marca odécimo terceiro mês consecutivo de resultados positivos.
As exportações argentinasem dezembro de 2024 cresceram 33,4%em relação ao mesmo mês de 2023, comum aumento de US$ 1.762 milhões. Este avanço foi impulsionado principalmente por umaumento de 39,3% nas quantidades exportadas, enquanto ospreços tiveram uma queda de 4,2%.Em termos com ajuste sazonal, as vendas externas aumentaram 0,6% em relação a novembro de 2024.
Os setores que se destacaram nesse crescimento foram Matérias-Primas Agrícolas (MOA) e Materiais de Origem Industrial (MOI).As exportações da MOA atingiram US$ 2,431 milhões. Houve um crescimento de 36,7% devido ao aumento significativo das quantidades exportadas. Isso se refletiu especialmente nas gorduras e óleos, que registraram aumento de US$ 320 milhões. Além disso, os resíduos e resíduos da indústria alimentícia tiveram um aumento de US$ 182 milhões.
O setorMOItambém apresentou bons resultados, comaumento de 26,4% nas exportações, chegando a US$ 2.216 milhões.As vendas de equipamentos de transporte terrestre foram as de maior destaque, com crescimento de US$ 274 milhões.
Já as exportações deprodutos primários(PP) somaramUS$ 1.356 milhões, comaumento de 32,6% puxadopelos cereais. Enquanto osprodutos químicos e da indústria alimentícia(S&E)cresceram 43,6%devido ao aumento de 60,3% nas quantidades exportadas, apesar da queda dos preços.
Importações: aumento moderado
As importações em dezembro de 2024 atingiram US$ 5.369 milhões,o que representa umaumento de 26,2% em relação ao último mês de 2023. Esse aumento foi impulsionado por umaumento de 36,9% nas quantidades importadas, enquanto os preços caíram 7,3%.
Os bens de capital(BK) foram os que maiscresceram,com aumento de 84,9%,principalmente devido à compra de equipamentos de transporte industrial e computadores e telefones. Os veículos motorizados também registaram aumentos significativos, especialmente os destinados ao transporte de pessoas.
No entanto, nem todos os setores apresentaram aumentos.As importações de combustíveis e lubrificantes processados (CyL) caíram 42,9%.Por outro lado, bensintermediários(BI), que incluem produtos para a indústria,recuaram 2,6%,destacando-se queda na compra de alimentos e bebidas básicos para a indústria.
O impacto da soja e da indústria automotiva nas exportações líquidas
Um olhar mais atento às exportações líquidas das principais commodities mostra que asojacontinua sendo um pilar fundamental da balança comercial da Argentina. Em dezembro de 2024,as exportações líquidas de soja(incluindo feijão, óleo e farelo) atingiramsuperávit de US$ 1,321 bilhão.Claramente, um aumento significativo em relação ao mesmo mês do ano anterior.
No setorautomotivo, asexportações líquidas foram negativas, com déficit de US$ 240 milhões, apesar do aumento das vendas externas de veículos. O défice foi causado principalmente por um aumento mais acentuado das importações neste sector, especialmente veículos de transporte de passageiros.
Quanto aoscombustíveis, asexportações líquidasapresentaramsaldo positivo de US$ 728 milhões, superior ao superávit registrado em dezembro de 2023, o que reforça a posição da Argentina como exportadora líquida de energia.
Hidrovia que interliga os oceanos Pacífico e Atlântico é importante para economia
O Canal do Panamá, uma via artificial com 77,1 km de extensão, foi construído em 1914. As obras foram iniciadas pelos franceses e finalizadas pelos americanos uma década depois.
Idealizado para reduzir o tempo de viagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico, o canal evitava a perigosa rota do Cabo Horn, no extremo sul da América do Sul, que incluía a travessia pela passagem de Drake ou pelo estreito de Magalhães. Atualmente, a travessia pelo canal leva cerca de 20 horas.
Ao longo de sua história, o canal foi administrado por colombianos, franceses e estadunidenses. Em 1977, foi assinado o Tratado Torrijos-Carter, que estabeleceu o controle conjunto das operações entre os Estados Unidos e o Panamá. Somente em 1999 a hidrovia passou a ser administrada exclusivamente pelo governo panamenho.
A última medição oficial, realizada em 2008, apontou que 309,6 milhões de toneladas foram movimentadas no canal, com cerca de 815 mil embarcações passando por ali. Desde que assumiu sua gestão, o Panamá implementou diversas melhorias na infraestrutura do canal.
Recentemente, o Canal do Panamá voltou a ser destaque na imprensa mundial devido a declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele sugeriu a possibilidade de retomar o controle das operações do canal, chegando a mencionar o uso de força militar. Trump alega que a China estaria exercendo influência sobre as operações locais.
Para entender melhor o contexto e a importância do canal no comércio global, conversei com Jackson Campos, especialista em comércio exterior, que esclareceu os desafios e as implicações desse momento.
Jackson Campos, especialista em comércio exteriorFoto cedida : Jackson Campos
Mundo Agro:Qual a importância do canal do Panamá?
Jackson Campos:Desde que foi inaugurado há mais de 100 anos, o canal do Panamá une os oceanos Atlântico e Pacífico em um complexo sistema de eclusas, que permitem que os navios economizem 20 mil km de viagem, permitindo que navios de todos os tipos cheguem rapidamente de um lado a outro.
Mundo Agro:Antes desse canal, como era feita a comercialização de toda carga? Após a criação do canal, agilizou o processo e barateou os custos?
Jackson Campos:Antes do canal havia duas formas de chegar de um lado a outro: dando a volta pelo hemisfério sul ou transbordando a carga entre o Atlântico e Pacífico através da terra no Panamá, atravessando de carros de boi os quase 80 km de extensão, o que levava dias. A inauguração o processo ficou muito ágil (menos de 10 horas por embarcação) e ajudou muitos os Estados Unidos com seus navios de guerra na Segunda Guerra Mundial.
Mundo Agro:Por que os EUA querem voltar a controlar esse canal estratégico? Isso será bom?
Jackson Campos:Segundo o presidente eleito Donald Trump, o Panamá (responsável pelo canal desde 1999) cobra taxas (tarifas) absurdas dos passantes. O valor do pedágio é calculado com base no valor da carga transportada. O custo médio da passagem de um navio fica em torno de US$ 250 mil (podendo chegar a US$ 400 mil, dependendo do tamanho da embarcação), ou, ainda, um custo médio de US$ 8,73 por tonelada de carga movimentada. Não há como saber que, com os Estados Unidos assumindo o canal, qual será o custo cobrado por eles. Contudo, provavelmente a estratégia seria privilegiar cargas para ou dos Estados Unidos e cobrar a diferença de outros países. Mesmo o pedágio sendo pago por navio e não por carga, o que tornaria essa teoria fraca, já que os navios dificilmente possuem bandeira americana.
(Bloomberg) — O banco central da Argentina anunciou que os intermediários de pagamento terão que habilitar transações com cartão de débito em moeda americana até 28 de fevereiro, marcando um passo importante na promessa do presidente Javier Milei de dolarizar a economia.
O banco também desenvolveu um programa para permitir que as pessoas realizem pagamentos parcelados em dólares ou pesos. A medida visa “fortalecer a competição cambial para permitir que pessoas e negócios utilizem a moeda que desejarem em suas transações diárias”, de acordo com um comunicado do banco central divulgado nesta quinta-feira.
Separadamente, o banco decidiu manter sua taxa de juros inalterada em 32% nesta quinta-feira, frustrando as crescentes apostas dos investidores em um novo corte nos juros, segundo uma pessoa com conhecimento direto do assunto. A Bloomberg Línea foi a primeira a noticiar a decisão sobre a taxa básica de juros nesta quinta-feira.
Os mercados financeiros esperavam uma redução da taxa após a desaceleração da inflação anual em dezembro e a decisão do banco central de reduzir a taxa de depreciação mensal da moeda oficial de 2% para 1%.
O ministro da Economia, Luis Caputo, acrescentou em um post no X que, a partir de sexta-feira, empresas poderão exibir etiquetas de preços de bens e serviços em dólares ou em outras moedas estrangeiras, junto com o custo em pesos.
Durante sua campanha presidencial, Milei prometeu incentivar a competição entre moedas na segunda maior economia da América do Sul, em um plano amplamente conhecido como “dolarização”. A proposta gerou críticas da oposição porque era vista como impossível em meio à escassez de dólares. No entanto, o anúncio desta quinta-feira aponta na direção da promessa de Milei.
A Argentina ainda mantém uma série de controles cambiais e de capitais. Milei prometeu eliminar essas restrições este ano, o que pode forçar o banco central a oferecer taxas de juros mais atrativas para evitar uma possível corrida cambial.
O Fundo Monetário Internacional, de quem a Argentina espera obter mais empréstimos para ajudar a eliminar os controles, há muito defende taxas de juros bem acima da inflação.
Dados do governo divulgados na terça-feira mostraram que os preços subiram 2,7% em dezembro em relação a novembro, o terceiro mês consecutivo abaixo de 3% e em linha com a mediana das estimativas de economistas consultados pela Bloomberg. A inflação anual recuou para 117,8%, abaixo de um pico de quase 300% no ano passado.
O banco central já reduziu as taxas de juros oito vezes desde que Milei assumiu o cargo em dezembro de 2023, quando os juros eram de 133%. Essa estratégia se tornou uma das partes mais heterodoxas da estratégia de Milei para desacelerar a inflação.
Em greve por tempo indeterminado desde o dia 26 de novembro, os Auditores-Fiscais da Receita Federal realizarão, entre os dias 20 e 24 de janeiro, a Semana da Mobilização Total. As ações foram definidas durante reunião realizada na tarde desta sexta-feira (17) pelo Comando Nacional e Mobilização (CNM) e Direção Nacional.
A Semana da Mobilização Total será marcada por diversas ações, tanto nas aduanas quanto nos tributos internos. Durante toda a semana se fará desembaraço zero em todas as zonas primárias, exceto cargas vivas, perecíveis e medicamentos, em respeito à legislação, além de operações nas bagagens dos aeroportos. Na terça-feira (21), às 14h30, será realizado o webinar “Sindifisco Mobiliza”, com transmissão ao vivo pela TV Sindifisco. O webinar será comandado pelo presidente do sindicato, Auditor-Fiscal Dão Real, com participação do coordenador do CNM, Auditor-Fiscal Marcus Dantas.
Na quarta e na quinta-feira (dias 22 e 23), haverá caravanas às unidades aduaneiras do Rio de Janeiro (Aeroporto do Galeão e porto seco), Foz do Iguaçu (Ponte da Amizade e porto seco), Uruguaiana e Recife. Na quinta-feira (23), os Comandos Locais de Mobilização e as Delegacias Sindicais visitarão as Delegacias da Receita Federal, onde realizarão cafés da manhã, reuniões de mobilização e cobrança da entrega de cargos dos titulares de unidades
O México está investindo pesado para fortalecer sua economia, reduzindo a dependência da China e apostando no “Made in Mexico”. A ideia é atrair investimentos dos EUA e se tornar uma das 10 maiores economias do mundo.
Nos últimos anos, o México tem sido palco de uma transformação econômica significativa, tentando se consolidar como uma das dez maiores economias do mundo. Entrelaçado com seu maior parceiro comercial, os Estados Unidos, e enfrentando uma relação ambígua com a China, o país se encontra em uma encruzilhada que pode definir seu futuro econômico.
Com um plano audacioso apresentado pela presidente Claudia Sheinbaum, o México propõe fortalecer sua produção local e reduzir a dependência das importações asiáticas. Mas será que essa estratégia é suficiente parasuperar os desafios impostos por potências globaiscomo a China?
O contexto atual: México entre os EUA e a China
O México tem uma relação histórica e econômica profunda com os Estados Unidos. A proximidade geográfica e o Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá (T-MEC) garantem uma troca comercial robusta, posicionando os EUA como o principal destino das exportações mexicanas.
Por outro lado, a China desempenha um papel estratégico no comércio mexicano. Desde 2016, a China tem se consolidado como o segundo maior parceiro comercial do México, aproveitando o país como um ponto de entrada para os produtos chineses no mercado norte-americano. Essa dinâmica, no entanto, enfrenta críticas e desafios, especialmente no cenário de tensões comerciais globais.
O impacto do primeiro mandato de Trump no comércio global
Durante seu primeiro mandato, Donald Trump implementou tarifas rigorosas sobre produtos chineses, alterando significativamente o comércio global. Para a China, isso significou buscar alternativas, e o México se tornou uma dessas rotas estratégicas. Empresas chinesas aproveitaram as cadeias logísticas mexicanas para driblar as tarifas e acessar o mercado dos EUA.
Essa situação, embora benéfica para o México em termos de investimentos, também gerou críticas de Trump, que acusou o país de ser uma “porta dos fundos” para produtos chineses. Agora, com a possibilidade de um segundo mandato, novas tarifas podem atingir não apenas a China, mas também o México, colocando ainda mais pressão sobre a economia mexicana.
Uma resposta estratégica à dependência da China
Para enfrentar esses desafios, o México lançou um plano ambicioso que visa revitalizar sua produção local. A estratégia é clara: reduzir as importações asiáticas e fortalecer as cadeias de valor internas.
O projeto inclui a criação de 100 parques industriais em 12 regiões estratégicas, conhecidos como “Pólos do bem-estar”. O governo oferece incentivos fiscais, financiamento para pequenas e médias empresas (PMEs) e apoio àadoção de tecnologias avançadas. Esses esforços ecoam a estratégia usada pela China nas décadas de 1990 e 2000, quando o país investiu maciçamente em sua cadeia produtiva para se tornar um gigante global.
Nearshoring e o fortalecimento do “Made in Mexico”
Outro ponto crucial do plano é o nearshoring, uma tendência que aproveita a proximidade geográfica do México com os Estados Unidos para atrair investimentos e reduzir custos de transporte. Essa estratégia busca transformar o “Made in Mexico” em um selo de qualidade e competitividade no mercado global.
Os setores têxtil, tecnológico, de calçados e móveis estão no centro dessa transformação. O objetivo é aumentar a participação mexicana no comércio internacional para 15%, consolidando o país como um dos principais players globais.
México no comércio global
Apesar das iniciativas promissoras, o México ainda enfrenta desafios consideráveis. O segundo mandato de Trump pode trazer novas tarifas e tensões comerciais, enquanto a China continua a ser um concorrente poderoso no mercado global.
No entanto,com uma estratégia clara de autossuficiência econômicae integração regional, o México tem o potencial de se posicionar como um líder econômico na América do Norte. O tempo dirá se o país conseguirá transformar sua ambição em realidade e equilibrar sua relação com os EUA e a China.
Kishore Mahbubani fala sobre o impacto da lista negra de empresas chinesas pelos EUA. “Se os EUA tentarem se desvincular das empresas chinesas e seu alcance global, os EUA não estarão apenas se desvinculando da China, mas também do resto do mundo
A mais recente ação dos EUA para expandir sua lista de empresas militares chinesas arrisca causar mais do que apenas a queda das ações de algumas de suas companhias mais valiosas: também ameaça acelerar o desacoplamento das duas maiores economias do mundo.
Na segunda-feira, o governo Biden incluiu a Tencent Holdings Ltd., maior publicadora de jogos do mundo, e a Contemporary Amperex Technology Co. Ltd. (CATL), um importante fornecedor de baterias para a Tesla Inc., em sua lista de “empresas militares chinesas” — firmas que, segundo os EUA, trabalham direta ou indiretamente com o Exército de Libertação Popular (PLA) ou contribuem significativamente para a base industrial da China.
Desde que a primeira lista foi divulgada em 2021, conforme exigido por uma lei aprovada nos últimos dias do primeiro mandato de Donald Trump, ela cresceu para incluir 134 empresas — incluindo quatro das 20 maiores da China em valor de mercado, avaliadas juntas em quase US$ 1 trilhão.
Embora a lista não imponha sanções específicas, ao contrário da Lista de Entidades do Departamento de Comércio, ela desencoraja empresas americanas de fazer negócios com suas integrantes e representa um golpe reputacional para as empresas envolvidas. De forma mais ampla, a rápida expansão do registro mostra o quanto as linhas entre empreendimentos militares e civis estão sendo borradas, além de aumentar o risco de bifurcação das cadeias de suprimento caso medidas mais rígidas sejam aplicadas no futuro.
Essa abordagem pode sair pela culatra para Washington, segundo Kishore Mahbubani, ex-embaixador de Singapura nas Nações Unidas, que chamou a adição mais recente de “imprudente”.
“O mundo inteiro se moverá para depender de empresas chinesas para uma ampla gama de produtos, incluindo empresas como Tencent e CATL”, disse Mahbubani, também autor do livroHas China Won?
“Se os EUA tentarem se desacoplar das empresas chinesas e de seu alcance global, os EUA não estarão apenas se desacoplando da China”, disse ele. “Estarão se desacoplando do resto do mundo também.”
Os EUA incluíram Tencent Holdings Ltd. e Contemporary Amperex Technology Co. Ltd. (CATL) na lista negra por supostos vínculos com o exército chinês em uma medida surpresa semanas antes de Donald Trump assumir o cargo. James Mayger, da Bloomberg, relata.
Embora a lista tenha sido ampliada no final do mandato de Joe Biden, um dos principais defensores de incluir a CATL e outras grandes empresas chinesas foi Marco Rubio, indicado para ser o secretário de Estado no segundo mandato de Trump.
Isso levanta a questão de saber se Trump adotará uma postura rígida em relação à China, como indicam suas ameaças de impor tarifas de até 60%, ou se adotará uma visão mais pragmática — sugerida por seus esforços para reverter a proibição do TikTok e por seus laços estreitos com o fundador da Tesla, Elon Musk.
“Teremos que ver se essa estratégia será significativamente revisada pelo governo Trump que está por vir”, disse Josef Gregory Mahoney, professor de relações internacionais da East China Normal University, em Xangai. “A sabedoria convencional indica que não será, mas há razões convincentes para mudar de curso.”
Os EUA descreveram a lista como uma forma de destacar e combater o que chamam de “estratégia de fusão militar-civil” da China — que apoia os objetivos de modernização do PLA garantindo acesso a tecnologias avançadas e expertise desenvolvidas por empresas, universidades e programas de pesquisa chineses que aparentam ser entidades civis.
Essa estratégia ampla, conhecida na China como “estratégias e capacidades nacionais integradas”, tem sido cada vez mais promovida sob o presidente Xi Jinping e frequentemente destacada na mídia estatal.
Na segunda-feira, o Pentágono também adicionou SenseTime Group Inc. e Changxin Memory Technologies Inc., destacando um fabricante chinês de chips de memória considerado crucial para os esforços de desenvolvimento de semicondutores e IA de Pequim.
A agência também nomeou a gigante petrolífera Cnooc Ltd. e a Cosco Shipping Holdings Co., ambas anteriormente alvo de Washington.
O foco mudou de contratantes militares “tradicionais” para incluir empresas que desenvolvem produtos tecnológicos com potencial de aplicações militares, de acordo com Dylan Loh, professor assistente de política na Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura.
Isso demonstra “a ampliação do escopo da segurança nacional”, disse Loh. “Não é apenas algo dos EUA, mas, argumentavelmente, um fenômeno global, onde os países estão cada vez mais securitizando produtos e tecnologias em nome da segurança nacional.”
A medida ocorre em meio a uma rivalidade tecnológica crescente entre os dois países. Os EUA impuseram controles de exportação para restringir a capacidade da China de desenvolver uma indústria avançada de semicondutores e usar inteligência artificial para fins militares. Em resposta, Pequim apertou seus próprios controles de exportação, incluindo uma proibição, no mês passado, de vários materiais de alta tecnologia e uso militar para os EUA.
Nos últimos dois anos, o governo Biden usou a metáfora de “pequeno quintal, cerca alta” para explicar suas ações para limitar o acesso da China à tecnologia. A ideia é que tecnologias sensíveis devem ser mantidas dentro de um pequeno quintal, protegido por uma cerca alta de controles comerciais e de investimento. Isso se aplicaria apenas a tecnologias avançadas com aplicações militares, enquanto o comércio e os investimentos comerciais mais amplos com a China permaneceriam inalterados.
Entretanto, a medida mais recente visa a Tencent e a CATL, que, em teoria, não parecem ter negócios regulares com o Exército de Libertação Popular (PLA). A Tencent, a empresa mais valiosa da China, é vista como pioneira no setor privado e de internet do país, criando um chamado aplicativo para tudo que Elon Musk apontou como modelo para o X.
Durante o primeiro governo Trump, o governo dos EUA tentou banir o WeChat — serviço de mensagens da Tencent que evoluiu para uma plataforma de pagamentos, redes sociais e serviços online — citando preocupações com a segurança nacional.
A CATL não é apenas uma importante fornecedora para a Tesla, mas também para muitas das maiores montadoras do mundo, incluindo Stellantis NV e Volkswagen AG. Em agosto, Marco Rubio pediu ao Pentágono que mirasse na fabricante chinesa de baterias devido ao seu potencial de se tornar uma fornecedora crucial para o PLA.
Cerca de um em cada três carros elétricos é alimentado por baterias da CATL, e sua ampla presença na cadeia de suprimentos automotiva pode causar grandes interrupções na indústria automobilística global se as montadoras forem obrigadas a encontrar alternativas.
Pequim criticou repetidamente o que vê como a “supersecuritização” dos EUA. “Pequeno quintal, cerca alta não deve se tornar grande quintal, cortinas de ferro”, disse o Ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, ao Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em setembro.
Na terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China novamente condenou as sanções dos EUA e prometeu defender os direitos das empresas chinesas. “Instamos os EUA a corrigirem imediatamente suas ações erradas e encerrarem as sanções unilaterais ilegais e a jurisdição extraterritorial sobre empresas chinesas”, disse Guo Jiakun, porta-voz do ministério, em uma coletiva de imprensa regular em Pequim.
A China deixou claro que está preparada para desafiar os EUA em futuras disputas comerciais. Além de sua proibição de exportação de minerais críticos, como germânio e gálio, Pequim anunciou na semana passada planos para controles mais rigorosos sobre o envio de tecnologias usadas em materiais de baterias. Também está colocando mais empresas americanas em sua Lista de Entidades Não Confiáveis, adotando uma abordagem semelhante à dos EUA.
“Dada a propensão de Pequim a responder às ações dos EUA com medidas recíprocas, não seria surpreendente se Pequim colocasse uma empresa não relacionada à defesa em uma dessas listas como retaliação simbólica”, disse Kendra Schaefer, sócia da consultoria Trivium China.
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