Comércio Exterior, Gestão, Informação, Logística, Portos

Posicionamento da FACISC sobre a Gestão do Porto de Itajaí

A FACISC manifesta sua contrariedade às tratativas relacionadas à possível federalização do Porto de Itajaí, transferindo sua gestão para a Autoridade Portuária de Santos, conforme informações divulgadas pelo Ministério dos Portos.

Entendemos que essa mudança pode impactar negativamente o trabalho realizado por catarinenses na construção de um grande polo estadual de movimentação de cargas portuárias do Brasil.

É importante lembrar que Santa Catarina tem alcançado avanços significativos em sua infraestrutura logística, especialmente após assumir a gestão de seus portos públicos. Neste sentido, o Porto de Itajaí é um dos pilares fundamentais do desenvolvimento logístico de Santa Catarina e do Brasil, sendo relevante polo estadual de cargas.
Entendemos que qualquer decisão sobre a gestão do Porto de Itajaí deve priorizar o bem comum, preservando o protagonismo de Santa Catarina na administração de sua infraestrutura logística. A experiência anterior com a gestão federalizada trouxe aprendizados importantes para o estado, ressaltando a necessidade de um modelo que assegure eficiência, competitividade e alinhamento com as demandas das classes produtivas catarinenses, especialmente em relação aos usuários do terminal.

A FACISC reforça a necessidade de diálogo entre todas as partes interessadas, envolvendo um modelo de gestão que garanta que os interesses de Santa Catarina sejam resguardados. O Porto de Itajaí desempenha um papel estratégico para o estado e para o país, e qualquer mudança deve ser amplamente debatida para garantir que as decisões tomadas incluam os interesses do desenvolvimento econômico e social da região.

FONTE: FACISC

Posicionamento da FACISC sobre a Gestão do Porto de Itajaí

Ler Mais
Comércio Exterior, Informação, Inovação, Investimento, Logística, Portos

Ecorodovias firma acordo de transição para manter operações no Porto de Santos (SP)

A Ecorodovias informou nesta segunda-feira que sua controlada Ecoporto Santos celebrou acordo com a Autoridade Portuária de Santos (APS) para garantir que as operações portuárias e de armazenagem de carga realizadas pelo Ecoporto no Porto de Santos (SP) continuem.

O contrato de transição tem prazo de 180 dias, segundo fato relevante da Ecorodovias ao mercado.

“Após este prazo, sem que a licitação para o arrendamento da área seja concluída, mantidas as mesmas condições de exploração e operacionalidade, a APS está autorizada a celebrar novo contrato pelo prazo de 180 dias”, afirmou a concessionária.

A companhia reforçou que a celebração do contrato não interfere nos direitos e obrigações do Ecoporto, que permanecem os mesmos em relação à exploração da área portuária localizada na região do Valongo, na margem direita do Porto de Santos.

Fonte: Infomoney

Ecorodovias firma acordo de transição para manter operações no Porto de Santos (SP)

Ler Mais
Comércio Exterior, Informação, Inovação, Investimento, Logística, Portos

Portos do Paraná publica edital de licitação para o arrendamento da área PAR15

A Portos do Paraná avançou, nesta terça-feira (26), com o processo de licitação para o futuro leilão de mais uma área no Porto de Paranaguá.

O espaço denominado PAR15, localizado junto ao Corredor de Exportação, será destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais, com concessão para exploração pelo novo arrendatário por 35 anos.

Atualmente, a área é ocupada pela Cargill. O vencedor do leilão deverá realizar investimentos de aproximadamente R$ 293 milhões no PAR15, além de aportar R$ 311 milhões na implantação da primeira etapa do Píer em T.

O Aviso do Leilão nº 1/2024, dirigido aos interessados, foi publicado nos diários oficiais da União e do Paraná, acompanhado do edital e dos documentos técnicos e jurídicos necessários. A sessão de leilão está prevista para o dia 21 de fevereiro de 2025, na sede da B3 – Brasil Bolsa Balcão, com a abertura das propostas.

“Este é mais um importante leilão para incrementar a capacidade de exportação de soja, milho e farelo pelo Porto de Paranaguá, garantindo segurança jurídica ao futuro arrendatário. A projeção é que essa área aumente sua capacidade de 115 mil toneladas estáticas para mais de 190 mil toneladas, após a implementação dos investimentos previstos”, afirmou Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.

Garcia destacou ainda que o PAR15, juntamente com outras áreas que passarão pelo mesmo processo, transformará a capacidade de movimentação de cargas no Porto de Paranaguá. “Com a operação da moega ferroviária centralizada, o Moegão, e a nova estrutura aquaviária com o Píer em T, ampliaremos a eficiência da Portos do Paraná, que já é referência no Brasil e no mundo”, complementou.

Os requisitos para participação no leilão estão disponíveis no portal da Portos do Paraná e no site do Ministério de Portos e Aeroportos. O detalhamento sobre a documentação também pode ser conferido presencialmente na sede administrativa da Portos do Paraná, na Avenida Ayrton Senna da Silva, 161, bairro Dom Pedro II, em Paranaguá.

Este é mais um procedimento licitatório realizado pela própria empresa pública, por meio da Comissão de Licitação de Áreas Portuárias (CLAP), desde a obtenção do Convênio de Delegação de Competências, em 2019.

“A delegação de competência nos permite conduzir o processo, e isso é mais um diferencial da Portos do Paraná em relação às outras autoridades portuárias. Seguimos firmes no compromisso de regularizar os contratos e tornar nossas operações ainda mais eficientes e modernas”, concluiu Garcia.

Fonte: Informativo dos Portos

Portos do Paraná publica edital de licitação para o arrendamento da área PAR15

Ler Mais
Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Inovação, Investimento, Logística, Portos

Santos Brasil investe R$ 2,6 bilhões para ampliar capacidade no Porto de Santos até 2026

A meta da Santos Brasil é ampliar a capacidade do Tecon Santos, no Porto de  Santos, dos atuais 2,4 milhões de TEU  para 3 milhões até 2026. Para isso, reservou R$ 2,6 bilhões e já investiu R$ 1,3 bilhão.

O gráfico abaixo compara as exportações e importações de contêineres no Porto de Santos entre janeiro de 2021 e outubro de 2024. Os dados são derivados do DataLiner, um produto de inteligência alimentado pelo Datamar.

Porto de Santos | Exportações e Importações | Jan 2021 – Out 2024 | TEUs


Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

O plano de investimentos da Santos Brasil inclui quais tecnologias?
O nível de digitalização dos terminais já é bastante avançado com o uso de IoT (internet das coisas em português), inteligência artificial, realidade aumentada, digital twin (gêmeo digital), vídeo analítico e automação. A nuvem pode ser um acelerador da inovação e quase 40% do nosso processamento é executado remotamente. Devemos passar de 50% em 2025. Estamos adotando ferramentas que mudam a rotina do trabalho, democratizando tecnologias de análise de dados e assistentes pessoais (IA generativa).

A Santos Brasil está operando remotamente os RTGs (guindastes de pátio) elétricos?

Sim, somos pioneiros no Brasil na operação de equipamentos 100% elétricos e operados a distância. Atualmente, 47 RTGs operam no terminal, sendo 39 a diesel,que serão desmobilizados até 2031, e oito elétricos. Já foram encomendados mais oito elétricos. Essa nova geração de guindastes possui mecanismos avançados de segurança com câmeras, laser scanners e sensores.

É mais seguro para os trabalhadores?

Eles saem de um ambiente de trabalho hostil e solitário para um ambiente ‘padrão escritório’. Os operadores não precisam mais subir 120 degraus para chegarem à cabine de comando do equipamento. Acabam as restrições físicas para a seleção dos operadores. Sem essa tecnologia, por exemplo, seria inimaginável uma mulher grávida operar um guindaste. Agora é possível. E com a operação remota, há um ganho de produtividade. É possível operar o equipamento sentado e em pé, já que as mesas de controle remoto contam com regulagem de altura. Além disso, o ambiente controlado proporciona menor risco de doenças ocupacionais.

Quais tecnologias serão implementadas?

As tecnologias digitais não andam sozinhas, investimos também nas clássicas como ERP (Enterprise Resource Planning – Planejamento de Recursos Empresariais em português) e CRM (Customer Relationship Management – Gestão de Relacionamento com o Cliente), além de infraestrutura On-Premises e na nuvem.Buscamos equilíbrio na integração de máquinas, pessoas e tecnologias. Em 2025, pretendemos adotar estações de simulação para o treinamento de operadores e utilizar 5G privado no pátio de contêineres.

Qual é o custo-benefício?

Além dos cálculos financeiros, temos benefícios não mensuráveis. No caso dos e-RTG, valorizamos o bem-estar dos operadores. Além disso, cada equipamento elétrico evita a emissão de cerca de 20 toneladas de CO2 por mês no meio ambiente. A tecnologia traz produtividade e regularidade às nossas operações, além de ser um componente importante para alcançarmos nossa meta estratégicade sermos Net Zero até 2040. A substituição de todos os RTGs movidos a diesel, inclusive, está entre as medidas de maior impacto para alcançarmos esse objetivo.

Como é retorno do investimento em inovação?

Podemos capturar os benefícios dentro do ano ou de forma mais prolongada no tempo. Estações de simulação para treinamento, por exemplo, têm um retorno de investimento de curto prazo. Os investimentos que fizemos em conectividade, onde migramos nossa rede de dados para a tecnologia SD-WAN (Software Defined Network), começamos a colher os frutos financeiros nos anos seguintes. Também investimos em mitigação de riscos, como segurança cibernética. Além de tecnologia, temos questões de infraestrutura das vias públicas no entorno do porto, regras trabalhistas, níveis de automação, alinhamento de marés e profundidade do canal. Tecnologias digitais e operacionais (IT e OT) são sempre fatores relevantes para aumentar a competitividade dos portos.

Fonte: A Tribuna
https://www.atribuna.com.br/noticias/portomar/santos-brasil-investe-r-2-6-bilh-es-para-ampliar-capacidade-no-porto-de-santos-ate-2026-1.443042

 

Ler Mais
Comércio Exterior, Economia, Exportação, Informação, Investimento, Logística, Portos

China Expande sua Influência Marítima na América Latina

A China está aumentando sua dominância no setor marítimo da América Latina, inundando a região com exportações de guindastes e investindo pesadamente em infraestrutura portuária.

Essas ações estão ligadas à Iniciativa do Cinturão e Rota de Pequim e desafiam a influência dos Estados Unidos à medida que as tensões comerciais aumentam.

Aumento nas Exportações de Guindastes da China

As exportações de guindastes da China para a América Latina dispararam, refletindo a crescente presença de Pequim nos projetos de infraestrutura da região. De acordo com dados da alfândega chinesa, as exportações de guindastes para a América Latina aumentaram 47% no acumulado de 2024 até os primeiros 10 meses, em comparação com o ano anterior.

O Peru e o México estão entre os maiores receptores desse aumento. No Peru, as exportações de guindastes cresceram quase 132% apenas em outubro, contribuindo para um valor total de embarques de US$ 143 milhões no ano. No México, o aumento foi ainda mais dramático, com as exportações crescendo 193% em comparação com o ano anterior, e um salto de 1.202% em agosto.

Um dos exemplos mais notáveis é o investimento monumental da China no mega porto de contêineres de Chancay, no Peru, inaugurado durante a visita do presidente Xi Jinping no início deste mês. Este porto, uma parte fundamental da Iniciativa do Cinturão e Rota da China, é um testemunho das grandes ambições da China na América Latina. Com o potencial de reduzir o tempo de envio entre Xangai e o Peru em até 12 dias e diminuir os custos logísticos em 20%, este projeto sublinha a determinação da China em se tornar uma força dominante nas redes comerciais da região.

Investimentos Portuários de Pequim Transformam a Região

A Shanghai Zhenhua Heavy Industries, uma empresa estatal da China, lidera no mercado de guindastes de navio para terra, controlando 70% do mercado. Isso é significativo. Na América Latina, a empresa desempenha um papel importante, que destaca os objetivos maiores da Iniciativa do Cinturão e Rota, que busca melhorar a conectividade global por meio de projetos de infraestrutura.

No Panamá, lar do mundialmente famoso Canal do Panamá, as exportações de guindastes da China dispararam 1.150% no acumulado de 2024 até os primeiros 10 meses. Apenas em junho, houve um aumento impressionante de 5.497%, impulsionado pela expansão na construção de portos. Nos últimos três meses, a Shanghai Zhenhua enviou 18 guindastes para o Panamá, melhorando sua infraestrutura de transporte marítimo. Essa ação fortalece a posição estratégica da China na região. Esses eventos não são isolados. Relatórios indicam que a China investiu em projetos portuários em 16 dos 20 principais países com conexões marítimas. Mais de um quarto do comércio global de contêineres em 2023 passou por terminais parcialmente propriedade ou controlados por empresas chinesas.

Tensões Crescentes com os Estados Unidos

A crescente influência da China no setor marítimo da América Latina ocorre em meio ao aumento das tensões com os Estados Unidos. Washington está preocupado com a presença de sistemas de vigilância nos guindastes chineses. Como resultado, uma tarifa punitiva de 25% agora afeta os guindastes de navio para terra da China que entram nos EUA.

A tarifa entrou em vigor em setembro e já reduziu as exportações chinesas para os EUA, que caíram cerca de 66% em relação ao ano passado. O novo presidente dos EUA, Donald Trump, deve intensificar essas medidas, propondo até uma tarifa de 25% sobre as importações do México, o que poderia atingir as exportações chinesas que passam pelos portos mexicanos para evitar tarifas diretas.

Analistas alertam que as políticas dos EUA podem prejudicar ainda mais as relações com a América Latina. Na região, os investimentos da China são vistos como muito benéficos para a infraestrutura e o comércio. Há também especulações de que os EUA possam tentar bloquear produtos de portos investidos pela China, como Chancay, criando novas barreiras comerciais.

O Futuro dos Portos Latino-Americanos

Os investimentos estratégicos da China nos portos da América Latina estão remodelando a dinâmica do comércio global. Ao financiar e construir infraestrutura importante, Pequim garante rotas comerciais e fortalece sua influência ao redor do mundo.

Essa rápida expansão traz riscos e recompensas significativas. À medida que Pequim aprofunda seus laços com a América Latina, enfrenta desafios dos EUA e de outras nações poderosas. O risco de tarifas mais altas, restrições comerciais ou repercussões políticas é real, especialmente com a administração Trump focada em limitar a influência da China. No entanto, o potencial de crescimento econômico e melhoria das capacidades comerciais também é considerável, tornando as decisões dos países latino-americanos pesadas e significativas.

Para os países latino-americanos, os investimentos chineses apresentam oportunidades e problemas. A melhoria da infraestrutura promete crescimento econômico e melhores condições de comércio. No entanto, há preocupações sobre a dependência de longo prazo do dinheiro e da tecnologia chinesa.

A presença da China na América Latina mostra um plano audacioso para expandir seu poder em uma região tradicionalmente influenciada pelos EUA. Pequim está investindo em guindastes, dinheiro e construção em portos latino-americanos, reformulando o comércio da região.

No entanto, a rivalidade entre os EUA e a China levanta incertezas significativas sobre o futuro do comércio global e o equilíbrio de poder na América Latina. O rumo dessa mudança é incerto. Pode haver crescimento ou aumento das tensões. O impacto das ações da China já é evidente, mas o futuro permanece incerto, adicionando complexidade e intriga à situação.

Fonte: Latin America Post

China Expands Maritime Influence Across Latin America

Ler Mais
Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Logística, Navegação, Portos

Porto de Imbituba comemora retomada da conexão com a Ásia

O Porto de Imbituba celebra um importante marco neste sábado, 30 de novembro, com a retomada da conexão direta com o continente asiático.

A chegada do navio MSC SIYA B é o primeiro de uma série de embarcações que integrarão a Linha Marítima Carioca, operada pela MSC (Mediterranean Shipping Company). Este evento marca o início da operação da linha no Porto de Imbituba, conectando novamente o Porto aos mercados asiáticos.

Com isso, o porto fortalece sua presença no mercado global, ampliando suas conexões e consolidando-se como um ponto estratégico para o comércio internacional.

Com o retorno da Linha Carioca, o Complexo Portuário de Imbituba agora conta com quatro linhas regulares de contêineres:

Brasex – Conexão Brasil – América do Norte

Atlas – Conexão Brasil – Mar Del Plata, Argentina

ALCT2 – Cabotagem

Carioca – Conexão Brasil – Ásia

Para Urbano Lopes de Sousa Netto, diretor-presidente da Autoridade Portuária de Imbituba, o porto se posiciona cada vez mais como um ponto-chave no fluxo de importações e exportações, criando novas oportunidades para investimentos e negócios. A retomada da linha Carioca reafirma a relevância do Porto de Imbituba, ampliando sua importância na logística global e no comércio internacional.

O gráfico abaixo compara o volume das exportações e importações no Porto de Imbituba entre janeiro de 2021 e outubro de 2024. Os dados são derivados do DataLiner, um produto de inteligência alimentado pelo Datamar.

Porto de Imbituba | Exportações e Importações | Jan 2021 – Out 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Fonte: Datamar News

Porto de Imbituba comemora retomada da conexão com a Ásia

Ler Mais
Economia, Gestão, Logística, Marketing, Mercado Internacional

João Librelato assume Diretoria Comercial da Librelato

Com especializações em instituições como Nova School of Business and Economics, Saint Paul Escola de Negócios e Insper, João Librelato assume a posição em 1º de janeiro.

A Librelato, uma das três maiores empresas de implementos rodoviários do Brasil, anunciou a nomeação de João Librelato como novo diretor comercial a partir do dia 1º de janeiro de 2025. Segundo a empresa, a mudança tem como objetivo fortalecer e ampliar a estratégia tanto no mercado interno quanto na expansão internacional, focando na satisfação do cliente e na capilaridade da rede.

Para João Librelato, um dos principais desafios na nova função é “integrar as frentes operacionais e estratégicas da empresa, consolidando sua relevância no setor de implementos rodoviários e ampliando o market-share da marca Librelato em novos mercados”.

Com formação acadêmica e experiências alinhadas às demandas do setor, João Librelato possui especializações em instituições como Nova School of Business and Economics, Saint Paul Escola de Negócios e Insper. Ele também é graduado em Engenharia de Produção pela Universidade do Extremo Sul Catarinense.

Nos últimos anos, João Librelato desempenhou funções estratégicas na Librelato, como gerente de estratégia e serviços, coordenador de novos negócios e analista de planejamento estratégico.

Momento estratégico para a Librelato

A transição ocorre em um momento em que a Librelato busca consolidar sua posição de liderança no Brasil e expandir sua participação em mercados internacionais. Fundada em 1969, a empresa tem sede em Içara, Santa Catarina, e opera em diversos países, oferecendo soluções personalizadas em implementos rodoviários para os setores de logística e transporte.

O CEO Roberto Lopes Júnior destacou a importância da nomeação para a continuidade dos projetos estratégicos da empresa. Segundo ele, a experiência de João Librelato e seu histórico na organização representam um ativo valioso para as metas futuras.

João Librelato substituirá Silvio Campos, a quem a empresa deseja sucesso em seus próximos desafios profissionais.

Com informações da Librelato.

Fonte: FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/joao-librelato-assume-diretoria-comercial-da-librelato?utm_campaign=gecorrp__newsletter_fiesc_03122024&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Ler Mais
Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Industria, Informação, Logística, Navegação, Portos

A montanha-russa dos fretes marítimos

Oscilações muito fortes nos preços e instabilidades nos prazos de entrega de mercadorias prejudicam operações internacionais da indústria.

Covid-19, mudanças climáticas, conflitos no Oriente Médio, greves na América do Norte. Trabalhar com o mercado de frete marítimo exige um olhar abrangente sobre geopolítica e tendências globais. Com características de commodity, sujeita de forma bastante sensível a nuances de oferta e demanda, o serviço que movimenta trilhões de dólares dentro de contêineres que correm o mundo e fazem a economia global girar tem passado por momentos desafiadores, principalmente desde a pandemia.

Os preços médios chegaram a US$ 10 mil por contêiner de 40 pés (TEUs) em 2021, ficaram entre US$ 1.500 e US$ 2 mil no ano passado, mas neste ano dispararam novamente, chegando perto de US$ 6 mil em agosto. As oscilações seguem ocorrendo graças a uma complexa série de fatores conjunturais, estruturais e econômicos, fazendo com que empresas exportadoras e importadoras tenham de gerenciar com cuidado as estratégias para manter a competitividade em um cenário tão dinâmico quanto incerto.

Fretes marítimos são feitos por armadores, como são denominadas as empresas responsáveis pelo gerenciamento das operações de carga, traslado e descarga de navios em todo o mundo. MSC, Maersk, Cosco, Evergreen e Hapag-Lloyd são algumas das gigantes do ramo. As embarcações de cada uma dessas companhias fazem viagens que podem chegar a 45 dias de duração, em linhas que conectam portos entre todos os continentes. Para garantir um fluxo contínuo de envios para seus clientes, os navios precisam circular pelos oceanos como um carrossel, como explica Leandro Carelli Barreto, sócio-consultor da Solve Shipping, empresa de São Paulo que tem como objetivo traduzir a “cabeça dos armadores” para empresas que precisam dos serviços prestados por eles.


Barreto: novos navios baixaram frete, mas conflitos reverteram expectativa – Foto: Divulgação

“Um navio demora 91 dias para viajar de ida e volta da Ásia para o Brasil. Uma grande empresa exportadora não pode ficar esperando todo esse tempo para fazer novos envios. Então, um armador que opera essa linha precisa ter vários navios rodando pelos oceanos, garantindo a vazão das exportações”, explica o especialista. “É um negócio que impacta demais os resultados das empresas, embora muitos não percebam a necessidade de entender melhor como este setor opera”, salienta Barreto.

O problema é que a maioria das rotas raramente navega em céu de brigadeiro. Somente nos últimos dois anos, a instabilidade no Oriente Médio – desde os ataques dos rebeldes houthis a embarcações mercantes no Mar Vermelho, onde se localiza o Canal de Suez, a partir de novembro de 2023, até a mais recente escalada de conflitos na região –, a duradoura guerra entre Rússia e Ucrânia, a seca que atingiu, até o começo deste ano, o Canal do Panamá, e um início de greve de portuários da Costa Leste e Costa do Golfo dos Estados Unidos em outubro, que felizmente acabou rápido, revelam a complexidade e a delicadeza da trama que conecta a logística e a economia global.

Houthis | Cada um desses acontecimentos traz consequências imediatas para o serviço realizado pelos armadores. O resultado, em todos eles, é o aumento no preço do frete: projeções feitas no final de setembro indicavam, caso se estendesse a greve nos Estados Unidos, a possibilidade de o preço por contêiner chegar a US$ 8 mil. “Somente na questão dos houthis, com os navios deixando de usar o Canal de Suez para conectar a Ásia à Europa e usando o Cabo Horn, no Sul da África, para preservar a integridade das embarcações e da tripulação, você tem um acréscimo de duas semanas ao tempo de viagem. Este aumento nos percursos drenou a capacidade de carga da frota global, que havia recebido um lote considerável de novos navios em 2023, baixando os preços dos fretes. Com os novos desdobramentos geopolíticos, o frete voltou a subir”, analisa Barreto.

Uma das maiores indústrias têxteis do Brasil, a Círculo, de Gaspar, no Vale do Itajaí, vem investindo nos últimos anos na internacionalização dos negócios, e hoje exporta para todos os continentes, além de possuir uma distribuição exclusiva no mercado norte-americano através de um escritório que faz parte do Grupo Lince, formado pelas empresas Lince, Círculo e Plasvale. Mesmo com o aumento no custo dos fretes devido à explosão de compras on-line, a pandemia foi um momento de grande crescimento para a empresa: com as pessoas presas dentro de casa, seus produtos – fios e linhas que podem ser usados em trabalhos manuais – tiveram as vendas catapultadas no período, em escala global. Desde 2023, no entanto, o cenário de oscilações nos preços dos fretes tem gerado novos desafios. “Essas variações impactam diretamente em nossa competitividade, pois tanto para importação como exportação o impacto da logística internacional é diretamente aplicado no preço final dos produtos”, afirma Maryah Castro, gerente de Exportação da Círculo.


Maryah Castro, gerente de Exportação da Círculo – Foto: Divulgação
Combustível | Para lidar com esses obstáculos, a empresa busca minimizar o impacto para o consumidor fazendo uso de fretes spot – modalidade de transporte que consiste em contratar uma transportadora de forma pontual para atender a demandas urgentes – em plataformas on-line, negociando com parceiros de logística e buscando diferenciais de mercado, como qualidade, tecnologia, suporte ao artesão e presença virtual. O frete aéreo também é acionado em muitas situações, lembra Castro. “A elevação dos custos reduz nossas margens de lucro e, em alguns casos, inibe negócios que seriam viáveis em um cenário de preços mais estáveis”, avalia a gestora.

Além dos fa­tores geopolíti­cos, há ainda questões relacionadas à legislação ambiental, o custo do combustível usado nas embarcações e gargalos na infraestrutura portuária, como restrições de calado para navios maiores, falta de berços de atracação e pátios e o consequente congestionamento nos portos: só este último consome 7% da capacidade global de transportes de navios contêineres do mundo. Isso está longe de ser problema exclusivo do Brasil, onde os portos operam no limite. Singapura, o segundo maior porto do mundo, tem atualmente uma fila de espera de sete dias, segundo relatório elaborado pela Solve Shipping em parceria com a plataforma especializada em logística global Logcomex.

“Isso tem um efeito cascata no mundo todo, impactando não somente na alta dos fretes, mas também na queda do nível de serviço. O navio já vem atrasado. Se ele encontra um porto congestionado, pode optar em pular a escala, e isso acontece muito em Santa Catarina. Aí o importador não consegue retirar o contêiner do terminal, o exportador fica sem conseguir despachar carga, gerando caos e prejuízos imensos”, comenta Barreto, reiterando que é preciso investir na infraestrutura brasileira. “Nossos portos trabalham com tolerância zero a intercorrências, e intercorrências é o que mais tem acontecido nos últimos anos.”

A Círculo sentiu isso recentemente, quando um contêiner que deveria sair de Navegantes para os Estados Unidos no dia 19 de julho só embarcou de fato mais de dois meses depois, em 21 de setembro. “Esse tipo de problema afeta toda a cadeia de suprimentos, aumenta o transit time e pode levar ao desabastecimento de produtos no destino final, além da insatisfação do cliente e dificuldade de atender pedidos localmente”, enumera a gerente de Exportação da empresa. Em outra situação, a companhia perdeu a temporada de vendas da Grécia devido ao atraso no envio de produtos. “O cliente recebe o produto mas não pode vender a tempo, então guarda para o próximo ano e nós perderemos uma nova venda”, resume Castro.

Desafios para a navegação

Alguns dos principais gargalos que forçaram os preços dos fretes para cima.

1 – Canal do Panamá | Sob influência das mudanças climáticas e do El Niño, o nível do Lago Gatún, que faz parte da travessia, atingiu um ponto crítico no segundo semestre de 2023, o segundo ano mais seco desde a criação do canal, em 1914, limitando o número de navios que poderiam fazer a travessia. O problema foi “resolvido”, por hora, graças às chuvas neste ano.

2 – Canal de Suez | Conectando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho dentro de território egípcio, o canal de quase 200 quilômetros recebia 20 mil navios por ano antes do grupo rebelde houthis, do Iêmen, passar a atacar navios mercantes como forma de retaliação a Israel pelos ataques ao Hamas. A rota alternativa, pelo Sul da África, aumenta o tempo das viagens em até duas semanas.

3 – Singapura | Impulsionado pelas compras da Rússia, que sofre embargo da Europa Ocidental devido à guerra contra a Ucrânia, o segundo maior porto do mundo tem filas de até sete dias para embarque e desembarque de carga. O efeito dominó é sentido em todo o mundo.

4 – Manaus | A seca histórica na Amazônia também causa atrasos e congestionamentos no importante Porto de Manaus, gerando um efeito cascata na navegação e no sistema portuário de todo o País.

Fonte: Solve Shipping, Logcomex e FIESC
https://fiesc.com.br/imprensa/montanha-russa-dos-fretes-maritimos?utm_campaign=gecorrp__newsletter_fiesc_03122024&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Ler Mais
Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Logística, Navegação, Portos

Porto de Imbituba retoma rota para a Ásia

Porto também recebe linhas para a América do Norte e Mar Del Plata, além da ALCT2, de cabotagem

O Porto de Imbituba recebeu neste sábado (30) o navio MSC SIYA B, marcando a retomada da linha “Carioca”, que é operada pela Mediterranean Shipping Company (MSC) e liga o litoral brasileiro a portos da Ásia.

Com o retorno da linha Carioca, o Complexo Portuário de Imbituba agora conta com quatro linhas regulares de contêineres:

Brasex – Conexão Brasil – América do Norte
Atlas – Conexão Brasil – Mar Del Plata, Argentina
ALCT2 – Cabotagem
Carioca – Conexão Brasil – Ásia

Para Urbano Lopes de Sousa Netto, diretor-presidente da Autoridade Portuária de Imbituba, o porto se posiciona cada vez mais como um ponto-chave no fluxo de importações e exportações, criando novas oportunidades para investimentos e negócios.

Além de Imbituba, a linha Carioca também aporta, no litoral catarinense, em Itajaí. Confira a sequência completa:

Qingdao – Busan – Ningbo – Shanghai – Shekou – Singapore – Colombo – Rio de Janeiro – Santos – Paranaguá – Imbituba – Itajaí – Santos – Itaguaí – Colombo – Singapore – Qingdao

Com informações do Porto de Imbituba e da MSC

Fonte: FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/porto-de-imbituba-retoma-rota-para-asia?utm_campaign=gecorrp__newsletter_fiesc_03122024&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Ler Mais
Comércio Exterior, Economia, Gestão, Importação, Informação, Logística, Mercado Internacional, Notícias, Tributação

Se Brics criar moeda própria, será taxado em 100%, diz Trump.

Presidente eleito diz que imposto será aplicado sobre produtos de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, caso o bloco insista em ter moeda alternativa ao dólar

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), publicou neste sábado (30.nov.2024) uma ameaça ao Brics: se o bloco insistir em criar uma moeda próprio para negócios internacionais, os produtos dos países integrantes serão taxados em até 100% na entrada no mercado norte-americano.

“A ideia dos países do Brics de se afastarem do dólar enquanto ficamos parados e assistimos ACABOU. Exigimos um compromisso desses países de que eles não criarão uma nova moeda Brics nem apoiarão nenhuma outra moeda para substituir o poderoso dólar americano ou enfrentarão tarifas de 100% e podem se preparar para dizer adeus à venda para a maravilhosa economia dos EUA. Eles podem ir encontrar outro ‘otário!’. Não há chance de os Brics substituírem o dólar americano no comércio internacional –e qualquer país que tente deve dar adeus à América”, escreveu Trump no seu perfil na rede social que próprio criou, a Truth Social.

Se essa ameaça for levada adiante será um grande baque para o Brics, que é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Será um revés, sobretudo, para a China que lidera o grupo. O Brics tem colocado no topo da agenda a criação de uma moeda própria para suas transações internacionais.

Em outubro, durante a Cúpula do Brics em Kazan (Rússia), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a criação de meios de pagamentos alternativos para o bloco. Em declaração por videoconferência, disse não se tratar de substituir as moedas existentes, mas de criar uma unificação para transações entre os integrantes do grupo.

Na cúpula de 2023, em Joanesburgo (África do Sul), o petista chegou a defender que o grupo fizesse transações comerciais em outra moeda que não o dólar. Mas na declaração final, assinada pelos 5 chefes de Estado, o tema foi tratado como algo para o futuro. Criou-se uma tarefa para que os ministros da Fazenda do bloco estudassem o assunto e levassem suas propostas para o encontro deste ano, mas também não evoluiu.

O texto final de 2024 cita a necessidade de haver mecanismos de financiamento e comércio em moedas locais, como forma de fugir da dependência do dólar, mas não apresenta nenhum avanço concreto.

O Poder360 procurou o Palácio do Planalto, o Itamaraty e o Ministério da Indústria e do Comércio por e-mail e telefone para perguntar se gostariam de se manifestar a respeito da declaração de Trump. Foram realizadas ligações telefônicas para os citados em 30 de novembro às 17h. Também foram enviados e-mails na mesma data e horário. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital. TAXAÇÃO DOS BRICS A declaração de Donald Trump sobre taxar em 100% produtos de países que usarem uma moeda alternativa ao dólar não é nova. Ainda durante a campanha eleitoral de 2024, o então candidato republicano falou à agência de notícias Bloomberg sobre o tema em 15 de outubro. Num trecho de sua fala, ele disse:

“Se um país me disse ‘Senhor, gostamos muito de você, mas não vamos continuar a aderir à moeda de reserva internacional [o dólar]. Não queremos mais usar o dólar’. Eu direi: ‘Não tem problema. Vocês pagarão uma tarifa de 100% sobre tudo o que venderem nos Estados Unidos. Adoramos o seu produto, espero que vendam muito para os Estados Unidos, mas vão pagar uma tarifa de 100%”.

LULA DEFENDE MOEDA PARA O BRICS O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu em 13 de abril de 2023 que os países integrantes do Brics realizassem transações comerciais usando suas próprias moedas, e não o dólar. O petista deu a declaração na cerimônia em Xangai, quando foi celebrada a posse da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), o Banco dos Brics.

Lula disse que a mudança de moeda “é difícil, porque tem gente mal acostumada”, mas destacou a necessidade da medida. “Por que todos os países são obrigados a fazer seu comércio lastreado no dólar? […] Por que não o iene? Por que não o real?”, e foi aplaudido pelos presentes.

FONTE: Poder 360

Se Brics criar moeda própria, será taxado em 100%, diz Trump

Ler Mais
Conversar pelo WhatsApp!
1