Comércio exterior ajuda o Rio exportador
Dificuldades de entrega ou retirada de cargas geram custos extras e cancelamento de pedidos, o que afeta especialmente os pequenos negócios, segundo o CECIEx. Estudo da Centronave aponta perdas anuais de US$ 20,6 bi
Terminais lotados, falta de berços para atracação, pagamento de taxas de sobreestadia, custos altos, perda de competitividade. Há pelo menos um ano e meio, a carência de janelas de embarque e desembarque, causada pelo congestionamento de navios nos portos – em especial no de Santos, o maior da América Latina -, se intensificou e passou a afetar mais frequentemente as operações de comércio exterior de empresas brasileiras.
A crise logística, que também impacta outros portos, como Paranaguá (PR), Itapoá, Imbituba, Navegantes e Itajaí (SC) e Rio Grande (RS), foi até alvo de ofício, enviado para a Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Governo Federal, em dezembro do ano passado, pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e o Conselho das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx), parceiro da SP Chamber of Commerce da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Dados do Ministério de Portos e Aeroportos apontam que, de janeiro a outubro de 2024, o porto paulista movimentou 153 milhões de toneladas de carga, uma alta de 7,7% ante 2023. Para dar conta do fluxo de embarques e desembarques, a movimentação de contêineres totalizou 493,7 mil TEUs.
Entre os principais problemas citados no ofício enviado à Camex, que também são resultados desse crescimento, estão o congestionamento e saturação da infraestrutura portuária em Santos e a sobrecarga das operações, além de constantes atrasos na atracação e na movimentação de mercadorias. Nos portos do Sul, gargalos operacionais e infraestrutura insuficiente têm comprometido a eficiência logística e a previsibilidade dos embarques.
No geral, esses fatores têm provocado aumento de custos operacionais e impactos nas margens das empresas, especialmente exportadoras, que enfrentam dificuldade em manter sua competitividade, já que precisam adequar seus preços aos valores regulados pelo mercado internacional.
Os atrasos e custos adicionais – como taxas de detention (cobrada na exportação quando o contêiner vazio não retorna ao porto de origem dentro do prazo acordado) e débitos junto aos armadores, ou demurrage (na importação, cobrada pelo tempo de estadia do contêiner no terminal de chegada por um prazo maior do que o acordado) – têm levado grandes exportadores a retraírem suas operações, temendo até mesmo retenções de cargas no exterior por inadimplência, de acordo com o documento da CACB e do CECIEx.
“Isso impacta a competitividade do Brasil no mercado local. A falta de infraestrutura adequada e o aumento dos custos logísticos comprometem a confiança de compradores internacionais, além de reduzir a capacidade de entrega de produtos em prazos competitivos”, alertam as entidades.
Damaris Eugênia Ávila da Costa, presidente do CECIEx, vive esse problema na prática, já que também atua em uma comercial importadora-exportadora. Ela reforça que Santos é que tem dado mais problemas nesse sentido por movimentar o maior volume de carga.
“Há dificuldade de janela para importadores e exportadores que precisam retirar e devolver contêineres, pois os portos estão congestionados. E não só por questões envolvendo navios, mas porque muita carga chega e não consegue sair rapidamente.”
Ela explica que as empresas comerciais exportadoras e importadoras precisam cumprir o deadline draft (ou prazo final de apresentação de documentos nas operações de comércio exterior), levam a mercadoria para o porto na data que o navio exige, mas quando a embarcação chega no porto, não consegue entregar ou retirar a carga”.
Sua preocupação principal é o impacto sobre os exportadores, em especial os pequenos, e a potencial perda de negócios para concorrentes de países vizinhos. Ela exemplifica: se o navio chegar com a carga e não tem janela para receber, a taxa média de sobreestadia é de US$ 250 – um custo imprevisto. “Agora, imagine uma empresa com 10, 20 ou 30 contêineres”, diz.
Ela cita outro transtorno, que é a carga ‘rolar’ – como aconteceu com uma associada do CECIEx no Paraná. “Ela precisou embarcar em Itapuá, mas tinha uma carga de 10 contêineres que rolou por três navios. Se acontecer de novo, o caminhão estiver esperando e a carga for para outro terminal, é o exportador que tem que pagar.”
Os exportadores trabalham com margens muito reduzidas para serem competitivos no mundo. E como essas despesas são em dólar, sofrem ainda mais. “Se para um grande exportador é complicado, se for um pequeno ele simplesmente desiste.”
Há operadores que suspenderam as exportações por medo de os contêineres ficarem barrados no destino e ficarem devendo detention. Ou ainda, clientes que cancelaram o pedido por falta de janela para embarque. “Temos um grande comprador da Jordânia que só não cancelou após sua carga rolar por três navios porque é nosso cliente faz tempo”, conta. “Hoje, o exportador brasileiro não está mais escolhendo para quem vender, ele está em stand-by e bastante cauteloso.”
DESAFIOS EM NÚMEROS
Um levantamento do Centronave (Centro Nacional de Navegação Transatlântica), que representa 19 grandes armadores, dá uma ideia do tamanho do problema ao apontar as restrições de infraestrutura para atracação de navios que operam com calado acima de 14 metros. A perda de competitividade para importadores e exportadores brasileiros é de US$ 20,6 bilhões anuais. A estimativa da Solve Shipping, citada no estudo, contempla rotas como Santos-Mediterrâneo, Santos-Europa e Santos-Ásia.
Quando se fala em cargas perdidas, que às vezes precisam ‘rolar’ no próprio porto aguardando um destino, ou seguir para outros, a perda potencial de receitas ao ano por dificuldades de carregamento é de US$ 1 bilhão – considerando o frete médio de US$ 2 mil por TEU (medida equivalente a 20 pés, o volume de um contêiner padrão).
Enquanto o crescimento orgânico da carga chega a 5,5% ao ano, com a alta demanda global das operações de comex, a capacidade operacional dos portos brasileiros está em 70% – percentual a partir do qual a operação deixa de ser eficiente, diz o estudo, baseado em dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Segundo o Centronave, no Porto de Santos o cenário é mais desafiador, pois está saturado e operando com ocupação acima da sua capacidade. Só no primeiro trimestre de 2024, em seus maiores terminais, a ocupação média variou entre 71% (Santos Brasil) e 86% (BTP e DTW), acima do recomendando pela OCDE, que é de 65%, provocando um gargalo em terra, no pátio onde são alojados os contêineres, aponta o estudo.
Outro gargalo é o subaproveitamento dos navios, com embarcações que não operam com capacidade plena já que, dos 17 portos com operação de contêineres, apenas seis (Santos incluso) estão homologados para receber navios de 366 metros, com calado de 16 metros e capacidade para carregar 15 mil TEUs. O porto paulista levou seis anos para ser homologado.
“Após a chegada (deste navio) em 2024, o Brasil está 12 anos e quatro gerações de navios defasado”, destaca o estudo, que mostra ainda que o país deixa de exportar 1 milhão de toneladas por ano e 62,4 mil TEUs por restrição de calado devido à falta de infraestrutura em portos como Santos, Suape (PE), Rio de Janeiro, Pecém (CE) e Salvador (BA).
O QUE DIZEM OS OPERADORES
Quem atua diretamente no comércio exterior há muito tempo afirma que o problema dos portos é antigo, e alguns se repetem. CEO da comercial-exportadora Paraná Trading, João Fernando Zogheib afirma que sua empresa tem enfrentado diversos desafios logísticos no Porto de Santos – os quais vêm impactando significativamente as operações de comércio exterior e comprometendo sua pontualidade e eficiência no atendimento aos clientes. “Esses problemas têm gerado prejuízos financeiros e operacionais, além de colocar em risco nossa competitividade no mercado internacional”, afirma.
Um dos obstáculos, reforça, é a falta de vazios disponibilizados pelos armadores. E com a escassez de contêineres vazios, ele afirma que as empresas têm enfrentado dificuldades para realizar os carregamentos de exportação dentro do prazo esperado. Já a ausência de contêineres disponíveis tem resultado em rolagens nos navios por parte dos armadores – o que atrasa os embarques e prejudica a cadeia de suprimentos dos seus clientes, explica.
“Fiquei com uma carga destinada aos Estados Unidos dois meses aguardando embarque. Carregamos na empresa para atender o prazo de deadline draft estipulado por eles e, ao chegar em Santos, tive que direcionar ao Redex (Recinto Especial de Despacho Aduaneiro de Exportação), pois o armador alterou o booking (reserva)”, conta Zogheib, que também é delegado regional e membro do comitê gestor do CECIEx.
Este mesmo booking foi alterado diversas vezes, conforme lembra, sob alegação de problemas operacionais e, por isso, a Paraná não conseguia depositar o contêiner no terminal designado. “Só o custo de estadia do Redex foi de R$ 7 mil. Sem contar os outros, que nunca abrem o gate (data que antecede o deadline em que literalmente o terminal portuário abre os portões para que o embarcador deposite o contêiner carregado) no prazo da retirada dos contêineres.”
Não existe um problema, mas vários que vêm se acumulando por anos, afirmou o CEO de uma empresa de logística com mais de 35 anos de experiência. Ele, que preferiu não se identificar, diz que de repente querem achar culpado para uma falta total de gestão pública, independentemente do governo, que se intensifica e faz os problemas se acumularem ao longo dos anos.
Entre os principais que têm afetado Santos, diz, está o fechamento do Porto de Itajai por dois anos, que era o segundo porto no país com maior volume. “Isso acabou afetando todo o entorno. Paranaguá é um porto horroroso onde grande parte da safra é escoada. Já Itapoã foi uma alternativa do Estado, mas não tem nem infraestrutura básica de estradas e terminais. Por isso acaba tudo em Santos, que já estava sobrecarregado há anos em termos de infraestrutura.”
Ele também cita o aumento do dólar, que explodiu agora mas que gradativamente vem aumentando as vendas de safras. O que deveria ser uma boa notícia, acabou virando transtorno para os operadores por conta da infraestrutura deficiente.
“Algodão, por exemplo, está incrível, mas esse aumento de exportação de commodities traz uma baita confusão para Santos porque leva estufagens (contêineres carregados) para lá, entope os terminais e causa trânsito na área de retroporto.”
Sem contar, segundo ele, que os terminais e a infraestrutura são os mesmos há anos. “Santos fez uma obra na Via Anchieta para melhorar algo que devia ter sido melhorado há 10 anos”, afirma. Outro problema, segundo o CEO, é o “jogo de empurra” entre armador e terminal, que na verdade “são só duas peças de um grande quebra-cabeças.”
Hoje, afirma, os exportadores acabam pagando uma conta enorme de pré-stacking (armazenamento do contêiner em um terminal de apoio, até a abertura do gate do navio no qual tem reserva para, aí sim, ser entregue no terminal). Mas se o navio atrasa, gera um valor de armazenagem maior, e isso vira uma briga entre armador e cliente.
“Se o cliente é grande, ele ganha; se é pequeno, torna a conta inviável. Vira briga de cliente e terminal, e de terminal e armador. No fim, parece briga de bar: não se sabe quem está batendo em quem. Essa é a triste situação em que nos encontramos”, diz o CEO logístico, que cita ainda a mão de obra não qualificada de boa parte das empresas, que trabalha sem conhecimento dos procedimentos de funcionamento do mercado internacional. “Tudo isso ajuda a aumentar a confusão”, aponta.
À BEIRA DE UM COLAPSO?
Enquanto os operadores de comércio exterior tentam driblar os prejuízos, portos e empresas de transporte frequentemente culpam uns aos outros pelos atrasos, deixando-os com poucos recursos e enfrentando custos imprevisíveis.
Procurado para comentar a questão, o Porto de Santos, por meio de sua assessoria de imprensa, indicou os três maiores terminais de contêineres Tecon Santos (Santos Brasil), Brasil Terminal Portuário (BTP) e DP World (Dubai Ports), que têm como acionistas os próprios armadores, para esclarecer a questão da falta de janelas e os atrasos.
“Cabe destacar que o Porto de Santos é a última escala do navio antes que ele deixe o país. Todos os eventuais atrasos ocorridos nas escalas que antecedem sua chegada causam interferências nas operações”, disse a autoridade portuária.
Já o Ministério dos Portos e Aeroportos explicou, também por meio de sua assessoria de imprensa, que as autoridades têm autonomia para a definição das janelas para embarque/desembarque de cargas, e que, até o momento, não há conhecimento ou notificação de que isso seja um problema geral para as companhias marítimas. “Ressaltamos ainda que os investimentos do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) têm como objetivo melhorar a infraestrutura e otimizar as operações.”
A Santos Brasil informou ao Diário do Comércio que antecipou em cinco anos a conclusão do projeto de ampliação e modernização do Tecon Santos, “de modo a garantir o atendimento a seus clientes com elevado nível de serviço”, disse, em nota. Segundo a companhia, a ampliação da capacidade operacional do terminal, dos atuais 2,4 milhões de TEUs para 3 milhões de TEUs, inicialmente prevista para 2031, será entregue ao porto de Santos até 2026.
“Só em 2024, a empresa investiu R$ 400 milhões no Tecon Santos para elevar sua capacidade para 2,6 milhões de TEUs já no final do ano. Do total de R$ 2,6 bilhões previstos para o projeto, mais de R$ 1,4 bilhão foram investidos”, informou.
Já a DP World disse, também em nota, que opta por não comentar a questão da falta de janelas, uma vez que este tema está diretamente relacionado aos impactos causados pelos frequentes atrasos de navios sob a gestão dos armadores – incluindo o gerenciamento da rolagem de cargas e da quantidade de janelas que são disponibilizadas para cada navio.
“Reconhecemos, no entanto, os desafios enfrentados pelo setor e reafirmamos nosso compromisso com a ampliação da capacidade operacional de nosso terminal no Porto de Santos. Nesse sentido, já anunciamos um investimento de R$ 450 milhões, que permitirão aumentar a capacidade do terminal de 1,4 milhão para 1,7 milhão de TEUs a partir de 2026, com a possibilidade de uma nova rodada de investimento para atingir 2,1 milhões de TEUs a partir de 2028”, informou.
Mais crítica, a Brasil Terminal Portuário (BTP) também diz reafirmar, em nota, que é urgente e inadiável o aumento de capacidade para operação de contêineres no Porto de Santos. A companhia entende que a modernização da infraestrutura portuária deve acontecer ao mesmo tempo, com a ampliação das capacidades por acesso viário e opção de novas rodovias, como também pela dragagem do canal de navegação e pelo incremento do transporte ferroviário e de cabotagem.
“Todos os investimentos devem estar em sinergia e acontecer em simultaneidade porque juntos contribuem para o desenvolvimento também da infraestrutura e para a representatividade do país no comércio exterior”, diz a nota. “Com demanda de carga de importação e exportação crescendo todos os anos, e a operação nos terminais em taxas que já superam os 85% da capacidade física das instalações (percentual muito acima do que recomenda a OCDE), o Porto de Santos vai entrar em colapso previsivelmente em 2026 se nada for definido e feito agora. E isso porque estamos considerando na conta as expansões contratadas dos terminais do complexo santista”, alerta a BTP.
Damaris Costa, do CECIEx, lembra que outros portos de países da América do Sul, como o Uruguai, Paraguai e até do Peru têm se oferecido para rolagem ou movimentação das cargas de Santos para reduzir esses gargalos logísticos. “Todo mundo sabe que o Porto de Santos é o maior da América Latina e está com problemas, por isso dizem ‘podem usar nosso porto, os nossos armazéns’. Mas, enquanto isso, os nossos portos vão perdendo competitividade.”
POSSÍVEIS SOLUÇÕES (E PERSPECTIVAS A PERDER DE VISTA)
No documento enviado para a Camex, a CACB e o CECIEx sugerem ações coordenadas entre os Ministérios dos Portos e Aeroportos e do Planejamento para modernização e ampliação das infraestruturas portuárias, priorizando os portos mais críticos, como Santos, Paranaguá e Itajaí, assim como a implementação de medidas emergenciais para aliviar o congestionamento atual e evitar que os problemas se agravem.
Outra sugestão é a convocação da alta gestão dos principais portos, além de diálogo com os administradores para identificar gargalos operacionais e propor soluções imediatas, a criação de um grupo de trabalho interministerial e a formação de um comitê envolvendo Camex, Ministério dos Portos e Aeroportos, representantes do setor privado e demais stakeholders para alinhar ações e propor soluções que combinem eficiência logística com sustentabilidade econômica.
Também foi proposta a redução de custos operacionais e suporte às empresas exportadoras, pelo menos até o problema ser solucionado, além do desenvolvimento de políticas de apoio financeiro e logístico para exportadores que enfrentam dificuldades em honrar custos portuários e de transporte internacional.
Damaris Costa lembra que o governo faz tanta promoção de exportação, mas parece que não tem conhecimento desses gargalos. “Temos bons registros de exportação real, mas que não refletem esse outro lado. Esses números poderiam ser muito maiores, mas parece que não se sabe o que o exportador passa, nem o que ele faz para poder atender o compromisso com o cliente dele no exterior, muitas vezes perdendo dinheiro ou pagando um monte de despesas extras.”
Do lado do Centronave, a solução seria a retomada dos leilões e a promoção de investimentos em terminais com capacidade de receber navios maiores e mais eficientes, com maior armazenamento de carga e emprego de navios ainda maiores para aumentar a capacidade sem onerar atracações e proporcionar ganhos de escala, conforme propõe, em seu estudo.
Porém, para a associação de armadores, o comércio exterior brasileiro vive um impasse: para atender o crescimento do mercado, também seria preciso substituir a frota atual por navios maiores ou adicionar navios. “É inviável, pois falta espaço em terminais, não há berços de atracação suficientes e a estrutura tarifária penaliza o navio, desestimulando renovação, inovação e aumento de capacidade.”
No segundo semestre de 2024, o ministro de Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho disse na B3, em São Paulo, que o governo irá licitar neste primeiro semestre de 2025 o STS10, novo grande terminal de contêineres no Porto de Santos, que vinha sendo estudado desde 2019 para entrar na proposta de privatização da autoridade portuária – o que não se concretizou. O novo projeto é construído com o Tribunal de Contas da União (TCU).
Porém, segundo a BTP, um terminal como o projeto STS10 pode levar até dois anos para ficar 100% operacional. E reforça que é necessária uma decisão ágil do governo brasileiro, com solução eficaz e cronograma de ações, “de modo que a iniciativa privada faça seus investimentos em infraestrutura própria, de maneira antecipada, tirando o pé do freio para permitir o crescimento que o país merece para fomentar o comércio internacional e gerar emprego e prosperidade para todos.”
Na última terça-feira (7/1), o ministro Costa Filho disse que o MPor tem investido “de modo consistente” no setor portuário dentro do Novo PAC com uma carteira de R$ 54,7 bilhões, sendo essencialmente investimentos privados. “Fizemos leilão de 13 unidades portuárias nos últimos dois anos e temos 37 novos leilões até o final de 2026, o que vai garantir novos investimentos nos portos brasileiros”, sinalizou.
FONTE: DC Comércio
Diário do Comércio
Florianópolis, 10.01.25 – As exportações de Santa Catarina totalizaram US$ 11,7 bilhões em 2024, o que representa alta de 0,7% frente ao desempenho do ano anterior. O ano de 2024 foi o terceiro consecutivo em que as vendas externas do estado superaram US$ 11 bilhões.
“Em 2024 conseguimos manter o dinamismo das exportações, apesar de alguns produtos relevantes na nossa pauta exportadora terem apresentado recuo, como a soja. Por outro lado, alguns segmentos como o de madeira e de máquinas e equipamentos, que exportam produtos de maior valor agregado, tiveram um bom desempenho, especialmente nas vendas para os Estados Unidos”, explica o presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar.
As exportações de frango lideraram o ranking do acumulado do ano, apesar do ligeiro recuo de 1% frente a 2023, e atingiram US$ 1,9 bilhão. As vendas de carne suína, na segunda posição do ranking, foram responsáveis por US$ 1,6 bilhão, uma alta de 8,1% frente a 2023. Terceira colocada na lista, a exportação de motores elétricos foi destaque, com alta de 21,2% no período, atingindo US$ 674 milhões em 2024. O crescimento foi o terceiro maior entre os 20 principais produtos catarinenses exportados.
Destaques
Análise do Observatório FIESC mostra que o setor madeireiro foi um dos destaques de 2024. São do ramo os dois produtos com o maior crescimento entre os 20 primeiros: madeira MDF, com alta de 45,1% frente a 2023, somando US$ 90,6 milhões, seguido de madeira em forma, que cresceu 22,2%, para US$ 129,4 milhões. Madeira serrada cresceu 9,4%, para US$ 340,6 milhões, obras de carpintaria para construções apresentou aumento de 12,9%, alcançando US$ 331,4 milhões, e as vendas de madeira compensada somaram US$ 253,5 milhões, um incremento de 18,9% sobre 2023.
O segmento de máquinas e equipamentos também apresentou um bom desempenho. Além das exportações de motores elétricos, também apresentaram incremento as vendas externas de compressores de ar (6,2%), para US$ 201,1 milhões, e de transformadores elétricos (5,8%), para US$ 174,4 milhões.
Quedas
A soja, tradicionalmente um dos destaques da pauta exportadora catarinense, apresentou recuo de 22,4%, atingindo US$ 633,1 milhões. Apesar da queda, o número coloca a soja na quarta posição entre os principais produtos das exportações catarinenses. Outro item relevante nas vendas ao exterior é partes de motores, com redução de 10,5% nas exportações, para US$ 495,4 milhões.
Na lista dos 20 produtos mais exportados, liderando o declínio nas vendas externas está a gelatina, com diminuição de 40,5%, seguida pela soja e pelo tabaco não manufaturado, que teve queda de 15,9% no ano passado frente a 2023.
Importações
Em 2024, Santa Catarina importou US$ 33,8 bilhões, um aumento de 17,36% em relação aos US$ 28,8 bilhões registrados em compras externas em 2023.
Os três principais produtos adquiridos por SC no ano passado foram: cobre refinado, com US$ 1,4 bilhão em importações e crescimento de 32,7% frente a 2023; partes e acessórios para veículos, com alta de 29,2%, atingindo US$ 854,7 milhões e pneus de borracha, com incremento de 13,1%, somando US$ 814,4 milhões.
Origens e Destinos
Os Estados Unidos seguem como principal destino das exportações catarinenses. No ano passado, as vendas aos EUA somaram US$ 1,7 bilhão, o que representou um incremento de 3,3% em relação ao acumulado de 2023. Para o presidente da FIESC, os números comprovam a competência da indústria catarinense, uma vez que o mercado norte-americano é o mais competitivo do mundo.
A China foi o segundo destino, com US$ 1,3 bilhão importados de SC. O montante foi 24,4% inferior ao registrado em 2023, motivado pelo recuo nas exportações de soja tanto em volume como em preços médios. O México ultrapassou a Argentina e se posicionou como terceiro principal destino das vendas externas catarinenses. Em 2024, o país comprou US$ 781,8 milhões do estado, um aumento de 13% frente ao ano anterior. As vendas do estado para a Argentina, 4º no ranking, caíram 8% no ano passado, para US$ 750,2 milhões.
Do lado das importações, a China lidera como principal origem dos produtos adquiridos pelo estado, com US$ 14,6 bilhões, uma alta de 24,6% sobre 2023. Os Estados Unidos estão na segunda posição, com vendas de US$ 2,2 bilhões, o que demonstra um aumento de 6,7% nas compras catarinenses. As importações do Chile, de US$ 2,1 bilhão, colocam o país como o terceiro do ranking. O montante representa um incremento de 17,9% na comparação com 2023.
Fonte: FIESC
Exportações de SC somam US$ 11,7 bilhões em 2024 | FIESC
Exportação de bens de alta tecnologia foi a que mais cresceu em 2024
As exportações de bens de alta tecnologia foram as que mais cresceram em 2024 entre os setores industriais, com aumento de 11,5%. Segundo o detalhamento dos dados da balança comercial, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre os produtos que mais se destacaram no aumento das exportações no ano passado, estão aeronaves, instrumentos e aparelhos de medida e verificação e equipamentos de comunicação e partes e medicamentos.
“A boa performance do Brasil nesse segmento de alta intensidade tecnológica mostra uma evolução das exportações brasileiras, com maior valor agregado”, afirma o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, lembrando que quando as empresas exportam mais, elas também investem mais e ampliam a contratação de mão de obra no país.
Com o aumento das exportações de bens de alta tecnologia, a participação desse segmento na indústria de transformação passou de 3,8% em 2023, para 4,2% em 2024. Ao todo, de acordo com os dados divulgados nesta semana, a indústria de transformação bateu recorde de exportação de US$ 181,9 bilhões em 2024, maior valor desde o início da série histórica (1997).
O resultado positivo foi influenciado principalmente pelas maiores exportações de aeronaves e partes. Esse item apresentou aumento de exportação de 22,7%, passando de US$ 3,6 bilhões em 2023 para US$ 4,4 bilhões em 2024. Os principais destinos foram os Estados Unidos, com aumento de 36,2%, e União Europeia, com ampliação de 20,7%.
Também houve crescimento nas exportações de outros produtos de alta tecnologia, como instrumentos e aparelhos de medida e verificação, por exemplo, instrumentos de navegação aérea, controles de veículos e reguladores de vazão, que cresceram 15,8%. Foi registrado, ainda, aumento na exportação de equipamentos de comunicação e partes, com 10,5%, e de produtos considerados outros medicamentos, como medicamentos contendo hormônios e compostos heterocíclicos, com 2,6%.
Já na categoria de média-alta tecnologia, embora tenha apresentado redução de 1,5% nas exportações como um todo, houve crescimento de 2,9% em 2024 de automóveis de passageiros, passando US$ 4,1 bilhões em 2023 para US$ 4,3 bilhões em 2024. O detalhamento mostra a ampliação das exportações de automóveis para a Argentina (54%), Colômbia (16,8%), Uruguai (8,6%) e Paraguai (10,5%).
A indústria de baixa tecnologia, onde se enquadram, por exemplo, alimentos e bens agroindustriais, também apresentou crescimento de 8,6% no valor exportado. A categoria representou 50,1% das exportações industriais.
A classificação de produtos por intensidade tecnológica é uma metodologia desenvolvida pela OCDE, disponível em: https://www.oecd.org/en/publications/revision-of-the-high-technology-sector-and-product-classification_134337307632.html. As informações dessa nota foram preparadas apenas com propósito analítico.
Ressaltamos que essa classificação não integra o conjunto de informações oficiais de comércio exterior, regido pelo Decreto nº 11.544, de junho de 2023. Para mais detalhes, recomendamos consultar a publicação da OCDE, já que a Secretaria de Comércio Exterior não dispõe de informações adicionais além das apresentadas na nota e na referência mencionada.
Carnes de aves, de suínos e motores/geradores elétricos lideram
O volume de exportações de Santa Catarina cresceu em 2024, alcançando a marca de US$ 11,6 bilhões entre janeiro e dezembro. Esse valor reflete um aumento de 0,6% em relação a 2023 e consolida o estado como referência no mercado internacional. Os produtos do agronegócio e da indústria da transformação, por exemplo, lideraram os destaques do período. O governo federal divulgou os dados.
As carnes de aves lideram a pauta de exportação catarinense, com faturamento de US$ 1,9 bilhão ao longo de 2024, seguidas pela carne suína, que gerou US$ 1,6 bilhão. Na sequência, os motores e geradores elétricos somaram US$ 673 milhões, enquanto a soja atingiu US$ 633 milhões. Em quinto lugar, as peças para motores de veículos faturaram US$ 495 milhões. Produtos como madeira, móveis e papel também se destacaram no período.
O governador Jorginho Mello enfatiza a competitividade do produto catarinense. “Nós exportamos produtos com valor agregado, fruto do trabalho de excelência da nossa indústria e da nossa gente. Isso comprova a capacidade dos catarinenses de produzir com qualidade, eficiência e de conquistar mercados ao redor do mundo”, declarou.
Em 2024, Santa Catarina enviou sua produção para mais de 200 destinos ao redor do mundo, em todos os continentes. Os Estados Unidos lideraram como principal destino das exportações, com faturamento de US$ 1,74 bilhão. A China aparece em seguida, com US$ 1,27 bilhão, enquanto o México somou US$ 781 milhões. Completam o top 5 a Argentina, com US$ 750 milhões, e o Japão, com US$ 643 milhões.
“Santa Catarina possui uma economia muito diversificada, com destaque em diversos setores. Além disso, o estado produz com elevada qualidade técnica e sanitária, aliada à inovação. Esses fatores são fundamentais para internacionalizar o estado e aumentar nossa competitividade. É importante ressaltar que o governo Jorginho Mello atua como parceiro do empresário que busca o mercado externo, o que faz toda a diferença”, afirmou o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck.
Santa Catarina também se destacou na importação graças à competitividade de seus portos e à necessidade de abastecer a indústria estadual com matéria-prima. Em 2024, o estado recebeu US$ 33,7 bilhões em importações, de acordo com os dados do governo federal. Esse montante, que é o segundo maior do país, ficando atrás apenas de São Paulo, corresponde a cerca de 12,8% de tudo o que foi importado em território nacional no ano passado. Entre os principais produtos importados estão cobre, automóveis e peças, semicondutores, produtos químicos e adubos.
A chinesa Cofco International, uma das maiores tradings do mundo, vai inaugurar, em março, a primeira fase de seu terminal de exportação no porto de Santos. Com um investimento total de US$ 285 milhões, o terminal agrícola STS-11 promete acabar com um dos problemas da empresa desde que chegou ao Brasil, em 2014: não ter uma saída própria para os produtos originados do país.
Segundo Sérgio Ferreira, diretor de operações da companhia no Brasil, o uso de terminais de terceiros mantinha os custos da empresa entre 10% e 15% superiores aos dos seus concorrentes. “Quando saiu o edital da licitação, em 2021, percebemos que seria uma oportunidade incrível porque, além de exportar grãos, a permissão era para qualquer commodity agrícola”, disse o executivo ao Valor.
A expectativa é que, em 2025, a Cofco use sozinha o terminal e movimente 8 milhões de toneladas entre grãos, açúcar e farelo de soja. A partir de 2026, com a obra totalmente concluída e com a prestação de serviços para terceiros, a movimentação deve chegar a 14,5 milhões de toneladas. Atualmente, a empresa exporta cerca de 4,5 milhões de toneladas pelo porto de Santos.
A locação de espaço para outras empresas mudará o modus operandi da companhia no país. Até hoje, a Cofco era contratante de serviços “take or pay”, e agora passará a oferecê-los. Nesse modelo, o exportador é obrigado a pagar uma taxa mensal de uso do terminal, mesmo que não embarque todo o volume estabelecido no contrato. “Se a safra quebra, por exemplo, ainda temos que pagar o valor acordado. Além disso, o dono do terminal sempre tem prioridade no carregamento dos navios”, afirmou Ferreira.
A Cofco pretende exportar pelo porto de Santos entre 70% e 80% dos produtos que origina no país para exportação. O restante continuará a sair pelo Arco Norte, por meio dos terminais com a Hidrovias do Brasil, em que os contratos de “take or pay” estão mantidos.
Na primeira fase de obra do STS-11, na marginal direita do porto paulista, foram demolidas as instalações antigas da Bracell, Rishis, Rodrimar e Cereal Sul. Já na fase dois, será realizada a demolição de outras estruturas e das conexões de seus equipamentos com os da fase um.
A área do terminal foi arrematada pela Cofco International por R$ 10 milhões, em março de 2022, com direito à concessão por 25 anos e possibilidade de sucessivas prorrogações até o limite máximo de 70 anos.
Os investimentos contemplam obras em dois berços de atracação, incluindo reforço de cais, dragagem de aprofundamento e aquisição de dois shiploaders (carregadores de navios) com capacidade de 3 mil toneladas por hora cada. “Seremos o único terminal com dois shiploaders e, se o clima ajudar, poderemos encher dois navios Panamax por dia”, disse o executivo.
O pátio de descarregamento será composto por quatro linhas ferroviárias, com alimentação de três moegas (local onde são armazenados os grãos) com capacidade de 1,5 mil tonelada por hora. A previsão é receber três composições de até 120 vagões. Além disso, o terminal receberá cargas por caminhões.
Atualmente, a companhia envia a Santos 70% de sua originação de produtos por caminhão, e o restante vai por trem. Agora, a equação deverá se reverter. Os grãos devem chegar pela ferrovia da Rumo que liga Rondonópolis (MT) a Santos, e o açúcar deve usar o terminal rodoferroviário da Cofco em Votuporanga (SP). Os caminhões serão responsáveis pelo escoamento de produtos vindos de Minas Gerais, parte de São Paulo e Goiás.
“Anualmente, serão carregados mais de 200 navios, descarregados mais de 110 mil caminhões e mais de 85 mil vagões por ano”, afirmou o executivo.
Entre os diferenciais da construção, Ferreira destacou que 100% dos transportadores serão enclausurados (completamente fechados), o que é mais sustentável e reduz perdas. Além disso, o fluxo de caminhões e vagões será automatizado.
O STS-11 será o maior terminal portuário da Cofco fora da China. Até então, o campeão estava na Argentina, na região da Grande Rosário, com capacidade de 6 milhões de toneladas anuais. Há ainda outro com capacidade de carregar 5 milhões de toneladas ao ano também na Argentina. Além disso, a Cofco tem um grande terminal na Romênia com capacidade de 5 milhões de toneladas. Os terminais da China são todos para importação.
A Cofco International é o braço de comércio exterior da estatal chinesa Cofco Corporation e atua em mais de 50 países. Em 2023, a trading chinesa faturou US$ 50,1 bilhões ao comercializar 121,7 milhões de toneladas de commodities e alimentos.
FONTE: GLOBO RURAL
Com terminal em Santos, Cofco amplia capacidade de exportação no Brasil
Os portos brasileiros consolidaram sua posição como motores do comércio exterior no ano passado, sendo responsáveis por 97,2% do volume total de exportações e importações
Levantamento da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) mostra que a corrente de comércio brasileira via marítima somou US$ 492,5 bilhões em 2024, registrando um crescimento de 2,24% em comparação com 2023, enquanto a balança comercial brasileira via marítima recuou 12,9% na mesma comparação.
A corrente comercial é a soma das exportações com as importações, já a balança comercial, ou saldo, é a diferença entre as vendas e as compras externas. No caso brasileiro, o saldo é positivo. Segundo o estudo feito pela Coordenação de Pesquisas e Desenvolvimento da entidade e obtido com exclusividade pelo Broadcast, os portos brasileiros consolidaram sua posição como motores do comércio exterior no ano passado, sendo responsáveis por 97,2% do volume total de exportações e importações. Em valor FOB (Free On Board), a representatividade foi de 82,1%.
“Para sustentar esse protagonismo, investimentos contínuos em infraestrutura e eficiência serão cruciais, garantindo que o Brasil mantenha sua competitividade e explore novas oportunidades no mercado internacional”, ressalta o presidente da ATP, Murillo Barbosa.
De acordo com a ATP, a balança comercial brasileira foi pressionada no ano passado pelo aumento das importações e pela queda no valor médio de commodities-chave, como soja (-16,5%), combustíveis minerais (-4,07%) e minérios (-3,06%). Por outro lado, alguns produtos brasileiros ganharam destaque no cenário internacional.
“O café, por exemplo, registrou um crescimento impressionante de 52,7% em valor FOB, impulsionado por uma alta tanto na quantidade exportada quanto nos preços médios. A celulose também apresentou resultados positivos, com um aumento de 34,8% no mesmo indicador, consolidando-se como um dos principais itens da pauta exportadora do País”, informa a ATP.
A associação reúne 35 empresas de grande porte e congrega 69 Terminais privados no Brasil. Juntas, as associadas movimentam 60% da carga portuária brasileira e respondem pela geração de 47 mil empregos diretos e indiretos.
FONTE: CNN Brasil
Comércio marítimo brasileiro cresce 2,2% em 2024, a US$ 492,5 bi, diz ATP | CNN Brasil
As exportações do Rio Grande do Norte cresceram 42,6% em 2024, com relação ao registrado em 2023.
O volume de exportação foi maior em US$ 332,5 milhões. Este ano, a soma das exportações alcançou o recorde de US$ 1,113 bilhão ante US$ 781,4 milhões em 2023. Já as importações somaram US$ 594,9 milhões.
A corrente de comércio – soma das exportações e importações – teve crescimento significativo, atingindo US$ 1,7 bilhão.
Os dados estão no Boletim Econômico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) divulgado nessa terça-feira (07) e elaborado com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), através da plataforma “Comex Stat”. Ainda segundo o boletim, no ano de 2024, o saldo entre exportações e importações foi de US$ 519 milhões.
O principal produto exportado, e também importado, no ano, são os óleos combustíveis, sendo responsável por movimentar US$ 732 milhões com a sua exportação em 2024, e US$ 133 milhões para a sua importação ao estado, também em 2024.
Além dos óleos combustíveis, estão dentre os principais produtos importados para o RN em 2024 as válvulas e tubos termiônicas, responsável por US$ 130 milhões do valor total da importação, geradores elétricos giratórios, no valor de US$ 56,5 milhões, e trigo e centeio no valor de US$ 49,6 milhões.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Silvio Torquato, afirma que a notícia dos números recordes foram recebidos pelo Executivo potiguar com “muita satisfação”, e explica que o crescimento é resultado da crescente econômica no estado, acrescentando à sua fala, também, a notória visibilidade internacional que o estado adquiriu recentemente com os seus feitos e suas produções.
De janeiro a dezembro de 2024, foram movimentados US$ 202 milhões na exportação de frutas e castanhas, estando dentre os principais produtos frutíferos exportados o mamão, o melão, a melancia e a manga, que o secretário Silvio chama de “os 4M”, denominando-os já serem as “frutas famosas” do estado. Segundo o boletim econômico, foram movimentados US$ 173 milhões apenas na exportação de melões e melancias frescas em 2024, sendo destes US$ 32,7 milhões arrecadados em dezembro.
O titular da Sedec acredita que a crescente exportação de frutas deve-se às viagens que a Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Norte realizou nos últimos anos às feiras internacionais de agricultura, aumentando a visibilidade dos produtos potiguares no cenário internacional de produções frutíferas. Já com relação à razão do crescimento total das exportações, o secretário dá crédito também ao aumento das energias renováveis no estado, que elevou as produções e, consequentemente, as transações realizadas.
Dentre os principais destinos das exportações realizadas pelo RN em 2024 estão Singapura, no valor de US$ 199 milhões, Países Baixos, US$ 189 milhões, e Reino Unido, US$ 188 milhões. Já nas parcerias de importações, o Boletim Econômico aponta que a maior delas é com a China, com transações econômicas no valor de US$ 260 milhões, seguido por Países Baixos, US$ 76,3 milhões, e Suíça, US$ 44,2 milhões.
Para o ano de 2025, o secretário de Desenvolvimento Econômico destaca que as expectativas estão direcionadas para a mineração, com a extração de minério de ouro esperada para março no estado. “Teremos o primeiro carregamento de ouro saindo aqui do Rio Grande do Norte, previsto para a segunda quinzena de março, possivelmente para a Suíça, o país do mundo que mais compra esses metais. Serão processados lá e distribuídos para o mundo”, diz.
Além da mineração, o secretário revela que a outra exportação promissora para a economia do estado em 2025 é o açúcar. “Temos o açúcar, minerais e a continuação da ascensão do petróleo como promessas econômicas para 2025”, conta.
FONTE: Tribuna do Norte
Valor das exportações do Rio Grande do Norte cresce 42,6% em 2024 – Tribuna do Norte
O Brasil se destaca como uma força agrícola global, e essa posição reflete-se nas relações comerciais com diversas nações ao redor do mundo.
O país possui uma grande capacidade de produção de alimentos e outros produtos agrícolas, sendo um fornecedor chave para muitas economias que enfrentam desafios em suas próprias produções internas. Esta análise aborda os principais países que importam do Brasil, os motivos por trás dessa relação e como isso contribui para a economia brasileira.
Com um território vasto e um clima favorável, o Brasil se estabelece entre os líderes mundiais em exportações de produtos como soja, carnes e café. Esses fatores, aliados a uma tecnologia agrícola avançada, são determinantes para o fortalecimento das exportações brasileiras. Ao explorar essas parcerias comerciais, observa-se um impacto significativo na economia interna e no setor agrícola.
Conforme a Brasil Perfil, os países que mais compram do Brasil:
Essas exportações são estratégicas para a economia brasileira, fortalecendo setores-chave e promovendo o desenvolvimento econômico.
A China ocupa o lugar de principal comprador de produtos brasileiros, respondendo por uma parte expressiva das exportações do país. A importância desse parceiro se dá pela ampla demanda chinesa por produtos como soja e carne bovina, itens essenciais para suprir as necessidades de sua vasta população. A relação com a China não apenas gera um fluxo contínuo de receitas para o Brasil, mas também impulsiona investimentos em infraestrutura.
A presença dos Estados Unidos na lista de maiores importadores brasileiros se justifica por sua demanda específica por alguns produtos, como café e suco de laranja. Mesmo como um gigante agrícola, o país depende do Brasil para suprir esses itens que não são cultivados em larga escala em solo norte-americano. Essa relação reforça ainda mais a importância do Brasil no comércio agroalimentar global.
A União Europeia representa um mercado de grande valor para o Brasil, principalmente pela demanda por práticas sustentáveis. A carne bovina, soja e frutas tropicais estão entre os principais produtos exportados para esse bloco, que valoriza a origem e a sustentabilidade dos produtos adquiridos. Esses requisitos incentivam melhorias contínuas nas práticas agrícolas brasileiras.
Portanto, o papel do Brasil como um grande fornecedor global não só reforça sua posição no comércio internacional, mas também garante um progresso contínuo na infraestrutura e na economia interna. As relações comerciais com esses principais países continuam a ser uma parte integrativa do crescimento e desenvolvimento do país.
FONTE: Terra Brasil Notícia
5 nações que devem agradecer ao agro brasileiro; confira quais são – Terra Brasil Notícias
Em conversa por telefone, os dois chefes de estado trataram também do combate à fome e de visita do líder do país árabe ao Brasil neste ano.
São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o emir do Catar, Tamin, bin Hamad Al Thani, discutiram na terça-feira (7) a ampliação do comércio entre os dois países e investimentos do Catar no Brasil. Em conversa por telefone, falaram também sobre o combate à fome e a organização de uma visita de Al Thani ao Brasil neste ano.
De acordo com informações do Palácio do Planalto, Lula cumprimentou o emir do Catar pelo apoio do país árabe à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa do governo brasileiro. O Catar receberá uma cúpula desta aliança em novembro deste ano. No diálogo, também se acertou a vinda de Al Thani ao Brasil como retribuição à visita que Lula fez ao Catar em 2023. Al Thani passou rapidamente pelo País em novembro do ano passado durante a cúpula do G20 realizada no Rio de Janeiro.
Os dois mandatários discutiram outros temas, como os 50 de relações bilaterais, celebrados em 2025. Na conversa, Lula e Al Thani buscaram formas de ampliar o comércio entre Brasil e Catar e identificar oportunidades de investimentos do país árabe em diversos setores brasileiros. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em 2023, a corrente de comércio entre os dois países somou US$ 1,06 bilhão, em queda de 34% em relação a 2022. O Brasil exportou US$ 363,9 milhões, principalmente em carne de aves e minérios de ferro, e importou US$ 698,5 milhões, sobretudo em fertilizantes e petróleo derivados.
FONTE: ANBA
Lula e emir do Catar discutem comércio bilateral