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Acordo Mercosul-UE tem compromissos modernos para o comércio e o desenvolvimento sustentável, defende CNI

Para a indústria, o acordo vai dinamizar os setores econômicos, fomentar a criação de empregos, e viabilizar um marco contemporâneo de cooperação para o crescimento econômico sustentável e justo

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reitera a defesa da conclusão do Acordo de Associação entre o Mercosul e a União Europeia por considerar uma contribuição fundamental para as agendas de clima, sustentabilidade e comércio. Para a CNI, o acordo reforça os objetivos e compromissos climáticos globais.

O assunto foi citado no Fórum Econômico Brasil-França, realizado ontem (27), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em São Paulo.

O texto, concluído tecnicamente em 2019 e que está sendo aprimorado atualmente nas rodadas de negociações iniciadas em 2023, estabelece um acordo associativo com benefícios equilibrados e concretos aos dois blocos.

Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, mesmo tendo 20 anos o início do processo, um recomeço demandaria uma quantidade maior de tempo, o que, certamente, implicará em novos ciclos de ajuste. E assim sucessivamente. Alban destaca que, ao tratar de comércio e desenvolvimento sustentável, o acordo já atende aos mais altos padrões, comparável a outros acordos comerciais modernos.

“A indústria vê este acordo como um marco institucional moderno e responsável para conduzir as relações econômico-comerciais no século XXI, levando em consideração a importância das questões ambientais e sociais junto aos objetivos econômicos”, destaca Ricardo Alban.

Ao longo dos anos, o acordo Mercosul-UE tem passado por evoluções e transformações significativas, o que demonstra a possibilidade de adaptação e resposta a preocupações atuais. Isso é evidente, por exemplo, pelas intensas rodadas de renegociações que têm ocorrido, desde 2023, que reforçam o compromisso de ambos os blocos de alinhar o texto a valores e expectativas contemporâneos.

As discussões contínuas refletem o reconhecimento da necessidade de um acordo comercial que promova o livre comércio e o crescimento econômico, em conformidade com os objetivos globais de desenvolvimento sustentável e justiça social.

“Como qualquer outro acordo comercial, este não é um acordo estático. A negociação faz parte de um processo cíclico, que permite atualizações sempre que for necessário. Nesse sentido, as disposições estabelecidas servem como ponto de partida para ampliarmos o diálogo entre os dois blocos e aprimorar os padrões. Inclusive, faz parte do texto uma disposição específica de revisão, que permite melhorias contínuas dos compromissos originalmente estabelecidos”, explica Alban.

Entenda os compromissos incluídos na negociação do acordo Mercosul-União Europeia

Para a CNI, os compromissos incluídos na negociação atual do acordo respondem a desafios contemporâneos, o que demonstra a preocupação em manter o acordo atual. Confira:

  • Compromissos para que os blocos promovam o comércio de bens sustentáveis, inclusive nas cadeias de energias renováveis;
  • Compromissos e cooperação em comércio e empoderamento feminino;
  • Reforço na cooperação, para que a implementação do acordo promova o desenvolvimento econômico de maneira sustentável, atingindo todos e todas da sociedade;
  • Previsões a respeito de requisitos de importação exigidos em medidas domésticas relacionadas ao clima.

“Se o acordo não for concluído, nenhum dos compromissos dessa agenda moderna de desenvolvimento sustentável se transformará em compromisso jurídico internacional. Quem perde é o Mercosul, a União Europeia e a França, que não poderão contar com uma agenda de cooperação benéfica e de longo prazo para ambos”, avalia Ricardo Alban.

 

Com informações da CNI.

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Ponte desaba após colisão de navio cargueiro em Baltimore nos EUA

A ponte Francis Scott Key,  popularmente conhecida como Key Bridge, foi atingida por um navio cargueiro e desabou sobre o Rio Patapsco, na cidade de Baltimore, Maryland, durante a madrugada dessa terça-feira (26/03) por volta de 1h30 (2h30, no horário de Brasília).

A Key Bridge é uma rodovia principal, com três quilômetros de extensão, que atravessa o porto da cidade, um dos mais importantes do país. O incidente provocou a queda quase total da ponte.

As autoridades presentes no local confirmam que vários veículos e pelo menos 20 pessoas caíram no rio, afirmam também acreditar que a colisão trata-se de um acidente não intencional. O corpo de bombeiros já se encontra no local trabalhando na operação de resgate das vítimas.

Para evitar maiores complicações, as autoridades afirmaram que todas as pistas próximas ao incidente foram fechadas até que a situação de resgate seja finalizada.

Imagens da Ponte Francis Scott Key antes do incidente.

Fatores Agravantes 

As condições climáticas e aumento da maré apresentam fatores de risco no resgate.

A temperatura da água no porto de Baltimore é de 9°C, de acordo com as autoridades, o que contribui para o risco de hipotermia nas vítimas sujeitadas a temperatura corporal menor que 35°C por longo período de tempo.

Segundo a equipe de bombeiros do local, dentre os veículos que sofreram a queda havia uma grande carreta. Foi notado grande mancha de óleo diesel nos arredores do pilar atingido pelo navio cargueiro momentos após a colisão.

Vídeos publicados em redes sociais reportam momento da colisão.

A embarcação 

O navio cargueiro do incidente é uma embarcação com bandeira de Cingapura de 300 metros de comprimento.

O navio “Dali” pertence a companhia de navegação Synergy Marine Group e estava partindo do porto de Baltimore à caminho de Colombo, Sri Lanka, seu destino final.

Todos trabalhadores da navegação já foram localizados e não relataram graves ferimentos.

Atualizações da situação serão noticiadas em breve.

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