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Argentina implementa medidas para dolarização e mantém juros

(Bloomberg) — O banco central da Argentina anunciou que os intermediários de pagamento terão que habilitar transações com cartão de débito em moeda americana até 28 de fevereiro, marcando um passo importante na promessa do presidente Javier Milei de dolarizar a economia.

O banco também desenvolveu um programa para permitir que as pessoas realizem pagamentos parcelados em dólares ou pesos. A medida visa “fortalecer a competição cambial para permitir que pessoas e negócios utilizem a moeda que desejarem em suas transações diárias”, de acordo com um comunicado do banco central divulgado nesta quinta-feira.

Separadamente, o banco decidiu manter sua taxa de juros inalterada em 32% nesta quinta-feira, frustrando as crescentes apostas dos investidores em um novo corte nos juros, segundo uma pessoa com conhecimento direto do assunto. A Bloomberg Línea foi a primeira a noticiar a decisão sobre a taxa básica de juros nesta quinta-feira.

Os mercados financeiros esperavam uma redução da taxa após a desaceleração da inflação anual em dezembro e a decisão do banco central de reduzir a taxa de depreciação mensal da moeda oficial de 2% para 1%.

O ministro da Economia, Luis Caputo, acrescentou em um post no X que, a partir de sexta-feira, empresas poderão exibir etiquetas de preços de bens e serviços em dólares ou em outras moedas estrangeiras, junto com o custo em pesos.

Durante sua campanha presidencial, Milei prometeu incentivar a competição entre moedas na segunda maior economia da América do Sul, em um plano amplamente conhecido como “dolarização”. A proposta gerou críticas da oposição porque era vista como impossível em meio à escassez de dólares. No entanto, o anúncio desta quinta-feira aponta na direção da promessa de Milei.

A Argentina ainda mantém uma série de controles cambiais e de capitais. Milei prometeu eliminar essas restrições este ano, o que pode forçar o banco central a oferecer taxas de juros mais atrativas para evitar uma possível corrida cambial.

O Fundo Monetário Internacional, de quem a Argentina espera obter mais empréstimos para ajudar a eliminar os controles, há muito defende taxas de juros bem acima da inflação.

Dados do governo divulgados na terça-feira mostraram que os preços subiram 2,7% em dezembro em relação a novembro, o terceiro mês consecutivo abaixo de 3% e em linha com a mediana das estimativas de economistas consultados pela Bloomberg. A inflação anual recuou para 117,8%, abaixo de um pico de quase 300% no ano passado.

O banco central já reduziu as taxas de juros oito vezes desde que Milei assumiu o cargo em dezembro de 2023, quando os juros eram de 133%. Essa estratégia se tornou uma das partes mais heterodoxas da estratégia de Milei para desacelerar a inflação.

 FONTE: Bloomberg L.P.
Argentina implementa medidas para dolarização e mantém juros – Bloomberg

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Novo passo na Reforma Tributária garante sustentabilidade e empregos de qualidade para o Novo Brasil

Lei sancionada consolida avanços do Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quinta-feira (16/1) ,o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que regulamenta a maior parte da Reforma Tributária sobre o consumo, instituída pela Emenda Constitucional (EC) 132, promulgada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023. Com a sanção, o PLP foi transformado na Lei Complementar (LC) 214/2025, publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Durante o evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou o impacto histórico da medida: “Não será perceptível amanhã ou depois de amanhã, mas tenho certeza de que esse é o maior legado econômico que o senhor [presidente Lula] entregará ao povo brasileiro.” Haddad acrescentou: “Estamos plantando hoje um país mais justo, eficiente e com um horizonte muito mais amplo.”

A mudança é considerada um marco para a economia brasileira, permitindo a transição de um dos sistemas tributários mais complexos do mundo para um modelo moderno, digitalizado e automatizado. O novo sistema simplifica a cobrança de impostos, desonera exportações e investimentos e estimula a produção nacional com maior valor agregado, o que pode gerar produtos tecnologicamente mais sofisticados e empregos melhor remunerados.

Transformação Ecológica

O Projeto de Lei foi construído alinhado com os pilares do Novo Brasil, Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda, que tem três objetivos centrais:

  1. Adensamento tecnológico e geração de empregos de alta qualidade;
  2. Sustentabilidade ambiental; e
  3. Redução das desigualdades sociais e regionais.

A Reforma  alinha o sistema tributário brasileiro a estes objetivos, em um movimento que iniciou com a promulgação da Emenda Constitucional n° 132, de dezembro de 2023, que aprovou a Reforma Tributária sobre o consumo. Agora em sua regulamentação, novas medidas foram incorporadas para que os objetivos do Plano de Transformação Ecológica sejam alcançados.

Empregos de qualidade e aumento da produtividade

No âmbito do adensamento tecnológico e aumento da produtividade o texto prevê:

  • Não cumulatividade de impostos em cadeias produtivas, desonerando bens de capital e investimentos, inclusive em serviços empregados na atividade, o que estimula o uso intensivo de mão de obra qualificada;
  • Simplificação e digitalização do sistema tributário possibilitando que empresas direcionem esforços para inovação e geração de riqueza, em vez de lidarem com complexas conformidades fiscais.

Sustentabilidade e incentivo à economia verde

Na área ambiental, a reforma traz avanços significativos:

  • Criação do Imposto Seletivo (IS), que incide sobre produtos e processos nocivos ao meio ambiente ou à saúde pública;
  • Incentivos fiscais para biocombustíveis, com o objetivo de reduzir emissões de carbono;
  • Estímulos à economia circular, como a concessão de créditos presumidos para empresas que adquirirem materiais recicláveis de pessoas físicas ou cooperativas de catadores;
  • Redução de 60% na alíquota padrão para produtos florestais, inclusive para serviços ambientais, garantindo estímulos econômicos à regeneração de florestas e outros biomas.

Redução de desigualdades com cashback tributário

Alinhada ao objetivo de combater desigualdades, a Reforma introduz o cashback, mecanismo que devolve parte dos impostos recolhidos às famílias de baixa renda. O sistema corrige a regressividade histórica do modelo tributário brasileiro, que penaliza os pobres.

“O cashback é essencial para a progressividade. Ele devolve impostos diretamente às famílias de renda mais baixa, sem intermediários”, explicou Rodrigo Orair, diretor de programa da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária (SERT). “Estamos falando de quase 30 milhões de famílias no Cadastro Único, o que representa 73 milhões de pessoas, incluindo 55% das crianças na primeira infância.”

Com a sanção da nova lei, o Brasil dá um passo decisivo para modernizar sua economia, fortalecer a justiça social e adotar práticas mais sustentáveis, consolidando as bases de um futuro mais próspero, justo e inclusivo.

FONTE: MF.gov.br
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FMI melhora perspectiva de crescimento do Brasil em 2024 a 3,7% e mantém estimativa para 2025

Projeção do Fundo agora é melhor do que a do próprio governo, que em novembro projetou avanço de 3,3% do PIB em 2024, e também fica acima da estimativa do Banco Central, de 3,5%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a estimativa de crescimento da economia do Brasil em 2024 e manteve a perspectiva de desaceleração para 2025, mostraram novas estimativas divulgadas nesta sexta-feira.

Na revisão de seu relatório “Perspectiva Econômica Global”, o FMI elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 para 3,7%. A previsão anterior, de outubro, era de 3,0%.

A projeção do FMI agora é melhor do que a do próprio governo, que em novembro projetou avanço de 3,3% do PIB em 2024, e também fica acima da estimativa do Banco Central do Brasil (BC), de 3,5%.

O FMI manteve o cenário de desaceleração para 2,2% em 2025, mas reduziu a conta para 2026 em 0,1 ponto percentual, passando a ver uma expansão da economia também de 2,2%.

O IBGE divulgará os dados do PIB do quarto trimestre e do acumulado de 2024 em 7 de março.

No terceiro trimestre, a expansão do PIB ficou em 0,9% na comparação com os três meses anteriores. No acumulado do ano até setembro, o Brasil acumula crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023.

A expectativa para o quarto trimestre é de desaceleração gradual da economia no final do ano passado depois de surpreender nos primeiros trimestres, em meio ao ciclo de aperto monetário realizado pelo Banco Central.

Mas, mesmo diante da política monetária contracionista, a economia segue aquecida em meio a um mercado de trabalho saudável e aumento da renda, o que por sua vez gera pressão inflacionária.

Na véspera, o BC informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,1% em relação ao mês anterior, em dado dessazonalizado, melhor do que a expectativa de estagnação.

No final do ano passado, a autoridade monetária elevou a taxa de juros Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano, surpreendendo ao prever mais duas altas da mesma magnitude à frente.

Os resultados esperados pelo FMI para o Brasil superam a perspectiva para o México, que deve crescer 1,8% em 2024, desacelerando a 1,4% em 2025 e depois indo a 2,0% em 2026.

Com isso, o FMI calcula expansão da América Latina e Caribe de 2,4% no ano passado, indo a 2,5% e 2,7%, respectivamente, em 2025 e 2026. O cenário para o ano passado foi melhorado ante 2,1% antes, mas para os outros anos não houve alteração.

A perspectiva para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, permaneceu em 4,2% para o ano passado e este, e subiu 0,1 ponto para 2026, para 4,3%.

“Nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento, o crescimento em 2025 e 2026 deve igualar amplamente o de 2024”, disse o FMI.

FONTE:

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De mãos atadas, o mundo assiste ao rompimento entre as maiores potências

Kishore Mahbubani fala sobre o impacto da lista negra de empresas chinesas pelos EUA. “Se os EUA tentarem se desvincular das empresas chinesas e seu alcance global, os EUA não estarão apenas se desvinculando da China, mas também do resto do mundo

A mais recente ação dos EUA para expandir sua lista de empresas militares chinesas arrisca causar mais do que apenas a queda das ações de algumas de suas companhias mais valiosas: também ameaça acelerar o desacoplamento das duas maiores economias do mundo.

Na segunda-feira, o governo Biden incluiu a Tencent Holdings Ltd., maior publicadora de jogos do mundo, e a Contemporary Amperex Technology Co. Ltd. (CATL), um importante fornecedor de baterias para a Tesla Inc., em sua lista de “empresas militares chinesas” — firmas que, segundo os EUA, trabalham direta ou indiretamente com o Exército de Libertação Popular (PLA) ou contribuem significativamente para a base industrial da China.

Desde que a primeira lista foi divulgada em 2021, conforme exigido por uma lei aprovada nos últimos dias do primeiro mandato de Donald Trump, ela cresceu para incluir 134 empresas — incluindo quatro das 20 maiores da China em valor de mercado, avaliadas juntas em quase US$ 1 trilhão.

 

Embora a lista não imponha sanções específicas, ao contrário da Lista de Entidades do Departamento de Comércio, ela desencoraja empresas americanas de fazer negócios com suas integrantes e representa um golpe reputacional para as empresas envolvidas. De forma mais ampla, a rápida expansão do registro mostra o quanto as linhas entre empreendimentos militares e civis estão sendo borradas, além de aumentar o risco de bifurcação das cadeias de suprimento caso medidas mais rígidas sejam aplicadas no futuro.

Essa abordagem pode sair pela culatra para Washington, segundo Kishore Mahbubani, ex-embaixador de Singapura nas Nações Unidas, que chamou a adição mais recente de “imprudente”.

“O mundo inteiro se moverá para depender de empresas chinesas para uma ampla gama de produtos, incluindo empresas como Tencent e CATL”, disse Mahbubani, também autor do livro Has China Won?

“Se os EUA tentarem se desacoplar das empresas chinesas e de seu alcance global, os EUA não estarão apenas se desacoplando da China”, disse ele. “Estarão se desacoplando do resto do mundo também.”

Os EUA incluíram Tencent Holdings Ltd. e Contemporary Amperex Technology Co. Ltd. (CATL) na lista negra por supostos vínculos com o exército chinês em uma medida surpresa semanas antes de Donald Trump assumir o cargo. James Mayger, da Bloomberg, relata.

Embora a lista tenha sido ampliada no final do mandato de Joe Biden, um dos principais defensores de incluir a CATL e outras grandes empresas chinesas foi Marco Rubio, indicado para ser o secretário de Estado no segundo mandato de Trump.

Isso levanta a questão de saber se Trump adotará uma postura rígida em relação à China, como indicam suas ameaças de impor tarifas de até 60%, ou se adotará uma visão mais pragmática — sugerida por seus esforços para reverter a proibição do TikTok e por seus laços estreitos com o fundador da Tesla, Elon Musk.

“Teremos que ver se essa estratégia será significativamente revisada pelo governo Trump que está por vir”, disse Josef Gregory Mahoney, professor de relações internacionais da East China Normal University, em Xangai. “A sabedoria convencional indica que não será, mas há razões convincentes para mudar de curso.”

Os EUA descreveram a lista como uma forma de destacar e combater o que chamam de “estratégia de fusão militar-civil” da China — que apoia os objetivos de modernização do PLA garantindo acesso a tecnologias avançadas e expertise desenvolvidas por empresas, universidades e programas de pesquisa chineses que aparentam ser entidades civis.

Essa estratégia ampla, conhecida na China como “estratégias e capacidades nacionais integradas”, tem sido cada vez mais promovida sob o presidente Xi Jinping e frequentemente destacada na mídia estatal.

Na segunda-feira, o Pentágono também adicionou SenseTime Group Inc. e Changxin Memory Technologies Inc., destacando um fabricante chinês de chips de memória considerado crucial para os esforços de desenvolvimento de semicondutores e IA de Pequim.

A agência também nomeou a gigante petrolífera Cnooc Ltd. e a Cosco Shipping Holdings Co., ambas anteriormente alvo de Washington.

O foco mudou de contratantes militares “tradicionais” para incluir empresas que desenvolvem produtos tecnológicos com potencial de aplicações militares, de acordo com Dylan Loh, professor assistente de política na Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura.

Isso demonstra “a ampliação do escopo da segurança nacional”, disse Loh. “Não é apenas algo dos EUA, mas, argumentavelmente, um fenômeno global, onde os países estão cada vez mais securitizando produtos e tecnologias em nome da segurança nacional.”

A medida ocorre em meio a uma rivalidade tecnológica crescente entre os dois países. Os EUA impuseram controles de exportação para restringir a capacidade da China de desenvolver uma indústria avançada de semicondutores e usar inteligência artificial para fins militares. Em resposta, Pequim apertou seus próprios controles de exportação, incluindo uma proibição, no mês passado, de vários materiais de alta tecnologia e uso militar para os EUA.

Nos últimos dois anos, o governo Biden usou a metáfora de “pequeno quintal, cerca alta” para explicar suas ações para limitar o acesso da China à tecnologia. A ideia é que tecnologias sensíveis devem ser mantidas dentro de um pequeno quintal, protegido por uma cerca alta de controles comerciais e de investimento. Isso se aplicaria apenas a tecnologias avançadas com aplicações militares, enquanto o comércio e os investimentos comerciais mais amplos com a China permaneceriam inalterados.

Entretanto, a medida mais recente visa a Tencent e a CATL, que, em teoria, não parecem ter negócios regulares com o Exército de Libertação Popular (PLA). A Tencent, a empresa mais valiosa da China, é vista como pioneira no setor privado e de internet do país, criando um chamado aplicativo para tudo que Elon Musk apontou como modelo para o X.

Durante o primeiro governo Trump, o governo dos EUA tentou banir o WeChat — serviço de mensagens da Tencent que evoluiu para uma plataforma de pagamentos, redes sociais e serviços online — citando preocupações com a segurança nacional.

A CATL não é apenas uma importante fornecedora para a Tesla, mas também para muitas das maiores montadoras do mundo, incluindo Stellantis NV e Volkswagen AG. Em agosto, Marco Rubio pediu ao Pentágono que mirasse na fabricante chinesa de baterias devido ao seu potencial de se tornar uma fornecedora crucial para o PLA.

Cerca de um em cada três carros elétricos é alimentado por baterias da CATL, e sua ampla presença na cadeia de suprimentos automotiva pode causar grandes interrupções na indústria automobilística global se as montadoras forem obrigadas a encontrar alternativas.

Pequim criticou repetidamente o que vê como a “supersecuritização” dos EUA. “Pequeno quintal, cerca alta não deve se tornar grande quintal, cortinas de ferro”, disse o Ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, ao Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em setembro.

Na terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China novamente condenou as sanções dos EUA e prometeu defender os direitos das empresas chinesas. “Instamos os EUA a corrigirem imediatamente suas ações erradas e encerrarem as sanções unilaterais ilegais e a jurisdição extraterritorial sobre empresas chinesas”, disse Guo Jiakun, porta-voz do ministério, em uma coletiva de imprensa regular em Pequim.

A China deixou claro que está preparada para desafiar os EUA em futuras disputas comerciais. Além de sua proibição de exportação de minerais críticos, como germânio e gálio, Pequim anunciou na semana passada planos para controles mais rigorosos sobre o envio de tecnologias usadas em materiais de baterias. Também está colocando mais empresas americanas em sua Lista de Entidades Não Confiáveis, adotando uma abordagem semelhante à dos EUA.

“Dada a propensão de Pequim a responder às ações dos EUA com medidas recíprocas, não seria surpreendente se Pequim colocasse uma empresa não relacionada à defesa em uma dessas listas como retaliação simbólica”, disse Kendra Schaefer, sócia da consultoria Trivium China.

FONTE: O Cafézinho
De mãos atadas, o mundo assiste ao rompimento entre as maiores potências – O Cafezinho

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Presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Paraná e Santa Catarina participa de reunião no MAPA para tratar de demandas cruciais do setor

Por Daiana Brocardo

Entre os principais assuntos discutidos no encontro está a falta de fiscais na região Itajaí.

O presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Paraná e Santa Catarina (SDA), Flávio Demétrio da Silva, esteve na manhã desta sexta-feira (17) no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em Brasília, para discutir questões prioritárias que afetam diretamente as operações de importação e exportação no Estado. A iniciativa foi embasada nas demandas apontadas pelos próprios despachantes e empresas, que apontaram gargalos operacionais e desafios enfrentados diariamente pelo setor.

O encontro com representantes do MAPA foi agendado através da Federação Nacional dos Despachantes a Aduaneiros – FEADUANEIROS, que vem trabalhando em Brasília para que seus associados tragam, juntamente com os profissionais, as dificuldades em alguns procedimentos e serviços. “Importante estarmos conectados aos anuentes para que possamos estar auxiliando a comunidade de comércio exterior”, ressalta Flávio.

O presidente do SDA foi recebido pelo Coordenação Fiscalização do Trânsito Regular – CFTR, José Marcelo Nogueira Maziero e pelo Coordenador Geral do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional – CGVIGIAGRO, Cleverson Freitas.

Entre os principais pontos levantados durante o encontro, estão:

  • Falta de técnicos para coleta e vistoria de vinhos: A ausência de profissionais impacta a regularização e o desembaraço desse tipo de mercadoria.
  • Suspensão de vistorias de madeira no final do ano: A inexistência de fiscais disponíveis para atender à demanda prejudica o comércio de produtos madeireiros.
  • Deficiência de fiscais para vinhos e LPCO madeira: A escassez de profissionais aptos para deferir processos relacionados a esses produtos tem gerado atrasos significativos.
  • Impasse no andamento de processos vegetais: A análise de Licenças de Importação (LI) de produtos vegetais está prejudicada pela insuficiência de fiscais.
  • Problemas no sistema do MAPA: Constantes instabilidades no sistema dificultam a inserção e o acompanhamento de informações, atrasando o trâmite de importações.
  • Dificuldade de acesso à chefia do MAPA em Santa Catarina: A comunicação limitada com a liderança local do órgão tem dificultado a solução de problemas e o encaminhamento de demandas do setor.

Importância da representatividade e expectativa de melhorias

A reunião desta sexta-feira (17) reforça o compromisso do Sindicato em buscar soluções para otimizar os processos e garantir maior eficiência no comércio internacional. A expectativa é que o órgão federal adote ações para suprir a carência de profissionais e melhorar a estrutura tecnológica, de modo a atender com qualidade as demandas do setor aduaneiro em Santa Catarina.

“O MAPA tem ciência sobre esses problemas graves que estão acontecendo e o que nos prometeram foi que já tem garantido para Itajaí três fiscais agrônomos, dois agentes de inspeção e um agente de atividade agropecuária, vindos de um concurso público. A expectativa é que esses seis novos funcionários estejam atuando até junho desse ano”, explica.

Flávio Demétrio também destacou a urgência de medidas para sanar os gargalos operacionais até que esses novos profissionais estejam atuando na região. “Para questões emergenciais o MAPA informou que está trabalhando com força tarefa. Já tem um fiscal de Santos destacado para ajudar Itajaí e estão buscando novos fiscais em outros lugares para tentar amenizar a demanda”, complementa.

Reconecta News segue acompanhando as movimentações e trará atualizações sobre os desdobramentos dessa importante pauta.

Sobre o SDA

O Sindicato dos Despachantes Aduaneiros, foi fundada em janeiro de 1957 por um grupo de despachantes que criou a Associação dos Despachantes Aduaneiros de Paranaguá. Cinco anos mais tarde, foi transformada no Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Paranaguá. Foi só em fevereiro de 1993 que a alterações do estatuto ampliou a abrangência do Sindicato para o estado vizinho de Santa Catarina . Na assembléia geral de 1963 foi registrada a necessidade de uma sede própria, em 1995 foi assinado o contrato para edificação e em 14/03/1997 foi inaugurada.
Hoje o SDA – Sindicato dos Despachantes Aduaneiros, tem unidades em Paranaguá, Itajaí, Joinville, Foz do Iguaçu e São José dos Pinhais, com salas de apoio e suporte aos despachantes aduaneiros sindicalizados, entre muitos outros benefícios.

 

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Chile promove avanços no Corredor Rodoviário Bioceânico

O Governo do Chile realizou a segunda sessão da Comissão de Alto Nível para o Desenvolvimento do Corredor Rodoviário Bioceânico.

Este projeto busca fortalecer a conexão comercial entre Chile, Paraguai, Argentina e Brasil; posicionar os portos de Antofagasta e Tarapacá como pontos-chave para o fluxo de mercados entre o Pacífico e o Atlântico.

O Corredor Rodoviário Bioceânico visa consolidar a infraestrutura logística; facilitando o comércio não apenas com os países da América do Sul, mas também com as economias da Ásia-Pacífico. Durante a reunião, liderada pelo ministro da Economia, Nicolás Grau, e com a participação de ministros, governadores e autoridades, foram definidos avanços e um plano de ação para acelerar o desenvolvimento do projeto.

Entre os temas discutidos, destacam-se a coordenação transfronteiriça, o fornecimento de infraestrutura portuária e rodoviária e oportunidades de negócios para as regiões do norte do Chile. O ministro das Relações Exteriores, Alberto Van Klaveren, destacou a importância de uma coordenação efetiva com Brasil, Paraguai e Argentina; Já o ministro dos Transportes, Juan Carlos Muñoz, destacou o potencial do Chile como porto estratégico para a alimentação no Brasil.

Este projeto representa uma oportunidade para aumentar a competitividade do Chile no comércio internacional; consolidando o seu papel como parceiro confiável na região.

FONTE: Todo Logística News
Chile promove avanços no Corredor Rodoviário Bioceânico – TodoLOGISTICA NEWS

 

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Exportações atingem nível máximo em um ano

Os preços de exportação uruguaios aumentaram pelo terceiro mês consecutivo; e atingiu seu nível mais alto desde setembro de 2023.

Segundo relatório da Câmara das Indústrias do Uruguai (CIU). O Índice de Preços nas Exportações (IPE) refletiu aumento de 1,8% em novembro em relação a outubro; e 3,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este indicador atingiu 160 pontos, assinalando o seu valor máximo em 2024; o que mostra o dinamismo do sector exportador apesar dos desafios económicos globais.

No âmbito industrial, os preços também apresentaram comportamento positivo. O índice de preços das exportações industriais aumentou 1,5% em novembro e 5,5% em termos anuais; atingindo 179,3 pontos. Este aumento representa o terceiro mês consecutivo de crescimento e o maior nível desde agosto de 2023; quando foram registrados 179,6 pontos.

Por setores, Alimentos, Bebidas e Tabaco lideraram o crescimento; com aumento de 1,3% na comparação mensal e de 11,2% na comparação anual, impulsionado principalmente pela carne desossada. Em contrapartida, os preços do setor Têxtil, Vestuário e Couro permaneceram praticamente estáveis, com aumento de 0,3% em relação ao mês anterior; embora tenham registado uma queda homóloga de 2,6% devido à queda dos preços da lã noil. Já a categoria Químicos e Plásticos teve aumento de 3,2% na comparação mensal; mas relatou uma diminuição de 2% em comparação com o ano anterior.

FONTE: TodoLogistica
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Produção de motos no Brasil cresce 11% em 2024 e alcança maior volume em 14 anos

No embalo da concessão de crédito para a aquisição de veículos, a produção de motos chegou a 1,74 milhão de unidades em 2024, o maior volume em 14 anos.

O crescimento na comparação com 2023 foi de 11,1%, superando a expectativa da indústria, que aguardava no início do ano um aumento de 7,4% da produção. O balanço foi divulgado nesta terça-feira, 14, pela Abraciclo, associação que representa as montadoras do polo industrial de Manaus (AM), onde estão quase todas as fábricas do veículo.

Além disso, apenas em dezembro foram produzidas 123,9 mil motocicletas, 5% acima do volume registrado no mesmo mês de 2023. Em relação a novembro, houve queda de 15,1%.

Ao apresentar o balanço à imprensa, o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, destacou o planejamento do setor para manter o ritmo de produção e contornar as dificuldades de recebimento de peças e escoamento da produção, devido à seca severa que atingiu a região no ano passado.

“Mesmo diante de um ano bastante desafiador, em que tivemos que contornar o problema da estiagem, o crescimento do setor superou dois dígitos”, destacou Bento.

Manaus é o maior polo de produção de motos fora da Ásia. As montadoras de veículos de duas rodas (incluindo motocicletas) da região tiveram faturamento de R$ 36,9 bilhões no ano passado, empregando diretamente 18,6 mil trabalhadores.

Alta em 2025

A Abraciclo projeta para este ano um avanço de 7,5% da produção, para 1,8 milhão de motocicletas. A perspectiva é a de que o cenário macroeconômico será desafiador, com juros mais restritivos, câmbio depreciado e diminuição da concessão de crédito. Em 2024, o crédito ajudou a impulsionar as vendas do setor. Apesar disso, Marcos Bento avalia que a busca por motocicletas poderá seguir em alta, sendo o principal desafio dos fabricantes atender à demanda.

“Acreditamos que a demanda pela motocicleta poderá seguir em alta, principalmente devido aos seus atributos, como preço acessível, baixo custo de manutenção e agilidade nos deslocamentos”, afirma.

Pela previsão da indústria de motocicletas, deve haver um crescimento de 7,7% nas vendas, atingindo 2,02 milhões de unidades, e expansão de 13% das exportações, que devem chegar a 35 mil unidades.

FONTE: Estadão 150
Produção de motos no Brasil cresce 11% em 2024 e alcança maior volume em 14 anos – Estadão

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Exportações recordes de carne bovina

A indústria processadora de carnes argentina exportou recorde de 582,7 mil toneladas de carne bovina entre janeiro e novembro de 2024.

Este volume, divulgado pelo CICCRA, superou ou registou em 2023 em 13,8% e o anterior máximo em 2020 em 2,7%. Esse desempenho posiciona a Argentina como líder global em primeiro lugar.

A China liderou as exportações com 400,8 mil toneladas, representando 68,8% do total. Enquanto isso, o preço médio caiu 11,3%, chegando a US$ 3.257 por tonelada. Outros mercados são notáveis, incluindo os Estados Unidos, onde o volume de exportações cresceu 42,9%, e o México, que após sua reabertura registrou um aumento de 1.437% em novembro.

O preço médio de exportação em novembro foi de US$ 4.554 por tonelada, 8,3% superior ao mês de 2023. A capacidade total foi de mais de US$ 248,6 milhões, impulsionada por maiores volumes e recuperação de preços.

A Itália e os países de Baixos registraram aumentos significativos em volume e capacidade, contribuindo com mais de 210 milhões de dólares. Israel, por sua vez, tem um aumento de 16% nos embarques, com preço médio de US$ 6.066 por tonelada.

A carne argentina data 2024 com números históricos e perspectivas otimistas para 2025. Espera-se que a procura externa e a diversificação do mercado impulsionem o crescimento sustentado, apesar de dois desafios globais, como a volatilidade dos preços e os negócios tensos.

FONTE: Todo Logistica News
Recorde nas exportações de carne bovina – TodoLOGISTICA NEWS

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Gigante da aviação? Azul e Gol assinam acordo para fusão das companhias aéreas no Brasil

Se concretizado, fusão das companhias aéreas vai atender 60% dos passageiros da aviação brasileira; empresas continuariam operando de forma separada

A Azul e a Abra, controladora da Gol, assinaram um memorando de entendimento nesta quinta-feira (15) que, se for cumprido, vai levar à fusão das companhias aéreas. Caso o acordo se concretize, Azul e Gol continuarão operando de forma separada

Fusão de Azul e Gol pode abarcar 60% do mercado

A nova companhia viria começar suas operações em 2026, e a fusão das companhias aéreas pode representar um atendimento a 60% dos passageiros que viajam de avião.

A ideia é que John Rodgerson, CEO da Azul, assuma a presidência do novo grupo, que terá a governança junto de um presidente do conselho indicado pela holding Abra, que controla a Gol e a Avianca. O conselho será composto por nove membros, sendo três indicados pela Azul, três pela Gol e três independentes, aprovados pelos acionistas.

Azul e Gol avançam para selar fusão – Foto: GOL/Divulgação/ND

Junção depende de aprovações

Para a junção se concretizar, os órgãos reguladores Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) devem aprovar as operações do novo grupo. A fusão depende da recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos.

Se a fusão acontecer, as companhias vão operar de forma independente, mas o avião de uma das empresas vai poder realizar voos para a outra.

FONTE: ND+
Gigante da aviação? Azul e Gol assinam acordo para fusão das companhias aéreas no Brasil

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