Economia, Gestão, Informação, Mercado Internacional, Negócios

Petróleo russo sofre sanções de Biden; governo americano alega que medida seria para enfraquecer financiamento da guerra

O governo Biden adotou como alvo, nesta sexta-feira (10), o setor energético da Rússia, incluindo sua indústria petrolífera, com algumas de suas sanções mais severas até o momento. O objetivo é cortar o financiamento para a guerra de Moscou contra a Ucrânia.

As mudanças radicais, tomadas pouco mais de uma semana antes do presidente Joe Biden deixar o cargo, ocorrem no momento em que o presidente eleito Donald Trump diz que está se preparando para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin. Elas também têm o potencial de enfraquecer os investidores no mercados de energia.

Altos funcionários da administração dos EUA disseram que querem deixar Kiev – e a nova administração Trump – com uma posição favorável para potenciais negociações.

Esses funcionários expressaram esperança de que a próxima administração manteria e aplicaria as sanções, apesar do ceticismo anterior de alguns funcionários de Trump sobre a eficácia de tais medidas.

As novas sanções contra “a maior e mais importante fonte de receita do Kremlin” atingiram centenas de alvos, incluindo duas das maiores empresas petrolíferas da Rússia: a Public Joint Stock Company Gazprom Neft e a Surgutneftegas.

As sanções também têm como alvo quase 200 navios transportadores de petróleo, muitos dos quais são acusados ​​de fazer parte da chamada “frota sombra” que trabalha para fugir das sanções, bem como comerciantes de petróleo e autoridades de energia. Eles também miram a produção e exportação de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia.

“Esperamos que nossas ações custem à Rússia mais de bilhões de dólares por mês”, disse um alto funcionário do governo.

As sanções, introduzidas em coordenação com o Reino Unido, são parte da abordagem mais ampla da administração para reforçar Kiev. A administração Biden anunciou na última quinta-feira (9) sua parcela final de ajuda militar para a Ucrânia, avaliada em cerca de US$ 500 milhões.

O Pentágono disse na sexta-feira que haverá “pouco menos de US$ 4 bilhões” em financiamento da Presidential Drawdown Authority que será transferido para a administração Trump para financiar ajuda à Ucrânia.

“Essas sanções, somadas às ações que tomamos nas últimas semanas, ajudam a colocar a Ucrânia em uma posição na qual eles têm a capacidade de trabalhar com o novo governo para tentar encontrar uma paz justa”, disse um segundo alto funcionário do governo.

Na quinta-feira, Trump reiterou seu desejo de acabar com a guerra na Ucrânia: “O presidente Putin quer se reunir — ele disse isso até publicamente — e temos que acabar com essa guerra. Isso é uma bagunça sangrenta”, ele o presidente americano.

O primeiro alto funcionário da administração reconheceu que “cabe inteiramente” à equipe de Trump “determinar se, quando e em que termos poderão levantar quaisquer sanções que tenhamos implementado”.

Além disso, a força das sanções dependerá em grande parte da sua aplicação, com um responsável refletindo que “temos de fazer corresponder cada evasão a uma contramedida, e isso exigirá vontade política”.

“A Rússia fará todos os esforços para contornar essas sanções. É inevitável”, disse o oficial.

“Mas a evasão não é sem custos. A Rússia tem tido uma necessidade constante de se adaptar e reorientar suas cadeias de suprimentos. Isso cria ineficiência. Cria incerteza. Cria complexidade. Então nossas sanções são como quilos de areia nas engrenagens da máquina de guerra da Rússia”, disseram.

As medidas de hoje não têm sanções secundárias contra países específicos, afirmaram autoridades. China e Índia foram os principais importadores de petróleo russo durante a guerra na Ucrânia.

As autoridades argumentaram que esperaram até os últimos dias do governo para impor as sanções, em parte por causa do estado do mercado global de petróleo e do potencial impacto na economia dos EUA.

A invasão da Ucrânia pela Rússia no início de 2022 gerou temores de grandes interrupções no fornecimento de um dos principais produtores do mundo.

Os preços do petróleo atingiram US$ 130 o barril em março de 2022, contribuindo para a crise inflacionária na economia dos EUA e levando os preços da gasolina a máximas históricas.

“Durante grande parte desta guerra, os suprimentos globais estavam escassos e corriam o risco de não atender à demanda”, explicou o primeiro alto funcionário do governo, observando que isso provavelmente aumentaria as receitas para a Rússia “enquanto aumentaria os preços nas bombas de gasolina para as famílias nos Estados Unidos e em todo o mundo”.

Agora, disse o funcionário, tanto os mercados de petróleo quanto a economia dos EUA “estão em uma posição fundamentalmente melhor”.

Os Estados Unidos estão produzindo mais petróleo do que qualquer nação na história mundial, forçando a OPEP a reduzir o fornecimento. Os preços do petróleo têm sido relativamente contidos, em parte por causa da produção recorde dos EUA.

Ainda assim, os preços do petróleo subiram acentuadamente na manhã de sexta-feira, mesmo antes do anúncio oficial das sanções, com alguns traders culpando os rumores de sanções.

O petróleo bruto dos EUA saltou 4% para quase US$ 77 o barril. O petróleo bruto Brent, referência mundial, avançou 3,7% para cerca de US$ 80 o barril.

Fonte: CNN
Biden impõe sanções ao petróleo russo para enfraquecer financiamento de guerra

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Economia, Gestão, Investimento, Mercado Internacional

Primeira privatização de Milei: IMPSA é vendida para empresa dos EUA por R$ 164 milhões

ARC Energy assume 84,9% das ações da IMPSA, após oferta de US$ 27 milhões e renegociação de dívida de US$ 576 milhões.

O governo da Argentina confirmou nesta quarta-feira, 8, a aquisição da IMPSA pela empresa americana ARC Energy, que passará a controlar 84,9% das ações pertencentes ao Estado e à província de Mendoza. O negócio inclui um aporte de capital de US$ 27 milhões (R$ 164,7 milhões) e assumir  uma dívida de US$ 576 milhões (R$ 3,513 bilhões). As informações são do Clarín.

A decisão foi tomada após análise da Comissão Avaliadora de Ofertas, formada pelo Ministério da Economia e pelo governo de Mendoza. Apesar de ter sido a única proposta recebida, a oferta inicial da ARC foi ajustada para atender às exigências do processo.

A transferência de ações está prevista para fevereiro, condicionada à renegociação da dívida da empresa e à obtenção de concordância dos credores. Entre os principais credores da IMPSA estão Banco Nación, BID, BICE e a corporação chilena Grupo Moneda.

Histórico e relevância da IMPSA

Fundada em 1907 pela família Pescarmona, a IMPSA é uma das principais empresas metalúrgicas e energéticas da Argentina, com participação em projetos hidrelétricos, parques eólicos, energia nuclear e equipamentos para as indústrias petrolífera e de gás. Após anos de crise financeira, agravada por negócios malsucedidos no Brasil e contratos com a Venezuela, a empresa foi estatizada em 2021 pelo governo de Alberto Fernández.

O governo de Javier Milei deu início ao processo de privatização em outubro de 2024, buscando investidores internacionais para garantir a continuidade da IMPSA. A ARC Energy, sediada na Louisiana, nos Estados Unidos, apresentou a única oferta concreta, comprometendo-se a investir no futuro da companhia.

Condicionantes do acordo

A ARC Energy deverá pagar imediatamente 25% do aporte de capital, cerca de US$ 7 milhões (R$ 42,7 milhões). O restante será desembolsado ao longo de 2025, com foco em capital de trabalho e contratos estratégicos. A empresa pretende expandir suas operações com gruas de grande porte para portos e manutenção de usinas hidrelétricas nos Estados Unidos.

Além disso, a ARC negocia a revisão de contratos existentes da IMPSA com entidades como o Ministério da Defesa e a estatal YPF. O objetivo é garantir maior viabilidade financeira para a empresa e manter os 660 funcionários na sede em Mendoza, que aguardam com ansiedade a finalização do processo.

Impactos da privatização

A privatização da IMPSA marca a primeira grande venda do governo Milei e sinaliza o início de sua agenda econômica liberal. A decisão coincide com a viagem de Milei aos Estados Unidos para a posse de Donald Trump, reforçando os laços entre as administrações.

A ARC Energy se posiciona como uma parceira estratégica para revitalizar a IMPSA e explorar novas oportunidades no mercado americano, especialmente com a possível substituição de gruas chinesas nos portos dos Estados Unidos. A chegada de Trump ao poder aumenta as perspectivas de novos contratos para a companhia argentina sob gestão americana.

FONTE: Exame
Primeira privatização de Milei: IMPSA é vendida para empresa dos EUA por R$ 164 milhões | Exame

 

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Com terminal em Santos, Cofco amplia capacidade de exportação no Brasil

Trading chinesa vai inaugurar em março seu maior terminal portuário agrícola fora da China; investimento total na operação chega a US$ 285 milhões

A chinesa Cofco International, uma das maiores tradings do mundo, vai inaugurar, em março, a primeira fase de seu terminal de exportação no porto de Santos. Com um investimento total de US$ 285 milhões, o terminal agrícola STS-11 promete acabar com um dos problemas da empresa desde que chegou ao Brasil, em 2014: não ter uma saída própria para os produtos originados do país.

Segundo Sérgio Ferreira, diretor de operações da companhia no Brasil, o uso de terminais de terceiros mantinha os custos da empresa entre 10% e 15% superiores aos dos seus concorrentes. “Quando saiu o edital da licitação, em 2021, percebemos que seria uma oportunidade incrível porque, além de exportar grãos, a permissão era para qualquer commodity agrícola”, disse o executivo ao Valor.

A expectativa é que, em 2025, a Cofco use sozinha o terminal e movimente 8 milhões de toneladas entre grãos, açúcar e farelo de soja. A partir de 2026, com a obra totalmente concluída e com a prestação de serviços para terceiros, a movimentação deve chegar a 14,5 milhões de toneladas. Atualmente, a empresa exporta cerca de 4,5 milhões de toneladas pelo porto de Santos.

A locação de espaço para outras empresas mudará o modus operandi da companhia no país. Até hoje, a Cofco era contratante de serviços “take or pay”, e agora passará a oferecê-los. Nesse modelo, o exportador é obrigado a pagar uma taxa mensal de uso do terminal, mesmo que não embarque todo o volume estabelecido no contrato. “Se a safra quebra, por exemplo, ainda temos que pagar o valor acordado. Além disso, o dono do terminal sempre tem prioridade no carregamento dos navios”, afirmou Ferreira.

A Cofco pretende exportar pelo porto de Santos entre 70% e 80% dos produtos que origina no país para exportação. O restante continuará a sair pelo Arco Norte, por meio dos terminais com a Hidrovias do Brasil, em que os contratos de “take or pay” estão mantidos.

Na primeira fase de obra do STS-11, na marginal direita do porto paulista, foram demolidas as instalações antigas da Bracell, Rishis, Rodrimar e Cereal Sul. Já na fase dois, será realizada a demolição de outras estruturas e das conexões de seus equipamentos com os da fase um.

A área do terminal foi arrematada pela Cofco International por R$ 10 milhões, em março de 2022, com direito à concessão por 25 anos e possibilidade de sucessivas prorrogações até o limite máximo de 70 anos.

Os investimentos contemplam obras em dois berços de atracação, incluindo reforço de cais, dragagem de aprofundamento e aquisição de dois shiploaders (carregadores de navios) com capacidade de 3 mil toneladas por hora cada. “Seremos o único terminal com dois shiploaders e, se o clima ajudar, poderemos encher dois navios Panamax por dia”, disse o executivo.

O pátio de descarregamento será composto por quatro linhas ferroviárias, com alimentação de três moegas (local onde são armazenados os grãos) com capacidade de 1,5 mil tonelada por hora. A previsão é receber três composições de até 120 vagões. Além disso, o terminal receberá cargas por caminhões.

Atualmente, a companhia envia a Santos 70% de sua originação de produtos por caminhão, e o restante vai por trem. Agora, a equação deverá se reverter. Os grãos devem chegar pela ferrovia da Rumo que liga Rondonópolis (MT) a Santos, e o açúcar deve usar o terminal rodoferroviário da Cofco em Votuporanga (SP). Os caminhões serão responsáveis pelo escoamento de produtos vindos de Minas Gerais, parte de São Paulo e Goiás.

“Anualmente, serão carregados mais de 200 navios, descarregados mais de 110 mil caminhões e mais de 85 mil vagões por ano”, afirmou o executivo.

Entre os diferenciais da construção, Ferreira destacou que 100% dos transportadores serão enclausurados (completamente fechados), o que é mais sustentável e reduz perdas. Além disso, o fluxo de caminhões e vagões será automatizado.

O STS-11 será o maior terminal portuário da Cofco fora da China. Até então, o campeão estava na Argentina, na região da Grande Rosário, com capacidade de 6 milhões de toneladas anuais. Há ainda outro com capacidade de carregar 5 milhões de toneladas ao ano também na Argentina. Além disso, a Cofco tem um grande terminal na Romênia com capacidade de 5 milhões de toneladas. Os terminais da China são todos para importação.

A Cofco International é o braço de comércio exterior da estatal chinesa Cofco Corporation e atua em mais de 50 países. Em 2023, a trading chinesa faturou US$ 50,1 bilhões ao comercializar 121,7 milhões de toneladas de commodities e alimentos.

FONTE: GLOBO RURAL
Com terminal em Santos, Cofco amplia capacidade de exportação no Brasil

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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Informação, Mercado Internacional, Notícias

5 nações que devem agradecer ao agro brasileiro; confira quais são

O Brasil se destaca como uma força agrícola global, e essa posição reflete-se nas relações comerciais com diversas nações ao redor do mundo.

O país possui uma grande capacidade de produção de alimentos e outros produtos agrícolas, sendo um fornecedor chave para muitas economias que enfrentam desafios em suas próprias produções internas. Esta análise aborda os principais países que importam do Brasil, os motivos por trás dessa relação e como isso contribui para a economia brasileira.

Com um território vasto e um clima favorável, o Brasil se estabelece entre os líderes mundiais em exportações de produtos como soja, carnes e café. Esses fatores, aliados a uma tecnologia agrícola avançada, são determinantes para o fortalecimento das exportações brasileiras. Ao explorar essas parcerias comerciais, observa-se um impacto significativo na economia interna e no setor agrícola.

Quais países mais compram do Brasil?

Conforme a Brasil Perfil, os países que mais compram do Brasil:

  1. China: Maior importador de produtos brasileiros, com destaque para commodities como soja, minério de ferro e petróleo.
  2. Estados Unidos: Parceiro importante, comprando produtos industrializados e commodities como petróleo e café.
  3. União Europeia: Compras variadas, incluindo carnes, café, e produtos agrícolas de alto valor agregado.
  4. Japão: Interesse principalmente em alimentos e matérias-primas para a indústria, como carnes e minérios.
  5. Argentina: Foco na importação de produtos industrializados brasileiros, como veículos e máquinas.

Essas exportações são estratégicas para a economia brasileira, fortalecendo setores-chave e promovendo o desenvolvimento econômico.

China: O Maior Parceiro Comercial

A China ocupa o lugar de principal comprador de produtos brasileiros, respondendo por uma parte expressiva das exportações do país. A importância desse parceiro se dá pela ampla demanda chinesa por produtos como soja e carne bovina, itens essenciais para suprir as necessidades de sua vasta população. A relação com a China não apenas gera um fluxo contínuo de receitas para o Brasil, mas também impulsiona investimentos em infraestrutura.

Como os Estados Unidos favorecem a economia brasileira?

A presença dos Estados Unidos na lista de maiores importadores brasileiros se justifica por sua demanda específica por alguns produtos, como café e suco de laranja. Mesmo como um gigante agrícola, o país depende do Brasil para suprir esses itens que não são cultivados em larga escala em solo norte-americano. Essa relação reforça ainda mais a importância do Brasil no comércio agroalimentar global.

União Europeia: Um Mercado Sustentável

A União Europeia representa um mercado de grande valor para o Brasil, principalmente pela demanda por práticas sustentáveis. A carne bovina, soja e frutas tropicais estão entre os principais produtos exportados para esse bloco, que valoriza a origem e a sustentabilidade dos produtos adquiridos. Esses requisitos incentivam melhorias contínuas nas práticas agrícolas brasileiras.

Impacto Econômico das Exportações Brasileiras

  • Fortalecimento do setor agrícola: O agronegócio brasileiro é um pilar fundamental da economia nacional, gerando emprego e renda.
  • Receitas comerciais: As exportações contribuem substancialmente para a balança comercial brasileira, assegurando um fluxo econômico robusto.
  • Desenvolvimento de infraestrutura: As necessidades logísticas para atender à demanda externa promovem investimentos significativos em portos, ferrovias e rodovias.

Portanto, o papel do Brasil como um grande fornecedor global não só reforça sua posição no comércio internacional, mas também garante um progresso contínuo na infraestrutura e na economia interna. As relações comerciais com esses principais países continuam a ser uma parte integrativa do crescimento e desenvolvimento do país.

FONTE: Terra Brasil Notícia
5 nações que devem agradecer ao agro brasileiro; confira quais são – Terra Brasil Notícias

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Mercado Internacional, Mulheres, Pessoas

Célia Regina Gomes é reconhecida com o Certificado de Mérito da Organização Mundial das Aduanas: um marco para a representação feminina no setor

A presidente do SINDAERJ é a única mulher a receber o OMA em 2025, na categoria de representantes do setor privado.

Em um momento histórico para o setor de Comércio Exterior, Célia Regina Gomes, presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio de Janeiro (SINDAERJ), é a única mulher a receber o “Certificado de Mérito da Organização Mundial das Aduanas” em 2025, na categoria de representantes do setor privado. A premiação destaca a atuação de profissionais que transformam as ferramentas e instrumentos da OMA em ações tangíveis, promovendo a facilitação do comércio, a segurança da cadeia de suprimentos e o crescimento econômico sustentável.

Com uma trajetória de 43 anos no setor de Comércio Exterior, Célia se consolidou como uma das figuras mais influentes e inspiradoras da área. Em um espaço predominantemente ocupado por homens, a liderança e a dedicação dela abrem portas para que mais mulheres se destaquem nesse campo estratégico para a economia global. “São anos de muita luta e eu espero que e a minha história, e esse reconhecimento, sejam um incentivo para outras mulheres”, comenta.

Este marco histórico não apenas celebra a conquista, mas também inspira uma nova geração de mulheres a seguir seus passos, mostrando que determinação, conhecimento e paixão são as chaves para alcançar o sucesso, mesmo nos setores mais desafiadores. “Quando eu ia pro Porto conferir as cargas, no início da minha carreira, eu não via mulheres, ou as via muito raramente. Por isso me sinto muito feliz que hoje o Comércio Exterior tem muitas mulheres brilhantes e que me ensinam todos os dias”, destaca Célia.

O “Certificado de Mérito da Organização Mundial das Aduanas”, divulgado no último dia 03 de janeiro, foi concedido a servidores da Receita Federal e representantes do setor público e privado.

Do sonho de ser jornalista ao reconhecimento nacional
Célia entrou para o mundo com Comércio Exterior na década de 1980; não com o propósito; mas como um meio de realizar o sonho de ser jornalista. Na época a jovem de apenas 18 anos precisava trabalhar para manter os estudos na faculdade de jornalismo. Foi quando surgiu a oportunidade de trabalhar em uma empresa de courier no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, na Ilha do Governador, que na época era o principal aeroporto do país. “Naquela época você tinha que preencher uma solicitação de despacho aduaneiro (DAS) para a liberação das cargas. Esse foi o início do contato com o Comércio Exterior. Quando me formei em jornalismo não consegui seguir a carreira. Eu já havia “tomado a cachaça” do Comércio Exterior”, revela.

Ao longo do tempo, Célia fez pós-graduação em Comércio Exterior e passou por diversas empresas como agente de cargas e despachante aduaneiro, o que lhe trouxe experiência e conhecimento para formalizar a própria empresa. “Eu aprendi ali a me defender e criar o meu espaço, fui galgando, até ter a minha empresa. Depois de muitas glórias na minha área e fui tentar ser presidente do sindicato pra devolver o que essa área me deu. Na primeira tentativa eu perdi por seis votos, mas voltei alguns anos depois e fui eleita”, fala.

A atuação de Célia Regina no SINDAERJ é marcada por seu compromisso com a capacitação de profissionais e pela defesa de práticas que fortalecem a competitividade do setor. Sua visão de futuro e seu trabalho têm sido fundamentais para o desenvolvimento de políticas que integram eficiência e sustentabilidade, alinhadas aos objetivos globais da OMA.

O que é a OMA
A Organização Mundial das Aduanas, criada em 1952, é uma organização internacional que reúne 179 administrações aduaneiras, representando mais de 98% do comércio mundial. Sua missão inclui facilitar o comércio, proteger consumidores, combater crimes como tráfico e lavagem de dinheiro, e promover iniciativas para uniformizar os procedimentos aduaneiros. No Brasil, a Receita Federal, com apoio do Ministério das Relações Exteriores, representa o país na organização.

TEXTO: DAIANA BROCARDO

Fonte: PORTARIA DE PESSOAL SUANA Nº 1, DE 3 DE JANEIRO DE 2025
http://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-de-pessoal-suana-n-1-de-3-de-janeiro-de-2025-606257032 

 

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ANVISA, Comércio Exterior, Gestão, Importação, Mercado Internacional, Negócios

UNIA – Regulação aduaneira oferece segurança à importação de insumos para a saúde

A importação de insumos para o setor de saúde apresenta desafios significativos devido às regulamentações aduaneiras rigorosas.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a importação de insumos para o setor de saúde apresenta desafios significativos devido às regulamentações aduaneiras rigorosas que visam garantir a segurança e a qualidade dos produtos.

Esses insumos, que abrangem medicamentos, biológicos, equipamentos e correlatos, estão sujeitos a uma série de exigências estabelecidas por órgãos reguladores como a Anvisa e a Receita Federal. O cumprimento dessas normas é necessário para assegurar a conformidade legal e a eficiência na cadeia de abastecimento.

“Entender essas regulações e garantir que todas as etapas do processo estejam em conformidade é essencial para evitar atrasos que possam comprometer o abastecimento do setor”, afirma Jailson Araújo, da Unia.

Entre os desafios mais comuns estão a complexidade dos processos documentais e o tempo necessário para a liberação das mercadorias. Produtos para a saúde frequentemente demandam licenças específicas e análises técnicas que podem atrasar as operações, caso não sejam tratadas com a devida atenção. Além disso, a evolução constante das normas exige que as empresas estejam sempre atualizadas para evitar penalidades ou retenções alfandegárias.

Segundo Jailson Araújo, a Unia procura atuar em papel estratégico na importação de insumos para o setor, oferecendo serviços especializados que incluem a gestão de documentação, mapeamento das exigências regulatórias e monitoramento de prazos. Essa abordagem deve minimizar os riscos de atrasos, mas também assegurar que os produtos cheguem ao mercado brasileiro dentro dos padrões exigidos.

Outro aspecto relevante que ele ressalta, é a necessidade de rapidez no processo, especialmente em situações críticas, como a pandemia de Covid-19, que evidenciou a importância de uma logística ágil para atender às demandas de saúde pública.

A assessoria especializada contribui para que empresas do setor mantenham a regularidade no fornecimento de produtos essenciais, garantindo que o mercado brasileiro tenha acesso a medicamentos, equipamentos e outros insumos indispensáveis para o bem-estar da população.

Fonte: UNIA COMEX
https://uniabr.com/ 

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Economia, Gestão, Informação, Mercado Internacional

Economista chinês é penalizado por contestar os dados oficiais de crescimento do país

O economista chinês Gao Shanwen, chefe de análise econômica da estatal SDIC Securities, foi punido por ordem direta do líder do regime Xi Jinping após expressar dúvidas sobre a veracidade das cifras oficiais de crescimento econômico da China, segundo o The Wall Street Journal.

O incidente ocorreu depois que Gao participou de um fórum em Washington no dia 12 de dezembro, organizado conjuntamente pelo Peterson Institute for International Economics e um grupo de reflexão chinês.

Durante sua intervenção, Gao apontou que o verdadeiro crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês poderia ter sido inferior ao 5% reportado oficialmente, situando-se em torno de 2% anual nos últimos dois ou três anos.

Comentários que desencadearam a reação de Xi

Duas afirmações de Gao no fórum provocaram a indignação de Xi, segundo fontes próximas ao assunto. Em primeiro lugar, ele questionou a confiabilidade dos dados oficiais: “Não conhecemos a cifra real do crescimento da China. Minha especulação é que, em média, durante os últimos dois ou três anos, o crescimento real poderia ter sido de cerca de 2%, embora a cifra oficial seja próxima de 5%”, disse Gao, cujas declarações estão disponíveis na página web do Peterson Institute e no YouTube.

Em segundo lugar, Gao criticou a capacidade de Beijing de implementar medidas eficazes para impulsionar a economia. “Seus esforços para estimular a economia serão muito oportunistas. Ao final, não acredito que possam cumprir de maneira confiável o que prometeram”, acrescentou.

Após conhecer essas declarações, Xi ordenou uma investigação sobre Gao e proibiu o economista de realizar declarações públicas por um período não especificado, segundo as fontes. No entanto, Gao pôde conservar seu posto na SDIC Securities.

Contexto de sensibilidade econômica

A resposta de Xi sublinha as crescentes tensões dentro do governo chinês em relação aos problemas econômicos que se agravaram sob seu liderança. A economia da China enfrenta desafios significativos, como uma crise imobiliária que eliminou 18 trilhões de dólares em riqueza familiar, uma dívida próxima de 300% do PIB e uma capacidade industrial excessiva que ameaça provocar uma espiral deflacionária.

Diante desses problemas, as autoridades têm tentado sufocar as críticas públicas. Em dezembro, a Associação de Valores da China (SAC) advertiu a corretores de bolsa e gestores de fundos que seus economistas e analistas devem “interpretar positivamente as políticas governamentais” ou enfrentar o demissão.

Precedentes de censura

O caso de Gao não é isolado. Segundo o The Wall Street Journal, em 2023, o economista Zhu Hengpeng, de um destacado grupo de especialistas em China, foi investigado, detido e destituído após criticar a gestão econômica de Xi em um grupo privado de mensagens. Outros acadêmicos, empresários e banqueiros também foram silenciados por expressar opiniões contrárias à linha oficial.

Em uma reunião recente, Cai Qi, chefe de gabinete de Xi, instou os responsáveis pela propaganda a “fortalecer a gestão de expectativas econômicas” para eliminar comentários negativos sobre o estado da economia.

Reações internacionais e dúvidas sobre os dados

O castigo a Gao tem gerado preocupação entre os investidores internacionais que buscam avaliar o estado real do mercado chinês, cada vez mais opaco.

As cifras oficiais de crescimento do PIB têm sido questionadas até mesmo por altos funcionários chineses. Por exemplo, o falecido ex-primeiro-ministro Li Keqiang preferia analisar indicadores alternativos, como o consumo de eletricidade, os volumes de carga e os préstamos bancarios, em vez de confiar nos dados oficiais.

Além disso, as autoridades têm restringido o acesso a certos dados econômicos. Em 2023, Beijing deixou de publicar as cifras de desemprego juvenil, reanudando-as mais tarde com mudanças metodológicas que excluíram a estudantes universitários.

Economistas como os de Barclays e Nomura têm sinalizado discrepâncias nos dados oficiais, destacando que os indicadores de atividade econômica não coincidem com os relatórios governamentais. Segundo o governo, a economia chinesa cresceu 5,2% em 2023, um ritmo que Xi considera crucial para alcançar sua meta de duplicar o tamanho da economia para 2035.

Em suas declarações em Washington, Gao indicou que uma taxa de crescimento mais realista para os próximos anos seria de 3% a 4%, mas afirmou: “Sabemos que a cifra oficial sempre será de cerca de 5%”.

Declarações institucionais

O Peterson Institute for International Economics defendeu o direito dos especialistas chineses de participar em debates abertos. “As discussões analíticas baseadas em fatos são essenciais para fomentar um melhor entendimento e políticas públicas mais efetivas”, apontou a instituição em um comunicado. Enquanto isso, as tensões internas e as dúvidas sobre a transparência das cifras oficiais da China continuam marcando o panorama econômico do país.

Fonte: Gazeta Brasil
Economista chinês é punido após questionar dados oficiais de crescimento da China – Gazeta Brasil- Notícias do Brasil e do Mundo

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Superávit da balança comercial brasileira recua 24,6% em 2024, para US$ 74,5 bilhões

Embora as exportações tenham recuado, a diminuição do saldo comercial de 2023 para 2024 está relacionada, principalmente, ao aumento das importações. Para 2025, projeção é de um saldo positivo entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões.

A balança comercial registrou superávit de US$ 74,55 bilhões em 2024, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta segunda-feira (6).
🔎O resultado é de superávit quanto as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário.

De acordo com dados oficiais, houve uma queda de 24,6% no saldo positivo da balança comercial na comparação com o ano de 2023 — que somou US$ 98,9 bilhões (recorde histórico).

Esse também foi o menor saldo para um ano fechado desde 2022 (+US$ 61,5 bilhões).

Contas externas

A piora na balança comercial é um dos fatores que estão pressionando para cima o rombo das contas externas, que somou US$ 46,8 bilhões de janeiro a novembro deste ano, segundo dados do Banco Central. No mesmo período do ano passado, o saldo negativo foi de US$ 18,9 bilhões.

As contas externas de um país são um conjunto de registros financeiros que refletem suas transações econômicas com o resto do mundo. Elas fazem parte do Balanço de Pagamentos e incluem diversos itens que podem ser agrupados em grandes categorias.

Entram no bojo das contas externas:

  • Balança comercial
  • Comércio de serviços
  • Investimentos diretos
  • Investimentos em carteira
  • Rendimento recebido do exterior, como juros, lucros e salários.
  • Pagamentos ao exterior de juros sobre dívidas, lucros de empresas estrangeiras e salários.
  • entre outros itens

O BC costuma explicar que o tamanho do rombo das contas externas está relacionado com o crescimento da economia. Quando cresce, o país demanda mais produtos do exterior e realiza mais gastos com serviços também. Por isso, o déficit também sobe.

Apesar da piora das contas externas, seu saldo negativo tem sido coberto pelos investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira, que totalizaram US$ 68,3 bilhões até novembro, contra US$ 64,4 bilhões no mesmo período de 2023. Isso quer dizer que os investimentos em dólar têm financiado o rombo das contas externas.

Embora as exportações tenham recuado, a diminuição do saldo comercial positivo de 2023 para 2024 está relacionado, principalmente, com o aumento das importações.

No total, em 2024:

  • as exportações somaram US$ 337,03 bilhões, com queda de 2%, pela média diária, na comparação com 2023;
  • As importações totalizaram US$ 262,48 bilhões, com alta de 7,7%, pela média por dia útil, em relação ao ano anterior.

Principais produtos

Exportações

  • Óleos brutos de petróleo: US$ 44,84 bilhões, com aumento de 5,2%
  • Soja: US$ 42,94 bilhões, com queda de 19,4%
  • Minério de ferro: US$ 29,84 bilhões, com recuo de 2,4%
  • Açucares e melaços: US$ 18,63 bilhões, com alta de 18,1%
  • Óleos combustíveis: US$ 11,69 bilhões, com elevação de 3,9%

    Importações

    • Óleos combustíveis: US$ 15,19 bilhões, com queda de 12,3%
    • Adubos e fertilizantes: US$ 13,56 bilhões, com recuo de 7,2%
    • Válvulas termodinâmicas: US$ 8,96 bilhões, com queda de 1,5%
    • Motores e máquinas não elétricos: US$ 8,46 bilhões, com aumento de 28,9%
    • Veículos automóveis de passageiros: US$ 8,29 bilhões, com alta 43,2%

    Expectativa para 2025

    Para este ano, a projeção do Ministério do Desenvolvimento é de que o superávit da balança comercial fique entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões.

    Para as exportações, a expectativa é de um valor entre US$ 320 bilhões e US$ 360 bilhões, e para as compras do exterior entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões.

    Fonte: G1
    https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/01/06/superavit-da-balanca-comercial-brasileira-recua-246percent-em-2024-para-us-745-bilhoes.ghtml

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Brasil anuncia entrada da Indonésia como membro pleno do Brics

O governo brasileiro anunciou, nesta segunda-feira (6), que a Indonésia é o primeiro membro pleno a ingressar no Brics em 2025. Com a quarta maior população do planeta, o país asiático possui mais de 284 milhões de habitantes e tem a 10ª maior economia em termos de paridade de poder de compra, segundo o Banco Mundial.

“O governo brasileiro saúda o governo indonésio por seu ingresso no Brics. Detentora da maior população e da maior economia do Sudeste Asiático, a Indonésia partilha com os demais membros do grupo o apoio à reforma das instituições de governança global e contribui positivamente para o aprofundamento da cooperação do Sul Global, temas prioritários para a presidência brasileira do Brics”, informou o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil.

A expectativa é que nove países ingressem formalmente no Brics neste ano, entre eles, Cuba, Bolívia, Malásia e Tailândia, sejam como membros plenos ou como parceiros do grupo. O Brasil assumiu a presidência rotativa do fórum internacional no dia 1º de janeiro até o dia 31 de dezembro deste ano.

Segundo o Itamaraty, a candidatura da Indonésia recebeu o aval do agrupamento na cúpula de Joanesburgo, em agosto de 2023, na África do Sul. Porém, somente após as eleições presidenciais da Indonésia de 2024 é que o interesse em participar do Brics foi oficializado.

“Os países do Brics, por consenso, aprovaram a entrada da Indonésia no agrupamento, em consonância com os princípios orientadores, critérios e procedimentos da expansão do quadro de membros acordados em Joanesburgo”, explicou o Itamaraty.

Ao todo, 13 países foram convidados para participar do Brics. Espera-se ainda que Nigéria, Turquia, Argélia e Vietnã confirmem a participação.

Em 2024, o bloco já havia recebido cinco novos membros efetivos, chegando a dez países. Até então formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics incluiu no ano passado Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Arábia Saudita.

A Arábia Saudita, apesar de não ter assinado a adesão ao grupo, tem participado de todos os encontros.

Fonte: Agência Brasil
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2025-01/brasil-anuncia-entrada-da-indonesia-como-membro-pleno-do-brics 

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Trump não exclui a opção de recorrer à força militar para controlar o Canal do Panamá e a Groenlândia

Em sua segunda coletiva de imprensa desde que venceu a eleição, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não descartaria o uso de medidas militares ou econômicas para alcançar seus objetivos de política externa. O foco de suas declarações foi o desejo de tomar o controle do Canal do Panamá e da Groenlândia, territórios que ele considera cruciais para a segurança nacional e econômica dos Estados Unidos.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de recorrer a ações militares para alcançar esses objetivos, Trump disse que não podia “garantir nada”.

“Posso dizer que precisamos deles para nossa segurança econômica”, afirmou, com menos de duas semanas antes de sua posse oficial, em 20 de janeiro.

Durante suas falas, Trump também sugeriu a imposição de tarifas caso o governo dinamarquês continue a recusar sua proposta de compra da Groenlândia. A Dinamarca já afirmou publicamente que a Groenlândia, uma parte autônoma de seu reino, não está à venda. O recente interesse em comprar a ilha ocorre em meio a tensões crescentes entre a Groenlândia e a Dinamarca, devido a revelações de má conduta das autoridades dinamarquesas em relação à governança do território e apelos do primeiro-ministro da Groenlândia pela independência da região autônoma.

“Não acho que seja uma boa maneira de avançarmos lutando uns contra os outros com meios financeiros quando somos aliados e parceiros próximos”, disse a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, em resposta aos comentários de Trump.

Inicialmente convocada para anunciar investimentos bilionários dos Emirados Árabes Unidos em tecnologia dos EUA, a entrevista coletiva rapidamente se transformou em um comício do presidente eleito.

Além disso, o presidente eleito fez outras propostas controversas, incluindo a mudança do nome do Golfo do México para “Golfo da América”, algo que ele justificou como uma forma de reconhecer o vasto território coberto pela região. “‘O Golfo da América’. Que nome lindo!”

Trump já tentou reverter o nome do pico Denali, no Alasca, para “Monte McKinley”, alterado por Barack Obama em homenagem aos nativos americanos. Normalmente, o Conselho de Nomes Geográficos dos EUA define nomes geográficos, embora os presidentes também tenham renomeado características geográficas por meio de ação executiva.

O republicano também criticou os gastos americanos em produtos canadenses e o apoio militar ao Canadá, dizendo que os EUA não obtêm nenhum benefício com isso, e chamou a fronteira entre os dois países de uma “linha traçada artificialmente”.

A ministra das relações exteriores do Canadá, Melanie Joly, disse no X, antigo Twitter, que “os comentários do presidente eleito Trump mostram uma completa falta de compreensão do que torna o Canadá um país forte”.

O republicano aproveitou a ocasião para reforçar suas exigências em relação aos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), sugerindo que todos os membros da principal aliança militar ocidental devem aumentar suas contribuições de defesa para 5% do Produto Interno Bruto (PIB), em vez dos atuais 2%.

Durante sua campanha, Trump reclamou frequentemente que a maioria dos membros da aliança não está pagando sua parte justa, e sugeriu exigir um aumento nas contribuições.

Fonte: Veja
https://veja.abril.com.br/mundo/trump-nao-descarta-uso-de-forca-militar-para-tomar-canal-do-panama-e-groenlandia 

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