Mercado Internacional Archives - Reconecta NewsBotão Flutuante com Formulário
Valorizamos a sua privacidade
Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação, veicular anúncios ou conteúdo personalizado e analisar nosso tráfego. Ao clicar em "Aceitar tudo", você concorda com o uso de cookies.
Personalizar preferências de consentimento
Usamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.
Os cookies categorizados como "Necessários" são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para permitir as funcionalidades básicas do site....
Sempre ativo
Os cookies necessários são necessários para habilitar os recursos básicos deste site, como fornecer login seguro ou ajustar suas preferências de consentimento. Esses cookies não armazenam nenhum dado de identificação pessoal.
Nenhum cookie para exibir.
Os cookies funcionais ajudam a executar determinadas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedback e outros recursos de terceiros.
Nenhum cookie para exibir.
Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas como número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego etc.
Nenhum cookie para exibir.
Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência de usuário aos visitantes.
Nenhum cookie para exibir.
Os cookies de publicidade são usados para fornecer aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que você visitou anteriormente e para analisar a eficácia das campanhas publicitárias.
Nenhum cookie para exibir.
Mercado Internacional
HomeBlogArchive by Category "Mercado Internacional"
Na quinta-feira, Trump afirmou que teve “conversa telefônica muito boa” com Xi Jinping
O conselheiro econômico da Casa Branca, Peter Navarro, afirmou nesta sexta-feira, 6, que a conversa da quinta-feira, 5, entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, foi produtiva e pode abrir caminho para um novo encontro bilateral. “Houve um claro entendimento entre os dois presidentes ontem e esperamos que um encontro entre EUA e China aconteça em até sete dias”, disse Navarro a repórteres, sem pontuar se o republicano participaria da reunião.
Navarro aproveitou para defender a recente elevação de tarifas sobre o aço e o alumínio importados ao país e disse que foi “uma das coisas mais importantes da semana passada”, destacando que as medidas são essenciais para a segurança nacional americana. Segundo ele, Trump está iniciando “o processo de trazer essas indústrias de volta para os Estados Unidos”, já que “esses materiais estavam vindo de Taiwan, Coreia, Japão…” “Não podemos depender de outros países.”
Navarro também reagiu a comentários feitos por Elon Musk, após o desgaste da relação entre o CEO da Tesla e Trump. Musk afirmou que os EUA poderão entrar em recessão no segundo semestre. “Musk não gosta de tarifas, ele já deixou isso claro”, comentou.
Nas últimas semanas, os bancos começaram a registrar os primeiros sinais de deterioração do crédito
A medida de austeridade do presidente Javier Milei ajudou a estabilizar a economia argentina e, ainda assim, a pressão financeira continua aumentando sobre consumidores e empresas.
Nas últimas semanas, os bancos começaram a registrar os primeiros sinais de deterioração do crédito. Os saldos em atraso no cartão de crédito subiram para 2,8% em março, o maior índice em três anos, enquanto a inadimplência em empréstimos pessoais saltou para 4,1%, o maior índice em nove meses, segundo o banco central do país. O número de cheques devolvidos também está aumentando
No geral, os encargos com dívidas incobráveis em todo o sistema financeiro argentino atingiram o pico em cinco anos, quando medidos como uma parcela do total de ativos, mostram os dados do banco central. O estresse também está aumentando entre as empresas, com um aumento na inadimplência empresarial apontando para mais problemas pela frente.
Os resultados destacam alguns dos desafios que Milei enfrenta enquanto seu governo avança com um aperto fiscal agressivo.
“É um sinal amarelo. A cobrança de crédito está se tornando mais difícil”, disse Gastón Rossi, diretor do Banco Ciudad de Buenos Aires, um dos maiores bancos do país.
Pouco mais de um ano e meio após a posse de Milei, as famílias estão sob pressão devido à estagnação dos salários e à inflação, que ainda está na casa dos dois dígitos, apesar das quedas recentes.
Nesse contexto, o número de cheques devolvidos atingiu o maior nível em abril desde a pandemia, há cinco anos, ultrapassando 64 mil em termos absolutos, com uma taxa de rejeição de 1,3% em relação ao total de cheques compensados. Para efeito de comparação, essa proporção era de 0,8% nos EUA em 2024, segundo dados do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Do lado corporativo, empresas de diversos setores, incluindo indústria, varejo, construção e entretenimento — especialmente as exportadoras — estão sentindo a pressão da redução dos gastos do consumidor e da redução das margens de lucro. Empresas que antes lucravam com empréstimos em pesos e explorando as diferenças nas taxas de câmbio agora estão em dificuldades.
Muitos deles também perderam o acesso a um mercado de capitais outrora lucrativo, alimentado por controles cambiais. Investidores locais, há muito tempo ávidos por adquirir dívida corporativa denominada ou indexada ao dólar como proteção contra riscos cambiais, estão se tornando mais seletivos. O levantamento das restrições lhes deu novas opções para dolarizar seus portfólios.
Enquanto isso, uma onda recente de inadimplências corporativas levou a um escrutínio mais rigoroso de emissores e instrumentos, com empresas como a Albanesi SA não pagando juros e a Celulosa Argentina SA alertando sobre uma possível inadimplência de títulos. A produtora de cítricos San Miguel AGICI declarou nula sua última emissão de dívida no mercado local em 13 de maio, enquanto a Petrolera Aconcagua Energía SA decidiu recorrer a investidores estrangeiros para levantar US$ 250 milhões, mas encontrou pouca demanda.
O nervosismo em relação ao crédito é um desenvolvimento preocupante para Milei, que enfrenta eleições de meio de mandato em outubro. Os resultados da votação enviarão um sinal crucial aos investidores sobre se o presidente libertário ainda conta com amplo apoio público para sua agenda de austeridade.
“O governo Milei enfrenta uma escolha difícil antes das eleições: estabilizar ou estimular”, disse Rossi, do Banco Ciudad. “O governo optou por reduzir a inflação o mais rápido possível, visando a taxa mais baixa até outubro, mesmo que os salários reais estagnem ou caiam ligeiramente”, disse ele.
Documento obtido pela Reuters sugere uma urgência por parte do governo americano em concluir os acordos em relação ao seu próprio prazo apertado
O governo dos Estados Unidos quer que os países forneçam sua melhor oferta em negociações comerciais até quarta-feira, já que as autoridades buscam acelerar as conversas com vários parceiros antes de um prazo autoimposto em apenas cinco semanas, de acordo com uma minuta de carta aos parceiros de negociação vista pela Reuters.
O esboço, do escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos, oferece uma visão de como o presidente Donald Trump planeja encerrar as difíceis negociações que começaram em 9 de abril com dezenas de países, quando ele suspendeu suas tarifas do “Dia da Libertação” por 90 dias até 8 de julho, depois que os mercados de ações, títulos e moedas se revoltaram com a natureza abrangente dos impostos.
O documento sugere uma urgência por parte do governo em concluir os acordos em relação ao seu próprio prazo apertado. Embora autoridades como o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, tenham prometido repetidamente que vários acordos estavam prestes a ser concluídos, até o momento apenas um foi firmado com um importante parceiro comercial dos EUA: o Reino Unido. E mesmo esse pacto é mais parecido com uma estrutura para as negociações em andamento do que com um acordo final.
Na carta, os EUA pedem aos países que listem suas melhores propostas em várias áreas importantes, incluindo ofertas de tarifas e cotas para a compra de produtos industriais e agrícolas dos EUA e planos para remediar quaisquer barreiras não tarifárias. Outros itens solicitados incluem quaisquer compromissos sobre comércio digital e segurança econômica, juntamente com compromissos específicos de cada país, de acordo com a carta.
Os EUA avaliarão as respostas dentro de alguns dias e oferecerão “uma possível zona de aterrissagem” que poderá incluir uma taxa tarifária recíproca, de acordo com a carta. Não ficou claro quais países receberiam a carta, mas ela foi direcionada àqueles com negociações ativas que incluíam reuniões e trocas de documentos. Washington está envolvido em tais negociações com a União Europeia, Japão, Vietnã e Índia, entre outros.
Um funcionário do Representante de Comércio disse que as negociações comerciais estão em andamento. “As negociações produtivas com muitos parceiros comerciais importantes continuam em um ritmo acelerado. É do interesse de todas as partes fazer um balanço do progresso e avaliar os próximos passos.”
EUA buscam alternativas à dominação chinesa no mercado de terras raras, elementos cruciais para tecnologia e defesa, em meio a tensões comerciais
No mês passado, o presidente Donald Trump disse que os Estados Unidos precisavam “muito” da Groenlândia, renovando sua ameaça de anexar o território dinamarquês.
A Groenlândia é uma ilha rica em recursos com um abundante suprimento de minerais críticos, categoria que inclui elementos de terras raras, sob sua camada de gelo.
Trump também assinou um “acordo de terras raras” com a Ucrânia.
A disputa por terras raras precede a atual administração. A China, por anos, construiu um controle quase total desses materiais como parte de sua política industrial mais ampla.
Terras raras são 17 elementos metálicos da tabela periódica compostos por escândio, ítrio e os lantanídeos.
O nome “terras raras” é um pouco enganoso, já que os materiais são encontrados por toda a crosta terrestre. São mais abundantes que o ouro, mas são difíceis e caros de extrair e processar, além de causarem danos ambientais.
As terras raras são onipresentes nas tecnologias que utilizamos diariamente, desde smartphones até turbinas eólicas, luzes LED e TVs de tela plana. Também são cruciais para baterias de veículos elétricos, aparelhos de ressonância magnética e tratamentos contra o câncer.
As terras raras também são essenciais para as forças armadas dos EUA. São utilizadas em caças F-35, submarinos, lasers, satélites, mísseis Tomahawk e mais, segundo uma nota de pesquisa de 2025 do CSIS.
A Agência Internacional de Energia informou que 61% da produção minerada de terras raras vem da China, e o país controla 92% da produção global na etapa de processamento.
Existem dois tipos de terras raras, categorizados por seus pesos atômicos: pesadas e leves. As terras raras pesadas são mais escassas, e os Estados Unidos não possuem capacidade para a difícil tarefa de separar terras raras após a extração.
“Até o início do ano, quaisquer terras raras pesadas que minerávamos na Califórnia, ainda enviávamos para a China para separação”, disse Gracelin Baskaran, diretora do Programa de Segurança de Minerais Críticos do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, à CNN.
No entanto, o anúncio da administração Trump de tarifas altíssimas sobre a China em abril descarrilou esse processo. “A China demonstrou disposição para usar como arma” a dependência americana da China para a separação de terras raras, disse ela.
Na sexta-feira, Trump disse no Truth Social que a China violou uma trégua comercial estabelecida no mês passado.
Pequim manteve seus controles de exportação sobre sete minerais de terras raras e produtos associados, que foram vistos como uma resposta às “tarifas recíprocas” de Trump sobre produtos chineses anunciadas em abril.
Após concordar com a trégua em Genebra, autoridades americanas esperavam que a China aliviasse as restrições de exportação desses minerais.
Os controles de exportação podem ter um impacto significativo, já que os EUA são fortemente dependentes da China para terras raras. Entre 2020 e 2023, 70% das importações americanas de compostos e metais de terras raras vieram do país, segundo relatório do Serviço Geológico dos EUA.
Além da China, as terras raras também fazem parte dos objetivos da política externa dos EUA com a Ucrânia, Groenlândia e Arábia Saudita.
“A Ucrânia tem uma indústria de mineração muito, muito nascente, e mesmo que fizesse parte da conversa, não temos realmente um mapeamento do que é economicamente viável”, disse Baskaran.
As tarifas aplicadas (e retiradas) pelo presidente Trump criaram uma profunda incerteza sobre o custo dos produtos importados — e nem sempre está claro quais bens serão mais afetados em relação a cada país.
As maiores importações dos EUA de muitos países incluem petróleo e gás, eletrônicos, automóveis e produtos farmacêuticos. Mas há outra maneira de observar o que os americanos importam: tentar medir a contribuição específica de um país para as necessidades totais dos EUA.
Por exemplo, as maiores exportações da China para os EUA — em valor monetário — são eletrônicos. Mas os EUA também importam grandes quantidades de eletrônicos de outros lugares. No entanto, quase 100% dos carrinhos de bebê importados vêm da China.
A Suíça, por sua vez, é responsável por quase todos os relógios de metais preciosos importados pelos EUA. Já a Etiópia envia cerca de 2% das roupas de bebê em malha que os EUA importam — mas esse é o maior percentual entre todos os produtos que o país exporta para os EUA.
A tabela abaixo mostra o item do qual os EUA mais dependem em relação a cada um dos 140 parceiros comerciais. (Removemos da análise itens que os EUA também exportam em grandes quantidades, como petróleo.)
Do que os EUA mais dependem em relação a cada país
Executivos alertam que a produção de carros elétricos em algumas regiões pode ser reduzida nos próximos dias
Há duas décadas, fábricas no estado de Indiana, nos Estados Unidos, que transformavam metais de terras raras em ímãs transferiram sua produção para a China — justamente quando a demanda por esses ímãs começava a disparar, sendo utilizados em tudo, de carros e semicondutores a jatos de combate e robôs.
Agora, os Estados Unidos estão enfrentando as consequências de ter perdido essa cadeia de suprimentos. Em abril, o governo chinês interrompeu abruptamente as exportações de ímãs de terras raras para qualquer país, como parte de sua guerra comercial com os EUA.
As autoridades americanas esperavam que a China aliviasse suas restrições aos ímãs como parte da trégua comercial que os dois países firmaram em 12 de maio, em Genebra. No entanto, na sexta-feira, o presidente Donald Trump sugeriu que a China continuava restringindo o acesso.
Agora, empresas americanas e europeias estão ficando sem esses ímãs.
As montadoras americanas são as mais afetadas, com executivos alertando que a produção em fábricas no Meio-Oeste e no Sul dos EUA poderá ser reduzida nos próximos dias e semanas.
As montadoras precisam dos ímãs para os motores elétricos que acionam os freios, a direção e os injetores de combustível. Os motores de um único banco de carro de luxo, por exemplo, usam até 12 ímãs.
Robôs industriais também dependem de ímãs de terras raras.
— Esse é o calcanhar de Aquiles dos Estados Unidos, e do mundo, que a China explora continuamente — disse Nazak Nikakhtar, que foi secretária assistente de comércio responsável pelos controles de exportação durante o primeiro mandato de Trump.
O governo chinês tem falado pouco ultimamente sobre suas restrições à exportação de terras raras. Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, disse no programa “This Week”, da ABC, neste domingo, que Trump e o líder chinês Xi Jinping poderiam conversar sobre comércio já nesta semana, embora nenhuma data tenha sido definida.
Após a China suspender todas as exportações, informou que os envios futuros exigiriam licenças de exportação separadas. Desde então, o Ministério do Comércio da China tem enfrentado dificuldades para emitir essas licenças. Concedeu algumas a empresas europeias em meados de abril e mais algumas para empresas americanas na semana passada, mas os estoques globais estão se esgotando rapidamente.
— Algumas aprovações estão sendo concedidas, mas estão longe de serem suficientes para evitar paralisações iminentes na produção — disse Jens Eskelund, presidente da Câmara de Comércio da União Europeia na China. — Ainda estamos enfrentando uma grande interrupção nas cadeias de suprimento.
Para piorar a situação, alguns fabricantes chineses de ímãs de terras raras pararam de produzir enquanto aguardam permissão para retomar as exportações. A lacuna de várias semanas na produção de ímãs está se propagando pelas cadeias de suprimento e pode em breve atingir os fabricantes.
— A China poderia paralisar as montadoras de automóveis dos Estados Unidos — disse Michael Dunne, consultor automotivo especializado na China.
A China produz 90% das cerca de 200 mil toneladas anuais de ímãs de terras raras de alto desempenho do mundo. Empresas japonesas produzem a maior parte do restante no Japão e no Vietnã, principalmente para fabricantes japoneses.
Já os Estados Unidos praticamente não produzem nada, embora pequenas fábricas comecem a operar em plena capacidade ainda este ano na Carolina do Sul e no Texas. Uma sucessão de governos tentou reativar a indústria desde que a China chamou atenção para sua dominância ao impor um embargo de dois meses sobre o envio de terras raras ao Japão durante uma disputa territorial em 2010.
Mas pouco foi feito por causa de uma realidade difícil: fabricar ímãs de terras raras exige investimentos consideráveis em todas as etapas da produção. No entanto, as vendas e os lucros são muito baixos.
As vendas globais de terras raras extraídas somam apenas US$ 5 bilhões por ano — um valor ínfimo quando comparado a indústrias como a de mineração de cobre ou de minério de ferro, que movimentam US$ 300 bilhões cada uma.
Vantagem competitiva
A China tem uma vantagem competitiva formidável. A indústria estatal quase não tem custos de conformidade ambiental em suas minas e conta com um orçamento governamental praticamente ilimitado para construir grandes refinarias de processamento e fábricas de ímãs.
O processamento de terras raras é tecnicamente complexo, mas a China desenvolveu novos métodos. Programas de química voltados para terras raras são oferecidos em 39 universidades do país, enquanto os Estados Unidos não têm programas similares.
Segunda maior economia do mundo, a nação asiática refina mais de 99% da oferta mundial das chamadas terras raras pesadas, que são as menos comuns. As terras raras pesadas são essenciais para a fabricação de ímãs capazes de resistir às altas temperaturas e campos elétricos encontrados em carros, semicondutores e muitas outras tecnologias.
A única mina de terras raras dos Estados Unidos, localizada em Mountain Pass, na Califórnia, parou de operar em 1998, após o vazamento de traços de metais pesados e material levemente radioativo de um oleoduto no deserto. Empresas chinesas tentaram três vezes, sem sucesso, comprar a mina desativada antes que ela fosse adquirida por investidores americanos em 2008.
Um programa de investimento de US$ 1 bilhão apoiado pelo Pentágono foi lançado em 2010 para melhorar a conformidade ambiental e expandir a mina e sua refinaria adjacente. Mas o complexo, de alto custo, não conseguiu competir quando reabriu brevemente em 2014, fechando novamente no ano seguinte.
A MP Materials, um grupo de investidores de Chicago que incluía uma empresa parceira minoritária parcialmente controlada pelo governo chinês, comprou a mina em 2017. Ela foi reaberta no ano seguinte, mas o minério extraído era enviado para a China, onde era feita a difícil separação dos diversos tipos de terras raras.
Somente nos últimos meses a mina passou a conseguir separar quimicamente as terras raras em mais da metade de sua produção. No entanto, isso gera prejuízo, pois o processamento na China é muito mais barato. A MP Materials construiu uma nova fábrica no Texas para transformar as terras raras separadas em ímãs.
Um gargalo considerável está na transformação das terras raras separadas em lingotes metálicos quimicamente puros, que podem ser utilizados nos fornos das máquinas de fabricação de ímãs. Uma startup da Nova Inglaterra, a Phoenix Tailings, está tentando resolver essa limitação, mas sua pequena escala evidencia o desafio.
A Phoenix Tailings assumiu grande parte da equipe e dos equipamentos da Infinium, uma startup que havia tentado fazer a mesma coisa. A Infinium ficou sem recursos em 2020, quando os formuladores de políticas dos Estados Unidos estavam mais focados na pandemia de COVID-19 do que nas terras raras.
Com os minerais de terras raras chineses difíceis de obter, a Phoenix produz o metal a partir de rejeitos de mina — material remanescente que já foi processado uma vez para a remoção de outro elemento, como o ferro.
A Phoenix Tailings possui quatro máquinas, cada uma do tamanho de uma pequena casa, em sua fábrica em Burlington, Massachusetts. Cada máquina produz um lingote de três quilos a cada três horas, funcionando 24 horas por dia. A capacidade total da operação é de 40 toneladas por ano, segundo Nick Myers, CEO da Phoenix. Ele não revelou o nome do comprador, mas disse que se trata de uma montadora.
A Phoenix está instalando equipamentos em uma unidade maior em Exeter, New Hampshire, para produzir metal a uma taxa de 200 toneladas por ano — ainda um volume pequeno comparado às fábricas chinesas, que produzem mais do que isso em um único mês.
Thomas Villalón Jr., diretor técnico da Phoenix, disse que aumentar rapidamente a produção é essencial durante uma guerra comercial: — É uma corrida neste momento.
Com uma trajetória consolidada no setor contábil e reconhecida expertise em soluções para empresas de logística e transporte, o EMASFI Group foi um dos destaques entre os parceiros do RêConecta News durante a Intermodal South America 2025, realizada em abril, em São Paulo. A participação da empresa no estande colaborativo teve como principais objetivos ampliar a visibilidade da marca, fortalecer o relacionamento com o mercado e gerar novas conexões de negócios no setor de logística, comércio exterior e transporte de cargas.
“A feira é muito rica para o nosso mercado alvo e o estande está ajudando a tirar o melhor proveito desse mercado alvo. Fora que outros colegas de outras empresas que estão participando do estande estão sendo um networking importante para chegar em muitos desses clientes. Estamos trocando contatos, trocando parcerias, um indicando negócios para os outros”, destacou o head comercial do EMASFI Group, Agno Vinicius Biliato, em entrevista gravada no evento.
Durante os três dias da feira, o EMASFI Group apresentou seu portfólio de soluções contábeis, fiscais e de auditoria especializadas para transportadoras — segmento no qual já atende mais de 400 empresas em todo o Brasil. Apesar de não ter gerado resultados comerciais imediatos, a experiência foi considerada positiva pela equipe.
Segundo Renata Palmeira, CEO do RêConecta News, cada empresa participante do estande colaborativo recebeu uma base de mais de 3 mil leads coletados durante a feira, o que amplia significativamente as oportunidades de relacionamento pós-evento.
Quem é o EMASFI Group
Com 25 anos de história, o EMASFI Group passou de uma empresa familiar, fundada por José Eduardo Ferreira Camargo, a uma multinacional de referência em contabilidade e gestão estratégica para o setor logístico. Atualmente, a empresa atende mais de 1.000 clientes com uma equipe de 120 profissionais altamente qualificados.
A transformação da marca ganhou força em 2020, com a associação a uma empresa holandesa e, posteriormente, com a fusão a uma companhia chilena do mesmo setor. Com isso, a atuação internacional se expandiu para mais de 50 países. No Brasil, a empresa mantém escritórios em Vinhedo (SP), São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Diferencia-se no mercado pela abordagem consultiva e pelo uso de tecnologia de ponta para otimização de processos, redução de riscos fiscais e eficiência operacional. “Nosso compromisso é com a gestão fiscal e tributária dos clientes, atuando de forma personalizada para otimizar a carga tributária e melhorar o fluxo de caixa. O nosso time veste a camisa do cliente para garantir soluções estratégicas e eficazes”, reforça o CEO Eduardo Camargo.
Intermodal: o maior evento da logística nas Américas
O estande G100, onde o EMASFI Group esteve presente, foi muito mais que um espaço expositivo — tornou-se um hub de inteligência coletiva, reunindo mais de 10 empresas dos segmentos de logística, comércio exterior e transporte. Além da movimentação intensa, apresentações e networking, o estande foi cenário de conexões estratégicas, trocas colaborativas e muita geração de valor para os visitantes.
A Intermodal South America é reconhecida como a maior feira das Américas nos setores de logística, transporte de cargas, intralogística e comércio exterior. Durante os dias 22 a 24 de abril de 2025, empresas, especialistas e profissionais do setor se reuniram em São Paulo para apresentar tendências, discutir inovações e consolidar parcerias que vão impulsionar os próximos passos do mercado.
Sobre o RêConecta News
O RêConecta News é um portal digital voltado ao fortalecimento do ecossistema de comércio exterior e logística no Brasil, promovendo informação estratégica, visibilidade e networking qualificado para profissionais, empresas e instituições. Com conteúdos sobre importação, exportação, tributos, operações logísticas e tendências globais, o portal atua como uma plataforma de conexões reais e desenvolvimento setorial. Entre suas iniciativas de destaque estão o projeto Divas do Comex & Log, que promove o protagonismo feminino no setor, e a participação estratégica na Intermodal South America ao lado de empresas parceiras.
Junho começou com uma mudança que já provoca ondas no setor de comércio exterior: a nova alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), regulamentada pelo Decreto nº 12.467/2025, que passou a valer oficialmente em 23 de maio, trazendo impactos diretos nas remessas internacionais, operações de câmbio e crédito para empresas. Para quem importa, exporta ou depende de transações internacionais para manter o fluxo dos negócios, a mudança exige atenção redobrada e estratégia financeira afinada.
IOF mais caro: o que muda para quem atua com operações internacionais
O novo decreto unifica e reajusta alíquotas que afetam diretamente o dia a dia de empresas que operam no comércio exterior. A principal mudança é na alíquota do câmbio, que agora é de 3,5% para uma série de operações — incluindo compras internacionais com cartões de crédito, remessas sem finalidade de investimento e aquisição de moeda estrangeira. Antes, as alíquotas variavam entre 1,1% e 3,38%.
Além disso:
Crédito para empresas: passou de 1,88% para 3,95% ao ano para pessoas jurídicas. Para optantes do Simples Nacional, o percentual dobrou, de 0,88% para 1,95%.
Seguros de vida com cobertura por sobrevivência (ex: VGBL): alíquota de 5% para aportes mensais acima de R$ 50 mil.
Custo mais alto, preço final inflacionado
No cenário do comércio exterior, qualquer alteração cambial se propaga como um efeito dominó, influenciando desde o preço final dos produtos até a competitividade das empresas brasileiras. A nova alíquota pode:
Encarecer as importações, já que operações de câmbio para pagamento de fornecedores internacionais agora estão mais custosas;
Gerar insegurança nas exportações, pois, mesmo com isenção do IOF para exportadores, qualquer erro na documentação pode resultar na cobrança indevida do imposto.
Reação do mercado e cenário político
A repercussão foi imediata. Críticas partiram tanto do mercado financeiro quanto do Congresso Nacional, gerando instabilidade política e exigindo recuos parciais por parte do governo. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, já afirmou que busca um acordo com os presidentes da Câmara e do Senado para evitar o avanço de Projetos de Decreto Legislativo (PDLs) que ameaçam revogar o novo IOF.
Entre os pontos já revertidos, está a revogação da alíquota de 3,5% sobre transferências de fundos de investimentos para o exterior, preservando a isenção para essas operações.
Por outro lado, a operação de risco sacado, muito utilizada por empresas para antecipar pagamentos a fornecedores via bancos, passou a ser enquadrada como operação de crédito e tributada — o que gerou nova rodada de críticas. O presidente da Câmara, Hugo Motta, solicitou a suspensão imediata dessa cobrança, alertando para possíveis repasses ao consumidor final.
Receita projetada e sinal do governo
A elevação do IOF integra a estratégia do governo para reforçar a arrecadação e atingir as metas fiscais de 2025, com previsão de incremento de R$ 20,5 bilhões na receita. No entanto, Haddad enfatizou que prefere retomar reformas estruturais, em vez de depender de soluções paliativas que geram desgaste político.
Enquanto o impasse político se desenrola, mais de 20 PDLs estão prontos para votação, com apoio expressivo no Congresso. Caso não haja acordo até o fim da próxima semana, o decreto pode ser derrubado parcialmente ou por completo.
O que é o IOF, afinal?
O IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio, Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários) incide sobre transações financeiras nacionais e internacionais. É diferente dos juros bancários: ele não é receita da instituição financeira, mas um tributo federal repassado ao governo. É cobrado em situações como:
Uso de cartão de crédito em compras internacionais;
Operações de câmbio (inclusive compra de moeda estrangeira);
Empréstimos, financiamentos e uso de cheque especial;
Contratação de seguros;
Resgate de investimentos ou aplicações.
Dependendo da operação, o IOF pode ser cobrado à vista ou de forma proporcional ao tempo de uso do crédito.
Como o comércio exterior deve reagir?
Empresas que atuam com importação, exportação ou logística internacional devem:
Revisar o planejamento financeiro considerando o novo custo cambial;
Fortalecer a gestão documental, especialmente nas exportações, para garantir isenção de IOF;
Negociar com fornecedores e parceiros estratégicos, buscando mitigar impactos e prorrogar prazos;
Monitorar o cenário político, pois mudanças no decreto podem ocorrer nos próximos dias.
Tempo de estratégia e adaptação
Mais do que um ajuste técnico, a elevação do IOF representa uma mudança de rota na política econômica. Para quem atua no comércio exterior, é hora de navegar com atenção. Em um cenário globalizado, qualquer alteração tributária interna pode reposicionar empresas brasileiras no tabuleiro internacional — para o bem ou para o mal.
Ficar por dentro das mudanças e adaptar-se com agilidade é o que diferencia negócios resilientes de negócios vulneráveis.
Uma coalizão que inclui figuras de destaque da direita afirmou que o programa do presidente violava a Constituição. Um dos juízes o citou oito vezes.
Um forte sinal de que a guerra comercial impulsionada por tarifas do presidente Trump está em risco surgiu em um amicus curiae (resumo de argumentos enviado ao tribunal por terceiros) apresentado em abril por uma coalizão que incluía muitos advogados, acadêmicos e ex-funcionários conservadores e libertários de destaque.
O documento também sinalizou uma crescente ruptura entre Trump e o movimento jurídico conservador — uma cisão que veio à tona na semana anterior com os ataques do presidente à Federalist Society, cujos líderes ajudaram a escolher os juízes e ministros que ele nomeou em seu primeiro mandato.
Entre os que assinaram o documento no caso das tarifas estava Richard Epstein, professor da Universidade de Nova York e um influente estudioso libertário do direito. “É preciso entender que o movimento conservador, enquanto movimento intelectual, é hoje consistentemente anti-Trump na maioria das questões”, disse ele.
Outros signatários incluíam Steven G. Calabresi, um dos fundadores da Federalist Society; Michael B. Mukasey, ex-juiz federal e procurador-geral no governo George W. Bush; e três ex-senadores republicanos — George F. Allen, John C. Danforth e Chuck Hagel. Liberais também assinaram o documento, como Harold Koh, ex-reitor da Faculdade de Direito de Yale.
“O documento reúne estudiosos de direito constitucional de grande nome em todo o espectro político de uma forma que raramente vi”, disse Ilya Somin, professor de direito na Universidade George Mason e advogado de um importador de vinhos e de outras empresas que processaram o governo por causa das tarifas. “Jamais esperaria ver Richard Epstein, Steve Calabresi e Harold Koh assinando o mesmo documento sobre uma grande questão”, acrescentou. “Mas aqui estão eles, juntos, se opondo à ‘tributação por proclamação’. Donald Trump os uniu.”
O documento foi preparado por Michael W. McConnell, ex-juiz federal de apelação nomeado por Bush e atualmente professor em Stanford, e Joshua A. Claybourn, advogado e historiador. Ele dizia que o programa de Trump feria a estrutura constitucional: “Os poderes de tributar, regular o comércio e definir o rumo econômico da nação devem permanecer com o Congresso”, dizia o documento. “Eles não podem escorregar silenciosamente para as mãos do presidente por inércia, desatenção ou interpretações criativas de estatutos que nunca tiveram a intenção de conceder tal autoridade. Essa convicção não é partidária. É constitucional. E está no cerne deste caso.”
A coalizão apresentou um documento muito semelhante em um segundo caso, no Tribunal Distrital Federal em Washington. Na quarta-feira, o tribunal de comércio decidiu a favor dos contestadores. Na quinta, o juiz do tribunal distrital seguiu o mesmo caminho, citando o documento de apoio oito vezes.
O professor McConnell disse que a notoriedade dos amici curiae — os “amigos da corte” — que assinaram o documento enviava uma mensagem clara.
“Nossa esperança é que a identidade das partes que assinam o amicus curiae sinalize a gravidade da situação”, disse McConnell. “Todos estão preocupados com a usurpação, por parte do Executivo, do controle sobre a tributação do comércio — algo que a Constituição atribui explicitamente ao Congresso.”
O professor Harold Koh, que atuou no Departamento de Estado durante o governo Obama, afirmou que algumas questões vão além da política partidária: “Apesar das nossas diferenças políticas, os amici concordaram facilmente, como juristas, que o presidente excedeu os poderes estatutários que lhe foram delegados”, disse ele. “Ao impor unilateralmente tarifas ilimitadas sobre produtos de todo o mundo, ele usurpou de forma ilegal os poderes exclusivos do Congresso de impor tributos e tarifas e de regular o comércio exterior.”
O documento deixou claro que não se posicionava sobre o mérito econômico das tarifas: “Os amici não aparecem para defender ou se opor a nenhuma política comercial específica”, dizia. “Eles apresentam este documento porque acreditam que a Constituição traça limites claros entre o poder legislativo e o executivo — e que esses limites estão sendo distorcidos de forma a ameaçar a própria responsabilidade democrática.”
O professor Epstein disse ter se sentido honrado em assinar o que chamou de “um documento magnífico”, que resume o caso em sua essência. “Este caso não é difícil”, disse. “Existem casos que são imensamente importantes e, ao mesmo tempo, fáceis.”
Outros acadêmicos, porém, foram mais cautelosos. Jack Goldsmith, professor de direito em Harvard e ex-integrante do Departamento de Justiça no governo Bush, escreveu recentemente que as questões legais no caso são “difíceis e delicadas”.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi além. “A justificativa do presidente para impor essas tarifas poderosas era legalmente sólida e fundamentada no bom senso”, disse em uma coletiva na semana passada.
Um tribunal de apelações suspendeu temporariamente a decisão do tribunal de comércio e decidirá nos próximos dias se manterá essa suspensão. Há poucas dúvidas de que o caso chegará à Suprema Corte — e em breve.
Quando isso acontecer, os juízes terão de lidar com duas doutrinas caras ao movimento jurídico conservador, ambas contrárias à visão de Trump sobre seus próprios poderes:
A doutrina da não delegação, que afirma que o Congresso não pode transferir poderes legislativos ilimitados ao Executivo.
A doutrina das grandes questões, que exige que o Congresso autorize de forma clara e explícita qualquer ação do Executivo que possa transformar significativamente a economia.
O amicus curiae defende que, com base na separação dos poderes, essas doutrinas exigem que os tribunais rejeitem o programa de Trump: “Este caso apresenta ao tribunal uma escolha — não entre políticas comerciais concorrentes, mas entre visões opostas de governança constitucional”, dizia o texto. “Uma delas preserva o equilíbrio definido pelos fundadores, exigindo que decisões econômicas de grande porte tenham autorização legislativa explícita. A outra permitiria que o Executivo reconfigurasse unilateralmente a estrutura comercial do país com base em uma linguagem estatutária vaga e genérica, jamais destinada a respaldar tal ação.” “O tribunal”, concluiu o documento, “deve escolher a primeira opção.”
Autoridades chinesas também determinaram que todos os resíduos animais e vegetais que chegarem em navios do Brasil deverão ser analisados pela supervisão aduaneira. O país é o maior exportador de frango para a China e exportou cerca de US$ 10 bilhões em carne de frango para todo o mundo em 2024, o equivalente a 35% do comércio global, segundo a Reuters.
Casos são investigados em estados do Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul
Ministério da Agricultura registra investigações em sete estados. Há uma suspeita em uma planta comercial em Anta Gorda (RS), sete suspeitas envolvendo aves de subsistência nos estados de Ceará, Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul e ainda cinco suspeitas envolvendo aves silvestres em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal.
Governo de Minas Gerais decretou estado de emergência sanitária animal. Em Mateus Leme, foram encontradas mortas em 16 de maio três espécies de aves: ganso, pavão-comum e cisne-negro. Os animais estavam em propriedade particular, segundo o prefeito de Matheus Leme, Renilton Ribeiro Coelho.
Notificação dos casos é obrigatória. Sistema do Ministério da Agricultura registra todas as suspeitas, que são casos nos quais ainda estão sendo realizados exames para confirmar ou não a doença.
O Brasil já realizou mais de 2.500 investigações de suspeitas de gripe aviária desde maio de 2023, quando houve a primeira ocorrência em ave silvestre, segundo o Ministério da Agricultura. O único caso confirmado em granja comercial ocorreu neste ano em Montenegro, no Rio Grande do SulA China proibiu toda a importação de carne de frango e derivados do Brasil devido aos casos de gripe aviária identificados no país, segundo comunicado da Administração Geral de Alfândegas da China.
O que aconteceu
Decisão representa uma ampliação do embargo às carnes brasileiras. Governo brasileiro esperava que fosse realizado um embargo total desde que veio à tona o primeiro caso identificado de gripe aviária em uma granja comercial do Rio Grande do Sul, mas pediu à China que fosse restrito apenas ao município onde foi identificado o caso.
Proibição total faz parte dos protocolos sanitários adotados entre os países. Atualmente, o governo brasileiro tem 13 investigações abertas para identificar casos de gripe aviária no país, sendo apenas uma delas envolvendo uma granja comercial.
No total, o País já registrou 170 casos da doença. Deste total, 166 casos foram em animais silvestres, de três focos em produção de subsistência, de criação doméstica, e um em produção comercial.
Humanos podem pegar? Tire suas dúvidas sobre a gripe aviária
A gripe aviária é causada pelo vírus influenza, em especial pelo subtipo A (H5N1), altamente agressivo para aves. Esse vírus já provocou surtos globais e costuma circular entre aves selvagens, migratórias e de criação, podendo afetar mamíferos como porcos, vacas e até mesmo animais domésticos, como gatos e cachorros.
A doença é altamente contagiosa entre aves e seu principal sinal é a morte súbita. A mortalidade em lote pode ultrapassar 60%, chegando a 100% em casos mais agressivos, segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Outros sinais incluem tosse, muco nasal, queda na produção de ovos, hemorragias, inchaço em articulações e alterações na coloração da crista.
Humanos podem pegar, mas o risco de contaminação é baixo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), casos em humanos são raros e ocorrem quase exclusivamente por contato direto e desprotegido com aves contaminadas.
A doença geralmente atinge profissionais da linha de frente, como tratadores, granjeiros ou veterinários. Por isso, eles devem usar equipamentos de proteção, como máscaras e luvas. Criações domésticas também exigem atenção: mortes repentinas devem ser comunicadas imediatamente às autoridades sanitárias.
Mesmo sendo rara a contaminação, a doença preocupa por causa da alta taxa de mortalidade. Entre o início de 2003 e abril de 2024, a OMS registrou 889 casos de gripe aviária em humanos, espalhados por 23 países. Destes, 463 culminaram em morte, o que representa uma taxa de mortalidade de 52%.