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Logística, Portos, Sustentabilidade

Porto de Santos e Associação Comercial de São Paulo firmam parceria para impulsionar logística sustentável

A Autoridade Portuária de Santos (APS) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) assinaram nesta quinta-feira (8) um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para desenvolver o projeto “Consolidação do Porto de Santos Concentrador de Contêineres”. A assinatura ocorreu na sede da entidade em São Paulo, na presença dos presidentes Anderson Pomini, da APS, e Roberto Mateus Ordine, da ACSP.

Com vigência de 24 meses e possibilidade de prorrogação, a iniciativa busca ampliar a competitividade do porto, otimizar operações logísticas e reduzir emissões de carbono, alinhando-se a corredores marítimos sustentáveis globais. O acordo prioriza a racionalização de processos portuários, como a redução de custos e tempos de trânsito de mercadorias em contêineres.

“Não existe Porto de Santos sem comércio. Daí a importância de buscarmos essa parceria para que a principal janela de conexão do Brasil com o mundo trabalhe em sinergia com as demandas e necessidades do setor privado”, analisa Pomini.

Para Ordine, o primeiro resultado do acordo é a aproximação e compartilhamento de informações. “Pretendemos estabelecer uma via de mão dupla com a Autoridade Portuária, entendendo melhor as operações do complexo e mantendo um canal para levar as reivindicações dos nossos associados aos gestores do Porto”, afirma o presidente da ACSP.

Metas

Entre as metas estão o aumento da capacidade logística, a medição precisa de emissões de gases de efeito estufa em rotas terrestres e aquaviárias, e a promoção de tecnologias verdes, como energia limpa e equipamentos sustentáveis.

O objetivo é consolidar o Porto de Santos como um hub estratégico de contêineres, conectado a portos internacionais e de cabotagem. A APS atuará como facilitadora no diálogo com órgãos governamentais, além de disponibilizar informações relevantes e participar de eventos técnicos organizados pela ACSP.

Já a associação, por meio do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (COMUS), focará na organização de fóruns setoriais, coleta de dados operacionais entre associados e identificação de desafios logísticos. Todas as ações seguirão um plano de trabalho conjunto, com cronograma e indicadores de resultados supervisionados por um comitê gestor.

Como testemunhas, também participaram da cerimônia o diretor de Operações da APS, Beto Mendes, o gerente de Planejamento Logístico, Ricardo Maeshiro, e o superintendente de Operações Portuárias, Márcio Kanashiro. Pela ACSP, estiveram presentes o superintendente geral, Marcos Antônio de Barros, e o coordenador do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos de São Paulo (COMUS), José Cândido Senna.

Fonte: Datamar News

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Logística, Portos

Porto de Itajaí ganha nova linha com conexão ao Mercosul

O Porto de Itajaí ganhará, nos próximos 30 dias, uma nova linha regular de contêineres com foco na integração logística do Mercosul. A chamada Linha Puma, é do armador Mercosul Line, subsidiária do grupo CMA CGM, ira operada nos berços 1 e 2,  área arrendada (JBS), e conectará terminais estratégicos ao longo da costa leste da América do Sul.

A operação representa mais um marco na retomada das atividades do Porto de Itajaí, intensificada após a reestruturação promovida pelo Governo Federal. O superintendente, João Paulo Tavares Bastos, explica que a nova linha simboliza crescimento.

“O Porto está bombando após a retomada pelo Governo Federal. Com esta nova linha, vamos ampliar o faturamento, a arrecadação e trazer mais investimentos para a cidade”, afirmou.

Com a chegada da Linha Puma, o Porto de Itajaí fortalece sua malha logística e amplia a conectividade com os países do bloco econômico sul-americano, contribuindo para a competitividade do comércio exterior.

Fonte: Porto de Itajaí 

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Comércio, Investimento, Logística

Maersk prevê R$ 30 bilhões em investimentos no Brasil e mira expansão em Santos

Uma das maiores empresas de transporte de contêineres do mundo, navegando com mais de 700 navios em 135 países, a Maersk prevê investimentos de R$ 30 bilhões na América Latina, principalmente no Brasil, nos próximos dez anos. A empresa também comanda terminais, por meio da APM Terminals, e quer empenhar a maior parte desse dinheiro no Porto de Santos, visando aumentar a capacidade para contêineres no cais santista. Para isso, porém, seus executivos acreditam que é necessário destravar investimentos, ampliando as áreas de arrendamento no complexo santista.

A Tribuna acompanhou na última quinta (8) uma reunião com autoridades e empresários do Brasil na sede da Maersk, em Copenhague, na Dinamarca.

Executivos da empresa confirmaram que pretendem participar da licitação do mega terminal Tecon Santos 10, que deve ser leiloado ainda este ano, no cais do Saboó. Ainda não se sabe o modelo da licitação e se haverá restrições na participação, o que a armadora critica. A Maersk tem participação em três terminais no Brasil (BTP, em Santos; Pecém, no Ceará; e Itapoá, em Santa Catarina)
e está construindo um (Suape, Pernambuco).

“No momento em que a gente constrói um Tecon Santos 10, passa a ter um terminal moderno, com tecnologia, funcionando como hubport. Isso gera um ganho de competitividade que todos os outros terminais serão forçados a vir atrás. É nisso que a gente ganha dinheiro, em gerar eficiência logística ao nosso cliente, que é o setor produtivo brasileiro”, explica o diretor da área de Relações Governamentais da Maersk, Felipe Campos. Ele acredita que a demora nos investimentos pode fazer o Porto de Santos ficar para trás na comparação com outros complexos.

Para A Tribuna, a diretora de Parcerias Globais e Capacitação, Assuntos Públicos e Regulatórios da Maersk, Concepción Boo Arias, ressaltou que a APM Terminals opera seis dos dez terminais portuários com maior produtividade no mundo, segundo o Banco Mundial. “Gostaríamos de fazer do Tecon Santos 10 o número sete, colocando-o entre os mais eficientes do mundo. Seria estratégico para nós, mas, sobretudo, para os exportadores brasileiros. É uma oportunidade incrível”.

Assinatura

A visita à Maersk faz parte da missão internacional promovida pelas frentes parlamentares da Ligação Seca Santos-Guarujá e de Portos e Aeroportos da Câmara dos Deputados, presididas pelo deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), com apoio do Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI). Na ocasião, a Maersk formalizou a assinatura de adesão ao IBI como associada.

“Infraestrutura é o coração do que nós fazemos no Brasil e no mundo. Nós achamos que o Brasil tem um potencial enorme de jogar um papel predominanteem toda a região. É muito importante o desenvolvimento das infraestruturas portuárias, da logística do país, e nós estamos totalmente dispostos a sermos parceiros”, disse Concepción, após a assinatura.

Diretor-presidente do IBI, Mário Povia explica que a Maersk trabalha com verticalização e solução logística, além de cabotagem (com a Aliança). “Tudo isso está muito dentro do propósito do Instituto. E ter a Maersk associada, dentro de um contexto de pertencimento, ou seja, de trazer todo mundo para discutir, é fantástico. É um grande agregado que a gente passa a ter”.

Para Paulo Alexandre Barbosa, a adesão da Maersk ao IBI vai ao encontro de levar mais investimentos para o Brasil. “Temos nesse momento a discussão do Tecon Santos 10 e outras discussões no Porto de Santos onde a participação de empresas desse porte é muito importante. Quanto maior for a participação no leilão, melhor o resultado. Participação ampla e irrestrita”.

A comitiva também visitou nesta quinta-feira o museu que conta a história da Maersk, na sede da empresa, e depois foi ao Parlamento dinamarquês, onde houve reunião com o presidente da Comissão de Transportes do Parlamento, Rasmus Horn.

O assunto com Horn se concentrou no principal objetivo da missão, que começou na última segunda-feira e terminou na quinta: estudar as tecnologias e soluções aplicadas no projeto do túnel imerso Fehmarnbelt, que está em construção entrea Alemanha e a Dinamarca e terá 18 quilômetros.

A ideia é levar aprendizados para o projeto do túnel Santos-Guarujá, considerado a obra mais emblemática do Novo PAC. Com 1,5 km de extensão (sendo 870 metros submersos) e orçada em R$ 6 bilhões, a futura ligação entre Santos e Guarujá deve beneficiar tanto o transporte de cargas e passageiros quanto o deslocamento de ciclistas e pedestres.

O leilão está previsto para 1º de agosto.

Fonte:  A Tribuna

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Comércio, Exportação, Logística

Brasil fecha abril com recorde de US$ 30,4 bi em exportações

Já as importações alcançaram US$ 22,3 bi, com saldo positivo de US$ 8,2 bi e corrente de comércio de US$ 52,7 bi

A Balança Comercial do mês de abril bateu recordes de exportação e importação para meses de abril. As exportações somaram US$ 30,41 bilhões agora, contra US$ 30,33 bilhões em abril de 2024, crescimento de 0,3%. Já as importações foram de US$ 22,26 bilhões, aumento de 1,6% sobre os US$ 21,9 bilhões de abril/24.

Assim, em abril a corrente de comércio totalizou US$ 52,67 bilhões, com saldo de US$ 8,15 bi. Em relação a abril do ano passado, a corrente cresceu 0,8%.

No ano, as exportações totalizam US$ 107,3 bilhões e as importações US$ 89,6 bilhões, com saldo de US$ 17,7 bilhões e corrente de comércio de US$ 196,9 bi. Essas e outras informações foram divulgados nesta quarta-feira (7/5) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).

Comparativo Totais
Ainda na comparação anual, as importações de janeiro abril tiveram aumento de 10,4% sobre o primeiro quadrimestre de 2024 (US$ 81,11 bilhões). Já as exportações totais caíram 0,7% ante US$ 108,04 bilhões do mesmo período do ano passado. A corrente de comércio totalizou US$ 196,88 bilhões, crescimento de 4,1%.

Exportações e importações por setor
Nas exportações, o desempenho dos setores em abril deste ano, sobre abril de 2024, indica crescimento de US$ 0,35 bilhão (2,4%) na Indústria de Transformação; queda de US$ 0,05 bilhão (0,7%) em Agropecuária, e queda de US$ 0,28 bilhão (3,8%) em Indústria Extrativa.

No acumulado do ano, as exportações cresceram US$ 0,64 bilhão (2,6%) em Agropecuária e US$ 2,3 bilhões (4,1%) na Indústria de Transformação; com queda de US$ 3,76 bilhões (13,5%) na Indústria Extrativa.

Em relação as importações, abril teve crescimento de US$ 0,02 bilhão (3,3%) em Agropecuária e de US$ 0,86 bilhão (4,4%) na Indústria de Transformação; com queda de US$ 0,51 bilhão (31,5%) na indústria extrativista.

No acumulado do ano, as importações somam crescimento de US$ 0,35 bilhão (18,2%) em Agropecuária e de US$ 9,39 bilhões (12,8%) na Indústria de Transformação; com queda de US$ 1,3 bilhão (24,0%) na indústria extrativista.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Investimento, Logística

Rota da Celulose vai a leilão na 5ª com 4 concorrentes e R$ 10 bi em investimentos

O trecho contempla extensões das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das federais BR-262 e BR-267

A Rota da Celulose, composta por rodovias federais e estaduais do Mato Grosso do Sul, vai a leilão nesta quinta-feira, 8, às 14 horas na sede da B3 em São Paulo. Após o ativo não receber propostas na primeira tentativa de concessão, em dezembro do ano passado, a expectativa é que quatro proponentes participem: BTG Pactual, KInfra, XP e Way Kinea.

O projeto prevê R$ 10,1 bilhões em investimentos, sendo R$ 6,9 bilhões em capex e R$ 3,2 bilhões para despesas operacionais ao longo de 30 anos de contrato. Serão concedidos 870,3 quilômetros da Rota da Celulose, que ganhou esse nome por ser formada por rodovias importantes para a cadeia produtiva da celulose no Mato Grosso do Sul.

O trecho contempla extensões das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das federais BR-262 e BR-267.

A empresa vencedora do certame será definida com base no maior desconto oferecido sobre a tarifa de pedágio.

Participantes

BTG Pactual, KInfra, XP e Way Kinea apresentaram propostas na última segunda-feira para participar do leilão da quinta-feira. O grupo de construtoras Way Brasil já atua no Mato Grosso do Sul com a concessão da MS-306. Ano passado, se uniu a gestora Kinea para arrematar a Rota do Zebu (BR-262/MG). As empresas desbancaram o BTG Pactual, que participou da disputa por meio de um fundo.

No mesmo modelo de atuação por meio de fundo, o BTG competiu por outros ativos no ano passado, como a Rota dos Cristais (BR-040/GO/MG) e a Rota Verde (BRs-060/452/GO). Esse segundo contou também com a participação da XP, mas quem saiu vencedor foi o consórcio formado pela Aviva e Tecpav Tecnologia e Pavimentação. Com isso, a Rota da Celulose marcaria primeira vitória do BTG e da XP em um leilão rodoviário.

Já a KInfra opera a Rodovia do Aço. A concessão soma 200,4 quilômetros de extensão da BR-393 (Rodovia Lúcio Meira), da divisa entre os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro ao entroncamento com a BR-116 (Via Dutra), em Volta Redonda, na região Sul Fluminense.

Projeto

Após a falta de interessados na primeira tentativa de leiloar a Rota da Celulose, foram feitos alguns ajustes no edital. Entre eles, um modelo econômico-financeiro que reduz os investimentos obrigatórios durante os primeiros quatro anos de operação, uma das demandas apresentadas pela iniciativa privada. A projeção de receita dos 20 anos de operação também foi alterada.

A futura concessionária deverá duplicar 115 km de rodovias, construir 457 km de acostamentos e 245 km de terceiras faixas, além de 12 km de vias marginais. Serão implantados 38 km de contornos urbanos, 25 acessos, 22 passagens de fauna e 20 alargamentos de pontes. Estão contempladas ainda obras de arte especiais, que são estruturas como pontes e passarelas, totalizando 3.780 m².

Fonte: InfoMoney

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Logística, Portos

CEO da JBS Terminais anuncia ao vivo nova linha para Itajaí

Linha Puma vai conectar o Porto de Itajaí a outros do Mercosul

Aristides Russi Júnior, CEO da JBS Terminais, anunciou ao vivo, nesta quarta-feira, durante o programa Diz aí!, a chegada de uma nova operação de contêineres para os berços 1 e 2 do Complexo Portuário de Itajaí.

Ele acredita que, em 30 dias, a nova linha estará operando na cidade. “Eu quero anunciar em primeira mão mais uma linha que se chama Puma, um serviço da Mercosul CMA CGM. Vamos ter a oitava transação semanal em Itajaí, o sétimo serviço semanal entrando em Itajaí. A gente praticamente dobrou o número de serviços semanais e óbvio que agora é uma questão de ramp-up crescendo a movimentação”, disse Aristides durante a entrevista.

Desde que a JBS assumiu o porto, a empresa mantém seis linhas semanais, sendo que uma dessas faz duas escalas por semana, totalizando sete operações semanais. Apesar das seis linhas semanais, a movimentação nos berços ainda não atingiu os 44 mil TEUs previstos no contrato de arrendamento provisório com o Porto de Itajaí. “Eu posso falar com propriedade, quando o porto acabou tendo essa interrupção, eu estava em uma outra empresa. Para vocês terem uma ideia, óbvio que a movimentação estava um pouco maior do que a gente estava fazendo, porém em termos de linha, naquela época de 2021/22, já começou o arrefecimento, digamos assim, a desmobilização, a antiga APM tinha quatro linhas, hoje nós estamos com seis linhas, a linha do Golfo acabou de chegar”, explicou, justificando que a movimentação está em pleno crescimento.

Fonte: Diarinho



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Logística, Portos, Tributação

Do frete marítimo a portos: como a guerra tarifária afeta a logística no Brasil

Disputa entre EUA e China já impacta os estoques de cadeias globais, com efeitos nos preços do transporte e riscos de desabastecimento, relatam executivos à Bloomberg Línea

Do preço do frete marítimo à capacidade nos portos, a cadeia logística global vive um cenário de fortes incertezas, diante do vaivém de imposição de tarifas comerciais ao redor do mundo e, em particular, nas maiores economias.

Nesse cenário, empresas brasileiras que atuam com comércio exterior devem enfrentar desafios para garantir abastecimento e escoamento de mercadorias, segundo avaliação de executivos.

Um dos principais custos da cadeia logística global, o frete marítimo vem sofrendo oscilações significativas de preços desde a pandemia. Com a guerra tarifária, os preços sobem ainda mais.

Segundo levantamento da MTM Logix, obtido com exclusividade pela Bloomberg Línea, no início de 2024 o frete do contêiner (40 pés) da China para o Brasil girava em torno de US$ 1.200 em média. Atualmente, esse valor já atinge de US$ 3.500a US$ 4.000, a depender do tipo de contrato (à vista ou de longo prazo).

Nos chamados “mercados secundários” (menos demandados), o Brasil se torna mais caro em relação a outros países da região: na rota China-Guatemala, por exemplo, o frete médio gira em torno de US$ 4.000, enquanto a rota Brasil-Guatemala — significativamente mais curta – custa cerca de US$ 6.000.

“Temos visto ciclos no setor de logística cada vez mais curtos, com grandes oscilações. Devemos ter uma aceleração da demanda por composição de estoques baseada em incertezas globais, fazendo com que as cadeias fiquem pressionadas”, afirmou o CEO da MTM Logix, Mario Veraldo.

Segundo o executivo, o setor de logística global vive um momento de grande incerteza.

“Quando a previsão de demanda é mais linear, a capacidade de planejamento é maior. Hoje, as empresas não conseguem se planejar.”

Ele relatou que os Estados Unidos já estão comprando menos da Ásia. Diante dessa mudança, houve um aumento significativo de demanda por transporte no Sudeste Asiático, como, por exemplo, em países como Vietnã e Tailândia, onde o preço do frete já começou a subir.

O especialista ressaltou que as capacidades de portos, rodovias e ferrovias são estáticas, diferentemente de navios e aviões, que são mais fáceis de reacomodar.

“Diante dos efeitos da guerra comercial, o setor está em compasso de espera, tentando identificar soluções pontuais para problemas que não são derivados de demanda, mas de picos inesperados para evitar os efeitos das tarifas.”

Os gargalos nos portos brasileiros, com destaque para o Porto de Santos – considerado o principal do Hemisfério Sul –, são apontados como um dos maiores desafios do setor de logística no Brasil.

Log-In Logística Intermodal, maior empresa de cabotagem do país, com nove navios próprios, tem limitações para crescer em um cenário de expansão significativa da demanda portuária, contou o vice-presidente de navegação da companhia, Marcus Voloch.

“Se a economia brasileira crescesse 10%, o volume de carga não conseguiria acompanhar, porque não tem onde colocar [esses volumes]. Se o país crescer 2% ou 3%, o setor vai levando, mas, se houver um crescimento brusco, a infraestrutura não dá conta”, afirmou o executivo em entrevista à Bloomberg Línea.

Voloch afirmou que o setor de cabotagem cresceu um pouco abaixo de 10% em 2024, enquanto a Log-In registrou um crescimento de 19,5%, com receita recorde de R$ 2,3 bilhões, puxado principalmente por aumento de capacidade (de navios) e por carga internacional (“feeder”).

Em volumes de contêineres, a companhia registrou um avanço de 55% em relação a 2023.

Para 2025, a empresa projeta um crescimento mais moderado, em linha com a expectativa de avanço do setor. “Esperamos crescimento de um dígito alto na cabotagem neste ano. A Log-In deve crescer com o mercado, talvez um pouco acima, mas não o dobro como foi no ano passado”, avaliou.

Em sua visão, o país tem renda limitada para crescer dois dígitos em 2025. “No ano passado, foi surpreendente ver o mercado crescer quase 10%. A economia está patinando.”

Gargalos e oportunidades

De acordo com a MTM Logix, o modal marítimo é especialmente crítico para um país voltado à exportação de commodities e importação de manufaturados.

No caso do Brasil, os portos – tanto marítimos (de longo curso) quanto a cabotagem – enfrentam problemas de capacidade, eficiência e conexão terrestre, o que gera atrasos e custos extras.

Um desses sintomas é a formação de filas de navios para atracação nos principais portos. De acordo com a Centronave, associação que representa os armadores, os gargalos portuários causam prejuízo estimado de R$ 21 bilhões por ano no país, devido a atrasos e cancelamentos de embarques.

As perdas decorrem de fretes mais caros, sobreestadia de navios (conhecida como “demurrage”) e oportunidades de negócio desperdiçadas devido à lentidão no escoamento.

Diante dos gargalos nos portos do país, somente em março de 2025 o Brasil deixou de embarcar 637,7 mil sacas de café, o equivalente a cerca de 1.932 contêineres, segundo a MTM Logix.

Em um cenário potencial de aumento da demanda decorrente da guerra comercial, o Brasil teria dificuldades para absorver novas necessidades portuárias, relataram executivos.

Voloch afirmou que toda a frota da Log-In é de navios próprios e que a companhia poderia crescer por meio de terceiros (afretamento), embora isso custe caro no Brasil. No entanto, em sua avaliação, isso poderia mudar caso haja redirecionamento de embarcações globalmente com a guerra comercial.

Para o executivo, o Brasil acaba sendo um substituto natural para alguns produtos consumidos nos Estados Unidos.

“Pode ser que o país exporte mais soja e milho. Isso não é uma carga que vai refletir na cabotagem, mas pode trazer mais renda e PIB para o Brasil, indiretamente gerando mais demanda para nós”, disse. “Precisamos olhar além do curto prazo”, acrescentou.

Para Veraldo, da MTM Logix, o Brasil pode se beneficiar da guerra tarifária, uma vez que o mercado norte-americano não é capaz de produzir toda a manufatura de que necessita.

“Se há restrição para importar da China, eles precisam ter uma opção e o Brasil é uma alternativa viável e de qualidade, com cadeias importantes.”

Por outro lado, o executivo disse acreditar que a China deve buscar novos mercados para produtos antes exportados para os Estados Unidos.

“A indústria automotiva chinesa hoje tem muito poder de fogo, que será colocado em prática. Já vemos isso acontecer no México, por exemplo”, disse.

Fonte: Bloomberg Línea

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Investimento, Logística, Portos

Plano de investimentos do governo federal no Porto de Itajaí será apresentado amanhã

Autoridade Portuária de Santos (APS) e superintendência local darão panorama da situação atual do porto

Em meio à polêmica pra liberação de cargas de fertilizantes no Porto de Itajaí, a situação atual do terminal peixeiro será discutida em reunião na Fiesc, nesta quarta-feira. No evento, a superintendência do Porto de Itajaí informou que será apresentado o plano de investimentos do governo federal pra que o porto se torne mais competitivo.

O encontro terá a participação do diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, que assumiu a gestão do porto de Itajaí em janeiro no processo de federalização da autoridade portuária feito pelo Ministério dos Portos. O superintendente do Porto de Itajaí, João Paulo Tavares Bastos Gama, também vai participar. 

O evento é promovido pelo Conselho de Infraestrutura e pela Câmara de Transporte e Logística da Fiesc. O setor empresarial quer saber da situação atual e abordar perspectivas para porto de Itajaí. Questões de legislação também serão tratadas, com a participação de James Winter, membro da Comissão de Juristas para Revisão Legal da Exploração dos Portos (Ceportos).

Plano de investimentos

Segundo o superintendente do Porto de Itajaí, João Paulo Tavares Bastos Gama, a reunião é fundamental para dar segurança e previsibilidade ao setor industrial catarinense, após a federalização. Ele destacou que os investimentos visam dar mais competitividade ao porto e impactam a economia catarinense.

Apesar de a movimentação do terminal de contêineres com as operações da JBS ainda não ter atingido nem a metade da meta prevista no contrato, João Paulo comenta que o porto “está bombando”, ao menos em relação à arrecadação. Isso porque a superintendência recebe as taxas mesmo sem a movimentação mínima exigida. 

“Neste ano, o faturamento já chegou a R$ 64 milhões, um crescimento de 158% em relação ao mesmo período no ano passado. Agora com mais investimentos do governo Lula, por meio da Autoridade Portuária de Santos (APS), o Porto estará mais competitivo e oferecendo ao mercado mais previsibilidade”, afirma. 

Conforme o superintendente, “o Porto de Itajaí voltará a ser pujante, com grande movimentação de cargas e navios, boa infraestrutura e com importância econômica e estratégica para região, estado e país”. Na reunião na Fiesc, serão detalhados os principais pontos do plano. 

No pacote estão recursos para a expansão portuária, incluindo as obras do canal de acesso do rio Itajaí-açu, segunda etapa da bacia de evolução, readequação dos molhes de Itajaí, retirada do casco soçobrado do navio Pallas e obra de contenção da margem direita do canal portuário. 

Os investimentos ainda contemplam melhorias no serviço de dragagem, que terá uma licitação definitiva, e a construção do novo píer turístico pra atracação de navios de cruzeiros, previsto em área ao lado do Centreventos. “O governo Lula tem compromisso com Santa Catarina e vamos trabalhar para garantir os investimentos”, frisa o superintendente. 

Licitação da dragagem

Ainda nesta semana, na quinta-feira, o superintendente do Porto de Itajaí estará em Brasília (DF) para reunião no Ministério dos Portos e outros órgãos federais. O assunto principal da agenda será a continuidade das tratativas sobre o edital definitivo da concessão da dragagem, que deve ser publicado ainda este ano.

O atual contrato foi prorrogado emergencialmente por mais um ano, até a conclusão do novo edital, que prevê a concessão da dragagem por 25 anos. O contrato de longo prazo garantiria a manutenção do canal portuário, sem riscos de interrupções como a ocorrida em 2024 devido à falta de pagamento do serviço pelo porto. 

Em sua última visita à capital federal, João Paulo Tavares Bastos participou de uma reunião técnica no Ministério dos Portos. Segundo ele, o governo federal demonstrou apoio aos projetos voltados à ampliação da competitividade do Porto de Itajaí e na elaboração do plano de investimentos.

Fonte: Diarinho

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Logística

GH: 14 anos sendo um operador logístico completo

Conectando caminhos, fazendo história.

Completamos 14 anos de atuação no setor logístico. Esse tempo representa mais do que uma marca no calendário: é o reflexo de um trabalho constante, de uma rede construída com pessoas, processos e entregas que se conectam diariamente.

A estrutura cresceu, os serviços evoluíram e os desafios se transformaram. Mas a essência segue firme: oferecer soluções logísticas com eficiência, clareza e compromisso com quem faz parte dessa jornada.

Desde 2011, ampliamos nossa presença, investimos em tecnologia, expandimos a frota e desenvolvemos operações completas em armazenagem, transporte e logística integrada. O Complexo de Soluções Logísticas (CSL), em Itajaí/SC, representa um dos marcos mais recentes desse movimento. Assim como o foco em alternativas sustentáveis, como a frota GNV, e o fortalecimento da cultura interna, reconhecida com o selo GPTW pelo quarto ano consecutivo.

Tudo isso só foi possível porque temos um time de Solucionadores comprometido com o que realmente importa. Pessoas que constroem cada entrega com responsabilidade e fazem da GH um operador logístico completo — que cresce com quem está ao lado.

Os próximos passos seguem o mesmo direcionamento: ampliar capacidade operacional, fortalecer conexões e manter o cuidado com cada ponto dessa cadeia.

GH, 14 anos. Conectando caminhos, fazendo história.

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Greve, Logística

Greve: Auditores-Fiscais intensificam operação-padrão em São Borja/RS

Auditores-Fiscais que atuam no Centro Integrado de Fronteira de São Borja/RS reforçaram a operação-padrão de despacho aduaneiro nesta segunda-feira (5), com o objetivo de combater crimes transfronteiriços, como descaminho e contrabando. 

Durante o dia, a fiscalização ostensiva foi realizada em cerca de 50 caminhões que trafegavam em ambos os sentidos — Brasil-Argentina e Argentina-Brasil. A medida impactou o movimento com a formação de filas de veículos. O tempo de espera para adentrar o pátio, que antes era de aproximadamente 10 minutos, chegou a ultrapassar cinco horas em média. 

A ação é coordenada pelo Comando Nacional de Mobilização, em uma iniciativa conjunta dos Comandos Regionais da 1ª, 2ª, 9ª e 10ª Regiões Fiscais, e tem como objetivo pressionar ainda mais o governo, diante da intransigência para concessão do reajuste do vencimento básico da categoria.

Veja abaixo vídeo da fila de veículos em São Borja:

Fonte: Sindifisco Nacional

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