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Economia, Gestão, Negócios, Notícias, Tributação

Estrategista-chefe que previu choque tarifário faz alerta: o pior ainda está por vir

Peter Berezin e sua equipe na empresa de pesquisa BCA previram que tarifas unilaterais amplas estavam chegando — e que as propostas do novo governo iriam muito além do que havia sido implementado no primeiro mandato de Trump.

Logo após a eleição nos EUA, quando Wall Street estava totalmente focada nas perspectivas de um presidente Donald Trump favorável aos negócios, Peter Berezin já soava o alarme.

Berezin e sua equipe na empresa de pesquisa BCA previram que tarifas unilaterais amplas estavam chegando — e que as propostas do novo governo iriam muito além do que havia sido implementado no primeiro mandato de Trump. Após o drama tarifário desta semana, o alerta de dezembro de Berezin provou ser premonitório.

O estrategista está mantendo sua projeção — entre as mais pessimistas de Wall Street no ano passado — de que o S&P 500 cairá para 4.450 pontos até o final do ano. Isso marcaria uma queda de quase 18% em relação aos níveis atuais.

O preço do petróleo, enquanto isso, pode cair para US$ 50 o barril, de cerca de US$ 63 atualmente, “por motivos ruins: falta de demanda”.

Berezin diz que uma recessão nos EUA é provável, potencialmente já no segundo trimestre. Em sua opinião, a economia já estava vulnerável no início do ano. Havia menos vagas de emprego em comparação aos anos anteriores, as economias da pandemia estavam diminuindo e as taxas de vacância estavam aumentando, assim como as inadimplências de empréstimos para automóveis e estudantes. Agora, a proliferação de tarifas de Trump “empurra isso para o limite”.

“Recessões tendem a ocorrer quando uma economia se torna vulnerável e então é atingida por um choque”, disse Berezin de Montreal, onde a BCA, onde ele é estrategista-chefe global e diretor de pesquisa, está sediada. “Vai piorar em vez de melhorar — a economia vai piorar, a guerra comercial vai piorar. O que vai acontecer é que haverá retaliação.” Ele coloca a probabilidade de uma recessão nos EUA em 75%.

No início do ano, Wall Street estava otimista em relação às ações e à economia, apostando que as propostas de Trump para cortes de impostos e desregulamentação compensariam qualquer guinada protecionista. Entre os 19 estrategistas que foram entrevistados pela Bloomberg na época, nenhum viu o S&P 500 terminando abaixo de 6.000 pontos.

Em vez disso, Trump se inclinou para o comércio global, anunciando as tarifas mais altas em quase um século, incluindo pelo menos uma taxa de 10% sobre todos os exportadores para os EUA e taxas ainda mais altas em cerca de 60 outros países.

Os economistas estão agora revisando rapidamente suas projeções para a economia dos EUA, com muitos reduzindo suas perspectivas de crescimento e aumentando as chances de uma contração, bem como uma retomada da inflação.

As ações dos EUA sofreram o impacto da liquidação após o anúncio, com o S&P 500 caindo quase 5% na quinta-feira em sua pior sessão desde 2022.

Grupo jurídico conservador dos EUA processa Trump por tarifaço

Nova ação judicial contesta legalidade do uso de poderes emergenciais para impor tarifas abrangentes, acirrando tensão comercial com a China.

Em retaliação às tarifas do governo, outros países poderiam “aumentar a pressão sobre as empresas de tecnologia dos EUA que operam em suas jurisdições”, o que pesaria no mercado em geral, disse ele. Parceiros comerciais globalmente também podem impor impostos sobre empresas dos EUA que operam no exterior, enquanto populações ao redor do mundo provavelmente rejeitarão produtos americanos ou até mesmo evitarão viajar para os EUA, como alguns canadenses já estão fazendo.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA, diz ele, podem permanecer elevados nos próximos meses, dado o potencial do governo de aprovar cortes de impostos não financiados.

“Estamos no auge de um ciclo muito, muito ruim, onde as pessoas diminuem seus gastos porque estão preocupadas com suas perspectivas de emprego, e isso acaba sendo autorrealizável”, disse Berezin. “Se as pessoas não estão gastando, isso significa que há menos contratações, e se há menos contratações, há menos emprego, se há menos emprego, então há renda e ainda menos gastos.”

FONTE: Infomoney
Estrategista-chefe que previu choque tarifário faz alerta: o pior ainda está por vir

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Boric visita Brasil e prioriza desenvolver plano de rota Atlântico-Pacífico

Obras para rota terrestre que sai de portos brasileiros na costa do Atlântico e termina em portos chilenos no Pacífico devem ser concluídas em 2026

O presidente do Chile, Gabriel Boric, realizará visita oficial ao Brasil entre os dias 22 e 23 de abril e terá como uma de suas prioridades na viagem conversar com autoridades no país sobre as obras para a rota terrestre que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico na América do Sul, disseram fontes próximas ao assunto à CNN.

A rota “bioceânica de Capricórnio” — como é chamada — sai dos portos brasileiros de Santos (SP), Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC) e Itajaí (SC), no Atlântico, cruza o Paraguai e a Argentina e leva aos portos chilenos de Iquique, Mejillones e Antofagasta, no Pacífico.

Em laranja, rota de Capricórnio do plano de integração sul-americana • Reprodução / MPO

As obras são coordenadas no bojo de um esforço por integração sul-americana tocado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) do governo Lula. “Menina dos olhos” da ministra Simone Tebet, o plano de infraestrutura contempla esta e outras quatro rotas dentro do continente.

Boric deve se encontrar com o presidente Lula no dia 22 e pediu que, na esteira desta reunião, seja organizado um seminário, com autoridades chilenas e brasileiras, para debater o plano. A ideia é discutir, por exemplo, os impactos ao comércio e turismo que esta rota acarretaria.

A previsão do MPO é de que a rota seja “entregue” ainda no governo Lula, em 2026. São necessárias ainda duas intervenções para sua conclusão: uma ponte que ligará as cidades de Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta, no Paraguai, e o asfaltamento de uma estrada entre Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, também no Paraguai.

Ambas as obras, da ponte e da estrada, estão previstas para serem concluídas no ano que vem. Visto que os demais trechos necessários para que a ligação terrestre entre Atlântico e Pacífico já estão de pé, há expectativa de que a entrega ocorrerá, e a ideia é já discutir os ganhos em integração.

FONTE: CNN Brasil
Boric visita Brasil e prioriza desenvolver plano de rota Atlântico-Pacífico | CNN Brasil

 

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Governo Trump anuncia 10% de taxas sobre produtos brasileiros

Anúncio feito na tarde desta quarta-feira (2), no que presidente chamou de “Dia da Libertação”, traz impactos para o mercado global

O presidente Donald Trump anunciou na tarde desta quarta-feira (2) um “tarifaço” global. A série de impostos de importação fazem parte do que ele chamou de “Dia da Libertação” e têm gerado reações nos mercados ao redor do mundo. Para o Brasil, as tarifas anunciadas foram de 10%, mesmo valor praticado pelo nosso país no mercado norte-americano, segundo Trump.

De modo geral, outros países têm visto o “tarifaço” como uma medida destrutiva para a economia global, e pretendem retaliar. No Brasil, o sentimento entre exportadores e o governo é de apreensão. Na terça (1º), o Senado aprovou um projeto como resposta às tarifas americanas. O projeto também foi aprovado na Câmara nesta quarta-feira.

As tarifas recíprocas são para países que cobram taxa de importação de produtos norte-americanos. O nome de “Dia da Libertação” se dá porque o presidente afirma que o conjunto de taxas “libertará os EUA de produtos estrangeiros”.

Segundo Trump, os Estados Unidos sofrem tratamento injusto de outros países, que vendem para o país e cobram taxas de produtos americanos em seus mercados para impedir a competição com produtos nacionais.

Trump acredita que com essa medida vai atrair para os Estados Unidos investimentos produtivos e empregos que migraram para outros países nas últimas décadas.

Tarifaço anunciado

O primeiro anúncio foi da aplicação de 25% de tarifas em todos os automóveis importados. A medida, que tem como foco a Europa e países asiáticos, passará a valer já nesta quinta-feira (3).

Trump citou ainda produtos da União Europeia, Austrália, China, Japão e outros parceiros comerciais, sem mencionar o Brasil. A importação da carne australiana foi alvo de críticas por parte do presidente.

— As tarifas serão de pelo menos metade do que eles estão cobrando da gente — apontou Donald Trump.

Em seguida, Trump revelou uma tabela com uma lista de países, que mostrava o valor das taxas aplicadas pelos países contra os EUA e o quanto os Estados Unidos pretendem aplicar de tarifa para os produtos dos referidos países.

Confira os cinco primeiros da lista:

  • China: 67% e 34%
  • União Europeia: 39% e 20%
  • Vietnã: 90% e 46%
  • Taiwan: 64% e 32%
  • Japão: 46% e 24%

No caso do Brasil, o presidente americano destacou que as tarifas cobradas atualmente dos EUA são de 10%. Assim, os Estados Unidos irão aplicar tarifas similares, também de 10%, para os produtos brasileiros.

Câmara aprova urgência em lei contra tarifaço de Trump

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou na terça-feira (1º) um projeto que cria a Lei da Reciprocidade Econômica. A medida é uma resposta ao tarifaço do presidente americano Donald Trump e propõe mecanismos e autoriza o governo a retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais a produtos brasileiros.

O texto prevê que o governo federal poderá agir para combater decisões unilaterais estrangeiras que:

  • violem e prejudiquem acordos comerciais do Brasil;
  • ameacem ou apliquem sobretaxas; ou
  • decretem critérios ambientais para produtos brasileiros, mais rígidos do que os aplicados para os mesmos produtos nos países importadores.

A proposta tem apoio do governo e da bancada do agronegócio. Além de responder às sobretaxas anunciadas recentemente por Trump em relação a produtos de fora, a medida também mira em ações da União Europeia contra a agropecuária brasileira — incluindo a resistência em assinar o acordo com o Mercosul — por suposta falta de compromisso ambiental.

A Câmara dos Deputados aprovou caráter de urgência para análise da proposta, que pode ser votada ainda nesta quarta (2). Se aprovada, a proposta segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Atualmente, o Brasil não adota tarifas específicas contra países. As regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) preveem o princípio da “nação mais favorecida” entre seus membros — ou seja, a proibição de favorecer ou penalizar um colega de OMC com tarifas.

Em discursos recentes, porém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem defendendo que o Brasil adote a reciprocidade em casos de taxação.

FONTE: NSC Total
Governo Trump anuncia 10% de taxas sobre produtos brasileiros – NSC Total

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Dólar para maio vira para o negativo após anúncio de tarifas por Trump

Dólar para maio — atualmente o mais líquido no mercado brasileiro — cedia 0,32%, a R$5,6930

 O dólar para maio negociado na B3 passou a cair nesta quarta-feira após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma série de tarifas recíprocas para importação de produtos, incluindo 10% para os itens brasileiros.

Às 18h04, o dólar para maio — atualmente o mais líquido no mercado brasileiro — cedia 0,32%, a R$5,6930. Pouco antes do anúncio de Trump, às 16h57, o dólar para maio subia 0,22%, a R$5,7240.

Durante a maior parte do dia o dólar se manteve em alta tanto no mercado à vista quanto no mercado futuro no Brasil, com investidores buscando a proteção da moeda norte-americana antes do anúncio de Trump, programado para 17h (horário de Brasília).

Passado o anúncio, a divisa reagiu no mercado futuro brasileiro, que seguia aberto.

Para o gestor de Renda Fixa Ativa da Inter Asset, Ian Lima, a tendência é de que o real sofra pouco no novo ambiente tarifário.

“Primeiro, o impacto sobre a balança comercial brasileira deve ser pequeno, uma vez que o fluxo comercial do Brasil com os Estados Unidos não é o mais relevante”, avaliou, em comentário enviado à Reuters.

“Por outro lado, o efeito líquido das tarifas pode ser positivo, especialmente se houver retaliação por parte da China e da Europa. O Brasil tende a ganhar ‘market share’ de suas exportações, à medida que essas regiões direcionem suas demandas para outro lugar, particularmente o agro, que sofre grande competição com o agro americano.”

(Por Fabrício de Castro)
FONTE: Brasil 247
Dólar para maio vira para o negativo após anúncio de tarifas por Trump | Brasil 247

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Greve: 127 dias de intransigência do governo federal

É inaceitável que o projeto de lei enviado ao Congresso Nacional, que estabelece o reajuste salarial dos servidores públicos federais, não tenha incluído os Auditores-Fiscais.

E é também inaceitável que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não se mostre suficientemente determinado a encontrar uma solução para que o governo cumpra o acordado, negocie o reajuste do nosso vencimento básico e nós possamos pôr fim à esta greve.

Em entrevista publicada no dia 28 de março, o ministro, enfim, se pronunciou sobre o nosso movimento. Afirmou à imprensa que a Receita Federal “é o pilar do Estado” e que os Auditores-Fiscais “são profissionais altamente qualificados, que têm feito um trabalho excepcional”.

Não há como não registrar a incoerência entre esse depoimento e a prática do ministro da Fazenda em relação à Receita Federal, aos Auditores-Fiscais e, até mesmo, em relação à importância da gestão responsável das contas públicas.

Os Auditores-Fiscais estão em greve há 127 dias. A Receita Federal está com sua operação comprometida em todas as áreas: nas Aduanas, na fiscalização, nos processos internos e até mesmo nos processos da Declaração Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física. E, durante todo esse período, não houve qualquer ação efetiva do Ministério da Fazenda no sentido de solucionar o problema, nem mesmo reuniões com a categoria para tratar da pauta.

O ministro disse à imprensa estar preocupado. E deveria estar mesmo. O PL enviado ao Congresso substituirá a Medida Provisória n° 1286/2024, que dispunha sobre a Reestruturação de Carreiras e Ajustes Salariais no Poder Executivo Federal.

O Ministério da Fazenda sabe que a negociação para o reajuste do vencimento básico dos Auditores-Fiscais, acordada entre o governo federal e a categoria, não esteve contemplada nem na Medida Provisória e nem no Projeto de Lei.

O Ministério da Fazenda sabe dos impactos da greve dos Auditores-Fiscais, que já dura mais de quatro meses – greve essa reafirmada por mais de 5.600 Auditoras e Auditores, em Assembleia Nacional realizada no dia 28 de março. Curiosamente, o mesmo dia da única entrevista na qual o ministro trata da greve dos Auditores, até o momento.

É evidente, então, a incoerência entre o discurso e a prática do ministro Fernando Haddad a respeito deste tema. Sendo a Receita Federal tão basilar para o Estado e para as contas públicas, e os Auditores-Fiscais, altamente qualificados com um trabalho excepcional, como se explica a inação do Ministério da Fazenda frente ao governo federal para que efetivamente seja cumprido o acordo assinado entre o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) e a categoria?

O engajamento efetivo do ministro da Fazenda é parte indissociável da solução da nossa greve e da definição do reajuste do vencimento básico dos Auditores. O MGI segue intransigente. O ministro da Fazenda não pode deixar que isso aconteça, sobretudo quando outras carreiras de seu próprio ministério foram contempladas em negociações recentes.

O secretário José Lopez Feijóo, que propôs e assinou o termo de acordo com a categoria, tenta justificar sua indefensável inadimplência: alega que a negociação salarial com os Auditores se deu no âmbito da regulamentação do bônus de eficiência.

Nada poderia ser mais improcedente: a implementação do bônus de eficiência nos moldes pactuados não configura negociação salarial, mas o cumprimento intempestivo do acordo de 2016. A regulamentação do bônus soluciona uma pendência do passado entre o governo e a categoria. O reajuste do vencimento básico é uma pendência atual, decorrente tanto do direito à reposição inflacionária dos servidores como do termo de acordo proposto e assinado pelo MGI, repita-se.

Não é de se imaginar que um ministério, como o MGI, descumpra seus acordos com os servidores públicos.

Da mesma forma, nos provoca indignação quando o ministro da Fazenda afirma (à imprensa) que “conta com o bom senso dos Auditores”. Ora, nós temos bom senso e temos responsabilidade.

Aceitamos as condições colocadas pelo MGI quando assinamos o acordo em abril de 2024. Manifestamos publicamente nossa insatisfação quando o prazo estabelecido no acordo com o MGI, para iniciar nossa negociação, se encerrou. Entramos em estado de mobilização em julho de 2024, sinalizando nossa indignação pelo tratamento concedido aos Auditores-Fiscais pelo governo federal. Realizamos fortes ações de mobilização em todo o país e fizemos intenso movimento para estabelecer tratativas com o MGI e com o MF e discutir nossa pauta.

Em 26 de novembro, entramos em greve por tempo indeterminado. Entendemos que a greve é uma medida extrema e manifestamos nosso desejo de retomar o mais rapidamente possível o nosso trabalho e a plena operação da Receita Federal, em todas as suas áreas.

Não é bom senso que nos falta, ministro. O que falta é o Ministério da Fazenda se comprometer de fato no enfrentamento da intransigência com a qual a pauta dos Auditores vem sendo tratada até agora pelo governo federal.

FONTE: Sindifisco Nacional
Greve: 127 dias de intransigência do governo federal – Sindifisco Nacional

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3 grandes dúvidas sobre megatarifaço de Trump

O presidente americano, Donald Trump, vai anunciar um grande pacote de tarifas nesta quarta-feira (2/4).

Mas de quais tarifas ele está falando? Trump já falou em tantos impostos de importação desde que chegou ao poder que por vezes é difícil acompanhar sua política comercial.

Trump já aumentou impostos sobre importações da China, Canadá e México, além de tarifas sobre aço e alumínio — que tiveram impacto na indústria brasileira. Impostos mais altos sobre carros também devem entrar em vigor esta semana.

A Casa Branca está chamando esta quarta-feira de “Dia da Libertação”. Afinal, o que deve vir por aí?

1. Quão grandes serão as tarifas?

A Casa Branca não informou quão altas as tarifas poderiam ser, embora analistas tenham sugerido várias taxações possíveis.

Durante a campanha eleitoral do ano passado, Trump apoiou a criação de uma tarifa geral de 10% a incidir sobre todas as importações destinadas aos EUA, às vezes sugerindo que poderia ser de 20% — ou até 60% no caso de importações da China.

Quando chegou ao poder, ele introduziu a ideia de tarifas “recíprocas”, sugerindo que as taxas poderiam variar de país para país.

“Simplificando, se eles nos cobrarem tarifas, nós cobraremos tarifas deles”, disse Trump em fevereiro, pouco antes de ordenar que as autoridades desenvolvessem um plano.

A Casa Branca complicou o cenário, observando que suas recomendações refletiriam não apenas tarifas, mas também outras políticas que eles acreditam serem injustas para as empresas dos EUA, como impostos locais.

Isso provocou uma confusão, com empresas e líderes políticos tentando ter uma ideia do tamanho do novo imposto que seus produtos podem enfrentar. Além disso, não se sabe como as tarifas que serão anunciadas nesta quarta-feira vão interagir com outras tarifas já em vigor, como as do aço e do alumínio.

Autoridades na Europa, por exemplo, estão se preparando para uma tarifa de dois dígitos sobre suas exportações. Trump disse no começo deste ano que planejava atingir produtos do bloco com um imposto de importação de 25%.

2. Quais países seriam afetados?

Operário em siderúrgica

Legenda da foto,Não está claro como tarifas novas vão interagir com as anunciadas por Trump sobre o aço e alumínio

O governo Trump não confirmou quais países serão afetados, limitando-se a dizer que o anúncio de quarta-feira será abrangente.

No domingo, o presidente disse que as novas tarifas poderiam ser aplicadas a “todos os países”, sugerindo um possível retorno à tarifa geral que ele apoiou na campanha.

Isso frustrou as esperanças de alguns países, como o Reino Unido, que achavam que poderiam escapar de tarifas — embora muitos ainda tenham esperança de fechar algum tipo de acordo com os americanos.

Ainda não está claro até que ponto as tarifas serão aplicadas universalmente ou serão mais direcionadas.

No mês passado, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que os esforços estavam focados nos “15 Sujos” — os 15% de países que respondem pela maior parte do comércio com os EUA e impõem tarifas ou outras regras que colocam as empresas americanas em desvantagem.

O governo americano não disse quais seriam esses 15 países.

O Gabinete do Representante Comercial dos EUA, ao se preparar para elaborar recomendações, identificou os países nos quais estava “particularmente interessado” em impor tarifas.

Eles eram Brasil, Argentina, Austrália, Canadá, China, países da União Europeia, Índia, Indonésia, Japão, Coreia, Malásia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Suíça, Taiwan, Tailândia, Turquia, Reino Unido e Vietnã.

O próprio Trump reservou algumas de suas críticas mais duras para aliados históricos e grandes parceiros comerciais, como o Canadá e a UE.

“O amigo tem sido, muitas vezes, muito pior que o inimigo”, declarou ele na semana passada.

3. Qual será o impacto das tarifas?

Tarifas são impostos sobre importações. Então a grande questão é: quem vai pagar?

Tecnicamente, a resposta é simples: as empresas norte-americanas que trazem os produtos são as que pagarão a conta, principalmente se a Casa Branca começar a cobrar tarifas “imediatamente”, como sugeriu a porta-voz Karoline Leavitt na terça-feira.

Mas quanto maiores forem as tarifas, mais empresas buscarão maneiras de compensar esses custos, seja trocando de fornecedores, pressionando parceiros de negócios a dividir o custo ou aumentando os preços para os consumidores americanos.

Muitas empresas disseram que já estão se preparando para esse passo. Mas é um jogo arriscado porque se as empresas aumentarem muito os preços, os compradores simplesmente vão parar de comprar.

A dinâmica aumentou os riscos de uma recessão econômica tanto nos EUA quanto fora dele, onde muitas empresas dependem das vendas nos EUA.

Trump diz que as empresas que buscam evitar tarifas podem simplesmente fazer negócios nos EUA, mas isso não é uma solução imediata ou fácil, dados os altos custos de contratação e instalação de fábricas.

Se for se considerar oscilações cambiais e retaliações de outros países, as consequências dessa tentativa de Trump de redefinir os equilíbrios comerciais globais ficam ainda mais imprevisíveis.

FONTE: BBC
Trump e tarifas: 3 grandes dúvidas sobre megatarifaço de Trump – BBC News Brasil

 

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Porto de Santos quer focar na operação e estuda PPP para serviços administrativos

A Autoridade Portuária de Santos (APS) estuda um novo modelo de Parceria PúblicoPrivada (PPP) para delegar os serviços de manutenção das avenidas perimetrais, que incluem zeladoria, para o setor privado.

A informação foi revelada em primeira mão ao videocast EXAME INFRA pelo presidente do órgão, Anderson Pomini. De acordo com a autoridade, o objetivo da concessão é permitir que a gestão portuária se concentre integralmente na operação e desenvolvimento logístico do maior complexo portuário da América Latina

A mudança não inclui à gestão pública dos serviços administrativos internos praticados hoje pela APS, como destaca o órgão em nota

Atualmente, o Porto de Santos administra diretamente as vias perimetrais, incluindo asfaltamento, iluminação, semáforos e zeladoria geral. “Não faz sentido a Autoridade Portuária estar envolvida nessas funções quando sua missão é a operação portuária. A nossa ideia é uma PPP administrativa, para que esse serviço fique com o mercado e o Porto de Santos, a autoridade portuária, foque no seu objetivo da constituição da empresa, de operação portuária”, afirmou Pomini no EXAME INFRA.

A iniciativa segue a tendência de ampliação das parcerias público-privadas no setor de infraestrutura. Neste ano, a legislação brasileira completa 30 anos da Lei de Concessões e 20 anos da Lei das PPPs, que vêm sendo cada vez mais adotadas para aumentar a eficiência da gestão pública, observa Pomini. Se confirmada, a PPP administrativa será um complemento a outras concessões em andamento, como a do Túnel Santos-Guarujá e a unificação da gestão dos canais do Porto de Santos e do Porto de Itajaí. O projeto do túnel, que contará com 80% de investimento público e 20% privado, prevê a concessão da operação do modal após sua conclusão.

Também é prevista a concessão dos canais de Santos e Itajaí, em Santa Catarina, cuja previsão de investimento é de aproximadamente R$ 6 bilhões em um contrato de 30 anos. Desde janeiro de 2025, a gestão do Porto de Itajaí foi formalmente incorporada à Autoridade Portuária de Santos, que agora conduz os planos de investimento na região.

“O formato das parcerias público-privadas veio para ficar”, diz o presidente da APS. “Pouco importa a ideologia do governo, a estrutura federal entendeu que essa é uma parceria muito positiva. O Estado tem suas limitações e o mercado tem mais eficiência para implementar obras e gerir serviços”, acrescenta.

Confira a seguir um histórico da movimentação de contêineres de longo curso no Porto de Santos (não inclui cabotagem). Os dados são do DataLiner:

Movimentação de contêineres no Porto de Santos| JAN 2021- JAN 2025 |TEUs


Pomini defende controle público do Porto de Santos

Apesar do alinhamento com as chamadas PPPs, Pomini defendeu a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manter, logo no início do mandato, o Porto de Santos sob controle da União. Embora reconheça que diversos serviços podem e devem ser transferidos à iniciativa privada, ele argumenta que a gestão estratégica da zona portuária deve permanecer sob controle estatal.

“O Porto de Santos tem conexão com 200 países e 600 locais de destino. Ele desempenha um papel crucial na segurança alimentar e na segurança nacional. Por isso, algumas decisões estratégicas jamais poderão ser entregues ao mercado”, afirma.

Segundo ele, aspectos como a organização da fila de navios e a priorização de cargas de interesse nacional não podem ser guiados apenas pela lógica do lucro. Além disso, o presidente da APS acredita que as parcerias têm funcionado também para a modernização da gestão pública.

“Não gostamos do que é público por um passado recente de escândalos, ineficiência e morosidade. Mas estamos caminhando para um modelo híbrido, onde a gestão pública se aproveita da eficiência do setor privado por meio de parcerias bem estruturadas”.

Novos projetos e investimentos

O Porto de Santos também está conduzindo diversos projetos de infraestrutura, incluindo a licitação da dragagem, estudos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a implementação do sistema VTMIS (Vessel Traffic Management Information System, na sigla em inglês do sistema de auxílio eletrônico à navegação), que otimizará o controle do tráfego marítimo no canal do porto.

“Estivemos recentemente em Roterdã, que é um exemplo global em tecnologia portuária. O VTMIS será essencial para aumentar a velocidade das manobras dos navios e melhorar a segurança da operação. Já enfrentamos mais de 200 impugnações nesse projeto, mas conseguimos atualizá-lo e agora seguimos para a contratação, prevista para o final de abril”, afirmou Pomini.
O executivo também mencionou que a modernização do Porto de Santos inclui investimentos da ordem de R$ 22 bilhões nos próximos anos.

“Estamos falando de um novo porto em um prazo de quatro anos, com canal aprofundado, o Túnel Santos-Guarujá, melhorias no aeroporto e na perimetral do Guarujá. Tudo isso está sendo estruturado com base em um cronograma rigoroso para garantir a eficiência e o avanço das obras”, diz no EXAME INFRA.

Com esse conjunto de iniciativas, a Autoridade Portuária de Santos afirma que consolidará um modelo de gestão mais eficiente, equilibrando o controle estatal em questões estratégicas e a participação do setor privado em atividades operacionais e administrativas.

Após a repercussão da reportagem, a APS enviou uma nota de esclarecimento à EXAME.

Leia a íntegra da nota da APS:
O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, informa que se referiu à concessão, por exemplo, dos serviços de manutenção das avenidas perimetrais, que incluem zeladoria, e não à gestão pública dos serviços administrativos internos praticados hoje pela APS.

A repercussão da notícia, após entrevista ao videocast Exame Infra, causou dúvidas entre os empregados da APS e o setor portuário sobre a possibilidade da concessão ao privado dos serviços administrativos internos da gestora do Porto de Santos.

Pomini, que sempre defendeu a gestão pública do Porto de Santos, deu o exemplo da concessão, no modelo Parceria Público Privada (PPP), sobre a manutenção da dragagem do canal de navegação do Porto de Santos. Esta concessão proposta, em estudo no BNDES, prevê que um privado venha a assumir a dragagem por um período de 25 anos ou mais, garantindo previsibilidade e constância neste serviço vital para os portos.
“A expressão concessão administrativa é usada para diferenciar o outro modelo de PPP, chamada concessão patrocinada”, explicou o presidente, lembrando que há os dois modelos existentes de PPP.
A concessão administrativa, assim chamada tecnicamente, é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. Nesta modalidade, não há cobrança de tarifas que remunerem o privado. Caberá ao Poder Público bancar integralmente a prestação dos serviços.
Já a concessão patrocinada é uma modalidade de PPP que prevê a concessão de serviços públicos em que há uma tarifa cobrada dos usuários. Como essa tarifa é insuficiente para remunerar o concessionário, a Administração Pública realiza pagamentos ao parceiro privado, de forma a complementar a tarifa cobrada, como acontece, por exemplo, nos serviços de transportes públicos municipais.

Fonte: EXAME
Exclusivo: Porto de Santos quer focar na operação e estuda PPP para serviços administrativos | Exame

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INVESTIMENTO: A OSCILAÇÃO ALUCINANTE DOS PREÇOS DAS COMMODITIES METÁLICAS

Nos últimos dez anos, os preços dos metais industriais tiveram uma jornada alucinante, subindo, caindo e subindo novamente, graças a tudo, desde oscilações econômicas globais até soluços na cadeia de suprimentos e drama geopolítico.

O aço é a espinha dorsal da construção e da manufatura, então não é surpresa que seu preço se mova com a demanda global, capacidade de produção e decisões comerciais. Os preços do aço atingiram o pico em maio de 2021, mas desde então caíram, refletindo as realidades econômicas atuais.

Os futuros do cobre subiram devido a preocupações tarifárias, demonstrando a sensibilidade desses mercados a mudanças políticas. Os preços do níquel sofreram oscilações drásticas, incluindo um aumento notável em 2021, ilustrando a conexão do metal com avanços tecnológicos.

Entre economias em mudança, conflitos globais, pressões ambientais e tecnologia em evolução, esses metais servem como uma verificação de pulso em tempo real da saúde industrial do mundo.

FONTE: WSJ
Wall Street se prepara para preços mais altos de metais à medida que a guerra tarifária se intensifica – WSJ

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Senado aprova lei de reciprocidade, mas nega que seja retaliação a tarifaço de Trump

Projeto foi aprovado por 16 votos a favor na Comissão de Assuntos Econômicos, em caráter terminativo, e segue agora para a Câmara dos Deputados

Com unanimidade, o plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (1º), o projeto de lei que busca proteger o comércio brasileiro em negociações internacionais, nomeado de Reciprocidade Econômica (PL 2088/2023). O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), celebrou que oposição e governo nem sempre estão em “lados opostos”.

“Há temas que dizem respeito a economia nacional, a defesa da economia nacional, ou outros temas que o interesse nacional fala mais alto. E esse texto da chamada reciprocidade oferece ao governo federal ferramentas que eu espero que não precisem ser usadas. Mas se for concretizado um ataque a produtos nacionais, evidentemente que nós não queremos brigar, mas não seremos subservientes”, pontuou o senador no plenário.

O texto passou primeiramente pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em caráter terminativo e seguiria diretamente para a apreciação da Câmara dos Deputados. No entanto, a pedido do líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), o projeto foi levado à votação no plenário da Casa Alta.

Com relatoria da senadora Tereza Cristina (PP-MS), o documento é uma resposta ao tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e às possíveis restrições impostas pela União Europeia à carne brasileira e a produção de soja em áreas desmatadas.

O PL foi levado ao plenário do Senado após Randolfe reunir assinaturas para um requerimento de urgência para a votação da matéria. Essa foi uma alternativa para evitar que o projeto aguardasse o prazo regimental de cinco dias, que é exigido quando a matéria é terminativa e precisa de recurso para votação em plenário.

Segundo Randolfe, a ideia era que a votação ocorresse amanhã na Câmara. No entanto, o presidente da Casa Baixa, Hugo Motta (Republicanos-PB), antecipou que o projeto será votado no plenário na quinta-feira (3).

FONTE: Metro 1
Senado aprova lei de reciprocidade econômica, mas nega que seja retaliação a tarifaço de Trump – Metro 1

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Ministro francês admite ‘apressar’ acordo UE-Mercosul diante de tarifaço dos EUA

O ministro francês das Finanças, Éric Lombard, disse que, diante da ameaça americana de tarifaços, é preciso “apressar” as discussões sobre o acordo comercial entre União Europeia e o Mercosul.

Foi um raro aceno à possibilidade de mudança da atual posição francesa de oposição ao tratado.

“Nós reconhecemos juntos que essa dificuldade, que corre o risco de atingir o comércio internacional, deve nos conduzir a apressar as discussões em favor do [acordo com o] Mercosul”, afirmou Lombard após encontro com o ministro brasileiro da Fazenda, Fernando Haddad. O ministro das Finanças reiterou, porém, que a França mantém sua oposição ao acordo.

Segundo Lombard, “hoje as condições não estão reunidas” para a França apoiar o acordo. “Compartilhamos com o ministro Haddad o desejo de desenvolver o multilateralismo, e o projeto de acordo com o Mercosul está incluído nisso. Falamos de forma muito direta. Para concluir, falta-nos um certo número de ajustes, que dizem respeito principalmente a questões de pegada ecológica na área industrial, e também temas relativos à agricultura”, afirmou.

“Nós identificamos algumas pendências, alguns obstáculos ainda”, disse Haddad, citando novo encontro entre os dois países previsto para o mês que vem na França. “Vamos trabalhar neste mês para que essas questões sejam superadas e nós possamos ter um grande encontro.”

O acordo comercial entre União Europeia e Mercosul foi assinado pelos dois blocos em dezembro passado, em Montevidéu, no Uruguai, mas sua entrada em vigor ainda depende da aprovação de outras instâncias da União Europeia.

O governo francês declarou ser contra o acordo, devido à pressão dos agricultores locais, receosos da concorrência dos produtos do Mercosul. Em princípio, para vetar o tratado a França precisa do apoio de pelo menos outros três países da União Europeia, mas Paris dispõe de alternativas para impedir sua entrada em vigor.

Com os recentes anúncios de imposição de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o acordo UE-Mercosul ganhou outro valor o de reação “multilateral” a uma guerra comercial. “É uma questão que chegou mais recentemente”, admitiu Lombard.

Sobre as tarifas de Trump, Haddad disse acreditar que nesta quarta (2) se conhecerão melhor as intenções americanas. “A partir de amanhã nós vamos ter um quadro mais claro do que os EUA pretendem, mas o presidente Lula já adiantou que quando a nação mais rica do mundo adota políticas protecionistas, parece não concorrer à prosperidade geral”, afirmou.

Haddad almoçou com empresários franceses e se disse otimista com os projetos de investimentos da França no Brasil. Foi citada, em particular, a área de inteligência artificial como uma das mais promissoras.

O ministro reiterou o que dissera na véspera: que um tarifaço americano seria “injustificável”: “Nossa conta [comercial] é deficitária com os Estados Unidos, apesar do enorme saldo comercial que o Brasil mantém com o mundo. Então, nos causaria até uma certa estranheza se o Brasil sofresse algum tipo de retaliação injustificada, uma vez que nós estamos na mesma negociação, desde sempre, com aquele país. O presidente Lula trabalhou nos últimos dois anos com o Estado americano, não fazendo distinção entre governos, e nós vamos manter essa postura de abertura nas negociações e de desejo de uma prosperidade mútua nas relações bilaterais.”

FONTE: Folha de São Paulo
França admite apressar acordo UE-Mercosul diante de tarifa – 01/04/2025 – Mercado – Folha

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