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Rafael Dubeux detalha plano que orienta ações do Brasil diante da crise climática global

Secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda participou do Fórum Nordeste na segunda-feira (2/9), em Recife

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rodutividade, sustentabilidade e justiça social. Esses são os três grandes objetivos do Ministério da Fazenda com o Plano de Transformação de Ecológica, detalhado pelo secretário-executivo adjunto da pasta, Rafael Dubeux, durante sua participação, na segunda-feira (2/9), em Recife, em um dos painéis do Fórum Nordeste, cujo tema em 2024 é “Desafios e oportunidades nos setores de biocombustíveis e energias limpas”.

“O Ministério da Fazenda vem trabalhando nesse assunto porque essa não é uma agenda puramente ambiental, é uma agenda de desenvolvimento econômico”, disse Dubeux. “São oportunidades novas que estão colocadas para o Brasil, para que sejam tratadas, diante da crise climática global, não como um custo para a economia brasileira, mas como uma oportunidade”, acrescentou. Segundo Dubeux, ao desenhar as medidas regulatórias adequadas, o Brasil consegue não apenas contribuir globalmente para a redução dos gases de efeito estufa, mas também gerar renda e emprego de qualidade no país.

O plano – ressaltou Dubeux – estabelece uma diretriz de desenvolvimento, orientando a reformulação do modelo tradicional de desenvolvimento do Brasil, “historicamente extrativo, sem agregação de valor, que prejudica o meio ambiente e que promoveu muita desigualdade”. Conforme o secretário, o que o governo busca agora é o inverso:  um plano que estimule o adensamento tecnológico e os ganhos de produtividade da economia brasileira, e não a exportação de bens sem agregação de valor; que incentive uma nova relação com o meio ambiente, em vez de um modelo de crescimento nocivo aos biomas brasileiros; e que propicie a distribuição mais justa da renda.

Seis eixos

Dubeux detalhou a estrutura do plano, formada por seis eixos: finanças sustentáveis; adensamento tecnológico; bioeconomia e sistemas agroalimentares; transição energética; economia circular; e nova infraestrutura verde e adaptação. Para a busca dos objetivos traçados, o Ministério da Fazenda definiu um conjunto de instrumentos de natureza financeira, administrativa, fiscal, creditícia e regulatória.

O primeiro eixo tem como base a canalização de recursos públicos e privados na direção de atividades de menor impacto ambiental. Entre as ações nesse âmbito estão a emissão de títulos soberanos sustentáveis, criação do mercado regulado de carbono e taxonomia sustentável.

O adensamento tecnológico envolve  o desafio de redesenhar ferramentas para a geração de emprego e renda. Compras públicas para inovação e integração entre universidades e empresas são algumas das iniciativas em destaque.

O terceiro eixo, da bioeconomia, trata, em essência, da adaptação a circunstâncias brasileiras. No país, diferentemente do que ocorre na Europa, por exemplo, as emissões de gases do efeito estufa têm como principal causa o desmatamento, com o agronegócio na sequência e,  em terceiro lugar, o setor de energia. Dubeux assinalou que o desmatamento vem sendo reduzido de forma expressiva no Brasil. “É preciso criar alternativas de emprego e renda, com a floresta em pé”. Entre os instrumentos voltados para isso, nos diferentes biomas, estão concessões florestais e ajustes no Plano Safra para contemplar critérios de sustentabilidade.

A transição energética é a pauta mais tradicional da mudança do clima e, para o Brasil – destacou o secretário –,  existem oportunidades com biocombustíveis e etanol e com novos mercados que se abrem.

Já o eixo da economia circular trata da saída do modelo linear, com muita extração de recursos naturais, manufatura, uso e descarte que geram demanda por novos recursos naturais e produção de resíduos em larga escala. “Em vez desse modelo linear vamos caminhar para um modelo circular, em que os produtos são reutilizados, remanufaturados e reciclados, de maneira que possamos mantê-los dentro da cadeia produtiva”.

O sexto eixo, relacionado à adaptação à mudança do clima, tem na mitigação uma tentativa de se evitar que ela seja catastrófica, uma vez que, em determinada medida, “já está contratada”, segundo pontuou Dubeux. “O que ocorreu no Rio Grande do Sul nos mostra a gravidade do problema. As secas pelas quais o Brasil vem passando, a maior seca da História, mostra a dimensão do desafio que está pela frente”.

Três Poderes

Em 22 de agosto foi lançado o Pacto pela Transformação Ecológica entre os Três Poderes do estado Brasileiro, elevando o compromisso da Transformação Ecológica a um novo patamar histórico. A iniciativa representa o compromisso entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de atuar, de maneira harmoniosa e integrada, pela promoção da transformação ecológica, a partir de medidas legislativas, administrativas e judiciais.

“O pacto que estamos firmando hoje simboliza a determinação de cada um de nós no enfrentamento dos maiores desafios do nosso tempo, com a profundidade e a urgência que a crise climática exige”, afirmou o presidente Lula no lançamento do pacto.

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Confac define representantes privados para o Subcomitê de Cooperação

O Diário Oficial da União publicou nesta terça-feira (2/9) Resolução com os representantes do setor privado selecionados para participarem do Subcomitê de Cooperação do Comitê Nacional de Facilitação de Comércio (Confac). Eles irão atuar como convidados permanentes, sem direito a voto, nos termos da Resolução Gecex nº 567, de 19 de fevereiro de 2024.

O Confac tem como objetivo promover a facilitação das operações de importação e exportação no Brasil, buscando uma abordagem harmonizada e eficiente no comércio internacional. Compõem o comitê: I – o Subcomitê-Executivo; II – o Subcomitê de Cooperação; e III – as Comissões Locais de Facilitação do Comércio.

Ao Subcomitê de Cooperação cabe identificar pontos de ineficiência nos trâmites processuais, procedimentos, formalidades, exigências ou controles relativos ao comércio exterior de bens e serviços, buscando soluções e formulando propostas e recomendações.

A Secretaria Executiva do Confac promoveu ampla divulgação do processo seletivo, recebendo mais de 70 candidaturas compromissadas com a facilitação do comércio e a racionalização dos processos de comércio exterior.

Para preencher as 10 vagas previstas, a escolha se deu com base em critérios de experiência, representatividade institucional e busca por equidade em termos de gênero, raça e região do País. São elas:

  • American Chamber of Commerce for Brazil – AmCham;
  • Associação Brasileira de Operadores Logísticos;
  • Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados – Abtra;
  • Associação das Empresas Usuárias de Recof e Oea – AER;
  • Associação de Mulheres Especializadas em Comércio Exterior – Amecomex;
  • Confederação Nacional da Indústria – CNI;
  • Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras – CECIEx;
  • Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros – Feaduaneiros;
  • Instituto Aliança Procomex – Procomex; e
  • Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo – Sindasp.

As reuniões do Subcomitê podem ocorrer de forma presencial ou remota. Quando presencial, não há previsão de custeio de deslocamentos para Brasília. Além disso, a participação é considerada uma prestação de serviço público não remunerada, conforme estabelecido pelo Decreto nº 11.717, de 28 de setembro de 2023.

Confira AQUI a integra da Resolução Confac nº 1.

Sobre o CONFAC

O Confac é órgão integrante da Câmara de Comércio Exterior (Camex), presidido e secretariado conjuntamente pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC) e pela Secretaria Especial da Receita Federal, do Ministério da Fazenda. Dentre as suas competências, está a de orientar e apoiar a elaboração de normas para facilitação do comércio exterior, bem como supervisionar a implementação de programas de simplificação e racionalização.

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Evento da FIESC no Chile vai aproximar indústrias de SC e chilenas

SC Day vai destacar diferenciais do estado e promover a indústria de Santa Catarina; empresas catarinenses de setores como alimentos e bebidas, madeira e móveis, peças automotivas, máquinas e equipamentos elétricos e têxtil reúnem-se em Santiago com empresários chilenos

Em uma iniciativa inédita, a Federação das Indústrias de SC (FIESC) organiza em Santiago, no Chile, um evento para promover a indústria catarinense e os diferenciais do estado para empresários chilenos. Programado para 18 a 20 de novembro, SC Day vai reunir entidades, empresas e órgãos governamentais para conhecer os motivos pelos quais Santa Catarina é o segundo estado mais competitivo do Brasil.

O SC Day é o primeiro evento neste formato organizado pela FIESC, e nesta edição está focado em indústrias dos setores de alimentos e bebidas, madeira e móveis, máquinas e equipamentos, partes e peças de automóveis, têxtil, plástico e tubos de aço, entre outros. Representantes de indústrias catarinenses nestes segmentos participam de rodadas de negócios com empresas chilenas para estreitar relações e fomentar novos negócios.

O presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, explica que fomentar a internacionalização das indústrias catarinenses é uma diretriz estratégica da FIESC e eventos como o SC contribuem para disseminar a cultura exportadora do estado. “Somos o estado com maior participação de bens de alto valor agregado na pauta exportadora. O que demonstra que a nossa indústria é diversificada, competitiva e capaz de competir internacionalmente em alto nível”, explica.

Relações comerciais
No primeiro semestre de 2024, a corrente de comércio entre Brasil e Chile (ou seja, o valor das importações e exportações somados), foi de US$ 1,28 bilhão. As exportações catarinenses (US$ 218,34 milhões) são lideradas pelo segmento de alimentos e bebidas, com carnes de suínos e de aves liderando a pauta exportadora, junto com motores elétricos e papel Kraft.

Do lado das importações (US$ 1,06 bilhão), insumos como o cobre – utilizado na fabricação de motores elétricos e compressores – e o minério de molibdênio – usado em produtos de siderurgia – lideram o ranking. Na lista dos principais produtos comprados por SC também estão peixes frescos, minerais como flúor, cloro e bromo, além de vinhos e azeites. Em 2023, as exportações somaram US$ 582,46 milhões e as importações alcançaram US$ 1,8 bilhão.

Programação
Além de apresentações de entidades empresariais e governamentais sobre o potencial do estado, o SC Day traz ainda uma palestra do economista Marcos Troyjo, que fala sobre geopolítica atual e a reordenação das cadeias globais de suprimentos. O encontro terá ainda a participação do Conselho Empresarial Brasil-Chile e da representação chilena no Conselho Brasil-Chile e da SOFOFA, a Federação industrial do país latino. Confira mais detalhes.

– 18/11
Encontro com o embaixador brasileiro no Chile

– 19/11
8h30 – SC Day com apresentações de:
Presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar
Embaixador do Brasil no Chile, Paulo Roberto Soares Pacheco
Presidente SOFOFA, Rosario Navarro
Executivo do Conselho Empresarial Brasil-Chile
Executivo da Duas Rodas
Executivo da WEG
12h30 – Palestra/almoço com o diplomata Marcos Troyjo
14h30 – Rodadas de negócios e visitas a empresas

– 20/11
9h às12h e 14h às 18h – Rodadas de negócios e visitas a empresas

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

Evento da FIESC no Chile vai aproximar indústrias de SC e chilenas | FIESC

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Academia OEA promove capacitação sobre Operações Indiretas

Evento reuniu 1650 participantes para abordar a visão do CARF e do Programa OEA sobre operações indiretas no comércio exterior.

Academia OEA, iniciativa que visa disseminar conhecimentos técnicos e promover a conformidade voluntária entre os intervenientes certificados como OEA, abordou na edição do dia 27 de agosto o tema Operações Indiretas, um dos critérios de conformidade que resulta em maior número de indeferimentos dos pedidos de certificação OEA.

Abertura do Treinamento - Elaine Costa, Renato Gusmão, Arnaldo Dornelles, José Carlos Araújo e Hermiro Oliveira

Abertura do Treinamento – Elaine Costa, Renato Gusmão, Arnaldo Dornelles, José Carlos Araújo e Hermiro Oliveira

A abertura do evento contou com a participação do coordenador-geral de Administração Aduaneira, o auditor-fiscal José Carlos Araújo e do integrante do Centro Nacional de Operador Econômico Autorizado, o auditor-fiscal Renato Câmara Gusmão.

O treinamento sobre Operações Indiretas foi conduzido virtualmente pelo auditor-fiscal Arnaldo Diefenthaeler Dornelles que atualmente exerce mandato de conselheiro na 2ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 3ª Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, especializada em matéria aduaneira. Arnaldo dispôs tecnicamente sobre as modalidades de importação, sua base legal e medidas de combate a fraudes relativas ao tema.

A segunda parte do treinamento foi conduzida pelo auditor-fiscal Hermiro da Silva Oliveira, integrante da Equipe OEA de Certificação e Monitoramento de São Paulo. Hermiro esclareceu as principais dúvidas previamente recebidas do público em relação às importações Indiretas.

O evento contou um público expressivo de 1650 participantes, sendo 51 servidores da Receita Federal e 1599 representantes de intervenientes do comércio exterior, em sua maioria importadores e exportadores.

Quer acessar o conteúdo desse treinamento?

O treinamento completo pode ser acessado por meio dos links abaixo:

Participe da Academia OEA

A Academia OEA consiste em treinamentos externos, promovidos por servidores da RFB e de outros órgãos e entidades da Administração Pública, com o intuito de disseminar conhecimentos técnicos e, consequentemente, induzir a conformidade voluntária dos intervenientes certificados como OEA.

Todos os treinamentos da Academia OEA já realizados estão disponíveis na Biblioteca OEA, acessada diretamente pela página do Programa OEA na Internet. Os próximos treinamentos podem ser acompanhados pelo Calendário OEA.

Comércio Exterior

 

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Facisc cria conselho para incentivar negócios internacionais

Assembleia constitutiva contou com secretário de Estado de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos, representantes de portos, fiscalização aduaneira e empresários.

Empresários catarinenses contarão com um novo aliado para prospectar negócios internacionais. Foi criado, nesta sexta-feira (30), o Conselho de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (CONCENI) da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC).

 “É um instrumento que vem para auxiliar o empresário e inserí-lo no âmbito do comércio exterior”, explica o diretor de Relações Internacionais da FACISC, Evaldo Niehues.

 Atualmente, a entidade conta com mais de 320 empresas conectadas a 15 Núcleos de Comércio Exterior espalhados pelo estado. A ideia do conselho é reunir esforços dos núcleos, da federação e de outras entidades, além de órgãos públicos e privados, para atender demandas que chegavam à federação por meio das associações empresariais.

Programa Empreender

Este movimento faz parte do Programa Empreender, que estimula, por meio de Núcleos Empresariais (entre eles, os de Comércio Exterior), a realização de ações com foco na melhoria do desempenho e da competitividade empresarial. A coordenadora do programa, Mariane Bergmann, explica que o ambiente de negócios catarinense é propício para a internacionalização. O estado, por exemplo, tem localização estratégica, com dois dos cinco maiores portos brasileiros, além de 21 aeroportos, sendo dois internacionais e um deles eleito o melhor do país.

“Ainda assim, temos uma série de defasagens que precisam ser tratadas com vigor. Por isso mesmo, essa iniciativa é fantástica”, explica o diretor Setorial da Facisc, Lito Guimarães.

 O secretário executivo de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos de Santa Catarina, Paulo Bornhausen, parabeniza a iniciativa e afirma que faz questão de fazer parte do conselho.

 “A atitude da FACISC é louvável, porque mobiliza os atores de Comércio Exterior de Santa Catarina com foco principalmente em pequenas e microempresas, para montar um conselho estadual de comércio exterior contando com a parceria do Estado, da união, de portos, logística e infraestrutura. A montagem de um programa específico e a formação de núcleos no Estado reforçam a nossa vocação exportadora e de importação de bens que são importantes para a indústria catarinense”, avalia Bornhausen.

 Participaram da assembleia da constituição do conselho representantes da FACISC, da UFSC, do Ministério da Agricultura, dos portos de Imbituba, Itajaí, Navegantes e São Francisco do Sul, do Sebrae, do Governo do Estado e da Receita Federal do Brasil.

“É um dia muito especial para todos nós, um marco decisivo para o Comércio Exterior catarinense, com diversos órgãos anuentes nos respaldando”, celebrou o diretor do Programa Empreender, da FACISC, Allan Kreutz.

 

FONTE: Facisc cria conselho para incentivar negócios internacionais (rcnonline.com.br)

 

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Setor portuário pede aumento da capacidade no Brasil

A discussão em torno da necessidade de aumento da capacidade do Porto de Santos não é a única no País, mas comum a todo setor portuário. A ampliação do espaço para cargas nos portos brasileiros é vista como fundamental para fazer frente à crescente movimentação e, consequentemente, tornar o País mais competitivo no cenário internacional e mais atraente para investimentos. Para representantes do setor portuário, o Governo Federal precisa agilizar essa expansão.

Evitar sobrecarga e aumentar a eficiência dos terminais é urgente, dizem executivos ouvidos por A Tribuna. O diretor do Porto de Suape, em Pernambuco, Márcio Guiot, explica que o congestionamento de um porto gera movimentação da carga para outro, o que traz custos adicionais.

“O produto perde competitividade, a nível de ficarmos fora de alguns segmentos ou perdemos relevância em algumas atividades. Ter uma infraestrutura adequada é fundamental”, diz.

No porto pernambucano, o diretor esclarece que a estratégia para aumentar a competitividade é apresentar Suape como uma rota de escoamento viável para o agronegócio brasileiro, que movimentou menos de 1 milhão de toneladas das 24 movimentadas pelo porto em 2023.

Ainda que a taxa de ocupação seja inferior a 60%, Suape vai expandir os berços para atração de navios. Além disso, está prevista a construção de mais um terminal de contêineres. Desde 2001, o porto opera com só um terminal.

“Entendemos como importante aumentar a capacidade e gerar concorrência”, pontua Guiot. O segundo terminal deve operar em 2026.

Portonave

Para o diretor-superintendente administrativo da Portonave, em Santa Catarina, Osmar de Castilho Ribas, é fundamental que os portos nacionais se adequem para que possam receber navios maiores.

“À medida em que o Brasil tenha condição de receber (plenamente) navios com 366 metros, o País terá um aumento na produtividade e, como em qualquer segmento da economia, produtividade significa ganho de eficiência e redução de custos”, pontua.

Segundo Ribas, para aumentar a capacidade portuária, a Portonave será expandida a partir de obras de adequação do cais. O objetivo do projeto, cujo investimento privado é de R$ 1 bilhão, é possibilitar o recebimento de navios de até 400 metros.

Governo fala em sinergia

Segundo o secretário Nacional de Portos, Alex Sandro de Ávila, o aumento na movimentação de cargas no País tem sido exponencial ao longo dos anos. Em 2023, o Brasil movimentou 1,3 bilhão de toneladas de carga. “É um volume muito grande. Como precisamos atender isso através dos nossos portos, há a necessidade de expansão”, pontua.

De modo a atender essa demanda, Ávila garante que há sinergia do Poder Público e com a esfera privada. Dentre as iniciativas destacadas pelo secretário, está o primeiro leilão de arrendamentos portuários de 2024, feito na semana passada pelo do Governo Federal. Foram cinco áreas arrendadas: REC08, REC09 e REC10, no Porto de Recife (PE), RDJ06, no Rio de Janeiro, e o RIG10,que fica no Porto do Rio Grande (RS).

O secretário acrescenta que está previsto o leilão de 35 blocos até o ano de 2026, tendo mais dois programados para este ano. “Com isso, trazemos um investimento de mais de R$ 14 bilhões para melhorar a infraestrutura portuária do País de mais de R$ 14 bilhões”, pontua.

Ávila destacou ainda o desenvolvimento de projetos de Terminais de Uso Privativo (TUPs) no Espírito Santo e em Piauí, além de um terminal graneleiro de Santa Catarina, em fase avançada de obras.

Paraná

Outros projetos destacados pelo secretário são três terminais na região do Porto de Paranaguá, no Paraná, sendo um deles do segmento de contêineres e os outros dois terminais multipropósitos, com investimentos na casa de R$ 3 bilhões.

“Quando fazemos a junção dos esforços do Estado em desenvolver novas oportunidades nos portos públicos, através da promoção de leilões de arrendamentos portuários, com o esforço dos privados, vemos que há muita sinergia em todos esses esforços. Essa é a forma para ampliarmos a capacidade dos nossos portos”, afirma o secretário nacional.

Fonte: A Tribuna

Saiba mais em A Tribuna:
Setor portuário pede aumento da capacidade no Brasil (atribuna.com.br)

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Portonave é premiada pelo compromisso com a redução de gases poluentes nas operações

Terminal Portuário recebe quinto Prêmio de Expressão de Ecologia, o mais longevo prêmio ambiental brasileiro, que está em sua 30ª edição e reconhece as organizações alinhadas ao desenvolvimento sustentável 🌎 🏆

A Portonave, primeiro terminal portuário privado de contêineres do país, recebeu o Prêmio Expressão de Ecologia na categoria Conservação de Energia, com o case “Transição Energética na Atividade Portuária e seu Impacto na Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)”. A cerimônia de entrega do troféu Onda Verde foi realizada pela Editora Expressão em Florianópolis, no sábado (31). No total, 121 projetos se inscreveram e 30 receberam o prêmio, que tem como objetivo parabenizar as organizações engajadas com atitudes sustentáveis.


Representantes da Portonave na 30ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia

O Terminal Portuário realiza investimentos pioneiros para reduzir a emissão de GEE em suas operações, principalmente as emissões diretas (Escopo 1) e indiretas relacionadas a consumo de energia (Escopo 2), como a compra de equipamentos ecológicos e o uso de energia limpa. De 2016 a 2023, obteve uma redução de cerca de 60% das emissões de GEE para cada TEU (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentado, atingindo, no ano passado, o menor índice da série histórica. Durante esse período, a redução das emissões somou quase 50 mil toneladas de carbono equivalente (tCO2e).

A Companhia executa uma obra de R$ 1 bilhão para o recebimento de navios maiores, de até 400m de comprimento. Iniciada em janeiro deste ano, a Obra do Cais também possibilitará a instalação de um sistema capaz de alimentar os navios por meio de energia elétrica, em prol do meio ambiente e desenvolvimento sustentável a longo prazo.

Esta é a quinta vez que a empresa recebe o prêmio. No ano passado, a Portonave foi reconhecida na categoria Gestão ESG (Meio ambiente, Social e Governança, em português). Também, foi premiada em Recuperação de Áreas Degradadas, em 2016, e Gestão Ambiental, em 2009 e 2012.

Nesta 30ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia, o Diretor-Superintendente Administrativo do Terminal Portuário, Osmari de Castilho Ribas, também foi reconhecido com o Prêmio Líderes de Expressão, que homenageia as lideranças comprometidas com a sustentabilidade.

Homenageados pelo Prêmio Líderes de Expressão Sustentabilidade

Investimentos constantes para descarbonização ☀️
Com objetivo de avaliar a troca de nossa frota por alternativas mais ecológicas, neste ano, a Companhia iniciou as operações do primeiro Terminal Elétrico no Sul do país, 100% elétrico, sem emissão de gases poluentes. Nos últimos anos, adquiriu a primeira Eco Reach Stacker da América Latina, com redução de 40% da emissão de GEE, e instalou 318 placas fotovoltaicas para geração de energia limpa. Desde 2022, obtém anualmente o certificado I-REC, o que garante a aquisição de energia limpa para as operações da empresa. Um marco para a redução das emissões foi a eletrificação dos 18 Rubber Tyred Gantry (RTG), guindastes para movimentação de contêineres, em 2016, o que reduziu em 96,5% a emissão de gases poluentes dos equipamentos, antes movidos a diesel.

Inventário de Emissões GEE 🔍
Desde 2010, a Portonave divulga o Inventário de Emissões de GEE, com base no GHG Protocol, que auxilia na identificação de pontos críticos em relação às emissões e adoção das medidas estratégicas de redução. Neste ano, a Companhia foi reconhecida com o selo prata do Programa Brasileiro GHG Protocol, devido à publicação do inventário completo, com informações das emissões diretas e indiretas referentes ao ano de 2023. Para conferir, acesse: https://registropublicodeemissoes.fgv.br/estatistica/estatistica-participantes/2354

Parcerias em busca do desenvolvimento sustentável 🌱
O Terminal se tornou membro, neste ano, da Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos, iniciativa que surgiu de uma parceria entre o Porto de Itaqui e a Valencia Ports, com objetivo de buscar soluções integradas com a colaboração dos mais diversos atores, nacionais e internacionais, como outros portos, empresas e sindicatos. Além disso, e parceria com a Universidade do Vale do Itajaí (Univali), a Companhia realiza um levantamento dos riscos das mudanças climáticas na infraestrutura portuária, que inclui a estruturação de um plano de ação para o Terminal.

Sobre a Portonave 🚢
A Portonave, localizada em Navegantes, Santa Catarina, é o primeiro terminal privado de contêineres do Brasil. De acordo com os últimos dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), de janeiro a junho deste ano, é líder em produtividade de navio entre os portos do país, com média de 118 Movimentos por Hora (MPH) — crescimento de 42% nesse indicador em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a agosto, 845.210 TEUs (unidade de medida equivalente a 20 pés) foram movimentados.

Sobre a Editora Expressão 📚
Especializada na produção de livros históricos e comemorativos, desde 1990, a Editora Expressão possui portfólio de obras culturais que transformam em legado a trajetória de empresas, entidades, organizações e cidades. Em 1993, o Prêmio Expressão de Ecologia foi criado pela Editora, com o propósito de divulgar as principais ações de sustentabilidade e incentivar a replicabilidade dessas iniciativas.

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Brasil registra aumento de 19,5% nas importações por contêineres em 2024

Dados recém-divulgados pela equipe de Business Intelligence da Datamar sobre a movimentação brasileira de contêineres apontam que o volume das importações no período de janeiro a julho de 2024 foi 19,5% superior ao de igual período do ano passado. Foram 1.821.816 TEUs recebidos nos sete primeiros meses do ano, contra 1.524.670 em iguais meses de 2023. Considerando apenas o mês de julho, houve um aumento de 22,8% nos volumes recebidos.

A China continua como a principal origem das importações brasileiras nos sete primeiros meses do ano, com um volume 34,7% superior ao de janeiro a julho de 2023, seguido por Estados Unidos, que enviou ao Brasil um volume 20,6% maior.

O produto mais importado via contêineres pelo Brasil nos sete primeiros meses do ano foi o plástico, cujos volumes foram 28,8% superiores ao de igual período de 2023, seguido por reatores e caldeiras, com um volume 10,2% superior.

Abaixo, um comparativo das importações brasileiras via contêineres para o primeiro semestre do ano nos últimos quatro anos. Os dados são da DataLiner:

Já as exportações brasileiras via contêineres cresceram em um ritmo um pouco menor: 16,5% no comparativo entre janeiro a julho de 2024 e 2023. Considerando apenas o mês de julho, o crescimento foi de 3%.

Assim como nas importações, a China também é o principal parceiro do Brasil nas exportações via contêineres, com um volume recebido nos primeiros sete meses do ano 21,8% superior ao de igual período do ano passado, seguido por Estados Unidos, cujos embarques cresceram 7,7% no mesmo comparativo.

As carnes continuam sendo a mercadoria mais exportada pelo Brasil via contêineres nos primeiros sete meses de 2024, com volumes 8,1% superiores ao de igual período de 2023, seguido por madeira, cujos embarques cresceram 16,8%. Um destaque é o aumento nos embarques de açúcar, que foram 42,6% superiores aos de 2023.

Confira a seguir um histórico das exportações brasileiras de contêineres nos sete primeiros meses de 2024 e seu comparativo com iguais meses dos três anos anteriores. Os dados são do  DataLiner, plataforma inteligência de mercado da Datamar:


Plate

As exportações argentinas via contêineres, por sua vez, cresceram 6,3% nos primeiros sete meses do ano na comparação anual, enquanto que as importações tiveram um desempenho 24,7% inferior no mesmo comparativo.

As exportações uruguaias tiveram um desempenho positivo de 13,5% nos sete primeiros meses do ano, em relação ao período de janeiro a julho de 2023. Nas importações via contêineres do vizinho sul-americano os volumes recebidos aumentou 2,3% na comparação janeiro a julho de 2024 e 2023.

Fretes

O valor dos fretes serve como um importante termômetro para prever as tendências do mercado. Segundo o mais recente boletim Platts Global Container Freight Weekly Commentary, divulgado na última semana pela S&P Global, o mercado de contêineres na América do Sul apresentou movimentos variados na última semana, impactado por mudanças nas linhas de serviço e pela demanda flutuante.

No segmento de importações para a Costa Leste da América do Sul, a adição de novas linhas de serviço e a redução reativa da demanda estão projetando uma queda nas tarifas à medida que setembro se aproxima. A expectativa é de que as tarifas diminuam conforme o mercado se ajusta às novas condições.

Ainda de acordo com o documento, um despachante revelou que a principal razão para a recente queda nas tarifas é a abundância de espaço disponível, impulsionada pela incorporação de três novos serviços de transporte.

Além disso, os desafios relacionados aos picos de preços estão tornando a importação mais difícil para muitos. “Os importadores enfrentam dificuldades devido ao alto valor das tarifas,” destacou um especialista do setor.

De acordo com outro operador logístico brasileiro ouvido pela S&P, “nenhum comprador consegue sustentar tarifas elevadas continuamente,” observando que a redução das tarifas está mais ligada à “diminuição da demanda por parte dos importadores.”

As tarifas para a rota da Ásia do Norte para a Costa Leste da América do Sul foram avaliadas em $6.700/FEU, representando uma redução de $100/FEU em relação à semana anterior.

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MDIC consolida normas de exportação em portaria única

Normativo da Secex unifica 30 atos; medida facilita operações e aumenta a competitividade das empresas

 

Diário Oficial da União publicou nesta quinta-feira (29/8) portaria da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC) que consolida e aprimora, em apenas um normativo, os 30 atos que regulavam os processos administrativos de exportação no Brasil.

No ano passado, portaria similar já havia feito o mesmo para as importações, e o próximo passo, segundo Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do MDIC, é a consolidação de um instrumento único para os dois tipos de operação, simplificando e organizando o corpo de normas da Secex.

“Medidas como essa reforçam o compromisso do governo com a gestão eficiente do estoque regulatório, visando sempre a facilitar as operações e a aumentar a competitividade das empresas brasileiras”, destaca Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do MDIC.

Com a publicação de hoje, ficam revogados todos os demais atos sobre o tema, inclusive a Portaria 23/2011, que por mais de 10 anos foi a principal referência normativa sobre as operações de comércio exterior.

A medida segue orientações de boas práticas regulatórias e representa uma nova fase no processo de consolidação das normas sobre operações de comércio exterior, particularmente aquelas sobre licenciamentos e regras de origem. “A consolidação busca oferecer um acesso simplificado aos operadores, promovendo regulamentação mais eficiente, transparente e segura”, diz Tatiana.

Atualização

A normativa publicada hoje atualiza a Portaria Secex 19/2019, que estabeleceu a obrigatoriedade de emissão de licenças e autorizações para exportação pelos órgãos intervenientes por meio do Portal Único de Comércio Exterior. A atualização aperfeiçoa as regras e melhorar a eficiência administrativa.

Já a portaria 249/2023, relativa a importações, regulamentou a Licença Flex, reforçou o combate a fraudes, ao autorizar investigações sobre irregularidades, e implementou o uso obrigatório do Certificado de Origem Digital nas exportações para a Colômbia, substituindo o certificado em papel.

“Essas duas portarias constituem pilares normativos de um marco regulatório que busca atender o duplo objetivo de simplificar e ao mesmo tempo garantir a integridade do comércio exterior brasileiro”, finaliza a secretária.

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