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Agronegócio, Comércio, Exportação, Notícias

Abics: consumo de café solúvel cresce 6,2% no 1º trimestre e exportação, 7,9%

O diretor de Relações Institucionais da Abics, afirmou, em nota, que o cenário atual favorece a procura por alternativas com melhor custo-benefício.

O consumo de café solúvel no Brasil registrou crescimento de 6,2% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com igual período do ano passado. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), foram consumidas 5,558 mil toneladas do produto no País entre janeiro e março deste ano, o equivalente a 240.851 sacas de 60 kg.

Entre os tipos, o destaque ficou com o café solúvel liofilizado (freeze dried), que teve alta de 44,9%, para 1,013 mil toneladas. Já o spray dried (em pó) avançou 0,2%, somando 4,545 mil toneladas. O consumo de solúvel importado caiu 18%, totalizando 167 mil kg, já incluídos no volume geral.

O diretor de Relações Institucionais da Abics, Aguinaldo Lima, afirmou, em nota, que o cenário atual favorece a procura por alternativas com melhor custo-benefício, diante da escalada nos preços do café em todo o mundo, impulsionada por eventos climáticos extremos e gargalos logísticos. “O café solúvel se apresenta como alternativa mais econômica aos apreciadores da bebida”, afirmou.

Estudo conduzido pela associação mostra que, considerando o preço médio do quilo do produto nos supermercados e a quantidade de doses possíveis, o café solúvel pode ser entre 33% e 40% mais barato que o café torrado ou moído. “Ao contrário do café torrado em grão ou torrado e moído, o solúvel oferece um custo por xícara relativamente inferior aos consumidores, além de não exigir custos adicionais com filtros e outros utensílios para seu preparo”, disse Lima.

Exportações em alta

O bom momento do café solúvel também se reflete nas exportações. Entre janeiro e março de 2025, o Brasil embarcou 977.659 sacas para 72 países, alta de 7,9% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. O desempenho contrasta com o dos demais tipos de café – arábica, canéfora e torrado e moído – que juntos registraram queda de 12,8% nas exportações no mesmo intervalo.

A receita cambial com os embarques de solúvel também teve salto expressivo: chegou a US$ 282,4 milhões no trimestre, alta de 56,6% frente ao mesmo período de 2024. Os Estados Unidos lideram a lista de destinos, com 153.320 sacas adquiridas, seguidos por Argentina (77.081 sacas), Rússia (64.822), México (51.767) e Chile (50.620).

“É válido recordar que esse resultado ainda não teve os impactos da confusão tarifária provocada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que, em 90 dias adotará taxação de 10% sobre o café importado do Brasil, porcentual menor que o aplicado a alguns de nossos principais países concorrentes, como o Vietnã (46%). Esse é um cenário que pode se configurar em oportunidades para as indústrias brasileiras”, projetou Lima.

Fonte: CompreRural

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agricultura, Agronegócio, Internacional, Logística, Mercado Internacional, Negócios

São Paulo lidera exportações do agro e fecha primeiro trimestre com superávit de US$ 4,9 bilhões

Café, laranja e carnes registraram importante aumento nas exportações

No primeiro trimestre de 2025, o agronegócio paulista manteve um desempenho expressivo no comércio exterior, alcançando um superávit de US$ 4,90 bilhões. Embora o valor represente uma redução de 19,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, o resultado reafirma a relevância do setor para a economia estadual. O saldo positivo decorre de exportações que somaram US$ 6,40 bilhões — ainda que 14,6% inferiores ao registrado em 2024 — e de importações que totalizaram US$ 1,50 bilhão, com crescimento de 9,5% na comparação interanual.

“Esse resultado mostra que temos uma base produtiva forte, inovadora e diversificada, capaz de sustentar bons resultados mesmo diante de oscilações pontuais de mercado”, afirma Guilherme Piai,  secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A análise foi elaborada pelo coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), Carlos Nabil Ghobril,  e os pesquisadores José Alberto Ângelo e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, e mostra que a participação das exportações do agronegócio paulista no total exportado pelo estado no primeiro trimestre de 2025 foi de 41,7%, enquanto as importações do setor corresponderam a 6,8% do total estadual.

Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos de Produtos

Os cinco principais grupos de produtos exportados foram:

●   Complexo sucroalcooleiro: responsável por 25,8% do total exportado pelo agro paulista, US$ 1,654 bilhão, sendo que o açúcar representou 88,7% e o etanol, 11,3%.

●     Setor de carnes: equivalente a 13,9% das vendas externas do setor, totalizando US$ 887,91 milhões, com a carne bovina respondendo por 82,5%.

●     Grupo de sucos: responde por 13,5% de participação, somando US$ 863,07 milhões, dos quais 98,2% correspondem ao suco de laranja.

●     Produtos florestais: representam 11,9% do volume exportado, com US$ 758,98 milhões, com celulose representando 55,1% e papel 35,5%.

●     Complexo soja: participa com 7,9% do total exportado, registrando US$ 507,27 milhões, sendo 81,7% soja em grãos.

Esses cinco grupos representaram, em conjunto, 73% das exportações do agronegócio paulista. O café aparece na sexta posição, com 7,3% de participação na pauta de exportações, com US$ 465,75 milhões, sendo 73,4% café verde e 23,1% de café solúvel.

Vale destacar que no período observado as variações de valores apontaram aumentos das vendas para os grupos de café (+67,2%), sucos (+37,5%), carnes (+25,0%) e florestais (+6,0%), e quedas nos grupos de complexo sucroalcooleiro (-50,5%) e complexo soja (-17,9%).

Principais destinos do Agronegócio Paulista

●  China: representa 19,3% de participação, adquirindo principalmente produtos do complexo soja (29%), carnes (28%) e florestais (23%);

● União Europeia: tem 16,4% de participação, sendo os principais itens sucos (37%), café (17%) e produtos florestais e vegetais (11%, cada);

●  Estados Unidos: somam 15,9% de participação, comprando sucos (40%), carnes (15%), produtos de origem animal (9,5%), florestais (8,8%) e café (8,6%).

Destaca-se, ainda, que em comparação ao mesmo período do ano anterior, São Paulo registrou 12,6% de retração nas vendas para a China, mas em contrapartida houve aumento expressivo de 34,4% nas exportações para a União Europeia e de 27,7% para os Estados Unidos.

Participação paulista no agro nacional

No cenário nacional, o agronegócio paulista manteve posição de destaque, respondendo por 16,9% das exportações do setor no Brasil. São Paulo lidera o ranking nacional, seguido por Mato Grosso (15,7%) e Minas Gerais (11,9%), este último com forte desempenho nas exportações de café.

Desempenho do agronegócio brasileiro

O agronegócio brasileiro, por sua vez, apresentou crescimento nas exportações, que atingiram US$ 37,83 bilhões no primeiro trimestre de 2025, aumento de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações somaram US$ 5,18 bilhões, com alta de 11,9%.

Com esses resultados, o saldo da balança comercial do setor alcançou superávit de US$ 32,65 bilhões, crescimento de 0,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024. O desempenho do agronegócio segue sendo fundamental para conter o déficit comercial gerado pelos demais setores da economia brasileira.

Fonte: Notícias Agrícolas

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Exportadores de café do Brasil alertam para desaceleração dos embarques com novas tarifas dos EUA

Exportadores de café do Brasil alertaram na última quarta-feira sobre uma desaceleração no mercado, impulsionada pela incerteza em torno da mais recente rodada de tarifas impostas pelos Estados Unidos, classificando a nova política como um golpe para o sentimento do comércio global.

“Estamos vendo um esfriamento do mercado devido à incerteza provocada pelo aumento tarifário anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump”, disse Marcio Ferreira, presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. “Isso abalou os mercados globais, inclusive o de café.”

Durante a divulgação de um relatório comercial mensal, Ferreira destacou que os Estados Unidos continuam sendo o principal comprador de café brasileiro.

O Brasil exportou 3,287 milhões de sacas de 60 kg de café em março, uma queda de 24,9% em relação ao ano anterior. No entanto, a receita com exportações saltou 41,8% na comparação anual, apesar da queda no volume — sugerindo preços elevados no mercado global.

No primeiro trimestre, as exportações brasileiras de café caíram 11,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Recentemente, os Estados Unidos impuseram uma tarifa de 10% sobre importações brasileiras, após já terem aplicado taxas de 25% sobre o aço e o alumínio do Brasil.

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café.

Fonte: Datamar News

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Indústria de soja prevê margem menor no Brasil com guerra comercial

A guerra comercial entre Estados Unidos e China já eleva a demanda do país asiático por soja do Brasil, e deve comprimir as margens da indústria processadora ao longo deste ano, estima André Nassar, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Após a eleição do presidente americano, Donald Trump, as processadoras anteciparam compras de soja e fixaram o que foi possível de preços, mas não conseguiram adquirir toda a necessidade anual. Assim, uma parcela entre 30% e 40% da safra, ainda não comprada, deve gerar margens menores, já que tem preços mais elevados.

“O que está acontecendo agora é um pouco parecido com o que aconteceu em 2018, quando a China fechou a importação de soja americana e comprou mais do Brasil. Isso gera uma valorização da soja brasileira”, disse Nassar, ontem, durante o seminário “A Lei Combustível do Futuro e as Perspectivas para os Biocombustíveis”.

“Olhando o preço no porto, já vemos há uma semana ou dez dias o prêmio subindo. Ele sinaliza que a soja está sendo valorizada. Essa soja que ainda não foi comprada vai ficar mais cara para a indústria, não acho que vá ter impacto grande (no volume) de esmagamento, mas isso reduz a margem da indústria”, acrescentou.

Segundo dados da Sin Consult, os prêmios da soja, base porto de Santos (SP) estão entre US$ 0,52 e US$ 0,55 o bushel para maio e US$ 0,60 a US$ 0,65 o bushel para junho, fruto de uma demanda acelerada da China pela soja brasileira. “A China está comprando tudo o que pode do Brasil. Nos últimos dez dias, foram 75 navios enviados para lá. Temos o produto para entregar, e nessa disputa comercial a procura cresceu ainda mais”, disse João Birkhan, CEO da Sin Consult.

A perspectiva do presidente da Abiove de que o custo de processamento será maior, mas os volumes vão se manter tem como base os cenários positivos para os mercados de óleo de farelo de soja no país. No caso do óleo, ele disse que há demanda oriunda dos mandatos de mistura do biodiesel ao diesel. O óleo de soja é a principal matéria-prima do biodiesel no Brasil.

Já para o farelo de soja, a expectativa é promissora porque o insumo é utilizado como ração animal e a produção de carnes é crescente no país, com recordes de exportação e consumo interno aquecido.

A projeção mais recente da Abiove, divulgada no mês passado, indicava o esmagamento de 57,5 milhões de toneladas neste ano. A perspectiva para a produção de farelo e óleo de soja permaneceu estável, na projeção mensal, em 44,1 milhões de toneladas e 11,4 milhões de toneladas, respectivamente.

Para a produção do grão, a Abiove estimou um volume de 170,9 milhões de toneladas, levemente abaixo dos 171,7 milhões de toneladas projetados em fevereiro, mas ainda uma safra cheia.

“Essa foi uma safra com muita compra antecipada, a maior em compras antecipadas comparada há duas ou três safras anteriores, mas a indústria não consegue adquirir uma safra de 170 milhões de toneladas”, ressaltou Nassar.

Ele acredita que, na ponta da demanda, a China pode estar tentando antecipar o máximo que consegue as compras de soja na América do Sul, com Brasil e Argentina como fornecedores, mas no segundo semestre “haverá um incentivo muito grande para EUA e China conversarem, por preocupação de abastecimento da China”, disse.

Assim, a retração nas margens da indústria nacional deve ser um fenômeno de curto prazo, enquanto não houver nenhuma mudança na conjuntura envolvendo Washington e Pequim. Outro efeito de curto prazo que contribui para a compressão das margens das processadoras é a queda dos preços domésticos do óleo de soja, acrescentou.

Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado, vê um cenário negativo para as esmagadoras este ano em decorrência do recuo de até 30% nos valores do biodiesel no mercado brasileiro e do congelamento da mistura em 14%. Tudo isso num momento em que a demanda chinesa fortalece os preços domésticos da soja.

O analista ressaltou que sazonalmente os preços do biodiesel são mais baixos no primeiro trimestre do ano, marcado por um período de demanda menor. No entanto, “para o segundo e terceiro trimestres era esperado uma reação nos valores [do biodiesel] que compensaria o recuo no início no ano, mas que foi neutralizada com a decisão de manter a mistura em 14%”.

Fonte: Datamar News

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Falta de armazenamento refrigerado no Brasil afeta exportações de mamão e manga

As exportações de frutas brasileiras estão enfrentando diversos desafios, incluindo a falta de infraestrutura refrigerada, altos custos logísticos internos e atrasos na emissão de certificações, fatores que impactam diretamente tanto a qualidade quanto a competitividade dos produtos.

A empresa Hevile, sediada no Brasil e com mais de 27 anos de experiência em logística internacional, se posicionou como operadora logística especializada no transporte de produtos perecíveis. Embora não exporte diretamente, a empresa desempenha um papel fundamental como operadora logística, permitindo que frutas brasileiras cheguem a destinos internacionais como a Europa. “Cuidamos de toda a logística marítima e aérea, desde a fazenda até o aeroporto ou porto, incluindo o desembaraço aduaneiro,” afirma Vinicius Wanderley Campos, diretor executivo da empresa.

A Hevile movimenta cerca de 1.000 toneladas por mês, sendo o mamão e a manga os principais volumes em seu portfólio. A empresa também trabalha com frutas mais delicadas, como figo, atemoia, abacate, pitaya e lichia, embora em quantidades menores. “O figo é provavelmente a fruta mais delicada com a qual trabalhamos, mas os maiores volumes, sem dúvida, são de mamão e manga,” diz Vinicius.

“Em um país tão extenso quanto o Brasil, a concentração de voos internacionais no eixo Rio-São Paulo representa um grande desafio logístico. Grande parte da produção de frutas está localizada no Nordeste, o que exige longas viagens rodoviárias. São necessários três dias de transporte por estrada até aeroportos como Guarulhos ou Campinas, o que aumenta os custos e o tempo de entrega, além do risco de perda de qualidade. Além disso, a infraestrutura refrigerada precária em diversos dos principais aeroportos do país dificulta ainda mais a manutenção da cadeia do frio,” ele destaca.

Outro ponto crítico é a escassez de fiscais do Ministério da Agricultura, o que atrasa a emissão de certificados fitossanitários e impacta diretamente o agendamento das cargas. No caso do transporte aéreo, a Hevile possui contratos com as principais companhias aéreas, o que permite garantir espaço e obter tarifas preferenciais para os exportadores de frutas. Quanto à logística marítima, o cenário é semelhante ao global, com atrasos nas escalas e omissões de portos. “Apesar dessas dificuldades, conseguimos manter um crescimento constante, graças a um serviço personalizado e a uma equipe que opera 24 horas por dia, sete dias por semana,” diz ele.

A empresa aposta na tecnologia como ferramenta de melhoria, investindo em sistemas de rastreabilidade e visibilidade em tempo real. “Nosso portal permite que os clientes consultem documentos e acompanhem seus embarques sem necessidade de troca de e-mails. Além disso, integramos ferramentas do Power BI para que possam analisar seus dados de forma estratégica,” afirma.

Entre as recomendações feitas aos exportadores, a Hevile destaca a importância do planejamento. “O ideal é ter um cronograma anual ou mensal de embarques. Isso nos permite negociar melhores janelas e tarifas com companhias aéreas e armadores,” comenta Vinicius.

Olhando para o futuro, ele menciona uma grande oportunidade: a recente abertura do mercado chinês para a uva brasileira. “Estamos preparando a logística para atender às exigências desse mercado. Nossa experiência com embarques de manga para a Coreia será essencial nesse novo projeto,” conclui.

Fonte: Fresh Plaza

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Preço do café salta 77% em um ano na inflação de março, mostra IBGE


Produto acompanha a alta no preço dos alimentos, que seguem pressionando a inflação no Brasil

O preço do café moído saltou 77,8% nos últimos 12 meses até março, como mostrou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (11).

Em 2025, a alta do produto soma 30,04%. Somente no mês de março, a variação foi de 8,14% nos preços.

A alta dos preços tem sido impulsionada principalmente por:

Questões climáticas | Queda da oferta mundial | Problemas com a safra no Vietnã

O café acompanha a alta no preço dos alimentos, que seguem pressionando a inflação no Brasil. O IPCA, que mede a inflação oficial, desacelerou a 0,56% em março, frente a alta de 1,31% em fevereiro. Ainda assim, este foi o maior IPCA para um mês de março desde 2003 (0,71%).

As altas temperaturas têm afetado a produção do café, cultura habituada a temperaturas médias. Tanto no Brasil quanto em outros países produtores de café, como o Vietnã, a produção foi afetada pela diminuição da oferta.

“O café é um dos produtos com maior resistência à baixa de preço, porque tem um grande problema de natureza ambiental que atinge a lavoura cafeeira. O café passou quatro anos sofrendo com geadas e secas, falta de água e, agora, o café também sofreu com quebras no exterior”, afirmou o ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, em entrevista à CNN.

A baixa produção, combinada com o aumento na demanda global e o fortalecimento do dólar, fez com que um maior volume fosse escoado para o mercado internacional, com menor disponibilidade para o mercado interno.

Apesar do cenário inflacionário, o consumo de café torrado e moído no Brasil cresceu 1,1% entre 2023 e 2024. Ao todo, foram 21,9 milhões de sacas de 60 quilos em 2024, equivalente a 40,4% da safra do ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

O Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás dos Estados Unidos em volumes absolutos, segundo a Abic, citando que o total consumido pelos norte-americanos superou o nacional em 4,1 milhões de sacas.

Fonte: CNN Brasil
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/preco-do-cafe-salta-77-em-um-ano-na-inflacao-de-marco-mostra-ibge/?utm_campaign=gecorrp__newsletter_fiesc_14042025&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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China faz grande compra de soja brasileira com o agravamento da guerra comercial com os EUA

As esmagadoras de soja chinesas adquiriram uma quantidade excepcionalmente grande de grãos brasileiros nesta semana, em meio à escalada da guerra comercial que inviabiliza as compras de safras dos EUA.

Os importadores chineses compraram pelo menos 40 cargas do Brasil na primeira metade desta semana, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem identificadas, pois não estão autorizadas a falar com a mídia. Eles reservaram os suprimentos para tirar proveito de uma recente queda nos preços brasileiros, que haviam subido nos meses anteriores em meio às consequências do agravamento das tensões sino-americanas, disseram essas pessoas.

Embora Pequim tenha procurado diversificar suas compras agrícolas nos últimos anos – até mesmo comprando mais do Brasil, que agora é seu maior fornecedor de soja -, a soja ainda é o principal produto de exportação agrícola dos Estados Unidos para a China. A disputa comercial aumentou nesta semana, com o presidente Donald Trump elevando as tarifas sobre a China para 125%, depois que Pequim anunciou planos de retaliar com uma tarifa de 84%.

As remessas são, em sua maioria, para entrega em maio, junho e julho, e equivalem a pelo menos 2,4 milhões de toneladas, quase um terço do volume médio que a China normalmente esmaga em um mês, disseram as pessoas. O maior importador de soja do mundo geralmente depende dos suprimentos brasileiros a partir de fevereiro, quando as exportações sul-americanas dominam o mercado. Mas a onda de compras desta semana foi excepcionalmente grande e rápida, disseram as pessoas.

Os compradores chineses também foram atraídos por margens de esmagamento domésticas mais altas, depois que os preços do farelo de soja subiram em meio a preocupações com a guerra comercial.

Os compradores evitaram em grande parte os grãos dos EUA nos últimos meses devido aos riscos da guerra comercial, mas o armazenador estatal da China ainda fez compras dos EUA para reabastecer as reservas e apressou as cargas antes da posse de Trump em janeiro.

Ainda assim, a soja brasileira pode ficar mais cara se as tensões entre os EUA e a China continuarem elevadas, e uma escassez de suprimentos pode surgir no quarto trimestre, quando a China normalmente recorre aos suprimentos da nova safra dos EUA. Isso provavelmente manterá os esmagadores chineses vigilantes quanto à compra quando os preços caírem.

Fonte: https://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economia-e-negocios/china-faz-grande-compra-de-soja-brasileira-com-o-agravamento-da-guerra-comercial-com-os-eua/ar-AA1CFM5Y?cvid=a026964403644b94be9558d4dad13d65&ei=12&ocid=windirect&utm_campaign=gecorrp__newsletter_fiesc_11042025&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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Com exportações em alta, Brasil amplia liderança global no mercado de milho

O Brasil está consolidando sua posição de liderança nas exportações globais de milho. De acordo com análise do Agroinfo do Rabobank, o país encerrou a safra 2022/23 com exportações que somaram 56 milhões de toneladas — um aumento de 29% em relação ao ciclo anterior.

Esse avanço foi favorecido por dois fatores principais: a quebra de safra registrada nos Estados Unidos e a excelente produtividade da segunda safra brasileira, também conhecida como “safrinha”. Esses elementos colocaram o milho brasileiro em destaque no cenário internacional, abrindo caminho para que o país se tornasse o principal fornecedor mundial do grão.

A tendência de domínio deve continuar. Para a safra 2023/24, o Rabobank estima que o Brasil exporte entre 45 e 50 milhões de toneladas, mantendo-se como o maior exportador global. “Ainda que as exportações brasileiras devam recuar, principalmente por causa de uma safra menor, o país continuará sendo o maior player nas vendas externas”, destaca o relatório do Agroinfo.

Essa nova dinâmica do mercado é resultado direto da maior competitividade do milho brasileiro, que tem ganhado espaço frente aos Estados Unidos, tradicional líder nesse segmento. Com infraestrutura em expansão e maior eficiência logística, o Brasil caminha para consolidar-se como um parceiro confiável e constante nos mercados internacionais.

Fonte: Portal do Agronegócio
Com exportações em alta, Brasil amplia liderança global no mercado de milho – Portal do Agronegócio

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Exportações de café não torrado superam US$ 1 bilhão em março de 2025

Dados divulgados nesta sexta-feira (4) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que as exportações brasileiras de café não torrado alcançaram um faturamento de US$ 1,424 bilhão em março de 2025.

O valor representa um expressivo aumento em relação ao mesmo mês de 2024, quando a receita somou US$ 739,283 milhões.

A média diária de faturamento também apresentou crescimento significativo, atingindo US$ 74,984 milhões em março de 2025 — avanço de 92,7% frente à média diária de US$ 39,964 milhões registrada em março do ano anterior.

No que se refere ao volume embarcado, foram exportadas 219,132 mil toneladas de café não torrado em março deste ano, ante 208,295 mil toneladas no mesmo período de 2024. A média diária de exportação foi de 11,533 mil toneladas, o que representa um aumento de 5,2% em relação à média de 10,414 mil toneladas registrada no ano anterior.

Quanto ao preço médio do produto, houve uma valorização de 83,2%. Em março de 2025, o grão foi negociado a US$ 6.501,60 por tonelada, enquanto em março de 2024 o valor médio foi de US$ 3.549,20.

Confira abaixo um comparativo das exportações brasileiras de café nos últimos cinco anos. Os dados são do DataLiner:

Exportações Brasileiras de Café | 2021 a 2025 | TEU

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Café torrado e derivados também registram alta na receita, apesar de queda no volume exportado

As exportações de café torrado, extratos, essências e concentrados totalizaram 7,438 toneladas em março de 2025, levemente abaixo das 7,877 toneladas embarcadas nos primeiros 20 dias de março de 2024. A média diária foi de 391 toneladas, queda de 5,6% em relação à média de 393 toneladas no ano anterior.

Apesar da redução no volume, o faturamento com essas exportações apresentou crescimento. A receita total em março de 2025 foi de US$ 94,799 milhões, contra US$ 65,707 milhões em março de 2024. A média diária ficou em US$ 4,989 milhões, representando um avanço de 44,3% frente aos US$ 3,285 milhões de março do ano passado.

O preço médio do produto também subiu de forma significativa. Em março de 2025, o valor negociado foi de US$ 12.745,00 por tonelada, o que equivale a uma valorização de 52,8% em comparação ao preço médio de US$ 8.341,70 registrado no mesmo mês de 2024.

Fonte: Portal do Agronegócio
https://www.portaldoagronegocio.com.br/agricultura/cafe/noticias/exportacoes-de-cafe-nao-torrado-superam-us-1-bilhao-em-marco-de-2025

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Agronegócio, Economia, Gestão, Industria, Informação, Mercado Internacional, Tributação

Brasil vira ameaça em disputa entre EUA e China pelo controle dos mares

Um disputa entre China e EUA pelo controle das rotas comerciais marítimas no mundo ganha um componente inesperado para o governo de Donald Trump: o alerta por parte do poderoso setor do agronegócio americano diante do que consideram como uma ameaça da concorrência brasileira.

A Casa Branca quer romper o domínio da China no transporte marítimo com uma estratégia em duas frentes. Uma é taxar os navios fabricados por Pequim e a outra, ampliar subsídios para a indústria naval dos EUA.

O problema, segundo os exportadores americanos, é que as medidas ameaçam tirar a competitividade dos produtos dos EUA, principalmente no setor agrícola. Já navios chineses poderiam continuar operando em mercados como o do Brasil.

O resultado seria a substituição dos bens exportados globalmente pelos EUA por bens vendidos pelo agronegócio brasileiro, mais competitivo diante da diferença que poderia ser estabelecida no frete.

O alerta sobre o país surgiu na semana passada, durante audiências marcadas pelo governo Trump para avaliar como cada setor examinava a proposta de lançar uma ofensiva pelo controle dos mares.

Ainda no governo de Joe Biden, os EUA começaram a investigar o domínio da China no setor de construção naval.

Em 2024, os navios porta-contêineres construídos na China detinham 81% do mercado. Na frota de navios para transportar grãos, os chineses representavam 75% da frota global. Nos principais mercados de energia, a China também vem aumentando sua presença. A China agora tem uma participação de 48% no mercado de transportadores de gás liquefeito de petróleo.

Em 12 de março de 2024, cinco sindicatos americanos entraram com uma petição solicitando uma investigação sobre as práticas da China no setor marítimo. O governo acatou o pedido e, em 17 de abril de 2024, Biden solicitou consultas com o governo da China.

A conclusão inicial da investigação determinou que a dominância da China “não é razoável porque desloca empresas estrangeiras, priva as empresas orientadas para o mercado e seus trabalhadores de oportunidades comerciais”.

O domínio chinês ainda aumenta o risco e reduz a resiliência da cadeia de suprimentos dos EUA. A conclusão foi também de que o posicionamento da China nos mares cria riscos de segurança econômica. Segundo o Escritório de Comércio dos EUA, o apoio financeiro da China, as barreiras para empresas estrangeiras, o “roubo” de propriedade intelectual, as políticas de aquisição e as transferências forçadas de tecnologia deram uma vantagem “injusta” ao seu setor de construção naval e marítimo.

Os chineses contestam a tese e alegam que o domínio não ocorreu por acaso. Cientes de seu papel central no comércio mundial, os chineses passaram a investir também no controle do transporte, com enormes investimentos e subsídios do estado para a construção de navios.

Ao chegar ao poder, porém, Trump decidiu ir além. Uma das propostas, agora, é a de aplicar multas e taxas sobre todos os navios fabricados na China que chegam aos portos dos EUA. Para embarcações com mais de mil toneladas, a taxa seria de US$ 1 milhão. Mas a Casa Branca também quer taxar qualquer operadora marítima que use navios fabricados na China. Neste caso, a taxa seria de até US$ 1,5 milhão.

O objetivo é o de forçar o mundo a comprar outros navios e reduzir o controle chinês. Enquanto isso, Trump lança uma operação para trazer de volta aos EUA a fabricação de navios. As multas poderiam chegar a US$ 20 bilhões por ano.

Em seu discurso ao Congresso ainda em 4 de março, Trump anunciou que criaria um novo escritório de construção naval na Casa Branca e prometeu incentivos fiscais para trazer mais construção naval de volta aos EUA.

Ele ainda assinou uma ordem executiva que inclui 18 medidas destinadas a retomar a construção naval dos EUA. Atualmente, os estaleiros americanos produzem menos de uma embarcação comercial de grande porte por ano, concentrando-se quase que exclusivamente em contratos militares.

A ameaça brasileira

Durante as audiências, porém, produtores americanos do setor agrícola se levantaram contra a proposta. No dia 24 de março, diante do USTR —o escritório de Comércio da Casa Branca— o fazendeiro de soja de Indiana e diretor da American Soybean Association (ASA), Mike Koehne, testemunhou contra a iniciativa.

Koehne foi o único representante de um grupo de commodities agrícolas no processo. Além de fazer parte da diretoria da ASA, Koehne faz parte da diretoria do Conselho de Exportação de Soja dos EUA e é presidente da Coalizão de Transporte de Soja.

Diante do governo Trump, ele explicou que depende pessoalmente do comércio marítimo, explicando que algumas de suas colheitas são transportadas por barcaça pelo rio Ohio antes de chegar a um navio a granel no Golfo do México. Os grãos de soja que ele cultiva são transportados por contêineres para o Japão e Taiwan.

“Com suas vias navegáveis interiores, ferrovias e rodovias, acredito que nosso sistema de transporte é nossa vantagem competitiva”, disse. “A ASA apoia a meta de aumentar a capacidade de construção naval doméstica para ajudar na exportação da agricultura dos EUA. Entretanto, a solução proposta nessa investigação gera consequências não intencionais para os produtores de soja como eu”, alertou.

Segundo ele, a solução proposta pelo USTR para combater o setor de construção naval da China “aumentaria significativamente” as taxas de frete para a soja e os produtos de soja dos EUA, tornando o preço final dos produtos de soja dos EUA menos desejável em comparação com os grãos do Brasil —os maiores concorrentes da soja dos EUA no mercado de exportação.

“A imposição de taxas portuárias sobre a maior parte da frota marítima que exporta e importa dos EUA aumentará os custos para os agricultores americanos, tanto em termos de insumos como fertilizantes, sementes, quanto para levar as colheitas ao mercado”, disse.

“Ao mesmo tempo, nossos concorrentes no Brasil e na Argentina não estarão sujeitos às mesmas regulamentações. Embora bem-intencionada, essa proposta garantiria que a soja dos EUA arcaria com custos mais altos e seria menos competitiva no mercado global”, concluiu.

A American Farm Bureau Federation, poderosa entidade de lobby agrícola dos EUA, também declarou ser contra. Em 2024, os EUA exportaram mais de 106 milhões de toneladas métricas de produtos agrícolas a granel.

A National Grain & Feed Association (NGFA) —a maior associação de grãos dos EUA— também se declarou contra a proposta do governo de cobrar multas. “Embora bem-intencionada, essa proposta ameaça impor custos significativos aos exportadores de grãos e sementes oleaginosas dos EUA e corroer a competitividade dos Estados Unidos no mercado internacional”, explicou o presidente e CEO da NGFA, Mike Seyfert.

“Se promulgada, essa proposta eliminaria efetivamente metade da frota global a granel de que precisamos para exportar quase um terço dos grãos e sementes oleaginosas produzidos nos Estados Unidos”, explicou Seyfert. “Isso coloca a agricultura dos EUA em uma desvantagem competitiva considerável nos mercados globais. Já estamos vendo interrupções no mercado desde que a proposta foi apresentada, incluindo perda de vendas e dificuldade de contratar navios.”

Há aproximadamente 21.000 navios na frota mundial de transporte a granel, quase 50% dos quais foram fabricados na China. Apenas cinco navios atualmente em operação na frota global foram construídos nos Estados Unidos, ou 0,2%.

Os navios de contêineres, que foram usados para exportar cerca de US$ 9 bilhões em grãos e sementes oleaginosas em 2024, também são importantes para os transportadores agrícolas e seriam gravemente afetados pela proposta, disse Seyfert.

Os grupos de lobby da agricultura americana estimam que uma taxa adicional de US$ 1 milhão sobre os navios que transportam exportações agrícolas aumentaria os custos da maioria das remessas entre US$ 15 e US$ 40 por tonelada.

“Sem uma isenção, poderemos ver uma queda significativa nas exportações de milho, soja e trigo”, alertou Seyfert. “Isso coloca em risco o superávit comercial de US$ 65 bilhões que os Estados Unidos têm com os grãos e sementes oleaginosas americanos e prejudica toda a agricultura americana, desde os exportadores até os agricultores”, insistiu.

FONTE: UOU
Brasil vira ameaça em disputa entre EUA e China pelo controle dos mares

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