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Única siderúrgica do Chile fechará devido às importações da China

A única siderúrgica do Chile, a usina de Huachipato, comandada pela companhia CAP, anunciou que irá encerrar suas atividades até setembro. A empresa alega que a grande quantidade de aço da China no mercado afetou a competitividade do setor no país, mesmo após o governo de Santiago ter aplicado novas taxas contra o aço chinês visando proteger a indústria local.

A empresa alegou, em nota, que a decisão foi tomada após “múltiplos fatores que não poderão se reverter no curto ou médio prazo, entre os quais se destacam a impossibilidade de transferir os preços das sobretaxas recomendadas pela Comissão Anti-Distorções, o aumento do dumping chinês e a complexa situação financeiras que a companhia enfrenta há anos”.

US$ 500 milhões em dívidas

A empresa afirmou que, nos últimos anos, o aumento de importações de aço da China provocaram até US$ 500 milhões em dívidas. O plano da CAP é escalonar o fechamento da usina para que, até setembro, todas as atividades no local cessem. A empresa gera, de maneira direta e indireta, 20 mil empregos da região de Bio Bio, que fica no centro do Chile.

Na nota, a CAP reconheceu as ações da Comissão Anti-Distorções para tentar conter o impacto do aço barato chinês no setor, mas afirmou que “quase quatro meses depois de implementada a medida, o comportamento do mercado tornou impossível corrigir os desequilíbrios” no setor.

Principal parceiro comercial do Chile

“Esta é uma decisão muito devastadora para a região de Bio Bio, e o país sabe que nós, como governo, fizemos um grande esforço para revertê-la”, disse, nessa quarta-feira (7), o ministro da economia Nicolás Grau, em publicação no X (Twitter).

A China é o principal parceiro comercial do Chile, responsável por quase 40% de suas exportações — uma das maiores participações entre os países da América Latina.

Fonte: Valor Econômico
Única siderúrgica do Chile fechará devido às importações da China | Mundo | Valor Econômico (globo.com)

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Excesso de carros no porto atrapalha exportações de rochas no ES, afirma liderança do setor

O setor de rochas ornamentais do Espírito Santo, que lidera as exportações, está enfrentando um novo desafio para se manter no topo dos que mais vendem para o exterior.

O aumento do volume de importação de automóveis pelo Porto de Vitória, especialmente carros elétricos da China, está lotando os pátios do porto e, com isso, o processo de embarque dos contêineres de rocha e café ficou mais lento.

O presidente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Tales Machado, expressou sua preocupação em recente entrevista, destacando como a situação tem prejudicado as operações de exportação.

“O Espírito Santo não possui um porto de águas profundas para receber grandes navios, o que nos deixa dependentes da cabotagem. Com o aumento na movimentação de carros elétricos, o porto ficou mais lento, o que resulta em maiores tempos de operação. O que antes levava cerca de 50 horas agora está levando mais de 100 horas para que um navio entre e seja liberado,” explicou Tales Machado.

Do Espírito Santo, os contéineres são levados em navio menores até os portos do Rio de Janeiro e São Paulo e de lá seguem em grandes embarcações para o exterior.

Tales ressalta que “ninguém é contra a importação de veículos, mas a autoridade portuária precisa equilibrar as necessidades de todos os setores”.

Ele lembrou que no passado, os carros importados eram desembarcados no lado de Vitória, onde cegonhas aguardavam para transportá-los. “Agora, o porto está lotado de carros estacionados, o que gera receita, mas o porto deveria ser um fator de desenvolvimento para todos”. afirmou.

Soluções em vista

Machado mencionou a chegada do porto da Imetame, em Aracruz, no norte do Estado, previsto para começar a operar no final do próximo ano, como uma solução potencial para esses problemas.

“O porto da Imetame está sendo construído com a capacidade de operar grandes navios, o que resolveria muitos dos nossos problemas logísticos”, afirmou.

Além disso, o presidente do Centrorochas acredita que o Porto Central também pode ser uma solução viável, embora ainda esteja em busca de investidores para viabilizar plenamente suas operações.

Saiba mais Jornal Dia a Dia:
Excesso de carros no porto atrapalha exportações de rochas no ES, afirma liderança do setor » Jornal Dia a Dia ES

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Demanda chinesa por carne argentina aumenta as exportações

A relação econômica entre a Argentina e a China tornou-se cada vez mais importante, com um aumento no comércio destacado pelo crescimento das exportações de carne do país sul-americano.

“Para a Argentina, manter e fortalecer os laços com a China é crucial para sua economia, pois proporciona diversificação de mercado, investimentos e benefícios financeiros,” disse Alejandro Marco del Pont, especialista em relações internacionais da Universidade Nacional de La Plata, ou UNLP.

Entre 2017 e 2022, as exportações da Argentina para a China cresceram 12,8% ao ano, de acordo com o Observatório de Complexidade Econômica. Embora o valor das exportações tenha caído no ano passado, o crescimento foi retomado este ano.

Em maio, a China importou produtos argentinos no valor de 525 milhões de dólares, compostos principalmente por soja, outros grãos e carne.

A Argentina é um dos maiores exportadores de carne do mundo, e a China se tornou um dos maiores importadores. A China é o segundo maior parceiro comercial da Argentina, depois do vizinho Brasil, e o principal mercado para suas exportações de carne.

As exportações de carne da Argentina para a China atingiram 234.000 toneladas métricas nos primeiros cinco meses deste ano, representando 75,8% do total das exportações de carne da Argentina.

Confira a seguir um histórico das exportações argentinas de carne bovina para a China. Os dados são do DataLiner, ferramenta de inteligência de mercado da Datamar:

Exportações de Carne Bovina Argentina para a China | Jan 2022 a Junho 2024 | TEU

A China implementou medidas para garantir a segurança alimentar e atender à demanda crescente por fontes de proteína de alta qualidade. Em 2017, a China expandiu acordos comerciais bilaterais e multilaterais e atividades agrícolas no exterior sob sua Iniciativa do Cinturão e Rota, que inclui a Argentina.

Impulso significativo

O aumento projetado das importações de carne argentina pela China este ano deverá proporcionar um impulso econômico significativo para o país latino-americano, que luta para superar uma crise econômica que dura anos.

Essa progressão destaca a grande dependência da Argentina em relação à China para seu crescimento econômico e diversificação das exportações.

Em 2003, a China era o quarto maior parceiro comercial da Argentina. Em 2022, a China subiu para o segundo lugar, representando 21% das importações da Argentina e 9% de suas exportações.

“Embora a relação diplomática entre a China e a Argentina remonte ao estabelecimento de laços em 1972, a relação comercial realmente ganhou força após a assinatura de um acordo de cooperação estratégica em 2004,” disse Sebastian Schulz, sociólogo da UNLP.

A Argentina pode se beneficiar da abertura econômica da China e da promoção da globalização ao aumentar suas exportações de carne, disse Schulz, especialista em estudos chineses.

Com a assinatura de acordos comerciais recentes, Schulz observou que ambas as nações enfatizaram a diversificação de suas cestas comerciais, apresentando oportunidades para os negócios industriais da Argentina.

Schulz afirmou que China e Argentina possuem economias complementares e há oportunidades para aprofundar a relação comercial por meio de sinergias.

“Considerando a decisão da China de aprofundar a abertura comercial para o resto do mundo, a Argentina poderia aumentar ainda mais os volumes de exportação para o país asiático,” disse Schulz.

“Isto poderia ajudar a Argentina a equilibrar o comércio e diversificar as exportações, trazendo mais divisas essenciais para o desenvolvimento nacional e impulsionando o crescimento nas indústrias de média e alta tecnologia.”

Fonte: China Daily

Clique aqui para ler o texto original: https://www.chinadaily.com.cn/a/202408/09/WS66b572cfa3104e74fddb9336.html

Demanda chinesa por carne argentina aumenta as exportações – DatamarNews

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O crescimento das exportações com conteúdo tecnológico

Houve crescimento de dois dígitos para Aeronaves, Instrumentos e Aparelhos profissionais, fotográficos e Máquinas e Aparelhos Elétricos.

A exportação de produtos brasileiro com intensidade tecnológica vem crescendo desde 2020.
Houve uma queda em relação ao total exportado, mas devido ao boom das exportações de commodities.

Quando se comparam as duas linhas – da produção total e a dos intensivos em tecnologia -, embora em bases diferentes, percebe-se uma aceleração no crescimento dos intensivos.

Na análise dos produtos, nos 12 meses acumulados em relação ao período anterior, houve aumento de 2% nas exportações, de 7,1% nos produtos de intensidade tecnológica, e crescimento de dois dígitos para Aeronaves, Instrumentos e Aparelhos profissionais, Aparelhos fotográficos e Máquinas e Aparelhos Elétricos.

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China responde por 52% do saldo comercial brasileiro

China, União Europeia e EUA são os 3 maiores destinos das exportações brasileiras. E os 3 maiores fornecedores de importações ao Brasil.

China continua garantindo o crescimento da balança comercial brasileira. Nos 12 meses encerrados em julho, o Bloco China-Hong Kong e Macau continuaram aumentando seu fluxo de comércio, em relação aos outros dois grandes parceiros comerciais, Estados Unidos e União Europeia.

Em relação a 12 meses atrás, houve uma melhora de US$ 21 bilhões no saldo comercial. Desse aumento, China participou com US$ 13,5 bilhões, e os Estados Unidos com US$ 9 bilhões. O saldo dos EUA ficou em US$ 1,4 bilhão. Mas no período anterior houve um déficit de US$ 7,7 bi.

No período, China aumentou de 28,3% para 31,7% sua participação nas exportações, manteve em 17,17% a participação nas importações, de 48.86% para 52,23% a participação no saldo, de 46,57% para 48,85% sua participação no fluxo de comércio.

China, União Europeia e Estados Unidos são os 3 maiores destinos das exportações brasileiras.

E também os 3 maiores fornecedores de importações ao Brasil.

Mas os maiores saldos comerciais estão nos países da Ásia.

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Luís Nassif: China responde por 52% do saldo comercial brasileir (jornalggn.com.br)

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Explosão atinge navio porta-contêineres em porto na China

Vídeos publicados nas redes sociais mostraram a explosão por vários ângulos e é possível observar uma forte coluna de fumaça vinda da área de contêineres antes de uma forte explosão.

Uma explosão atingiu navio porta-contêiners nesta sexta-feira (9) na cidade de Ningbo, no leste da China. Segundo informações da mídia estatal, não foram relatadas mortes ou feridos no incidente, que aconteceu no Porto de Zhoushan no início da tarde (pelo horário local).

Segundo as informações disponíveis, acredita-se que o acidente tenha sido causado por um contêiner transportando mercadorias perigosas em um navio com bandeira da Libéria, mas as autoridades ainda estão investigando as causas da explosão.

Vídeos publicados nas redes sociais mostraram a explosão por vários ângulos e é possível observar uma forte coluna de fumaça vinda da área de contêineres antes de uma forte explosão.

A CNBC informou que o navio YM Mobility pertence  à corporação de transporte marítimo taiwanesa Yang Ming, que confirmou que o incêndio foi controlado e que todas as pessoas a bordo foram evacuadas com segurança.

A operadora portuária estatal Ningbo-Zhoushan disse que o navio estava atracado no terminal de contêineres Beilun 2, de acordo com um post nas redes sociais chinesas.

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Explosão atinge navio porta-contêineres em porto na China (infomoney.com.br)

 

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Super navio na Bahia marca virada em movimentação portuária

Gigante capaz de transportar 100 mil toneladas operou pela primeira vez com carga máxima no Brasil

A passagem do navio MSC Orion por Salvador segue entre os principais assuntos na comunidade portuária brasileira. Quinze dias depois da atracação da primeira embarcação de 366 metros de comprimento, do tipo New Panamax, há uma sensação de espanto, quase inveja, por conta da escolha pelo Terminal de Contêineres do Porto de Salvador (Tecon Salvador), operado pela Wilson Sons, e não o Porto de Santos, ou outro do Sudeste. Foi a primeira vez que um navio do tipo operou na costa brasileira com carga máxima de quase 100 mil toneladas, expondo toda a capacidade operacional da Baía de Todos-os-Santos para a navegação de longo curso. A expectativa agora é que a linha regular entre a Bahia e a China, operada pela MSC, permita um crescimento exponencial na movimentação de cargas no Tecon Salvador.

Em alta

Mesmo antes da operação do New Panamax pelas águas da Baía de Todos-os-Santos, o Tecon já vinha acumulando bons resultados. Em julho, o terminal acumulou um impressionante crescimento de 27,3% em todos os seus fluxos operacionais. Foi o segundo recorde neste ano. As exportações cresceram 26,6%, com volumes maiores de celulose, químicos e algodão, enquanto o movimento de entrada de produtos externos por lá registrou alta de quase 35%, motivada principalmente por produtos químicos e siderúrgicos. Também houve crescimento na cabotagem, com alta de 30,9%, entre outros indicadores considerados bastante positivos.

No radar

A atividade portuária está entre os assuntos discutidos pelos candidatos à Prefeitura de Salvador este ano. Uma das pautas mais importantes neste sentido são a de definições de espaços para o funcionamento como retroáreas para armazenamento e tratamento de cargas, entre elas, o algodão produzido no Oeste baiano e no restante do Matopiba. É uma sacada e tanto, uma vez que os portos, além de grandes contribuintes ao erário público, empregam muita gente e fomentam desenvolvimento econômico.

Ritmo acelerado

A colheita de algodão na Bahia já ultrapassou a metade da área plantada, atingindo 62% do total, ou, 214 mil hectares. Desde o dia 16 de maio, quando foi iniciada, 210 mil hectares de algodão foram colhidos no Oeste baiano, que cultiva um total de 339.721 hectares. Juntamente com os 5.710 hectares do Sudoeste, – já com 4.115 hectares colhidos -, a área total de cultivo alcança 345.431 hectares, consolidando a Bahia como o segundo maior produtor de algodão do Brasil. Nesta safra, a Abapa registrou um aumento de 10,7% na área plantada em comparação com a safra anterior, que foi de 312,5 mil hectares.

Fusões e aquisições

O movimento de fusões e aquisições na região Nordeste se acentuou no primeiro semestre deste ano. Foram 34 operações nos primeiros seis meses do ano, contra 24 no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da PwC Brasil. O resultado representa um crescimento de 41% no período. Aqui na Bahia, foram registradas 14 operações. Leonardo Dell’Oso, sócio líder da área de fusões e aquisições da PwC Brasil, diz que nacionalmente, o crescimento de 2% no volume de operações é um dado positivo, porque indica a reversão de uma tendência negativa. Ele explica que o mercado viveu uma situação de anormalidade na pandemia, com as fusões e aquisições entre as poucas alternativas disponíveis para capitalização das empresas. “Isso explica o desempenho ruim em 2023, vínhamos de dois anos muito bons. Agora, em 2024, tudo indica um retorno à normalidade”, avalia. Em relação aos setores, após alguns anos entre os principais setores envolvidos em processos de fusões e aquisições, o mercado de energia começa a perder força em relação às movimentações das empresas de educação e do agronegócio.

Saiba mais em Jornal Correio:
Jornal Correio | Super navio na Bahia marca virada em movimentação portuária (correio24horas.com.br)


 

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Negociadores de Mercosul e UE se reunirão em setembro em sinal de movimento sobre acordo comercial

Os negociadores da União Europeia e do Mercosul se reunirão de 4 a 6 de setembro em Brasília, nas primeiras conversas presenciais desde abril, aumentando as esperanças de que um acordo comercial entre os dois blocos possa ser concluído este ano, segundo diplomatas.

 

Em negociação há duas décadas, o acordo foi adiado devido às preocupações europeias com as salvaguardas ambientais e às reclamações do bloco comercial sul-americano de que essas questões são motivadas pelo protecionismo.

“Estamos viajando para Brasília para uma rodada de negociações presenciais de 4 a 6 de setembro”, disse um diplomata europeu. “O cronograma de conclusão para o final do ano é realista”, disse ele.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou as datas da reunião. Os representantes do Ministério das Relações Exteriores da Argentina e do Uruguai não responderam imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. As autoridades do Paraguai não responderam.

As negociações sofreram um golpe em março, quando o presidente da França, Emmanuel Macron, chamou o acordo de “péssimo” em uma visita ao Brasil, expressando a oposição dos agricultores franceses. As negociações foram suspensas até depois das eleições parlamentares da UE realizadas em junho.

Diplomatas disseram que as questões sobre a mesa continuam as mesmas, incluindo a proteção europeia a seus produtos alimentícios e a oposição brasileira a uma lei antidesmatamento da UE que entrará em vigor no próximo ano e que poderá afetar as exportações do país.

Agricultores franceses, alemães e belgas protestaram contra a concorrência de importações sul-americanas mais baratas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeram-se a concluir o acordo até o final do ano.

Nesse estágio, a UE é a principal força por trás do novo impulso para concluir o acordo, que abrirá mercados para as empresas europeias, disse o acadêmico de relações internacionais Ignacio Bartesaghi, da Universidade Católica do Uruguai.

“O Brasil quer dar um sentido de continuidade às negociações”, disse Bartesaghi, devido ao temor de que o presidente da Argentina, Javier Milei, se retire, embora seu governo tenha apoiado as negociações desde que assumiu o cargo.

Saiba mais:
Negociadores de Mercosul e UE se reunirão em setembro em sinal de movimento sobre acordo comercial (msn.com)
(Reportagem de Anthony Boadle, em Brasília; Lucinda Elliott, em Montevidéu; Lucila Sigal, em Buenos Aires, e Daniela Desantis, em Assunção)

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Itajaí de volta à carga

Após mais de um ano sem movimentar contêineres, situação que abalou a economia da cidade, porto retoma operações, mas a competitividade do complexo depende de contrato de longo prazo e investimentos bilionários – Por Leo Laps.

 

Em dezembro do ano passado Itajaí assumiu o posto de maior economia de Santa Catarina. Com um PIB de R$ 47,8 bilhões, segundo dados de 2021 divulgados pelo IBGE, o município do litoral Norte ultrapassou Joinville (que somou R$ 45 bilhões), após oito anos na segunda colocação. A conquista foi celebrada pelo poder público e empresariado local. Mas há um elefante na sala, que pode custar à cidade a liderança recém-adquirida.

Desde o final do contrato de arrendamento de 22 anos com a APM Terminals, do grupo dinamarquês Maersk, em dezembro de 2022, o Porto de Itajaí, um dos maiores motores do desenvolvimento econômico da região, parou de movimentar contêineres devido a impasses políticos e administrativos que causaram atrasos no edital para uma nova concessão de longo prazo. Apenas 334 TEUs passaram pelo local no ano passado – quando a APM cumpriu uma extensão temporária de seis meses do contrato – e, em 2024, nenhum. Uma realidade muito diferente de três anos atrás, quando mais de meio milhão de contêineres foram movimentados pelo Porto de Itajaí.

Uma luz no fim do túnel, ainda que temporária, surgiu em maio, quando a JBS foi anunciada pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, como nova operadora do terminal de contêineres do Porto de Itajaí em um contrato tampão, com duração de dois anos. A multinacional produtora de alimentos já era, junto com a BRF e a Aurora, uma das maiores clientes do complexo portuário através da exportação de carne de frango e suína.

Sem movimentação de carga no Porto de Itajaí, as três gigantes do ramo passaram a amargar prejuízos mensais de R$ 2,3 milhões apenas com o trabalho de realocação de cargas para outros portos, revela o gerente executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Jorge Luiz de Lima. “As empresas tiveram de modificar suas operações, fazer viagens mais longas para Itapoá, Imbituba e até Rio Grande (no Rio Grande do Sul). E, por ser comércio exterior, elas acabaram absorvendo grande parte desse custo adicional”, comenta Lima.

A JBS deve incumbir a subsidiária Seara (que já opera na cidade o terminal portuário Braskarne) como controladora do Porto de Itajaí, depois de assumir 70% das cotas societárias da Mada Araújo Asset Management – empresa que ganhou, após algumas reviravoltas, o leilão de arrendamento transitório do Porto de Itajaí em dezembro de 2023. Novos trabalhadores estão sendo contratados e a movimentação de contêineres deverá ser retomada no segundo semestre.

Durante a vigência do contrato tampão, o Governo Federal promete lançar o edital definitivo para o arrendamento dos quatro berços do Porto de Itajaí à iniciativa privada, por até 35 anos, renovável por igual período, mantendo a autoridade portuária pública e municipal – um dos principais impasses criados durante o governo Bolsonaro, que pretendia privatizar o porto, questão encerrada com a eleição de Lula em 2022. Uma audiência pública virtual para definir o edital foi realizada em abril, e após sugestões o documento foi encaminhado ao Tribunal de Contas da União.

Para o presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Antônio Martorano, a definição da JBS como operadora do terminal de contêineres do Porto de Itajaí é um alento que não deve desviar do foco principal. “Precisamos que as operações do porto voltem a ocorrer com o máximo de urgência. A JBS é um player muito importante, que pode voltar a consolidar o Porto de Itajaí com uma grande operação. Mas, como se trata de um contrato provisório, a preocupação é que não seja possível realizar investimentos para que navios de maior dimensão possam operar, o que é essencial para a competitividade do porto”, diz Martorano.

“Considerando que o edital de concessão está previsto para ser lançado no final de 2024, e o leilão no primeiro semestre de 2025, é preciso urgentemente procurar uma forma de realizar os investimentos. Isso precisa estar claro na concessão. Se não for feito, perderemos mercado”, afirma Martorano. Garantir a dragagem permanente da Foz do Rio Itajaí-Açu e realizar as obras de conclusão da segunda etapa de expansão da bacia de evolução do porto, para atender navios com até 366 metros de comprimento, estão entre alguns dos investimentos considerados essenciais, avaliados em R$ 2,8 bilhões.

Avulsos | Enquanto a JBS não reativa os dois berços do terminal de contêineres, o porto público de Itajaí, que também conta com dois berços, tem trabalhado com navios para transporte de veículos, celulose e cargas em geral, além de receber dezenas de cruzeiros – quase 100 mil passageiros desembarcaram na cidade para fazer turismo na última temporada de verão. Em junho, a SC Portos assumiu o arrendamento transitório para movimentação de carga geral na área pública. De acordo com a empresa, o objetivo é manter a regularidade das operações desse tipo de carga, que não inclui contêineres. O contrato tem validade de seis meses e pode ser renovado por igual período.

A dragagem permanente do canal de acesso, na Foz do Rio Itajaí-Açu, aparentemente teve solução depois que o Governo Federal liberou R$ 25 milhões para o pagamento de dívidas da autoridade portuária com a multinacional holandesa Van Oord, responsável pelo serviço – o dinheiro, até 2022, vinha de tarifas cobradas do terminal de contêineres administrado pela APM. Em abril, o Porto de Itajaí recebeu o reforço da draga Utrecht, que tem como objetivo recuperar a profundidade de 14 metros do canal e aumentar a vazão das águas das chuvas que descem do Vale do Itajaí.

A movimentação atual tem dado resultado positivo para o Porto de Itajaí, mas os despachos de agora não acompanham os montantes gerados pelas cargas conteinerizadas. Estimativas da FIESC avaliam que cada TEU movimenta, em toda a cadeia logística, cerca de R$ 1,6 mil. “Só fazendo este cálculo já dá para saber o prejuízo da não movimentação, em torno de R$ 835 milhões ao ano. Somente em tributos federais, Itajaí já teve uma queda de arrecadação de 28% entre 2022 e 2023. Não temos os números de 2024, mas dá para imaginar que vai baixar muito, ainda mais. São implicações econômicas de impacto para um município que chegou a ser o maior arrecadador de impostos federais no Estado”, elenca Martorano.

Diante de tal cenário, Itajaí segue demonstrando força através da diversificação de sua economia. No primeiro trimestre, a cidade só ficou atrás de Joinville na criação de novos postos de trabalho, com 3,6 mil vagas abertas. Com um mercado imobiliário e construção civil em franca valorização e um dinâmico setor de serviços, a cidade também tem sofrido um pouco menos graças a um vizinho, a Portonave, porto privado localizado no outro lado do Rio Itajaí-Açu, em Navegantes. “Isso é consenso na comunidade portuária: a retroárea que atende o Porto de Itajaí também atende Navegantes, absorvendo a movimentação intensa deles. Isso aliviou o impacto para o setor de logística e comércio exterior de Itajaí”, comenta Martorano.

De fato, a Portonave conta com uma das operações mais eficientes do País: somente entre janeiro e abril deste ano a empresa movimentou 398,6 mil TEUs, mesmo enquanto trabalha com uma obra de R$ 1 bilhão para melhorar seu cais. No ano passado, chegou à marca de 1,23 milhão de TEUs, a segunda maior movimentação do Brasil – só perde para Santos – o que representa 15% de participação no mercado nacional.

Despachos | Realocar contêine­res para outros portos, como os de Navegantes, Itapoá e Imbituba, tem tornado mais complexo o trabalho de agentes marítimos como a Heusi, empresa especializada em despachos e agenciamentos para o comércio exterior. Com matriz em Itajaí e uma filial em São Francisco do Sul (além de unidades no Rio de Janeiro e na cidade gaúcha de Uruguaiana), a empresa também perdeu cerca de 18% do volume de despachos aduaneiros com a paralisação do terminal de contêineres no Porto de Itajaí.

“Como temos uma unidade em São Francisco, conseguimos ope­rar em Itapoá, mas perdemos carga, por exemplo, para o Porto de Paranaguá, no Paraná”, revela Marcelo de Almeida Heusi, proprietário da empresa. Outra consequência apontada por ele é o aumento de custos na operação: “Os portos acabam colocando valores maiores para receber os contêineres, pois há um gargalo. Santa Catarina sempre foi conhecida por seus benefícios fiscais agressivos, mas agora estamos com preços iguais aos de São Paulo. Estamos perdendo competitividade”, afirma.

Saiba mais em FIESC
Itajaí de volta à carga | FIESC

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Nova descoberta de gás no mar da Colômbia é anunciada pela Petrobras

Na manhã desta segunda-feira (5/8), a Petrobras revelou uma importante descoberta de gás ao perfurar um novo poço no Bloco Tayrona, a cerca de 31 quilômetros do litoral da Colômbia. Esta descoberta representa um marco significativo na colaboração entre Petrobras e Ecopetrol.

A estatal, atuando como operadora na região, informou que o poço descoberto, denominado Uchuva 2, está localizado em águas profundas a uma profundidade de 804 metros. Este novo poço se encontra a aproximadamente 76 km da cidade de Santa Marta, um destaque geográfico importante.

Parceria Petrobras e Ecopetrol
A parceria entre Petrobras e Ecopetrol tem sido crucial para as operações de exploração na área. A Ecopetrol possui 55,56% da área, fortalecendo ainda mais a cooperação entre as duas gigantes do setor energético. A colaboração estratégica visa aumentar a capacidade de descobertas e produção na região.

Como se Deu a Descoberta de Gás?

A descoberta de gás no Bloco Tayrona não foi um evento isolado. Os primeiros sinais de gás surgiram com a perfuração do poço Uchuva-1 em julho de 2022. A essência da descoberta atual reside na continuação das fases de perfuração que a Petrobras e Ecopetrol vêm executando minuciosamente.

O novo poço, identificado como Uchuva 2, está passando por um processo de perfuração que conta com cinco fases distintas. A constatação de gás foi efetivada na fase 4, indicando um sucesso significativo na estratégia de exploração em águas profundas. Este processo detalhado e bem planejado foi essencial para validar os nossos esforços e confirmar a presença de reservas de gás na área.

A descoberta de gás na Colômbia representa um marco importantíssimo para a Petrobras. Este avanço ressalta a eficácia das operações de exploração em águas profundas e a potente colaboração estratégica com a Ecopetrol. Além disso, a descoberta abre novas perspectivas para o desenvolvimento econômico da região e para o fortalecimento do portfólio de energia da Petrobras.

  • Potencial de Aumentar a Oferta de Gás Natural
  • Incremento na Parceria Estratégica com Ecopetrol
  • Desenvolvimento Econômico da Região

O Futuro da Exploração de Gás na Colômbia

Com esta nova descoberta, o futuro da exploração de gás na Colômbia se mostra promissor. A Petrobras, junto com a Ecopetrol, planeja continuar as operações de perfuração e análise para maximizar as novas reservas encontradas. O objetivo é potencializar a produção de gás e enriquecer ainda mais o mercado energético da região.

  1. Continuação das Fases de Perfuração
  2. Análise Detalhada das Reservas Encontradas
  3. Implementação de Estratégias para Maximizar a ProduçãoOs próximos passos envolvem uma contínua colaboração entre as empresas parceiras e um planejamento meticuloso para garantir que os recursos possam ser explorados de maneira eficiente e sustentável.Saiba mais em:
    Nova descoberta de gás no mar da Colômbia é anunciada pela Petrobras – Terra Brasil Notícias (terrabrasilnoticias.com)

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