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Economia, Gestão, Informação, Internacional, Mercado Internacional, Notícias, Tributação

Dólar fecha estável e Bolsa sobe com tarifas de Trump e dados dos EUA no radar

A sessão foi de volatilidade. A moeda norte-americana chegou à mínima de R$ 5,732 pela manhã e à máxima de R$ 5,780 à tarde, conforme os investidores repercutiam novas informações sobre os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e dados da maior economia do mundo

O dólar fechou próximo à estabilidade nesta quinta-feira (6), com leve alta de 0,06%, a R$ 5,759. A sessão foi de volatilidade. A moeda norte-americana chegou à mínima de R$ 5,732 pela manhã e à máxima de R$ 5,780 à tarde, conforme os investidores repercutiam novas informações sobre os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e dados da maior economia do mundo.

Na cena doméstica, o anúncio de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderá detalhar medidas para conter a alta no preço dos alimentos gerou ruídos.

Na Bolsa brasileira, o pregão também foi volátil. O Ibovespa fechou em alta de 0,25%, a 123.357 pontos, tendo alternado de sinal em diversos momentos do dia.

Depois de adiar a implementação de tarifas de importação a montadoras do Canadá e México em um mês, Trump fez mais um grande recuo na política comercial nesta quinta.

Agora, produtos mexicanos em conformidade com as regras do Acordo EUA-México-Canadá (USMCA), de 2020, estarão isentos de tarifas por mais um mês, até 2 de abril. É a mesma exceção aberta na véspera aos veículos importados, requerida pelos CEOs das montadoras General Motors, Ford e Stellantis em ligação com o republicano.

A legislação USMCA impõe regras de conteúdo de toda a América do Norte para acesso livre de tarifas ao mercado dos EUA.

“Tivemos uma ligação excelente e respeitosa na qual concordamos que nosso trabalho e colaboração produziram resultados sem precedentes, dentro da estrutura de respeito às nossas soberanias”, disse a presidente do México, Claudia Sheinbaum, em postagem no X.

Ela afirmou que os dois países continuarão trabalhando juntos para conter o fluxo do opioide fentanil do México para os Estados Unidos, um ponto-chave de discórdia nas negociações sobre as tarifas de 25% que entraram em vigor no início desta semana.

Ela afirmou que os dois países continuarão trabalhando juntos para conter o fluxo do opioide fentanil do México para os Estados Unidos, um ponto-chave de discórdia nas negociações sobre as tarifas de 25% que entraram em vigor no início desta semana.

Para o Canadá, o decreto também exclui os impostos sobre o potássio, um fertilizante essencial para os agricultores dos EUA, mas não cobre totalmente os produtos energéticos, sobre os quais Trump impôs um imposto separado de 10%. Uma autoridade da Casa Branca disse que isso se deve ao fato de que nem todos os produtos de energia importados do Canadá estão cobertos pelo Acordo EUA-México-Canadá sobre comércio que Trump negociou em seu primeiro mandato como presidente.

Trump impôs as tarifas depois de declarar uma emergência nacional devido às mortes por overdose de fentanil, afirmando que o opioide mortal e seus precursores químicos passam da China para os EUA via Canadá e México. Como resultado, Trump também impôs tarifas de 20% sobre todas as importações da China.

“Espero que México e Canadá façam um trabalho bom o suficiente em relação ao fentanil para que essa questão não interfira em novas tarifas”, afirmou o Secretário de Comércio Howard Lutnick em um comunicado.

As isenções expirarão em 2 de abril, quando Trump tem ameaçado impor um regime global de tarifas recíprocas a todos os parceiros comerciais dos EUA.

Os recuos parciais de Trump fortalecem a tese de que a política tarifária do republicano tem sido usada como ferramenta de barganha, enfraquecendo o dólar em relação às demais divisas globais.

A divisa disparou no final do ano passado sob a sombra das ameaças tarifárias. Isso porque o aumento de tarifas, além de estimular uma guerra comercial ampla, tem o potencial de encarecer o custo de vida dos norte-americanos, o que pode comprometer a briga do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) contra a inflação e forçar a manutenção da taxa de juros em patamares elevados.

Quanto maiores os juros por lá, mais atrativos ficam os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, os chamados treasuries, o que fortalece o dólar globalmente.

Com os recuos, os investidores estão reavaliando as posições compradas em dólar. A moeda derreteu 2,70% na quarta-feira, a R$ 5,755, no que foi a maior queda diária desde as eleições de 2022.

“[O vai-e-vém] tem trazido incerteza e insegurança aos investidores, porque eles não conseguem antecipar qual vai ser o grau de elevação das barreiras comerciais e em qual ritmo. Isso tem diminuído a atração pelo dólar neste momento”, diz Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

“Além disso, a interpretação de que os Estados Unidos serão mais seletivos sobre as tarifas tende a beneficiar os ativos de maior risco, indicando que o impacto sobre eles não vai ser tão rápido, tão importante, no curto prazo.”

A percepção de desaceleração da atividade no país também tem enfraquecido a divisa americana.

“Ainda vemos um dólar mais forte por conta da tese de que as tarifas dos EUA serão inflacionárias. O que está mudando no cenário é que estamos vendo uma desaceleração da economia norte-americana”, afirmou Nicolas Gomes, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

O relatório ADP mostrou que a criação de vagas no setor privado dos EUA aumentou no menor ritmo em sete meses em fevereiro. Foram criados apenas 77 mil novos postos de trabalho, bem abaixo da expectativa do mercado, de 141 mil.

Já nesta quinta, os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caíram para 221 mil na semana passada, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 235 mil pedidos. O foco está voltado para sexta-feira, quando serão conhecidos os números do payroll.

“Várias medidas de atividade econômica estão apontando para uma desaceleração muito forte nos EUA. Isso vai bater inclusive no dólar, com a visão de que eventualmente o Fed vai cortar juros este ano”, diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

O desempenho do câmbio internamente, porém, tem sido afetado pela notícia de que o presidente Lula poderá anunciar, ainda nesta quinta, medidas para conter a alta nos preços dos alimentos. A afirmação foi dada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

“Esse anúncio pode causar mal-estar no mercado cambial. Investidores ainda não conhecem os detalhes das medidas, mas tendem a se preocupar com a possibilidade de maior expansão fiscal e com as consequências na trajetória da dívida pública brasileira”, diz Leonel Mattos, da StoneX.

Outro destaque da sessão é a decisão de juros do BCE (Banco Central Europeu). Como esperado, a autoridade monetária cortou a taxa de referência para 2,5%, em um aceno à desaceleração da inflação e à fraqueza do crescimento.

O BCE manteve a porta aberta para mais reduções, mesmo com a iminente guerra comercial com os Estados Unidos e os planos para aumentar os gastos militares que podem provocar a maior reviravolta na política econômica da Europa em décadas.

FONTE: Jornal de Brasilia
Dólar fecha estável e Bolsa sobe com tarifas de Trump e dados dos EUA no radar | Jornal de Brasília

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    Comércio Exterior, Economia, Gestão, Informação, Investimento, Mercado Internacional, Negócios, Tributação

    Brasil cobra muito mais tarifas? Veja impacto no país se houver reciprocidade dos EUA

    Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China

    Depois de anunciar a entrada em vigor de tarifas aos produtos de China, México e Canadá na última terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em discurso na noite da última terça-feira (4) que, no dia 2 de abril, tarifas recíprocas (ou seja, tarifar seus parceiros comerciais na mesma magnitude que é taxado) serão adotadas. O Brasil foi citado pelo presidente americano quando ele tratou sobre esse tema.

    Segundo Trump, “União Europeia, China, Brasil, México e Canadá nos cobram tarifas injustas [dos EUA]” no comércio exterior. “No dia 2 de abril, tarifas recíprocas serão adotadas. Não deixaremos mais que os Estados Unidos sejam roubados por outros países. Não pagaremos mais subsídios de centenas de bilhões de dólares ao Canadá e México.”

    Trump havia anunciado as tarifas recíprocas em meados de fevereiro sendo que, na ocasião, o economista-chefe da XP, Caio Megale, ressaltou no programa Morning Call que o Brasil está “mal posicionado” neste aspecto.

    “O país possui tarifas de importação relativamente elevadas para diversos produtos, enquanto as taxas de exportação para os Estados Unidos não são tão altas. Sob essa perspectiva, o Brasil tende a estar no foco da política comercial dos Estados Unidos”, ressaltou.

    Por que guerra comercial desencadeada por Trump pode elevar inflação?

    Uma estimativa aponta que tarifas levem a um aumento anual de quase US$ 1.000 por família no custo dos produtos. Mais de uma vez, o republicano ressaltou que a sua vitória eleitoral foi um “mandato” da população americana

    Entretanto, o economista-chefe da XP ressalta que o Brasil exporta pouco para os Estados Unidos quando se contabilizam os produtos individualmente. “É um parceiro comercial significativo, mas as exportações do Brasil são relativamente diversificadas”, destacou.

    Conforme destacou a equipe econômica do Bradesco também em meados de fevereiro, os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Em 2024, foi o destino de 12% das exportações brasileiras, totalizando US$ 40,4 bilhões, e origem de 15,5% das importações nacionais (US$ 40,7 bilhões). Sendo assim, o saldo comercial com os Estados Unidos foi praticamente nulo, enquanto a corrente de comércio alcançou 3,6% do PIB brasileiro no ano passado.

    Dentre os principais produtos exportados, os economistas do Bradesco destacaram óleos brutos e combustíveis de petróleo, produtos de ferro e aço, aeronaves, café e celulose.

    Quando analisada a participação dos Estados Unidos na pauta exportadora por produto, os mais dependentes dessa parceria são produtos de ferro e aço, aeronaves, materiais de construção e manufaturas de madeira. Pelo lado das importações, o Brasil é dependente de motores e máquinas não elétricos, óleos combustíveis e brutos de petróleo, aeronaves e gás natural norte-americanos.

    As tabelas abaixo trazem um resumo dos 20 principais produtos exportados e importados e seu grau de dependência dos Estados Unidos:

    Comércio com os Estados Unidos, pauta exportadora e importadora em 2024 (Fonte: MDIC, Bradesco)

    Apesar de ser um importante parceiro comercial, o Brasil sempre taxou as importações vindas dos Estados Unidos, ressalta o banco. Utilizando dados do Banco Mundial, o Bradesco observou que a tarifa média atual é de 11,3% (2022, último dado disponível), sendo maior para bens de consumo e quase zerada para combustíveis. Por outro lado, as tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros são consideravelmente inferiores (em média 2,2%). Com uma tarifa um pouco mais elevada para bens de consumo e quase zerada para bens de capital e combustíveis.

    Assim, com as tarifas recíprocas, dada a diferença de tarifas, o Brasil poderia sofrer elevação de tarifas.

    Para medir eventuais impactos na balança comercial, no câmbio e na inflação, o banco fez três cenários hipotéticos de tarifas: (i) os Estados Unidos adotam a reciprocidade; (ii) os Estados Unidos aumentam as tarifas de importação de produtos brasileiros para 25%, em um movimento similar ao feito contra o México e Canadá; e (iii) o Brasil retalia tais medidas, ampliando as tarifas para produtos norte-americanos para os mesmos 25%.

    No primeiro cenário, a tarifa média imposta pelos Estados Unidos passaria dos atuais 2,2% para 11,3%, com todas as aberturas se igualando às tarifas de importação cobradas pelo Brasil. Nesse exercício, o banco encontra uma redução de cerca de US$ 2,0 bilhões nas exportações (5% do total embarcado).

    Em um exercício hipotético, a depreciação equivalente do real, necessária para compensar essa perda, seria da ordem de 1,5%, com um impacto potencial estimado ligeiramente inferior a 0,1 ponto percentual no IPCA, como resposta direta à depreciação cambial.

    O segundo cenário contempla um aumento das tarifas atuais para 25%. O Bradesco estima que tais medidas reduziriam em US$ 6,5 bilhões as exportações brasileiras, com maior impacto em bens intermediários (principal categoria dos produtos exportados para os Estados Unidos) e em combustíveis, dada a diferença entre os 25% e a tarifa atual, de apenas 0,2%.

    Para hipoteticamente compensar essa perda, este cenário demandaria uma depreciação equivalente de 4%, elevando a inflação doméstica em até 0,25 ponto percentual.

    Já o terceiro exercício contempla um aumento das tarifas atuais brasileiras sobre os produtos norte-americanos para 25%. Neste cenário, as importações recuariam cerca de US$ 4,5 bilhões e o repasse para a inflação ocorreria em dois estágios.

    Inicialmente com impactos diretos oriundos apenas da elevação dos preços de importação e posteriormente via repasse dado o aumento do IPA. “Estimamos que o impacto máximo potencial seria de 0,3 ponto percentual, sendo 1/3 direto e 2/3 indireto”, aponta o banco.

    Confira o resumo dos cenários de tarifas:

    Resumo dos cenários de tarifas (Fonte: Bradesco)

    FONTE: InfoMoney
    Brasil cobra muito mais tarifas? Veja impacto no país se houver reciprocidade dos EUA

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    China diz estar pronta para ‘qualquer tipo de guerra’ com os EUA

    Comentários vêm em resposta às novas tarifas anunciadas pelo governo de Donald Trump – e enquanto Pequim aumenta seus gastos com defesa em 7,2%.

    A China alertou os Estados Unidos nesta quarta-feira (5/3) que está pronta para lutar em “qualquer tipo” de guerra após responder às crescentes tarifas comerciais impostas pelo governo do presidente americano, Donald Trump.

    As duas maiores economias do mundo ficaram à beira de uma guerra comercial depois que Trump impôs mais tarifas sobre todos os produtos chineses que desembarcarem em território americano. A China rapidamente retaliou, impondo tarifas de 10% a 15% sobre produtos agrícolas dos EUA.

    “Se é guerra o que os EUA querem, seja uma guerra tarifária, uma guerra comercial ou qualquer outro tipo de guerra, estamos prontos para lutar até o fim”, disse a Embaixada da China em Washington no X (antigo Twitter), republicando uma declaração do governo feita na terça-feira (4/3).

    Esta é uma das manifestações mais contundentes da China até o momento desde que Trump se tornou presidente — e ocorre enquanto líderes se reúnem em Pequim para o encontro anual do Congresso Nacional do Povo.

    Na terça-feira, o primeiro-ministro da China, Li Qiang, anunciou que o país elevaria novamente seus gastos com defesa em 7,2% neste ano e alertou que “mudanças nunca vistas em um século estavam se desenrolando pelo mundo a um ritmo mais rápido”.

    Esse aumento era esperado e corresponde ao valor anunciado no ano passado. Canadá e China anunciam tarifas contra produtos dos EUA em resposta à taxação de Trump Os líderes chineses estão tentando sinalizar à população que estão confiantes de que a economia do país pode crescer, mesmo com a ameaça de uma guerra comercial.

    A China tem se esforçado para retratar uma imagem de país estável e pacífico, em contraste com os EUA, que Pequim acusa de estarem envolvidos em guerras no Oriente Médio e na Ucrânia.

    A China também pode esperar tirar proveito das ações de Trump em relação aos aliados dos EUA, como o Canadá e o México, que também foram atingidos por tarifas.

    O país também não quer endurecer a retórica de forma excessiva a ponto de afastar possíveis novos parceiros globais.

    Pequim aumentará os gastos militares em mais de 7% este ano — Foto: Reuters via BBC
    Pequim aumentará os gastos militares em mais de 7% este ano — Foto: Reuters via BBC

    A postagem da Embaixada da China em Washington citou uma declaração do Ministério das Relações Exteriores em inglês do dia anterior, que acusava os EUA de culparem a China pela entrada da droga fentanil no país.

    “A questão do fentanil é uma desculpa frágil para aumentar as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas”, disse no post o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

    “A intimidação não nos assusta. O bullying não funciona conosco. Pressionar, coagir ou fazer ameaças não são a maneira correta de lidar com a China”, acrescentou.

    A relação entre os EUA e a China é há algum tempo uma das mais contenciosas do mundo.

    A postagem no X foi amplamente compartilhada e pode ser usada pelos membros do gabinete de Trump que defendem o uso de uma retórica mais agressiva contra o país asiático como evidência de que Pequim é a maior ameaça econômica e de política externa de Washington.

    Líderes em Pequim estavam esperançosos de que as relações entre os EUA e a China sob Trump pudessem se dar de maneira mais cordial depois que ele convidou Xi para sua posse.

    Trump também disse que os dois líderes tiveram “uma ótima ligação telefônica” poucos dias antes de ele entrar na Casa Branca. Havia relatos de que os dois líderes deveriam participar de outra ligação em fevereiro. Isso não aconteceu. Xi já estava enfrentando uma persistente baixa no consumo, uma crise imobiliária e desemprego.

    A China prometeu injetar bilhões de dólares em sua economia em dificuldades, e seus líderes apresentaram o plano enquanto milhares de delegados participam do Congresso Nacional do Povo, um parlamento que basicamente endossa decisões já tomadas nos bastidores.

    A China tem o segundo maior orçamento militar do mundo, com US$ 245 bilhões, mas é muito menor do que o dos EUA. Pequim gasta 1,6% do PIB com seu exército, muito menos do que os EUA ou a Rússia, de acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, na Suécia. Analistas acreditam, no entanto, que a China minimiza o quanto gasta com defesa.

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    Tarifas de Trump ao Brasil podem reduzir preços internos, dizem analistas

    Cenário depende da variação do dólar e do processo de readequação do mercado exportador brasileiro, segundo especialistas

    As tarifas americanas de 25% sobre o aço e o alumínio brasileiro devem entrar em vigor em 21 de março, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump pretende introduzir “taxas recíprocas” ao país no próximo mês. A depender do ambiente externo, o cenário pode levar à queda dos preços de itens de alguns setores no mercado interno, segundo especialistas ouvidos pela CNN.

    Com os produtos tarifados perdendo espaço nos Estados Unidos, os produtores brasileiros devem querer desovar parte da mercadoria no curto prazo e, assim, aumentar a oferta no mercado interno. Este cenário, considerado otimista, está sujeito às oscilações do dólar e às novas medidas tarifárias de Donald Trump.

    Em todos os casos, os analistas dizem que o Brasil será muito menos impactado que México e Canadá, cujas taxas gerais de 25% sobre todos os produtos exportados devem trazer uma readequação mais profunda do comércio exterior desses países, em razão do impacto severo nas respectivas balanças comerciais.

    “O impacto tende a ser relativamente pequeno no Brasil, pois ainda somos um país fechado, que depende muito das commodities e pouco da indústria exportadora. Pode haver uma dificuldade maior em alguns setores industriais, como aço e alumínio, e aí existe a possibilidade de ter desconto nos mercados dessas mercadorias até que seja definida uma adequação da produção à nova realidade”, afirmou Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.

    O economista ressaltou que a expectativa é de que a parte da indústria mais afetada procure outros mercados, de olho no aumento de exportações para a Europa e China como forma de suprir a demanda reduzida nos Estados Unidos.

    “Apesar do discurso sobre ‘taxas injustas do Brasil’, quem vai sofrer impacto mesmo são México e Canadá. Temos sorte de não sermos tão visados e de os Estados Unidos serem historicamente superavitários em relação ao Brasil”, acrescentou Vale.

    A procura de novos destinos para as mercadorias tarifadas pelos americanos será o foco da indústria, segundo Julio Netto, economista-chefe da Mirae Asset.

    “Quando ocorre essa guerra comercial tarifária, os mercados têm que se adaptar. Vai haver um período de transição, mas não podemos achar que agora vão só olhar para o mercado interno. Para os interesses deles, é muito melhor receber em dólar e é isso que vão continuar a buscar”, pontuou.

    Netto destacou as incertezas em relação às próprias políticas tarifárias de Trump, com revisionismos do presidente americano que podem alterar os cenários econômicos a todo o tempo.

    “Trump adota uma estratégia de broker nova-iorquino de chegar arrombando a porta para depois negociar. Ele quer agradar o eleitorado dele no curto prazo, mas deve rever muitas medidas a longo prazo, pois sabe que acaba isolando os Estados Unidos dessa forma”, declarou.

    O economista-chefe do Banco Master e professor da FGV, Paulo Gala, sinalizou que a movimentação do dólar neste período é preponderante para haver alguma variação nos preços a partir das tarifas americanas.

    Segundo o especialista, a valorização do dólar diante dos pares faria ruir a possibilidade de queda dos preços no âmbito nacional. Isso porque a alta da moeda americana reforçaria as exportações e reduziria a oferta interna, o que leva à alta dos preços por aqui.

    “Mas não está claro se o dólar vai continuar se valorizando, porque há um forte medo de recessão nos Estados Unidos, então aquele ‘Trump trade’ que a gente viu no ano passado em que a moeda americana se valorizava com a vitória do Trump não está acontecendo mais. Agora tem uma reversão, especialmente pela política fiscal que impacta a atividade econômica do país”, explicou.

    O dólar mantém um viés de desvalorização no exterior desde janeiro deste ano, com o início de declarações mais agressivas do presidente americano em relação às tarifas impostas a outros países.

    O índice DXY, que compara o dólar a outras seis moedas, caía 1,15% por volta das 13h15 desta quarta-feira (5), aos 104.529 pontos, no menor nível em 4 meses, desde que chegou aos 103.42 pontos em 5 de novembro.

    FONTE: CNN Brasil
    Tarifas de Trump ao Brasil podem reduzir preços internos, dizem analistas | CNN Brasil

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    BRF trabalha com safra recorde de soja do Brasil de 174 mi t, diz CFO

    Globalmente, o CFO disse acreditar que a safra de grãos terá crescimento em 2025 em relação a 2024, o que é positivo para a companhia em termos de preços dos insumos da ração

    A companhia de alimentos BRF, uma das maiores processadoras de frango e suínos, trabalha com projeções de safra de soja do Brasil em 2025 de 174 milhões de toneladas, que superam estimativas do mercado, disse o diretor financeiro da empresa nesta quinta-feira (27). Fábio Mariano também afirmou que a empresa “está bastante positiva” em relação ao tamanho da safra de milho do Brasil, concentrada na segunda safra, conhecida como “safrinha”, mas que representa por volta de 75% da produção brasileira do cereal.

    Em teleconferência, ele não citou um número para a segunda safra, que está em processo de plantio e só será colhida em meados do ano. Globalmente, o CFO disse acreditar que a safra de grãos terá crescimento em 2025 versus 2024, o que é positivo para a companhia em termos de preços dos insumos da ração.

    Ele disse que a estratégia da companhia será parecida com a de anos anteriores, “de se posicionar nos período de colheita”.

    Mariano comentou que a BRF está otimista também com as safras na Argentina e nos Estados Unidos, com efeitos positivos para as compras de insumos da companhia.

    Nesta quinta-feira, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estimou que agricultores dos Estados Unidos plantarão mais acres de milho e menos de soja em 2025.

    O USDA previu o plantio de milho dos EUA em 94,0 milhões de acres, acima dos 90,6 milhões em 2024, e apontou o plantio de soja em 84,0 milhões de acres, abaixo dos 87,1 milhões do ano passado. Os EUA são os maiores produtores e exportadores de milho do mundo, enquanto o Brasil é líder na produção e exportação de soja.

    FONTE: CNN Brasil
    BRF trabalha com safra recorde de soja do Brasil de 174 mi t, diz CFO | CNN Brasil

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    Zelensky chama confronto com Trump de ‘lamentável’: ‘É hora de consertar as coisas’

     O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse nesta terça-feira que seu confronto com Donald Trump na semana passada foi “lamentável”, que ele estava pronto para trabalhar sob a liderança do presidente dos EUA para trazer paz duradoura e que era “hora de consertar as coisas”.

    “Nossa reunião em Washington, na Casa Branca, na sexta-feira, não foi como deveria ter sido. É lamentável que tenha acontecido dessa forma. É hora de consertar as coisas. Gostaríamos que a cooperação e a comunicação futuras fossem construtivas”, postou o líder ucraniano no X.

    FONTE: ISTOÉ
    Zelensky chama confronto com Trump de ‘lamentável’: ‘É hora de consertar as coisas’

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    Correios têm novo prejuízo em fevereiro e rombo já ultrapassa R$ 1 bilhão em dois meses

    Os Correios, uma das principais estatais brasileiras, enfrentam um cenário financeiro desafiador em 2025. 

    Nos primeiros meses do ano, a empresa registrou prejuízos significativos, totalizando cerca de meio bilhão de reais em fevereiro, um valor semelhante ao registrado em janeiro. Esses resultados negativos refletem um cenário preocupante para a estatal, que já projeta um déficit ainda maior até o final do ano.

    Segundo informações do Diário do Poder, a receita dos Correios também apresentou uma queda preocupante. Em fevereiro, a empresa arrecadou R$ 1,2 bilhão, inferior aos R$ 1,4 bilhão obtidos em janeiro. Essa redução na receita, combinada com os prejuízos mensais, indica um ano financeiramente desafiador para a estatal, com projeções de um déficit que pode ultrapassar R$ 5 bilhões até dezembro.

    Como o déficit financeiro dos Correios foi causado?

    Correios têm novo prejuízo em fevereiro e rombo já ultrapassa R$ 1 bilhão em dois meses
    Correios – Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado/Creative Commons

    Uma das justificativas apresentadas pela diretoria dos Correios para o déficit de R$ 3,2 bilhões em 2024 foi a chamada “taxação das blusinhas”, implementada pelo Ministério da Fazenda. Essa medida, que visava aumentar a arrecadação, acabou impactando negativamente as finanças da estatal, gerando uma receita de R$ 1,4 bilhão, mas contribuindo para um rombo financeiro ainda maior.

    Além disso, os Correios estão em processo de negociação para contrair novas dívidas, que podem chegar a R$ 4,7 bilhões. Essa estratégia visa cobrir parte dos prejuízos acumulados, mas também aumenta a preocupação sobre a sustentabilidade financeira da empresa a longo prazo.

    Qual o impacto nos contribuintes e no cenário político?

    O cenário financeiro dos Correios tem repercussões diretas para os contribuintes brasileiros. Segundo o portal, em 2025, os cidadãos já pagaram mais de R$ 733 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais, de acordo com o impostômetro da Associação Comercial de São Paulo. No entanto, a eficiência na gestão desses recursos é questionada, especialmente quando se observa o desempenho financeiro de estatais como os Correios.

    No cenário político, a situação dos Correios também gera debates. No Senado, por exemplo, houve apenas um dia de trabalho efetivo em fevereiro, o que levanta questões sobre a eficiência e a prioridade dada a questões econômicas e financeiras no Congresso Nacional.

    Quais são as perspectivas para o futuro dos Correios?

    As perspectivas para os Correios em 2025 são desafiadoras. Com um déficit projetado de mais de R$ 5 bilhões, a estatal precisa implementar estratégias eficazes para reverter essa situação. Isso pode incluir a revisão de políticas tarifárias, a busca por novas fontes de receita e a otimização de processos internos para reduzir custos operacionais.

    Além disso, é crucial que a gestão dos Correios trabalhe em conjunto com o governo e outras entidades para encontrar soluções sustentáveis que garantam a viabilidade financeira da empresa a longo prazo. A transparência e a responsabilidade fiscal serão essenciais para reconquistar a confiança dos contribuintes e assegurar o futuro da estatal.

    FONTE: Diário do Poder
    Correios repetem prejuízo em fevereiro e acumulam rombo de R$1 bilhão em dois meses – Diário do Poder

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    Trump diz considerar um tratado de livre comércio com Argentina

    Declaração contrasta com negativa de seu principal assessor para a América Latina e com a imposição de tarifas sobre produtos de México e Canadá, com que os EUA formam um bloco comercial

     

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), afirmou que está considerando a possibilidade de firmar um tratado de livre comércio com a Argentina. A declaração foi feita em um pronunciamento na Casa Branca nesta 2ª feira (3.mar.2025). Na ocasião, Trump elogiou o presidente argentino, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), chamando-o de “grande líder” e afirmando que ele está “fazendo um excelente trabalho” no comando do país sul-americano.

    Em fevereiro, Milei declarou que a Argentina já estaria negociando um acordo comercial com os Estados Unidos se não fosse o Mercosul. O líder argentino fez a afirmação durante discurso na Cpac (Conferência de Ação Política Conservadora). Também afirmou que a Argentina quer ser o 1º país a aderir ao regime de reciprocidade comercial imposto pelo governo dos EUA.

    TARIFAS A CHINA, CANADÁ E MÉXICO Trump confirmou nesta 2ª feira (3.mar) que a partir de 3ª feira (4.mar) entrarão em vigor as tarifas sobre Canadá, México e China. A partir deste mês, Canadá e México terão taxa de 25% aos produtos vendidos para os EUA enquanto os produtos da China terão tarifa de 20% –o dobro dos 10% inicialmente anunciados por Trump. As tarifas para o Canadá e o México haviam sido anunciadas no início de fevereiro, mas foram adiadas por um mês para permitir negociações – que não avançaram. “Não há mais tempo para o México ou para o Canadá”, disse Trump em pronunciamento na Casa Branca nesta 2ª feira (3.mar).

    FONTE: PODER 360
    Trump diz considerar um tratado de livre comércio com a Argentina

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    Por Que a Exportação de Carne para o Japão é Estratégico para o Brasil

    Como essa abertura de mercado pode ser um grande incentivo para investir ainda mais em qualidade

    A notícia de que o Brasil finalmente irá exportar carne bovina para o Japão é um marco para o setor. Quem acompanha a pecuária sabe que não se trata apenas de abrir um novo mercado: estamos falando de um dos países mais exigentes do mundo quando se trata de qualidade, segurança alimentar e rastreabilidade. Dominado pelos Estados Unidos e Austrália, que conseguem atender a esses padrões, conquistar o mercado japonês é um reconhecimento significativo para a evolução da produção brasileira.

    Falo isso com conhecimento de causa. Trabalhei na Austrália, em confinamentos cuja produção eram 100% voltadas ao Japão. Foi ali que tive contato de perto com os critérios rigorosos que o país exige para aceitar a carne que importa. A nutrição dos animais seguia protocolos específicos, garantindo que a carne tivesse exatamente o marmoreio esperado pelo consumidor japonês. Além, é claro, os criadores de onde eram originados os animais precisavam oferecer animais padronizados e selecionados a dedo pelo time de originação.

    O Japão possui um dos sistemas mais sofisticados do mundo para o monitoramento da produção pecuária, com um Número de Identificação Individual para cada animal, garantindo transparência ao longo da cadeia produtiva, desde o nascimento até a venda ao consumidor final. A exigência assegura a segurança alimentar e fortalece a confiança do consumidor japonês na procedência do produto.

    Ainda não sabemos quais protocolos serão adotados para a carne brasileira a ser exportada, mas olhando para nossa pecuária, não há dúvidas de que evoluímos muito nos últimos anos. Por muito tempo, nossa produção já foi mais voltada para volume do que para qualidade. Isso mudou. O país avançou em genética, nutrição, manejo e rastreabilidade, o que nos permitiu chegar ao nível necessário para atender mercados exigentes.

    O Japão é um mercado estratégico, sendo o sétimo maior importador global de carne bovina, com cerca de 700 mil toneladas ao ano – o que equivale a 57% de seu consumo interno, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Já o Itamaraty aponta uma participação ainda maior, estimando que 70% da carne consumida no país seja importada, movimentando entre US$ 3 e US$ 4 bilhões por ano. A oportunidade tem um potencial gigante, mas também traz à tona a necessidade de garantir um fornecimento consistente e competitivo.

    A mecanização tem ajudado muito a garantir mais eficiência e padronização na produção, assim como aumentar a taxa de desfrute do rebanho. Hoje, contamos com equipamentos que permitem um controle mais preciso da alimentação do rebanho, o que reflete diretamente na qualidade e sabor da carne. Sistemas de mistura e distribuição de ração, por exemplo, reduzem o desperdício e garantem que os animais recebam uma dieta balanceada, sem variações. Adotar práticas de manejo de excelência na produção é essencial quando se busca atender a padrões rigorosos como os do Japão.

    Mas se queremos realmente consolidar essa nova fase da pecuária brasileira, é preciso ir além. A rastreabilidade precisa ser mais ampla e eficiente, para que todo o processo, desde a fazenda até o frigorífico, seja transparente e confiável. Precisamos garantir que a carne que sair daqui chegará ao Japão sem risco de interrupções por questões sanitárias.

    E, acima de tudo, devemos entender que esse mercado não quer apenas um produto de qualidade — ele quer consistência. Isso significa que não basta conseguir exportar um primeiro lote para o Japão. Há o desafio de garantir que a carne brasileira mantenha o padrão exigido a longo prazo, sem falhas.

    Para o pecuarista brasileiro, essa abertura de mercado pode ser um grande incentivo para investir ainda mais em qualidade. O consumidor japonês paga mais por um produto premium e, se soubermos aproveitar essa oportunidade, podemos fortalecer ainda mais a pecuária nacional. Os preços de exportação para o Japão são cerca de 29% mais altos do que a média da carne bovina brasileira, o que pode trazer ganhos expressivos para os produtores. Mas isso exige comprometimento com boas práticas, tecnologia e, principalmente, uma visão estratégica de longo prazo.

    A entrada no Japão é uma vitória para o setor, mas não um ponto final. Pelo contrário, é o começo de uma nova etapa que exigirá ainda mais profissionalismo e rigor. Agora, cabe a nós mostrar que o Brasil está realmente preparado para o desafio.

    FONTE: Forbes
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    Embraer (EMBR3) triplica lucro em 2024 e ações disparam 150%. Vale investir?

    Os resultados da fabricante de aviões foram impulsionados pela desvalorização do real frente ao dólar e também pelo aumento do número de entregas de aeronaves

    Protagonista do Ibovespa, principal índice de ações da bolsa do Brasil, no último ano, a Embraer (EMBR3) encerrou 2024 com chave de ouro. A companhia viu seu lucro líquido ajustado triplicar em um ano, de R$ 350,6 milhões para R$ 1,093 bilhão – uma expressiva alta de 211,8%.

    No último ano, os papéis da fabricante de aviões decolaram nada menos que 150% – a maior alta do Ibovespa no período. Em 2025, a empresa já acumula ganhos de dois dígitos, na casa dos 12%.

    Vale a pena investir nas ações da Embraer?

    Conforme dados compilados pelo Valor PRO, serviço em tempo real do Valor, quatro instituições entre bancos e corretoras têm recomendação de compra para os papéis da companhia, contra duas posições neutras.

    Felipe Papini, sócio da One Investimentos, destaca o lucro líquido ajustado e a receita recorde reportados pela Embraer no quarto trimestre.

    “O lucro ajustado teve uma alta de 211,8% na comparação com um ano antes, enquanto a receita totalizou R$ 13,7 bilhões no trimestre e R$ 35,4 bilhões em 2024, o nível mais alto de todos os tempos e perto do limite superior das estimativas anuais”, destaca.

    Papini explica que o resultado da fabricante de aviões foi impulsionado pela desvalorização do real frente ao dólar e também pelo aumento do número de entregas de aeronaves, que estimulou o segmento de aviação comercial, com aumento de 58% das receitas dessa divisão, representando o maior avanço percentual da Embraer no período.

    “Em geral, a empresa reportou um balanço muito forte e que animou o mercado, com as ações reagindo de forma positiva aos números reportados pela fabricante”, diz. Os papéis da Embraer abriram os negócios de hoje em forte alta.

    O especialista afirma, ainda, que o BTG Pactual, corretora no qual o escritório da One é vinculado, tem uma visão otimista para os papéis da Embraer pelo momento positivo devido ao forte crescimento, desalavancagem e carteira de pedidos robusta. “Além disso, o ativo é atrativo pela sua exposição ao dólar”, lembra Papini.

    Danielle Lopes, sócia e analista de ações da Nord Investimentos, comenta que os resultados da Embraer ficaram acima do consenso do mercado, com crescimento de receita e lucro, e chama atenção para a trajetória de expansão da companhia nos últimos anos.

    “A empresa entrou numa maré de crescimento desde 2023 por causa de alguns fatores, como a recuperação da demanda global no pós-pandemia. A aviação começou a entrar com uma carteira de pedidos muito forte, então teve companhia aérea renovando e expandindo suas frotas, tanto no segmento de jatos regionais, que é onde a Embraer já é muito forte, e também no aumento do tráfego aéreo, que melhorou os contratos de manutenção e de suporte da companhia”, explica.

    Segundo o J.P. Morgan, os resultados da Embraer são um gatilho positivo para os papéis da companhia. “As ações da empresa são negociadas a múltiplos mais baixos que os de seus pares, como Boeing e Airbus, o que cria um potencial de valorização considerável”, destacam os analistas Marcelo Motta, Jonathan e Seth Seifman. O banco americano tem recomendação de compra para a Embraer, com preço-alvo de R$ 78.

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