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Comércio, Tecnologia

Maior navio de carros do mundo “abarrotado” com 7 mil BYDs tem data para chegar a SC

Batizada de Shenzhen, embarcação saiu da China no final do mês passado e levará semanas para atracar no porto de Itajaí

Já está a caminho do Porto de Itajaí o maior navio de transporte de carros do mundo. Propriedade da BYD, a famosa marca chinesa de automóveis elétricos enviou ao Brasil 7 mil veículos, o maior lote de exportação da empresa até o momento.

Apesar de serem 7 mil carros elétricos, o navio que saiu de Jiangsu, na China, tem capacidade para 9,2 mil, espaço equivalente a 20 campos de futebol. O “Shenzhen” saiu da China em 27 de abril e deve chegar na última semana deste mês, já que o tempo de viagem está estimado em um mês (ele atinge 34 km/h). A embarcação tem quase 220 metros de comprimento e 37,7 metros de largura.

A escolha por mandar o “Shenzhen” abarrotado para o país não é à toa. A BYD vende uma ampla gama de veículos no Brasil, que é o maior mercado externo da gigante chinesa, com carros a partir de R$ 100 mil. Em outubro do ano passado, a marca lançou a primeira picape híbrida, a Shark.

Veja fotos dos carros da marca em Blumenau e SC

Com ao menos três navios transportadores lançados no último ano, a ideia é acelerar a expansão da BYD pelo mundo. O Brasil é apenas um dos mercados internacionais na mira da chinesa. As vendas devem dobrar na Europa neste ano, com crescimento significativo em outras regiões importantes, como Japão e México.

Fonte: NSC

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Comércio, Tecnologia

De Hisense a Midea: marcas chinesas avançam no Brasil e provocam mudanças no varejo

Fabricantes chineses de eletrodomésticos e eletrônicos ampliam portfólio e desafiam marcas tradicionais no Brasil com foco em custo-benefício e presença em lojas físicas

Quando Lucas Silva Ferreira precisou de um novo ar-condicionado para sua casa no calor escaldante do Rio de Janeiro em fevereiro, ele decidiu comprar um modelo chinês em vez de uma marca mais conhecida.

Ferreira pagou R$ 2,3 mil pelo novo aparelho da Hisense, em comparação com cerca de R$ 4,1 mil por um ar-condicionado similar fabricado pela sul-coreana LG.

O modelo que ele escolheu ofereceu boa eficiência energética e mais recursos tecnológicos do que outros na mesma faixa de preço.

“Considerando o produto que eu procurava, era o melhor custo-benefício e está funcionando bem”, disse Ferreira, que tem 30 anos. “As marcas tradicionais eram muito mais caras.”

No Brasil, os consumidores têm se interessado por produtos chineses, que por sua vez estão cada vez mais presentes nas lojas de varejo em todo o país.

Nas semanas após a eleição de Donald Trump, empresas chinesas lotaram as lojas brasileiras com eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos. Marcas que só vendiam TVs e celulares ampliaram o leque.

Agora, HisenseTCL Midea expandiram sua linha de produtos para incluir itens como lava-louças, máquinas de lavar roupa e geladeiras.

A mudança é mais uma mostra de como a guerra comercial de Trump está remodelando o cenário global do varejo.

As empresas chinesas buscam ganhar participação de mercado na América Latina, já que as tarifas elevadas nos EUA e as políticas de Trump dificultam a venda de produtos no país.

Os Estados Unidos e a China concordaram na segunda-feira (12) em reduzir temporariamente as tarifas sobre os produtos um do outro por 90 dias para ganhar tempo e chegar a um acordo mais amplo.

A TCL, a Midea e a Hisense não responderam aos pedidos de comentário.

Os varejistas no Brasil apostam em produtos chineses para revitalizar a demanda, afetada pelas altas taxas de juros e pela desaceleração da economia.

Preços mais baixos e maior concorrência devem ser positivos para a indústria local.

As marcas chinesas agora representam 20% dos eletrônicos e eletrodomésticos vendidos no Brasil, ante 16,5% em 2019, segundo a empresa de pesquisa NIQ. Elas competem com produtos de empresas como LGSamsungElectroluxPanasonic Brastemp.

“As empresas chinesas estão aumentando sua participação de mercado e diversificando seus portfólios de produtos ao mesmo tempo”, disse Henrique Mascarenhas, diretor de Tecnologia e Duráveis ​​da NIQ para a América Latina, em entrevista à Bloomberg News.

“Estamos entrando em um ciclo em que o Brasil é cada vez mais um player-chave.”

Brasil é um alvo natural para expansão, visto que as TVs historicamente têm sido um forte mercado para as marcas chinesas.

O Brasil vende cerca de 12 milhões de televisores anualmente, tornando-se o maior mercado de eletrônicos de consumo da região, de acordo com a NIQ.

A estratégia para impulsionar as vendas no Brasil está focada em lojas físicas, em vez de vendas online, para superar a desconfiança de alguns consumidores em relação aos produtos chineses.

As marcas têm investido pesadamente em displays elaborados nas lojas para apresentar seus novos produtos. Enquanto a maioria das TVs é exibida lado a lado, em grandes prateleiras sob luz fluorescente, algumas marcas chinesas criam uma verdadeira sala de estar dentro das lojas, com sofás e iluminação confortáveis.

Para os lojistas, há um estímulo no fato de que as empresas chinesas pagam mais pelos displays e pela publicidade para que seus produtos cheguem a mais consumidores. Eles também oferecem às lojas condições mais favoráveis ​​em prazos e preços.

Casas Bahia, uma das maiores redes varejistas do Brasil, afirmou à Bloomberg News que, desde 2020, a participação dos fabricantes chineses em seus negócios cresceu de 10% para 18%.

Com a chegada de novos fornecedores e produtos, a varejista espera que esse número ultrapasse 20% até o final do ano.

“Elas chegam mais agressivas em prazo e preço”, disse Gustavo Senday, analista de varejo da XP. “A implicação disso no fim do dia é potencialmente margem melhor” para os varejistas brasileiros, acrescentou.

Fonte: Bloomberg Línea

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Agronegócio, Comércio, Logística

VLI atinge recorde histórico de movimentação de açúcar na Ferrovia Centro-Atlântica 

A VLI, companhia de soluções logísticas que opera ferrovias, portos e terminais, atingiu seu recorde histórico de movimentação de açúcar na safra de 2024/2025 – iniciada em abril do ano passado e concluída no último mês de março – na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). A marca de 6,2 milhões de toneladas transportadas foi atingida mesmo com a produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil sendo 5,3% inferior ao volume registrado na safra anterior. Nos portos, a empresa manteve o mesmo desempenho do exercício anterior, embarcando 5,0 milhões de toneladas no Terminal Integrador Portuário Luiz Antônio de Mesquita (Tiplam).

A safra 2024/2025 foi marcada por desafios climáticos, que impactaram no volume da produção da commodity no Centro-Sul brasileiro. Tais efeitos ocasionaram uma maior compactação do açúcar, o que representa um grande desafio logístico, por dificultar o desembarque do produto. Para solucionar a questão, a VLI investiu na cocriação de soluções inovadoras com seus clientes, como a adoção do uso de socadores pneumáticos para auxiliar na descarga dos vagões, a adoção de um tempo de descanso mínimo nos Terminais Integradores de Guará (TIGU) e Uberaba (TIUB), aspersão nos armazéns (aplicação de partículas de água no produto para equilíbrio de temperatura), entre outros.

“O resultado expressivo que obtivemos na safra 2024/2025, mesmo com um volume produzido de açúcar menor no Centro-Sul brasileiro, é fruto de nossa capacidade para desenvolver soluções operacionais e estratégicas inovadoras, sempre com o olhar atento às necessidades de negócio de nossos clientes. Ao trabalharmos lado a lado, superamos os desafios e alcançamos uma nova marca histórica na Ferrovia Centro-Atlântica, uma ferrovia de características singulares, na qual a VLI possui expertise para extrair o máximo em eficiência, contribuindo com os fluxos dos nossos clientes e a economia do Brasil”, afirma Marcelo Cardoso, diretor de operações do Corredor Sudeste da VLI.

As soluções logístico-estratégicas propostas pela VLI viabilizaram impactos positivos no negócio dos clientes que utilizam o Tiplam para a exportação de açúcar. A Czarnikow, por exemplo, aumentou seus carregamentos no terminal em 32% em relação ao volume movimentado na safra 2023/2024.

Corredor Sudeste da FCA

O corredor Sudeste da Ferrovia Centro-Atlântica é um sistema logístico de alta eficiência, que atende fluxos de importação e de exportação por meio do Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita, o Tiplam. Sua área de cobertura abrange estados como São Paulo, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal, movimentando açúcar, grãos e fertilizantes, majoritariamente.

A estrutura do corredor também inclui dois terminais integradores, em Uberaba (MG) e Guará (SP), onde é feito o transbordo da carga para o sistema ferroviário. Além da alta eficiência ofertada aos clientes, o Tiplam também gera impactos positivos na região da Baixada Santista, uma vez que todos os seus fluxos de exportação são feitos por ferrovia, contribuindo para o trânsito e o ambiente da região, uma vez que o modal ferroviário é até nove vezes menos intensivo que o rodoviário na emissão de CO² na atmosfera.

Fonte: Datamar News

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Agronegócio, Comércio, Exportação

Mercado de Feijões: Semana de valorização e exportações históricas

Na semana passada, o mercado registrou uma nova valorização no Feijão-carioca, com negócios reportados a até R$ 280 por saca de 60 quilos. Já o Feijão-preto continua em patamares mais baixos, variando entre R$ 110 e R$ 130 FOB nas lavouras do Paraná.

No cenário das exportações, o Brasil já superou, apenas nos primeiros meses de 2025, o volume anual de Feijão-preto exportado até 2023. Já são 22 mil toneladas embarcadas — a segunda maior marca anual da história — e ainda há muito a ser exportado até o fim do ano.

Considerando todos os tipos de Feijões, o Brasil alcançou, nos primeiros quatro meses deste ano, um total de 95 mil toneladas exportadas, gerando US$ 83 milhões em receita. Nunca exportamos tantos Feijões em quatro meses na história do Brasil.

O mungo preto, por sua vez, já ultrapassa as 30 mil toneladas exportadas para a Índia. Vale destacar que todo esse volume exportado não implicou em desabastecimento do mercado nacional. Pelo contrário, a exportação estimula a produção interna.

Fonte: Noticias Agrícolas 

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Comércio, Comércio Exterior, Internacional, Mercado Internacional, Negócios, Tributação

EUA e China chegam a acordo para reduzir tarifas por 90 dias

Os Estados Unidos e a China anunciaram na segunda-feira que chegaram a um acordo para reduzir as tarifas recíprocas. Em declarações após conversas com autoridades chinesas em Genebra, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que os dois lados concordaram com uma pausa de 90 dias nas medidas.

Os Estados Unidos estão reduzindo as tarifas extras impostas à China este ano, levando a alíquota de 145% para 30%. Enquanto isso, a China está reduzindo as tarifas sobre produtos americanos de 125% para 10%.

“Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais”, disse Bessent. “Ambos temos interesse em um comércio equilibrado, e os Estados Unidos continuarão caminhando nessa direção.”

Bessent discursou ao lado do representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, após as negociações do fim de semana, nas quais ambos os lados elogiaram o progresso na redução das diferenças.

“O consenso de ambas as delegações neste fim de semana é que nenhum dos lados quer uma desaclopamento”, acrescentou Bessent. “O que ocorreu com essas tarifas altíssimas foi o equivalente a um embargo, e nenhum dos lados quer isso. Nós queremos comércio.”

A China afirmou que também “suspenderia ou cancelaria” medidas não tarifárias adotadas contra os EUA.

As reuniões em Genebra foram as primeiras interações presenciais entre autoridades econômicas do alto escalão dos Estados Unidos e da China desde que o presidente americano, Donald Trump, retornou ao poder e lançou uma ofensiva tarifária global, impondo tarifas particularmente pesadas à China.

Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump aumentou as tarifas pagas por importadores americanos sobre produtos da China para 145%, além daquelas que impôs a muitos produtos chineses durante seu primeiro mandato e às tarifas cobradas pelo governo de Joe Biden.

A China reagiu impondo restrições à exportação de alguns elementos de terras raras, vitais para os fabricantes americanos de armas e bens de consumo eletrônicos, e elevando as tarifas sobre produtos americanos para 125%.

A disputa tarifária paralisou quase US$ 600 bilhões em comércio bilateral, interrompendo as cadeias de suprimentos, gerando temores de estagflação e desencadeando algumas demissões.

Os mercados financeiros estavam atentos a sinais de redução nas tensões da guerra comercial, e os futuros de ações de Wall Street subiram e o dólar se firmou em relação a pares considerados ativos seguros na segunda-feira, com as negociações aumentando as esperanças de que uma recessão global possa ser evitada.

A consultoria Capital Economics calculou que, devido às tarifas que antecederam o retorno de Trump ao poder neste ano, as tarifas totais dos EUA sobre a China cairão para cerca de 40% após o acordo, enquanto as tarifas chinesas sobre os EUA seriam de cerca de 25%, de acordo com o “Financial Times”.

Fonte: Valor Econômico

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Comércio, Portos

Entidades de fertilizantes lutam por garantia de berço público em Santos

Quatro entidades que representam operadores de insumos para fertilizantes reivindicam à Autoridade Portuária de Santos (APS) garantias para utilizar o cais público do Porto de Santos. Movimentando anualmente 4,6 milhões de toneladas de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), as companhias receiam perder acesso aos berços do 31 ao 35.2, na Margem Direita, que, eventualmente, se tornem preferenciais para arrendatários.

O diretor-executivo da Associação dos Misturadores de Adubo (AMA Brasil), Antonino Wenceslau Gomes Netto, visitou a sede do Grupo Tribuna na última sexta-feira (9) e apresentou o pleito do segmento ao diretor-presidente da TV Tribuna, Roberto Clemente Santini.

O administrador e sócio da Set Logística, Alexandre Soares, o diretor de negócios do Grupo Cesari, Giovanni Carbone Borlenghi, o diretor do Grupo Cesari, Paulo Converso, e o advogado Thiago Miller também participaram da reunião.

Antonino Gomes afirmou que, no dia 11 de abril, foi protocolado ofício junto à APS manifestando preocupações quanto ao processo de adensamento de berços na região que abriga terminais de celulose, na Margem Direita. “Isso traz incerteza se nós podemos ou não operar navios nesses berços, do 31 ao 35.2”.

Assinam o ofício, além da AMA Brasil, a Associação Nacional para Difusão de Adubo (Anda), o Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas (Siacesp) e a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo).

“Nós estamos pedindo que o berço definitivo para fertilizantes seja considerado no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos (PDZ). Solicitamos prazo compatível para desenvolver uma área específica para descarga e movimentação de fertilizantes e, em contrapartida, continuarmos utilizando esses berços que estão sendo adensados para empresas de celulose”, afirmou.

Antonino disse que, num eventual adensamento, os terminais passam a ter preferência de atracação nos berços públicos, “e podem não permitir que navios de fertilizantes atraquem para descarga”.

Carga
Antonino disse que o Porto de Santos recebe 160 navios de fertilizantes por ano, um a cada dois dias. “Cada navio descarrega em torno de 35 mil a 40 mil toneladas. Se eu não tiver berço, eu vou ter que procurar alternativa em outro porto, o que vai nos gerar um aumento de quilometragem de caminhão transitando em rodovia para suprir o mercado que hoje é atendido pelo Porto de Santos.

O diretor-executivo da AMA afirmou que 94 mil caminhões fazem a rota do Porto de Santos para o Interior de São Paulo, sul de Minas Gerais, Triângulo Mineiro e sul de Goiás. “Esse mercado, que representa 4,6 milhões de toneladas de produto importado, seria transferido para outro estado”.

Confira a seguir um histórico das importações de fertilizantes via Porto de Santos. O gráfico foi elaborado a partir de dados do DataLiner:

Fertilizantes importados via Porto de Santos | Jan 2022 – Mar 2025 | TEUs

Resposta
Procurado por A Tribuna, o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, informou, em nota, que “defende os pleitos de manutenção e até a ampliação do cais público. Ele informa que já determinou também a disponibilização dos berços do novo terminal de passageiros para atendimento das demandas de operação dos terminais, dado o caráter sazonal do turismo”.

Fonte: A Tribuna

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Comércio, Internacional, Tecnologia

Ferrari sem rugido: marca aposta em carro elétrico diante de estagnação na China

Queda na demanda por veículos de luxo no país asiático tem impacto nas vendas da empresa, que espera que a taxação mais baixa do Elettrica ajude a impulsionar uma retomada

O primeiro carro totalmente elétrico da Ferrari deve se beneficiar de tarifas e impostos mais baixos na China, e a empresa espera que isso ajude a reanimar suas vendas no país.

Espera-se que o Elettrica que a Ferrari apresentará a partir de outubro seja tributado a uma taxa composta de 30% do preço de varejo sugerido pelo fabricante.

Os modelos da montadora equipados com seus potentes motores de 12 cilindros enfrentam um imposto combinado de importação, consumo e valor agregado que é quase quatro vezes maior que essa taxa.

Um dos carros que a Ferrari está lançando este ano será “mais adequado” para a China, disse o CEO Benedetto Vigna durante uma teleconferência de resultados nesta semana, sem especificar o modelo. “Isso melhorará o quadro”.

As vendas da Ferrari na China estagnaram devido à baixa demanda por veículos de luxo.

Os fabricantes locais liderados pela BYD também estão entrando nos segmentos de ponta com modelos destinados a competir com as marcas de supercarros.

As remessas da Ferrari para a China caíram 25% no primeiro trimestre, atingindo o nível mais baixo em quase quatro anos.

O mercado de carros de luxo da China encolheu em 2024 devido à desaceleração econômica do país e ao enfraquecimento do sentimento do consumidor.

Para o segmento que começa a partir de 500.000 yuans (US$ 69.200), os volumes ficaram estáveis em cerca de 850.000 unidades entre 2020 e 2023. Mas, no ano passado, esse número caiu cerca de 20%, para cerca de 677.000, de acordo com dados da consultoria automotiva Thinkercar, sediada em Xangai.

A Ferrari está menos exposta à China do que muitos de seus pares ocidentais porque a empresa limita as remessas para a região a cerca de 10% de seu total. A empresa poderia repensar esse limite ao entrar no segmento de veículos elétricos, disse Vigna no início deste ano.

A China limita a entrada de carros com motores a combustão, que consomem muito combustível, mesmo antes de o presidente dos EUA, Donald Trump, aumentar as tensões comerciais globais.

Os veículos importados com motores maiores que quatro litros estão sujeitos a uma tarifa de importação de 15%, um imposto de consumo de 40% e um IVA de pelo menos 13% na China. A China isenta os veículos elétricos do imposto sobre o consumo.

O maior mercado individual da Ferrari são os EUA, onde a empresa planeja aumentar os preços de alguns carros devido às tarifas de Trump.

Fonte: Bloomberg Línea

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Comércio, Economia, Mercado Internacional

Mercado vê ciclo de aperto monetário encerrado, mostra Focus

Economistas consultados pelo BC também fizeram ajustes leves em suas projeções para a inflação neste ano

Analistas consultados pelo Banco Central (BC) fizeram ajustes leves em suas projeções para a inflação neste ano e no próximo e passaram a ver que o ciclo de aperto monetário se encerrou com a reunião de maio, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira (12).

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA é de alta de 5,51% ao fim deste ano, abaixo da previsão de avanço de 5,53% na pesquisa anterior.

Para 2026, a projeção para a inflação brasileira foi a 4,50%, de 4,51% há uma semana.

O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Sobre a política monetária do Banco Central, os especialistas passaram a ver que o ciclo de aperto monetário se encerrou neste mês, quando o Copom elevou a Selic para o atual patamar de 14,75%.

Se antes a pesquisa Focus mostrava elevação da taxa básica de juros para 15% em junho e um corte de 0,25 ponto percentual em dezembro, ela agora mostra expectativa de manutenção durante o restante do ano, com a Selic terminando 2025 nos atuais 14,75%.

A mediana das projeções para a Selic ao final de 2026 é de que a taxa atinja 12,50%, no que foi a 15ª semana consecutiva de manutenção desse patamar.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda a previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 2,00% neste ano, mesma projeção da semana anterior. Em 2026, a expectativa de crescimento ficou estável em 1,70%.

O resultado vem na esteira da divulgação de dados do IPCA para abril na semana passada, com o IBGE informando que o índice teve alta de 0,43% no mês, depois de subir 0,56% em março. Em 12 meses, o IPCA subiu 5,53% em abril, de uma alta de 5,48% anteriormente.

No Focus desta segunda, houve ainda quedas ligeiras na expectativa para o preço do dólar no final de 2025, a R$ 5,85, de R$ 5,86 na pesquisa anterior, e de 2026, a R$ 5,90, ante R$ 5,91 há uma semana.

A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 8,5% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço, após sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários dos Estados Unidos.

Fonte: CNN Brasil

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Comércio, Inovação

Da air fryer à proteína: Seara planeja próximo salto no consumo de alimentos

João Campos conta como a marca se tornou um motor para o resultado da JBS, com uma estratégia que busca explorar novas demandas do consumidor: serão 150 produtos novos neste ano

Quando a JBS apresentar seus resultados do primeiro trimestre nesta terça-feira (13), um dos destaques será uma marca que se tornou um case de reinvenção ao longo dos últimos anos do ponto de vista de categorias de produtos.

A Seara se aproximou da marca de R$ 50 bilhões em receitas em 2024 – ficou em R$ 47,4 bilhões, depois de crescer 15%.

A marca de alimentos foi a segunda unidade de negócios que mais contribuiu com o Ebitda (métrica de geração de caixa operacional) do grupo no último ano, com R$ 8,4 bilhões (+366%), além de margem Ebitda de 17,7% (que subiu 13,3 pontos percentuais). Ficou atrás só da Pilgrim’s Pride Corporation (PPC), a gigante de frango dos Estados Unidos.

Por trás dos números estão uma estratégia e uma execução que fizeram da Seara uma empresa que tem se notabilizado por lançar novas categorias ao mercado.

Trata-se de uma prática que destoa de uma indústria que, por muitos anos, ficou conhecida pelos mesmos produtos de longa data, como lasanha congelada e embutidos como salame, presunto e peito de peru.

“Acreditamos muito em usar a inovação para desenvolver e crescer o tamanho do mercado como um todo”, disse João Campos, CEO da Seara, em entrevista à Bloomberg Línea, “alinhada com as necessidades dos consumidores”.

Segundo ele, as inovações permeiam “três tendências muito fortes que sobressaem quando pesquisamos os hábitos do consumidor”.

“Uma é a conveniência, a praticidade, que tem a ver com lares menores e a volta ao trabalho presencial. As pessoas querem comidas saborosas e fáceis de preparar”, disse o executivo.

As outras tendências são o aumento da indulgência – leia-se a busca por novas experiências e a sofisticação do paladar – e do snacking time, com o aumento do lanche da tarde ou de outras ocasiões de consumo em detrimento de refeições como almoço e jantar. Esse comportamento cresce 50% mais entre os mais jovens quando comparado com as demais gerações, segundo dados da Kantar.

Serão neste ano mais de 150 produtos e apostas em categorias que buscam pegar carona em novos hábitos dos brasileiros em suas casas, como uma linha de pizza e outra de lasanha desenvolvidas para air fryer, além de outros snacks, como bolovo.

Haverá também coxinhas de frango e camarão empanado para preparação na air fryer, entre outros produtos, como frango oriental.

As proteínas são fornecidas pela própria JBS (JBSS3) dada sua extensa atuação na produção de diferentes tipos de carnes e ovos – estes serão fornecidos, por exemplo, pela Mantiqueira, da qual a empresa acabou de se tornar sócia.

O eletrodoméstico que caiu no gosto do brasileiro nos últimos anos, a tal ponto que se aproxima da penetração do microondas nas casas, tem recebido atenção especial, diante de suas características de praticidade e preservação do sabor.

Outra tendência relevante – a da saudabilidade – também é levada em conta, segundo o CEO da Seara, dado que a air fryer usa o ar quente para a preparação, além da redução de ingredientes como o sódio e o desenvolvimento também de alimentos in natura.

“A air fryer acaba sendo mais versátil na preparação de alimentos do que o microondas, que acaba tendo a função essencialmente de esquentar”, disse o executivo sobre o racional de apostar em novas linhas para o aparelho. Segundo dados da Seara, a penetração se aproxima de 50% dos lares do país.

As inovações são acompanhadas de valor agregado, o que se traduz em preços mais altos que são absorvidos pelo consumidor – e em margens maiores para a empresa. “Quando você, como marca, acerta a solução e o benefício e entrega o que o consumidor quer, ele aceitar pagar mais.”

“Vemos também que o consumidor está muito aberto a experimentar. Dado que o aparelho já está em sua casa, do nosso lado o objetivo é desenvolver novas linhas de produtos que ele possa experimentar preparar”, disse Campos.

O executivo, que comanda a Seara desde 2020, fala com conhecimento de causa dada sua experiência de longa data na indústria de alimentos. Antes da JBS, ele foi o CEO da PepsiCo no Brasil, outra gigante global do setor. E trabalhou mais de duas décadas na Unilever.

A marca também lança uma linha de pratos prontos com maior teor de proteínas, chamada “Panelinha”, de olho na tendência crescente de maior consumo de proteína, que já criou uma indústria de milhões com bebidas à base de leites, por exemplo. Um dos novos produtos dessa linha, com ingredientes naturais, leva patinho (carne) com legumes, arroz e brocólis.

“Nós temos autoridade para falar de proteínas porque essa é a base do nosso negócio”, disse Campos em referência ao fato de que a JBS é a maior empresa do mundo no processamento de proteína animal.

Os novos produtos, que chegam ao varejo nas próximas semanas e meses, serão oficialmente anunciados nesta segunda-feira (12) na Apas Show 2025, em São Paulo, um dos maiores eventos do setor de supermercados do país.

Segundo o executivo, entre os produtos novos que hoje mais vendem estão iscas de frango, pedaços de filé de frango empanado e salsicha. “São produtos que as pessoas não imaginariam que poderiam preparar na air fryer.”

Como parte da estratégia, a Seara também acertou uma parceria inédita com a Netflix (NFLX) – segundo a empresa, não há precedente da gigante do streaming com uma marca de alimentos processados.

A campanha prevê snacks como cubos empanados de frango – chamados de “pipoquinhas de frango” – com o logo da Netflix e de séries como a sul-coreana Round 6, como forma de incentivar o consumo associado.

Até 700 estudos por mês

Segundo o CEO da Seara, faz parte dos objetivos abrir novas categorias de alimentos, que se espera que sejam explorados posteriormente por concorrentes – isso seria um atestado do sucesso da estratégia. Para a empresa, em casos assim, o plano passa por fazer valer o seu nome de produto como sinônimo da categoria, o que acaba sendo um desafio.

A estratégia de explorar novas ocasiões de consumo com base em pesquisas e dados de hábitos tem sido colocada em prática há mais tempo. A Seara recebeu investimentos de R$ 8 bilhões nos últimos cinco anos.

A marca tem acelerado o seu crescimento, como parte de uma mudança de cultura e de estratégia, mais de uma década depois de sua aquisição pela JBS em 2013. Na ocasião, sob gestão da rival Marfrig (MRFG3), tinha receita anualizada na casa de R$ 8 bilhões.

O desenvolvimento e os testes de consumo são realizados em um hub de inovação – chamado internamente de Academia Seara – na sede da JBS em São Paulo. No fim do ano passado, cerca de oitenta profissionais trabalhavam dedicados, entre cientistas e engenheiros de alimentos e chefs de cozinha.

São de 500 a 700 estudos por mês, que envolvem novos sabores, tamanhos das porções vendidas, ingredientes e modos de preparo, entre outros pontos.

Novos alimentos desenvolvidos, por sua vez, são testados em fábricas piloto da Seara, para testes de viabilidade e de adequação ao padrão de produção.

Para o período de Natal e Ano Novo do ano passado, por exemplo, a Seara investiu e colocou no mercado diferentes produtos e tamanhos de peru e outras carnes, com base em pesquisas que atestaram que cada vez mais o formato tradicional de ceia de família cede espaço para outras comemorações, com menos pessoas.

Segundo o CEO da Seara, as novidades “não param por aí”: “temos várias ideias na cabeça, algumas que vamos testar, além de produtos que logo chegam ao mercado e que acreditamos que possam causar grande impacto”.

Fonte: Bloomberg Línea

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Comércio, Comércio Exterior, Mercado Internacional

Missão brasileira tenta conquistar mercado na China para frutas

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, ficando atrás apenas de China e Índia. Só em 2024, foram exportados US$ 1,3 bilhão. Há dez anos, essa cifra foi de US$ 650 milhões. Ou seja, a capacidade de exportação de frutas nacional dobrou em uma década. Ainda assim, o país está distante dos maiores vendedores, ocupando a 23ª posição entre os exportadores. E é visando subir nesse pódio que entre os dias 12 e 19 de maio,40 empresários brasileiros vão a Xangai para aprender como exportar mais para a China.

Hoje, apenas melão e uva chegam ao maior consumidor de comida do planeta. São as únicas frutas autorizadas pelo governo asiático. “A China não é um grande importador de frutas, mas como frutas necessitam de área menor do que carne bovina e comodities, estaremos competindo com a produção interna. É um desafio”, salienta José Carlos Hausknecht, diretor da MB Agro.

A missão vai ser patrocinada pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), que tem escritório em Xangai.

De acordo com Guilherme Coelho, presidente da entidade, o objetivo é avançar nas negociações para a abertura do mercado chinês às frutas frescas brasileiras. “Vamos ver como colocam na prateleira, como os chineses gostam de comer as frutas. Vamos ter encontros empresários e atacadistas e estreitar o relacionamento institucional e comercial com o país asiático”, afirma.

A exportação de frutas tem suas especificidades e uma delas começa por ser um produto perecível. Coelho, além de presidente da associação do setor, é dono da Santa Felicidade (Sanfeli), que exporta da Bahia, na região do vale do Rio São Francisco, manga e uva para Estados Unidos, Reino unido, Noruega, França, Holanda e Argentina.

Ele conta que, no caso das exportações de uva, a temperatura nos contêineres refrigados deve ser de 0 0 C. Já o transporte de mangas exige uma temperatura na casa dos 8 0 C. Em todos os casos, um aparelho faz esse monitoramento. Além disso, é preciso agilidade e rapidez no caminho da colheita até a chegada no porto. E esse é um dos nossos principais gargalos, segundo a associação. “Nosso país é continental e nossas estradas não são das melhores”, lembra Coelho.

Além de visar a ampliação no mercado chinês, os exportadores brasileiros também estão em tratativas para melhores condições no maior mercado que há atualmente, já que 70% das exportações de frutas brasileiras vão para a Europa. Os empresários da Abrafrutas estiveram em março em Bruxelas para adereçar o acordo Mercosul – União Europeia, concluído em 2024 (o pacto ainda precisa passar processos burocráticos até ser ratificado).

“A ratificação desse acordo é fundamental para a fruticultura brasileira, especialmente com a redução das tarifas sobre as exportações das nossas frutas”, diz Coelho. Ele cita o caso da uva, cujo imposto na bloco europeu varia entre 8% e 14%. “Enquanto isso, países como Chile, Peru e África do Sul não pagam nada, o que torna a concorrência desleal”, avalia. “O acordo de livre comércio prevê a eliminação imediata dessa tarifa assim que entrar em vigor”.

Além da uva, outras frutas serão gradualmente beneficiadas com a redução tarifária prevista no acordo. O abacate, que atualmente tem uma tarifa de 4%, terá esse imposto eliminado em um período de quatro anos, com reduções progressivas a cada ciclo. O limão e as limas, sujeitos a uma tarifa de 14%, alcançarão isenção total em até sete anos. O mesmo ocorrerá com o melão e a melancia, cuja tarifa de 9% será zerada ao longo de sete anos, beneficiando diretamente polos produtores brasileiros.

Já a maçã, que hoje paga 10% de imposto para entrar no mercado europeu, terá essa tarifa totalmente eliminada em um processo escalonado de dez anos.

O Equador é o maior exportador de bananas, com cerca de 380 milhões de caixas por ano. Edson Brok, da Brok Fresh Brasil e Tropical Nordeste, conta que por o Brasil consegue produzir 1 milhão de caixas no mesmo período. “Sobretudo porque a banana começa a morrer a partir do momento em que é colhida”, diz o paulistano que mora há 27 anos na Bahia e que é o maior produtor da fruta do país.

A banana-nanica é a única variedade que consegue “sobreviver” aos desafios logísticos, e por isso a única a ser exportada – para a Europa. Além disso, é uma fruta que necessita de água o ano inteiro. “Mas nós podemos sim ser mais competitivos”, opina. “Que país tem 3 mil horas de sol por ano, o que é fundamental para qualquer cultura? Temos tudo aqui, só precisamos chegar até quem quer comprar”, afirma Brok.

Fonte: Valor 

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