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Em entrevista à Time, presidente americano classificou a estratégia econômica dos EUA como um “tremendo sucesso”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Brasil e outros países “ficaram ricos” cobrando tarifas de importação sobre produtos americanos.
Em entrevista à revista Time, Trump foi questionado sobre as tarifas aplicadas pelo governo americano. O presidente afirmou que, caso as altas tarifas de importação permaneçam em vigor daqui a um ano, considerará isso uma vitória.
“Veja, foi isso que a China fez conosco. Eles nos cobram 100%. Se você olhar para a Índia, ela cobra entre 100% e 150%. Se você olhar para o Brasil, se olhar para muitos, muitos países, eles cobram – é assim que sobrevivem. É assim que ficaram ricos”, disse Trump.
O presidente americano classificou a estratégia econômica protecionista como “um tremendo sucesso”, afirmando que a produção industrial dos EUA está aumentando.
“Lembre-se disso: não há tarifas se eles fabricarem os produtos aqui. Isso é um sucesso tremendo. Você ainda não percebeu, mas o que está acontecendo é um enorme sucesso. Estamos arrecadando bilhões e bilhões de dólares — dinheiro que nunca tínhamos arrecadado antes”, disse Trump.
À Time, Trump também afirmou que diversos acordos comerciais já foram fechados após a imposição das tarifas e devem ser anunciados nas próximas semanas.
Questionado sobre quando os acordos seriam divulgados, o presidente evitou dar uma data específica, mas garantiu que os Estados Unidos estão “se dando bem” com todos.
“Fechei 200 acordos. Você precisa entender, estou lidando com todas as empresas, com países muito amigáveis. Estamos nos reunindo com a China. Estamos indo bem com todos. Mas, no fim das contas, fui eu quem fechou todos os acordos”, afirmou.
A guerra comercial entre Estados Unidos e China, combinada com tensões geopolíticas e entraves logísticos, está remodelando profundamente o comércio global. O alerta foi feito por Lars Jensen, um dos maiores especialistas do mundo em transporte marítimo e logística, durante a palestra “Excelência em Logística – O que Precisamos Vencer para o Brasil Avançar”, apresentada no Interlog Summit, evento que integrou a programação da Intermodal South America em São Paulo.
Jensen detalhou como tarifas de até 200% sobre commodities importadas, associadas a regras de origem pouco claras, têm criado um ambiente hostil para o comércio internacional. Nos Estados Unidos, por exemplo, produtos parcialmente fabricados no país, como calçados da Nike produzidos no Vietnã, podem ou não receber isenção tarifária com base em critérios subjetivos como design e propriedade intelectual. “Essa falta de clareza sobre o que é considerado ‘valor agregado nos EUA’ trava o sistema”, explicou.
O especialista ressaltou que a Customs and Border Protection (CBP) não possui capacidade operacional para lidar com o grande volume de pedidos de isenção baseados em critérios tão vagos, o que gera gargalos que impactam toda a cadeia logística.
Crise no Mar Vermelho Aumenta a Pressão – mas pode colapsar se a situação se normalizar
Outro fator agravante destacado por Jensen é a crise contínua no Mar Vermelho, onde grandes armadores seguem evitando a região devido aos riscos de ataques e instabilidade política. “A capacidade global de transporte está sendo absorvida por rotas mais longas e ineficientes. Mesmo com ataques aéreos de retaliação, a percepção de risco ainda impede que os navios retornem à região”, afirmou.
Essa realocação forçada de rotas resulta em custos mais altos, atrasos e menor disponibilidade de capacidade, impactando diretamente o comércio global e o abastecimento de cadeias produtivas em diversas regiões.
Caso a situação no Mar Vermelho se normalize repentinamente, a logística global enfrentará um colapso temporário. Segundo Jensen, haverá um impacto significativo durante aproximadamente quatro meses, já que os terminais europeus terão de lidar com o dobro de navios provenientes da Ásia — um volume para o qual não estão preparados.
Nesse cenário, os armadores priorizarão os prazos e, para manter os cronogramas, recusarão o embarque de contêineres vazios. Antecipando essa decisão, os terminais começarão a negar o recebimento desses contêineres de volta, comunicando a negativa aos shippers e consignees.
A consequência será um aumento nas disputas relacionadas a demurrage e detention, criando tensões entre armadores e embarcadores. O quadro se agrava com o fato de que, sem retorno dos vazios à Ásia, os estoques de contêineres no Extremo Oriente vão se esgotar.
Isso, por sua vez, levará à escassez de contêineres para novos embarques e, inevitavelmente, à alta nos preços dos fretes. Como ironiza o próprio especialista: “Acho que as companhias de navegação não vão se incomodar com isso.”
Taxação de Navios Chineses e Reações do Mercado
Durante a palestra, Jensen também comentou as propostas em estudo nos EUA para taxar navios operados por empresas chinesas ou construídos na China. As taxas podem chegar a US$ 10 milhões por escala, o que já está provocando movimentações no mercado. A Ocean Alliance, que inclui a chinesa COSCO e empresas como CMA CGM e Evergreen, estuda transferir seus serviços para operadoras não chinesas, a fim de evitar os custos.
Nova Taxação para Remessas de Pequeno Valor
Mesmo as pequenas remessas sofrerão impactos. A partir de maio, encomendas de valor inferior a US$ 800 — anteriormente isentas — poderão ser taxadas em até 120% ou em valores fixos entre US$ 100 e US$ 200, dependendo da transportadora. Empresas como FedEx, DHL e UPS terão autonomia para definir qual regime aplicar, o que adiciona ainda mais incerteza ao setor.
Planejamento de Longo Prazo Está em Xeque
Jensen foi categórico ao afirmar que, diante de um cenário tão volátil, o planejamento estratégico de longo prazo tornou-se impraticável. “Hoje, as empresas não constroem planos de cinco anos. Elas enfrentam obstáculos semanais, um de cada vez”, disse.
Segundo ele, a solução passa pela diversificação da cadeia produtiva e busca de novos acordos comerciais, como os que vêm sendo discutidos entre Mercosul e União Europeia. “O Brasil tem uma grande oportunidade de se reposicionar globalmente, desde que enfrente seus desafios logísticos internos”, concluiu.
O Interlog Summit, onde a palestra foi realizada, reuniu especialistas e líderes da cadeia logística durante a Intermodal South America, o maior evento do setor na América Latina.
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou na véspera projeto de concessão do canal de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina, no Paraná, com investimento estimado em R$1 bilhão, informou o Ministério de Portos e Aeroportos nesta quinta-feira.
Em comunicado, a pasta acrescentou que lançará o edital para o leilão nos próximos meses, com expectativa de que o certame seja realizado no segundo semestre deste ano.
A previsão é de que a concessionária seja responsável pela gestão do ativo por 25 anos, podendo ser prorrogado por até 70 anos. Os investimentos serão voltados a serviços de manutenção e ampliação das atividades, incluindo o aprofundamento do calado, que deverá passar de 13 metros para 15,5 metros.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, acrescentou que a pasta trabalha para que o modelo aprovado para o Paraná seja aplicado em outros complexos portuários do país, segundo comunicado do ministério.
O porto de Paranaguá, parte do complexo portuário do Paraná, é o segundo maior do Brasil em tamanho e movimentação total de cargas, atrás apenas do porto de Santos , em São Paulo. Também é o maior movimentador do complexo de soja no país (grãos, farelo e óleo) e responsável pela descarga de 33% dos fertilizantes importados pelo Brasil, de acordo com a pasta.
As exportações brasileiras de carne de frango para os países árabes entraram em 2025 em ritmo de crescimento, assim como no ano anterior, de acordo com informações divulgadas pela assessoria de imprensa da Câmara de Comércio Árabe Brasileira nesta quarta-feira (23). No primeiro trimestre do ano, as vendas para a região subiram 9,95% sobre o mesmo período de 2024, para US$ 936,29 milhões.
Entre os mercados árabes, a Arábia Saudita liderou as compras de carne de frango do Brasil em valores, com US$ 256,94 milhões, seguida por Emirados Árabes Unidos, que adquiriram US$ 224,50 milhões no produto, e por Iraque, com US$ 98,76 milhões. Nesses três mercados, a tonelada do frango foi negociada a preços maiores nos três primeiros meses deste ano do que no mesmo período do ano passado.
Em volume, os árabes compraram 453,59 mil toneladas em frango do Brasil no primeiro trimestre, 3,30% a mais que no mesmo período de 2024. Entre os três grandes mercados, apenas a Arábia Saudita registrou variação positiva nas aquisições em quantidade, de 1,28%, com 103,83 mil toneladas. Nos Emirados, o volume recuou 7,54%, para 109,95 mil toneladas, e, no Iraque, caiu 2,81%, para 45,11 mil toneladas.
Na exportação do Brasil como um todoaos países árabes, formada principalmente por alimentos e bebidas, houve recuo de 12,29% no primeiro trimestre, para US$ 4,98 bilhões, segundo a Câmara Árabe. A instituição afirma que a queda que pode ter relação com o Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, iniciado mais cedo este ano, em 28 de fevereiro, o que possivelmente reduziu o ritmo dos embarques.
“É comum observar antes do Ramadã um movimento de importadores e consumidores de formar estoques. Isso porque, durante o mês sagrado, o costume da maioria das famílias é jejuar durante o dia, comer à noite e sair de casa só para o estritamente necessário”, disse o vice-presidente de Relações Internacionais e secretário-geral da Câmara Árabe, Mohamad Mourad, em material divulgado.
O executivo pontua que essa dinâmica é visível, inclusive, nas estatísticas de exportações, com as vendas para os países árabes alcançando o pico cerca de cinco meses antes do Ramadã, recuando durante o mês sagrado e retornando à normalidade logo depois dele. “Por isso acreditamos que os embarques se recuperem nos próximos meses. Teremos, então, condições de avaliar a demanda nos mercados árabes com mais precisão”, pontua.
Brasil e Peru concluíram negociação sanitária que permitirá a exportação de óleo de aves brasileiro destinado à alimentação animal. O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) em nota à imprensa divulgada em 17 de abril.
A notícia foi recebida com entusiasmo pela Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) e pelo Brazilian Renderers, uma parceria entre a ABRA e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que atua na promoção internacional dos produtos do setor.
O Peru tem sido um mercado prioritário para o Projeto Brazilian Renderers, que vem conduzindo ações estratégicas no país desde 2021. Com população de 34 milhões de habitantes e uma pecuária em constante expansão, o país tem demanda crescente por insumos voltados à nutrição animal. Em 2024, o Brasil já exportou mais de US$ 755 milhões em produtos agropecuários para o Peru, com destaque para produtos florestais, carne de frango, cereais, óleo de soja e café.
Ações estratégicas para abertura de mercado
A conquista é resultado direto da articulação coordenada entre a ABRA, o Brazilian Renderers e órgãos do governo brasileiro, liderados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), com apoio fundamental da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do MAPA, da adida agrícola na Embaixada do Brasil em Lima, Angela Peres, e do Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil no Peru.
Um dos marcos dessa trajetória foi a realização do Business Connection Peru, em outubro de 2021. O evento reuniu mais de 60 participantes, incluindo potenciais compradores e representantes da Embaixada do Brasil no Peru, da Câmara de Comércio de Lima e 34 indústrias locais. O encontro apresentou ao mercado peruano a qualidade, a segurança e o potencial competitivo da reciclagem animal brasileira.
Outro passo decisivo foi a Missão Peruana no Brasil, realizada entre os dias 21 e 26 de novembro de 2022. Após adiamentos causados pela pandemia, auditores do governo peruano puderam visitar indústrias brasileiras, acompanhados por representantes da ABRA e do governo brasileiro. A missão demonstrou a robustez da cadeia produtiva brasileira, reforçando a confiança das autoridades peruanas.
Compromisso com a expansão internacional
Com o novo acordo sanitário para o óleo de aves, o Brazilian Renderers reforça seu compromisso em seguir promovendo os produtos brasileiros e abrindo novos mercados para os produtos do setor. A autorização conquistada é mais um passo na consolidação do Brasil como referência global em reciclagem animal.
A JBS disse que seu pedido de dupla listagem foi aprovado pela SEC, tornando provável que a empresa dos Batista comece a negociar na Bolsa de Nova York em junho.
A JBS ainda precisa da aprovação da CVM e de seus acionistas para concluir o processo, que se desenrola há três anos.
A companhia chamou uma assembleia para o dia 23 de maio, quando os acionistas votarão o assunto.
Na assembleia, a holding J&F, que tem 48% do capital, e a BNDESPar, que tem outros 21%, vão se abster de votar, deixando a decisão nas mãos dos minoritários, que detêm cerca de 30% do capital.
A abstenção do BNDESPar foi resultado de um acordo pelo qual a J&F se comprometeu a pagar até R$ 500 milhões ao banco caso a ação da JBS não alcance uma valorização pré-estabelecida, mas não revelada, depois da listagem.
A expectativa da JBS é que suas ações comecem a negociar na Bolsa de Nova York já em junho. A companhia manterá seus BDRs negociados na B3.
A listagem em Nova York pode ter implicações significativas para o valor de mercado da JBS, que trabalha neste plano pelo menos desde o final de 2022.
Nos pouco mais de 30 dias desde que a J&F disse ter feito o acordo com o BNDES, pavimentando o caminho para a listagem, o valor de mercado da JBS subiu de R$ 72 bilhões para R$ 98 bilhões, uma alta de 36%.
A listagem em Nova York permitirá à companhia acessar investidores globais, muitos dos quais têm restrições estatutárias a comprar ações listadas em jurisdições como o Brasil.
Pelo menos em tese, isto deve levar a uma reprecificação do papel, dado que os principais concorrentes da empresa nos EUA negociam a múltiplos significativamente maiores.
Após a listagem, a JBS entrará automaticamente no índice Russell 1000 e, seis meses depois, poderá se candidatar a ingressar no S&P 500 — onde um dos critérios de elegibilidade é de que mais de 50% das vendas aconteçam nos Estados Unidos, o que é o caso da companhia dos Batista.
A JBS vale R$ 98,7 bilhões na B3. A ação sobe 101% nos últimos doze meses.
Projeto de infra que ligará sul do Brasil ao norte do Chile será fundamental para relações bilaterais e acesso a mercados do Pacífico. Ministra e presidente chileno, Gabriel Boric, discutiram iniciativa nesta quarta (23/4)
O Corredor Bioceânico, projeto que conectará o sul do Brasil ao norte do Chile por uma estrada de mais de 2,4 mil quilômetros, pode dobrar a corrente de comércio entre os países, de acordo com a ministra de Planejamento e Orçamento brasileira, Simone Tebet.
Durante mesa redonda sobre o corredor na Confederação Nacional da indústria (CNI), nesta quarta-feira (23/4), a representante do governo brasileiro e o presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmaram que a iniciativa é prioridade e contribuirá para a redução de custos e maior integração entre os países.
A ministra Simone Tebet falou sobre os esforços do governo brasileiro para avançar com o projeto do Corredor Bioceânico, que há anos está em discussão e precisava de atenção.
“Vejo o quanto estamos de costas para a América do sul e vice-versa, e com isso temos condições de dobrar as importações e exportações. É uma pena estarmos tão atrasados nas rotas de integração, mas agora estaremos definitivamente integrados”, afirmou.
De acordo com Tebet, o projeto de integração já dá sinais de eficácia e sua conclusão promoverá mudanças significativas nas rotas de comércio, com expectativa de dobrar a corrente de comércio entre Brasil e Chile.
A ministra lembrou que o ponto pendente para a rota estratégica em construção, a Ponte da Bioceânica que liga Porto Murtinho, no Brasil, a Carmelo Peralta, no Paraguai, está quase 70% concluída e deve ser inaugurada em maio de 2026.
Já o chefe de Estado chileno ressaltou que o projeto não é de uma região ou país em particular, mas uma iniciativa estratégica para redução significativa do tempo de transporte de cargas dos trens do interior do Brasil e do Paraguai até os mercados da Ásia-Pacífico.
“Em vez de atravessar o Canal do Panamá, que sabemos estar com congestionamentos importantes — também devido à crise climática e à falta de água — vamos criar uma rota. E o que isso vai provocar? Vamos conectar o Pantanal com o deserto do Atacama, dois ecossistemas únicos no planeta. Isso não é só comércio”, explicou.
Boric afirmou o Chile vai responder o momento de instabilidade geopolítica global com mais integração.
“Vamos continuar avançando, conversando, vamos fazer isso nos integrando regionalmente, na nossa América do Sul, com as nossas regiões. Por isso, precisamos continuar trabalhando firmemente para facilitar os processos aduaneiros, promover investimentos cruzados e melhorar a logística em toda a cadeia”, disse Boric.
Para a indústria brasileira, corredor trará competitividade e desenvolvimento
Na abertura do encontro, o superintendente de Relações Internacionais da CNI, Frederico Lamego, reforçou o a relevância do Corredor Bioceânico para a indústria e citou os benefícios significativos que a iniciativa promoverá para o setor, como aumento de competitividade, redução de custos logísticos, diversificação de rotas de exportação e promoção do desenvolvimento econômico e integração regional.
“A união de esforços do setor produtivo e do poder público é essencial para a integração logística e econômica da América Latina. Estamos certos de que o Corredor Bioceânico será concluído e abrirá muitas oportunidades para as nossas empresas”, comemorou Lamego.
Confira os principais benefícios do projeto para a indústria brasileira:
Redução de custos logísticos: um dos principais gargalos para a indústria brasileira é o alto custo de transporte. O Corredor Bioceânico promete reduzir significativamente as distâncias e os tempos de viagem para alcançar os mercados do Pacífico, especialmente a Ásia, que são grandes consumidores de produtos brasileiros. Distâncias menores diminuem o consumo de combustível, os gastos com pedágios e outros custos operacionais;
Aumento da competitividade: ao diminuir os custos logísticos, o Corredor torna os produtos industriais brasileiros mais acessíveis e com preços mais competitivos nos mercados do Pacífico. Isso pode abrir novas oportunidades de exportação para diversos setores da indústria de transformação, que representam uma parcela significativa das vendas do Brasil para o Chile;
Diversificação das rotas de exportação: atualmente, grande parte das exportações brasileiras para a Ásia depende de percursos marítimos longos pelo Oceano Atlântico, passando pelo sul da África ou pelo Canal do Panamá. O Corredor Bioceânico oferece uma alternativa mais direta e rápida, diversificando as opções logísticas e reduzindo a dependência de caminhos tradicionais que podem estar sujeitas a congestionamentos ou instabilidades geopolíticas;
Integração regional e novos mercados: além de facilitar o acesso ao Pacífico, o corredor fortalece a integração econômica do Brasil com países vizinhos, como Paraguai, Argentina e Chile. Isso deve estimular o comércio bilateral e multilateral, criando possibilidades de negócios e oportunidades para o desenvolvimento de cadeias regionais de valor;
Desenvolvimento da infraestrutura: o Corredor Bioceânico impulsiona investimentos em infraestrutura ao longo de seu trajeto, incluindo a construção e a melhoria de estradas, pontes, portos secos e outras instalações logísticas, beneficiando as empresas exportadoras, e indústrias e comunidades localizadas nas áreas próximas;
Criação de empregos e renda: o dinamismo econômico promovido pelo Corredor na indústria e nos setores de transporte e logística deve criar empregos e aumentar a renda nas regiões envolvidas pelo projeto;
Alinhamento com a estratégia de comércio exterior: o apoio ao Corredor Bioceânico está alinhado com a estratégia da CNI de promover a internacionalização da indústria brasileira e a expansão das nossas exportações para mercados dinâmicos e em crescimento, como os asiáticos.
Mesa redonda faz parte do Fórum Empresarial Brasil-Chile
A mesa redonda sobre oportunidades de negócios e investimentos do Corredor Bioceânico é uma iniciativa dos governos brasileiro e chileno, com apoio da CNI e da Sociedad de Fomento Fabril (Sofofa). O encontro faz parte do Fórum Empresarial Brasil-Chile, que reúne desde a terça-feira (22) empresários e representantes brasileiros e chilenos para discutir prioridades do setor.
Chile é um dos principais parceiros comerciais do Brasil
O Brasil e Chile são parceiros econômicos estratégicos na América Latina e têm relação comercial sólida e em expansão: enquanto o Brasil é o principal destino das exportações chilenas na região, o Chile é o terceiro maior mercado para os produtos brasileiros. Ao longo das últimas décadas, os países aprofundaram seus vínculos por meio da modernização de acordos comerciais, criando uma base robusta para a integração econômica.
O Chile é o 7º maior parceiro comercial do Brasil e representa 2,1% da corrente de comércio brasileira. Em 2024, o intercâmbio comercial entre os dois países somou US$ 11,7 bilhões, sendo US$ 6,7 bilhões em exportações brasileiras para o Chile e US$ 5 bilhões em importações. A indústria da transformação tem papel relevante: na última década, o setor produtivo representou 69,8% das exportações do Brasil para o Chile e 64,8% das importações brasileiras de produtos chilenos. Os dados são de um levantamento feito pela CNI com base em estatísticas do Comex Stat.
Na sessão desta terça-feira (22), a Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou a criação de um grupo de trabalho (GT) voltado à análise e reformulação da estratégia de comércio exterior do Brasil. O requerimento (REQ 6/2025 – CRE), de autoria do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da CRE, prevê um estudo amplo sobre os instrumentos de fomento às exportações, negociações internacionais e infraestrutura logística voltada à integração sul-americana.
O GT será composto por 11 membros, entre eles o próprio senador Nelsinho, consultores legislativos do Senado, assessores parlamentares e representantes dos gabinetes dos senadores que integram a CRE. Os trabalhos do grupo serão divididos em três frentes principais: políticas públicas de fomento à exportação, estratégias de negociação comercial bilateral e multilateral, e análise da infraestrutura logística do país para exportação.
O grupo terá como horizonte a entrega de um relatório final até 15 de novembro deste ano, com possibilidade de prorrogação de até 30 dias. O documento consolidará as atividades desenvolvidas, as contribuições de especialistas e instituições consultadas, e trará sugestões de encaminhamentos, inclusive propostas legislativas.
Segundo a justificativa do requerimento, o cenário internacional atual — marcado por uma guinada protecionista nas políticas comerciais dos Estados Unidos e por desafios à globalização — exige do Brasil uma postura mais ativa e estratégica. “O Congresso Nacional não deve ser apenas um mero ratificador de acordos internacionais, mas um interlocutor proativo”, defende Nelsinho.
Entre os temas que serão objeto de análise estão programas como o Programa de Financiamento às Exportações (Proex) e o recém-criado Acredita Exportação, além dos impactos de mudanças em alíquotas de importação. Também está prevista a investigação de gargalos logísticos e o estudo de projetos de integração regional, como as rotas bioceânicas que conectam o Brasil aos demais países do Cone Sul.
O grupo poderá contar com a colaboração de especialistas dos setores público e privado, de instituições de ensino superior, de autarquias reguladoras e da sociedade civil, convocados conforme os temas debatidos em cada etapa dos trabalhos.
Nos três primeiros meses de 2025, Minas Gerais reafirmou sua força no comércio exterior ao atingir US$ 9,9 bilhões em exportações. Esse desempenho garantiu ao estado um superávit comercial de US$ 5,6 bilhões e o segundo lugar no ranking nacional, respondendo por 12,9% das exportações do Brasil — ficando atrás apenas de São Paulo (19,8%).
Importações crescem 22% e Minas entra no top 5 nacional
As importações também tiveram papel de destaque. O estado movimentou US$ 4,4 bilhões em compras internacionais, com alta de 22% em comparação com o primeiro trimestre de 2024. Com isso, Minas Gerais tornou-se o quinto maior importador do país, responsável por 6,5% das importações nacionais.
Exportações mineiras crescem quase 9% em março
Somente em março, as exportações do estado alcançaram US$ 3,8 bilhões — alta de 8,9% frente ao mesmo mês do ano passado — e representaram 38,5% de todo o comércio internacional do trimestre. Já as importações somaram US$ 1,4 bilhão no mês, o que equivale a 32,5% do total importado no período.
Café lidera exportações e China é principal destino
Minas Gerais se manteve como o maior exportador de café do Brasil, somando US$ 2,9 bilhões em vendas — 28,9% da fatia nacional do grão. O produto também liderou o crescimento entre os itens exportados, com alta de 76,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
Os principais destinos das exportações mineiras foram:
China (30,7%)
Estados Unidos (11,3%)
Alemanha (4,8%)
Argentina (4,7%)
Canadá (4,5%)
Outros produtos em alta e municípios que mais contribuíram
Além do café, Minas se destacou na exportação de:
Hidrogênio (US$ 79,9 milhões)
Pedras preciosas (US$ 38,9 milhões)
Aparelhos ortopédicos (US$ 24,7 milhões)
Reservatórios e barris (US$ 5,2 milhões)
Entre os 280 municípios exportadores, os que mais se destacaram foram:
Varginha (7,6%)
Guaxupé (6%)
Conceição do Mato Dentro (5,2%)
Araxá (5%)
Nova Lima (4,8%)
No ranking das importações, os líderes foram:
Extrema (14,4%)
Betim (12,1%)
Uberaba (8,7%)
Contagem (5,7%)
Pouso Alegre (5,4%)
Conclusão: Minas se consolida como potência no comércio exterior
Com crescimento consistente nas exportações, destaque no setor cafeeiro e ampliação dos mercados de destino, Minas Gerais fortalece sua posição como protagonista no comércio exterior brasileiro. A diversidade de produtos e o dinamismo de seus municípios reforçam o papel estratégico do estado no cenário nacional e global.
Abertura é só para a modalidade extrativista, em que os peixes são capturados na natureza e não em cativeiro
A China abriu seu mercado de pesca extrativista para o Brasil. O anúncio foi feito na 3ª feira (22.abr.2025) depois de uma reunião bilateral do secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, com a vice-ministra da Gacc (sigla em inglês para Administração Geral de Alfândegas Chinesa), Lyu Weihong, em Brasília.
O mercado chinês de pescados é de cerca de US$ 17,9 bilhões. A partir da abertura, o Brasil poderá competir e abocanhar parte desse setor, mas os efeitos devem ser de médio a longo prazo. A expectativa do governo é que o país ganhe cerca de US$ 1 bilhão em receitas no médio prazo. O encontro entre Rua e Weihong abordou cerca de 50 temas.
A pesca extrativista é aquela na qual os peixes são capturados da natureza, diferente da modalidade de aquicultura, em que são cultivados em cativeiro.
O governo brasileiro costurava o acordo há mais de 1 ano e tinha a expectativa de concluir a negociação em novembro de 2024, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o presidente Xi Jinping no Brasil. Porém, as tratativas para o certificado sanitário que autoriza as exportações só foram finalizadas agora, na reunião bilateral.
No encontro do ano passado, o governo brasileiro fechou 37 acordos com a China. Destes, 6 envolveram o Ministério da Agricultura e Pecuária, com a abertura de mercado para:
uvas frescas;
gergelim;
sorgo;
farinha de peixe;
óleo de peixe;
outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal.
O encontro de Rua com Weihong faz parte da agenda de trabalhos do Brics –grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Indonésia.
O Brasil sediará a cúpula do bloco neste ano, que será realizada no Rio de Janeiro de 6 a 7 de julho.