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Evento da Esfera Brasil em Roma reúne Pacheco, Barroso e ministros do governo Lula

O grupo Esfera Brasil realiza nesta sexta-feira (11) e sábado (12) a segunda edição do Fórum Esfera Internacional, que reunirá representantes do STF (Supremo Tribunal Federal), do Congresso e ministros do presidente Lula em Roma, na Itália.

Foram convidados os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e o ministro Dias Toffoli.
Também está prevista a participação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, do presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, a embaixadora representante do Brasil na FAO, Carla Barroso, a cofundadora e presidente do conselho do Pacto Contra a Fome, Geyse Diniz, do senador Ciro Nogueira (PP) e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, além de empresários brasileiros.

O objetivo do evento é discutir temas envolvendo as relações bilaterais Brasil-Itália e debater os 150 anos da imigração italiana no Brasil. Também falarão sobre atração de investimentos, sustentabilidade e transição energética, cooperação na segurança pública, segurança alimentar, impactos da inovação na sociedade e segurança jurídica.

O evento também contará com a participação de autoridades italianas, como os ministros Matteo Piantedosi (Interior) e Francesco Lollobrigida (Agricultura), o deputado Fabio Porta (Partido Democrático) e o procurador Nacional Antimáfia e Antiterrorismo, Giovanni Melillo.

Evento da Esfera Brasil em Roma reúne Pacheco, Barroso e ministros do governo Lula (diariodobrasilnoticias.com.br)

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Notícias

Reunião com RF é interrompida e será retomada ainda esta semana

O Sindifisco Nacional esteve reunido por quase três horas, nesta terça (8), com a Receita Federal. Tensa, a reunião foi suspensa para que a Administração possa se reunir internamente antes de retomar a agenda, ainda esta semana, com avaliação mais objetiva a respeito de eventual apoio da Receita e do Ministério da Fazenda sobre a pauta remuneratória dos Auditores-Fiscais.

“O governo vai nos apresentar alguma coisa esta semana e nós precisaremos avaliar essa proposta com a categoria”, disse o presidente do sindicato, Auditor-Fiscal Isac Falcão. “Faremos isso após o retorno da Receita. Vamos chamar uma Assembleia Nacional para a próxima quarta (16). Vamos intensificar a mobilização e chegar à greve se preciso for.”

O forte acirramento da mobilização com a instituição da greve pode ser o caminho necessário de pressão ao governo federal, que desde abril está inadimplente com os Auditores. O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) havia firmado o compromisso de negociar com a categoria o reajuste do vencimento básico no âmbito da Mesa Específica como realizado com as demais carreiras de servidores do Estado.

Participaram da reunião o diretor-secretário, Auditor-Fiscal Samuel Rebechi, e o representante da Mesa do CDS, Auditor-Fiscal Roberto Bueno. Por parte da Receita, o secretário Robinson Barreirinhas esteve acompanhado do subsecretário de Gestão Corporativa, Auditor-Fiscal Juliano Brito da Justa Neves, e do coordenador-geral de Gestão de Pessoas, Auditor-Fiscal Marcelo Araújo.

“A Sucor ficou de fazer outros estudos e, por esta razão, a reunião foi interrompida e será retomada, a gente espera, no menor tempo possível para que, de repente, nossas reivindicações possam ter outro desfecho”, disse Roberto Bueno ao fim da reunião.

Atos públicos regionais

Os Auditores-Fiscais estão em estado de mobilização desde julho e nesta quinta (10) realizarão atos públicos nas sedes das superintendências das 10 Regiões Fiscais da Receita. Para o diretor Samuel Rebechi, a participação nos atos regionais será um forte instrumento de pressão, porque ocorrem imediatamente antes da próxima reunião do sindicato com a Administração. “A nossa participação é ainda mais importante. Convoco todos os colegas a participar.”

Também está aprovado em Assembleia a paralisação de 24 horas no dia 17 de outubro, ação que será seguida de Dias de Apagão e Operação Padrão – a categoria continuará intensificando sua pressão ao governo federal.

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Economia, Informação, Notícias

Tex Cotton planeja lançar lojas próprias e modernizar parque fabril

Ricardo Lyra, novo CEO da companhia, revela que investimentos de R$ 30 milhões serão aportados nos próximos dois anos na antiga fábrica da Sulfabril para ampliar produção

Florianópolis, 10.10.2024 – A Tex Cotton, de Blumenau, anunciou no fim de setembro seu novo CEO, o atual diretor-financeiro Ricardo Lyra. Entre os desafios que o executivo terá pelos próximos anos estão o lançamento de lojas próprias e a conclusão das obras de modernização das instalações da antiga Sulfabril, adquirida pela Tex Cotton em leilão realizado em 2019.

Em entrevista à Indústria News, Lyra afirma que a quitação do leilão ocorre este ano e 65% das instalações já estão recuperadas. “Pretendemos nos próximos dois anos finalizar e ter a nossa capacidade de produção ampliada. Para esta última fase, com instalações, máquinas e equipamentos temos uma previsão orçamentária de R$ 30 milhões”, revela.

Outros desafios à frente elencados pelo executivo são elevar a taxa de crescimento anual da companhia e consolidar o e-commerce.
Doutor em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (USP), Lyra atua na companhia há mais de 15 anos. Passou pelas áreas tributária, custos e formação de preços. Foi controller e assumiu a função de diretor-financeiro em 2013.

Tex Cotton planeja lançar lojas próprias e modernizar parque fabril | FIESC

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Antaq libera acordo pra que Portonave banque a retomada da dragagem

Proposta prevê antecipação de tarifas portuárias pra pagamento de dívida,  como prestação mensal de contas do porto e o registro das receitas antecipadas em contas específicas

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) deu aval para conclusão do acordo da Superintendência do Porto de Itajaí com a Portonave e a empresa Van Oord, visando a retomada da dragagem no canal portuário do rio Itajaí-açu. O serviço está parado desde agosto por conta de uma dívida de R$ 35 milhões do porto de Itajaí. O contrato foi mantido pelo porto após recurso da empresa contra a rescisão e a ideia de uma licitação do serviço foi deixada para trás.

O Porto de Itajaí não confirmou as condições do acordo, explicando que há assinatura de um termo de confidencialidade no processo. Há expectativa, porém, que a dragagem possa ser retomada de imediato com o aval da Antaq na proposta.

A proposta apresentada pelo Porto de Itajaí prevê a antecipação de tarifas portuárias da Portonave para a manutenção da dragagem. Em setembro, a superintendência do Porto havia informado a rescisão de contrato com a Van Oord e que contrataria emergencialmente uma nova empresa, o que não foi feito.

Isso porque a Van Oord entrou com recurso administrativo contra a notificação de rescisão contratual, pedindo a suspensão da decisão. Conforme documento ao Ministério dos Portos, a empresa alegou ter recebido com surpresa a notificação do Porto de Itajaí, pois havia manifestado aceite da proposta de acordo da dívida um dia antes.

Embora o Porto de Itajaí não tenha informado publicamente, o superintendente Fábio da Veiga acatou o recurso da empresa e suspendeu os efeitos da notificação de rescisão do contrato.

Assim, segundo o diretor de Administração da Superintendência do Porto de Itajaí, Ronaldo Camargo, o contrato com a Van Oord está em plena vigência no momento. A validade é até 15 de dezembro. Nas propostas pra retomada da dragagem, ainda era discutida mais uma prorrogação do contrato, dando tempo para o porto elaborar a nova licitação do serviço.

Decisão da Antaq traz exigências para o porto

O Porto de Itajaí não confirmou as condições do acordo e prazo pra finalização. A Portonave explicou que não vai se manifestar sobre o assunto. A proposta inicial previa R$ 25 milhões da empresa, por meio de antecipação tarifária, e outros R$ 10 milhões da prefeitura de Itajaí. O total pagaria a dívida, enquanto a retomada das operações de contêineres daria caixa pro porto manter o serviço em dia.

A homologação da Antaq para conclusão do acordo foi dada pelo diretor-geral da agência, Eduardo Nery. Para o acordo seguir, ele determinou a inclusão de obrigações na versão final da proposta que superintendência tem de cumprir. Entre elas, a apresentação mensal da evolução das contas do porto e o registro das receitas antecipadas em contas específicas. O diretor também proibiu outros descontos tarifários dentro do acordo.

Na decisão, a Antaq ainda recomendou que o Ministério dos Portos exija que a autoridade portuária de Itajaí seja convertida em Empresa Pública Municipal, na forma de Sociedade com Propósito Específico (SPE), quando da renovação do convênio de delegação do Porto de Itajaí. A mudança, prevista para o arrendamento definitivo do porto, depende de aprovação de projeto de lei que ainda não foi encaminhado pelo município.

Decisão da Antaq traz exigências para o porto

O Porto de Itajaí não confirmou as condições do acordo e prazo pra finalização. A Portonave explicou que não vai se manifestar sobre o assunto. A proposta inicial previa R$ 25 milhões da empresa, por meio de antecipação tarifária, e outros R$ 10 milhões da prefeitura de Itajaí. O total pagaria a dívida, enquanto a retomada das operações de contêineres daria caixa pro porto manter o serviço em dia.

A homologação da Antaq para conclusão do acordo foi dada pelo diretor-geral da agência, Eduardo Nery. Para o acordo seguir, ele determinou a inclusão de obrigações na versão final da proposta que superintendência tem de cumprir. Entre elas, a apresentação mensal da evolução das contas do porto e o registro das receitas antecipadas em contas específicas. O diretor também proibiu outros descontos tarifários dentro do acordo.

Na decisão, a Antaq ainda recomendou que o Ministério dos Portos exija que a autoridade portuária de Itajaí seja convertida em Empresa Pública Municipal, na forma de Sociedade com Propósito Específico (SPE), quando da renovação do convênio de delegação do Porto de Itajaí. A mudança, prevista para o arrendamento definitivo do porto, depende de aprovação de projeto de lei que ainda não foi encaminhado pelo município.

Calado em alerta

A draga Njord, da empresa responsável pela dragagem, está no píer do pátio do Centreventos. As profundidades mínimas do canal portuário foram homologadas pela Marinha do Brasil no dia 7 de outubro, com validade até 23 de novembro. As medições de 13,9 metros (canal externo) e 13,2 metros (canal interno) permitem navios de até 350 metros de comprimento e 52 de boca. Os valores estão abaixo do normal, que é de 14 metros (canal externo) e 13,5 metros (canal interno).

Antaq libera acordo pra que Portonave banque a retomada da dragagem   | DIARINHO

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ESG, Negócios, Notícias, Oportunidade de Mercado, Sustentabilidade

Sustentabilidade nos negócios internacionais

 

AEB adere à compensação de carbono e promove workshop sobre o tema

Transição energética, inventários de gases do efeito estufa, projetos ESG (ambiental, social e de governança) e o mercado de carbono são alguns dos temas do Diálogos AEB: Sustentabilidade no comércio exterior e os desafios do futuro, no dia 10 de outubro, entre 9h30 e 13h, no Centro do Rio de Janeiro, uma realização da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), com apoio da Prima Mata Atlântica, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

O evento celebra o compromisso da AEB de zerar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE’s) em todos os eventos do seu calendário anual, em parceria com a Prima. Após o levantamento do volume de gás carbônico emitido com a organização e execução de cada evento – incluindo o Diálogos Sustentabilidade –, caberá à OSCIP plantar árvores nativas da Mata Atlântica e de Manguezais, como compensação ambiental. Com a iniciativa, a AEB vai receber o Selo Prima de Consciência Climática e um certificado da Organização das Nações Unidas (ONU).

O workshop está estruturado em quatro painéis: Inventários de gases do efeito estufa, transição energética e modelos de negócios sustentáveis; Projetos ESG em atividades corporativas com foco na soberania climática; Precificação de carbono, G20 no Rio de Janeiro e empreendimentos turísticos sustentáveis; e Tecnologia das aduanas, recursos hídricos, inovação e sustentabilidade.

O presidente-executivo da AEB, José Augusto de Castro, ressaltou que a pauta de sustentabilidade é uma das prioridades dos agentes de comércio em todo o mundo. “O enfrentamento da crise climática é imperativo para todas as empresas, e o setor de comércio exterior brasileiro tem se engajado na luta para conservação do planeta. Estamos dando um recado para a sociedade na construção de uma política de baixa emissão de carbono no comércio exterior”, destacou Castro.

Responsável pela compensação de mais de 57 mil toneladas de gás carbônico, a Prima faz o plantio de mudas em oito propriedades de reflorestamento no estado do Rio de Janeiro, em outros estados, na Argentina e no Chile.

“As comunidades pelo mundo, especialmente as mais vulnerabilizadas, têm sofrido cada vez mais com os efeitos climáticos extremos. As iniciativas da AEB de aderir ao carbono zero e de escolher a sustentabilidade como tema de seu evento, são atitudes concretas que valorizam a consciência planetária. A instituição oferece à sociedade um exemplo pedagógico associado à sustentabilidade”, atestou o biólogo e coordenador da Prima, Ricardo Harduim.

DIÁLOGOS AEB: Sustentabilidade no comércio exterior
PROGRAMAÇÃO

Diálogos AEB
Sustentabilidade no comércio exterior e os desafios do futuro
Data: 10 de outubro
Hora: 9h30 às 14h30
Local: CNC – Av. General Justo, 307, 9° andar, Centro do Rio de Janeiro
Inscrições gratuitas

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Aeroportos, Economia, Informação, Logística, Mercado Internacional, Negócios, Notícias

Estado de São Paulo vai ganhar um novo aeroporto internacional

Está oficialmente decidido: a Infraero está responsável pela construção do futuro aeroporto internacional em Olímpia, no interior de São Paulo. A previsão é de que o novo terminal fique pronto em 2026, recebendo voos internacionais dos países vizinhos da América do Sul.

O prefeito da cidade, Fernando Cunha, disse em entrevista ao site Diário de Olímpia:

“O aeroporto será um grande empreendimento internacional, trazendo emprego, renda e desenvolvimento para Olímpia. A obra agora é oficial, e cabe à próxima gestão dar continuidade a esse projeto, que trará muitos frutos para a nossa cidade”.

Novo aeroporto no Estado de São Paulo

Está oficializado: Olímpia, cidade paulista conhecida por seus mega parques aquáticos, vai ganhar um aeroporto e a Infraero está responsável pela sua construção. A expectativa é de a obra termine em 2026, e o novo terminal vai receber voos internacionais de países da América do Sul. A cidade fica a 430 km de São Paulo, no norte do estado.

A inauguração desse novo aeroporto internacional pretende colocar Olímpia entre os destinos mais requisitados do país, já que a cidade tem atrações famosas como o Thermas dos Laranjais, um dos maiores parques aquáticos do mundo, e o Hot Beach, um dos maiores do Brasil.

Hoje em dia, o aeroporto mais próximo da cidade está localizado em São José do Rio Preto, a 55 km da cidade. A construção do novo terminal traz a expectativa de crescimento do número de turistas, recebendo cerca de 1 milhão de passageiros por ano.

A cidade ainda conta com outras atrações além dos parques aquáticos, como o Vale dos Dinossauros, o Museu Cera, e o Orionverso, primeiro parque de realidade virtual da América Latina.

Responsabilidade da Infraero

Na última terça-feira (1), a decisão de atribuir à Infraero a implantação e exploração do Aeroporto de Olímpia foi publicada no Diário Oficial da União, no Ministério de Portos e Aeroportos, Portaria de Nº 472. Isso significa que o órgão federal está responsável por implantar, administrar, operar e explorar o terminal.

No ano passado, em dezembro, o governo federal havia aprovado o valor de R$ 104 milhões para a construção do aeroporto, que está no Orçamento da União para 2024. O projeto de lei foi aprovado pelo Congresso Nacional.

A área de construção do novo aeroporto de Olímpia tem mais de 200 mil m², perto da Rodovia Assis Chateaubriand, e o planejamento é que a obra seja entregue em 2026.

Fonte: Passageiro de Primeira
Estado de São Paulo vai ganhar um novo aeroporto internacional – Passageiro de Primeira

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Rio Negro atinge 12,68 metros e leva Manaus a viver pior seca da história pelo segundo ano seguido

Afluentes e lagos que atravessam a capital amazonense também secaram, criando um cenário devastador que afeta o ecossistema e a vida daqueles que dependem do rio para sobreviver.

Rio Negro alcançou 12,68 metros às 18h desta quinta-feira (3), marcando a pior seca da história de Manaus pelo segundo ano consecutivo, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB). O Porto da capital, responsável pelo monitoramento das águas desde 1902, só deve divulgar a mínima das últimas 24 horas na manhã desta sexta-feira (4). Este ano, o recorde foi atingido 23 dias antes de 2023, quando o rio havia registrado 12,70 metros em 26 de outubro.

Em comparação, no dia 3 de outubro de 2023, o Rio Negro mediu 15,14 metros, o que representa uma diferença de 2,46 metros a mais do que o nível registrado neste ano, conforme dados do Porto de Manaus.

As águas devem continuar secando e podem ficar abaixo dos 12 metros, segundo as previsões do SGB. O tempo seco e a falta de chuvas regulares ajudam a piorar a situação.

Confira abaixo o ranking das menores cotas da série histórica do Rio Negro, segundo dados do SGB:

  • 12,68 m em 03/10/2024
  • 12,70 m em 2023
  • 13,63 m em 2010
  • 13,64 m em 1963

    Conhecido por suas águas escuras e com quase 1,7 mil quilômetros de extensão, o Rio Negro é um dos principais afluentes do Rio Amazonas e banha a capital do estado. No final de outubro do ano passado, o rio voltou a encher, mantendo um crescimento lento e constante. No dia 17 de junho deste ano, as águas pararam de subir e começou o período de vazante.

    A rápida e antecipada queda no nível das águas gerou preocupação entre as autoridades, que já estão adotando medidas preventivas. Devido à estiagem, a Prefeitura de Manaus declarou situação de emergência por 180 dias e interditou a Praia da Ponta Negra, após o rio ultrapassar a cota mínima de segurança de 16 metros.

    Além da capital, os 61 municípios do Amazonas também enfrentam uma situação de emergência devido à seca. Segundo a Defesa Civil, todas as calhas de rios do estado estão em estado crítico de vazante. Quase 750 mil dos mais de 4 milhões de habitantes do Amazonas estão sendo afetados, o que corresponde a mais de 186 mil famílias.

    O fenômeno tem isolado comunidades e prejudicado a navegação, além de impactar o escoamento da produção das empresas do Polo Industrial. Navios cargueiros já não atracam mais na cidade; em vez disso, transferem as cargas para balsas com calado menor, que são embarcações menos profundas, para seguir até Manaus e atender à indústria.

    A seca levou 29 escolas da zona rural, localizadas ao longo do Rio Negro, a encerrar as aulas no fim de setembro. Outras 16 unidades educacionais no Rio Amazonas continuam com o calendário escolar, sendo oito com aulas totalmente presenciais e oito em formato híbrido. As atividades serão encerradas no dia 18 de outubro, conforme informado pela secretaria de educação municipal.

    Segundo a Prefeitura de Manaus , o calendário anual das escolas ribeirinhas inicia antes da zona urbana, devido à cheia e vazante dos rios, além das especificidades climáticas da região amazônica.

    Em toda orla da capital, o cenário repete o que os manauaras viveram em 2023: o rio “sumiu” e a terra está em arrasada. Afluentes e lagos que cortam a capital amazonense também secaram. O cenário é devastador e impacta o ecossistema e a vida de quem depende do rio para sobreviver.

    • A Praia da Ponta Negra foi fechada para banho. Uma cerca foi instalada no local para impedir banhistas de se aproximarem da água, uma vez que há risco de afogamento por conta dos buracos com a vazante do rio.
    • Na Marina do Davi, ponto de partida de pequenas embarcações para as comunidades que ficam no entorno da capital, a situação é difícil. Moradores contaram ao g1 que um trajeto de barco que durava, em média, 10 minutos, está levando mais de duas horas para ser concluído. O preço das passagens também aumentou. No local, a prefeitura uma ponta de 80 metros de extensão “para promover a acessibilidade segura de passageiros e minimizar os transtornos à população ao novo ponto de ancoragem dos barcos e lanchas”.
    • Na Praia Dourada, onde existem diversos flutuantes de recreio, o rio deu lugar a um mar de lama e o cenário é de abandono. Banhistas e donos de barcos e flutuantes deixaram o local.
    • No Lago do Puraquequara, a equipe do g1 adentrou cerca de 2 km no que antes era um braço do Rio Negro. A situação é a mesma na vizinha Colônia Antônia Aleixo, onde o Lago do Aleixo secou e se transformou em um filete de água.
    • No Porto da Capital, bancos de areia surgiram no meio do rio, forçando as embarcações a se afastarem e ficando cada vez mais longe do local onde costumavam atracar, próximo à pista.
    • Situação semelhante na Orla do Educandos. No entanto, por lá, o rio deu lugar a um mar de lixo que, comumente, é despejado nas águas e que ficou no local por conta da vazante.

      A seca também afetou o famoso Encontro das Águas. Com a vazante, o fenômeno ficou difícil de ser visto. A mistura da água escura do Rio Negro, com a água barrenta do Rio Solimões, é um dos patrimônios do estado e atrai turistas de todos os lugares do Brasil e do mundo.

      Seca impacta vida de quem mora às margens do Rio Negro e seus afluentes

      O carpinteiro Getúlio de Castro, de 57 anos, mora na Marina Rio Belo, às margens do Rio Tarumã-Açu, na zona ribeirinha da capital amazonense. Segundo ele, para sair de lá, é preciso enfrentar um trajeto de duas horas até a Marina do Davi.

      “Um trajeto que eu levava dez minutos pra fazer estamos fazendo duas horas. E em uma parte a gente ainda precisa descer do barco para empurrar, porque não tem como passar porque o riu sumiu”, continuou.

      Quem também é afetado pelo problema é o estaleiro Felipe Lopes, de 54 anos. Ele tem um flutuante na Marina do Davi desde 1994, no qual faz barcos e reparos em pequenas embarcações. Com a seca, o empresário precisou dispensar os funcionários e viu os clientes irem embora.

      “É um cenário muito triste. Estou aqui há muito tempo e nunca tinha visto o que aconteceu aqui ano passado e agora. E este ano parece que vai ser ainda pior. A gente sabe que ninguém tem culpa, mas é complicado, porque tem muita gente que vive aqui e ganha seu pão aqui também”.

      No Puraquequara, na Zona Leste de Manaus, o empresário Erick Santos, de 29 anos, dono de um restaurante que serve peixes e outras comidas regionais, também viu os clientes irem embora.

      Seca severa é fruto da combinação de diversos fatores, alerta especialista

      Segundo Renato Senna, pesquisador e coordenador de hidrologia do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o Amazonas ainda está enfrentando os efeitos da seca do ano passado, como a falta de precipitação.

      O fenômeno deve perdurar até o fim de outubro, quando o tempo no Amazonas deve ser influenciado por outro evento climático: o La Ninã. Com isso, os rios devem voltar aos padrões normais de monitoramento.

      “A expectativa atual é de que no final do último trimestre deste ano possa ocorrer no Oceano Pacífico um evento de águas superficiais mais frias, La Niña, o que poderá favorecer um período chuvoso ligeiramente mais intenso sobre a Amazônia no primeiro semestre de 2025, com perspectiva de recuperação das bacias hidrográficas que formam os rios Negro, Solimões, Madeira e por consequência o Rio Amazonas, voltando a normalidade”, finalizou.

      Rio pode ficar abaixo dos 12 metros, aponta SGB

      Um boletim divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil no fim da semana passada, aponta que o Rio Negro pode ficar abaixo dos 12 metros na vazante histórica deste ano.

      “As descidas estão muito acentuadas em Manaus e, se continuar com essa média de descida de 19 cm por dia, em uma semana poderemos ultrapassar a marca histórica – que é de 12,7 m registrada em 2013 – e, nas próximas semanas, o Rio Negro pode ficar abaixo dos 12 m”, alertou o pesquisador em geociências Artur Matos, coordenador nacional dos Sistemas de Alerta Hidrológico do SGB.

      Ainda segundo Matos, o Rio Negro pode ficar abaixo da cota de 16 metros em Manaus por mais dois meses, com base nas observações do ano passado, que se assemelham ao cenário atual.

      Conforme o SGB, na maior parte da Bacia do Amazonas, os rios estão abaixo da normalidade para a época, e em algumas áreas, as cotas já atingiram os níveis mais baixos da história.

      Ajuda humanitária

      No fim de setembro, a prefeitura da capital informou que concluiu a primeira fase da Operação Estiagem 2024, com a entrega de mantimentos para 55 comunidades ribeirinhas afetadas pela seca do rio Negro. A ação alcançou mais de três mil famílias que vivem desde o Rio Apuaú até o Rio Tarumã-Mirim, afluentes do rio Negro.

      Nessa primeira etapa, a operação entregou cestas básicas, que somam 6.190 itens, mais de 61,9 mil litros de água potável e 6.190 kits de higiene. Algumas comunidades também receberam kits de água, com bombas, mangueiras de 100 metros, para auxiliar os produtores rurais com irrigação, e ainda, filtros de água com capacidade de garantir a produção de água potável, uma ação inédita da prefeitura realizada nesta operação.

      As últimas comunidades atendidas na semana passada foram do rio Tarumã-Mirim, com 1.750 famílias recebendo os kits de ajuda humanitária. Somente nesta localidade foram entregues 3,5 mil cestas básicas, 2,1 mil kits higiênicos, além de 9,6 mil unidades de água potável de dois litros e mais 984 com 20 litros. As comunidades atendidas foram N. Sr.ª de Fátima, Abelha, N. Sr.ª do Livramento, Ebenezer, Julião, Agrovila, Novo Paraíso/Vai quem Quer, São Sebastião, União da Vitória, Três Galhos e Deus Proverá.

      A prefeitura também disse que já se organiza para a segunda e, possivelmente, terceira ase da operação, que vai atender áreas urbanas e comunidades do Rio Amazonas.

      Fonte: G1.Com
      Rio Negro atinge 12,68 metros e leva Manaus a viver pior seca da história pelo segundo ano seguido | Amazonas | G1 (globo.com)

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Receita Federal autoriza reabertura do Porto de Itajaí para contêineres

Porto estava desde o final de 2022 sem movimentar contêineres

A Receita Federal liberou nesta sexta-feira (4) o alfandegamento do Porto de Itajaí à JBS/Seara. O documento permite que os navios de contêineres voltem a atracar nos dois berços que integram a área de concessão. 

A coluna apurou que o processo ainda depende de publicação em Diário Oficial – mas a empresa já teria sido notificada sobre a autorização. Trata-se, basicamente, do aval para que o terminal portuário possa operar, recebendo cargueiros de longo curso.

O processo de alfandegamento foi iniciado após a nova operadora ter assumido a área concedida do Porto, em maio deste ano. A empresa investiu mais de US$ 30 milhões para preparar o terminal para a reabertura.

A JBS/Seara assumiu o contrato de concessão temporária da empresa paulista Mada Araújo, que venceu a licitação para movimentação de contêineres, mas não conseguiu avançar.

A JBS/Seara tem cinco linhas de navios com contrato para operar no Porto de Itajaí, que aguardavam o alfandegamento. A expectativa é que as embarcações passem a atracar regularmente a partir da semana que vem.

O Porto de Itajaí tem quatro berços de atracação – dois públicos, onde é operada carga geral, como carros e bobinas de aço, e dois concedidos à iniciativa privada, para movimentação de contêineres.

O Porto está sem movimentação regular de contêineres, que são o “filé” do setor portuário, desde o final de 2022.

Fonte: NSC Total
Receita Federal autoriza reabertura do Porto de Itajaí para contêineres – NSC Total

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Associação Internacional dos Estivadores informou que a movimentação de carga nos portos será retomada.

Associação Internacional dos Estivadores informou que a movimentação de carga nos portos será retomada.

Trabalhadores em greve seguram cartazes e marcham em frente ao Terminal de Contêineres de Bayport em Seabrook, Texas, em 3 de outubro de 2024. A Associação Internacional de Estivadores (ILA), com 85.000 membros, lançou sua primeira greve desde 1977, após semanas de impasse nas negociações sobre um acordo de trabalho de seis anos (Mark Felix/AFP).

Os trabalhadores portuários dos portos da Costa Leste e do Golfo dos EUA concordaram em retomar a movimentação de cargas enquanto continuam a negociação coletiva com seus empregadores sobre um novo contrato, informou o sindicato que representa os trabalhadores em um comunicado na quinta-feira.
Associação Internacional dos Estivadores (ILA na sigla em inglês) disse que concordou em prorrogar o contrato até 15 de janeiro e que o trabalho será retomado.

Os portos de contêineres de Houston a Miami e até Boston foram fechados desde que o contrato de trabalho entre a ILA e a US Maritim e Alliance, que representa os operadores de terminais e as linhas de navegação, expirou na terça-feira.

Os portos de contêineres, de Houston a Miamie até Boston, permaneceram fechados desde que o contrato de trabalho entre a ILA e a Aliança Marítima dos EUA(US Marine Alliance), que representa operadores de terminais e linhas de navegação, expirou na terça-feira.
Dezenas de navios transportando contêineres e automóveis ancoraram na costa dos principais centros comerciais, incluindo Nova York, Carolina do Sul e Virgínia, nos últimos dias.

Trabalhadores portuários dos EUA concordam em suspender greve até 15 de janeiro | Exame

 

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Sindicato chega a acordo para suspender greve nos portos dos EUA

Mobilização será suspensa até 15 de janeiro, para dar tempo das partes chegarem a um novo contrato trabalhista.

O sindicato que representa 45 mil estivadores dos EUA em greve nos portos da costa leste e do Golfo chegou a um acordo para suspender a mobilização até 15 de janeiro, para dar tempo de negociar um novo contrato.

A International Longshoremen’s Association deve retomar o trabalho imediatamente pelo menos até janeiro, disse uma fonte que falou sob condição de anonimato porque o acordo ainda não foi assinado.

O acordo dará ao sindicato e à U.S. Maritime Alliance, que representa os embarcadores e portos, tempo para negociar um novo contrato de seis anos. A fonte também disse que os lados chegaram a um acordo sobre aumentos salariais, mas os detalhes não estavam disponíveis.

O sindicato entrou em greve na terça-feira, depois que seu contrato expirou em uma disputa sobre pagamento e automação de tarefas nos portos do Maine ao Texas. A greve ocorreu no pico da temporada de compras de fim de ano em 36 portos que movimentam cerca de metade da carga de navios que entram e saem dos Estados Unidos.

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