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Crise no Mar Vermelho e seca no Panamá impulsionam tarifas marítimas

A crise no transporte marítimo no Mar Vermelho — e, em menor grau, a seca no Canal do Panamá — resultou no maior crescimento em milhas-tonelada registrado desde 2010, sustentando tarifas em níveis altamente lucrativos para a maioria dos setores de transporte marítimo.

Dados da Clarksons Research indicam que o comércio marítimo global deve crescer 6,5% em milhas-tonelada em 2024, a taxa de expansão mais rápida dos últimos 14 anos. Desde a crise financeira global, o crescimento médio anual em milhas-tonelada foi de 2,9%.

“Com as disrupções e a crescente complexidade do comércio aumentando as distâncias das viagens, isso tem impulsionado significativamente a demanda por embarcações”, destacou a Clarksons em seu relatório semanal mais recente.

O volume do comércio marítimo global deve atingir 12,6 bilhões de toneladas este ano, segundo a corretora londrina, que também prevê um total impressionante de 66,6 trilhões de milhas-tonelada.

Falando no Fórum CEO Marítimo realizado no último mês no Clube de Iates de Mônaco, Jan Rindbo, CEO da gigante dinamarquesa Norden, ressaltou que a frota mundial atual foi projetada para um comércio totalmente otimizado.

“É por isso que temos mercados aquecidos, porque estamos vendo essa fragmentação, seja na Rússia, no Mar Vermelho ou em outros lugares”, explicou Rindbo. “A fragmentação exige mais navios para transportar o mesmo volume de carga.”

O ClarkSea Index — um indicador que mede o desempenho do setor marítimo criado pela Clarksons — atingiu US$ 23.022 por dia na última sexta-feira, 32% acima da média dos últimos dez anos.

Dados da Gersemi Asset Management mostram que os navios porta-contêineres foram os mais afetados pela reconfiguração dos padrões de comércio devido à campanha contínua dos Houthis contra embarcações comerciais no Mar Vermelho e no Golfo de Áden.

De acordo com a Alphaliner, a crise no Mar Vermelho teve, proporcionalmente, um impacto maior no emprego de navios porta-contêineres do que a pandemia de covid, impulsionando os ganhos para níveis extraordinários este ano.

Estima-se, segundo a consultoria americana Blue Alpha Capital, que a indústria de transporte de contêineres tenha registrado um lucro combinado de US$ 26,8 bilhões no terceiro trimestre, mais que o dobro do que o setor ganhou em qualquer ano completo antes da era covid.

Fonte: Splash247
 https://splash247.com/shipping-toasts-best-year-for-tonne-mile-growth-since-2010/Splash 247 

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Polônia se opõe ao acordo de livre comércio UE-Mercosul em sua forma atual, diz primeiro-ministro

A Polônia se opõe ao acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul em sua forma atual, disse o primeiro-ministro nesta terça-feira, juntando-se à França na oposição ao acordo que, segundo os agricultores europeus, os exporia a uma concorrência desleal.

O Brasil tem pressionado para que o acordo UE-Mercosul seja assinado até o final do mês, enquanto assume a presidência do G20. Os defensores do acordo, incluindo a maior economia da UE, a Alemanha, afirmam que ele abrirá mais mercados para suas exportações.

Os agricultores dizem que o acordo com o bloco Mercosul, que inclui Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, criará uma concorrência desleal para os agricultores e produtores de alimentos da UE, pois permitirá a importação em grande escala de produtos que não estão sujeitos às mesmas regulamentações rigorosas que enfrentam na UE.

“A Polônia não aceita, e não estamos sozinhos, não aceitaremos este acordo com os países da América do Sul, ou seja, o grupo Mercosul, no comércio livre, dessa forma”, disse o primeiro-ministro Donald Tusk antes do início de uma reunião de governo.

Agricultores poloneses bloquearam o ponto de fronteira de Medyka com a Ucrânia em protesto contra o acordo no sábado.O fato foi seguido por grandes manifestações na França e em Bruxelas.

O presidente francês Emmanuel Macron reiterou sua oposição ao acordo com o Mercosul, conforme proposto, durante uma visita à Argentina neste mês.

A França, maior produtora agrícola da UE, tem tentado convencer outros membros da UE a formar um bloco minoritário contra o acordo.

O acordo UE-Mercosul permitiria a entrada de 99.000 toneladas adicionais de carne bovina, 190.000 toneladas de açúcar, 180.000 toneladas de carne de frango e 1 milhão de toneladas de milho, segundo os produtores.

Reportagem de Alan Charlish e Pawel Florkiewicz; Edição de Alex Richardson

Fonte: Reuters
https://www.reuters.com/world/europe/poland-opposes-eu-mercosur-trade-deal-current-form-says-pm-2024-11-26/

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Entenda a crise gerada pelo Carrefour da França à carne do Mercosul

A decisão do Carrefour de interromper a compra de carnes do Mercosul para agradar agricultores franceses é apenas a ponta do iceberg de uma insatisfação que se estende por anos contra o acordo de livre comércio entre o bloco e a UE (União Europeia).

O que aconteceu

Carrefour na França decide barrar a comprar de carne do Mercosul. A decisão foi anunciada pelo CEO da rede varejista em comunicado direcionado ao presidente da FNSEA (Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França). O texto considera “o desânimo e a raiva dos agricultores face ao acordo de livre-comércio proposto entre a União Europeia e o Mercosul”.

Manifestação surge após ondas de protestos dos agricultores franceses. Os agricultores adotam a oposição na tentativa de barrar novamente o acordo de livre comércio entre os blocos, firmado em 2019. Com a normalização da situação ao longo dos últimos anos e o bom relacionamento entre os presidentes Lula e Emmanuel Macron, havia a expectativa de que a assinatura da proposta fosse formalizada na cúpula do G20, realizada no Brasil na semana passada.

Atos contam com lideranças que temem “concorrência desleal”. Os grupos se opõem à importação de produtos agropecuários sem a cobrança de impostos. Além das carnes, também figuram nos pedidos de embargo as aves e o açúcar. Diante dos protestos, Macron tenta reforçar o compromisso com a agricultura francesa.

Expectativa atual é de assinar o acordo no dia 6 de dezembro. A estimativa foi revelada na manhã desta segunda-feira (25) pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em entrevista à GloboNews. Segundo ele, há um interesse reciproco pela aliança. “Há uma boa perspectiva para que se formalize esse acordo no dia 6 de dezembro, na Cúpula do Mercosul”, afirmou.

Agricultores citam temor sanitário com produtos do Mercosul. A bandeira levantada nos protestos e na decisão do Carrefour é rechaçada por Fávaro, que cita a França como consumidora das carnes nacionais há 40 anos. “O Brasil tem uma das melhores sanidades de produtos alimentícios do mundo”, disse ele, que contesta a manutenção das vendas dos produtos nas lojas da rede instaladas em território nacional.

Aqui está um gráfico interativo mostrando as exportações de carne bovina do Brasil em contêineres para portos europeus entre janeiro de 2021 e setembro de 2024. Os dados são do DataLiner.

Exportações de carne bovina para portos europeus | Jan 2021 – Set 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Reação

Carrefour vira alvo de boicotes após anuncio de interrupção. No Brasil, a rede francesa de supermercados, que conta também com as marcas Atacadão e Sam’s Club, tem sido alvo de boicotes. Em “repúdio” à decisão na França, a Fhoresp (Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo) recomenda que seus associados interrompam as compras nos estabelecimentos. A associação representa cerca de 500 empresas dos setores.

Convocamos a todas deixarem de comprar nas redes Carrefour, Atacadão e Sam’s Clube, do Grupo Carrefour. Solicitamos o engajamento e a adesão nessa campanha de boicote, mostrando a força e a união do nosso setor em defesa da economia nacional e do respeito aos nossos produtos,” publicou a Fhoresp em nota.

Frigorífico aderem ao boicote e suspendem vendas à rede. A interrupção do fornecimento acontece desde a última quinta-feira (21) e exige uma retratação do Carrefour. Segundo apuração do jornal Folha de S.Paulo, a interrupção das vendas já foi adotada pelos grupos JBS, Minerva Foods e Masterboi.

Rede francesa diz “lamentar profundamente” a situação. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, a rede destaca a confiança no agronegócio brasileiro e diz entender a importância do segmento para a economia e para a sociedade. No texto, o grupo destaca o esforço para a “retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível”.

FONTE: UOL
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2024/11/25/entenda-a-crise-gerada-pelo-carrefour-da-franca-a-carne-do-mercosul.htm

 

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Entenda por que a França não pode bloquear acordo UE-Mercosul

Comissão Europeia tem mandato para negociar por todos os sócios; acordo passaria por Conselho e Parlamento do bloco, com peso limitado da França.

Apesar do barulho feito pela França, a oposição do presidente Emmanuel Macron e do setor privado francês teria pouco efeito na assinatura e na ratificação do acordo de livre comércio União Europeia-Mercosul, caso as negociações cheguem realmente a bom termo.
O governo brasileiro avalia que a França, mesmo se opondo, não terá como “melar” as negociações. Isso porque a Comissão Europeia, braço executivo da UE com sede em Bruxelas, tem um mandato dos países-membros para negociar com o Mercosul.

É claro que a posição dos sócios do bloco influenciam na visão de Bruxelas, mas há uma série de outras nações — como Alemanha, Espanha e Itália — francamente favoráveis ao acordo.

No passo a passo que se seguiria ao fechamento do acordo, o texto iria para uma revisão jurídica e teria que ser traduzido para todas as línguas oficiais do bloco.
Em seguida, o acordo é submetido ao Conselho da União Europeia, formado pelos governos dos países-membros. A decisão no Conselho não exige unanimidade, mas sim uma maioria qualificada: pelo menos 55% dos países, representando 65% da população total do bloco

Isso dilui o peso da França. Embora seja uma liderança importante na UE, ela não tem poder suficiente para bloquear sozinha a aprovação no Conselho Europeu. Após a aprovação no Conselho, o acordo segue para o Parlamento Europeu, onde precisa de uma maioria simples para ser ratificado. Questões políticas do tratado, como a parte de cooperação política e ambiental, são de competência dos Estados membros e requerem aprovação dos parlamentos nacionais.
A parte comercial do acordo não requer aprovação de cada país, mas apenas do Parlamento Europeu. Nada pode ser vetado, portanto, por um sócio individualmente.

FONTE: CNN Brasil

Entenda por que a França não pode bloquear acordo UE-Mercosul

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Diálogos regulatórios internacionais: webinar aborda harmonização de requisitos técnicos para produtos farmacêuticos

Encontro será no dia 2 de dezembro, às 15h. Participe!

Anvisa irá realizar um webinar para apresentar os avanços alcançados pelos Grupos de Trabalho do Conselho Internacional de Harmonização de Requisitos Técnicos para Produtos Farmacêuticos de Uso Humano (International Council for Harmonisation of Technical Requirements for Pharmaceuticals for Human Use – ICH).

O encontro virtual será na próxima segunda-feira (2/12), às 15h. Para participar, basta clicar no link abaixo, no dia e horário agendados. Não é preciso fazer cadastro prévio.

Dia 2/12, às 15h – Webinar: Diálogos regulatórios internacionais

Webinar

É um seminário virtual que tem como objetivo fortalecer as iniciativas de transparência da Anvisa, levando conteúdo e conhecimento atualizado ao público. A transmissão é via web e a interação com os usuários é feita em tempo real, por um chat realizado durante o evento.

Confira a página específica de webinares realizados pela Agência.

FONTE: ANVISA
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2024/dialogos-regulatorios-internacionais-webinar-aborda-harmonizacao-de-requisitos-tecnicos-para-produtos-farmaceuticos

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Alta demanda na temporada de verão faz Aeroporto de Navegantes operar 24h

Aeroporto de Navegantes confirma que vai operar 24h durante a temporada de verão, a fim de suprir alta demanda

O Aeroporto Internacional de Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, vai operar 24 horas entre os dias 17 de dezembro de 2024 e 2 de fevereiro de 2025. De acordo com a CCR Aeroportos, que administra o terminal, a medida será necessária para absorver a alta demanda de voos extras. O total de pousos e decolagens de voos comerciais neste período deve passar de 2,5 mil.
A concessionária espera cerca de 360 mil embarques e desembarques nessas datas, 20% a mais que na alta temporada de verão anterior, quando foram registrados aproximadamente 300 mil.

“O número que registramos entre o fim de 2023 e o início de 2024 já tinha sido muito bom. Superar essa marca é uma demonstração do bom trabalho desenvolvido pelo trade turístico da região e de uma estratégia bem-sucedida da administradora do aeroporto junto às companhias aéreas”, avalia Graziella Delicato, Gerente Executiva de Negócios Aéreos da CCR Aeroportos.

As três grandes companhias aéreas que operam no mercado doméstico brasileiro vão incrementar e criar rotas para Navegantes neste período. A Latam aumentará o número de voos partindo dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas (São Paulo).
Já a Gol, do Galeão (Rio de Janeiro) e de Congonhas e a Azul, além de ampliar a frequência partindo de Campinas (Viracopos), implementará rotas temporárias partindo de Recife, Vitória, Confins (Belo Horizonte) e Galeão. Com a alta demanda prevista, o Aeroporto de Navegantes vai implementar uma operação especial para funcionar 24 horas durante o período de 17 de dezembro a 2 de fevereiro.

Força-tarefa faz aeroporto de Navegantes operar 24h

Ela será possível graças aos esforços da própria concessionária e de órgãos anuentes. “São muitas áreas envolvidas para garantir esse funcionamento em horário especial. A NAV Brasil, por exemplo, mobilizou equipes de outras localidades para atender esta demanda e construímos juntos com os demais órgãos, lojistas e município um bom planejamento para assegurar a melhor experiência possível para o passageiro”, explica Sadi Peixoto, Gerente do Aeroporto de Navegantes.

Litoral Norte em festa na temporada de verão

A operação especial do Aeroporto de Navegantes para absorver a alta demanda de voos extras e passageiros durante a alta temporada anima o trade turístico da região, que conta com atrações desejadas por brasileiros de todas as partes do país, como o Beto Carrero World, Balneário Camboriú, Bombinhas e Itapema.

“A ampliação do funcionamento do Aeroporto de Navegantes para 24 horas será fundamental para atender ao crescimento da demanda de turistas, especialmente com a nova rota que ligará o Nordeste ao nosso litoral. A proximidade e a eficiência desse aeroporto como porta de entrada são essenciais para o desenvolvimento do turismo local e fortalece nosso destino como uma das principais escolhas para as férias, impulsionando o turismo e movimentando a economia de toda a Costa Verde & Mar”, comenta Andrezza Negrini, presidente do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau.

FONTE: Nd mais
Temporada de verão faz Aeroporto de Navegantes operar 24h

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São Paulo volta a liderar exportações com produção diversificada e eficiência recorde

São Paulo volta a liderar exportações com produção diversificada e eficiência recorde.

São Paulo se reafirma como uma potência no agronegócio brasileiro, representando cerca de 20% das exportações do setor e implementando práticas que aliam tecnologia e sustentabilidade. Entre as ações recentes, destaca-se a abolição da marcação a fogo em bezerras de 3 a 8 meses durante a vacinação contra brucelose. 

A mudança, que permite a identificação por bótons, foi celebrada como um avanço no bem-estar animal e um exemplo a ser seguido por outros estados, segundo o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

Sustentabilidade em foco

O Estado do São Paulo também se destaca em projetos de sustentabilidade, como o uso de resíduos agroindustriais em confinamentos e a compostagem dos dejetos bovinos para adubos ou energia. Essas práticas fazem de São Paulo um modelo em economia circular.

“A nossa pecuária é de longe a mais sustentável do mundo”, afirma Piai, enfatizando o uso de biometano em regiões como o Pontal do Paranapanema.

Outro marco foi a retomada da Feicorte, após dez anos, em Presidente Prudente, com foco na valorização da cadeia produtiva. O evento reforçou a força da pecuária paulista, que lidera em confinamentos e plantas frigoríficas, e a integração harmoniosa entre os elos da cadeia produtiva.

Avanço com regularização fundiária

No Pontal do Paranapanema, a regularização fundiária transformou a região. Mais de 150 mil hectares foram titulados, garantindo segurança jurídica e impulsionando investimentos privados.

“Agora o produtor pode dar suas terras em garantia no banco, abatendo gado ou investindo em reflorestamento, com a certeza de que a terra é dele”, explica o secretário.

 

FONTE: Giro do Boi
São Paulo volta a liderar exportações com produção diversificada e eficiência recorde – Giro do Boi

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Portonave recebe selo Pró-Clima Ouro pelas práticas sustentáveis e é pioneira no Sul do país

O reconhecimento é concedido pela Aliança Brasileira para Descarbonização dos Portos (ABDP) aos terminais portuários e portos comprometidos com a redução da emissão de gases poluentes

O Terminal Portuário foi reconhecido pelo compromisso ambiental durante o encontro anual da Aliança Brasileira para Descarbonização dos Portos (ABDP), realizado no Complexo de Suape, em Pernambuco, na última semana. O Programa Pró-Clima, iniciativa da ABDP, cataloga e reconhece os esforços para descarbonização do setor. A Companhia recebeu o selo Ouro, destinado aos terminais que divulgam o inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) com escopos 1 (emissões diretas), 2 (emissões indiretas causadas pelo uso de energia elétrica) e 3 (demais emissões indiretas), além de um plano de descarbonização com metas definidas para redução de gases poluentes. Na região Sul, a Portonave foi o único terminal portuário a receber o selo nesta categoria.

Para a empresa, é essencial realizar investimentos que colaborem com a descarbonização no segmento portuário, o que também faz parte das diretrizes de sua acionista, a Terminal Investment Limited (TiL). Em julho, a Companhia se tornou membro da ABDP. Para Flávia Crozeta, Supervisora de Meio Ambiente da Portonave, os esforços para a descarbonização do setor contribuem significativamente para evitar o avanço das mudanças climáticas, com impactos já evidenciados no país. “Entendemos que esse reconhecimento não apenas reforça o comprometimento da Portonave com o tema, como também incentiva outros atores do setor a seguirem por este caminho”, complementa Flávia.

De forma constante, a Companhia investe e realiza ações para mitigar os impactos ambientais. Neste ano, em janeiro, iniciou uma obra de adequação em seu cais, um investimento totalmente privado de mais de R$ 1 bilhão para receber navios maiores, de até 400m de comprimento. Após, será possível instalar um sistema capaz de alimentar os navios por meio de energia elétrica. Atualmente, a principal emissão de gases poluentes nos portos provém das embarcações. De acordo com a Organização Marítima Internacional (OMI), IMO em inglês, mais de 3% das emissões de dióxido de carbono em todo o mundo são geradas pela indústria naval.

Anualmente, a Portonave divulga o inventário de emissões de GEE, com base no Programa GHG Protocol, que auxilia na identificação de pontos críticos em relação às emissões e adoção das medidas estratégicas de redução. A empresa foi pioneira na aquisição do primeiro Terminal Tractor elétrico no Sul do país e da primeira Eco Reach Stacker da América Latina, com redução de até 40% da emissão de GEE, equipamentos utilizados para movimentação de contêineres, assim como possui 18 Rubber Tyred Gantry (RTG) eletrificados.

Por meio dessas iniciativas, o Terminal obteve, de 2016 a 2023, uma redução de cerca de 60% das emissões de GEE para cada TEU (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentado, atingindo, em 2023, o menor índice da série histórica. Durante esse período, a redução das emissões somou quase 50 mil toneladas de carbono equivalente (tCO2e). Cerca de 12 mil toneladas de carbono compensadas nos últimos anos.
A Portonave realizou a compensação de 4.358,53 toneladas de carbono equivalente (tCO2e) no escopo 1, e 2.460,67 tCO2e no escopo 2, referentes ao ano de 2023. Esta é a primeira vez que a empresa neutraliza o escopo 1, por meio da compra de crédito de carbono. Desde 2022, de forma espontânea, o Terminal obtém anualmente o Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC), o que garante energia limpa para as operações da companhia, e com isso neutralizou cerca de 5.262,06 tCO2, do escopo 2, durante esse período.

Sobre a Portonave
Primeiro terminal portuário privado de contêineres do país, a empresa completou 17 anos de operação em outubro. De janeiro a outubro, movimentou mais de 1 milhão de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Atualmente, emprega 1,2 mil profissionais diretos e 5,5 mil indiretos. O compromisso da empresa com o meio ambiente já foi reconhecido anteriormente. Neste ano, recebeu o selo Prata no Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG), a medalha de Prata pela EcoVadis, fornecedor mundial de classificações de sustentabilidade empresarial, e o seu quinto Prêmio Expressão de Ecologia.

Sobre a ABDP
Em março deste ano, a Aliança Brasileira para Descarbonização dos Portos (ADBP) foi estruturada a partir de uma parceria entre o Porto de Itaqui e o Porto de Valência, na Espanha, com objetivo de buscar soluções integradas com a colaboração dos mais diversos atores, nacionais e internacionais, como outros portos, empresas e sindicatos. Os membros se comprometem a colaborar com iniciativas e investimentos que buscam a descarbonização no setor.

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Brasil registra maior saída de dólar pela via financeira até outubro desde 1982

O saldo líquido negativo dos primeiros dez meses do ano foi de US$ 56,21 bi

O Brasil registrou uma saída recorde de dólares pela via financeira entre janeiro e outubro. No total, o saldo líquido negativo foi de US$ 56,21 bilhões no período, segundo dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira. Esse foi o pior resultado registrado nos dez primeiros meses do ano desde o início da série histórica iniciada em 1982.

Antes disso, o pior desempenho do fluxo financeiro havia acontecido em 2020, quando houve um saldo negativo de US$ 55,36 bilhões. O fluxo financeiro considera as entradas e saídas de dólares no mesmo mercado de capitais, envolvendo movimentações como compra de títulos e remessas de lucros ao exterior. Na visão do chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, a diminuição na entrada de capital estrangeiro pelo mercado de câmbio doméstico é o principal fator a influenciar o saldo negativo líquido recorde neste ano.

— Nós tivemos, no caso dos capitais estrangeiros, que são aqueles capitais de investimento direto, ações, renda fixa, empréstimos e outros, uma redução maior. Eles somaram R$ 54,8 bilhões de janeiro e outubro do ano passado e agora foram R$ 31 bilhões nesse ano, ou seja, houve um ingresso líquido menor — disse.

Rocha ainda apontou que um montante considerável de recursos deve ser enviado ao exterior nos últimos meses do ano. Devido a isso, é provável que o fluxo financeiro de 2024 registre a maior saída de dólares da história. O recorde anterior era de 2019, quando houve uma fuga de US$ 65,8 bilhões.

O diretor de estatísticas do BC diz que as empresas subsidiárias usam os últimos meses do ano para enviar os lucros às matrizes do exterior.
—A gente viu isso em dezembro ao longo dos últimos vários anos. Então se deve esperar que aconteça isso também em dezembro deste ano, observou.

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Canadá se torna 9º principal destino das exportações brasileiras

Recordes nas exportações e saldo positivo para o Brasil – ultrapassando
US$ 2 bilhões – mostram que o Canadá está cada vez mais no radar das empresas brasileiras

O Canadá acaba de subir uma posição no ranking de principal destino das exportações brasileiras, passando de 10º para o 9º lugar. O resultado reflete os recordes contínuos e expressivos no envio de produtos brasileiros para o país norte-americano, segundo dados copilados pelo estudo Quick Trade Facts, elaborado pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC).

Do agronegócio até o setor de aviação, da mineração até a indústria: as exportações brasileiras para lá totalizaram US$ 4,4 bilhões (FOB) entre janeiro e setembro de 2024, alcançando o maior nível já visto durante um terceiro trimestre. O avanço representa um crescimento de 7% em comparação com o mesmo período de 2023.

“Considerando apenas a última década, as exportações – no geral – cresceram mais de 60%, o que simboliza um marco na relação bilateral entre os dois países. O resultado reflete um trabalho intenso, realizado não somente de instituições como nós, mas também pelos governos brasileiro e canadense, através de ações comerciais das Embaixadas e Consulados dos dois países. Todo esse esforço visa fomentar novos negócios e permitir que empresas brasileiras utilizem o Canadá como porta de entrada para novos mercados: não apenas na América do Norte, mas também na Europa e até na Ásia”, afirma Hilton Nascimento, diretor comercial da CCBC.

O desempenho visto nas exportações colaborou para que a balança bilateral terminasse com um saldo positivo para o Brasil de US$ 2,2 bilhões (FOB) entre janeiro-setembro deste ano – o maior nível da história. A cifra representa um avanço de 50,5% sobre igual intervalo de 2023, quando o superávit havia sido de US$ 1,5 bilhão (FOB). Para se ter uma ideia, o saldo estava negativo para o Brasil em US$ 362 milhões (FOB) em 2022.

A corrente comercial contabilizou US$ 6,7 bilhões (FOB) entre janeiro-setembro de 2024, um pouco abaixo (-2,6%) dos US$ 6,8 bilhões (FOB) vistos um ano antes. Ainda assim, a expectativa permanece otimista para o acumulado deste ano, ficando ainda mais próxima do recorde visto em 2022, quando o comércio entre os dois países ultrapassou a marca dos US$ 10 bilhões.

Perspectivas

“Estamos confiantes de que 2024 trará resultados significativos. A extensa agenda de encontros e iniciativas para fortalecer e ampliar os negócios entre Brasil e Canadá, somada ao trabalho dos escritórios regionais da CCBC em diferentes localidades de ambos os países para firmar novos acordos, têm colaborado fortemente no processo de ampliação das relações bilaterais”, avalia Daniella Leite, diretora de Associados e Novos Negócios da CCBC.

A executiva lembra que a CCBC realiza diferentes missões comerciais do Brasil para o Canadá a cada ano, relacionadas a temas como: inteligência artificial, alimentos e bebidas, mineração, Indústria 4.0, inovação em saúde e sistema médico-hospitalar, tecnologias limpas, transição energética, educação executiva e até economia criativa.

Exportações a todo vapor

Os principais destaques nas exportações brasileiras ao Canadá e com maior peso na balança comercial no período foram: pedras e metais preciosos, incluindo ouro (28% do total exportado); alumina (óxido de alumínio), representando 24% do total; aeronaves e equipamentos, incluindo suas partes (9,9%); e açúcares e melaços (9,3%).

No ramo do agronegócio, o destaque foi para a predominância do café, ainda não descafeinado e em grãos, que registrou uma alta de 95% nas exportações e que representou quase 3,5% do total de produtos enviados para o Canadá, contabilizando US$ 153,7 milhões (FOB) entre janeiro-setembro de 2024. A cifra mostra que o consumidor canadense está cada vez mais aderindo ao paladar do produto brasileiro.

Importações

A compra de produtos canadenses pelo Brasil contabilizou US$ 2,2 bilhões (FOB) nos primeiros nove meses de 2024, o que representa uma queda de 17,3% em comparação com igual período do ano anterior. O recuo, em especial, é atribuído a uma combinação de fatores, entre eles a desvalorização do real em relação a outras moedas, o que encarece os produtos canadenses para o mercado brasileiro.

As importações de adubos e fertilizantes totalizaram US$ 1,09 bilhão (FOB) entre janeiro e setembro de 2024. O valor total é 33% menor em relação aos US$ 1,95 bilhão visto em igual período de 2023. Apesar da queda, essa categoria de produtos continua na liderança dos itens mais comprados do Canadá, com um peso de 49% no total das importações.

Entre os outros produtos em destaque nas importações estão: motores e máquinas não elétricos que, por sua vez, registraram um aumento de 98,4%, para US$ 191 milhões (FOB); e aeronaves e outros equipamentos (incluindo suas partes), com alta de 37,2%, para US$ 137 milhões (FOB).

Fonte: CCBC.org
Canadá se torna 9º principal destino das exportações brasileiras | Câmara de Comércio Brasil-Canadá

 

 

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