Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Industria, Informação, Mercado Internacional, Negócios

A China recorrerá à Argentina para preencher sua lacuna nas importações agrícolas?

Empresas argentinas tem demonstrado interesse em aumentar seus embarques agrícolas para a China, uma boa notícia para Pequim, que busca fornecedores alternativas de produtos básicos em meio às crescentes tensões com os Estados Unidos, que parecem improváveis de arrefecer no curto prazo.

A primeira remessa de trigo da Argentina – um dos maiores exportadores do produto no mundo – logo começará sua jornada para a China, conforme informou o jornal econômico Ambito Financiero na segunda-feira. O jornal não forneceu uma data exata de partida da carga.

Esta será a primeira exportação de trigo da Argentina para a China desde a década de 1990, e segue uma autorização obtida em janeiro para o envio do produto. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina chamou a aprovação de “um passo importante para as exportações argentinas” em seu comunicado à imprensa na época.

A China é o terceiro maior importador de trigo do mundo, recebendo 12,1 milhões de toneladas em 2023, no valor de US$ 4,42 bilhões, de acordo com dados da alfândega. Os Estados Unidos ocupam o terceiro lugar entre os maiores fornecedores de trigo para a China, tendo enviado um total de 4,3 milhões de toneladas nos primeiros 10 meses deste ano, representando 10,3% das importações totais do país.

Mas, à medida que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça impor tarifas de 10% sobre os produtos chineses – com ações mais rígidas facilmente escaláveis – analistas argumentam que isso pode representar uma oportunidade para os países do Sul Global expandirem seu comércio com a China, especialmente no setor agrícola.

“A China tem procurado diversificar seus parceiros de exportação e importação há anos, particularmente durante o primeiro mandato de Trump. O retorno de Trump para um segundo mandato vai adicionar muita urgência a isso”, disse Nick Marro, analista chefe de comércio global da Economist Intelligence Unit.

Em retaliação às pesadas tarifas impostas durante o primeiro mandato de Trump, a China aplicou tarifas de 25% sobre produtos agrícolas dos EUA em 2018, afetando itens essenciais como soja, carne bovina, carne suína, trigo, milho e sorgo.

Como resultado, as importações de produtos agrícolas dos EUA diminuíram à medida que outros países com estoques abundantes dos mesmos produtos – como o Brasil, notavelmente – preencheram o vácuo. Nos primeiros 10 meses de 2024, apenas 16,7% da soja importada pela China, em volume, veio dos EUA, em comparação com 34,3% em 2017.

O Brasil, por outro lado, respondeu por 75,5% das importações de soja da China até agora em 2024, um aumento significativo em relação aos 53,3% registrados em 2017.

O gráfico abaixo mostra quais produtos foram os mais exportados em contêineres do Brasil para portos chineses em 2024. Os dados são derivados do DataLiner, um produto da Datamar.

Principais Exportações para a China | 2024 | TEUs

A China é agora o maior parceiro comercial do Brasil, com o valor do comércio subindo 6,1% ano a ano, para US$ 181,5 bilhões em 2023. De forma semelhante, a Argentina busca expandir sua relação comercial com a China.

Até o final de maio, a China havia ampliado seu mercado para as exportações de milho da Argentina, conforme informaram autoridades agrícolas.

Embora seus US$ 6,7 bilhões em importações da América do Sul em 2023 representem uma queda de 21,7% em comparação com o ano anterior, a China é o segundo maior parceiro comercial da Argentina. Seus principais produtos importados são agrícolas – principalmente soja, carne bovina e cevada.

Aumento de tarifas dos EUA pode fazer com que a China acelere o desenvolvimento de seu mercado interno e reduza ainda mais sua dependência dos EUA, observaram analistas.

“A China pode se transformar de uma ‘fábrica mundial’ para uma ‘fábrica e mercado mundial’”, escreveu Lin Hongyu, reitor da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade Huaqiao, em um artigo publicado na segunda-feira.

Mas Marro alertou que isso dependerá da própria situação econômica da China. A demanda interna tem sido insuficiente em alguns momentos, o que, por sua vez, afetou o volume de importações.
“Esforços para restaurar a demanda interna e incentivar o consumo devem ser muito mais importantes do que qualquer promessa política em torno do aumento das importações”, disse Marro.

O valor das importações da China diminuiu 5,5% em relação ao ano anterior, para US$ 2,6 trilhões em 2023. Nos primeiros 10 meses deste ano, esse valor aumentou 1,7% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 2,1 trilhões.

Fonte: South China Morning Post
https://www.scmp.com/economy/global-economy/article/3289201/will-china-turn-argentina-fill-its-farming-import-gap-wheat-and-see

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Inovação, Investimento, Logística, Mercado Internacional, Tecnologia

Mercado Livre começa a usar robôs que trabalham 8 horas seguidas

O Mercado Livre acaba de anunciar uma inovação revolucionária em suas operações logísticas no Brasil: a implementação de um sistema exclusivo de robôs. Esses robôs, projetados para aumentar a eficiência e acelerar o tempo de processamento de pedidos em até 20%, serão integrados ao principal centro de distribuição da empresa, localizado em Cajamar (SP). Com mais de 500 mil pacotes processados diariamente, essa tecnologia promete transformar a logística do Mercado Livre, garantindo entregas mais rápidas e elevando o nível de serviço oferecido aos clientes em todo o país. Descubra como essa novidade pode impactar o mercado de e-commerce brasileiro.

Novos robôs no Mercado Livre
Sendo semelhantes a um aspirador de pó, os robôs que serão utilizados na operação parecem com os já conhecidos aspiradores robô e são da marca Quickton. Eles possuem um metro de diâmetro, pesam 145 quilos e são amarelos.

Os robôs do Mercado Livre também são fortes e rápidos e, segundo a própria empresa, cada robô atinge uma velocidade de dois metros por segundo, sendo capazes de suspender e transportar até 600 quilos de mercadorias. Os robôs do Mercado Livre contam com autonomia de oito horas e recarregam em duas horas.

Eles se deslocam pelo centro de distribuição sozinhos e retornam para as estações de recarga sem depender de humanos. É importante lembrar que mais de 100 robôs serão integrados na primeira etapa. A tecnologia é conhecida como “shelves to person” (prateleiras para pessoas).

Os robôs do Mercado Livre autônomos serão responsáveis pela distribuição e movimento dos produtos, com capacidade de até 20 mil itens por dia. Aliado ao trabalho humano, o tempo de processamento dos pedidos cairá até 20%.

Robôs do Mercado Livre fazem parte de investimento bilionário
Segundo o próprio Mercado Livre, os robôs assumirão as tarefas mais pesadas, como levantar e mover prateleiras, cerca de 2,5 mil por dia. Os colaboradores poderão focar em atividades menos mecânicas e de mais valor.

Segundo o VP Sênior e líder do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes, ao integrar os robôs às operações da empresa, foi possível acelerar os processos e melhorar a capacidade de armazenamento, especialmente nos períodos de maior demanda, como datas comemorativas e Black Friday.

Foto: Mercado Livre/Divulgação

Foto: Mercado Livre/Divulgação

Mercado Livre anuncia o fim da era do trabalho braçal?
Robôs, fruto de um investimento bilionário, agora transportam até 600 quilos de mercadorias!

O Mercado Livre acaba de anunciar uma inovação revolucionária em suas operações logísticas no Brasil: a implementação de um sistema exclusivo de robôs. Esses robôs, projetados para aumentar a eficiência e acelerar o tempo de processamento de pedidos em até 20%, serão integrados ao principal centro de distribuição da empresa, localizado em Cajamar (SP). Com mais de 500 mil pacotes processados diariamente, essa tecnologia promete transformar a logística do Mercado Livre, garantindo entregas mais rápidas e elevando o nível de serviço oferecido aos clientes em todo o país. Descubra como essa novidade pode impactar o mercado de e-commerce brasileiro.

Sendo semelhantes a um aspirador de pó, os robôs que serão utilizados na operação parecem com os já conhecidos aspiradores robô e são da marca Quickton. Eles possuem um metro de diâmetro, pesam 145 quilos e são amarelos.

Os robôs do Mercado Livre também são fortes e rápidos e, segundo a própria empresa, cada robô atinge uma velocidade de dois metros por segundo, sendo capazes de suspender e transportar até 600 quilos de mercadorias. Os robôs do Mercado Livre contam com autonomia de oito horas e recarregam em duas horas.

Eles se deslocam pelo centro de distribuição sozinhos e retornam para as estações de recarga sem depender de humanos. É importante lembrar que mais de 100 robôs serão integrados na primeira etapa. A tecnologia é conhecida como “shelves to person” (prateleiras para pessoas).

Robôs do Mercado Livre fazem parte de investimento bilionário
Segundo o próprio Mercado Livre, os robôs assumirão as tarefas mais pesadas, como levantar e mover prateleiras, cerca de 2,5 mil por dia. Os colaboradores poderão focar em atividades menos mecânicas e de mais valor.

Segundo o VP Sênior e líder do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes, ao integrar os robôs às operações da empresa, foi possível acelerar os processos e melhorar a capacidade de armazenamento, especialmente nos períodos de maior demanda, como datas comemorativas e Black Friday.

Robôs poderão ‘roubar’ trabalhos de humanos?
Deixando de lado os robôs do Mercado Livre, o avanço dos robotáxis na China está gerando revolta entre trabalhadores do setor de transporte, que acusam essas máquinas de “roubar empregos” e ameaçar o sustento de milhares de famílias. O medo de que os robotáxis acabem com seus trabalhos está se tornando uma realidade cada vez mais palpável, levando a protestos e reclamações formais.


Fonte: Diário Notícias
https://diariodobrasilnoticias.com.br/noticia/mercado-livre-comeca-a-usar-robos-que-trabalham-8-horas-seguidas-675c7a8508284

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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Industria, Informação, Mercado Internacional, Negócios, Notícias

Nova guerra comercial de Trump ameaça agricultores americanos em meio competição com Brasil por mercados

A primeira guerra comercial do ex-presidente Donald Trump resultou em perdas estimadas de US$ 11 bilhões para os agricultores americanos de soja. Agora, uma possível nova disputa tarifária com a China pode trazer consequências ainda mais graves.

A soja foi o principal produto impactado na primeira guerra comercial. Durante os dois primeiros anos de governo Trump, as exportações americanas da commodity para a China, maior compradora mundial, caíram 79%, devido a guerra comercial. Na época, a China ainda dependia de parte da oferta dos EUA. Hoje, ela pode recorrer ao Brasil, que consolidou sua posição como principal fornecedor da commodity, reduzindo sua vulnerabilidade às tarifas americanas.

Além da soja, a China tem diversificado sua base de suprimentos para outras commodities agrícolas. Importações de milho e trigo da Argentina, sorgo do Brasil e algodão da Austrália reforçam a estratégia chinesa de reduzir sua dependência dos Estados Unidos. Os estoques domésticos da China estão elevados, e o enfraquecimento da economia local tem diminuído a demanda interna.

“Primeiro, a China não estava preparada. Agora, eles estão prontos, com estoques recordes de soja em casa”, afirmou Steve Nicholson, estrategista global de grãos e oleaginosas do Rabobank.

O risco de uma escalada na guerra comercial com Trump surge em um momento em que os agricultores americanos já enfrentam dificuldades para recuperar sua posição como principais exportadores de milho e trigo, após o Brasil conquistar fatias significativas do mercado. Os produtores também estão recebendo menos por suas colheitas, com os preços do milho e da soja caindo para os menores níveis desde 2020 no início deste ano.

Espera-se que Trump repita a estratégia de seu primeiro mandato, com tarifas seguidas por possíveis medidas retaliatórias da China, que pressionariam ainda mais os preços dos grãos. Embora uma resolução seja possível, a China terá um “apetite menor” para retornar aos níveis anteriores de importação, segundo analistas do Citigroup Global Markets em nota publicada na segunda-feira.

A maioria dos produtos agrícolas “está na linha de frente para medidas comerciais retaliatórias”, dizem analistas da Bloomberg Intelligence, porque mudar de fornecedores envolve custos comparativamente menores.

A primeira guerra comercial contribuiu para o cenário atual de oferta, já que a mudança da China para fornecedores não americanos levou o Brasil a expandir sua produção de soja, desmatando áreas para aumentar a capacidade de plantio. Como resultado, o Brasil pode colher no próximo ano uma safra de soja mais de 30% maior do que os níveis vistos antes da guerra comercial entre os EUA e a China.

Apesar dos estoques globais elevados, os agricultores americanos continuam aumentando sua produção. Recentemente, colheram a maior safra de soja de todos os tempos, impulsionados pelo aumento do consumo doméstico. Mesmo que uma nova guerra comercial prejudique a demanda, os produtores americanos provavelmente continuarão plantando. Durante a última disputa comercial, Trump concedeu US$ 28 bilhões em subsídios aos agricultores para suavizar o impacto das tarifas.

“Nós não esperamos uma redução na área plantada nos EUA”, disse Chuck Magro, CEO da fabricante de sementes Corteva Inc., que, no entanto, busca expandir seu programa de soja no Brasil. “Assumindo que as tarifas sigam a mesma linha, onde a China sente que precisa comprar de outros mercados, a produção dos EUA ainda encontrará um destino”, afirmou.

O gráfico abaixo mostra quais produtos foram os mais exportados em contêineres do Brasil para portos chineses em 2024. Os dados são derivados do DataLiner, um produto da Datamar.

Principais Exportações para a China | 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Aqui está um olhar mais detalhado sobre como as tarifas de Trump podem impactar diversas culturas:

Soja, Milho e Trigo

Em janeiro de 2020, EUA e China assinaram o Acordo Comercial de Fase 1, no qual a China se comprometeu a comprar bilhões de dólares em produtos agrícolas americanos e cancelar tarifas.

Se essas tarifas forem reinstauradas, os agricultores americanos podem perder milhões de toneladas de grãos e soja em exportações anuais, de acordo com um estudo conjunto encomendado pela National Corn Growers Association e pela American Soybean Association, divulgado antes das eleições.

Para reduzir sua dependência dos EUA, a China aprovou em 2022 importações de milho brasileiro. Os EUA haviam recentemente enviado quantidades recordes de milho para a China antes de ela mudar para o Brasil.

A China também começou a comprar milho e trigo da Argentina. Autorizou as importações no início deste ano, permitindo os primeiros embarques de milho em 15 anos e as primeiras transações significativas de trigo desde a década de 1990.

Sorgo

Os produtores de sorgo dos EUA são altamente dependentes da China, que consome cerca de 70% da produção americana para ração animal e fabricação do licor baijiu.

Recentemente, porém, a China também autorizou importações de sorgo do Brasil. Embora o Brasil tenha exportado pouco sorgo no passado, sua produção aumentou para cerca de 4,6 milhões de toneladas, representando um novo desafio à participação de mercado dos EUA.

Carne suína

A China aumentou as importações de carne suína americana nos últimos anos, mas também abriu seu mercado para o Brasil. Ainda assim, as perspectivas para o setor são fracas, mesmo sem uma guerra comercial. O consumo de carne suína na China, maior consumidora mundial do produto, está em queda, à medida que os consumidores diversificam suas dietas, preferindo aves, carne bovina e frutos do mar, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Algodão

As importações chinesas de algodão também devem diminuir, refletindo a alta produção doméstica e o crescimento dos estoques, além de uma economia em desaceleração que afeta a demanda por têxteis.

Walter Kunisch, estrategista sênior de mercados de commodities da Hilltop Securities, observa que a cadeia de fornecimento de algodão e têxteis da China está “radicalmente diferente” em relação a 2018. Além disso, a China tem buscado fornecedores como Brasil e Austrália, embora o algodão americano ainda seja considerado o “padrão de ouro” em qualidade e rastreabilidade.

O Brasil, que se tornou o maior exportador mundial na safra 2023-24, enviou quase 1,3 milhão de toneladas de algodão para a China naquela temporada, superando os EUA.

Fonte: Bloomberg News Articles
https://www.bloomberg.com/news/articles/2024-12-11/trump-trade-war-to-hurt-us-farmers-more-as-china-turns-to-brazil

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Gestão, Industria, Informação, Investimento, Mercado Internacional, Negócios

Promulgado Acordo sobre Compras Públicas do Mercosul

Acordo melhora condições de acesso a mercado para exportações brasileiras nos países do Mercosul, promovendo maior integração regional

O Protocolo de Contratações Públicas do Mercosul foi promulgado nessa segunda-feira (9). Firmado em dezembro de 2021, o acordo permitirá o acesso dos exportadores brasileiros de bens e serviços às contratações públicas dos países do bloco, com igualdade de tratamento.

Os mercados de compras públicas de Argentina, Paraguai e Uruguai são importantes destinos de exportações brasileiras de bens e serviços. Juntos, esses mercados são estimados em aproximadamente R$ 76,2 bilhões, segundo dados do Banco Mundial.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destaca que o decreto coloca em prática um importante instrumento para fortalecer o negócio entre países do bloco. “A entrada em vigor do Protocolo dá seguimento ao processo de aprofundamento do Mercosul, avançando em mais uma frente da integração econômica regional”, destaca. De acordo com a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, o decreto fortalecerá a corrente de comércio brasileira. “O Mercosul é importante destino de exportações brasileiras industriais, de médio e alto valor agregado. Com a entrada em vigor do acordo, as empresas brasileiras terão um acesso ainda maior ao mercado dos sócios”, ressalta.

Como contrapartida, será permitida a participação dos fornecedores de bens e serviços dos demais países do Mercosul nas compras governamentais brasileiras. Ao mesmo tempo, na lista de oferta de compromissos, publicada no decreto, o Brasil garantiu a manutenção de importantes políticas públicas que utilizam o poder de compra do Estado para promoção da inovação e do desenvolvimento industrial, como compras de produtos estratégicos do Sistema Único de Saúde (SUS), encomendas tecnológicas, compras de pequenas e médias empresas e de produtores rurais e o uso de compensações comerciais em compras públicas para promoção da inovação.

O acordo conta, ainda, com dispositivos que buscam garantir a transparência e a previsibilidade nos processos licitatórios.

O Uruguai, que encerra nesta semana a Presidência Pro Tempore do Mercosul, já internalizou o acordo em seu ordenamento jurídico, de maneira que o acordo entrará em vigor bilateralmente para Brasil e Uruguai, enquanto Argentina e Paraguai finalizam os trâmites internos em seus respectivos ordenamentos.

FONTE: MDIC
https://www.gov.br/mdic/pt-br/assuntos/noticias/2024/dezembro/promulgado-acordo-sobre-compras-publicas-do-mercosul

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Dólar alcança novo recorde com pacote fiscal emperrado por disputa das emendas

O dólar terminou esta 2ª feira (9.dez.2024) a R$ 6,08, alta de 0,18%. A moeda norte-americana atingiu novamente um patamar recorde de fechamento, superando a cotação de 6ª feira (6.dez).

O maior fator de influência para a movimentação de mercado foi novamente o pacote fiscal do governo. Desta vez, a questão é em relação à votação das medidas de revisão de gastos no Congresso. Um impasse por causa da liberação de emendas pode dificultar a tramitação do pacote no Legislativo.

O dólar atingiu R$ 6,09 na máxima do dia. Leia abaixo como se comportou o câmbio em 2024:

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino decidiu manter regras mais duras para a liberação de emendas de deputados e senadores –o que motivou o impasse.

A decisão do ministro se deu por volta de 12h, logo quando o dólar começou a subir. Leia como se deu a cotação minuto a minuto no infográfico abaixo:

Ele rejeitou integralmente um pedido de reconsideração da AGU (Advocacia Geral da União) sobre as ressalvas que o magistrado havia feito sobre a lei aprovada pelo Congresso com novas normas para liberar o pagamento dos recursos.

A decisão de Flávio Dino cria um grande problema para o Planalto: sem o dinheiro das emendas ao Orçamento para amaciar a base de apoio que tem no Congresso, Lula terá dificuldades para aprovar o pacote de corte de gastos.

Emendas são instrumentos legislativos que obrigam o Poder Executivo a executar despesas específicas propostas por congressistas. Em geral, são usadas em obras e projetos de política pública nos Estados. Muitas vezes servem como objeto de negociação no Congresso. O governo cede parte do dinheiro em troca de apoio a projetos próprios.

TAXA DE JUROS
Para além do corte de gastos, o mercado também está de olho no que deve ser decidido na reunião de 4ª feira (11.dez) do Copom (Comitê de Política Monetária).

O colegiado do Banco Central definirá qual o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. A expectativa do mercado financeiro é de uma alta de 0,75 ponto percentual no indicador. Alguns nomes já dizem que a alíquota base pode sofrer um incremento de 1 ponto percentual.

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Influencia diretamente as alíquotas que serão cobradas de empréstimos, financiamentos e investimentos. No mercado financeiro, impacta o rendimento de aplicações. Atualmente, está em 11,25% ao ano.

FONTE: POder 360
https://www.poder360.com.br/poder-economia/dolar-bate-recorde-com-pacote-fiscal-travado-por-impasse-das-emendas/#:~:text=A%20moeda%20norte%2Damericana%20atingiu,revis%C3%A3o%20de%20gastos%20no%20Congresso.

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Comércio Exterior: exportações para Argentina

O maior item é Insumos Industriais Elaborados, no valor de US$ 4,2 bilhões, mas apenas 8,3% das exportações do setor.

O gráfico abaixo mostra as exportações para a Argentina, no acumulado de 12 meses até novembro de 2024. Argentina responde por apenas 5,5% das exportações brasileiras. O maior item é Insumos Industriais Elaborados, no valor de US$ 4,2 bilhões, mas apenas 8,3% das exportações do setor. O segundo ítem é Peças para Equipamento de Transporte (US$ 2,7 bi e 42% do setor) e Automóveis para Passageiros (U$ 2,0 bi ou 77,8% das exportações do setor).

Fonte: Jornal ggn
https://jornalggn.com.br/economia/comercio-exterior-exportacoes-para-argentina/

 

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Trump defende cessar-fogo na Ucrânia e sugere saída dos EUA da Otan

O conflito na Ucrânia, que teve início há quase três anos, continua a ser uma questão de grande preocupação internacional.

Nesse domingo (8/12), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tem demonstrado interesse em encontrar uma solução pacífica para essa crise. Sua abordagem inclui diálogos e negociações estratégicas com países envolvidos, visando um cessar-fogo imediato e duradouro.

Trump, que está em processo de transição para assumir formalmente a presidência em janeiro de 2025, tem sublinhado a importância de encerrar o conflito de forma eficaz. Durante um recente encontro em Paris, ele discutiu essas questões com líderes mundiais, reforçando sua intenção de reduzir o apoio militar à Ucrânia e propor novas direções diplomáticas.

Como Donald Trump se posiciona sobre a guerra na Ucrânia?

O presidente eleito dos EUA fez declarações explícitas sobre a necessidade de um cessar-fogo imediato. Ele usou sua conta no Truth Social para expressar que o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, estaria disposto a participar de negociações que possam pôr fim ao que ele chamou de ‘loucura’ da guerra. Trump também destacou, em suas comunicações, que conhecer Vladimir Putin poderia facilitar um momento oportuno para uma solução pacífica.

Zelenski descreveu suas conversas com Trump como construtivas, mas também salientou a necessidade de foco nas garantias de paz para os ucranianos. Paralelamente, a Rússia, por meio de seu porta-voz, Dmitry Peskov, reiterou estar aberta ao diálogo, mas destaca condições que são fundamentais para ambos os lados do conflito.

Além das questões diretas sobre a Ucrânia, Trump tem buscado redefinir a posição dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Ele tem criticado a dependência excessiva de outros países em relação aos gastos militares dos EUA, descrevendo essa situação como injusta.

Trump sugere que a continuidade dos EUA na OTAN será reconsiderada caso não haja contribuições financeiras adequadas por parte dos demais membros da aliança. Sua visão é que, se os países aliados pagarem suas cotas e tratarem os EUA com justiça, a permanência na OTAN deve ser assegurada; entretanto, caso contrário, ele pondera a possibilidade de retirada do país da aliança.

O que esperar das próximas etapas diplomáticas?

Com a aproximação da posse de Trump em janeiro de 2025, espera-se que novas dinâmicas na política externa dos Estados Unidos se desenvolvam. A ligeira mudança de coordenação no cenário geopolítico pode desempenhar um papel crucial na resolução de conflitos pendentes, como o da Ucrânia. Os líderes mundiais aguardam para ver como as negociações evoluirão sob o novo governo dos Estados Unidos e quais serão as implicações mais amplas para as relações internacionais.
O desenrolar dos diálogos e as decisões tomadas pelas grandes potências terão um impacto duradouro na trajetória política e social tanto da Europa quanto do mundo como um todo. O foco permanece em encontrar uma resolução negociada que proporcione estabilidade e paz às regiões afetadas.

FONTE: Terra Brasil Noticia

Trump defende cessar-fogo na Ucrânia e sugere saída dos EUA da Otan

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Acordo UE-Mercosul é passo importante, mas não definitivo, avalia FIESC

Entidade vê potencial para aumentar exportações em segmentos como têxtil, de confecções, de arroz, de peixe, laticínios, além de carnes de frangos e suínos; mas lembra que entrada em vigor ainda depende de novas etapas de aprovação pelos países integrantes dos dois blocos.

Florianópolis, 06.12.24 – O Acordo de Associação Mercosul-União Europeia, concluído nesta sexta-feira (6), é um passo importante, mas não definitivo para o aumento dos negócios entre o Brasil e a União Europeia, avalia o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Mario Cezar de Aguiar. “Vemos potencial para ampliar negócios em diversos segmentos nos quais a diversificada indústria catarinense é competitiva, como têxtil, de confecções, de arroz, de peixe, laticínios, além de carnes de frangos e suínos. Mas há uma série de aprovações que precisam ser concluídas para que o acordo efetivamente entre em vigor”, lembra.

Para a indústria brasileira, a expectativa é que o acordo possa representar um avanço na agregação de valor à produção, fazendo frente ao processo de reprimarização das exportações. Trata-se de uma das maiores áreas de integração econômica do mundo, abrangendo um mercado de mais de 750 milhões de consumidores, com participação de 17% da economia global e de 30% das exportações mundiais de bens.

Um dos destaques do acordo é a cota de 180 mil toneladas de carne de frango, isenta de tarifas, e de 25 mil toneladas de carne suína, com uma tarifa reduzida de R$ 83,00 por tonelada, implementadas gradualmente ao longo de seis anos, o que será importante para a indústria catarinense. Além disso, o setor poderá se beneficiar com o aumento das cotas da União Europeia para a exportação de arroz do Mercosul, que chega a 60 mil toneladas sem tarifas, de acordo com a versão preliminar do acordo.

A FIESC também identificou potencial para elevar as vendas de peixes, cujas tarifas são superiores a 20%; itens específicos dos setores têxtil, de vestuário e calçados, cujas tarifas variam entre 10% e 12%; e produtos alimentícios, como ovos e derivados de laticínios que enfrentam tarifas de 29%.

Análise – As exportações brasileiras para a União Europeia totalizaram US$ 46 bilhões em 2023, sendo majoritariamente compostas por petróleo, minério de ferro e produtos alimentícios. Por outro lado, as importações da União Europeia para o Brasil somaram US$ 45,4 bilhões, consistindo, em sua maior parte, de produtos industriais. Considerando que as tarifas impostas pelo Brasil a produtos europeus (em média, 14,1%, segundo estudo do IPEA) são, em geral, mais altas do que aquelas que a União Europeia impõe ao Brasil (4,3%, segundo o mesmo estudo), seria esperado que os maiores beneficiados fossem os europeus. “No entanto, a realidade da economia mundial é mais complexa, de modo que não se pode determinar a priori quem será mais favorecido. O certo é que não se trata de um jogo de soma zero. Ambos os lados terão ganhos”, resume o economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt.

No que se refere aos benefícios para os europeus, é importante considerar que os mercados de bens industriais são amplamente dominados por produtores asiáticos e americanos. Isso significa que o Brasil já importa de outros países muitos dos produtos cujas tarifas serão reduzidas para os europeus. “Nesse contexto, a indústria brasileira tende a se beneficiar com a redução dos preços de bens de capital e insumos químicos, essenciais à competitividade”, avalia Aguiar.

Além disso, as vantagens competitivas já consolidadas pelos europeus em produtos como farmacêuticos e alimentos – incluindo vinhos, outras bebidas alcoólicas, azeite, certas frutas, maltes e chocolates – deverão ampliar suas participações no mercado de consumo brasileiro.

Longa negociação – O acordo é resultado de um longo processo de negociação iniciado em 1999. Após avanços significativos ao longo dos anos, as negociações foram concluídas preliminarmente em 2019. No entanto, a ratificação e implementação do acordo ficaram paralisadas devido a preocupações levantadas por ambas as partes, principalmente relacionadas a questões ambientais e de sustentabilidade. Em 2023, as negociações foram reabertas com o objetivo de abordar essas preocupações e buscar um consenso equilibrado.

Com a abertura do mercado europeu, aproximadamente 97% das exportações industriais brasileiras ao bloco terão tarifa zero assim que o acordo entrar em vigor. Essa medida incentivará a indústria do Brasil a exportar bens de maior valor agregado para um mercado altamente competitivo, com um PIB per capita de US$ 40,8 mil, fortalecendo a presença do país em cadeias globais de valor e promovendo a diversificação da pauta exportadora.

Outro impacto relevante está na criação de empregos. Em 2023, a cada 1 bilhão de reais exportados para o bloco europeu, foram criados 21,7 mil empregos, superando mercados como o chinês, que abriu 14,4 mil empregos por bilhão de reais exportados.

FONTE: FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/acordo-ue-mercosul-e-passo-importante-mas-nao-definitivo-avalia-fiesc

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França terá de convencer Itália a barrar acordo entre Mercosul e União Europeia

Atualmente, além do barulho vindo do Palácio do Eliseu, fomentado principalmente pelos agricultores locais, também têm manifestado oposição ao pacto Áustria e Polônia e, de forma mais tímida, a Holanda.

Claramente contrária ao acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE), a França terá de angariar mais países do bloco a segui-la se quiser impedir que o tratado entre em vigor.

Atualmente, além do barulho vindo do Palácio do Eliseu, fomentado principalmente pelos agricultores locais, também têm manifestado oposição ao pacto Áustria e Polônia e, de forma mais tímida, a Holanda.  O grupo não é suficiente para barrar o processo. Apesar de algumas manifestações contra o acordo até aqui, ainda não está claro o lado que a Itália seguirá.

Após a conclusão com as equipes negociadoras, feita em Brasília (DF), e a assinatura de um consenso pela Comissão Europeia e executivos do Mercosul, no Uruguai, a próxima etapa é a revisão jurídica e tradução do documento para a língua oficial de todos os países envolvidos.

Depois disso, é preciso passar pelo Conselho e o Parlamento Europeu e, ainda antes de entrar em vigor, obter a ratificação dos parlamentos nacionais europeus e dos países do Mercosul.

Para ser aprovado pelo Conselho, há a exigência da anuência de pelo menos 55% dos países e representação de 65% da população total do bloco. Já para impedir o acordo são necessários quatro países contrários, o que já se teria hoje em teoria, mas com um total de pelo menos 35% da população. Daí o papel fundamental da Itália para o desfecho.

Por causa das questões políticas internas na França, há dúvidas sobre se o presidente Emmanuel Macron terá força ou mesmo tempo para trabalhar em torno desse tema. Por enquanto, o foco do país está em questões internas, principalmente depois que o primeiro-ministro Michel Barnier foi destituído após apenas três meses de mandato.

Diplomatas do Mercosul apontam que, do outro lado, há um forte interesse em levar o acordo adiante, capitaneado pela maior economia do bloco, a Alemanha. A Espanha também vem fazendo campanha para que haja avanços. Depois da vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, os dois grandes players ganharam adesões, ainda que de forma menos inflamada.

Além disso, há de se esperar um forte lobby do setor produtivo local, em especial a indústria, ávido pelo gigante mercado de consumo que representa o bloco do Sul. Ainda que os agricultores europeus estejam descontentes, economicamente faz mais sentido para os líderes dos países apoiarem a indústria, tendo como foco o saldo da balança comercial.

O acordo chega em um momento em que o Produto Interno Bruto (PIB) do continente patina e a ampliação das exportações pode ser vista como uma alavanca para o crescimento econômico. Se passar pelo Conselho Europeu, o tratado ruma para o Parlamento Europeu, composto por 720 deputados. Neste caso, a votação exige maioria simples de 50% + 1 entre os presentes. Ultrapassado estes obstáculos, o acordo entra imediatamente em vigor.

FONTE: InfoMoney

França terá de convencer Itália a barrar acordo entre Mercosul e União Europeia

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Futuro porto em cidade que mais cresce em SC terá operações em três segmentos

A área construída do futuro porto em Itapoá da Coamo Agroindustrial Cooperativa terá 80 mil metros quadrados, incluindo espaços operacionais e administrativos. O terreno da cooperativa na cidade litorânea de Santa Catarina tem 427 mil metros quadrados. Os informações sobre a instalação do terminal de uso privado (TUP) foram apresentadas na Segunda Reunião de Campo de 2024, realizada na semana passada. A reunião traz um panorama da cooperativa e do mercado agrícola, com abordagem também dos investimentos em andamento e previstos pela Coamo, cooperativa com sede em Campo Mourão (PR).

Dos três berços de atracação previstos, a estrutura reservada para exportação de grãos será maior porte, com capacidade para navios New Panamax. São cargueiros com até 366 metros de comprimento. Os demais dois berços, para importação de fertilizantes e manuseio de combustíveis (derivados do petróleo, como combustíveis líquidos e GLP), vão operar com cargueiros Panamax. O terreno da Coamo, na mesma região do Porto Itapoá (em operação desde 2011), tem 450 metros de frente para o mar.

Como a instalação do porto está na fase de licenciamento, com diferentes órgãos, não há estimativas mais detalhadas de quando o porto entrará em obras, mais adiante, em operação. A licença ambiental prévia foi solicitada ao Instituto de Meio Ambiente (IMA/SC) no final de junho. Uma das fases seguintes é a apresentação do estudo de impacto ambiental e do relatório de impacto ambiental (EIA-Rima). Há outras etapas do licenciamento do porto. O terminal poderá movimentar 10 milhões de toneladas por ano, quando estiver em plena operação. O porto será usado principalmente para a exportação de grãos. A região do futuro terminal é a da baía da Babitonga, onde operam os portos de São Francisco do Sul e Itapoá.

A cidade escolhida para o investimento, Itapoá, tem o maior crescimento proporcional em população em Santa Catarina, com avanço de 134% desde 2010. Atualmente, são quase 35 mil moradores, conforme estimativa do IBGE de 2024.

Finte: NSC Total
https://www.nsctotal.com.br/colunistas/saavedra/futuro-porto-em-cidade-que-mais-cresce-em-sc-tera-operacoes-em-tres-segmentos?utm_source=WhatsApp&utm_medium=link&utm_campaign=WhatsApp

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