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Comércio Exterior, ESG, Gestão, Inovação, Investimento, Mercado Internacional

Agenda ESG: como atrair recursos para projetos de impacto em PMEs

Empresas de pequeno porte podem recorrer a linhas de crédito com apelo socioambiental; veja dicas para captar recursos para projetos de impacto

A guinada ESG (sigla para ambiental, social e governança) também tem efeitos colaterais nas pequenas e médias empresas (PMEs).

Dispostas a oferecer produtos e serviços sustentáveis, como parte de um esforço para atender às demandas de consumidores cada vez mais exigentes com seus hábitos de compra, as PMEs passam a investir em inovação, sem deixar de lado o impacto.

Muitas empresas, porém, esbarram na falta de recursos ao apostar nessa transição verde. Um caminho para superar isso está no financiamento sustentável, por meio da captação de recursos para projetos socioambientais.

Na prática, isso significa que uma PME pode se apoiar em projetos e linhas de crédito voltadas a negócios que saibam endereçar questões sociais e ambientais e, em troca, ter capital para colocar de pé projetos próprios.

Esse tipo de financiamento é formado por linhas de crédito subsidiadas pelo governo ou, ainda, pela rede privada.

O propósito é oferecer empréstimos com juros mais baixos e condições de pagamento mais vantajosas para pequenas empresas, em comparação com outras linhas de crédito do mercado.

Juntas, essas linhas cooperam para que essas empresas consigam os recursos necessários para investir em modernização, inovação, tecnologia e aumento de capacidade produtiva.

Por que considerar o impacto?

Segundo Lucas Conrado, líder de relações institucionais do fundo de impacto social para pequenos empreendedores Estímulo, o primeiro passo para atrair subsídios com foco no impacto socioambiental é ter em mente o objetivo com o uso dos recursos.

“Primeiramente, como um diagnóstico do seu modelo de negócio, quais são os impactos que você faz na ponta, se o seu modelo de negócio está estruturado com esse objetivo de impacto, ou se você quer também implementar alguma mudança na sua forma de produzir que pode gerar impacto”, explica.

O principal benefício ao considerar linhas de crédito criadas para essa finalidade está na criação de soluções inovadoras que dificilmente sairiam do papel sem o apoio financeiro externo.

“Ao estruturar projetos, as PMEs podem demonstrar seu potencial de crescimento, atrair financiamento mais competitivo e desenvolver soluções inovadoras”, diz Rafael Brunati, advogado especialista em direito societário, contratos, M&A e Private Equity do escritório Silveiro Advogados.

De acordo com Brunati, há um interesse mútuo das instituições financeiras em fomentar as PMEs – hoje responsáveis por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Em paralelo, a proximidade com eventos de grande porte, como a COP30  que será sediada no Brasil em novembro — apenas reforça a importância do tema.

“As empresas precisam aproveitar o momento em que temas ligados à sustentabilidade estão em alta para decidir seus investimentos em. É hora de serem protagonistas”, avalia.

Para além dos benefícios envolvendo as taxas de juros reduzidas e prazos mais extensos, uma das vantagens ao recorrer a programas de financiamento voltados ao impacto socioambiental está na união do capital com a capacitação e apoio aos empreendedores.

“Das iniciativas que conheço, como é o caso dos fundos de impacto, também têm essa atuação de aceleração, e o componente do conhecimento. Em um banco tradicional, não é possível entrar nesse ecossistema de impacto com suporte para além do recurso financeiro”, avalia Conrado.

Apesar dos benefícios, há ainda um desconhecimento geral do mercado sobre a existência dessas linhas mais flexíveis e direcionadas ao impacto socioambiental, o que é um impasse para que um maior número de empresas possam pivotar projetos socioambientais no país.

“Além disso, a ausência de planejamento financeiro e estratégico para o uso desse dinheiro inviabiliza essa alternativa, pois esse uso precisa ser inteligente, de forma que ele viabilize o crescimento e prosperidade da empresa”, diz.

Ele ainda reforça que o portal Investir com Impacto dá uma bom panorama para o empreendedor entender este ecossistema.

Que tipo de projetos podem ser criados?

Entre os exemplos de projetos de impacto que podem ser desenvolvidos por PMEs estão produtos e serviços ou iniciativas que promovam impacto social positivo.

Ações com foco no desenvolvimento social também são exemplos, conforme exemplifica Brunati.

”Observamos um caso recente em que auxiliamos uma instituição financeira captar recursos com outras instituições do exterior para repassar esses valores, em formato de crédito, para micro e pequenas empresas brasileiras, com foco muito grande em empresas lideradas por mulheres e também de locais com IDH abaixo da média”, conta.

Conrado, do Estímulo, destaca também o uso de recursos obtidos via financiamento verde para projetos que impactam o dia a dia operacional de empresas, a exemplo da adoção de energia renovável (como a instalação de painéis solares), eficiência energética e melhoria de processos produtivos.

“Falamos de empresas com produtos ou serviços em linha com a sustentabilidade, mas também pode haver um negócio tradicional que está pensando numa transição energética, redução do consumo energético da fábrica, sistemas avançados de reciclagem, redução no desperdício de alimentos. Há vários caminhos que você pode olhar para impacto dentro do negócio”, afirma.

Como se preparar

Em grande parte dos casos, o financiamento é direcionado a projetos específicos. Para isso, empresas devem preparar um denso documento de apresentação do projeto e suas intenções.

Além disso, no caso de programas voltados exclusivamente para ações ambientais (como no caso de projetos para redução na emissão de gases poluentes ou preservação de florestas nativas) a comprovação do uso dos recursos a longo prazo também pode ser exigida.

Abaixo, os especialistas listam dicas gerais para que empreendedores possam ser mais assertivos durante o pedido de financiamento socioambiental:

Fazer um diagnóstico das finanças empresariais

O primeiro passo é fazer um diagnóstico detalhado da situação financeira da empresa. Considere empréstimos vigentes e dívidas em aberto com outras instituições.

Também é importante avaliar como está o fluxo de caixa e capital de giro do negócio.

“É importante avaliar se a empresa é saudável financeiramente de maneira geral”, diz Brunati.

Desenvolver projetos claros e estruturados

Fazer um projeto que evidencie o destino dos recursos de forma clara e concisa é essencial. Também é preciso que o projeto seja capaz de mostrar para onde vai e como será usado o recurso.

Um calendário de ações pode ajudar na organização.

Tenha uma boa organização de documentos

A apresentação de documentos financeiros da empresa, como balanço patrimonial e fluxo de caixa, é uma etapa comum a todo processo de análise de concessão de crédito.

Ter a documentação em mãos e já auditada pode agilizar e facilitar o processo, principalmente nos casos em que é preciso garantias.

Contratação de uma consultoria especializada

No caso de empresas muito pequenas (e por vezes controladas apenas pelo proprietário), a contratação de uma empresa especializada pode auxiliar no processo de organização de documentos, além de ajudar PMEs a encontrarem programas e linhas de crédito apropriadas ao negócio e seus desafios de expansão.

Onde captar recursos?

Atualmente, o país comporta um conjunto de programas e linhas de financiamento, públicas e privadas, destinadas a empresas de pequeno porte com foco em projetos socioambientais.

Alguns exemplos são o FUNTEC, e linhas do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

Além deles, fundos como Yunus, Gaia, Vox Capital e Estímulo já possuem linhas de crédito e apoio educacional para empreendedores à frente de negócios de impacto.

Fonte: CNN

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Comércio Exterior, Economia, Informação, Investimento

Visita ao Brasil do Chefe do Departamento Federal de Assuntos Estrangeiros da Confederação Suíça, Ignazio Cassis

Nos dias 6 e 7 de fevereiro, visita o Brasil o conselheiro federal e chefe do Departamento Federal de Assuntos Estrangeiros da Confederação Suíça, Ignazio Cassis, com agenda no estado do Rio de Janeiro.

Na capital do estado, a autoridade suíça, responsável de mais alto nível em seu governo pela condução da política externa, manterá encontro com o Ministro Mauro Vieira no Palácio do Itamaraty. Cassis será o primeiro dignitário estrangeiro a ser recebido no Palácio após o início de sua restauração.

Em Nova Friburgo, Ignazio Cassis participa da inauguração da exposição “O Legado Suíço-Brasileiro na Amazônia: artes, ciência e sustentabilidade”.

Brasil e Suíça mantêm importantes laços de cooperação bilateral em diferentes áreas, consubstanciados na Parceria Estratégica bilateral estabelecida 2008. Entre as iniciativas de cooperação recentes mais expressivas, destaca-se a participação suíça no Fundo Amazônia e o programa de atividades científicas e culturais “Road to Belém”, em preparação para a COP30. A Suíça mantém-se como uma das principais origens de investimento direto no Brasil, com estoque total de US$ 49,73 bilhões em 2023, segundo dados do Banco Central. Mais de 600 empresas suíças estabelecidas no Brasil geram empregos para cerca de 85 mil brasileiros. A corrente de comércio somou US$ 4,4 bilhões, em 2024.

FONTE: MRE
Visita ao Brasil do Chefe do Departamento Federal de Assuntos Estrangeiros da Confederação Suíça, Ignazio Cassis — Ministério das Relações Exteriores

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Importação, Informação, Investimento, Portos

Governo Federal define metas estratégicas para portos, aeroportos e hidrovias nos próximos anos

Ministro Silvio Costa Filho e secretários do MPor apresentaram o planejamento de trabalho para os próximos dois anos ao presidente Lula. Além de outras ações importantes para o governo

Ministro Silvio Costa Filho apresenta ao presidente Lula planejamento de trabalho do Ministério para os próximos dois anos – Foto: Ricardo Stuckert

O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, reuniu-se nesta sexta-feira (31) com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para definir as metas estratégicas da pasta para os próximos dois anos. O titular da Pasta apresentou a maior carteira de investimentos portuários da história do país, que receberá R$ 20 bilhões até 2026. O encontro contou com a participação da secretária executiva do MPor, Mariana Pescatori, dos secretários de Aviação Civil, Tomé Franca, de Portos, Alex Ávila, e de Hidrovias, Dino Antunes, e teve como foco também debater sobre o crescimento econômico e a modernização da infraestrutura do país.

Durante a reunião, os dirigentes discutiram estratégias para ampliar os investimentos públicos e privados em portos, aeroportos e hidrovias. A iniciativa busca impulsionar a economia e otimizar o escoamento da produção nacional, tornando o setor logístico mais eficiente e competitivo.

Costa Filho destacou que o setor portuário se consolidou como uma das prioridades para o desenvolvimento econômico do Brasil. Segundo ele, os investimentos já ultrapassaram R$ 20,65 bilhões nos últimos dois anos, mais que o dobro do registrado no governo anterior. “A expectativa é que, até o fim do governo do presidente Lula, os investimentos do setor privado superem R$ 50 bilhões, reforçando nosso compromisso com a modernização da infraestrutura e o crescimento sustentável do país”, afirmou o ministro.

Entre 2013 e 2022, foram realizados 43 leilões portuários no Brasil, resultando em R$ 6 bilhões em investimentos. Sob a gestão do presidente Lula, a previsão é de que sejam realizados 50 novos leilões até 2026, ampliando os investimentos e a capacidade do setor.

No último ano, foram concedidas oito áreas portuárias em três diferentes regiões brasileiras, com destaque para o arrendamento do terminal localizado no porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, cujo valor de investimento ultrapassou R$ 3,5 bilhões – o maior já realizado no setor.

Para 2025, o Ministério de Portos e Aeroportos prevê a concessão de 21 empreendimentos portuários em quatro regiões do país. No total, essas áreas licitadas devem receber quase R$ 9 bilhões em investimentos.

Já em 2026, as concessões portuárias terão continuidade, com pelo menos 21 novos empreendimentos, sendo 17 arrendamentos de áreas portuárias e quatro concessões de canais, consolidando a maior carteira de leilões da história do setor portuário.

No setor aeroportuário, 2024 já registrou avanços significativos, com a entrega de 42 obras em aeroportos de todo o país. Os investimentos totalizaram R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 2,7 bilhões oriundos de concessões e R$ 509,6 milhões provenientes de recursos públicos e privados, por meio do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e da Infraero.

Para os próximos anos, está prevista a entrega de 40 obras públicas em 33 aeroportos, com um investimento estimado de R$ 1,5 bilhão por meio do FNAC e da Infraero.

Além disso, o Ministério de Portos e Aeroportos lançou o programa AmpliAR, que visa possibilitar a contratação simplificada das atuais concessionárias que operam no país. O objetivo é garantir a administração e manutenção de 102 aeródromos considerados estratégicos para o Brasil, com remuneração por meio do reequilíbrio dos contratos vigentes.

Cerca de 50 aeroportos da Amazônia Legal e do Nordeste poderão ser beneficiados pelo programa, com um potencial de investimentos que pode alcançar R$ 3,4 bilhões, fortalecendo a conectividade aérea e o desenvolvimento regional.

Acesse a cartilha de concessão do MPor: www.gov.br/portos-e-aeroportos/pt-br/assuntos/arquivo/cartilha-de-concessao-portos-e-hidrovias_ministerio-de-portos-e-aeroportos_compressed.pdf

FONTE:  Portos e Aeroportos.gov
Governo Federal define metas estratégicas para portos, aeroportos e hidrovias nos próximos anos — Portos e Aeroportos

 

 

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Comércio Exterior, Exportação, Importação, Investimento, Logística, Portos

Ministro de Portos e Aeroportos se reúne com embaixador da Ucrânia para discutir parcerias bilaterais

Encontro produtivo abre portas para investimentos e cooperação no setor portuário brasileiro

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, recebeu, na manhã desta quinta-feira (6), o embaixador da Ucrânia no Brasil, Endrii Melnyk, para uma reunião que marca o início de uma promissora parceria bilateral. O encontro evidenciou o interesse de ambos os países em fortalecer laços e explorar oportunidades de investimento e expansão no setor portuário e hidroviário.

No início da conversa, o ministro Silvio Costa Filho expressou sua profunda tristeza pela guerra em curso na Ucrânia e manifestou a solidariedade do povo brasileiro, enfatizando o desejo de que a paz seja restabelecida o mais breve possível.

Em seguida, o ministro apresentou um panorama detalhado do momento positivo que o Brasil atravessa, com destaque para o crescimento da economia, a redução do desemprego e o volume recorde de investimentos no setor de portos, hidrovias e aeroportos, por meio de grandes programas de concessões.

Costa ainda enfatizou que o Brasil está aberto a parcerias com a Ucrânia em diversos setores e apresentou a “Carteira de Concessões e Arrendamentos” do Ministério, que inclui projetos de infraestrutura portuária com grande potencial para atrair investidores estrangeiros.

O embaixador ucraniano, Melnyk, por sua vez, mencionou que, apesar da guerra, a economia ucraniana está em crescimento e que, assim que finalizar, o país europeu vai precisar se recuperar. Com isso, será muito importante o investimento no Brasil, levando investidores brasileiros para o país, com foco em troca de experiências portuárias e hidroviárias.

O ministro Silvio Costa Filho também expressou o interesse do Brasil em ampliar a agenda de parcerias com a Ucrânia, não apenas no setor portuário, mas também em outras áreas como a de fertilizantes, onde o Brasil tem uma grande demanda e vê na Ucrânia um parceiro comercial promissor.

Ao final da reunião, o ministro e o embaixador se comprometeram a manter um diálogo aberto e constante, com o objetivo de construir uma pauta conjunta de trabalho que impulsione o desenvolvimento de ambos os países. Serão realizadas novas reuniões para que os acordos bilaterais avancem, entre Brasil e Ucrânia.

FONTE:
Ministro de Portos e Aeroportos se reúne com embaixador da Ucrânia para discutir parcerias bilaterais — Portos e Aeroportos

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Dólar cai pela 12ª vez consecutiva, fechando a R$ 5,77

A moeda norte-americana segue em queda após a redução das tensões comerciais, enquanto o mercado reage aos dados econômicos dos EUA e à ata do Copom

O dólar voltou a cair nesta terça-feira (4), fechando a R$ 5,77, renovando o menor valor desde novembro. Após um aumento no final de 2024, a moeda acumula 12 dias consecutivos de queda.

Os investidores avaliam que o “tarifaço” anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, foi mais brando do que se esperava. Trump divulgou, no fim de semana, que aplicaria uma tarifa de 25% sobre produtos do México e Canadá, mas, após negociações, suspendeu a medida por um mês com ambos os países.

Além disso, os EUA também aplicarão tarifas sobre a China, que respondeu nesta terça-feira com a imposição de tarifas sobre petróleo e gás vendidos pelos americanos. Apesar disso, o mercado acredita que as ameaças de Trump estão perdendo força.

Analistas sugerem que as tensões com a China podem seguir o mesmo padrão das negociações com o México e o Canadá.

“A retórica agressiva de Trump parece ser, de fato, o que todos suspeitavam desde o começo: uma grande alavanca para negociar acordos comerciais e alcançar outros objetivos políticos”, afirmou Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank, à Reuters.

Entre os destaques do dia, estão os novos dados de atividade dos EUA e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. No documento divulgado nesta terça-feira, o BC projeta que a inflação ficará acima da meta pelo menos até junho deste ano e expressa preocupação com a alta dos preços dos alimentos, que deve impactar o médio prazo.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira (B3), também fechou em queda.

Dólar:
O dólar fechou em queda de 0,76%, a R$ 5,7712, acumulando:

  • Queda de 1,13% na semana e no mês
  • Recuo de 6,61% no ano

Ibovespa:
O Ibovespa caiu 0,65%, fechando aos 125.147 pontos, acumulando:

  • Queda de 0,78% na semana e no mês
  • Ganho de 4,05% no ano

FONTE: Bahia.ba
Bahia.ba | Dólar cai pela 12ª vez consecutiva, fechando a R$ 5,77

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Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Investimento, Notícias, Sustentabilidade

A UIA pede investimentos em infraestrutura na licitação do VNT

Uma semana após a abertura dos envelopes, o Congresso exige transparência.

A licitação para a Hidrovia Tronco (VNT), eixo do comércio exterior da Argentina e de outros países da região, continua gerando polêmicas nas esferas política e empresarial. Enquanto no Congresso diferentes setores cobram explicações do Governo e questionam o possível favoritismo no processo, a União Industrial Argentina (UIA) definiu sua posição e exigiu maior previsibilidade e melhores condições de infraestrutura para aumentar a competitividade do país.

A entidade, presidida por Daniel Funes de Rioja, analisou em sua última reunião um relatório elaborado por especialistas sobre o impacto da licitação e destacou a importância de fazer investimentos importantes no VNT. Segundo a entidade, “é fundamental avançar nas melhorias necessárias, principalmente na dragagem a 40 pés, para garantir a eficiência e a competitividade do comércio exterior”.

A posição da UIA é relevante em um contexto em que empresas internacionais denunciam que o processo licitatório poderia ser feito sob medida para favorecer a empresa belga Jan de Nul, atual operadora do serviço desde 1995. A empresa belga DEME e a dinamarquesa Rohde Nielsen pediram a nulidade do edital, enquanto senadores radicais pediram a abertura do concurso para a estatal chinesa Shanghai Dredging Company.

Preocupações com taxas

A entidade industrial também enfatizou a necessidade de consolidar um ritmo competitivo em termos regionais e internacionais, já que 80% das exportações argentinas dependem do VNT.

80% das exportações argentinas navegam pelo VNT.

Nesse sentido, destacaram que o processo deve incluir incentivos à produção nacional, à aquisição de barcaças e navios, bem como à incorporação de combustíveis sustentáveis para fortalecer o transporte de cargas no país e na região.

À medida que a contagem regressiva para a abertura dos envelopes em 12 de fevereiro avança, as críticas ao processo continuam. Da oposição, a Coalizão Cívica e setores do PRO pediram explicações ao Governo sobre a transparência da licitação, enquanto a Fundação Pensar, ligada a Mauricio Macri, alertou sobre os riscos de um processo “apressado” que poderia afetar a economia nacional.

O resultado da licitação definirá o futuro de um dos negócios mais relevantes para o private equity multinacional na Argentina. A UIA, por sua vez, entra no debate com um pedido claro: garantir investimentos e regras do jogo que potencializem o desenvolvimento industrial e a competitividade do país.

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Economia, Finanças, Informação, Investimento, Tecnologia, Tributação

Receita prepara tecnologia que vai antecipar repasse de impostos ao governo

Uma das apostas do governo para auxiliar na implementação da reforma tributária e no combate à sonegação fiscal é o split payment.

Desconhecido do grande público, o recurso tecnológico está sendo desenvolvido pela Receita Federal em parceria com outras instituições e deve estrear em janeiro de 2026.

O termo em inglês pode ser traduzido como “pagamento dividido”. Mas não se trata de um parcelamento da compra. O que vai ocorrer é que, no momento em que o produto ou serviço for pago pelo consumidor, o sistema já vai separar o valor que cabe ao vendedor e o valor do imposto – e este será imediatamente encaminhado, nas devidas proporções, aos governos federal, estadual e municipal.

Dessa forma, a coleta de impostos é adiantada. Hoje o recolhimento dos tributos é feito depois que as vendas são concluídas, que as empresas fazem a contabilidade de tudo o que foi comercializado e descontam os créditos da cadeia de produção para, só então, pagarem seus tributos no mês seguinte.

Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo avaliam que o split payment pode auxiliar na arrecadação, além de ser importante para a implementação da reforma tributária, no sentido de dar mais transparência para o consumidor e evitar desconfianças entre os entes federativos. Porém, também afirmam que a ferramenta pode ter impactos negativos, especialmente para pequenos e médios negócios.

Ainda em fase de desenvolvimento pelos técnicos da Receita Federal, o split payment só poderá ser utilizado em transações feitas por meios digitais, como boleto, pix, débito automático ou cartão de crédito.

O split payment altera a forma como os tributos são recolhidos, ao dividir o valor do pagamento entre o destinatário e o Fisco no momento da transação, diz Cassius Leal, fundador e CEO da Advys Contabilidade.

“Esse modelo visa combater a sonegação fiscal, uma vez que, com o recolhimento direto pelo governo no ato do pagamento, a possibilidade de inadimplência tributária é reduzida. Além disso, esse método traz transparência, pois elimina a necessidade de empresas intermediárias fazerem a retenção e repasse dos tributos posteriormente, como ocorre atualmente”, afirma.

O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Marcus Pestana, afirma que o split payment ainda traz ganhos de transparência para o contribuinte que, já no ato da compra, terá clareza de quanto está pagando. “A gente vai saber em cada operação de consumo quanto a gente está pagando de imposto. Hoje ele vem embutido, você não sabe direito o que está ali dentro”, afirma.

Além disso, Pestana avalia que o sistema evita desconfianças dos entes federativos em relação à União, na hora do repasse dos impostos, o que será especialmente útil durante a implementação da reforma tributária. Ao longo da história brasileira, ele descreve que houve uma série de movimentos centralizadores e descentralizadores na arrecadação, o que gerou desconfiança entre os entes federados.

“E aí fica esse pêndulo de centralização-descentralização que é característico da história do Brasil em termos tributários. Então, é extremamente necessário, inclusive para harmonização dos três níveis de governo, para que não haja desconfianças, de que não repassou todo o dinheiro. Então, quanto mais automático for, tanto melhor”, complementa.

De acordo com o doutor e mestre em Direto Tributário pela PUC-SP e presidente da Comissão de Direito Tributário e Constitucional da OAB-SP, André Félix Ricotta de Oliveira, o split payment vai mudar a sistemática do recolhimento de tributos no país.

“Todo o pagamento que uma empresa ou cliente realizar por meio de instituição financeira, seja via boleto ou cartão de crédito, de débito, o sistema financeiro já vai fazer a divisão. O que é do vendedor e o que é devido para a União, para os estados e municípios, o IBS e o CBS. Deste modo, muda toda a sistemática dos tributos que incidem sobre consumo”, afirmou.

O tributarista afirma que muitas empresas, em razão dos créditos que acabam por descontar a reincidência dos tributos ao longo da cadeia produtiva, nem chegam a pagar esses impostos. Outras, em razão do fluxo de caixa, também podem optar por atrasar o pagamento dos tributos e arcar com uma multa, direcionando os recursos para pagar fornecedores, por exemplo, o que não poderá mais ocorrer nos casos de pagamentos digitais.

Juliana Vaz, advogada tributarista da VBSO Advogados, explica que uma das preocupações em relação à adoção desse sistema reside justamente no impacto sobre o fluxo de caixa das empresas, já que o valor referente aos tributos será imediatamente destinado ao Fisco. No modelo atual, a empresa pode gerir os recursos até a data do vencimento.

“Isso vai exigir das empresas um rigor maior para se adaptar ao novo modelo, cumprir com seus compromissos financeiros e manter sua estabilidade, o que pode representar um grande desafio para pequenas e médias empresas”, afirma.

Por isso, o sistema traz desafios substanciais para pequenas e médias empresas, que têm dificuldade em lidar com a alta carga tributária e a complexidade burocrática no Brasil.

“Adicionar um novo sistema de recolhimento automático de tributos, sem fornecer suporte adequado, pode comprometer o funcionamento dessas empresas, principalmente as que não têm estrutura tecnológica ou equipe contábil para lidar com essa inovação”, diz Cassius Leal, da Advys Contabilidade.

Ele avalia que, ao requerer sistemas tecnológicos robustos para garantir a execução correta do fracionamento dos pagamentos, o split payment pode trazer a necessidade de investir na atualização de sistemas e treinamento de equipes para garantir a conformidade com a nova regra. Será um gasto a mais para as empresas.

Tempo é o maior desafio do governo no desenvolvimento do split payment
A restituição e financiamento para fazer esses ajustes por parte da iniciativa privada é uma das preocupações do sistema financeiro a respeito da implantação do split payment, conforme avalia Juliana Vaz, da VBSO Advogados.

Na ótica do governo, no entanto, um dos maiores desafios é o tempo. Marcus Pestana, da IFI, cita que o próprio secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, destacou que o tempo é o principal desafio quando se trata do split payment.

As expectativas são de que as propostas de regulamentação da reforma tributária sejam aprovadas ainda neste ano. Desse modo, o governo começaria a fazer os testes com o split payment em janeiro de 2026.

Segundo Pestana, Appy teria afirmado que o desafio é difícil, mas totalmente viável. “Quem está mexendo, com a mão na massa, está otimista. E hoje a tecnologia permite tudo, com inteligência artificial, não é nenhum bicho de sete cabeças”, diz o diretor-executivo da IFI.

Em junho, em painel sobre o split payment durante o XVII Encontro Nacional de Administradores Tributários (Enat), o gerente do Serpro e gestor nacional do Projeto Estratégico Reforma Tributária Brasileira, Robson Dias Lima, afirmou que o governo tem conhecimento para desenvolver o sistema.

“A minha função aqui hoje é dizer isso para vocês: apesar de toda complexidade e mudança em relação ao modelo atual, o split payment é, sim, viável tecnicamente. Não se preocupem com a tecnologia, porque a tecnologia dá conta”, garantiu.

Sistema precisará dar conta de créditos e transição da tributação da origem para o local de consumo
Outro ponto é a adequação do split payment ao sistema de créditos de produção. Atualmente, o sistema tributário permite que impostos cobrados, por exemplo, na indústria metalúrgica para fabricação de peças automotivas, não sejam duplamente cobrados na montagem final dos carros. Assim, as montadoras descontam esses créditos de seus impostos.

De acordo com André Félix, a equipe da reforma tributária aventou a possiblidade de devolver os créditos para a indústria em um segundo momento. No entanto, a ideia não foi bem aceita e, diante do impasse, o sistema está sendo desenvolvido de modo a contabilizar os créditos imediatamente.

“O sistema financeiro já vai enxergar se eu tenho créditos e a alta tecnologia já vai fazer esse cruzamento na hora da venda. Se eu não tenho crédito, realiza o pagamento do imposto; se eu tenho crédito, apenas deduz o imposto, excluindo os créditos”, explicou.

A transição da destinação dos impostos, do local de origem da produção para o local de consumo, é mais um aspecto da reforma que deve ser considerado pelo split payment. Segundo Marcus Pestana, essa transição levará 50 anos, descontando e repassando pequenos percentuais da arrecadação de um local para o outro.

O diretor-executivo da IFI afirma que esse longo período de transição é necessário, pois, caso fosse feita de forma mais rápida, poderia gerar perdas muito bruscas para municípios e estados de origem. O algoritmo, no entanto, terá que refletir essa transferência gradativa.

“Hoje, graças ao avanço da tecnologia da informação, de todas as ferramentas de que a gente dispõe, é totalmente viável. As equipes das receitas Federal, estaduais e municipais estão trabalhando em conjunto, eles estão fazendo integrados, os três níveis de governo”, afirma.

Estudos europeus concluíram que adoção do split payment não cobria custos de desenvolvimento e implementação
Com a ferramenta ainda em elaboração, o governo não detalhou seus custos. A Gazeta do Povo enviou questionamentos à Receita Federal e ao Serpro a respeito do sistema, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto à manifestação.

De acordo com André Felix, na União Europeia estudos mostraram que os ganhos de arrecadação gerados pelo split payment com o combate à fraudes e inadimplência não eram significativos diante de seus custos de implementação.

“Tentaram implementar na União Europeia e não deu certo, porque o custo para implementar seria maior que a sonegação evitada. E também poderia trazer prejuízo na gestão das empresas”, comentou.

Da mesma forma, Cassius Leal avalia que a implementação do split payment requer investimentos significativos em tecnologia, tanto por parte do governo quanto das empresas. Além disso, a manutenção do sistema requer monitoramento contínuo e atualização tecnológica, o que gera custos operacionais.

“Em contrapartida, os ganhos esperados para a Receita Federal podem ser expressivos. A redução de fraudes e da evasão fiscal, aliada à arrecadação direta e contínua, pode compensar os custos de implementação no médio a longo prazo. No entanto, é crucial que o governo publique estudos detalhados sobre os custos e benefícios dessa proposta no contexto brasileiro, uma vez que o cenário tributário aqui é diferente do de outras nações”, diz.

FONTE: Gazeta do povo
Split payment vai antecipar repasse de impostos ao governo

 

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Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Internacional, Investimento, Logística, Tecnologia

FecomercioSP pleiteia medidas à Secretaria de Comércio Exterior para estimular a abertura comercial

Ações são fundamentais para reduzir o Custo Brasil e aumentar a produtividade e a competitividade do País

No dia 27 de janeiro, representantes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) se reuniram com membros da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), para compartilhar as dificuldades enfrentadas por empresas representadas pela Federação e apresentar propostas com vistas a facilitar o comércio exterior.

Participaram da reunião Tatiana Prazeres, secretária da Secex; Herlon Alves Brandão, diretor do Departamento de Planejamento e Inteligência Comercial do MDIC; e Ana Cláudia Takatsu, diretora do Departamento de Negociações Internacionais da Secex, além dos assessores da FecomercioSP André Sacconato, Thiago Carvalho e Natalia Mortaio, e Maria Izabel Mello, da área de Relações Institucionais da Entidade.

Por meio da Fecomercio Internacional — unidade de negócios que atua na promoção de relações comerciais no exterior — acontece a conexão entre empresas brasileiras e estrangeiras, que frequentemente relatam entraves nos negócios, principalmente em procedimentos exigidos por órgãos anuentes, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); e a Receita Federal, que acabam trazendo prejuízos e inibindo investimentos.

Flexibilização necessária

A FecomercioSP apontou os danos gerados por exigências de órgãos reguladores, que impactam negativamente a produtividade e a competitividade nacionais. Dentre as principais demandas, destaca-se a ampliação do prazo de validade da Declaração Única de Exportação (DUE) para evitar custos adicionais causados por atrasos no Porto de Santos.

A Entidade também denuncia o aumento da burocracia alfandegária, que tem gerado altos custos logísticos e demurrage (taxa cobrada quando o tempo de uso de um contêiner ou navio ultrapassa o acordado). A FecomercioSP ainda sugere a realocação de pessoal e ampliação do cadastro de engenheiros certificados para agilizar inspeções.

Além disso, pede a aceitação de certificações internacionais para quebra-cabeças adultos, simplificação do registro de aromatizadores de ambientes e flexibilização na importação de amostras de bebidas alcoólicas.

Ademais, a Federação reforçou o pedido de adoção de medidas que promovam maior abertura comercial. Essa agenda já havia sido apresentada ao ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, em outubro. A abertura comercial é uma das bandeiras da Federação por acreditar que esse é o caminho para reduzir o Custo Brasil, aumentar a produtividade e a competitividade do País (beneficiando os consumidores e o setor produtivo), gerar renda e emprego e permitir acesso a recursos mais baratos e com tecnologia agregada, bem como propiciar ganhos de escala e proporcionar crescimento econômico sustentável em longo prazo.

O presidente em exercício da FecomercioSP, Ivo Dall’Acqua Júnior, reitera que os pleitos levantados pelas empresas do setor representam uma necessidade urgente de ações dos órgãos anuentes. Além disso, Dall’Acqua Júnior pondera que, em meio aos debates recentes sobre quais medidas poderiam reduzir a inflação, a abertura comercial é uma das principais alternativas, aliada a um ajuste fiscal via corte de gastos. O momento é bem oportuno, considerando a desvalorização cambial, o resultado do superávit da balança comercial no ano passado (o segundo maior da história) e a maior facilidade para a Indústria — que apresenta níveis elevados de utilização da capacidade instalada — importar peças, componentes e insumos para aumentar a produção.

FONTE: FecomercioSP
FecomercioSP pleiteia medidas à Secretaria de Comércio Exterior para estimular a abertura comercial

 

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Economia, Internacional, Investimento, Tributação

Como as ações de Trump impactam o bolso dos brasileiros

O presidente Donald Trump tem recuado em aplicar as ações anunciadas

As ameaças tarifárias feitas pelo presidente norte-americano Donald Trump já afeta o bolso dos brasileiros, mesmo que de maneira indireta. Contudo, mesmo que as medidas não sejam diretas ao Brasil, se confirmadas, o tarifaço de Trump pode afetar a economia brasileira.

Um dos efeitos das ações de Trump é uma onda de instabilidade no mercado mundial, pois sempre que incertezas se formam no cenário econômico do mundo, os investidores compram dólares para se proteger de eventuais turbulências.

Além disso, as ações protecionistas de investidores provocam uma pressão inflacionária, em especial nos países emergentes. Um exemplo disso é que todas as vezes que Trump fala sobre as sobretaxas, o dólar oscila.

Na segunda-feira (3), a moeda americana disparou com o anúncio da decisão do republicano de impor tarifas de 25% para o Canadá e o México, além de 10% para a China. O dólar registrou uma alta de mais de 1%, cotado a R$ 5,90, por volta das 12 horas.

Entretanto, o presidente Donald Trump tem recuado em aplicar as ações anunciadas. Isso leva especialistas a acreditarem que tudo é uma estratégia do presidente para obter concessões de países com os quais os EUA já mantêm pendências.

Na segunda-feira (3), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump também deverá conversar com o presidente da China, Xi Jinping, “provavelmente nas próximas 24 horas”, a respeito da questão das sobretarifas.

FONTE: GUARAREMA NEWS
Como as ações de Trump impactam o bolso dos brasileiros – Guararema News

 

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Agronegócio brasileiro não está imune às novas tarifas dos EUA

Autoridades do governo brasileiro que acompanham as políticas comerciais do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acreditam que, até certo ponto, as tarifas de 25% impostas ao México — temporariamente suspensas após um acordo com a presidente Claudia Sheinbaum — podem criar oportunidades para as exportações brasileiras, especialmente de suco de laranja e café, para os Estados Unidos.

O setor de frutas também pode se beneficiar, já que os EUA importam uma parte significativa de suas frutas do México. “Com a tarifa de 25% sobre os produtos mexicanos, a fruta brasileira se tornará mais competitiva”, disse Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior e consultor da área.

No entanto, Barral alertou que a volatilidade atual dificulta o planejamento das exportações no médio prazo. “Essas medidas podem ser revogadas a qualquer momento, então há um risco em realizar exportações em larga escala”, afirmou.

O gráfico abaixo mostra o padrão de exportação de contêineres do Brasil para os EUA entre janeiro de 2021 e dezembro de 2024.

Exportações de contêineres para os EUA | Jan 2021 – Dez 2024 | TEUs

Além do México, os EUA também impuseram tarifas de 25% ao Canadá — suspensas por um mês após um acordo fechado na segunda-feira — e de 10% sobre produtos chineses. Barral destacou que, caso a China e outros países retaliem as exportações americanas de soja, milho e carne — setores nos quais os produtores dos EUA competem diretamente com o Brasil — o agronegócio brasileiro pode ganhar participação no mercado.

Embora Barral e autoridades do governo brasileiro reconheçam o risco de tarifas dos EUA contra o Brasil, eles acreditam que os sinais recentes vindos de Washington reduziram um pouco as preocupações em Brasília.

“Donald Trump mencionou Brasil e Índia como países que aplicam tarifas altas, mas ele ainda não anunciou novas medidas contra eles. Um ponto interessante é que o Brasil é um dos poucos países que tem déficit comercial com os EUA. Diferente das nações que foram alvo das novas tarifas, os EUA na verdade têm um pequeno superávit comercial com o Brasil”, explicou Barral.

“Ele reclamou especificamente de algumas tarifas, como as aplicadas ao etanol. Mas, no geral, a política tarifária do Brasil não tem sido uma grande fonte de atrito”, acrescentou. A tarifa de importação sobre o etanol dos EUA, que em alguns momentos chegou a ser zero, atualmente está em 18%.

Um ex-diplomata brasileiro destacou que, embora esses ganhos de exportação no curto prazo sejam uma rara notícia positiva vinda dos EUA, os ataques de Trump às organizações multilaterais de comércio representam um risco maior para o agronegócio brasileiro.

“A mensagem que ele está enviando ao mundo é que as regras do comércio podem ser descartadas conforme a vontade política de quem estiver no poder”, alertou a fonte.

Procurado para comentar o assunto, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) preferiu não se manifestar, afirmando que “não há razões concretas para comentar a questão”.

Após uma reunião no Ministério da Agricultura na segunda-feira, o deputado Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), disse a jornalistas que o Brasil — especialmente o setor do agronegócio — não deve esperar ficar imune às novas tarifas de Trump.

Segundo Lupion, a postura mais protecionista dos EUA exigirá que o governo e os diplomatas brasileiros atuem estrategicamente para lidar com potenciais desafios comerciais.

Ainda assim, ele argumentou que os EUA “precisam” do Brasil e descartou a possibilidade de medidas extremas. Lupion destacou a importância de acompanhar de perto a abordagem de Trump em relação à China, principal parceiro comercial do Brasil, e eventuais medidas retaliatórias.

“Precisamos ter cuidado para não desgastar as relações com os chineses e correr o risco de perder a liderança do agronegócio brasileiro nesse mercado”, disse.

“Eles também precisam de nós. Trata-se de ajustar os mercados e encontrar o equilíbrio certo”, acrescentou Lupion. Ele reconheceu que o Brasil pode enfrentar tarifas, mas lembrou que disputas comerciais passadas entre os dois países — como as envolvendo algodão, suco de laranja e camarão — foram resolvidas ao longo do tempo.

Por Rafael Walendorff, Globo Rural

Fonte: Valor Internacional
https://valorinternational.globo.com/agribusiness/news/2025/02/04/brazils-agribusiness-not-immune-to-new-us-tariffs.ghtml

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