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Obra do Cais Portonave

Em janeiro de 2024, a Portonave iniciou a Obra de Adequação do Cais, um investimento de R$ 1 bilhão para receber navios maiores, com até 400m de comprimento e 17m de profundidade do rio.

O objetivo é ter o ganho de escala e movimentar mais cargas em menos tempo.

OBRA POR ETAPAS

A execução está prevista para ocorrer em duas fases. Enquanto um lado está em obras (450m), o outro realiza as operações normalmente, sem interrupções das atividades. A obra começou pelo lado leste e, quando esta etapa estiver concluída, seguirá para o lado oeste.

EMPRESAS RESPONSÁVEIS

A responsabilidade da obra é de um consórcio de duas empresas, a Besix e a Empresa Construtora Brasil (ECB), que formam a Besix-ECB. Fundada há mais de 110 anos, a Besix é uma empresa de origem belga e é especializada em obras de construção e infraestruturas marítimas. Atuou em obras emblemáticas como o prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa, e o aeroporto da França, Charles de Gaulle. A ECB, fundada em Minas Gerais em 1945, já esteve presente em mais de 250 obras por todo Brasil, com portfólio de projetos de infraestrutura, construção civil, mineração e saneamento.

FONTE: Portonave

Obra do Cais

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Economia Balança comercial registra superávit tímido, de US$ 1,57 bi em dezembro

Resultado representa uma redução de 66,4% em comparação ao mesmo período de 2023. No ano, o superávit é de US$ 71,42 bilhões, 25,4% menor.

O superávit comercial caiu para US$ 1,57 bilhão no mês de dezembro, uma redução de 66,4% em comparação ao mesmo período de 2023. As exportações diminuíram 21%, totalizando US$ 11,37 bilhões, enquanto as importações aumentaram 0,8%, alcançando US$ 9,81 bilhões.

No acumulado de 2024 até a segunda semana de dezembro, as exportações somaram US$ 323,64 bilhões, uma queda de 1,6% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto as importações aumentaram 8,2%, totalizando US$ 252,22 bilhões. O superávit acumulado ficou em US$ 71,42 bilhões, 25,4% inferior ao de 2023.

A desaceleração nas exportações foi impulsionada pela queda nos preços das commodities e pela menor demanda, especialmente da China. Em novembro de 2024, por exemplo, o superávit de US$ 7 bilhões, embora positivo, representou uma queda de 20% em relação ao mesmo período de 2023, o que revela que a desaceleração vem acontecendo ao longo deste ano.

O setor agropecuário, um dos principais motores das exportações, registrou uma retração de 24,2%, com quedas expressivas nas vendas de milho (-27%) e soja (-58,7%). A indústria extrativa também enfrentou dificuldades, com uma redução de 50,2%, em parte devido à queda de 47,3% nas exportações de minério de ferro. A indústria de transformação recuou 6%, impactada pela redução de itens como açúcar e farelo de soja.

Com a China consumindo menos commodities e os preços internacionais enfraquecidos, o setor exportador brasileiro enfrenta uma tempestade perfeita. Em novembro de 2024, por exemplo, o superávit de US$ 7 bilhões, embora positivo, representou uma queda de 20% em relação ao mesmo período de 2023.

A alta taxa de juros interna, com a Selic em patamar elevado, elevou os custos de crédito e produção, prejudicando a competitividade das exportações, mesmo com a depreciação do real, que deveria, em tese, favorecer os produtos brasileiros. Por outro lado, o aumento nas importações foi impulsionado por uma maior demanda por insumos e bens intermediários, além da alta dos preços dos produtos importados devido ao câmbio desfavorável.

FONTE: Veja Negócios
https://veja.abril.com.br/economia/balanca-comercial-registra-superavit-timido-de-us-157-bi-em-dezembro/

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Receita Federal permite antecipação de parcelas do Programa Especial de Regularização Tributária

A nova funcionalidade permitirá que o contribuinte adiante parcelas devedoras, reduzindo o valor pago referente a juros

Foi implantada pela Receita Federal a funcionalidade que permite a antecipação de parcelas do Programa Especial de Regularização Tributária (PertSN). Para efetuar o adiantamento, é necessário que a parcela do mês atual não tenha sido paga e que não haja parcelas em atraso. O Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) de antecipação incluirá a parcela do mês atual mais as parcelas antecipadas.

A antecipação de parcelas reduz a quantidade de prestações do parcelamento, de modo a antecipar o seu encerramento, reduzindo o número de parcelas devedoras ao final do programa. Dessa maneira, a antecipação não dispensa o contribuinte do recolhimento da parcela do mês seguinte, exceto se a antecipação liquidar todo o parcelamento.

A antecipação de parcelas é uma excelente opção para que os contribuintes que possuem parcelamento perante a Receita Federal possam ter uma melhor gestão sobre seus recursos financeiros e suas obrigações tributárias, reduzindo o valor pago referente a juros.

A próxima etapa será oferecer a antecipação de parcelas para o Programa de Reescalonamento de Pagamento de Débitos no Simples Nacional (Relp) e parcelamentos para Microempreendedor Individual (MEI).

FONTE: Ministério da Fazenda gov.br
https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/noticias/2024/dezembro/receita-federal-permite-antecipacao-de-parcelas-do-programa-especial-de-regularizacao-tributaria

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Brasil já se prepara para o mercado global de carbono

Em fórum promovido pelo jornal Valor, o secretário Guilherme Mello explicou como a regulação aprovada no Brasil, na semana passada, dialoga com experiências internacionais

Sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, o marco legal do mercado de carbono no Brasil (Lei 15.042/2024) foi tema do fórum promovido pelo jornal Valor, na manhã desta segunda-feira (16/12), em São Paulo, com transmissão pelo canal do jornal no Youtube. No painel de abertura do evento, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse que o Brasil, com a nova regulação, se prepara para o momento de integração global do mercado de carbono.

“O modelo criado para o mercado de carbono no Brasil dialoga com o que está sendo feito no mundo. Traz mecanismos de regulação de preços e de monitoramento que nos preparam para a internacionalização”, disse Mello, após explicar como funcionarão no Brasil os mercados regulados e voluntário de carbono e a integração entre eles.

No mercado regulado, cerca de cinco mil empresas do setor industrial terão metas de descarbonização e poderão cumpri-las aquirindo Cotas Brasileiras de Emissão (CBEs), que são créditos de carbono gerados pelo novo Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). Do mercado voluntário participarão empresas não obrigadas a reduzir emissões, mas interessadas em atingir suas metas corporativas de descarbonização.

“O modelo mais comum nos países que têm mercado de carbono é o que estamos adotando, chamado cap-and-trade”, reforçou o secretário referindo-se ao modelo em que o governo define um teto de emissões e emite uma quantidade de permissões de emissão.

Relator do projeto de lei que deu origem à regulamentação do mercado de carbono, o senador Aliel Machado explicou os limites de compra de créditos para compensação de emissões e comentou que o agronegócio futuramente será incluído no mercado regulado: “Não foi ainda porque não há parâmetros para medir as emissões e remissões do setor”.

Participando virtualmente do painel de abertura do fórum, Ana Toni, secretária nacional de Mudança do Clima, do Ministério do Meio Ambiente comentou sobre a importância da integridade do mercado de carbono: “Não adianta vender crédito de carbono que não tenha valor sob a perspectiva climática”, ressaltou mencionando as iniciativas classificadas como greenwashing (aquelas que visam ganho de imagem corporativa, mas não têm efetivamente um impacto ambiental favorável).

Taxonomia

O secretário Guilherme Mello destacou que, além da regulação do mercado de carbono, como parte do Plano de Transformação Ecológica, o Ministério da Fazenda elabora a Taxonomia Sustentável Brasileira, instrumento de classificação objetiva, e com base científica, de iniciativas que contribuem para objetivos climáticos, ambientais e sociais.

“Basicamente, é um dicionário que vai dizer o que é considerado prática sustentável e o que não é. O mercado de carbono e a taxonomia devem ser reconhecidos internacionalmente como sistemas sérios, robustos, que realmente incentivem as práticas sustentáveis e desincentivem aquelas emissoras”, explicou.

Taxação na fronteira

Outro tema em debate no painel foi o CBAM (Carbon Border Adjustment Mechanism, Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira), sistema criado pela União Europeia para taxação de produtos com base em suas emissões de carbono. “Faz sentido pensar ‘eu estou punindo os meus emissores com taxação ou crédito regular de carbono, enquanto outros países não estão punindo seus emissores e, portanto, têm um custo menor’. Mas o que nos preocupa é que esse instrumento pode ser usado em estratégia de protecionismo comercial. Não podemos usar instrumentos tão importantes como os que visam a proteção ambiental, a mitigação de emissões, com finalidade meramente desglobalizante”, pontuou Guilherme Mello.

O secretário defendeu a criação de um grupo de países com mercado de carbono regulado sob critérios e metodologias comuns que experimente um controle de fronteiras não protecionista. Segundo Mello, o Brasil, a partir de agora, vai exercitar e calibrar o mercado de carbono, atento às práticas internacionais.

Assista ao Fórum Valor Mercado de Carbono no Brasil, realizado nesta segunda-feira, em São Paulo, com a participação do secretário de Política Econômica do MF, Guilherme Mello:
https://youtu.be/1sumJdXMm5M

FONTE: Ministério da Fazenda
https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/noticias/2024/dezembro/brasil-ja-se-prepara-para-o-mercado-global-de-carbono

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BC participa de projeto do BIS que viabilizará o compartilhamento transfronteiriço de dados por meio da interoperabilidade de open finance

O Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements – BIS) está lançando o Projeto Aperta (“aberto” em latim), com vistas a explorar como reduzir fricções e custos nas finanças globais, ao permitir compartilhamento transfronteiriço de dados de forma contínua.
O projeto busca conectar infraestruturas domésticas de open finance de diferentes jurisdições. O caso de uso inicial a ser explorado é o financiamento do comércio internacional (trade finance) para pequenas e médias empresas (PME), com várias outras aplicações a seguir.
Por que o Projeto Aperta?
Negócios baseados em trade finance enfrentam diversos desafios quando utilizam produtos financeiros que facilitam o comércio, tais como cartas de crédito, seguro de crédito comercial e financiamento a cadeias produtivas. Os processos costumam ser ineficientes e dispendiosos devido ao excesso de burocracia manual e à ausência de portabilidade digital de dados. A digitalização do trade finance pode promover o crescimento econômico sustentável e apoiar a estabilidade financeira, contribuindo para a resiliência do sistema financeiro global.
Por volta de 70 jurisdições atualmente regulamentam o open finance com variadas abordagens, sendo o open banking um subconjunto. Esses ecossistemas de open finance normalmente operam com diferentes padrões e protocolos domésticos, impedindo o regular fluxo transfronteiriço de dados. Contudo, as tecnologias baseadas em interfaces de programação de aplicação (application programming interfaces – APIs) têm o potencial de melhorar significativamente o compartilhamento transfronteiriço de dados por meio desses ecossistemas já existentes, uma vez que o verdadeiro valor reside na facilitação dos fluxos internacionais de dados.
Algumas jurisdições começaram a adotar o compartilhamento transfronteiriço de dados através de acordos bilaterais, mas isso acarreta risco de causar fragmentação no escopo, nos padrões e nas soluções. Tal fragmentação, por sua vez, reduz a interoperabilidade e a escalabilidade, ao mesmo tempo que aumenta a complexidade geral. É essencial concentrar-se em evitar a fragmentação e promover a interoperabilidade.
É neste ponto que o Projeto Aperta pode desempenhar um papel fundamental para preencher esta lacuna.
O que é o Projeto Aperta
O Projeto Aperta é um protótipo de rede multilateral de interoperabilidade transfronteiriça, que conecta as infraestruturas domésticas de open finance de diferentes jurisdições, permitindo um compartilhamento de dados financeiros de forma segura, criptografada de ponta a ponta, consentida pelo consumidor, e sem interrupções, por meio de APIs. Isso permite que instituições financeiras e demais instituições participantes desses ecossistemas possam estabelecer confiança mútua transfronteiriça e compartilhar dados em um ambiente seguro de ponta a ponta.
Como funciona o Projeto Aperta
O Projeto Aperta fornecerá um mecanismo inovador para interoperabilidade global, oferecendo harmonização de recursos, funcionalidades, casos de uso, protocolos de segurança, procedimentos operacionais e estruturas de confiança para open finance em diversas jurisdições. Nesta fase inicial, as jurisdições participantes incluem Brasil, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Hong Kong RAE. Os participantes possuem diferentes abordagens para open finance – variando de modelos liderados pela regulação, híbridos a modelos liderados pelo mercado.
A natureza multilateral do Projeto Aperta permitirá que uma instituição – como um banco, fintech, ou outro tipo de instituição – em uma jurisdição se conecte perfeitamente com instituições em outras jurisdições. Isto facilitará a troca de informações, como dados de pagamento e de conta, cartas de crédito ou conhecimentos de embarque eletrônicos (electronic bills of lading).
Quais são os casos de uso para o protótipo?
O protótipo habilitará o compartilhamento transfronteiriço de:
• dados da conta do consumidor e do negócio para um banco no exterior para abrir uma nova conta lá mais rapidamente
• dados de trade finance relacionados a transportes para reduzir significativamente os custos e aumentar a velocidade do comércio internacional
Quem está envolvido no Projeto Aperta?
O Projeto Aperta é uma colaboração entre o BIS Innovation Hub Hong Kong Centre, o Banco Central do Brasil, o Central Bank of the United Arab Emirates, a Financial Conduct Authority do Reino Unido, a Hong Kong Monetary Authority, a Global Legal Entity Identifier Foundation, a International Chamber of Commerce Digital Standards Initiative, e a Hong Kong University Standard Chartered Foundation FinTech Academy.
FONTE: Banco Central do Brasil
https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/20464/nota
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URGENTE: Trump vai para cima do Brasil e diz que o país ‘taxa demais’ e promete reciprocidade na imposição de tarifas

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta segunda-feira, 16, suas propostas para elevar tarifas para produtos estrangeiros e disse que são uma resposta a países que taxam as exportações americanas.

Ao citar exemplos de nações que teriam tarifas elevadas, o republicano citou Brasil e Índia. “Quem nos taxar taxaremos de volta. Tarifas farão nosso país rico”, afirmou, em uma coletiva de imprensa em Mar-a-largo (Palm Beach, Flórida), a primeira desde que foi eleito.

Questionado sobre o impacto inflacionário da imposição de novas tarifas, Trump respondeu que, em seu primeiro mandato, elevou uma série de tarifas, e que o movimento não aumentou a inflação. O republicano defendeu ainda uma série de outras medidas de seu antigo governo, especialmente os cortes de impostos.

Sobre as relações com a China, Trump fez uma série de elogios ao líder Xi Jinping, ainda que não tenha confirmado a presença do chinês em sua posse. Segundo o americano, ambos contavam com uma boa relação quando estavam no poder, mas a pandemia alterou a situação. Por sua vez, ele disse que Xi é um amigo, e que “China e EUA podem resolver todos os problemas do mundo”.

Trump anunciou ainda que o Softbank fará investimento de US$ 100 bilhões nos EUA ao longo dos próximos quatro anos, “demonstrando confiança no mandato”. O foco será em inteligência artificial e outras indústrias do futuro. O presidente eleito repetiu uma proposta de que aqueles que investirem mais de US$ 1 bilhão terão facilidades com licenças federais, incluindo ambientais.

O republicano defendeu os planos para aumento da exploração de hidrocarbonetos no país, dizendo que há energia suficiente nos Estados Unidos para que não seja necessário importar de outros lugares, citando nominalmente a Venezuela.

Trump falou bastante sobre a guerra da Ucrânia, que admitiu ser uma questão mais complicada de resolver do que os atuais conflitos no Oriente Médio. Ainda sim, ele disse que conversará com o presidente russo Vladimir Putin e com o ucraniano Volodymyr Zelensky para colocar um fim à guerra.

Fonte: Estadão
https://www.estadao.com.br/economia/trump-brasil-taxa-demais/?srsltid=AfmBOoq0iKqCPufiaxHCFlRKeAYKN3YelNV_8iHZDwxdYhRrqWDl-QWm

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Agricultores protestam nas ruas de Madri contra o acordo entre a União Europeia e o Mercosul

Cerca de 1.500 agricultores, segundo a polícia, e mais de 5.000, conforme estimativas de associações do setor, participaram de um protesto nesta segunda-feira (16) em Madri contra o que consideram “concorrência desleal” decorrente do acordo de comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul.

Em comunicado conjunto, duas das maiores associações de agricultores da Espanha, a Coag e a Asaja, afirmaram que “a proliferação de acordos de livre comércio da UE com outros países” é uma das maiores ameaças para o setor agrícola. O protesto também contou com o apoio das Cooperativas Agroalimentares espanholas.

De acordo com as associações, as importações de produtos agrícolas provenientes de países como os membros do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), Chile, Marrocos e Nova Zelândia, com preços abaixo dos custos de produção na UE e sem atender às normas de produção europeias, têm causado um impacto severo nos agricultores espanhóis e europeus. Isso resultaria em perdas insustentáveis e no fechamento de várias explorações agrícolas.

Além disso, as políticas agrícolas europeias, especialmente as regulamentações consideradas excessivamente burocráticas e rigorosas, já haviam gerado protestos em vários países da UE, incluindo a Espanha, no início do ano, antes das eleições para o Parlamento Europeu. A Asaja e a Coag, que organizaram protestos em Madri em fevereiro e março, reiteraram que suas reivindicações permanecem válidas.

Na manifestação de hoje, realizada em frente ao Ministério da Agricultura da Espanha, os agricultores direcionaram críticas não só à Comissão Europeia, mas também ao governo espanhol e ao ministro Luis Planas. Após as manifestações de fevereiro e março, Planas assinou um acordo com as associações de agricultores, comprometendo-se a implementar 43 medidas. No entanto, os manifestantes alegam que essas promessas ainda não foram cumpridas. Eles também questionaram onde estão as “cláusulas espelho” nos acordos de livre comércio da UE, que consistem em impor as mesmas regras de produção aplicadas na UE aos produtos importados.

Os agricultores lamentaram que o governo espanhol tenha sido um dos maiores defensores do acordo de livre comércio com o Mercosul dentro da UE. O presidente da Asaja, Pedro Barato, declarou que o acordo com o Mercosul representa uma “traição à agricultura espanhola”. Cartazes com slogans como “Concorrência desleal”, “Stop Mercosul”, “Não à concorrência desleal”, “Europa sem soberania alimentar não é Europa” e “Ursula von der Leyen, Cruella de Vil da agricultura” foram exibidos durante a manifestação no centro de Madri.

Ao som de chocalhos, vuvuzelas e petardos, dirigentes das organizações agrícolas afirmaram, por meio de alto-falantes, que os agricultores estão “fartos” após um ano de reivindicações. Eles prometeram uma “guerra” caso não haja respostas e garantiram que irão a Bruxelas para alertar os burocratas europeus sobre os danos causados pelas políticas da UE ao setor agrícola. Frases como “A agricultura não se vende, a agricultura se defende” e “Não ao Mercosul” foram repetidas pelos manifestantes.

O acordo de comércio entre a UE e o Mercosul foi formalizado em 6 de dezembro, em Montevidéu, e agora aguarda a ratificação por todas as partes envolvidas. A Espanha é o maior exportador de frutas e legumes da União Europeia.

Fonte: Gazeta Brasil

Agricultores vão às ruas de Madri contra acordo entre União Europeia e Mercosul

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SC exporta US$ 1,04 bilhão em novembro

Carnes de aves e de suínos lideram vendas externas, seguidas de motores elétricos e partes de motores; importações somam US$ 2,85 bilhões no mês

Florianópolis, 13.12.24 – As exportações catarinenses atingiram US$ 1,04 bilhão em novembro, puxadas pelas vendas de proteína animal, motores elétricos e partes de motor. No acumulado de 2024 até novembro, as exportações atingiram US$ 10,66 bilhões.

De acordo com dados do Observatório FIESC, as vendas de carnes de aves lideraram o ranking, atingindo US$ 182,3 milhões em novembro, um incremento de 17,6% em relação a novembro do ano anterior. As vendas ao exterior de carnes suínas apresentaram um incremento de 22,4% no período, somando US$ 146,32 milhões. Na terceira posição, a exportação de motores elétricos alcançou US$ 57,55 milhões, um incremento de 22,5%. Partes de motor, o 4º item no ranking, contabilizou vendas de US$ 41 milhões no mês.

Já a soja, item tradicional na pauta de exportações catarinenses, apresentou recuo de vendas de 74,9%, para US$ 21,9 milhões em novembro. De janeiro a novembro a redução chega a 20,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo a economista Camila Morais, do Observatório FIESC, os números refletem uma redução do volume vendido e também recuo dos preços da commodity no mercado internacional.

No acumulado do ano, além da proteína animal, destacam-se as exportações de motores elétricos, com incremento de 24,9%, para US$ 630,5 milhões. Produtos de base florestal também contribuíram para minimizar o impacto do recuo das exportações de soja. Madeira serrada apresentou um aumento de 9% nas exportações no ano, enquanto obras de carpintaria para construções cresceu 10,6% e madeira compensada apresentou avanço de 17,6%.

Importações
No mês de novembro, as importações catarinenses somaram US$ 2,85 bilhões, elevando o acumulado do ano para US$ 31 bilhões. Os destaques do mês foram cobre refinado, totalizando US$ 120 milhões, fertilizantes nitrogenados (US$ 76,9 milhões), partes e acessórios para veículos (US$ 74,2 milhões) e pneus de borracha (US$ 59 milhões).

No ano, as compras de cobre apresentaram um incremento de 37,5% contra o acumulado de 2023 até novembro, para US$ 1,29 bilhão. Produtos do setor automotivo também se destacaram no acumulado de janeiro a novembro, com partes e acessórios para veículos crescendo 33,4%, pneus de borracha aumentando 17,8% e veículos apresentando incremento de 34,2% nas importações.

Parceiros comerciais
Os Estados Unidos seguem como o principal destino das exportações de SC no ano, tendo comprado US$ 1,6 bilhão do estado, um aumento de 2,1% frente a igual período do ano passado. A China é o segundo maior comprador no acumulado do ano até novembro, com US$ 1,18 bilhão, um recuo de 25,3%.

O México ocupa a terceira posição entre os principais destinos dos produtos catarinenses, tendo comprado 13,4% a maior do que no ano anterior. O Japão também se destacou como destino, apresentando um incremento de 46,6% no período.

Em relação às importações, a principal origem foi a China, com um aumento de 26,8%, para US$ 13,4 bilhões no acumulado do ano. Os Estados Unidos são o segundo principal vendedor para o estado, com US$ 2,04 bilhões, um acréscimo de 7,4% no período. O Chile aparece como terceira principal origem das importações, por conta do cobre refinado. SC importou do país latinoamericano US$ 1,97 bilhão, um crescimento de 21,1%.

FONTE: FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/sc-exporta-us-104-bilhao-em-novembro?utm_campaign=gecorrp__newsletter_fiesc_16122024&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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Taxação de importados chega a 100% após novo aumento de imposto

Produtos importados via sites estrangeiros como Shein e Shopee ficarão mais caros a partir de 1.º de abril de 2025.

É quando começa a valer a nova alíquota do ICMS sobre compras no comércio eletrônico internacional, a versão estadual da “taxa das blusinhas”. Somado ao Imposto de Importação, que é federal, a tributação de uma aquisição poderá chegar a 100%.

A decisão de elevar o ICMS foi anunciada no dia 6 pelo Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz), e afeta todas as empresas que comercializam produtos importados por meio do Regime de Tributação Simplificada (RTS).

A alíquota do imposto estadual, que hoje é de 17%, passará a 20%. Mas, devido à forma como o imposto é calculado, o impacto para o consumidor será mais forte do que sugere essa variação de 3 pontos porcentuais, segundo tributaristas consultados pela Gazeta do Povo.

De acordo com o diretor de auditoria interna e assuntos regulatórios da Contabilizei, Diego Zacarias dos Santos, a base de cálculo por dentro do ICMS confunde o consumidor, aumentando a percepção de injustiça e falta de transparência na carga tributária. “Ele acaba pagando um valor significativamente maior do que a alíquota nominal efetivamente divulgada”, diz.

Especialistas dizem que alta do ICMS beneficia estados e municípios, não a indústria nacional

O Comsefaz, inicialmente, negou que o aumento do ICMS constasse da pauta da reunião marcada para o dia 5. No dia seguinte, porém, emitiu uma nota anunciando a elevação do imposto.

No comunicado, o comitê dos secretários de Fazenda alega que “a crescente utilização de plataformas de comércio eletrônico transfronteiriço, precipuamente para a aquisição de itens como vestuário, eletrônicos, acessórios e artigos de uso pessoal, impõe a necessidade de ajustes periódicos que protejam a competitividade do comércio interno e da indústria nacional”.

No entanto, especialistas avaliam que a medida beneficiará somente os estados e municípios, que repartem o ICMS. Para Zacarias, da Contabilizei, o aumento de alíquota servirá para aumentar a arrecadação desse tributo e não terá tanta influência no auxílio das empresas nacionais.

Na visão de Olenike, do IBPT, a medida mais justa e correta para para favorecer as empresas nacionais seria o governo aliviar a carga de tributos que é imposta a elas – e não elevar o ICMS dos importados.

Quase metade das classes C, D e E não substitui importados por nacionais, diz pesquisa

Uma pesquisa realizada pela Plano CDE – empresa especializada em avaliação de impacto nas famílias de classes C, D e E no Brasil – apurou que 46% das pessoas desses estratos sociais não buscam substitutos nacionais quando se deparam com aumento de preços dos importados.

Segundo a pesquisa, a taxa de desistência entre as pessoas das classes C, D e E  que quiseram comprar produtos importados on-line aumentou de 35% para 39% entre agosto e outubro deste ano. Esse foi o primeiro trimestre após o início da cobrança do Imposto de Importação de 20% sobre compras de até US$ 50, que ganhou o apelido de “taxa das blusinhas”

O estudo ainda revela que 44% das pessoas dessas classes simplesmente decidiram que não iriam mais adquirir produtos importados a partir de agosto deste ano, ou seja, nem chegam a ser contabilizados nos dados de desistência acima relatados.

Alem disso, 55% de todas as pessoas consultadas na pesquisa, que também incluiu as classes A e B, avaliam que todos ou a maioria dos itens comprados só poderiam ser adquiridos internacionalmente.

Zacarias comenta que o aumento do ICMS e a elevação significativa dos preços dos produtos importados reduzem a viabilidade econômica dessas aquisições. “Embora isso possa estimular o comércio local, também restringe o acesso a produtos diferenciados ou tecnologias específicas que muitas vezes não estão disponíveis no Brasil, criando um cenário de limitações”, diz.

Elevação de ICMS também afeta empresas que precisam de insumos internacionais

Outro ponto destacado por Zacarias é que a alta do ICMS também traz consequências para as empresas que comercializam produtos fabricados fora do país. Assim, ao impactar diretamente os custos dos importados, “afeta tanto os consumidores que optam por adquirir um item do exterior, quanto empresas e pequenos comércios que utilizam importações para abastecer seus estoques”.

O diretor da Contabilizei também questionou a própria disposição dos e-commerces internacionais em seguir sua atividade no Brasil. Ele explica que plataformas como a Shein, Shopee e Alibaba passaram a recolher o ICMS em nome dos compradores brasileiros para facilitar e legalizar o processo de importação, com o regime do RTS.

“Com o aumento da alíquota de ICMS, é válido questionar até que ponto as plataformas internacionais estão dispostas a manter suas atividades no mercado brasileiro por conta da complexidade tributária”, afirma.

Após a resolução do Comsefaz para o aumento do ICMS, a Shein lamentou a decisão. Em nota enviada à Gazeta, a empresa disse que a medida ocorre em um “cenário em que os consumidores brasileiros já enfrentam a maior carga tributária do mundo para compras feitas em plataformas estrangeiras, dificultando ainda mais o acesso a produtos acessíveis”.

A empresa ainda comentou que a decisão impacta “desproporcionalmente as populações mais vulneráveis do Brasil, que dependem de produtos internacionais acessíveis para suprir suas necessidades”, e que compõem 88% dos 50 milhões de usuários da Shein no país.

FONTE: gazeta do povo
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/taxacao-de-importados-chega-a-100-apos-novo-aumento-de-imposto/amp/

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Federalização do Porto de Itajaí avança e advogado é nomeado para comandar processo

Na contramão do desejo da comunidade itajaiense, a primeira reunião da federalização do Porto de Itajaí foi realizada no domingo, 15.

Na oportunidade, foi indicado como representante do governo Lula o advogado João Paulo Tavares, ex-pré-candidato à prefeitura de Itajaí pelo PT. Ele vai comandar as tratativas e pode assumir a direção do terminal após a concretização dos trâmites.

Tavares tem passagem pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e foi presidente da subseção de Itajaí, além de conselheiro federal da entidade. No setor público, foi secretário de Administração, procurador-geral do município e diretor-presidente do Instituto de Previdência de Itajaí.

O nome do advogado foi definido durante a reunião de domingo, que teve a presença do presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Décio Lima, que também é ex-deputado federal da região e ex-candidato a governador de Santa Catarina.

Além de Décio Lima, segundo divulgado pelo portal ND+, esteve em Itajaí uma equipe da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que controla o Porto de Santos, para averiguar as condições do terminal. A Codesp é cotada como a possível futura administradora do Porto de Itajaí, papel que já exerceu na década de 90.

Naquele período, o controle do terminal local por uma das principais concorrentes gerou insatisfação dos portuários itajaienses. Segundo o advogado e especialista em direito portuário, Dr. Osvaldo Agripino, à época “era necessário ligar pra Santos para pedir uma resma de papel, por exemplo”.

Os problemas causados pela gestão externa resultaram na mobilização da comunidade e articulação política que culminou em um convênio de municipalização do porto, cujo prazo de validade vence no dia 31 de dezembro de 2024. O convênio teria sido encerrado ainda 2022, mas um termo aditivo de contrato prorrogou por dois anos a administração municipal.

Nesta terça-feira, 17, João Paulo Tavares viajará a Brasília para participar de uma reunião no Palácio do Planalto, onde será debatida a possível federalização.

FONTE: Portal menina

Federalização do Porto de Itajaí avança e advogado é nomeado para comandar processo

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